Informativo: novembro de 2018 Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. (João 15.13)
CLARICE E A VISITA INESPERADA Desde que nasceu, Clarice era levada à Igreja. Embora tivesse apenas treze anos de idade, não houve um tempo sequer que da Igreja ela se afastasse. _ Mas será que estou no lugar certo? - Este foi o primeiro de muitos questionamentos que despontaram nesta fase de sua vida. Não era por menos, havia diretas e indiretas de professores e colegas na escola que ridicularizavam a sua fé. Ela passou a notar que nem toda a sua família tinha apreço pela Igreja e outros que conhecia frequentavam o culto dominical apenas por costume. E a maioria das jovens descoladas e dos cats não estava lá. Estas observações e dúvidas não estacionaram de uma vez. Muitos pensamentos semelhantes iam e viam. Não que ela duvidasse da existência de Deus. Mas precisava de tudo aquilo mesmo? Frequentar a igreja, participar de reuniões jovens, cantar, orar, ajudar no departamento infantil, contribuir, escutar os sermões do pastor, cuidar do que posta no face e, o mais difícil, ver que o mundo todo se divertia lá fora menos ela. Pronto, não tinha como voltar atrás ou fingir que tinha sete ou oito anos de idade, o momento exigia uma resposta. Ela se propôs a experimentar a vida fora da Igreja para salvar sua juventude e, quem sabe, o resto de sua vida. Mas antes, pensou em dizer à sua família que iria na Igreja só quando desse vontade e deixaria seus compromissos. Desta forma, teria mais tempo para se envolver com coisas mais interessantes, o que significava estar fora da Igreja e livre para fazer o que todo mundo lá fora fazia, seja o que for...
Foi quando em sua casa chegou uma visita inesperada. Era um primo de seu pai, já idoso, do qual ouvira falar, mas nunca esperava encontrar. Ele era um pregador intinerante, um evangelista. Simples, espontâneo e gostava de contar suas experiências temperadas com humor. Ele não tinha um perfil moderno e nem estiloso ao gosto da maioria, mas Clarice se maravilhou com o sujeito. Foram apenas três dias, mas três dias de intensas histórias recheadas de aventuras e descontraídas conversas. Era Deus em cada frase. Era fé em cada um daqueles contos. Ao final daquela breve estadia, no turbilhão de dúvidas que ainda pairavam no coração adolescente de Clarice, ela então lhe perguntou: Para que tudo isso? Por que a vida toda gasta em pregar a Bíblia e sair encontrando gente para falar de Deus? O que parecia uma pergunta descabida, era o que faltava para definir a vida de Clarice. Todos esperavam uma explicação complicada, mas a resposta foi simplesmente: _Por amor. Porque Cristo me amou, me deu razão para viver. E por amor àqueles que ainda estão perdidos e escravizados pelas paixões deste mundo, iludidos e longe da graça. Este amor ainda não tinha sido considerado por ela em seus questionamentos. O amor de Deus pela sua vida que lhe conferia verdadeira alegria e paz. O amor que o mundo não pode dar. Era o que faltava para definir e compreender que a vida só vale a pena quando este amor, conquistado por Cristo, é de fato vivido. Deus te abençoe. Pr Juliano.