EDITORIAL A Simplesmente JUDÔ número 14 vem apresentar tudo o que acon teceu no Campeonato Mundial de Budapeste 2021. Graças aos com petentes correspondentes da FIJ e da Assessoria de Imprensa da CBJ, conseguimos compilar nesta edição os detalhes de cada categoria de peso, no masculino e feminino. São textos completos e em cada catego ria de peso um destaque dos judo cas brasileiros. E também as disputas por equipes mistas também tem seu espaço e merecido desta que nesta edição. Nossa homenageada foi a Ke tleyn Quadros, primeira judoca a co
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nquistar uma medalha olímpica em 2008 e 13 anos depois mostra que o tempo não passou para essa atleta e conquista mais uma vez a vaga para disputar mais uma medalha olímpica. E falando em Olimpíada, mostra mos aqui a seleção olímpica que re presentará o Brasil, divulgada pela CBJ. Essa edição está bacana de mais! Nossa missão na revista Sim plesmente JUDÔ sempre será trazer informações sobre a modalidade on de quer que esteja acontecendo e dentro de nossas possibilidades. Simples assim. Boa leitura.
Por: Pedro Lasuen FIJ
Se fosse fácil, todos fariam. Se fos se fácil, não teria mérito, nem graça. Ser campeão mundial é outra coisa. Ser campeão mundial é uma recom pensa pela perseverança e consistên cia e ser campeão mundial em tempos de pandemia e com os Jogos Olímpi cos chegando, é um ato de coragem; a reivindicação de um status e uma com petição que muitos cobiçam e apenas alguns alcançam. Já Zinédine Zidane o disse quando lhe perguntaram, há alguns anos, so bre a dificuldade de ganhar uma Liga dos Campeões em comparação com 04
um campeonato nacional de futebol. Para o gênio francês, o mais difícil é conquistar a competição nacional por que é disputada todas as semanas du rante dez meses e no final ganha os melhores, prova dos mais perseveran tes. O mesmo pode ser dito para o Mundial de Judô. É comemorado todos os anos como o culminar de uma tem porada intensa. Alguns dirão que, em última análise, é um dia de competição. Porém, no judô tudo é dia de competi ção. O que torna o Mundial um evento realmente difícil é a sua repetição anu
al, como se fosse qualquer outro tor neio e, obviamente, os melhores sem pre comparecem a este evento. Além da medalha de ouro e de um belo prêmio em dinheiro, há algo que torna o título algo especial e diferente: o back number vermelho. Um campeão mundial tem o direito de competir por um ano inteiro com o nome pintado de vermelho. É uma distinção, algo como um título nobre, a assinatura daqueles que se destacaram dos demais. É uma assinatura que desaparece durante os Jogos, onde todos os atletas vestem o mesmo judogi, sem distinção e reapa rece posteriormente. Em 6 de junho de 1944 ocorreu o maior pouso da história. No dia 6 de ju nho de 2021 os melhores atletas de sembarcaram em Budapeste, para lutar pelo tão esperado título, em um país que se tornou a última fronteira, o fim de um caminho cheio de obstácu los, com um objetivo final do outro lado da planeta. Além de reunir os melho res, Budapeste foi a última chance pa ra quem ainda sonhava com as
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Olimpíadas. O título mundial também é uma montanha de pontos de qualifica ção, pontos que puderam mudar muito. Vencer em Budapeste significou dois mil pontos. Para quem precisava ou queria subir posições no ranking mundial para obter um sorteio olímpico favorável, o Mundial foi um wild card, uma oportunidade única que não se re petirá porque em tempos normais não se comemora no ano de jogos Olímpi cos. Portanto, tivemos pontos, uma me dalha de ouro, dinheiro e a famosa mancha vermelha, tudo em jogo ape nas um mês antes de viajar para Tó quio. Por isso foi muito mais do que um Campeonato Mundial. Foi um encontro estratégico, um último trem que muitos queriam embarcar. O Mundial de Budapeste, entre 6 e 13 de junho 6 , foi épico, a vitória do judô sobre Covid, o nascimento de uma leva de campeões e o prelúdio dos Jogos de Tóquio. Resta pouco, apenas algumas semanas, antes de pousar na última fronteira.
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Por: Nicolas Messner FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova e Emanuele Di Feliciantonio
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Um Campeonato do Mundo não é uma competição como outra qualquer, embora os ingredientes da receita se jam os mesmos de qualquer outro evento do Circuito Mundial de Judô. Nesta competição extraordinária, existe uma boa dose de pressão extra e um desafio único. Ser campeão mundial no final de um dia de competição acirrada não é pouca coisa. Este é o sonho de uma vida para todos os atletas do cir cuito. Se o mundo vive há meses uma dimensão espaçotemporal, diferente daquela que conhecíamos antes da ex plosão de Covid, o judô há muito en controu suas marcas e é isso que este Mundial também representa para toda a família do judô, reuniram os dois pri meiros campeões mundiais de judô de 2021, TSUNODA Natsumi (JPN) e Ya go ABULADZE (RJF). 48kg: TSUNODA abriu a campanha para o Japão É comum neste nível de competi ção, quando dois atletas japoneses se inscreverem em um torneio, encontrá los na final, principalmente nas catego rias leves. Foi assim que TSUNODA Natsumi (JPN) e KOGA Wakana (JPN) se juntaram para disputar a medalha de ouro. Depois de apenas alguns segun dos, TSUNODA e KOGA estavam em ação, a última colocando muita pres são sobre sua oponente, mas foi TSU NODA quem marcou primeiro com um brilhante sutemiwaza para wazaari, antes de ambas serem penalizadas por recusarem para agarrar o judogi. A TSUNODA recebeu a segunda penali dade rapidamente, colocandoa em uma situação difícil, mesmo estando na frente. Não são permitidos mais erros! E ela não cometeu mais erros, encade ando sequências de tachiwaza e ne waza. Foi depois de um longo momen to no chão que o árbitro disse 'mate' e pediu o vídeo da arbitragem para julgar uma ação anterior que claramente ofe 08
receu um segundo wazaari a TSUNO DA por uma vitória merecida. A campa nha está em andamento para o Japão. TSUNODA Natsumi declarou: “Krasniqi era a favorita porque me der rotou duas vezes no passado. Então, eu estava um pouco ansiosa antes do concurso. Quanto à final com Koga, nos conhecemos muito bem, então o fundamental foi mostrar no que eu sou boa e bloquear o que ela é boa. Eu sempre quis ser judoca e agora sou campeã mundial e estou muito orgu lhosa do meu Back Number vermelho.” A primeira disputa pela medalha de bronze enfrentou Keisy PERAFAN (ARG), 49ª colocada no ranking mundi al, contra Julia FIGUEROA (ESP), sex ta colocada no ranking. FIGUEROA foi a primeira a entrar em ação com um uchimata circulando sem marcar, mas já dando a impressão de ser mais forte que sua oponente. Durante a ação se guinte, FIGUEROA empurrou PERA FAN em um contraataque inteligente para wazaari e concluiu rapidamente no chão, com uma imobilização para ippon. Ela estava definitivamente em boa forma hoje e esta primeira meda lha em um Campeonato Mundial ofere ce a ela um ingresso para ir aos Jogos Olímpicos neste verão. Na segunda disputa pela medalha de bronze, encontramos duas atletas que provavelmente tinham outros obje tivos para hoje: MUNKHBAT Urantset seg (MGL) e Distria KRASNIQI (KOS). A medalha de bronze no Campeonato Mundial continua sendo uma conquista importante, embora KRASNIQI partisse para a ofensiva imediatamente, para mostrar que ela é mais poderosa do que MUNKHBAT, impondo seu kumi kata alto e forte, mas o primeiro ataque real e forte veio da Mongol, com uma tentativa de sutemiwaza que não ren deu nenhum ponto. Muito oportunista, o MUNKHBAT esteve mais uma vez perto de marcar com um contraataque inteligente da instigação de KRASNIQI,
Resultados finais: 1. TSUNODA, Natsumi (JPN) 2. KOGA, Wakana (JPN) 3. FIGUEROA, Julia (ESP) 3. MUNKHBAT, Urantsetseg (MGL) 5. KRASNIQI, Distria (KOS) 5. PERAFAN, Keisy (ARG) 7. BOUKLI, Shirine (FRA) 7. MARTINEZ ABELENDA, Laura (ESP)
que sem dúvida não estava suficiente mente preparada. Então MUNKHBAT foi penalizada com um primeiro shido. Era hora do golden score. Nenhum dos dois atletas parecia conseguir quebrar a distância entre eles, o que abriria as possibilidades. KRASNIQI deu seu primeiro shido ao sair do tatame. Aos 2:40 do golden score, a kosovar teve uma primeira oportunidade real de vencer, ao fazer o pin em MUNKHBAT, o que já é uma atuação, conhecendo as habilidades da mongol no chão, mas esta conse guiu escapar. Ela ainda recebeu um segundo shido por passividade, mas outro shido foi concedido a KRASNIQI por manter o controle do mesmo lado do judogi por muito tempo. O tempo voava. Às 5:30 da prorrogação, foi o o sotogari de KRASNIQI que chegou bem perto de marcar. Exatamente 6 minutos após o início do período de pontuação de ouro, um terceiro shido foi enviado para KRASNIQI e MUNKH 09
BAT Urantsetseg ganhou sua quarta medalha em um campeonato mundial. Que campeã! No início do dia, a número um do mundo e, portanto, a semente número um, Distria Krasniqi (KOS), parecia bem em seu caminho para chegar à primeira final mundial de sua carreira sênior, para somar à medalha de ouro que ganhou em Abu Dhabi no 2015 Campeonato Mundial para Juniores. Sucessivamente, venceu a medalhista olímpica Eva CSERNOVICZKI (HUN), Sabina GILIAZOVA (RJF) e Laura MARTINEZ ABELENDA (ESP), para chegar à semifinal. Lá ela encontrou TSUNODA Natsu mi (JPN), vencedora do World Judo Masters em 2018 em Guangzhou, Chi na. A judoca japonesa havia ultrapas sado os obstáculos de Milica NIKOLIC (SRB), no primeiro round, antes de vencer a francesa Mélanie CLEMENT e depois Keisy PERAFAN (ARG). TSUNODA levou apenas 2:28 para
marcar ippon contra KRASNIQI, cujo poder vem causando estragos no cir cuito mundial há meses, um poder que lhe permitiu vencer o Mundial de Judô Masters em janeiro, bem como o cam peonato europeu mais disputado re centemente. Na segunda metade do sorteio, MUNKHBAT Urantsetseg (MGL) era a favorita para uma vaga na final, especi almente depois de vencer o GALBA DRAKH Otgontsetseg (KAZ) na terceira rodada, mas a multi medalhista mundial finalmente teve que abandonar os muito jovens KOGA Wakana (JPN), de apenas 19 anos, Campeã Mundial Júnior em 2019 e notável finalista em Paris em 2020. Seu currículo ainda es tá longe do MUNKHBAT, mas parece que seu nível não. Com ímpeto, KOGA subiu para a fi nal depois de eliminar Julia FIGUEROA (ESP) na semifinal, que teve uma corri da quase perfeita até aquele ponto, es pecialmente contra a estrela francesa 10
em ascensão Shirin BOUKLI, que mais tarde não conseguiu escapar da arma dilha do MUNKHBAT na repescagem. Gabriela Chibana foi a representante do Brasil na categoria A estreia do Brasil no Campeonato Mundial neste domingo, 06, foi com a peso ligeiro Gabriela Chibana (48kg). Ela encarou a israelense Shira Rishony no primeiro combate e não conseguiu se impor. Rishony marcou um wazaari no início da luta e defendeu bem os ataques da brasileira, que não conse guiu desfazer a desvantagem no placar e despediuse do Mundial na primeira rodada. “Ela tem um estilo bem de fazer força, levar para baixo. Queria dar con tinuidade, mas estava muito travada também. Acho que devia ter movimen tado mais, ter conduzido mais a luta. Deixei ela conduzir muito a luta”, resu miu Chibana, brevemente, após o com bate. “Agradeço todo mundo que
acordou de madrugada para assistir, minha família, meus amigos. Agora, é voltar e tentar consertar, melhorar o máximo que eu puder.” O Mundial foi a sexta competição da brasileira em 2021, ano em que pre cisou superarse para voltar às compe tições após uma lesão no joelho (ligamento cruzado anterior). “Agradeço às pessoas que estão me dando todo suporte, o fisioterapeu ta que me ajudou nessa volta de lesão de LCA, foram nove meses (de recupe ração). Dr. Daniel Dell`Aquila e todo mundo que está por trás de tudo isso, Eu não estou aqui sozinha”, disse. 11
A lesão tornou mais difícil o cami nho de Chibana rumo à sua primeira Olimpíada, mas não impossível. A ex pectativa agora é pela atualização do ranking olímpico e a brasileira tem grandes chances de conseguir uma das últimas vagas diretas do 48kg para Tóquio. “Para mim, é uma coisa de cada vez. Por isso que estou bem chateada. O Mundial era uma oportunidade de eu estar evoluindo, eu queria me sentir bem. Perder assim, na primeira luta, me deixa muito chateada. Mas, eu vou dar a volta por cima”, projeta.
