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ao volante Skoda Octavia Break iV
from Blueauto#43
by Blueauto
SKODA
OCTAVIA BREAK iV
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Energia em grande
O Skoda Octavia já está disponível com uma versão híbrida iV, onde o motor elétrico faz grande parte do trabalho, ajudando a baixar os consumos e emissões e reduzindo o impacto ambiental das famílias portuguesas sempre que se fazem à estrada para a sua vida diária.
Avantagem da Volkswagen partilhar a sua tecnologia entre todos os veículos do grupo é que, quando um veículo novo benefi cia de uma inovação, em pouco tempo todos os modelos equivalentes nas várias marcas da família VW também recebem essa tecnologia. É o caso do Skoda Octavia, que agora também é oferecido numa variante híbrida plug-in, semelhante à que é possível encontrar no VW Golf, no Audi A3 e no SEAT Leon. Mas, de todos estes automóveis construídos na mesma plataforma, talvez o Octavia seja aquele com a personalidade mais distinta. Como é habitual, o Skoda Octavia está disponível em duas carroçarias, mas a carrinha é a que tira melhor partido da distância entre eixos ampliada (em comparação com os outros veículos desta plataforma), oferecendo um espaço interior ímpar na classe e semelhante ao de automóveis do segmento de luxo. Ao mesmo tempo, tem uma bagageira imbatível face à concorrência. Ao transformar o Octavia no híbrido Octavia iV, foi, no entanto, necessário sacrifi car esta vantagem. A montagem da bateria não prejudica a habitabilidade para os ocupantes dos bancos traseiros, mas reduz consideravelmente o espaço para a bagagem, de 640 para 490 litros. Continua referencial, mas já não é excecional. Como é habitual, a Skoda criou para o Octavia um habitáculo com um design discreto mas requintado, com bons acabamentos, e um ecrã tátil (cujas dimensões variam com a versão, mas é preferível o da variante melhor equipada) bem integrado no desenho do tablier, tanto em termos visuais como de ergono-
A nova bateria de 13 kWh estende a autonomia elétrica do Skoda Octavia Break iV até aos 60 km.
mia. Na versão híbrida, o sistema de infoentretenimento permite controlar vários aspetos da gestão energética da bateria e do modo de condução, com mais detalhes do que os disponíveis no painel de instrumentos, selecionando o modo de condução ideal para obter uma sensação satisfatória ao volante, conforme as condições da estrada, sem prejudicar os consumos. A carrinha Skoda Octavia iV está disponível em duas versões, Ambition e Style, ambas com um bom nível de equipamento, a primeira com um preço inferior a 37 mil euros e a segunda posicionando-se ainda abaixo da barreira psicológica dos 40 mil euros. Em termos práticos, existe alguma diferença de equipamento entre as duas, com a Style a beneficiar de um fecho centralizado sem chave mais prático, sensores e câmara de estacionamento, e bancos dianteiros com mais regulações, mas metade das diferenças são estéticas. Portanto, a escolha por pagar mais 2300 euros vai depender se é uma pessoa mais “desenrascada” ao volante, ou se há fontes de auxílio das quais não abdica. Os dois níveis de equipamento podem beneficiar dos mesmos sistemas de segurança e de apoio à condução, com a Skoda a disponibilizar para o Octavia prevenção de colisão, “cruise control” adaptativo, assistente de manutenção de faixa, detetor de mãos no volante e reconhecimento de sinais de trânsito, entre outros.
Potência garantida
O sistema híbrido do Skoda Octavia iV não é uma novidade completa, uma vez que é uma evolução do que já era encontrado no Golf GTE da geração anterior. Nesta nova evolução, passa a ser usado pelos híbridos mais “civilizados” do grupo, ganhando uma bateria de 13 kWh, o que lhe estende a autonomia elétrica até um máximo de 60 quilómetros. Mesmo sem levar em conta FICHA TÉCNICA Motor
Bateria Potência Binário 4 cilindros, 1395 cc, 16 v., inj. direta e híbrido iões de lítio, 13 kWh
204 cv (total combinado)
330 Nm (total combinado)
Tração dianteira, caixa DSG de 6 vel.
