Notícias de israel – ano 29 – nº 10

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BETH-SHALOM

www.Beth-Shalom.com.br

Outubro de 2007 • Ano 29 • Nº 10 • R$ 3,50



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Prezados Amigos de Israel

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A Ressurreição de Lázaro - O Paralelismo com Israel

Notícias de

ISRAEL É uma publicação mensal da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” com licença da “Verein für Bibelstudium in Israel, Beth-Shalom” (Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel), da Suíça. Administração e Impressão: Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai 90830-000 • Porto Alegre/RS • Brasil Fone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385 E-mail: mail@chamada.com.br www.chamada.com.br Endereço Postal: Caixa Postal, 1688 90001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil Fundador: Dr. Wim Malgo (1922 - 1992) Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake

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Diagramação & Arte: Émerson Hoffmann

O Direito do Atual Israel à Terra

Assinatura - anual ............................ 31,50 - semestral ....................... 19,00 Exemplar Avulso ................................. 3,50 Exterior: Assin. anual (Via Aérea)... US$ 35.00 Edições Internacionais A revista “Notícias de Israel” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, holandês e francês. As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores. INPI nº 040614 Registro nº 50 do Cartório Especial

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HORIZONTE • A mídia dá voz ao Hamas - 17 • O Tribunal da Inquisição - 18

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A “justiça” dos homens e a justiça de Deus

O objetivo da Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel é despertar e fomentar entre os cristãos o amor pelo Estado de Israel e pelos judeus. Ela demonstra o amor de Jesus pelo Seu povo de maneira prática, através da realização de projetos sociais e de auxílio a Israel. Além disso, promove também Congressos sobre a Palavra Profética em Jerusalém e viagens, com a intenção de levar maior número possível de peregrinos cristãos a Israel, onde mantém a Casa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monte Carmelo, em Haifa).


Ehud Barak, o novo ministro da Defesa de Israel, não é um desconhecido na política israelense. O Partido Trabalhista voltou a elegê-lo como seu presidente, depois de tê-lo descartado, há alguns anos, por causa da derrota eleitoral a ele atribuída. Naquele tempo, Amir Peretz ocupou o lugar dele. Depois que Peretz foi fortemente criticado após as falhas durante a guerra no Líbano, Barak voltou a ser lembrado e chegou-se à conclusão de que, afinal, ele não tinha sido tão ruim. Em sua nova posição de responsável pelo exército de Israel, ele manifestou suas críticas porque muitos jovens israelenses estão evitando o serviço militar. Neste ano, a porcentagem dos que não serviram subiu para 25% – 1,6% a mais que no ano passado. Desse grupo, 11% alegam motivos religiosos, 7% apresentam razões de saúde, 4% têm problemas com a justiça e 3% vivem no exterior. Barak afirmou que Israel precisa voltar aos dias em que o serviço militar era considerado uma questão de honra. Os verdadeiros heróis de Israel seriam os que servem ao exército. Uma sociedade que vive sob constante ameaça à sua existência só poderia continuar existindo se respeitar aqueles que defendem o país. O ministro da Defesa repreendeu também os empregadores, porque estes não querem contratar jovens que prestam serviço militar, porque eles têm de faltar ao trabalho durante o período como reservistas. Da mesma forma, ele criticou as Universidades, porque elas não oferecem alternativas para os estudantes que perdem aulas durante o serviço como reservistas. Um grupo de pais cujos filhos prestam serviço militar juntou milhares de assinaturas para conclamar o ministro da Defesa a resolver essas falhas. Suas críticas se voltam também contra a mídia, porque esta prefere artistas, cantores, esportistas e modelos que não servem ao exército. Quando se divulgou que quatro dos oito jovens que chegaram à final do programa de TV “Israel Procura a Superestrela” não prestaram serviço militar, muitos israelenses perderam a paciência. Ao invés de criticar esses fujões, eles ainda estariam sendo recompensados e badalados. Diversas

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celebridades estariam exercitando seus músculos abdominais e jogando basquete em suas horas de folga, mas pedindo dispensa do serviço militar por razões de saúde. Um líder do movimento dos kibbutzim chegou a afirmar que o problema da sociedade israelense seria que ela “perdeu qualquer sentimento de vergonha”. Essas tendências mostram que os ideais sionistas não têm mais valor. Um jornalista escreveu um artigo intitulado “Porque sou um neo-sionista”. Nele, ele mostra que não é aceitável querer viver no Israel de hoje com uma ideologia que fecha os olhos diante dos problemas atuais. O autor escreveu: “O que me preocupa é o futuro de Israel... Como neo-sionista tenho uma visão profética do futuro de Israel”. Não ficou completamente claro o que ele pretendia dizer com isso. De qualquer maneira, a expressão “visão profética” tem origens bíblicas. Apesar dos tempos difíceis que a Bíblia prediz, ela transmite uma visão de esperança para Israel e as demais nações. Dificuldades e problemas são permitidos por Deus, para que os homens retornem dos seus maus caminhos e se voltem para Ele. É o que vale também para o Israel atual. Em confiança no Deus Todo-Poderoso, que nos deu a Palavra Profética e também vai cumpri-la, saúdo com um sincero Shalom!

r Fredi Winkle


Ao discorrer a respeito da ressurrei ªo de LÆzaro realizada pelo Senhor Jesus Cristo, quero mostrar aos leitores um paralelismo impressionante com a hist ria de Israel no passado, no presente e no futuro.

Bet nia Betânia, onde moravam Lázaro e suas duas irmãs, a quem o Senhor Jesus visitava com freqüência, ficava no Monte das Oliveiras. Assim lemos em Marcos 11.1: “Quando se aproximavam de Jerusalém, de Betfagé e Betânia, junto ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois dos seus discípulos”. O Monte das Oliveiras por si só já tem significado profético. Afinal, foi dali que o Senhor Jesus subiu aos céus, e, quando Ele voltar em grande poder e glória, Seus pés estarão sobre o Monte das Oliveiras (cf. Lc 24.50-51; Zc 14.4). Betânia significa “casa do sofrimento” (de acordo com a raiz “anah” = sofrer, prostrar-se, curvar-se).1 Israel sofreu muito nos milênios passados de sua história; o povo judeu, foi constantemente humilhado e oprimido. Assim, por um lado o nome Betânia se refere ao maior filho de Israel, a Jesus Cristo, e Seu sofrimento pelo mundo inteiro: “Certamente, ele tomou

sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido” (Is 53.4). Mas, por outro lado, certamente o nome Betânia também aponta para a grande miséria e os muitos sofrimentos de Israel. Porém, um dia o Messias, o Ungido, voltará, salvará e ressuscitará Seu povo – assim como fez naquele tempo com Lázaro.

O amor de Deus por LÆzaro e Israel No Salmo 22.24 lemos: “Pois não desprezou, nem abominou a dor do aflito, nem ocultou dele o rosto, mas o ouviu, quando lhe gritou por socorro”. Quando Lázaro estava doente e sofrendo, o Senhor Jesus foi chamado para ir até lá e curá-lo: “Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas” (Jo 11.3). Podemos reconhecer Lázaro como uma figura profética a partir desta declaração: “Senhor, está enfermo aquele a quem amas”. O amor de Deus por Seu povo é imutável. Mesmo que o mundo

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O cemitério judaico no Monte das Oliveiras em Jerusalém: Betânia ficava próximo.

inteiro (junto com uma parte da “cristandade”) se encha de ódio e se coloque contra Israel, o amor de Deus pelo Seu povo é inabalável, como lemos, por exemplo, em 1 Reis 10.9: “...porque o SENHOR ama a Israel para sempre...” Essa era a profundidade do amor que ligava o coração de Jesus a Lázaro. Isso também fica claro pelo fato de Jesus conhecer Lázaro, ao contrário de muitas outras pessoas que Ele curou. Por essa razão as irmãs de Lázaro mandaram este recado ao Senhor Jesus: “Senhor, está enfermo aquele a quem amas”. É assim que nós, membros da Igreja de Jesus, deveríamos sempre interceder diante do Senhor pelo Seu povo. Pois Ele o ama, tomou os pecados de Israel sobre si na cruz do Gólgota e um dia despertará Seu povo amado.

