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eletrificação Seat eletrifica gama

Ofensiva de híbridos e elétricos nas marcas Seat e Cupra SEAT

ELETRIFICA GAMA

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Na indústria automóvel, a palavra de ordem é: eletrificar! Definindo-se a si própria como “a porta de entrada para o Grupo Volkswagen”, já que os seus clientes são em média 10 anos mais novos e muitos deles compram o seu primeiro automóvel a esta marca, a espanhola

SEAT alinha também ela nessa tendência dominante, tendo já anunciado uma estratégia futura claramente virada para a eletrificação da sua oferta: grande parte do investimento de 5000 milhões de euros previsto pela marca até 2025 será dedicado ao desenvolvimento de novos modelos e em particular para eletrificar a gama. Mas esse investimento no futuro na realidade já começou, com o lançamento já concretizado de variantes híbridas plug-in (a combinação de tecnologias elétricas e de combustão proporciona grandes vantagens em termos de dinamismo e eficiência e permite ao mesmo tempo uma transição suave para a eletrificação, explica a marca) de alguns dos modelos hoje presentes na gama SEAT, que serão em breve acompanhadas pela chegada ao mercado do primeiro automóvel com motorização 100% elétrica do grupo espanhol. Entre híbridos PHEV e elétricos BEV, a empresa com sede em Martorell (Barcelona) que desenha, desenvolve, fabrica e comercializa automóveis sob a designação SEAT e CUPRA, deu já início à eletrificação das duas marcas, consideradas complementares, lançando ou confirmando os primeiros modelos de uma gama que se anuncia cada vez mais eletrificada, acompanhando assim a tendência atual do mercado e sobretudo contribuindo para a redução das emissões de modo a ajudar a impulsionar a SEAT num futuro mais amigo do meio ambiente...

Seat Leon e-Hybrid

O LEON é o primeiro modelo SEAT com cinco tipos diferentes de propulsão, oferecendo a opção de escolha entre motores com tecnologias distintas pensadas para satisfazer as necessidades específicas de cada cliente: gasolina (TSI), diesel (TDI), “mild-hybrid” (eTDI), híbrido plug-in (eHybrid) e a gás natural comprimido (TGI). Primeiro automóvel da marca completamente conectado, o novo Leon é também o modelo SEAT mais equipado, seguro, ergonómico e espaçoso de sempre. Acaba de ser distinguido como “Carro do Ano/Troféu Volante de Cristal 2021”, tendo recebido também a distinção de “Híbrido do Ano” com a sua versão 1.4 e-Hybrid 204 cv DSG. Que é a mais potente da gama, com o conjunto do motor 1.4 TSI a gasolina e do sistema elétrico alimentado por uma bateria de iões de lítio de 13 kWh a produzir 150 kW/204 cv de potência, permitindo ainda condução em modo exclusivamente elétrico até 60 km (WLTP). Está disponível tanto na versão de 5 portas como na versão carrinha Sportstourer. Cupra Leon e-Hybrid

Lançada em 2018 como uma marca independente da SEAT e diferenciada por oferecer carros mais emocionais com um posicionamento superior, a CUPRA aposta ainda em demonstrar que a elevada performance e a eletrificação são uma combinação perfeita, tendo iniciado esse caminho com as variantes CUPRA do Leon e do Leon Sportstourer e-Hybrid. Que se distinguem tanto esteticamente como em termos de prestações, com a motorização híbrida plug-in a atingir aqui os 245 cv de potência máxima, reforçando assim a desportividade e a exclusividade associadas ao nome CUPRA.

Cupra Formentor e-Hybrid

O Formentor e-Hybrid é o segundo híbrido plug-in da CUPRA. A variante PHEV do primeiro modelo desenhado e desenvolvido exclusivamente para a marca está já disponível em duas versões distintas, de 204 e 245 cv de potência, assumindo-se como fundamental para o sucesso comercial da CUPRA, que já anunciou como objetivo para este ano que o Formentor represente 50% das suas vendas, metade das quais deverão ser versões híbridas plug-in. E para esse sucesso contribuirão por certo as belas linhas do Formentor, veículo que assinala a estreia da CUPRA num segmento (o dos crossovercoupés, ou CUV) que se prevê duplicar a quota no mercado europeu nos próximos cinco anos.

Seat Tarraco e-Hybrid

O próximo passo na eletrificação da marca vai chegar ao mercado português a partir de junho, com o Tarraco e-Hybrid a juntar-se ao Leon e-Hybrid na ofensiva elétrica da SEAT. A variante com motorização híbrida plug-in do Tarraco é o primeiro SUV eletrificado do construtor, combinando propulsor a gasolina com um motor elétrico para desenvolver 245 cv (180 kW) de potência e 400 Nm de binário; e graças à sua bateria de 13 kWh proporciona até 49 km de alcance em modo 100% elétrico.

Born: o primeiro Cupra 100% elétrico

Primeiro modelo 100% elétrico da CUPRA, o Born tem lançamento previsto para breve: a apresentação mundial deverá ter lugar em maio, com a marca espanhola a anunciar que o veículo completou com sucesso cada um dos mais de 1000 testes extremos a que foi submetido no seu desenvolvimento, que colocaram à prova a sua tecnologia de ponta, dinamismo e conforto, de modo a assegurar que o CUPRA Born tenha o melhor desempenho em quaisquer condições. Este SUV compacto e elegante deverá ser proposto com autonomia até 500 km graças a uma bateria de 77 kWh. A SEAT antecipa ainda que o Born irá impulsionar a transformação do modelo de vendas da empresa ao ser proposto por subscrição.