Suspensão McPherson à frente, eixo de torção atrás Comprimento 4689 mm Largura 1829 mm Altura 1468 mm Bagageira 490 litros Peso 1620 kg Consumo 5,1l/100 km (testado) Acel. 0-100 km/h 6,0 segundos Emissões CO2 24 g/km Carregamento 3h30 (3,7 kW)
PREÇO Octavia Break iV desde 36.904€ (gama Octavia iV desde 36.017€)
a autonomia, a bateria ampliada também garante um uso mais eficiente dos 85 kW do motor elétrico em acelerações, pelo que, apesar da potência combinada continuar nos 204 cv, é possível evitar que o motor a gasolina seja muito solicitado a gastar combustível. Com esse recurso ao motor elétrico, torna-se inevitável que o condutor precise de prestar atenção ao modo de condução do Octavia iV, de modo a conservar energia para trânsito urbano.
Se fizer muitos quilómetros em estrada aberta, a velocidades superiores a 80 km/h, e não optar por selecionar o modo de conservação de energia elétrica, o Octavia vai ficar sem bateria rapidamente, e o sistema de travagem também dá a impressão de não regenerar energia com a mesma eficácia. A alternativa é aumentar o consumo de combustível, que assim acaba por ultrapassar os 5 litros por cada 100 quilómetros com facilidade. No entanto, circulando mais tempo em centros urbanos, ou mesmo em subúrbios, é possível manter os consumos reduzidos, entre 1 e 2 litros, com algum cuidado. Para circular exclusivamente em modo elétrico, todos os dias, sem qualquer emissão poluente, é necessário recarregar a bateria sempre que se chega a casa. Na maior parte das situações de trânsito, a carrinha Skoda Octavia iV vai oferecer um nível interessante de conforto aos ocupantes. A localização da bateria no chassis coloca algum peso na secção traseira, uma ajuda importante a manter a estabilidade em curva e na redução do rolamento da carroçaria. No entanto, a suspensão traseira, com eixo de torção (que ainda é a convenção nos veículos familiares da VW, mesmo com a distância entre eixos longa, como é o caso do Skoda), ainda é algo vulnerável a irregularidades em estradas de pior qualidade. E essa será uma das poucas vulnerabilidades deste modelo híbrido plug-in cujo apelo desempenha um importante papel na estratégia de eletrificação da marca checa do Grupo Volkswagen. n Paulo Manuel Costa (texto)
JEEP COMPASS 4xe
Aventura silenciosa
O Jeep Compass é o segundo modelo da marca americana a receber as versões híbridas plug-in 4xe, para explorar a natureza sem emitir poluição nem fazer barulho, mas com conforto renovado.
VERSÕES E PREÇOS 4xe 190 Limited 44.700€ 4xe 240 S 49.300€ 4xe 240 Trailhawk 50.343€
AJeep tornou-se uma parte importante para a família Fiat, não só é a marca que se adaptou mais facilmente a um maior número de países, como também é aqui que tem sido desenvolvida grande parte da tecnologia de electrificação para os modelos do grupo. Tecnologia essa que também será integrada no grupo automóvel Stellantis. Mas para já o que importa é que passa a estar disponível no Jeep Compass, o SUV familiar da marca americana. O Compass foi renovado de modo a torná-lo mais ecológico, integrando a identidade do Jeep como um veículo aventureiro de quatro rodas motrizes com a tecnologia híbrida. Tal como já acontece com o Renegade, também o Compass passa a ser oferecido com as variante 4xe, com tração integral graças ao motor elétrico ligado às rodas traseiras. Usando o motor 1.3 Firefly turbo como base, as duas variantes ostentam potências combinadas de 190 e 240 cv, com a bateria de 11,4 kWh a garantir autonomias exclusivamente elétricas de 47 a 49 km, e emissões de CO2 inferiores a 50 g/km em ambas as versões. Com 190 cv, é oferecido no nível Limited abaixo dos 45 mil euros, enquanto a variante mais potente pode ser combinada com os níveis de equipamento S e Trailhawk, o primeiro mais luxuoso, enquanto o segundo deixa o Compass preparado para o verdadeiro todo-o-terreno, mas sem poluição. Além das versões híbridas, na base da gama é possível encontrar o motor 1.3 a gasolina, com 130 cv e caixa manual ou 150 cv e dupla embraiagem, e um 1.6 diesel de 130 cv, com caixa manual. O Compass vê os seus sistemas de segurança renovados com “cruise control” adaptativo, reconhecimento de sinais, travagem de emergência e câmara de 360 graus. O SUV americano também estreia uma nova geração do sistema de infoentretenimento Uconnect, com ecrã tátil de 8,4 ou 10,1 polegadas, e navegação opcional neste último. n
TOYOTA bZ4X
Melhorar o futuro
Já não basta ser elétrico para marcar a diferença, é preciso ser inovador em vários aspetos. É esse ataque em múltiplas frentes que levou à criação do bZ4X, o protótipo que antecipa a próxima geração de automóveis da Toyota, que procura ir além das emissões zero.