A enfermidade de LÆzaro e de Israel: para a gl ria de Deus! A doença de Lázaro também é uma representação tocante de Israel: “Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado” (Jo 11.4). Ele sabia de antemão que Seu amigo Lázaro morreria. Mas Ele também sabia que o ressuscitaria e que, no final, tudo resultaria na glorificação de Deus e na Sua própria glorificação; sabia também que isso se transformaria em uma ação profética. Como nação, Israel tinha morrido e sido colocado nas “sepulturas” das nações, mas não fi-

Mesmo que o mundo inteiro (junto com uma parte da “cristandade”) se encha de ódio e se coloque contra Israel, o amor de Deus pelo Seu povo é inabalável, como lemos, por exemplo, em 1 Reis 10.9: “...porque o SENHOR ama a Israel para sempre...”

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cou morto. Vemos isso de forma muito clara nas palavras: “Pergunto, pois: terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo? De modo nenhum! Porque eu também sou israelita da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, a quem de antemão conheceu” (Rm 11.1-2). Não é verdadeira, absolutamente, a interpretação de muitos teólogos cristãos, de que Israel nunca mais será aceito por Deus e que a Igreja assumiu o lugar de Israel. É verdade que Deus colocou Israel de lado para que nós, dentre os gentios, isto é, dentre as nações, pudéssemos ser salvos. Em minha opinião, isso também foi profetizado em João 11.14-15: “Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu; e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele”. O Senhor atrasou Sua chegada à casa de Lázaro propositalmente, para que Maria e Marta (uma figura para a Igreja de Jesus) fossem levadas a crer. O Senhor atrasou o restabelecimento de Israel em “dois dias”, para que Ele pudesse nos resgatar das nações e nos levar à fé. A intenção é que a Igreja fosse formada. Paulo explica isso desta forma: “Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela


Senhor voltará muito em breve a fim de ressuscitar o Seu povo Israel.

LÆzaro, vem para fora! A continuação da história de Lázaro também mostra de forma maravilhosa o que acontecerá com Israel quando o Senhor vier para despertar o Seu povo. Jesus foi até o túmulo e ninguém acreditava que Ele despertaria Lázaro. Mas o que aconteceu? “Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham A doença de Lázaro também é uma represenposto uma pedra. Então, ordetação tocante de Israel: “Ao receber a notícia, nou Jesus: Tirai a pedra” disse Jesus: Esta enfermidade não é para (vv.38-39). morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado” Hoje também há muitos (Jo 11.4). que não conseguem acreditar que o Senhor ressuscitará novamente o Seu povo sua transgressão, veio a salvação aos Israel. Mas mesmo assim Ele fará gentios, para pô-los em ciúmes. Ora, isto, tirando a pedra que há entre se a transgressão deles redundou em ri- Ele e Israel: “Dar-vos-ei coração noqueza para o mundo, e o seu abati- vo e porei dentro de vós espírito novo; mento, em riqueza para os gentios, tirarei de vós o coração de pedra e vos quanto mais a sua plenitude!” (Rm darei coração de carne” (Ez 36.26). 11.11-12). Em João 11.6 lemos em Quando a pedra foi tirada e o quanto o Senhor atrasou a sua ida túmulo de Lázaro ficou exposto, Jeaté Lázaro: “Quando, pois, soube que sus chamou “em alta voz: Lázaro, Lázaro estava doente, ainda se demo- vem para fora!” (Jo 11.43). rou dois dias no lugar onde estava”. Assim como fez com Lázaro, o Do ponto de vista profético, “dois Senhor chamará Seu povo Israel dias” provavelmente significam dois para fora das “sepulturas” nas namil anos de graça para a Igreja! ções, o que hoje já vemos parcialMas então, depois de um total de mente. Mas então, quando Jesus “quatro dias”, Ele foi até Lázaro a aparecer como Salvador de Israel, a fim de ressuscitá-lo: “Chegando Je- palavra de Ezequiel 37.11-14 se sus, encontrou Lázaro já sepultado, cumprirá completamente: “Então, havia quatro dias” (v.17). Esses me disse: Filho do homem, estes ossos “quatro dias” no túmulo (do ponto são toda a casa de Israel. Eis que dide vista profético, provavelmente zem: Os nossos ossos se secaram, e pequatro mil anos) referem-se à histó- receu a nossa esperança; estamos de toria de Israel. Por isso sabemos: o do exterminados. Portanto, profetiza e

dize-lhes: Assim diz o SENHOR Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura, e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. Sabereis que eu sou o SENHOR, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu. Porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos estabelecerei na vossa própria terra. Então, sabereis que eu, o SENHOR, disse isto e o fiz, diz o SENHOR”. Lázaro realmente saiu do túmulo quando Jesus chamou. Nenhuma força do mundo poderia retê-lo. Ressuscitado da morte, ele foi ao encontro do Senhor. Assim como Lázaro (que representa todo o povo de Israel), de um momento para outro Israel será reunido ao seu Senhor. O Evangelho de Marcos traz um relato a respeito de como isso acontecerá: “Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória. E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu” (Mc 13.26-27).

Desatai-o e deixai-o ir! Israel não ficará cego para seu Messias, assim como aconteceu com Lázaro: “Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir” (Jo 11.44). O lenço foi tirado do rosto de Lázaro. Assim também acontecerá com Israel: o “lenço” será tirado, e o povo verá seu Messias: “Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito; e,

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Assim como Lázaro (que representa todo o povo de Israel), de um momento para outro Israel será reunido ao seu Senhor: “Então, verão o Filho do Homem vir nas nuvens, com grande poder e glória. E ele enviará os anjos e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do céu” (Mc 13.26-27).

onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2 Co 3.14-17). O lenço que envolvia Lázaro também indica os esforços de Israel para obter salvação cumprindo as obras da lei. Mas até que Jesus volte em grande poder e glória, esse “véu” permanecerá durante a “leitura da antiga aliança”, para então ser “removido”, “em Cristo”. Em Sua divindade, o Senhor ordenou: “Desatai-o e deixai-o ir!” (Jo 11.44). Assim Lázaro foi liberto, e assim também Israel será liberto. Acredito que depois de 4.000 anos o objetivo foi alcançado, e Jesus estabelecerá o reino de paz de mil anos com Israel. Quando Lázaro foi libertado das ataduras e do lenço, a glória do Senhor se revelou nele, assim como Jesus havia predito para Marta, a irmã de Lázaro: “Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus?” (v.40). A ressurreição de Lázaro tornou tudo tão glorioso e maravilhoso! Mas quem poderia acreditar nisso antes? Marta até tentou impedir Jesus de realizar o milagre em seu irmão: “Senhor, já cheira mal,

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porque já é de quatro dias” (v. 39). Mas aquilo em que antes ninguém queria acreditar aconteceu pela chegada do Senhor! Assim, o Seu retorno também fará a glória de Deus levantar-se sobre Israel!

O estabelecimento do reino de paz de mil anos

sus, tendo conseguido um jumentinho, montou-o, segundo está escrito: Não temas, filha de Sião, eis que o teu Rei aí vem, montado em um filho de jumenta” (Jo 12.12-15). A continuação diz: “Dava, pois, testemunho disto a multidão que estivera com ele, quando chamara a Lázaro do túmulo e o levantara dentre os mortos. Por causa disso, também, a multidão lhe saiu ao encontro, pois ouviu que ele fizera este sinal. De sorte que os fariseus disseram entre si: Vede que nada aproveitais! Eis aí vai o mundo após ele” (vv. 17-19). Quando o Senhor Jesus tiver voltado para “despertar” Israel, Ele estabelecerá seu reino milenar com este Seu povo. Todo mundo verá e testemunhará que Ele chamou Israel para fora da sepultura e o despertou dos mortos. Por isso, naquela ocasião, o povo também “lhe saiu ao encontro, pois ouviu que ele fizera este sinal” (= a ressurreição de Lázaro). As pessoas virão de todo o mundo até Jerusalém, para ver e adorar o Messias. Sob a liderança dEle, o “Rei dos judeus” (Jo 19.19), o próprio “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap 19.16), Israel se tornará a nação líder da terra (cf. Is 60.10-11; 61.6; 66.12), e Jerusalém será a capital do mundo (cf. Is 60.13-14; Jr 3.17; Ez 43.7; Zc 2.16; 8.3,22; 14.16; Mq 4.1-2).