Por: Nicolas Messner FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ
Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. ABULADZE, Yago (RJF) 2. KYRGYZBAYEV, Gusman (KAZ) 3. GARRIGOS, Francisco (ESP) 3. HUSEYNOV, Karamat (AZE) 5. KHYAR, Walide (FRA) 5. SHAMSHADIN, Magzhan (KAZ) 7. GERCHEV, Yanislav (BUL) 7. LKHAGVAJAMTS, Unubold (MGL)
60kg: ABULADZE conclui um dia perfeito com estilo A última partida e segunda final do dia viu Gusman KYRGYZBAYEV (KAZ), medalhista de bronze em Tel Aviv no início desta temporada e Yago ABULADZE (RJF), medalhista de bron ze no mais recente Campeonato Euro peu, competindo pelo título de campeão mundial final. Quem quer que fosse o vencedor, seria um azarão se tornar o novo campeão mundial, embo ra os dois competidores tenham se ori ginado aqui em Budapeste. Talvez na competição matinal, o público e os es pecialistas esperassem que outros atletas de ponta chegassem ao cume, ocupando a primeira posição. Após apenas 30 segundos, ABU LADZE, que parecia estar sob pressão no solo, reverteu totalmente a situação para imobilizar seu oponente, mas 9 segundos não foram suficientes para pontuar. De qualquer forma, apenas 14
mais alguns segundos foram necessá rios para que ABULADZE conseguisse um primeiro wazaari com um grande movimento de quadril. Ele dobrou o placar e garantiu uma vitória significati va um pouco depois, com um osoto otoshi para canhotos. ABULADZE foi obviamente o mais forte hoje e provou isso da melhor maneira possível. Yago ABULADZE declarou: "Estou muito surpreso em saber que meu judô é bom porque muitas pessoas me di zem que tenho um estilo estranho. Eu queria quebrar estereótipos executan do bons movimentos que também sig nificariam vitória. Meu movimento newaza foi inspirado por Varlan Lipar teliani. Vi muitos vídeos dele fazendo essa técnica e gostei muito, então co mecei a trabalhar nisso e parece funci onar bem, como vocês viram hoje. Estou feliz com meu número vermelho, mas Espero que logo vire ouro. " Pela primeira luta pela medalha de
bronze, o medalhista de bronze do últi mo Campeonato Europeu, Karamat HUSEYNOV (AZE), enfrentou Magzhan SHAMSHADIN (KAZ), 65º no Ranking Mundial. Os primeiros 45 se gundos foram mais parecidos com uma rodada de observação, já que HUSEY NOV e SHAMSHADIN tinham kumika ta no final das mangas e tentavam puxar, para mudar repentinamente de direção e passar por baixo do centro de gravidade do oponente. SHAMSHA DIN foi penalizado com um primeiro shido por passividade enquanto a parti da se desenrolava para chegar ao final sem qualquer pontuação. Era hora do placar de ouro. A primeira ação veio de SHAMSHADIN com um kouchigari de longa distância sem pontuação. Um pouco menos de um minuto de tempo extra foi necessário para que o HU SEYNOV conseguisse um pequeno, mas significativo wazaari, para subir ao pódio. No segundo concurso de medalha de bronze o atual Campeão Europeu, Francisco GARRIGOS (ESP), se opôs ao Campeão Europeu de 2016 Walide KHYAR (FRA). O francês foi penaliza do primeiro por segurar o cinturão do adversário por muito tempo, ainda que segundo seu técnico na cadeira, esse braço esquerdo fosse a solução. É a solução, desde que você ataque imedi atamente. Faltando menos de um mi nuto, GARRIGOS mostrou porque está entre os melhores atletas do mundo, com um ouchigari belamente execu tado do qual KHYAR tentou escapar, transformando o arremesso em uma espetacular acrobacia. Um último shido recebido por GARRIGOS poucos se gundos antes do final não foi suficiente para alterar o resultado final após seu placar dinâmico e o espanhol pôde co memorar sua medalha de bronze e pu lar nos braços de seu treinador após a luta. No início, durante as preliminares, olhando o recorde de NAGAYAMA 15
Ryuju e sua posição como cabeçade chave na competição, podíamos imagi nar que o judoca japonês não teria muita dificuldade em chegar à final. Primeiro em Tashkent no início da tem porada, ele se sentiu seguro sobre seu nível. Porém, isso sem contar com Ka ramat HUSEYNOV (AZE), que bateu todas as chances do adversário na ter ceira rodada das eliminatórias. Na rodada seguinte foi um HUSEY NOV cheio de confiança que subiu no tatame para enfrentar o dínamo fran cês Walide KHYAR, que havia iniciado seu torneio registrando seu empenho físico e oportunismo, com seu judô ás pero e kumikata perturbador para seus adversários , feito de alças cruzadas e ataques de contato próximo. Foi final mente o francês quem venceu e en controu, a caminho da final, Gusman KYRGYZBAYEV (KAZ). Cabeçade chave em seu quarto do sorteio, KYRGYZBAYEV não enfraqueceu con tra KHYAR, apesar das penalidades que choveram de ambos os lados. KHYAR pensou que quase havia ven cido, enquanto um terceiro shido foi dado ao cazaque, antes de ser retirado e o judoca tricolor então cometeu um pequeno erro que lhe custou a final. O segundo cazaque inscrito na ca tegoria, Magzhan SHAMSHADIN (KAZ), também teve uma corrida muito boa nas rodadas preliminares, enquan to o filho de KOGA Toshihiko, a lenda do judô, falecido recentemente, KOGA Genki (JPN), era esperado em um ní vel superior em Budapeste, mas viu seus sonhos de medalhas voarem no segundo turno. No final do sorteio, Yago ABULAD ZE (RJF), já vencedor em Budapeste, durante o Grand Slam de outubro de 2020, saiu sem arranhão e acabou ba tendo SHAMSHADIN, para evitar uma final 100% cazaque.
Eric Takabatake aponta aprendidas em Budapeste
lições
O brasileiro Eric Takabatake tirou lições importantes após sua participa ção no Campeonato Mundial de Judô, que começou neste domingo, 06, em Budapeste, Hungria. Atual número 13 do mundo e, portanto, dentro da zona de classificação olímpica, o peso ligeiro estreou com vitória sobre Harim Lee, da Coréia do Sul, mas parou nas oita vas de final diante do búlgaro Yanislav Gerchev, nas punições. Muito próximo de garantir uma vaga para sua primeira participação olímpica, Takabatake sa be que o limite para falhas foi até aqui. 16
“O período que a gente tinha para errar acabou. Essa aqui era a última competição. É um Mundial, uma com petição de alto nível, sim. Mas, temos que pensar que nosso foco está nos Jogos Olímpicos. Se fosse para errar, tinha que errar até agora. Vou levar is so como aprendizado”, avaliou. Na estreia em Budapeste, Eric re encontrou Lee, que havia eliminado o brasileiro no Mundial de 2018, em Ba ku, na repescagem. Na Hungria, po rém, foi o brasileiro quem levou a melhor, tanto física, quanto tecnica mente. “Ele tem um estilo meio chato de lutar, então entrei concentrado. Primei
ra luta é sempre aquela ansiedade e foi uma luta bem dura, como achei que fosse ser. Ganhei no golden score, no erro dele, ele estava bem esgotado. Foi uma luta que ganhei mais na von tade”, pontuou. Em seguida, o duelo pelas oitavas foi contra Yanislav Gerchev, da Bulgá ria, que apostou em técnicas de sacrifí cio para impor volume de ataque forçar punições por passividade a Eric. A es tratégia deu certo e o brasileiro acabou despedindose do Mundial com as três punições. “Já lutei com ele umas três vezes e sempre foi para o golden score. E, apesar de eu já conhecer o estilo de jo 17
go dele, ele mudou um pouco em rela ção a me anular. Ele atacou do jeito que ele sempre ataca, que é botar bas tante golpe na frente, golpes de sacrifí cio, só que ele me anulou na pegada. Não consegui me achar na pegada, chegar com as duas mãos. Foi uma lu ta complicada para mim, porque não consegui impor meu judô”, explicou Ta kabatake. Gerchev acabou em sétimo lugar, após perder para Yago Abuladze (Rús sia) e Francisco Garrigos (Espanha), nas quartas e repescagem, respectiva mente.