Cupra Tavascan confirmado para 2024

“Um sonho tornado realidade”. Foi assim que os responsáveis da SEAT confirmaram oficialmente que o CUPRA Tavascan vai mesmo juntar-se à gama da marca. Segundo modelo 100% elétrico da CUPRA (depois do Born, que vai chegar ao mercado ainda este ano), o Tavascan, automóvel baseado na plataforma MEB do Grupo Volkswagen que vai juntar numa mesma carroçaria a silhueta de um “crossover” de 4 portas com a imponência de um SUV e a elegância de um coupé desportivo, será projetado e desenvolvido em Barcelona e chegará à Europa e a outros mercados internacionais em 2024.

Seat vai lançar veículo elétrico urbano

A SEAT anunciou que em 2025 vai lançar no mercado um veículo elétrico urbano, automóvel com o qual a marca espanhola do Grupo Volkswagen entrará num segmento de cerca de 20-25.000 euros, preço considerado essencial para tornar a mobilidade sustentável acessível de forma massiva. Para a SEAT este é um grande projeto em termos de volume potencial, como confirma a intenção da marca de produzir em Martorell mais de 500.000 automóveis elétricos urbanos por ano para o Grupo Volkswagen.

ANUNCIADAS AS TAXAS DA EGME Taxas desajustadas no momento desadequado

Henrique Sánchez Presidente da UVE – Associação Utilizadores Veículos Elétricos

Quando no dia 21 de agosto de 2019 a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) reuniu com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), tivemos oportunidade de expor os nossos pontos de vista sobre a futura taxa a ser paga à Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica (EGME). Todos estávamos cientes que um dia veria a luz do dia e seria cobrada aos Operadores de Ponto de Carregamento (OPC) e aos Comercializadores de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica (CEME), segundo estabelecia o próprio Regulamento da Mobilidade Elétrica (RME). O que a UVE defendeu nessa reunião é que considerava que a taxa não devia de ser fi xa por carregamento, pois tal iria afetar mais os carregamentos de curta duração e os Utilizadores com os carros elétricos com o carregador interno de menor potência, portanto os primeiros Veículos Elétricos com baterias também de menor capacidade.

O nosso pressuposto é simples e resume-se no seguinte quadro exemplifi cativo:

“É uma mensagem desadequada ao momento em que vivemos, dá sinais contraditórios a todas as entidades envolvidas no fomento da Mobilidade Elétrica.”

Este quadro mostra o impacto negativo, muito negativo, que terá nos carregamentos de menor duração e realizados a potências mais reduzidas, podendo atingir um aumento real entre 20% e 78%!

A sugestão da Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE) mantém-se: a taxa a aplicar deverá ser variável, e por kWh consumido, e não uma taxa fixa.

Estamos, portanto, perante uma taxa desajustada e que penaliza os carregamentos dos Veículos Elétricos com menores baterias, com carregadores internos menos potentes, em postos de carregamento de menor potência e os carregamentos de menor duração.

Quando em 2015/2016 foi relançado o Projeto Piloto da Mobilidade Elétrica, o seu êxito deveu-se a um conjunto de iniciativas: reintrodução dos Incentivos à Aquisição de um Veículo Elétrico, lançamento de Benefícios Fiscais para os Veículos Elétricos, instalação do primeiro corredor de carregamento rápido na A2 com a inauguração dos Postos de Carregamento Rápido nas Áreas de Serviço de Palmela, Alcácer do Sal, Aljustrel e Loulé, tendo Portugal nestes últimos cinco anos progredido com taxas de crescimento compatíveis com os objetivos traçados para a dinamização e o fomento da Mobilidade Elétrica, quer no incentivo à aquisição de um Veículo Elétrico, quer na expansão da Rede Pública de Carregamento para os Veículos Elétricos. A pandemia da covid-19 veio alertar a Humanidade para a urgente e imperativa alteração do modelo económico baseado nos combustíveis fósseis para um modelo económico baseado nas energias renováveis, pois foi constatado pela observação direta por parte dos cidadãos do impacto das emissões dos motores que utilizam combustíveis fósseis na qualidade do ar e do nível de ruído nas áreas metropolitanas.

Portanto, o momento em que é anunciada a entrada em vigor destas taxas, com apenas 15 dias de antecedência, constitui só por si uma mensagem contrária a todo o esforço que tem sido feito até agora. É uma mensagem desadequada ao momento em que vivemos, dá sinais contraditórios a todas as entidades envolvidas no fomento da Mobilidade Elétrica, dando a todos os atuais e futuros Utilizadores de um Veículo Elétrico a ideia de que chegou a hora de começar a retirar os incentivos, alimentando assim a atividade de todos aqueles que resistem à mudança, que combatem a eletrificação da generalidade dos transportes, a descarbonização da economia, prejudicando assim o combate urgente e inadiável às alterações climáticas.

Em resumo, uma decisão desajustada no momento mais desadequado possível! n

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