Mais tarde o Senhor Jesus Cristo entrou oficialmente em Jerusalém como Messias, e Lázaro o acompanhou. Que maravilhosa figura para Nota: o estabelecimento do reino dos mil 1. Biblisches Namenlexikon. anos de paz, o Milênio: “No dia seguinte, a numerosa multidão Recomendamos: que viera à festa, tendo ouvido que Jesus estava de caminho para Jerusalém, tomou ramos de palmeiras e saiu ao seu encontro, clamando: Hosana! Bendito o que vem em Pedidos: 0300 789.5152 nome do Senhor e que www.Chamada.com.br é Rei de Israel! E Je-



lavra do SENHOR, “Veio a mim a pa homem, teus o dizendo: Filh do próprios irmãos, irmãos, os teus parentesco e os homens do teu rael, todos eles toda a casa de Is em os habitantes são aqueles a qu eram: Apartaide Jerusalém diss SENHOR; esta vos para longe do possessão. em terra se nos deu z o SENHOR di m si As Portanto, dize: os lancei para Deus: Ainda que ções e ainda longe entre as na las terras, pe que os espalhei de santuáei ir rv todavia, lhes se o de tempo, nas rio, por um pouc foram. Dize terras para onde SENHOR Deus: o ainda: Assim diz meio dos do os -l Hei de ajuntá lherei das terras povos, e os reco lançados, e lhes para onde foram Israel. Voltarão darei a terra de o dela todos os rã para ali e tira stáveis e todas seus ídolos dete ões” as suas abominaç 18). 4.1 11 l ie (Ezequ

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Como nunca, desde sua fundação em 1948, o atual Estado de Israel enfrenta ataques de todos os lados no mundo inteiro. Há algum tempo, após a guerra contra o Hezb’allah (Partido de Alá) em 2006, um israelense, não-praticante do judaísmo, disse em poucas palavras: “A cada ano que passa, eles nos odeiam mais”. A despeito do que Israel faça, seja bom ou mau, a maioria da opinião pública mundial o entende como uma provocação que justifica o ódio do mundo inteiro contra o povo da aliança divina. Como se isso já não fosse suficientemente ruim, era de se esperar que o povo do Livro (i.e., os crentes em Cristo) apoiasse unanimemente a existência do atual Estado de Israel, já que Deus tem trazido Seu povo de volta à terra que lhe pertence. Contudo, a cada dia que passa, mais pessoas de dentro da cristandade se manifestam contra Israel e, à semelhança do mundo descrente, também acusam a nação de Israel de ser a causadora dos problemas no Oriente Médio.


Terra versus Jesus? Um exemplo típico das pessoas no âmbito evangélico que negam o evidente futuro profético de Israel como consta na Bíblia, é Gary DeMar, um teólogo que defende a Teologia da Substituição. Ao comentar sobre o esforço conjunto pró-Israel da parte de cristãos e judeus, DeMar declarou: “Os envolvidos nisso estão mais preocupados com a terra de Israel do que com o Evangelho de Jesus Cristo que transforma vidas”. Então DeMar é capaz de “discernir os pensamentos e propósitos do coração”? Ele prossegue sua declaração, ao afirmar que “a única preocupação desses que advogam o fim dos tempos é Israel e sua terra”.1 Em vez de tentarmos adivinhar os motivos de uma pessoa, como faz DeMar, é melhor analisarmos a prática dessa pessoa no assunto em questão. Está mais do que evidente que preteristas, como de DeMar, raramente são conhecidos por seus esforços de evangelismo, menos ainda pela evangelização dos judeus. Porém, o historiador Timothy Weber, ao relatar o surgimento da posição dispensacionalista, registra o seguinte: “Os pré-milenistas foram capazes de dar importância à evangelização dos judeus, ao mesmo tempo que apoiavam as aspirações nacionalistas judaicas”.2 Na verdade, o alto interesse na evangelização dispensacionalista dos judeus foi documentado numa pesquisa sobre a história da evangelização de judeus. Yaakov Ariel afirma o seguinte: O surgimento do movimento em prol da evangelização dos judeus nos Estados Unidos também coincide com o surgimento do Sionismo, o movimento nacionalista judaico que almeja a reconstrução da Palestina como um centro judaico. A comunidade

missionária, à semelhança dos dispensacionalistas americanos em geral, tem profundo interesse nos acontecimentos entre o povo judeu [...] talvez não seja surpresa o fato de que os missionários enviados aos judeus estejam entre os principais divulgadores do ponto de vista dispensacional Deus tem trazido Seu povo de volta à terra que lhe pertence. Na foto: marcha em Jerusalém. pré-milenista [...] Eles condenam o anti-semitismo e a discriminação verificada no mundo inteiro contra os ju- Bíblia. De fato, se não fosse pela história de Israel registrada na Bídeus.3

A Bíblia e a terra Ao longo de todo o Antigo Testamento, Deus afirma que a terra de Israel foi dada por herança aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó – os judeus. Com exceção de Jonas, todos os profetas do Antigo Testamento fazem menção a um retorno definitivo dos judeus à Terra de Israel.4 Essas promessas do Antigo Testamento nunca foram alteradas ou anuladas em nenhum texto do Novo Testamento. Na realidade, tais promessas foram ratificadas por algumas passagens do Novo Testamento.5 Walter Kaiser assinala que “o autor da carta aos Hebreus (Hb 6.13,17-18) afirma que Deus [...] jurou por si mesmo quando fez a promessa para mostrar quão imutável era o Seu propósito”.6 Ao se referir às promessas feitas a Israel, Paulo afirma: “Porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29). A única base legítima que os judeus possuem para reivindicar seu direito à terra de Israel provém da

blia, nem sequer se conheceria a relação do povo judeu com a terra de Israel. É justamente pelo fato de que Deus associa o povo judeu com a terra que Ele lhe deu – situada no atual Oriente Médio – que, até mesmo, podemos constatar a realidade de um movimento conhecido, hoje em dia, como sionismo (sionismo é o termo usado com mais freqüência para descrever a aspiração de qualquer pessoa, seja judeu ou gentio, que deseja que os judeus possuam a terra de Israel). Os difamadores do sionismo se vêem obrigados a dizer que a promessa, feita por Deus, de dar a terra de Israel aos judeus, foi invalidada de alguma maneira. Ao longo dos anos, quantas pessoas tentaram provar exatamente isso! Todavia, a Palavra de Deus fala mais alto do que a voz estridente deles em coro. O argumento sionista prevalece ou desaparece diante do que a Bíblia ensina acerca de Israel – o povo e a terra. É bem verdade que um legítimo argumento em defesa de Israel pode ser apresentado com base em muitos fundamentos, mas, no fim das

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contas, a questão se resume ao que Deus pensa sobre esse assunto, segundo Ele comunicou através de Sua Palavra inerrante e autorizada – a Bíblia.

A promessa divina referente à terra O Senhor chamou Abrão para que saísse de Ur dos Caldeus e fez com ele uma aliança, ou pacto, incondicional. Esse pacto, conhecido como aliança abraâmica, continha três cláusulas principais: (1) uma terra para Abrão e seus descendentes, o povo de Israel; (2) uma semente ou descendência física de Abrão; e (3) uma benção de amplitude mundial (Gn 12.1-3). Para que não houvesse dúvida a respeito do que Ele estabelecera, o Senhor fez com que Abrão dormisse em sono profundo, para que o próprio Deus se tornasse o único