Por: Nicolas Messner e Jo Crowley FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. SHISHIME, Ai (JPN) 2. PEREZ BOX, Ana (ESP) 3. KOCHER, Fabienne (SUI) 3. PRIMO, Gefen (ISR) 5. KELDIYOROVA, Diyora (UZB) 5. RAMOS, Joana (POR ) 7. LKHAGVASUREN, Sosorbaram (MGL) 7. RYHEUL, Amber (BEL)
52kg: Consistência para Espanha e Japão e Segundo Ouro para SHISHI ME A primeira final do dia viu, sem qualquer surpresa, SHISHIME Ai (JPN), já detentora de medalhas de to dos os metais, enfrentando Ana PE REZ BOX (ESP). SHISHIME, no puro estilo japonês, produziu um newaza muito bom durante a sessão da ma nhã, bem como técnicas de tachiwaza simples, mas bem executadas, en quanto Ana PEREZ BOX foi especial mente eficiente durante todas as suas partidas. O primeiro pequeno ashiwaza a fazer sua oponente reagir, ofereceu uma primeira oportunidade para SHISHIME concluir no chão, mas PE REZ BOX estava vigilante. Após um minuto e a primeira tempestade, PE REZ BOX parecia ter uma melhor com preensão do que estava acontecendo no tapete e começou a recuperar o controle com melhores padrões de 20
aderência para combinar com SHISHI ME. Ambas foram penalizadas com um primeiro shido, seguido por um segun do para a finalista espanhola um pouco mais tarde. Com 50 segundos restan tes, SHISHIME de repente liberou o ti po de uchimata que amamos e queremos ver na final de um campeo nato mundial. A execução foi quase perfeita, com PEREZ BOX caindo de lado para uma pontuação quase perfei ta, mas SHISHIME já estava lá para pegála e prendêla para Ippon. Este é nada menos que um segundo título mundial para ela e a quarta medalha nesse nível de competição. Impressio nante. SHISHIME Ai declarou: "Eu sabia que havia muita expectativa para eu ganhar e isso significou muita pressão, mas no final sempre consigo ganhar medalhas. O engraçado é que ganhei minha primeira medalha mundial aqui em Budapeste e agora de novo, então isso torna esta cidade como meu lugar
de sorte." Na primeira disputa pela medalha de bronze, Joana RAMOS (POR), que até então tinha a quinta colocação no Mundial há dois anos em Tóquio, como seu melhor resultado, pisou no tatame contra Fabienne KOCHER (SUI). Em Astana em 2015 conquistou o seu me lhor resultado: um sétimo lugar. Quan do a partida começou, RAMOS sabia que deveria ter cuidado para não cair também, pois KOCHER mostrou gran de habilidade durante a sessão da ma nhã. No entanto, a lutadora suíça teve que observar o maki komi de RAMOS, que estava particularmente forte no iní cio do dia. Com um kosotogake e um contraataque sem gols, RAMOS foi imediatamente perigosa, apesar da aparente superioridade de KOCHER, que estava perto de pontuar com a téc nica especial de RAMOS, o makikomi, mas a atleta portuguêsa, sabendo per feitamente como aplicálos, também soube escapar. Não há pontuação! Com apenas um shido em seus no mes, RAMOS e KOCHER alcançaram o período de golden score, onde tudo ainda era possível, mas RAMOS foi penalizado cedo com um segundo shi do e depois um terceiro, quando blo queou o oponente sob a faixa, o que é proibido. Este terceiro shido foi sinôni mo de vitória para Fabienne KOCHER, que deu um longo e verdadeiro abraço em RAMOS, antes de sair do tatame para pular nos braços de seu treinador. Terceiro no Campeonato Europeu há apenas algumas semanas, Gefen PRIMO (ISR) é definitivamente um desses jovens competidores, aos 21 anos, elevando seu nível em todas as provas do circuito. Desta vez teve a oportunidade de somar uma medalha a nível mundial, ao enfrentar Diyora KEL DIYOROVA (UZB), vencedora do Grand Slam de Antalya nesta tempora da. PRIMO, que explorou todas as oportunidades durante as primeiras ro dadas, enfrentou uma especialista em 21
técnicas precisas de drop seoinage, que pontuou de ambos os lados e com as versões tradicional ou reversa, no início do dia. A partida começou sem qualquer tipo de fase de observação, as duas competidoras imediatamente impondo um ritmo alucinante que só os atletas de ponta conseguem suportar. Depois de um pouco mais de dois mi nutos, KELDIYOROVA foi penalizada com um primeiro shido por um ataque falso e com um minuto restante rece beu uma segunda penalidade pelo mesmo motivo. KELDIYOROVA pare ceu perder um pouco o controle da si tuação. Um terceiro shido veio menos de trinta segundos depois, oferecendo uma merecida medalha de bronze ao jovem Gefen PRIMO, que tinha um sorriso imenso no final da disputa pela medalha de bronze. A categoria de 52kg foi uma das duas categorias desta edição do cam peonato mundial, que não teve o seu número 01 mundial presente, mas o número 03 do mundo SHISHIME Ai (JPN) confirmou a sua posição como cabeçadechave. No segundo turno ela derrotou Soumiya IRAOUI do Mar rocos, que no primeiro turno derrotou a dupla medalha de prata mundial, An dreea CHITU (ROU). SHISHIME também arruinou uma primeira boa esperança de medalha para o país anfitrião ao vencer o PUPP Reka (HUN), antes de vencer Joana RAMOS (POR). Mesmo que Ana PEREZ BOX (ESP) estivesse entre as melhores se mentadas da categoria, ela não era uma das favoritas, mas sim em décimo segundo lugar no Ranking Mundial e conquistando a medalha de bronze em Kazan há algumas semanas, a espa nhola O atleta teve o que se chama de 'um dia perfeito no escritório', com vitó rias sobre Katelyn JARRELL (EUA), Anastasia POLIKARPOVA (RJF), LKHAGVASUREN Sosorbaram (MGL) e depois Fabienne KOCHER (SUI) na
semifinal. A fase preliminar do PEREZ BOX foi bemsucedida, mas, de manei ra geral, também foi bom ver que o tra balho compensou. O judoca de 25 anos, cuja técnica preferida é o uchi mata, terminou ao pé do pódio em abril no Europeu, mas desta vez é a nível mundial e uma final já significa muito. Sua medalha de prata é especial. Larissa Pimenta para nas oitavas definal do Mundial O judô brasileiro teve apenas uma representante no tatame da Laszlo Papp Arena, em Budapeste, nesta se gundafeira, 07, segundo dia de dispu tas do Campeonato Mundial. Larissa Pimenta, em seu segundo Mundial adulto, estreou com boa vitória por wa 22
zaari sobre Naomi Van Kreme, da Ho landa, e avançou às oitavas da compe tição. Em sua segunda luta, Larissa en carou uma adversária mais dura, a is raelense Gefen Primo, número 15 do mundo, que conseguiu um ippon para finalizar a participação da brasileira no Mundial. Larissa Pimenta é a atual número 11 do mundo e disputou medalhas em todas as três competições que fez em 2021: ouro no Pan e 5º nos Grand Slam de Tashkent e Tbilisi. Neste Mun dial, ela buscava, além de uma meda lha inédita em sua jovem carreira, os pontos necessários para ser cabeça dechave nos Jogos Olímpicos de Tó quio, em julho.
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Resultados finais: 1. MARUYAMA, Joshiro (JPN) 2. LOMBARDO, Manuel (ITA) 3. SHAMILOV, Yakub (RJF) 3. YONDONPERENLEI, Baskhuu (MGL) 5. SAFAROV, Orkhan (AZE) 5. ZHUMAKANOV, Yeldos (KAZ) 7. LE BLOUCH, Kilian (FRA) 7. MINKOU, Dzmitry (BLR)
66kg: MARUYAMA Dobra para si e para o Japão no segundo dia É interessante notar que ambos os finalistas passaram bastante tempo no tatame durante as rodadas prelimina res, já que cada um teve que competir por mais de 15 minutos, incluindo o tempo normal e períodos de pontuação de ouro, a primeira consequência sen do que nenhum poderia tirar vantagem de ser mais fresco do que o outro. Após 30 segundos, os dois cam peões já haviam experimentado pelo menos uma de suas técnicas preferi das, uchimata para MARUYAMA, ka taguruma para LOMBARDO, para não pontuar. Um primeiro shido foi concedi do a MARUYAMA por sair do tatame, e depois um a LOMBARDO por passivi dade. É uma oposição total de estilo que presenciamos, o atual campeão mundial japonês tentando o embarque LOMBARDO em seus movimentos am plos e este tentando fixar seu oponente para lançar seu tokuiwaza ou um 26
dropseoinage. Neste joguinho, o pri meiro a marcar foi MARUYAMA com um estiloso yokotomoenage para wa zaari. Ele então só teve que controlar até os últimos segundos para ganhar seu segundo título mundial consecuti vo. Só no final, quando os dois homens se juntaram para se parabenizar, é que começamos a ver um sorriso tímido no rosto de MARUYAMA, MARUYAMA Joshiro refletiu: “ Es tou tão feliz com meu segundo título mundial, mas não posso estar feliz com o conteúdo do meu judô hoje. Estava longe de ser o meu melhor. Estou cien te de que todos querem me derrotar. meu nível hoje, posso garantir que quando eu voltar a Tóquio, vou traba lhar ainda mais duro. " Mais cedo durante o dia. Na primei ra rodada, o cabeçadechave Manuel LOMBARDO derrotou Sebastian SEI DL (GER), antes de lutar e vencer Or lando POLANCO (CUB), Yakub SHAMILOV (RJF) e depois Yeldos
ZHUMAKANOV (KAZ) na semifinal. Na segunda metade do sorteio, to dos os olhares estavam voltados para MARUYAMA Joshiro (JPN), provavel mente um dos judocas mais espetacu lares e estilosos do circuito, apesar de não ter sido selecionado para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Durante a primei ra rodada, MARUYAMA mostrou mais uma vez que é um daqueles competi dores que realmente 'sente' ao invés de 'pensa' quando é o momento certo para atacar. Desta forma, o campeão mundial japonês de 2019 é um dos atletas mais impressionantes do Circui to Mundial de Judô. Hoje talvez não te nha sido o seu melhor dia em termos de preparação. Se seus ataques fos sem lançados com perfeição, faltava um pouco de acabamento e polimento, o que o empurrou para a pontuação de ouro várias vezes. Essa é a marca dos grandes campeões, que quando o dia está difícil, eles ainda têm os recursos para fazer o trabalho, Terceiro em Kazan este ano e se gundo aqui em Budapeste para o reiní cio da temporada após a pausa da Covid, Yakub SHAMILOV (RJF) lutou contra o duas vezes medalhista mundi al Orkhan SAFAROV (AZE) por um lu 27
gar no tão prestigioso pódio do campe onato mundial. Ambos sendo grandes contraatacantes, o concurso da meda lha de bronze prometia ser animado. Com kumikata e movimentos não orto doxos, SAFAROV e SHAMILOV pare ciam capazes de lançar a qualquer momento. É muito interessante assisti los, pois em meio a esses movimentos e pegadas pouco ortodoxos estão as técnicas tradicionais do judô, como o kataguruma, o yokotomoenage, mas totalmente revisitadas. Essa é a magia do judô que se adapta a qualquer tipo de morfologia e atitude. Mas a primeira coisa que apareceu no placar foi um shido para SAFAROV, por uma viola ção de kumikata. Finalmente, chegou a hora do placar de ouro. Na segunda disputa pela medalha de bronze, Baskhuu YONDONPEREN LEI (MGL), que fez um grande esforço contra MARUYAMA durante a primeira fase da competição, antes de ser der rotado, enfrentou Yeldos ZHUMAKA NOV (KAZ), medalhista de prata do World Judo Masters. Devido a uma le são, Yeldos ZHUMAKANOV não pôde competir e a medalha de bronze foi pa ra Baskhuu YONDONPERENLEI (MGL).
