e SÃO PAULO, 10 DE FEVEREIRO DE 2014
ANÁLISE
INFÂNCIA DIGITAL
OS 32 PARTIDOS BRASILEIROS AINDA ESTÃO LONGE DE ENTENDER COMO UTILIZAR O UNIVERSO DIGITAL PARA MELHORAR A COMUNICAÇÃO COM SEUS ELEITORES E FILIADOS.
O
caminho ainda é muito longo para 32 partidos políticos do Brasil conseguirem entender como utilizar o mundo digital de maneira mais eficiente na comunicação com os eleitores, em especial os mais jovens. Juntas, as siglas reúnem 15,2 milhões de filiados analógicos (http://goo.gl/vaJpLS), e o PMDB lidera com 15% desse total, seguido do PT (10%), PP (9%), PSDB (8,8%) e PDT (8%). Quando se considera o número de seguidores das legendas em seus perfis nas redes sociais (Facebook, Twitter, Youtube, Instagram e Google+) ou mesmo o tempo médio que cada visitante gasta no endereço do partido na Internet, os resultados são mais modestos. São 681 mil internautas seguindo os perfis sociais, um para cada 22 filiados. E no caso do PMDB, em média, cada visitante gasta 16 segundos por dia no site www.pmdb.org.br. Essa desatenção se reflete em várias direções. Para os 20 milhões de usuários do Twitter no Brasil, o perfil do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, é mais importante que as legendas nacionais. No ano passado, @barackobama esteve presente em 196.170 tweets publicados no País contra 173.435 dos partidos, que também atrás do número de menções à presidenta Dilma Rousseff (299.171 citações). A inércia dos grandes nomes da estrutura partidária criou um paradoxo. O partido com o maior número de seguidores e fãs no País é dono de mínima expressão política, não tem representatividade no Congresso, possui 0,32% dos filiados do PMDB, e tem na ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Denise Abreu, a potencial candidata a presidenta nas eleições deste ano. O título pertence ao Partido Ecológico Nacional (PEN), que em 2013 recebeu R$ 677.555 do Fundo Partidário do Tribunal Superior Eleitoral (http://goo.gl/r5RljT) do total de R$ 294 milhões direcionados aos partidos no ano passado.
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