signatário daquele pacto (Gn 15.121). Deus disse a Abrão: “À tua descendência dei esta terra” (v. 18). Ainda que o Senhor tenha sido o único signatário ativo a passar por entre as metades dos animais cortados [N. do T., o que em hebraico significava “cortar” ou “firmar” uma aliança], conforme é descrito em Gênesis 15, fica evidente, todavia, que Abraão obedeceu ao Senhor durante a sua vida: “porque Abraão obedeceu à minha palavra e guardou os meus mandados, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (Gn 26.5). John Walvoord faz a seguinte observação: “É relevante o fato de que a promessa estava relacionada com a obediência de Abraão, não a obediência de Isaque, a partir do que a promessa se torna imutável e seu cumprimento infalível”.7 Essa aliança é, repetidamente, confirmada a Abraão, Isaque, Jacó e seus descendentes; cerca de vinte vezes ou pouco mais no livro de Gênesis.8 Como foi dito nas Escrituras, a promessa de Deus aos patriarcas é uma aliança eterna (Gn 17.7,13,19). A promessa da terra, contida na aliança, passou de Abraão para Isaque, não para Ismael. O Senhor deu a seguinte ordem a Isaque: “Habita nela [i.e., na terra], e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e a tua descendência darei todas estas terras e confirmarei o juramento que fiz a Abraão, teu pai. Multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e lhe darei todas estas terras. Na tua descendência se-

rão abençoadas todas as nações da terra” (Gn 26.3-4). Aqui podemos perceber uma reprodução duplicada da promessa feita por Deus ao pai de Isaque (cf. Gn 12.3; 15.18). Jacó é o terceiro na descendência patriarcal, em lugar de Esaú. Posteriormente, o nome de Jacó foi mudado para Israel, que se tornou o nome original da nova nação constituída. No famoso sonho de Jacó em que este viu uma escada que ia da terra ao céu, o Senhor lhe declarou: “Eu sou o SENHOR, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 28.13-14). Tal declaração também contém uma repetição daquela promessa referente à terra, feita por Deus a Abraão e Isaque, a qual passaria adiante para a posteridade de Jacó e se cumpriria na descendência de seus doze filhos, as doze tribos de Israel e seus descendentes. Walvoord comenta o seguinte: Uma análise detalhada dessas passagens deixa claro que a promessa referente à terra era inerente à totalidade da aliança feita com Abraão. Em virtude do fato de que Abraão se tornou um grande homem, teve uma numerosa posteridade e trouxe benção para o mundo inteiro por meio de Cristo, é coerente a suposição de que o restante da aliança abraâmica também se cumprirá em termos tão literais e exatos quanto essas cláusulas que já se cumpriram. A interpretação não-literal ou condicio-

No famoso sonho de Jacó em que este viu uma escada que ia da terra ao céu, o Senhor lhe declarou: “Eu sou o SENHOR, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência” (Gn 28.13).

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nal dessas promessas não encontra respaldo nas Escrituras.9

O livro de Gênesis se encerra com o registro da permanência temporária de Jacó, seus doze filhos e os descendentes deles na terra do Egito. O livro de Êxodo relata a história da libertação desse povo daquela escravidão no Egito e de sua preparação para a entrada na terra de Canaã. Apesar de Israel ter vagueado durante quarenta anos no deserto, por causa de sua incredulidade, foi lá no deserto que Moisés recebeu a Lei, a qual se tornaria a constituição da nova nação e por cujos preceitos Israel seria governado na terra. No livro de Deuteronômio encontram-se no mínimo vinte e cinco alegações de que a terra é um presente do Senhor para o povo de Israel (Dt 1.20,25; 2.29; 3.20; 4.40; 5.16, etc.). Walter Kaiser, um erudito especializado no Antigo Testamento, assinala que “o escritor de Deuteronômio repetiu, por sessenta e nove vezes, o compromisso de que um dia Israel ‘possuirá’ e ‘herdará’ a terra que Deus lhe prometeu”.10 Os capítulos 28-30 de Deuteronômio apresentam as condições para que Israel desfrutasse as bênçãos ao entrar na terra. Devemos lembrar que, embora a terra tenha sido dada incondicionalmente ao povo de Israel, a Lei Mosaica estipulou condições para que a nação fruísse das bênçãos de Deus na terra. O período da Tribulação será um tempo de disciplina divina sobre a nação, disciplina essa que levará Israel à obediência em arrependimento. Depois da Grande Tribulação, durante aqueles dias magníficos e gloriosos do reino milenar, Israel vai ter a experiência de ocupar plenamente toda a extensão de sua terra, usufruindo as muitas bênçãos prometidas no Antigo Testamento.

No livro de Salmos, o hinário de Israel para cantar louvores ao Senhor, o adorador é levado muitas vezes a dar graças ao Senhor pelas promessas e pela fidelidade da Sua aliança. O Salmo 105, por exemplo, declara: “Lembra-se perpetuamente da sua aliança, da palavra que empenhou para mil gerações; da aliança que fez com Abraão e do juramento que fez a Isaque; o qual confirmou a Jacó por decreto e a Israel por aliança perpétua, dizendo: Dar-teei a terra de Canaã como quinhão da vossa herança” (Sl 105.8-11). Em outro lugar do livro de Salmos, o Senhor assegura: “Pois o SENHOR escolheu a Sião, preferiu-a por sua morada: Este é para sempre o lugar do meu repouso; aqui habitarei, pois o Walter Kaiser, um erudito especializado no Antigo Testamento, assinala que “o escritor de preferi” (Sl 132.13-14). A Deuteronômio repetiu, por sessenta e nove decisão divina de proporciovezes, o compromisso de que um dia Israel nar uma terra para o povo ‘possuirá’ e ‘herdará’ a terra que Deus lhe prometeu”. Na foto: a rua Ben-Yehuda, judeu tem se mantido firme em Jerusalém. ao longo de toda a história. Por todo o Antigo Testamento os profetas acusaram Israel por sua desobediência, contu- contrado no fim do livro de Amós: do, sempre apresentavam a pers- “Mudarei a sorte do meu povo de Ispectiva de uma restauração futura, rael; reedificarão as cidades assoladas quando finalmente Israel habitará e nelas habitarão, plantarão vinhas e em paz e prosperidade. Do começo beberão o seu vinho, farão pomares e ao fim do Antigo Testamento, os lhes comerão o fruto. Plantá-los-ei na profetas mencionaram promessas e sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já mais promessas desse momento fu- não serão arrancados, diz o SENHOR, turo do restabelecimento de Israel teu Deus” (Am 9.14-15). É importante assinalar que Zana sua terra (Is 11.1-9; 12.1-3; 27.12-13; 35.1-10; 43.1-8; 60.18- carias, após o retorno do exílio na 21; 66.20-22; Jr 16.14-16; 30.10- Babilônia, menciona um futuro re18; 31.31-37; 32.37-40; Ez 11.17- gresso à terra, numa indicação con21; 28.25-26; 34.11-16; 37.21-25; clusiva de que as restaurações de Is39.25-29; Os 1.10-11; 3.4-5; Jl rael à sua terra, em ocasiões passa3.17-21; Am 9.11-15; Mq 4.4-7; Sf das, não foram o cumprimento 3.14-20; Zc 8.4-8; 10.11-15). Um pleno e definitivo daquela promessa exemplo específico de texto bíblico de concessão da terra feita a referente à restauração pode ser en- Abraão, Isaque e Jacó. Os capítulos

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9-14 do livro de Zacarias apresentam um plano de regresso do povo judeu a Jerusalém e à terra de Israel no fim dos tempos. Kaiser faz a seguinte observação: Os profetas do Antigo Testamento descreveram, por repetidas vezes, a realidade de um remanescente israelita que retornava à terra (p.ex., Is 10.20-30) e, nos últimos dias, se tornava proeminente entre as nações (Mq 4.1). Para dizer a verdade, o texto de Zacarias 10.8-12 ainda repete essa mesma promessa no ano 518 a.C., momentos depois que muitos de Israel tinham retornado de seu último e derradeiro exílio, o Exílio Babilônico.11 Além do mais, Israel tem a garantia de um futuro na sua terra, pois o Senhor não revogou nenhuma das promessas que fez a Seu povo, a nação de Israel, em toda a Bíblia: “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29).