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Resultados finais: 1. KLIMKAIT, Jessica (CAN) 2. TAMAOKI, Momo (JPN) 3. GJAKOVA, Nora (KOS) 3. STOLL, Theresa (GER) 5. DEGUCHI, Christa (CAN) 5. PERISIC, Marica (SRB) 7. KONKINA, Anastasiia (RJF) 7. MONTEIRO, Telma (POR)
57kg: KLIMKAIT ganha mais do que um título A primeira final do dia talvez não tenha sido exatamente a esperada, mesmo que os dois competidores esti vessem entre os favoritos da categoria. TAMAOKI foi penalizada rapidamente com um primeiro shido, enquanto Jes sica KLIMKAIT começou cada troca, após o hajime, com uma dança circular dinâmica ao redor de sua oponente, antes de mergulhar nela e em busca do seoinage ou ouchigari. O que é impressionante é que todo mundo sabe disso, mas ela ainda faz isso de novo e de novo e funciona. Enquanto TAMAO KI Momo foi penalizado pela segunda vez, KLIMKAIT recebeu seu primeiro shido e os dois atletas alcançaram a pontuação de ouro se tudo o que foi possível. Após 1 minuto, Jessika KLIM KAIT, que estava obviamente domi nando, concluiu com um kouchigari que parecia vir do outro lado do tata me, mas ela conseguiu acertar um wa 30
zaari libertador. Com este primeiro tí tulo mundial, Medalha de bronze em Kazan há algumas semanas, Marica PERISIC (SRB) voltou a disputar o bronze, fren te a Nora GJAKOVA (KOS), medalhista de bronze no último Campeonato da Europa em Lisboa. GJAKOVA impôs seu poder de controlar o kumikata ra pidamente e construir seu judô, feito de pequenos ashiwaza para abrir o por tão para um amplo uchimata. Após apenas metade da partida, GJAKOVA não havia marcado, mas o PERISIC já havia sido penalizada duas vezes. Foi com apenas alguns segundos restan tes e com um maciço makikomi na beira do tatame, que ela havia prepara do ao longo da luta, que GJAKOVA as sumiu a liderança por um wazaari, para ganhar sua primeira medalha de bronze naquele nível . Classificada em 12º lugar no ran king mundial, a alemã Theresa STOLL, 25 anos, detentora de duas medalhas
de bronze no Circuito Mundial de Judô desde que o circuito foi retomado em outubro passado em Budapeste, en frentou a número um do mundo Christa DEGUCHI (CAN) pela segunda vaga no pódio. O primeiro em ação foi DE GUCHI, com um ouchigari arriscado, que o STOLL bloqueou e até tentou contraatacar, mas ninguém marcou. Pelo menos durante o início da partida, esse era o plano de DEGUCHI, já que ela tentou várias vezes se submeter ao forte kumikata do STOLL com seu o uchigari direito. Dominada por STOLL, a campeã canadense foi penalizada com um primeiro shido, mostrando uma versão diferente de si mesma, menos dominante e mais em perigo do que estamos acostumados. Ela foi en tão penalizada pela segunda vez, en trando no período do placar de ouro com duas penalidades em seu nome. O STOLL levou apenas 8 segundos para marcar um makikomi maciço que crucificou DEGUCHI, que parecia estar em outro lugar e que em outro lugar, infelizmente, pode não ser Tóquio nes te verão. Houve uma medalha de bron ze para Theresa STOLL. Essa é a dificuldade do judô. Tudo pode parar e mudar em um segundo, com a perda errada no momento errado. É duro, mas também participa da beleza do es porte, onde tudo está por um fio. Todos os atletas sabem disso. Todos os atle tas trabalham para agarrar e maximizar todas as suas chances e, no final, é o resultado no tatame que decide. Hoje não foi o dia de DEGUSHI, mas ela continua sendo uma campeã e judoca incrível. Houve uma medalha de bron ze para Theresa STOLL. Essa é a difi culdade do judô. Tudo pode parar e mudar em um segundo, com a perda errada no momento errado. É duro, mas também participa da beleza do es porte, onde tudo está por um fio. Todos os atletas sabem disso. Todos os atle tas trabalham para agarrar e maximizar todas as suas chances e, no final, é o 31
resultado no tatame que decide. Hoje não foi o dia de DEGUSHI, mas ela continua sendo uma campeã e judoca incrível. Houve uma medalha de bron ze para Theresa STOLL. Essa é a difi culdade do judô. Tudo pode parar e mudar em um segundo, com a perda errada no momento errado. É duro, mas também participa da beleza do es porte, onde tudo está por um fio. Todos os atletas sabem disso. Todos os atle tas trabalham para agarrar e maximizar todas as suas chances e, no final, é o resultado no tatame que decide. Hoje não foi o dia de DEGUSHI, mas ela continua sendo uma campeã e judoca incrível. é o resultado no tatame que decide. Hoje não foi o dia de DE GUSHI, mas ela continua sendo uma campeã e judoca incrível. é o resultado no tatame que decide. Hoje não foi o dia de DEGUSHI, mas ela continua sendo uma campeã e judoca incrível. No início da competição, todos os olhares estavam voltados para a categoria de 57kg já que todos queriam ver a partida decisiva entre Jessica KLIMKAIT (CAN) e a atual cam peã mundial Christa DEGUCHI (CAN), para a seleção olímpica final da atleta canadense. No entanto, esta partida não aconteceu por que o KLIMKAIT chegou à final após uma sessão matinal impecável, enquanto a DE GUCHI foi derrotada, após uma longa disputa de ouro, por TAMAOKI Momo (JPN) na semi final. A decisão de qual atleta irá aos Jogos está agora nas mãos da Federação Canaden se de Judô. É preciso dizer que Jessica KLIMKAIT te ve um início brilhante na competição. Se às vezes a jovem canadense caminha à beira de ataques falsos, ela ainda é muito eficaz e seu seoinage pode marcar ippon a qualquer mo mento. No primeiro round ela derrotou Miryam ROPER (PAN), depois Arnaes ODE LIN GARCIA (CUB) e Theresa STOLL (GER) antes de dar chances para Nora GJAKOVA (KOS) na semifinal. Com essa demonstração brilhante, ela tem uma chance realmente boa de ser a representante canadense nos Jogos Olímpicos. O que é certo é que esta é prova
velmente uma das decisões mais difíceis para Mike Tamura, o presidente do Judo Canadá, Nicolas Gill e sua equipe técnica. TAMAOKI Momo, após vitórias consisten tes contra Zouleiha Abzetta DABONNE (CIV), Eteri LIPARTELIANI (GEO) e Telma MON TEIRO (POR) nas primeiras rodadas, enfren tou o atual campeão mundial e número um do mundo na semifinal. As apostas eram altas para ambos os competidores, mas talvez um pouco mais para DEGUCHI, que precisava desesperadamente daquela vitória para en contrar seu companheiro na final, mas foi TA MAOKI que, após 9 minutos e 15 segundos de uma partida tensa, encontrou a única oportunidade que abriu as portas da final. Estreante em Mundial, Ketelyn Nascimento leva campeã europeia a golden score de 11 minutos Novata brasileira não se intimidou diante da torcida local e travou uma das maiores ba 32
talhas desse Mundial contra a húngara Hed vig Karakas
Nas súmulas constarão que Ke telyn Nascimento, judoca brasileira do peso Leve (57kg), fez apenas duas lu tas em seu primeiro Mundial Sênior, nesta terçafeira, 08, em Budapeste, Hungria, onde acontece a competição. Mas, a história contará que a novata brasileira travou uma das maiores ba talhas da Laszlo Papp Arena, levando a campeã europeia e dona da casa, Hedvig Karakas, a um golden score de infinitos onze minutos. Somandose o tempo normal de quatro minutos, pode se considerar, portanto, que a brasilei ra fez, aproximadamente, quatro lutas em uma. A vitória no placar não veio por muito pouco. Ketelyn chegou a imobili zar Karakas por oito segundos, mas a húngara escapou e sobreviveu ao que
seria um wazaari para a brasileira no tempo extra. Antes disso, Ketelyn já havia defendido uma chave de braço e, no fim do combate, a húngara encaixou outra chave, dessa vez, indefensável. “Eu já tinha sentido meu braço es talar na primeira chave, ficou um pouco dormente. Ela percebeu e fez ataques mais efetivos no meu lado esquerdo. Na segunda chave não consegui resis tir, bati. Mas, tenho que manter a cabe ça em pé. Não acabou a competição por aqui. Ainda temos a competição por equipes e pode ser que a Hungria venha com ela também na equipe”, ex plicou a brasileira, já projetando uma possível revanche na competição por equipes mistas, no dia 13. Ketelyn foi a única representante do Brasil no peso leve feminino. Atual 33
número 32 do mundo, ela estava fora da zona de ranqueamento direto e por cotas dos Jogos Olímpicos. Agora, a brasileira aguarda a atualização do ranking ao final do Mundial para saber se conseguirá ou não a sonhada vaga em sua primeira olimpíada. “Eu cheguei aqui muito focada e estava bem confiante, porque a sequência de treinamentos que a gente fez foi toda voltada para trazer um bom resultado aqui. Não foi o que eu conse gui. Mas, não saio daqui achando que eu fiz tudo o que eu podia, mas fiz tudo o que estava ao meu alcance no mo mento. Faltou pouco. Foram detalhes que acarretaram na minha derrota, mas foram mais pontos positivos do que negativos”, avaliou.
Por: Nicolas Messner FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. SHAVDATUASHVILI, Lasha (GEO) 2. MACIAS, Tommy (SWE) 3. CILOGLU, Bilal (TUR) 3. HASHIMOTO, Soichi (JPN) 5. HEYDAROV, Hidayat (AZE) 5. TURAEV, Khikmatillokh (UZB) 7. CASOS ROCA, Salvador (ESP) 7. UNGVARI, Miklos (HUN)
73kg: SHAVDATUASHVILI Adiciona Ouro Mundial à Sua Coleção Qualquer que fosse o resultado da final, seria um novo campeão mundial inesperado, já que a final trouxe Tommy MACIAS (SWE) e Lasha SHAVDATUASHVILI (GEO) juntos no tatame. Após pouco menos de um mi nuto, MACIAS foi penalizado com um primeiro shido por falso ataque, pois SHAVDATUASHVILI parecia uma for taleza inexpugnável. Antes de entrar no último minuto, MACIAS recebeu um segundo shido, colocando SHAVDA TUASHVILI em boa posição, conhe cendo suas habilidades táticas. Era hora do placar de ouro! Após 50 segundos e uma última sequência em que MACIAS saiu do ta tame e foi penalizado pela terceira vez, a vitória foi para Lasha SHAVDATU ASHVILI, que se posiciona em meio ao grupo de campeões que conquistaram as Olimpíadas, os campeonatos conti nentais e agora os campeonatos mun 36
diais. Bravo! Lasha SHAVDATUASHVILI disse: "O judô lhe dá momentos especiais se você trabalhar muito. Estou perseguin do esse título há tantos anos. A razão de eu ter sucesso hoje é porque penso no judô 24 horas por dia. Agora que te nho os três principais títulos no mundo do judô, espero que a geração jovem da Geórgia se inspire na minha carreira e entenda que sem muito trabalho não se pode vencer. ” A primeira disputa de medalha de bronze viu o medalhista de bronze do Doha World Judo Masters, Khikmatil lokh TURAEV (UZB), competir contra Bilal CILOGLU (TUR), que até agora não tinha recorde em 2021. Com um wazaari marcado nos últimos segun dos da partida com um sumigaeshi Bi lal CILOGLU conquistou a medalha de bronze para subir ao pódio. Provavelmente desapontado com a derrota na semifinal, o japonês HASHI MOTO Soichi enfrentou Hidayat HEY
DAROV (AZE) pelo segundo bronze. Depois de dez competições sem resul tado algum, esta foi a ocasião para a HEYDAROV provar novamente o metal de uma medalha mundial, já que pos sui quatro medalhas mundiais, de juni ores e seniores somados. A partida começou com um falso ritmo pontuado por penalidades por falsos ataques, aceleração malsucedida de HASHIMO TO e tentativas de quebrar o forte ku mikata de HASHIMOTO por HEYDAROV. Com dois shidos para ca da um de seus nomes, os dois compe tidores entraram no período de pontuação de ouro e foi após 13 se gundos que HASHIMOTO marcou ip pon para se juntar aos outros medalhistas no pódio. Nesta categoria, muitos especialis tas diriam pela manhã que veriam HASHIMOTO Soichi (JPN) pelo menos na final, senão campeão mundial, mas isso sem contar com a determinação de Tommy MACIAS (SWE). O atleta sueco não é novato no circuito. Já ten do conquistado 2 medalhas de Grand Slam e 2 Grand Prix entre sua coleção de 11 medalhas no Circuito Mundial de Judô, o competidor sueco mostrou uma consistência incrível ao longo do dia, o que nem sempre é o caso. Em 2021, MACIAS participou de seis provas e nunca subiu ao pódio, mas hoje foi o seu dia e não o largou, principalmente na semifinal, onde derrotou HASHIMO TO Soichi, mostrando prodigiosa força mental quando pensava que tinha ven cido, mas os árbitros tiraram o placar e ele teve que continuar lutando. Além da vitória significativa contra HASHIMOTO, MACIAS chegou à final ao vencer consecutivamente Nurlan OSMANOV (AZE), Victor SCVORTOV (Emirados Árabes Unidos), Adrian SULCA (ROM) e Khikmatillokh TURA EV (UZB). Na outra metade do sorteio, todo o público seguia seu herói local, UNG VARI Miklos (HUN) e, partida após par 37
tida, crescia a esperança de um novo feito do medalhista olímpico e mundial. Aos 40 anos, o UNGVARI parecia ter 20 hoje, colocando toda a sua energia lá no tatame. Ele foi heróico, principalmente contra o campeão olímpico Lasha SHAVDATUASHVI LI (GEO), nas quartasdefinal, onde apenas um pequeno shido fez a diferença a favor de SHAVDATUASHVILI, que então seguiu ven cendo para chegar à final. Na repescagem, o UNGVARI voltou a perder depois de uma incrível partida contra o Hidayat HEYDAROV (AZE). Pela soma de sua carreira e dedicação, mesmo que não tenha se marcado com uma medalha em Budapeste, UNGVARI Miklos pode se orgulhar. Tiremos o chapéu, cam peão.