Enquanto várias das suas concorrentes ostentam gamas crescentes de carros elétricos, a Toyota pareceu ser apanhada de surpresa pelo mercado. Na verdade, o construtor automóvel japones decidiu que não valia a pena ser seguidor e esperou até ter pronta a tecnologia para a sua nova geração de veículos elétricos, conhecidos como bZ (para
“beyond zero”, ou “além do zero”). Mas o protótipo bZ4X é mais que um simples automóvel sem emissões de CO2, e mostra todas as direções como a Toyota vai evoluir tecnologicamente no futuro próximo.
O bZ4X estreia vários sistemas que vão fazer parte de vários
Toyota elétricos, mas o mais importante vai ser um novo tipo de bateria. A marca japonesa não revelou pormenores técnicos sobre a bateria que equipa o protótipo, mas anunciou que pretende introduzir no mercado 15 modelos elétricos, dos quais 7 modelos pertencentes à família bZ, até 2025. E será até esta data que as novas baterias de estado sólido, desenvolvidas em conjunto com a Panasonic, deverão estar prontas. Até lá, a Toyota deverá garantir o que anunciou no bZ4X: que estas baterias serão mais fiáveis, com uma vida útil maior, e mais adaptadas às necessidades diárias dos condutores. Isso significa que vão oferecer tempos de recarga mais rá-
pidos e maior autonomia sem aumentar de tamanho. O sistema de gestão da bateria deverá acumular energia obtida de fontes diversas, incluindo um painel solar montado no tejadilho, tal como já foi usado no Prius Power Sky. A Subaru ajudou a Toyota a criar o grupo propulsor, consistindo de dois motores, um por cada eixo, de modo a que o bZ4X ofereça tração permanente às quatro rodas. Deste modo, vai ter maior segurança em asfalto, ao mesmo tempo que poderá enfrentar facilmente condições reais de condução em todo-o-terreno. Ao mesmo tempo, o condutor terá maior controlo sobre a condução do Toyota elétrico, com o tradicional volante e coluna de direção com pinhão e cremalheira substituídos por um controlo semelhante a um manche de avião, trabalhando em conjunto com um sistema eletrónico “steer-by-wire”. Isto deverá melhorar a precisão de condução, eliminando interferências causadas pela estrada. A plataforma técnica criada exclusivamente para veículos elétricos dá ao protótipo da Toyota um habitáculo extenso, maior do que a maioria dos SUV atualmente na gama do construtor japonês, com a secção dianteira virada para o condutor e a traseira concentrando-se no espaço necessário para oferecer uma viagem mais confortável para os ocupantes. O novo comando baseado na aviação facilita o acesso visual do condutor ao painel de instrumentos, centralizado com os olhos do condutor. A família de modelos bZ também é a pedra basilar de uma nova filosofia de sustentabilidade assumida pela Toyota, criando novos serviços de mobilidade para um uso mais eficiente do seus veículos, facilitando o acesso a pontos de recarga rápida, promovendo a substituição de veículos com motor de combustão por carros elétricos, e criando baterias mais fáceis de reciclar. Para isso, a Toyota pretende trabalhar com agências governamentais de modo a facilitar esta transição e a adoção rápida de novas tecnologias. n