Diversos reagrupamentos no fim dos tempos Para que se possa entender corretamente essa “volta ao lar” ou reagrupamento dos judeus na sua terra por ocasião do fim dos tempos, é preciso ter em mente que a Bíblia prediz o fato de que Israel teria a experiência de passar por dois reagrupamentos de amplitude mundial no regresso à Terra Prometida. O primeiro reagrupamento seria parcial, gradativo e numa condição de incredulidade, enquanto o segundo seria completo, instantâneo e marcado pela fé em Jesus, como seu Messias pessoal e nacional. Dezenas de passagens bíblicas predizem esse acontecimento de caráter mundial. Entretanto, verificase um erro muito comum de tratar todas essas passagens como referên-

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cias de um mesmo acontecimento um estandarte para as nações, ajuntacumprido no calendário profético, rá os desterrados de Israel e os dispersos especialmente no que diz respeito de Judá recolherá desde os quatro conao Estado de Israel contemporâneo. fins da terra” (Is 11.11-12; grifo do A nação de Israel dos dias atuais é autor). profeticamente relevante e constiEsse retorno descrito em Isaías tui-se num cumprimento da profe- 11 refere-se, nitidamente, ao último cia bíblica. Porém, ao estudarmos a reagrupamento mundial de Israel Palavra de Deus, temos que ter o caracterizado pela fé, no clímax do cuidado de distinguir os versículos período da Tribulação, como preque encontram seu cumprimento paro para o reino milenar. profético em nossos dias, daqueles O profeta Isaías não deixa dúviversículos cujo cumprimento ocor- das de que esse reagrupamento firerá em ocasião futura. nal é aquele que ocorrerá pela seEm suma, haverá dois reagrupa- gunda vez, ou seja, o segundo reamentos de Israel no fim dos tem- grupamento. Isso, naturalmente, pos: um antes da Tribulação e ou- levanta uma pergunta óbvia: quantro depois da Tribulação. O primei- do, então, aconteceu o primeiro ro reagrupamento mundial será reagrupamento? caracterizado por uma atitude de Alguns afirmam que o primeiro incredulidade, como uma prepara- reagrupamento foi o retorno do exíção para o juízo da Tribulação. O lio babilônico, o qual começou por segundo reagrupamento mundial volta de 536 a.C. Contudo, de que será um retorno no fim da Tribula- forma tal retorno pode ser descrição, caracterizado por uma atitude to como um reagrupamento munde fé, como preparação para a ben- dial, segundo comprova o texto de ção do Milênio, ou seja, o reinado Isaías 11?13 de Cristo por mil anos sobre a terIsrael tem a garantia de um futuro na sua terra, pois o ra.12 Senhor não revogou nenhuma das promessas que fez a Um importante Seu povo, a nação de Israel, em toda a Bíblia: “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (Rm 11.29). texto bíblico que Na foto: as colinas de Jerusalém. trata dos dois reagrupamentos de Israel encontra-se em Isaías 11.1112: “Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para resgatar [“adquirir outra vez”, na edição Revista e Corrigida] o restante do seu povo, que for deixado, da Assíria, do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elão, de Sinar, de Hamate e das terras do mar. Levantará


“Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para resgatar [“adquirir outra vez”, na edição Revista e Corrigida] o restante do seu povo, que for deixado, da Assíria, do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elão, de Sinar, de Hamate e das terras do mar. Levantará um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra” (Is 11.11-12)

Arnold Fruchtenbaum escreve: O contexto completo desse texto localiza-se em Isaías 11.11-12.6. Nesse contexto o profeta menciona o último reagrupamento mundial marcado pela fé, como condição preparatória para a bênção. Isaías classifica esse reagrupamento de amplitude mundial caracterizado por fé em preparo para o Reino Messiânico como o segundo [N. do T., por causa das expressões “tornará” e “outra vez”]. Em outras palavras, o último reagrupamento nada mais é do que o segundo. Mas se o último é o segundo, quantos podem existir antes dele? Apenas um. O primeiro reagrupamento não poderia ser o retorno do exílio babilônico, porque não foi um re-ajuntamento de âmbito mundial, “desde os quatro confins da terra”, mas simplesmente uma migração de um país (Babilônia) para outro (Judéia). A Bíblia não admite a idéia de vários reagrupamentos de Israel em condição de incredulidade; consente apenas com a idéia de um reagrupa-

mento mundial do Israel descrente, seguido do último reagrupamento, aquele que se caracteriza pela fé, a saber, o segundo. Esse texto só admite a concepção de dois reagrupamentos de âmbito mundial desde os quatro confins da terra. Portanto, o Estado Judeu que existe no presente momento é de grande relevância para a profecia bíblica.14

O quadro abaixo oferece uma breve visão comparativa entre os dois grandes reagrupamentos de Israel.15

venientes de todas as partes do mundo retornem à sua terra, exatamente como temos visto acontecer, hoje em dia, no Estado de Israel. Isso, naturalmente, não quer dizer que todo judeu deste mundo tenha que regressar à sua terra. Mas, de fato, significa que muitos do povo judeu deverão ter retornado à sua antiga terra natal. Nas Escrituras, a profecia referente ao fim dos tempos trata como certo o fato de que Israel não somente estará reagrupado em sua terra, como também estará em pleno funcionamento como nação.

O Reagrupamento Atual (Primeiro)

O Reagrupamento Final (Segundo)

> Âmbito mundial > Retorno a uma parte da Terra Prometida > Retorno em incredulidade > Regresso somente à terra > Uma obra humana (secular) > Faz parte da montagem do palco para a Tribulação (disciplina)

A atual nação de Israel é um cumprimento profético Quando o Estado de Israel contemporâneo foi fundado em 1948, ele não apenas se tornou um importante marco na montagem do palco para acontecimentos futuros, mas também se constituiu num legítimo cumprimento das profecias bíblicas que se referiam especificamente a um reagrupamento mundial dos judeus descrentes, antes do juízo da Tribulação. Estas passagens do Antigo Testamento prediziam tal acontecimento: Ezequiel 20.33-38; 22.17-22; 36.22-24; 37.1-14; Isaías 11.11-12; Sofonias 2.1-2. Os capítulos 38 e 39 de Ezequiel implicam tal cenário. Antes que essas coisas aconteçam, é necessário que judeus pro-

> Âmbito mundial > Retorno a toda a extensão da Terra Prometida > Retorno em fé > Regresso à terra e ao Senhor > Uma obra divina (espiritual) > Faz parte da montagem do palco para o Milênio (bênção)

As implicações de Daniel 9.2427 não deixam sombra de dúvida: “Ele [o Anticristo] fará firme aliança com muitos, por uma semana [i.e., um conjunto ou semana de sete anos]” (v. 27). Em outras palavras, o período de sete anos da Tribulação começará com a assinatura de uma aliança entre o Anticristo e os líderes de Israel. A assinatura desse tratado pressupõe, obviamente, a existência de uma liderança judaica no governo de uma nação israelense. Para que esse tratado seja assinado, é indispensável a existência de um Estado Judeu.16 Então, para resumir, a lógica é a seguinte: a Tribulação não pode começar antes que a aliança de sete anos seja firmada. Tal aliança não pode acontecer sem a existência de um Estado Judeu. Logo, é obrigatória a existência de um Estado Judeu antes da Tribulação.

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Conclusão À luz disso tudo, creio que o principal propósito do reagrupamento de Israel tem direta relação com o acordo de paz que será feito pelo Anticristo, conforme é descrito em Daniel 9.24-27. Para que tal aliança se viabilize, é necessário que os judeus estejam presentes em sua terra e organizados politicamente como um Estado Nacional. Desde 1948 é exatamente isso que se constata no caso dos judeus. É o desabrochar desse milagre atual – algo de que nunca se ouvira falar na história – que nós, nossos pais e avós temos testemunhado com nossos próprios olhos. Depois de quase dois milênios, um povo antigo e disperso regressou à terra natal de seus antepassados, para tornar possível, pela primeira vez desde o ano 70 d.C., o cumprimento da profecia de Daniel 9.24-27 referente ao acordo de paz.17 Conseqüentemente, o palco está montado para aquele acontecimento real que se constituirá no estopim da Tribulação, bem como, pelo que se sabe, será o prenúncio dos últimos dias deste mundo. Para frustração geral daqueles que se opõem à teologia sionista, devo dizer que o atual Estado de Israel se encontra exatamente nessa posição profeticamente requerida. Tal fato realmente indica que estamos mui-

to próximos dos dias finais. Maranata! (Pre-Trib Perspectives) Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center em Lynchburg, VA (EUA). Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética.