Eduardo Katsuhiro cai para o cam peão mundial O objetivo do peso leve do Brasil, Eduardo Katsuhiro Barbosa, no Cam peonato Mundial de Judô que está sendo disputado em Budapeste, Hun gria, nesta semana, era buscar um bom resultado para assegurar uma va ga direta nos Jogos Olímpicos de Tó quio. Os planos, contudo, foram abreviados no segundo combate do judoca brasi leiro contra ninguém menos do que o georgiano Lasha Shavdatuashvili, que fechou o dia com o título mundial. Ele já tinha um ouro olímpico no 66kg e um bronze no 73kg, de Londres e Rio, res pectivamente. Com isso, Eduardo terá que aguardar o fechamento do ranking olímpico para saber se ficará com uma das cotas continentais, que hoje está com Eduardo Yudy Santos (81kg), que luta nesta quarta em busca de uma va ga direta. “Pensando na classificação para as Olimpíadas, agora ficou meio compli cado. Não sei como vão ficar as pontu ações ainda. O que posso fazer agora é contribuir para a equipe na competi ção por equipes. Vou me empenhar
para vencer todas as lutas e trazer es sa medalha para o Brasil”, projetou. A disputa por equipes mistas é a grande novidade do Judô neste ciclo olímpico e estará em Tóquio também. O Brasil tem uma prata e um bronze em Mundiais e é o número dois do mundo no ranking das equipes atual mente. Ao todo, seis pesos integram a equipe: 57kg, 70kg, +70kg, 73kg, 90kg e +90kg. A competição fecha o Mundial no dia 13 de junho. Vitória “na regra” na estreia Em sua primeira luta em Budapes te, Eduardo conseguiu uma vitória inu sitada contra o argelino Fethi Nourine. Com um sangramento na boca, Nouri ne precisou sair do combate para rece ber atendimento médico e não teve condições de continuar a luta. “Venci em cima da regra. Quando a pessoa é atendida pelo médico três ve zes ela é desclassificada. Ele estava 38
com a boca sangrando e precisou ser atendido. Assim, venci minha primeira luta”, explica. Em seguida, ele precisaria passar por Shavdatuashvili para se manter “vi vo” na disputa por um lugar no bloco fi nal. O combate desenvolveuse de forma equilibrada e o placar permane ceu zerado no tempo regulamentar. No Golden score, porém, o Georgiano conseguiu projetar Katsuhiro e marcar o ippon para sair vitorioso. “O Lasha é um adversário forte. Já tinha lutado e treinado com ele. Então, era um adversário que eu já conhecia bastante, estava confiante. Hoje eu es tava num dia bom, estava me sentindo bem. Mas, infelizmente, o resultado não veio”, concluiu.
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Por: Nicolas Messner, Jo Crowley e Pedro Lasuen FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. AGBEGNENOU, Clarisse (FRA) 2. LESKI, Andreja (SLO) 3. OBRADOVIC, Anja (SRB) 3. VERMEER, Sanne (NED) 5. BARRIOS, Anriquelis (VEN) 5. QUADROS, Ketleyn (BRA) 7. DEL TORO CARVAJAL, Maylin (CUB) 7. OZBAS, Szofi (HUN)
63kg: Clarisse AGBEGNENOU, o que mais? Se a categoria masculina do dia não é previsível, a competição feminina até 63kg é, com Clarisse AGBEGNE NOU (FRA) sendo tão dominante. Ain da assim, é sempre um grande prazer ver a jovem francesa pisar no tatame, mostrando determinação e relaxamen to. Antes de cada uma de suas parti das, ela estava realmente dançando no túnel, com os fones de ouvido, total mente relaxada e pronta para iniciar sua jornada para conquistar um novo título mundial. Com quatro títulos mundiais já em seu nome, estar novamente no topo do pódio pode não ser a principal priorida de de AGBEGNENOU. Este evento é claramente um passo para ser a rainha dos Jogos Olímpicos. Sem produzir seu judô mais bonito, a heroína france sa enfrentou luta após luta e impôs seu estilo e força. Em tese, ninguém pare ce conseguir abalála, pois ela de 42
monstrou tanta confiança hoje, como muitas de suas competições anterio res. Para ela, o julgamento final será definitivamente em Tóquio neste verão, mas mais uma vez Clarissse AGBEG NENOU entrou na final do Campeona to Mundial, onde enfrentou Andreja LESKI (SLO) pela primeira vez neste nível de competição. É interessante sublinhar que An dreja LESKI é o maior rival da atual campeã olímpica Tina Trstenjak (SLO), que foi e ainda é um dos maiores rivais do AGBEGNENOU. Obviamente, essa rivalidade nacional compensa para LESKI, que produziu um judô realmen te bom ao longo do dia. Um primeiro shido foi dado rapida mente a LESKI por bloquear seu opo nente, antes que a atleta eslovena desequilibrasse a francesa em uma si tuação de açãoreação, mas nada real mente perigoso para a tetracampeã mundial. Mais uma vez, LESKI provou ser mais ativo com um ataque koshi
waza sem pontuar. Como LESKI esta va atacando novamente de joelhos, Clarisse AGBEGNENOU controlou seu oponente para lançar um poderoso makikomi para marcar um wazaari, seguido imediatamente por uma imobi lização, que ela teve que repetir duas vezes para ganhar seu quinto título mundial. Clarisse AGBEGNENOU explicou: " Há três meses pensei que não iria a este evento. Então disse a mim mes ma, 'se não for a Budapeste e falhar em Tóquio, no próximo ano não terei tí tulos para defender e Budapeste signi fica um 5º título.' Então aqui estou eu! " O que pode impedir a francesa de se tornar uma das judocas mais premi adas da história? É interessante notar que ao longo do dia o campeão francês marcou várias vezes no chão, compro vando o benefício de desenvolver essa vertente do judô, mesmo quando já no topo do mundo, para manter o controle quando as técnicas de tachiwaza não são eficientes suficiente. A primeira disputa de medalhas de bronze da categoria contou com Anja OBRADOVIC (SRB) e Anriquelis BAR 43
RIOS (VEN), finalista em Antalya há al gumas semanas, que nas primeiras ro dadas derrotou o número dois, cabeçadechave Nami (JPN). Confor me a partida estava se desenrolando, OBRADOVIC estava tentando aplicar o que a ajudou a ganhar algumas de su as rodadas preliminares, um tani otoshi, mas sem sucesso desta vez. Ela tentou variar suas técnicas, mas, mesmo que fosse penalizada uma vez, foi BARRIOS quem teve a oportunida de mais forte durante o tempo normal. Quando eles entraram no período de pontuação de ouro, mais uma vez Anja OBRADOVIC lançou seu tokuiwaza caseiro para um wazaari e sua primei ra medalha neste nível. Ketleyn QUADROS (BRA) é uma daquelas atletas que está há muitos anos no circuito. A judoca brasileira foi medalhista olímpica em Pequim em 2008. Treze anos depois, ainda luta pela medalha mundial. Isso é impressi onante. Sanne VERMEER (NED), der rotado por Clarisse AGBEGNENOU na semifinal, não quis ceder a medalha e a disputa pelo bronze foi acirrada. VERMEER foi o primeiro em ação,
mantendo distância de QUADROS com um braço esquerdo forte e procurando a reação da ação. No entanto, a brasi leira foi a primeira a marcar com um sumigaeshi na entrada da área de competição. Não foi nada para pertur bar VERMEER, que imediatamente voltou com um wazaari próprio. Esta partida fácil de assistir continuou com ataques de ambos os lados, Ketleyn Quadros reescreve sua his tória A medalha não veio por pouco. Ainda assim, Ketleyn Quadros (63kg) fez o que é até aqui a melhor participa ção de um judoca brasileiro no Mundial de Budapeste, que teve seu quarto dia de lutas concluído nesta quartafeira. A judoca da Sogipa terminou sua partici pação na quinta colocação, garantindo 720 pontos no ranking mundial, o que deverá ser suficiente para que ela seja uma das cabeças de chave nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que iniciam no 44
mês que vem. Ketleyn foi para o tatame em cinco oportunidades. Avançou até as quartas de final, onde foi derrotada por Andreja Leski, que em seguida foi vicecampeã da competição. Na repescagem, pas sou pela atleta da casa Szofi Ozbas, mas acabou superada por Sanne Ver meer, da Holanda. “Realmente saí muito feliz na parti cipação neste Campeonato Mundial, apesar da medalha não vir”, comentou Ketleyn, emocionada. Primeira judoca brasileira a conquistar ume medalha olímpica, ela voltará a disputar uma edição dos Jogos 13 anos após o bron ze em Pequim. “Como atleta veterana, me senti evoluindo e crescendo.” Pela mesma categoria, a gaúcha Aléxia Castilhos venceu dois comba tes, mas foi superada nas oitavas de fi nal, ficando de fora da disputa de medalhas. Pela participação, Aléxia so mou 320 pontos.