7. John F. Walvoord, Major Bible Prophecies: 37 Crucial Prophecies That Affect You Today, Grand Rapids: Zondervan, 1991, p. 77. 8. Observe as seguintes referências no livro de Gênesis: 12.1-3,7-9; 13.14-18; 15.1-18; 17.1-27; 22.15-19; 26.2-6,24-25; 27.2829,38-40; 28.1-4,10-22; 31.3,11-13; 32.2232; 35.9-15; 48.3-4,10-20; 49.1-28; 50.2325. 9. Walvoord, Major Bible Prophecies, p. 77-8. 10. Walter C. Kaiser Jr., Toward an Old Testament Theology, Grand Rapids: Zondervan, 1978, pp. 124-5. 11. Walter C. Kaiser Jr., “An Assessment of ‘Replacement Theology”’, publicado na edição nº 21 do periódico Mishikan, 1994, p. 17. 12. Arnold Fruchtenbaum, Footsteps of the Messiah: A Study of the Sequence of Prophetic Events, Tustin, CA: Ariel Press, (1982), 2003, p. 99. 13. Arnold Fruchtenbaum, Footsteps of the Messiah, pp. 102-03. 14. Arnold Fruchtenbaum, Footsteps of the Messiah, pp. 102-03. 15. Randall Price, Jerusalem in Prophecy: God’s Final Stage for the Final Drama, Eugene, OR: Harvest House, 1998, p. 219. 16. Arnold Fruchtenbaum, Footsteps of the Messiah, p. 105. 17. John F. Walvoord, Prophecy in the New Millennium: A Fresh Look at Future Events, Grand Rapids, MI: Kregel, 2001, pp. 61-2.

Notas: 1. Gary DeMar, “Land Over Jesus and The Gospel”, artigo publicado em 25 de julho de 2006 no site www.americanvision.org/articlearchive/07-25-06.asp 2. Timothy Weber, Living In The Shadow Of The Second Coming, Grand Rapids: Zondervan, 1983, p. 141. 3. Yaakov Ariel, Evangelizing the Chosen People: Missions to the Jews in America, 1880-2000, Chapel Hill, NC: The University of North Carolina Press, 2000, pp. 12, 13, 14. 4. Entre os textos bíblicos incluem-se: Gn 12.7; 13.14-15; 15.18; 17.8; Lv 26.33,43; Dt 26.9; 30.1-11; Js 24.20-28; 2Sm 7.1116; Ed 4.1-3; Sl 102.13-20; Is 11.11-12; 18.7; 27.12-13; 29.1,8,44; 60.8-21; 66.1822; Jr 3.17-18; 7.7; 11.10-11; 23.3-6; 25.5; 29.14; 30.7,10; 31.2,10,23,31-34; 33.4-16; 50.19; Ez 11.17; 20.33-37; 22.19-22; 28.25; 36.23-24,38; 37.21-22; 39.28; Dn 12.1; Os 3.4-5; Jl 3.20-21; Am 9.9,14-15; Mq 2.12; 3.9-10; 4.7,11-12; Sf 2.1-3; Zc 7.7-8; 8.1-8; 10.6-12; 12.2-10; 13.8-9; 14.1,5,9; Ml 3.6. 5. Entre os textos bíblicos incluem-se: Mt 19.28; Recomendamos: 23.37; Lc 21.24,29-33; At 15.14-17; Rm 11; Ap 11.1-2; 12. 6. Walter C. Kaiser, Jr., “The Land of Israel and The Future Return (Zechariah 10:6-12)”, publicado no livro Israel: The Land and the People: An Evangelical Affirmation of God’s Promises, Wayne House, Pedidos: 0300 789.5152 org., Grand Rapids: www.Chamada.com.br Kregel, 1998, p. 211.


AHamasmídia dá voz ao Hamas

O foi ajudado e incentivado por mais um jornal americano de grande influência Algumas publicações de editoriais de opinião do Hamas, tanto pelo New York Times quanto pelo Washington Post, provocaram protestos. Não desejando ser superado por seus ilustres rivais, o Los Angeles Times [também] fez propaganda gratuita do Hamas, em um editorial de opinião (“op-ed”) escrito pelo líder do Hamas Mousa Abu Marzouk... Não temos a intenção de re-editar suas falsas acusações ou de dar maior credibilidade ao ponto de vista de Marzouk. Entretanto, algumas das partes mais nocivas de sua crítica injuriosa merecem uma resposta, mesmo que seja para demonstrar que tal conteúdo não deveria aparecer em veículos de mídia supostamente respeitáveis. Independente da mensagem “moderada” de Marzouk à mídia de língua inglesa, ele, como o restante dos membros do Hamas, advoga a destruição do Estado de Israel. Se você não acredita nisso, veja este vídeo[1] de Marzouk, expressando abertamente tais sentimentos a uma audiência de língua árabe.

Mousa Abu Marzouk, líder do Hamas.

Respondendo a algumas das falsas alegações feitas nesse “op-ed”:

• Alegação 1: A “resistência” do Hamas se justifica pela Quarta Convenção de Genebra. No entanto, até a Human Rights Watch (N.T.: ONG de direitos humanos), uma organização não vista como favorável em relação a Israel, declarou explicitamente: “O Hamas tem, repetidamente, falhado em respeitar uma regra fundamental do direito humanitário internacional ao atacar civis e alvos civis”.

• Alegação 2: O Hamas merece um lugar à mesa de negociações internacionais. Isto apesar do Estatuto do Hamas, que declara: “Não existe solução para a questão palestina, exceto através da jihad (guerra santa muçulmana). Iniciativas, propostas e conferências internacionais são uma perda de tempo e esforços vãos”.

• Alegação 3: Israel é culpado de “crimes de assassinato e limpeza étnica, quando da sua fundação, através dos quais tomou nossas cidades e vilas, nossas fazendas e pomares, e nos tornou uma nação de refugiados”. Marzouk, convenientemente, esquece que a guerra de 1948 foi o resultado direto de uma invasão árabe e da rejeição do Plano de Partilha da ONU, que Israel aceitou. Se os árabes também o tivessem aceitado, nunca teria havido um problema de refugiados palestinos.

• Alegação 4: Os líderes israelenses fizeram “repetidas conclamações pela destruição dos habitantes não-judeus da Palestina”. Nunca houve qualquer política oficial de Israel desta natureza nos quase 60 anos de existência do Estado. A existência de uma minoria significativa de milhões de árabes, vivendo como cidadãos em Israel é a prova cabal do total absurdo da declaração de Marzouk. Além disso, enquanto Marzouk faz falsas alegações em relação a políticas israelenses não existentes, ele tenta distanciar o Hamas de seu próprio estatuto, que claramente expõe o discurso assassino e anti-semita da organização. As falsas alegações de Marzouk, quando adequadamente desconstruídas, demonstram o perigo de conceder acesso à mídia influente ao Hamas. Ele reconhece evidentemente o valor de atingir uma audiência ocidental. Editores e divulgadores não devem permitir que suas publicações sejam exploradas por uma organização terrorista que fala em duas modalidades – uma “moderada” para o Ocidente e sua verdadeira voz extremista, que geralmente não é ouvida, exceto na mídia árabe. O HonestReporting anteriormente havia chamado a atenção para o trabalho de Shurat HaDin, que tem lutado de forma bem sucedida contra organizações que têm sido legalmente cúmplices ao ajudar grupos terroristas. Os tribunais americanos têm decidido consistentemente a favor de congelar ativos, contas bancárias e recursos, que poderiam ser direcionados para ajudar terroristas. O New York Times, o Washington Post e, agora, o LA Times, ao publicarem “op-eds” do Hamas, ajudaram e incentivaram uma organização terrorista. Se instituições de caridade po-

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O Estatuto do Hamas declara: “Não existe solução para a questão palestina, exceto através da jihad (guerra santa muçulmana). Iniciativas, propostas e conferências internacionais são uma perda de tempo e esforços vãos”.

dem ser processadas nos tribunais americanos, por que não as organizações de mídia? O valor de propaganda de um editorial em um jornal ame-

ricano de grande tiragem pode não ser exatamente comparável às doações destinadas a fins ilegais. Mas, pode causar o mesmo dano e ser uma

O Tribunal da Inquisição O Tribunal da Inquisição, conhecido como “Santo Ofício” e instituído pelo papa Gregório IX, em 1209, tinha por objetivo a preservação da pureza do catolicismo no continente europeu. Até então, o Concílio de Verona, realizado no ano de 1184, determinava que os bispos visitassem as paróquias suspeitas de heresia e que colocassem em dúvida os dogmas do catolicismo e a infalibilidade da Igreja. Além de julgar os crimes contra a fé católica, o Tribunal formalmente buscava preservar a tradição, a moral e os bons costumes nos domínios da Igreja Romana. O mais famoso inquisidor medieval foi Nicolau Eymerich, autor de “O Manual dos Inquisidores”[1], que serviu, por séculos, de referencial ou guia prático ao funcionamento do Tribunal.

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O manual, apenas conhecido pelos inquisidores, tinha como norma fundamental o segredo das denúncias, no enquadramento do delito, das prisões e das sentenças. Era utilizada a tortura física e o manual norteava os inquisidores sobre suas técnicas e eficácia sobre os réus. Havia, em ala especial no prédio da instituição onde os interrogatórios eram feitos, numerosos instrumentos de tortura. Um médico normalmente acompanhava o interrogatório, avaliando quanto de tortura o réu poderia suportar, sem morrer. Um escrivão, funcionário da instituição, registrava os depoimentos. Para compreender o funcionamento desse Tribunal, de tão longa duração, é necessário distingui-lo em períodos diferenciados. Durante o primeiro período, da Inquisição Medieval, a Igreja iniciou violenta per-

ferramenta ainda mais potencialmente útil nas mãos de terroristas adeptos em manipular uma audiência despreparada. Por favor, escreva à mídia para rebater artigos tendenciosos sobre o conflito árabe-israelense, como também para questionar os veículos de comunicação que oferecem o oxigênio da publicidade gratuita a organizações terroristas homicidas – lembre-se de incluir seu nome completo, endereço, telefone atualizado e endereço de e-mail, de modo a aumentar as chances de ter sua carta publicada. (extraído de www.deolhonamidia.org.br)

Notas: 1.www.youtube.com/watch?v=0EXQHqXmCRg.

seguição aos albingenses, cátaros e valdenses, através da Europa germânica, franca e itálica. Em nome da ortodoxia da fé, a Inquisição levou ao extermínio comunidades inteiras de hereges. No período, a crença em feitiçarias levou à morte grande número de mulheres, tidas como bruxas. Joana D’Arc, a virgem de Orléans, sentenciada em 1430, representou o caso mais famoso. A Igreja, no período detentora do poder universal ou supranacional, contou com a aprovação das autoridades públicas, regionais ou feudais. No segundo período, a Inquisição Romana ou Papal foi instaurada, em 1542, pelo papa Paulo III, expressamente para eliminar a “heresia protestante” que já atingia grandes regiões da Europa, inclusive a Itália. Além do delito religioso, cientistas e pensadores com concepções modernas e diferenciadas, como as de Galileu Galilei e de Giordano Bruno, foram presos e sentenciados pelo Tribunal. Galileu, que


entretanto, era exercido pelos “Familiares do Santo Ofício” que, pertencentes a todas as categorias sociais, mantinham-se atentos, denunciando “heresias” e demais comportamentos moralmente condenáveis da população colonial. Os suspeitos eram encaminhados para o Tribunal de Lisboa, onde eram julgaEra utilizada a tortura física e o manual norteava os inquisidos e sentenciados. dores sobre suas técnicas e eficácia sobre os réus. Pesquisas mostram que mais de um milhar de luso-brasileiros fooportunamente se “retratou”, livrou-se ram processados. Destes, meia centeda morte, e Bruno, por manter-se obsti- na sofreu a pena máxima: a morte na nadamente fiel a seus princípios, aca- fogueira. As denúncias constituíam base de bou queimado no ano de 1600. O terceiro foi da Inquisição Ibérica. um processo inquisitorial. Duas, três, O Santo Ofício, introduzido na Espa- e, às vezes, uma só, bastavam para nha em 1480 e, em Portugal, em início de um processo. Toda e qual1536, atingiu um herege particular: o quer denúncia era recebida pelos incristão novo, descendente de judeus e quisidores, completamente indiferentes convertido ao catolicismo, em fins do à idoneidade do denunciante e à século 16, acusado de apostasia por apresentação de provas. Os juízes inprofessar o judaísmo às escondidas. quisidores creditavam rumores como Ainda que os cristãos novos constituís- provas efetivas. sem 90% dos sentenciados, a InquisiMetodicamente, qualquer processo ção Ibérica atingiu bígamos, homosse- da Inquisição Portuguesa passava pexuais, feiticeiros e blasfemos. las seguintes fases: – Instrução: o réu era instado para Embora aos reis ibéricos coubesse a indicação do Inquisidor-Mor, o Santo que confessasse as culpas pelas quais Ofício atuou de maneira absoluta e ex- fora denunciado. clusiva, representando, no longo perío– Sessão de genealogia: quando o do de sua atuação – 1480 a 1821 –, réu era formalmente identificado, deum instrumento do poder, por excelên- clarada a sua genealogia, estudos, necia. No período, além da Península Ibé- gócios e viagens; na oportunidade, os rica, Tribunais foram instalados em do- inquisidores verificavam o cumprimenmínios europeus (Países Baixos), na to dos deveres religiosos. Fazia-se, América (México, Lima e Cartagena de nessa etapa, o inventário dos bens dos las Índias) e, em 1560, na Índia (Goa). detidos. Como as dificuldades financeiras impos– Sessão “In Genere”: argumentasibilitaram a instalação da Inquisição no va-se sobre a crença e os fatos da acuBrasil, bispos especialmente designados sação, não mencionando ao réu o deliforam enviados para colher confissões e to, o local, nem o autor da denúncia. delações pelas “Visitações” a algumas O andamento de um processo decapitanias. O mais completo controle, pendia do tipo de denúncias e do com-

portamento do réu, quando inquirido. O procurador ou advogado do suspeito, funcionário da instituição, não tinha acesso ao processo e não lhe era permitido assistir aos interrogatórios. Seu trabalho consistia em instar para que o réu “confessasse”, apresentando as “contraditas” ou as provas de suspeição da acusação. Não havendo possibilidade de provar inocência, o réu só destruía a acusação se enumerasse seus denunciantes. A dificuldade de acerto levava à enumeração de um rol de nomes como possíveis “cúmplices”. Dessas denúncias, novos processos poderiam ser abertos. Em todas as fases do interrogatório e seguindo as recomendações do Manual secreto, os inquisidores admoestavam os réus em tom piedoso e misericordioso, instando-os a dizer a verdade para “descargo de sua consciência e bom despacho da causa”. Os depoimentos dos réus eram colhidos, sob juramento dos Santos Evangelhos, e registrados pelos notários.[2] O réu da Inquisição permanecia encarcerado durante o inquérito, sem qualquer contato com o mundo exterior. Era intensamente vigiado, não só pelos guardas, mas pelos próprios companheiros de prisão, que, inseguros, denunciavam-se uns os outros. Depois de algum tempo, anos para alguns, a sentença era declarada, depois de simultaneamente votada pelos inquisidores, juízes e jurados. Aos “negativos” ou os que se negavam a confessar, era atribuída pena máxima – a morte na fogueira – pronunciada pela Justiça comum. Os réus que se mostrassem arrependidos, em única oportunidade, “reconciliavam-se” com a Igreja. Para estes, as punições variavam de prisão perpétua a desterro ou a confinamento em uma pequena aldeia, por toda a vida. Os sentenciados usavam, obrigatória e perpetuamente, o “sambenito”, traje confeccionado com dizeres infamantes. Comumente, os bens dos processados por “culpas

Notícias de Israel, outubro de 2007

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As sentenças finais dos réus eram proferidas numa cerimônia pública formal, preparada em grande praça. Toda a população era convidada a assistir. No alto, em um palanque, sentavam-se os inquisidores, os bispos e outras autoridades eclesiásticas.