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Por: Nicolas Messner, Jo Crowley e Pedro Lasuen FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. CASSE, Matthias (BEL) 2. GRIGALASHVILI, Tato (GEO) 3. DE WIT, Frank (NED) 3. EGUTIDZE, Anri (POR) 5. BOLTABOEV, Sharofiddin (UZB) 5. FUJIWARA, Sotaro (JPN ) 7. CHOUCHI, Sami (BEL) 7. MOLLAEI, Saeid (MGL)
81kg: Golden Come Back do CAS SE Existem categorias como esta, on de nada é previsível. Mesmo que todos os atletas presentes no bloco final se jam judocas de ponta, ainda existe um grande nível de incerteza que impede qualquer pessoa de fazer previsões claras. No World Judo Tour, 81kg é um exemplo perfeito disso. Quanto mais a competição se desenrolava, mais os grandes nomes da categoria permaneciam, mas ninguém sabia em que ordem eles se acomodariam. A fi nal do dia acabou reunindo Matthias CASSE (BEL), já finalista há dois anos em Tóquio, e Tato GRIGALASHVILI (GEO), vencedor do último Mundial de Judô Masters em Doha, em janeiro. Durante a primeira metade da final GRIGALASHVILI parecia estar um pouco à frente, procurando o momento instantâneo em que poderia matar a partida com um movimento mágico, 48
mas CASSE resistiu e passo a passo também impôs seu poder, então os dois homens chegaram ao final do tempo normal com apenas um shido para GRIGALASHVILI. Durante o pe ríodo de pontuação dourada, tudo pode acontecer. GRIGALASHVILI procurava o momento perfeito, CASSE também, mas talvez com um pouco mais de cla reza em sua mente, quando o georgia no começou a lançar um ataque inacabado. De repente, com um enor me utsurigoshi, CASSE, que há dois anos não conseguia ganhar o ouro, desta vez jogou seu oponente para o ippon. Depois de uma medalha de pra ta mundial, poder voltar e vencer é im pressionante. CASSE fez e fez com estilo. Matthias CASSE disse: "Como dis se alguns dias antes, tinha um plano para cada adversário. Hoje cumpri o plano em todas as competições. Agora preciso manter a calma por mais um
mês." No primeiro concurso de medalha de bronze encontramos FUJIWARA Sotaro (JPN), medalhista de bronze no Grand Slam de Paris no início do ano passado e Frank DE WIT (NED), finalista da última edição do World Ju do Masters em Doha, onde ele perdeu para GRIGALASHVILI. Após dois mi nutos, Frank DE WIT parecia mais di nâmico que o adversário, trazendo mais ritmo e criando oportunidades. FUJIWARA foi penalizado com um pri meiro shido por um ataque falso. Fal tando um minuto, ele foi novamente penalizado, por passividade. Eles entraram no período de pon tuação de ouro, que começou com um forte ataque de FUJIWARA, mas DE WIT girou na hora de cair de estôma go. Outra combinação de ataquecon traataque estava perto de marcar. Um último ataque falso de FUJIWARA pri vouo da medalha de bronze, que foi para a Holanda e para Franck DE 49
WIT. Ele é um regular no nível superior; este resultado é totalmente merecido. Bastante discreto no primeiro turno, se comparado aos grandes nomes da categoria, Anri EGUTIDZE (POR) che gou à disputa pela medalha de bronze, contra o protegido de Ilias Iliadis, Sha rofiddin BOLTABOEV (UZB). Um pri meiro shido foi concedido rapidamente a cada competidor por evitar o contato. Um segundo shido foi então dado aos dois por passividade, obrigandoos a correr mais riscos para marcar. Na ver dade, não é que eles estivessem inati vos, mas eles se neutralizaram até que BOLTABOEV pontuou o que ele acredi tava ser um wazaari com um uranage aéreo, mas a pontuação foi cancelada. É hora do placar de ouro! Foi então que Anri EGUTIDZE decidiu lançar um últi mo ataque com um makikomi canhoto que marcou ippon. Medalha de bronze pela primeira vez a nível mundial, o português deixou explodir a alegria. No início do dia, para chegar à final,
Matthias CASSE teve vitórias sucessi vas contra Hievorh MANUKIAN (UKR), Benedek TOTH (HUN) e Eduardo Yudy SANTOS (BRA), sem grandes dificuldades, enquanto nas quartas definal teve que produzir um esforço real para superar um obstáculo japo nês em nome de Sotaro FUJIWARA. Na semifinal ele enfrentou Sharofiddin BOLTABOEV (UZB), vencedor em Tel Aviv e segundo em Tashkent, que acabava de arruinar o sonho de Saeid Mollaei de se tornar campeão mundial novamente, mas isso não atrapalhou CASSE em nada e ele não deu chan ce ao Uzbeque vai entrar em sua se gunda final de campeonato mundial consecutiva. Como o belga disse há alguns dias, ele tem um plano para to dos e tem funcionado muito bem, mas a questão é: funcionaria também con tra Tato GRIGALASHVILI (GEO)? O georgiano pode definitivamente ser chamado de artista da maneira co 50
mo produz um judô aéreo espetacular. Na semifinal, Frank DE WIT (NED), particularmente conhecido por sua re sistência, nada pôde fazer, quando GRIGALASHVILI, talvez um dos mais imprevisíveis judocas de sua geração, produziu um taiotoshi destro, que ele nunca antes, para marcar um ippon in crível. Antes disso, GRIGALASHVILI mandou LEE Moon Jin (KOR), Robin PACEK (SWE), Alexios NTANATSIDIS (GRE) e o belga Sami CHOUCHI de volta para casa. Infelizmente Chouchi se machucou e não pôde competir na repescagem. Eduardo Yudi parou no Campeão do Mundo O representante do Brasil no dia foi Eduardo Yudy, que parou nas oitavas de final, quando foi superado por Matthias Casse, que foi o campeão mundial na sequência.
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Por: Nicolas Messner FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. MATIC, Barbara (CRO) 2. ONO, Yoko (JPN) 3. POLLERES, Michaela (AUT) 3. VAN DIJKE, Sanne (NED) 5. BUTKEREIT, Miriam (GER) 5. FLETCHER, Megan (IRL ) 7. COUGHLAN, Aoife (AUS) 7. PORTELA, Maria (BRA)
70kg: MATIC, Primeira Campeã Mundial Croata A primeira final do dia viu Barbara MATIC (CRO) enfrentando Yoko ONO (JPN). Como esta última foi a terceira melhor cabeçadechave da competi ção, não foi surpresa vêla na final. A história foi um pouco diferente com Barbara MATIC. 15º no ranking mundial, já vence dora do Grand Slam da Hungria no ano passado e duas vezes medalhista de prata neste ano, em Antalya e Tash kent, a jovem lutadora não é desco nhecida no circuito. Aqui em Budapeste ela não foi semeada porque havia pelo menos 8 atletas à sua fren te, mais notavelmente a número um do mundo e atual campeã mundial, Marie Eve GAHIE (FRA). Quando a campeã francesa perdeu no primeiro turno para a holandesa nú mero três, Hilde JAGER (NED), de re pente abriuse a primeira metade do sorteio. Essa foi a chance do MATIC, 54
que não largou e na rodada seguinte derrotou a holandesa. Depois de parar Miriam BUTKEREIT (GER), MATIC te ve que passar Michaela POLLERES (AUT) na semifinal, o que ela fez, após um longo período de ouro. Quando a final começou, MATIC partiu imediatamente para o ataque e parecia mais perigosa do que sua opo nente japonesa. Esta estava claramen te procurando o newaza, onde a equipe japonesa é bem conhecida por suas habilidades. MATIC permaneceu focada e cuidadosa. Como o final da partida se aproximava com apenas al guns shido para ver, a competidora croata marcou um wazaari de boas vindas, mas não acabou. Até o último segundo, ONO tentou desesperada mente estrangular sua oponente, mas MATIC resistiu e quando o gongo final ecoou na arena, ela pôde se ajoelhar com os braços abertos em sinal de vi tória. Ela foi a campeã mundial, a pri meira campeã mundial da Croácia.
Barbara MATIC disse: "Fiquei cal ma durante a final até os últimos 40 se gundos no chão. Foram os 40 segundos mais longos da minha vida. Meu treinador estava gritando" não ba ta, não bata! Quando o árbitro disse 'mate', soou como ouro." Para a delegação francesa foi um dia de banho frio. Sendo a número um do mundo e atual campeã mundial, es pecialmente após sua demonstração em Tóquio há dois anos, GAHIE acre ditava que seria o seu dia novamente, mas as coisas não têm corrido como deveriam nos últimos meses. É a pres são do backnumber vermelho, o es tresse de estar por cima, a tensão da qualificação olímpica, que ela não con seguiu, depois que a Federação Fran cesa de Judô preferiu mandar Margaux PINOT, que tem tido melhores resulta dos nos últimos tempos? O fato é que GAHIE tem estado longe de seu me lhor e isso foi confirmado hoje. O primeiro concurso de medalha de bronze opôs a finalista do último Grand Slam de Tel Aviv, Miriam BUTKEREIT (GER) e o atual campeã européia, Sanne VAN DIJKE (NED). Em menos de trinta segundos, VAN DIJKE assu miu uma clara vantagem de wazaari com uma técnica de makikomi. Ela imediatamente a seguiu no chão, mas BUTKEREIT parecia estar em posição de imobilizála. Ela ainda precisava de uma perna livre para pegar o osaiko mi. É aí que as coisas podem dar erra do, especialmente se você perder uma pequena parte do controle necessário e VAN DIJKE virar a alemã para pegá la por mais alguns segundos para um segundo wazaari. Com várias participações em cam peonatos mundiais, mas nenhum resul tado, foi um dia muito bom no escritório para Megan FLETCHER (IRL), que se classificou para a disputa de medalha de bronze contra Michaela POLLERES (AUT), medalha de bronze no Grand Slam 2020 da Hungria. Os dois candi 55
datos à medalha de bronze se neutrali zaram durante grande parte da partida, com apenas um shido dado a FLET CHER, mas quando entraram no último minuto, POLLERES rebateu FLET CHER por um wazaari e concluiu no chão com uma imobilização para ip pon. Com essa primeira medalha de bronze, a Áustria entra no quadro de medalhas. Um belo presente de boas vindas para a excampeã olímpica e nova treinadorachefe da equipe aus tríaca, Yvonne BÖNISCH. Maria Portela fica em sétimo e vê evolução emocional para Jogos Olímpicos Um Campeonato Mundial a apenas um mês dos Jogos Olímpicos é um fato inédito na vida dos atletas, até mesmo daqueles mais experientes, como a pe so médio Maria Portela, que lutou nes ta quintafeira, 10, em Budapeste, e terminou a disputa em 7º lugar. Além da proximidade com o evento mais im portante do ciclo, a competição define também a classificação olímpica ou não de muitos judocas, o que traz uma carga emocional gigantesca para os combates na Laszlo Papp Arena. Em sua primeira luta na competi ção, Portela sentiu com uma espécie de termômetro, o que está por vir em Tóquio. Atual número 9 do mundo no peso médio feminino, a brasileira che gou como cabeça de chave e estreou na segunda rodada, contra a italiana Alice Bellandi, que ainda precisava de pontos para se garantir nos Jogos. E Portela buscando sua primeira meda lha em Mundial. Resultado: quatro mi nutos de tensão a cada hajime. Uma derrota nesta fase poderia significar o fim do sonho olímpico de um lado, e de um sonho mundial do outro. Neste caso, os quase dez anos a mais de experiência pesaram a favor de Portela, que conseguiu controlar os nervos e projetou a italiana por waza ari nos primeiros segundos do Golden
score. Agora, sim, o Mundial começava para ela. “A competição toda me traz muitos aprendizados. Mas, com certeza, essa primeira luta muito mais. Porque a gen te sabe que nos Jogos Olímpicos vai um grupo pequeno e que todo mundo ali é capaz de te vencer. É uma com petição muito emocional. Eu aprendi muito hoje nessa luta com a italiana, porque eu respeito muito ela como ad versária, ela é uma atleta bem forte, a gente já fez lutas bem disputadas e chegou um determinado ponto da luta que eu pensei `sou eu, eu que vou te vencer, eu vou te jogar`, ficava repetin do isso o tempo e, consegui. Tinha dois movimentos para surpreendela e foi num desses que consegui, venci a luta e depois ficou mais leve”, descre veu ao final dos combates. “A primeira luta é bem emocional, tu tens que re solver todo o nervosismo de ser uma primeira luta, com uma adversária su per forte e colocar para fora o teu me lhor ali. Espero que nos Jogos Olímpicos a minha primeira luta não seja tão tensa, que eu consiga entrar realmente na competição e que saia 56
um pouco mais feliz do que eu saio da qui hoje.” A felicidade não foi completa por que o tão esperado pódio não veio. Depois de vencer Bellandi, Portela su perou Nihel Lindolsi, da Tunísia, por ip pon, mas parou em Yoko Ono, do Japão, nas quartas, e não conseguiu se recuperar na repescagem pelo bronze diante da irlandesa Megan Flet cher. Com o sétimo lugar, ela repete seu melhor desempenho em Mundiais, o segundo melhor do Brasil nesta edição, e deve garantirse como um das cabe çasdechave para Tóquio. “Jogos Olímpicos é totalmente dife rente de todas as outras. Tenho que lu tar com todo meu coração, toda minha entrega. E eu acredito muito na vitória. Muito mesmo, de verdade. Hoje, tive a certeza que eu sou capaz de chegar, de estar naquele pódio. Foram peque nos detalhes que me tiraram desse pó dio do Mundial, mas não vou deixar de jeito nenhum, a minha medalha olímpi ca, nesses Jogos, ninguém vai me ti rar”, projetou.
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Por: Nicolas Messner, Jo Crowley e Pedro Lasuen FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. SHERAZADISHVILI, Nikoloz (ESP) 2. BOBONOV, Davlat (UZB) 3. NYMAN, Marcus (SWE) 3. TOTH, Krisztian (HUN) 5. GANTULGA, Altanbagana (MGL) 5. NAGASAWA, Kenta (JPN) 7. BOZBAYEV, Islam (KAZ) 7. FEUILLET, Remi (MRI)
90kg: SHERAZADISHVILI Duplas em Budapeste Quando Nikoloz SHERAZADISHVI LI (ESP) chegou a Budapeste, anunci ou que estava pronto e a sentirse bem e hoje provou isso ao chegar à segun da final do campeonato mundial sénior da sua carreira, sabendo que venceu o último. Sede da categoria, o campeão mundial de 2018 de 25 anos teve uma largada perfeita, com vitórias sobre Fa ruch BULEKULOV (KAZ), Piotr KUC ZERA (POL), Altanbagana GANTULGA (MGL) e Kenta NAGASAWA (JPN) na semifinal. Mas não é só que ele venceu todas as suas eliminatórias, ele venceu todas por ippon sem ter que ir usar um período de ouro. O tusrigoshi que ele aplicou a NAGASAWA era uma obra de arte. É sempre impressionante quando um atleta sabe exatamente do que é capaz e o faz com estilo e preci são. Esta é a marca dos grandes cam peões, dos quais SHERAZADISHVILI é 60
definitivamente um. Para enfrentálo na final estava Da vlat BOBONOV (UZB), segundo em Tashkent e terceiro em Tbilisi este ano. O protegido uzbeque de Ilias Iliadis te ve uma primeira rodada preliminar difí cil contra MURANO Sanshiro e teve sorte, após ter sido derrubado, ao ver seu oponente desclassificado por uma técnica perigosa. Ele então teve duas rodadas 'mais fáceis' contra Li KOCH MAN (ISR) e Islam BOZBAYEV, ambas as partidas vencidas por ippon, antes de enfrentar o herói local, Krisztian TOTH, na semifinal. Os dois homens foram separados por um único waza ari após quatro intensos minutos de judô, mas isso foi o suficiente para BOZBAYEV se juntar a SHERAZA DISHVILI naquela que foi sua primeira final de campeonato mundial. Um primeiro shido foi dado a BO BONOV por uma pegada errada, en quanto SHERAZADISHVILI recebeu o próximo por passividade. Após uma
ação confusa, ambos caíram no chão e SHERAZADISHVILI imediatamente imobilizou BOBONOV, mas o atleta uz beque escapou após 8 segundos. Após a próxima sequência, SHERAZADISH VILI foi penalizado pela segunda vez. Pontuação de ouro! A tensão aumen tou já que BOBONOV estava sempre atacando antes de SHERAZADISHVILI para impedir o espanhol de lançar seus movimentos espetaculares. Eventual mente, SHERAZADISHVILI enfrentou um ouchigari que ficou suspenso no ar por um segundo, antes que ele pu desse finalmente colocar toda a sua força para lançar BOBONOV. Limpe o ippon para um segundo título mundial brilhante. Nikoloz SHERAZADISHVILI decla rou: " Bobonov tem um dos ataques de seoinage mais rápidos com 90 kg. O plano era usar minha força para detêlo nos primeiros 2 minutos e depois ir pa ra ele e terminar o trabalho. Estes são os melhores do mundo campeonatos da história para a Espanha. " 61
Sétimo no Mundial de Judô em ja neiro passado e terceiro em Tbilisi em 26 de março de 2021, Altanbagana GANTULGA (MGL), qualificouse para a primeira disputa de medalha de bron ze contra Krisztian TOTH (HUN), que estava em posição de ganhar a primei ra medalha para o país anfitrião e que foi maciçamente apoiado por um públi co alegre. Após um minuto, os dois atletas foram penalizados com um pri meiro shido. Por ser uma cabeça mais curto que seu oponente, TOTH tentava passar por baixo do centro de gravida de de GANTULGA enquanto o Mongol esperava pelo ataque, que na verdade não veio. Ele foi penalizado duas vezes por passividade, enquanto TOTH rece beu apenas um shido. Quando a parti tura de ouro começou, o nível de som na arena aumentou dramaticamente. TOTH empurrava e atacava para dar um terceiro shido a GANTULGA, que continuava procurando o arremesso de quadril. Cada ação parecia estar no li mite de marcar, mas os dois atletas es
tavam fugindo como gatos até a última sequência que pôs fim a esta batalha de gladiadores. GANTULGA recebeu um terceiro shido, TOTH conquistou a primeira medalha para a Hungria. O campeão saiu do tatame em câmera lenta. Ele tinha dado tudo e estava feliz e exausto. Esta é a medalha número dois para TOTH Krisztian em um cam peonato mundial. Após sua expressiva atuação nos Grand Slams de Antalya e Tbilisi, que venceu um após o outro, Marcus NY MAN (SWE), quinto nos Jogos Olímpi cos e no Campeonato Mundial no início de sua carreira, conheceu o segundo competidor japonês da categoria, NA GASAWA Kenta (JPN), vencedor do Grand Slam de Tashkent em março. A partida foi encerrada com um excelente sumigaeshi realizado por Marcus NY MAN, após vinte segundos no período de pontuação de ouro, enquanto ape nas shido havia sido distribuído no tempo regulamentar. Esta é a primeira medalha do campeonato mundial para 62
o atleta sueco. Rafael Macedo faz boa competição mas fica nas oitavas Nas chaves masculinas, Rafael Macedo também venceu duas lutas du ras nas preliminares, mas não conse guiu ir além das oitavasdefinal. Na estreia, ele superou o sulcoreano Kyu joon Mun por wazaari. Em seguida, pegou o alemão Eduard Trippel, abriu um wazaari de vantagem e viu o ad versário ser desclassificado da luta por executar uma técnica irregular que co locou em riso a integridade física de Macedo, forçando seu cotovelo. Para chegar às quartas, ele teria que passar pelo mongol Altanbagana Gantulga, que venceu na estratégia forçando três punições ao brasileiro. Número 18 do mundo, Macedo ga nha alguns pontos com as duas vitórias no Mundial e deve confirmar sua clas sificação para sua primeira participa ção olímpica.
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Por: Nicolas Messner e Jo Crowley FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais:1. WAGNER, Anna Maria (GER) 2. MALONGA, Madeleine (FRA) 3. STEENHUIS, Guusje (NED) 3. UMEKI, Mami (JPN) 5. TURCHYN, Anastasiya (UKR) 5. VERKERK, Marhinde (NED) ) 7. LANIR, Inbar (ISR) 7. MALZAHN, Luise (GER)
78kg: Back Number Vermelho vai para Anna Maria WAGNER para a Alemanha Sua lista de prêmios fala por si; Madeleine MALONGA faz parte desse grupo de atletas que conquistam mui tas medalhas no Circuito Mundial de Judô. Já campeã mundial há dois anos em Tóquio, medalhista de ouro do World Judo Masters, detentora de duas coroas continentais e 6 vitórias em Grand Prix e Grand Slam, não é segre do que a francesa é a número um do mundo em sua categoria. Por ser tão forte, ela também é observada e estu dada por todos os seus adversários, que tentam encontrar a solução para derrotála. Digamos que hoje, até a final, ape nas uma atleta, Karla PRODAN (CRO), causou alguns problemas para o MA LONGA, no primeiro round, mas os rounds seguintes foram bem mais fá ceis. Isso também se deve ao fato de que ser favorita coloca um pouco mais 66
de pressão sobre seus ombros e levou uma partida para que Malonga real mente ligasse o motor. Nas quartasde final impôs seu estilo a Anastasiya TURCHYN (UKR) e na semifinal o mesmo a Guusje STEENHUIS (NED); dois lançamentos maciços de ippon. Na outra metade do sorteio, Anna Maria WAGNER fez o trabalho e fez bem, principalmente na semifinal con tra a campeã mundial de 2015, Mami UMEKI do Japão, que parecia um pou co machucada. Nesse nível, quando você não está no seu melhor, é difícil, senão impossível, ter sucesso. Todas as estrelas têm que estar alinhadas pa ra ganhar o título mundial. Estar perto do evento principal da temporada não é exceção. Conquistar o título mundial é algo que todos os atletas presentes em Budapeste desejam. Nem um pouco impressionada com o pedigree de seu prestigioso oponen te, WAGNER foi a primeira a agir com amplos ataques ouchigari, que sem
pre vinham antes que MALONGA pu desse fazer qualquer coisa. O judoca francês foi penalizado pela primeira vez por passividade. Na sequência se guinte, ela impôs seu kumikata e foi a vez de WAGNER ser penalizada. A tá tica do atleta alemão começou a ficar bem clara: um braço direito forte na ca beça para bloquear os ataques e em purrar para ouchigari. MALONGA foi penalizado pela segunda vez. Nos últi mos segundos do tempo normal, o campeão mundial parecia recuperar al gum controle, mas não o suficiente pa ra marcar. Pontuação de ouro! Depois de alguns ataques malsucedidos, foi eventualmente WAGNER quem mar cou com um uchimata aéreo. O pri meiro jogo de MALONGA foi um sinal. Ela não estava exatamente no topo de sua forma. Nesse frescor final, preci são e determinação estavam do lado alemão. Esta é a primeira medalha de ouro do campeonato mundial para An na Maria WAGNER, que a partir de agora usará o número vermelho nas costas. Este não é o resultado que se esperava de manhã, mas sim um belo resultado. Em lágrimas, Anna Maria WAG NER disse: "Para mim foi apenas um torneio de preparação para os Jogos, mas agora percebi que sou campeã mundial, por isso não é qualquer even to. E ganhei mostrando o meu melhor judô." Anastasiya TURCHYN (UKR), que teve uma derrota severa contra o MA LONGA no início do dia, manteve o fo co e se classificou para a disputa pela medalha de bronze contra o UMEKI Mami (JPN). Impondo seu forte contro le sobre a cabeça de UMEKI, TUR CHYN rapidamente forçou sua oponente a ser penalizada. Totalmente dominada, a atleta japonesa parecia um pouco perdida, incapaz de assumir o controle. Talvez TURCHYN estivesse muito confiante e, além disso, a UMEKI encontrou apenas uma oportunidade, 67
uma única, mas foi o suficiente para lançar a sua adversária para wazaari com sotomakikomi e concluiu com uma imobilização para ippon. Esta é a terceira medalha mundial da excam peã mundial japonesa. A segunda disputa pela medalha de bronze viu Marhinde VERKERK (NED) competir no Mundial pela última vez de sua carreira e seu companheiro de equipe Guusje STEENHUIS (NED), medalhista de prata no último Campeo nato Europeu. Mostrando oportunismo, STEENHUIS conseguiu um primeiro wazaari com um pequeno, mas tão eficaz, ouchigari. Ela poderia então controlar a pontuação até o gongo fi nal. Além do resultado e da merecida medalha de bronze para Guusje STEE NHUIS, a emoção foi imensa quando Marhinde VERKERK, campeã mundial em 2009, em Rotterdam, deixou a área de competição pela última vez na car reira. Ela teria adorado fazer isso com a medalha, mas foi sua amiga e com panheira de equipe que a ganhou. Com certeza, no momento em que bei jou o tatame que tanto lhe oferecia, sua cabeça devia estar cheia de pensa mentos. Nós podíamos sentir, podería mos ver e só por isso. Mayra Aguiar para nas oitavas A Holanda foi a pedra no sapato do Brasil nesta sextafeira, 11, sexto dia de disputas do Campeonato Mundial de Budapeste. Depois de estrear com vitória, Mayra Aguiar caiu nas oitavas definal para Marhinde Verkerk, ficando sem representar o Brasil no bloco final da competição. A competição, última antes dos Jo gos Olímpicos, marcou o retorno de Mayra aos tatames após oito meses de cirurgia no joelho. Maior medalhista do Brasil na história dos Mundiais, com dois títulos no currículo, Mayra busca va, nesta edição, do ponto de vista téc nico, recuperar o ritmo de competição e ganhar confiança antes de entrar pa
ra a disputa olímpica daqui a um mês. Além disso, experimentou pela primeira vez também os novos protocolos pré competitivos no contexto da pandemia, como a quarentena no quarto e os inú meros testes préluta. No tatame, ela demonstrou estar inteira fisicamente e com o joelho bem recuperado. Na primeira luta, entrou golpes de perna com segurança e con trolou o combate para vencer Sophie Berger, da Bélgica, com duas quedas (wazaariawazeteippon). O desafio maior ficou para a se gunda luta, contra a experiente holan desa Marhinde Verkerk, dona de quatro medalhas mundiais e adversária de Mayra na disputa de bronze em Londres 2012. A luta começou com 68
muita disputa pela melhor pegada e sem muitos ataques de ambas atletas, o que resultou em punições às duas por falta de combatividade. Com mais uma punição para cada no placar o combate ficou aberto e a holandesa buscou maior movimentação, o que obrigou Mayra a se arriscar em ata ques para não levar o terceiro shido. Em uma tentativa falha de buscar o golpe, a brasileira acabou sendo puni da por falso ataque e se despediu do Mundial. Esse foi o décimo Mundial da car reira de Mayra Aguiar. Ao todo, ela tem dois ouros, uma prata e três bronzes. Ficou fora do pódio em apenas quatro edições (2009, 2015, 2018 e 2021).