de judaísmo” eram confiscados para a Inquisição e Câmara Real. As sentenças finais dos réus eram proferidas numa cerimônia pública formal, preparada em grande praça. Toda a população era convidada a assistir. No alto, em um palanque, sentavam-se os inquisidores, os bispos e outras autoridades eclesiásticas. Clérigos de boa oratória eram indicados para proferir sermões acusatórios aos judeus, assistidos pela família real, nobres, embaixadores e convidados especiais, aos quais eram servidas iguarias. Em procissão, no Auto-de-Fé, os penitentes dirigiam-se ao palanque para ouvir suas sentenças e assinar o “termo de segredo”, comprometendo-se, sob juramento, nada comentar do que lhes acontecera enquanto presos. A cerimônia se estendia pela noite, terminando com a queima dos três ou quatro réus, condenados à pena máxima, em geral, por se negarem a confessar envolvimento com a heresia judaizante. Pela rigidez, severidade e violência, o Tribunal do Santo Ofício era mais temido que a justiça civil. Por intervir no terreno da moral e dos costu-

) ) ) ESTÁ ESCRITO em Deuteronômio 16.19-20: “Não torcerás a justiça... a justiça seguirás, somente a justiça...”. Que organização na face da terra deveria ser o maior exemplo desse mandamento? Resposta: a ONU (Organização das Nações Unidas). Porém, a ONU está muito distan-

mes, além da esfera religiosa, os inquisidores se transformaram em agentes do controle social, gerando total insegurança entre a população. O alcance “universal” da Inquisição marcou a história das nações européias e de suas possessões coloniais na África, Ásia e América. Foi extinto das regiões ibéricas, ao serem estas atingidas pelas forças liberalizantes de Napoleão Bonaparte, na segunda década do século 19. (Rachel Mizrahi, extraído de www.morasha.com.br) Rachel Mizrahi é autora de A Inquisição no Brasil: Miguel Telles da Costa. O capitão judaizante de Paraty, (2ª Ed., no prelo) e Imigrantes no Brasil: Os judeus. São Paulo: Lazuli/Ed. Nacional, 2005.

Notas: 1. Eymerich, N. O Manual dos Inquisidores. Edições Afrodite, Lisboa , 1972. 2. O Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, guarda 40.000 processos manuscritos.


te de apoiar a justiça! Dentro dessa organização há 56 países muçulmanos e só um pequeno Israel. Os palestinos disparam contra nossos soldados e usam as mães e seus filhos como escudos para protegê-los. Eles sabem que nossos soldados não responderão ao fogo porque não queremos matar mães e crianças palestinas. Eles ensinam os pequeninos como se transformarem em homensbomba que matam nossas famílias a sangue-frio. Os pais desses homicidas são recompensados financeiramente. Nós não praticamos semelhante coisa. Cremos que essas são atitudes imorais. Porém, qual é o país que a ONU considera o mais perigoso do mundo? Israel. Para o nosso país até a autodefesa está proibida. Assim, descobre-se que nessa organização mundial não existe justiça. Recentemente eu estava em um supermercado e encontrei alguns soldados da ONU aquartelados aqui. Eu lhes perguntei: “A quem vocês estão servindo?” – “Nós estamos aqui para assegurar que a justiça seja feita”, respondeu um deles. – “Vocês crêem em Deus? Crêem no Único que é verdadeiramente justo e quer que nós também sejamos justos? Isso significa que Ele não quer que sejamos assassinos”, falei-lhes. Eles disseram que criam em Deus, porém, também criam que Israel era a parte culpada no conflito com os palestinos. – “E quem está disparando todos esses mísseis contra o povo, matando nossas crianças todos os dias?”, perguntei. Um deles respondeu: “Os palestinos fazem isso porque Israel ocupa a terra deles, a Palestina”. Agora havíamos chegado ao ponto central. Assim, perguntei: “Vocês têm lido a Bíblia? Alguns

Na ONU não existe justiça.

responderam que a haviam lido e criam no que estava escrito nela. Pertuntei: “O que diz Gênesis 13.14-17?” Eles permaneceram calados. Então li para eles: “Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência. Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei”. “Deus deu esta terra ao povo de Israel. Leiam Êxodo 6.5-8 e Deuteronômio 8.7-9. E o que dizer das fronteiras? Os integrantes da ONU quebram a cabeça sobre esse assunto – mas as fronteiras estão estabelecidas conforme Gênesis 15.18 e Êxodo 23.31”. Eles responderam: “Essas são só palavras. Existem 56 países muçulmanos. Quantos de vocês estão ali?” A isso respondi: “O Senhor é o mesmo. Como era antes, assim é agora. Os Salmos 19 e 89 declaram Sua verdade eterna. O que fez o Senhor quanto aos egípcios? Está escrito em Sua Palavra: “O Senhor é

homem de guerra; Senhor é o seu nome. Lançou no mar os carros de Faraó e o seu exército” (Êx 15.3-4)”. – “Sim, sabemos tudo isso. Só que isso era antigamente! Agora é outra coisa!”. Recordei-lhes o que sucedeu na Guerra do Yom-Kippur em 1973, da qual participei: “Vieram contra nós como poderosos gafanhotos. Muitos países árabes nos atacaram. Eles tinham profunda confiança de

Soldado da ONU no Líbano.


“E quem está disparando todos esses mísseis contra o povo, matando nossas crianças todos os dias?” Na foto: palestinos preparando ataque com mísseis Kassam.

que desta vez fariam conosco o que não conseguiram em 1948: destruir-nos. Mais de 200 milhões de árabes vieram contra meio milhão de israelenses, a maioria deles como eu, sobreviventes do Holocausto. Quem vocês pensam que estava do nosso lado?”, perguntei. – “Os Estados Unidos, naturalmente”, responderam eles. Li para eles o Salmo 124.1-8, que começa com as palavras: “Não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, Israel que o diga; não fosse o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, nos teriam engolidos vivos” (vv. 1-3). “O que está escrito aqui se cum-

A Guerra do Yom Kippur em 1973: tropas egípcias cruzam o Canal de Suez.

priu”, afirmei. “E também as te suscitará um profeta do meio de ti, palavras em Deuteronômio de teus irmãos, semelhante a mim; a 7.17-18, onde está dito para ele ouvirás, segundo tudo o que pediste não temermos as nações ao ao Senhor, teu Deus, em Horebe, nosso redor mas, sim, que de- quando reunido o povo: Não ouvirei vemos recordar “do que o Se- mais a voz do Senhor, meu Deus, nem nhor, teu Deus, fez a Faraó e a mais verei este grande fogo, para que todo o Egito”.” Eles sabiam que não morra”. eu estava falando a verdade. – “Nunca escutamos tal coisa”, Agora começaram a prestar disseram. Respondi-lhes: “Agora atenção no que ouviam. vocês ouviram a Palavra de Deus e – “Diga-nos onde isso está puderam saber o que disse o Seescrito”, pediram-me. “Mostre- nhor ao povo de Israel. Mas vocês nos tudo o que você tem lido. mesmos devem lê-la e tirar suas Queremos marcar essas passa- próprias conclusões. Aqui está a Bígens, para podermos estudá-las blia. Leiam Isaías 49.3-6”. em nosso tempo livre”. Assim, depois de um longo tem– “Estudar é bom”, respon- po passado no supermercado, esses di-lhes. “Mas, não é suficiente. Vo- soldados da ONU receberam o que cês devem crer em tudo o que está nunca poderiam comprar: o amor escrito na Bíblia”. Ouvindo isso, pelo Senhor e a plena verdade acerum deles me perguntou: “Afinal o ca de Deus e da Sua justiça. Eles que você quer? Transformar-nos alegraram-se pela conversa comigo. em judeus?” Também nos demos conta de que – “Vocês podem continuar o que vivíamos muito próximos uns dos são. Nós cremos no único Deus. outros. Espero voltar a conversar Há somente um Senhor para todos com eles. (Zvi, Israel My Glory) os homens da terra. Está escrito claramente em João 3.16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.” Eles ficaram surpresos. Um deles disse: “Você está falando do Zvi nasceu na Polônia, é sobrevivente do Holocausto e desde 1948 vive em Israel. Lá cristianismo! Jesus não é um judeu! aceitou Jesus, o Messias, como seu Salvador Por que você está falan- pessoal. do dEle a nós?” Li para eles as palavras Recomendamos: de Moisés com respeito a Jesus em Deuteronômio 18.1516: “O Pedidos: 0300 789.5152 Senhor, www.Chamada.com.br teu Deus,


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