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Por: Nicolas Messner, Jo Crowley e Pedro Lasuen FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. FONSECA, Jorge (POR) 2. KUKOLJ, Aleksandar (SRB) 3. LIPARTELIANI, Varlam (GEO) 3. SULAMANIDZE, Ilia (GEO) 5. ELNAHAS, Shady (CAN) 5. KORREL, Michael (NED) 7. ADAMIAN, Arman (RJF) 7. IDDIR, Alexandre (FRA)
100kg: FONSECA Dança pela Se gunda Vez A lista de largada da categoria foi bastante rica em judocas e medalhas a nível internacional, como em todas as outras categorias, mas no final só ha verá um campeão mundial. Muitas per guntas precisavam de respostas e não tivemos que esperar muito por elas. Varlam LIPARTELIANI (GEO) seria campeão mundial? Não, já que ele foi derrotado nas quartas de final pelo fu turo finalista Aleksandar KUKOLJ (SRB). O Japão entraria no bloco final e acrescentaria mais medalhas a seus nomes? Não, pois IIDA Kentaro (JPN) foi eliminado no início das primeiras ro dadas. Entre as primeiras saídas tam bém estiveram Toma NIKIFOROV (BEL), Cyrille MARET (FRA) em sua última competição de sua carreira nes ta categoria, Arman ADAMIAN (RJF) e Elmar GASIMOV (AZE), só para citar alguns. Uma das principais questões era: 72
Jorge FONSECA (POR) conseguiria repetir o feito japonês de dois anos atrás? Pouco antes da final, podería mos responder facilmente, sim. O atual campeão mundial português tem de monstrado o seu melhor judô. O ho mem que pode vencer pelo ippon a qualquer momento, mas que também pode perder repentinamente pelo ip pon, produziu alguns dos judô mais es petaculares da competição. É impressionante vêlo, com sua estatura musculosa, movendose como se fosse 20kg mais leve, com cada um de seus ataques explodindo na cara do adver sário. Após 4 rodadas preliminares, o FONSECA passou pouco mais de 5 minutos no tatame e ofereceu uma masterclass em explosividade. Na final, o FONSECA, que estava em uma posição muito boa para adicio nar um segundo título mundial ao seu nome, enfrentou Aleksandar KUKOLJ da Sérvia, que se concentrou como nunca antes e eliminou Shady EL
NAHAS (CAN) e o novo membro do comissão de atletas, Varlam LIPARTE LIANI, só para citar dois principais ad versários do dia. Um primeiro shido foi concedido a KUKOLJ por passividade, enquanto FONSECA recebeu sua penalidade por um ataque falso. O seguinte ataque não foi falso e marcou um excelente wazaari com um sodetsurikomi goshi. Alguns segundos depois, pare cendo dominado pelo kumikata agudo de seu oponente, FONSECA executou o kouchigari perfeito de açãoreação que lançou KUKOLJ de costas. Com este segundo título mundial em bruto, FONSECA pode dançar e será um dos favoritos para os Jogos Olímpicos de Tóquio. Se no Japão ele tiver a mesma capacidade de arremesso, será difícil derrotar. Sendo o número um do mundo, Varlam LIPARTELIANI (GEO) espera va que este campeonato mundial fosse 73
seu. Já tricampeão mundial de prata e medalhista olímpica de prata, esse ti nha que ser seu campeonato, mas der rotado nas quartasdefinal, o campeão teve que ir para a luta contra Michael KORREL (NED) pela medalha de bron ze. Após uma forte batalha de kumika ta, mas sem ataque, os dois atletas foram penalizados. Após uma tentativa fracassada de seoinage de KORREL, que estava de joelhos, LIPARTELIANI o virou com um contraataque para marcar um primeiro wazaari que foi imediatamente seguido por uma imobi lização para ippon. Esta é a sexta me dalha do campeonato mundial para o campeão georgiano, que reforçou sua imagem de modelo entre a comunida de do judô. A segunda disputa de medalha de bronze foi para Ilia SULAMANIDZE (GEO), que poderia se tornar o 'próxi mo Liparteliani' ou um dos competido res canadenses mais espetaculares,
Shady ELNAHAS (CAN). Os dois atle tas deram um show lindo, com muitos ataques dos dois lados. Com o apoio do vídeo, dois wazaari foram cancela dos sucessivamente, um de cada lado. É raro sublinhar que o tempo normal acabou sem qualquer penalidade no placar. No período do placar de ouro, após um ataque confuso de ELNAHAS, SULAMANIDZE, perfeitamente em po sição, contraatacou para marcar um ippon devastador e se juntar ao seu companheiro de equipe LIPARTELIANI no pódio. Buzacarini estreia bem, mas para em número 3 do mundo nas oitavas em Budapeste Depois de estrear com vitória Rafa el Buzacarini, caiu nas oitavasdefinal para Michael Korrel. Com isso, o Brasil ficou sem representantes nas disputas 74
do bloco final no penúltimo dia de com petição individual. Na chave masculina do meiopesa do o melhor resultado foi de Rafael Bu zacarini. Ele estreou contra o judoca da Estônia, Grigori Minaskin, e anotou um dos ippon mais bonitos do dia na Lasz lo Papp Arena. O bom desempenho na primeira luta motivou o judoca brasilei ro e ele foi com bastante agressividade para cima do holandês Michael Korrel, bronze no último Mundial, em Tóquio 2019. No entanto, em um lance de muita agilidade, Korrel encaixou a téc nica perfeita e frustrou os planos do brasileiro de avançar às quartasdefi nal. No mesmo peso, Leonardo Gonçal ves estreou contra outro atleta da Estô nia, Otto Imala, e não conseguiu impor seu melhor judô, caindo de ippon para o adversário.
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Por: Nicolas Messner, Jo Crowley e Pedro Lasuen FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. ASAHINA, Sarah (JPN) 2. TOMITA, Wakaba (JPN) 3. ALTHEMAN, Maria Suelen (BRA) 3. SOUZA, Beatriz (BRA) 5. ORTIZ, Idalys (CUB) 5. TOLOFUA, Julia (FRA ) 7. CHEIKH ROUHOU, Nihel (TUN) 7. MOJICA, Melissa (PUR)
78kg: Bondade de Ouro para ASAHI NA Aqueles que suspeitam dos pesos pesados têm a chance de mudar de ideia. As preliminares da categoria + 78kg foram um modelo de velocidade, eficiência e judô ofensivo. A competi ção estreou às 10h00. Uma hora e meia depois e já tínhamos os quatro semifinalistas. Quase todas as partidas termina ram com ippon ou, na pior das hipóte ses, wazaari. A mensagem é muito simples: ninguém leva o campeonato mundial levianamente, pelo menos en tre as mulheres mais pesadas. Desde a primeira partida todos trabalharam com rigor, todos se empenharam para vencer com classe e estilo. A primeira final do dia foi cem por cento japonesa, com 48kg. O Japão dominou o primeiro dia e queria fechar o campeonato mundial com seu selo de primeira potência mundial. As primeiras penalidades vieram 78
depois de 45 segundos para os dois atletas por passividade e a primeira ação realmente perigosa veio de ASAHINA com um forte sasaetsuriko miashi que estava realmente perto de marcar. Era hora do período de pontu ação de ouro. A 2:26 da prorrogação, ASAHINA recebeu seu segundo shido por passividade, uma recompensa lógi ca para TOMITA, que se mostrou mais ativa, mas após um último ataque fal so, TOMITA recebeu um terceiro pê nalti que deu a vitória a Sarah ASAHINA. Como TOMITA se machu cou levemente na última ação, vimos a nova campeã mundial se aproximando de sua adversária, também sua amiga, e a carregamos nas costas para sair do tatame. Somente o esporte e somente o judô podem oferecer tais imagens de fair play. É importante notar que Asahi na, mesmo com sua carga preciosa, voltou para o tapete para fazer uma re verência antes de sair. Sarah ASAHINA disse: " A disputa
mais difícil de hoje foi a final. Eu estava prestes a perder e ela se machucou. Estou muito triste por ela e é por isso que a ajudei a deixar o tatame o máxi mo que pude. " No início do dia, prestamos aten ção a muitas partidas enquanto o tor neio se desenrolava. Idalys Ortíz (CUB) é a judoca mais premiada da América Latina. Ela ganhou absoluta mente tudo, em alguns casos várias vezes, mas não teve um ano fácil devi do a Covid. O número um do mundo não reclama, porém, "Competidor uma vez, competidor sempre", disse ela, en tre as competições. Desde a primeira partida, Asahina mostrou grande parte de seu repertó rio, uma mistura de qualidade técnica e experiência. Foi uma pena para Velen sek (SLO), medalhista olímpica de bronze, ter que enfrentar Asahina (JPN) nas eliminatórias. Ambas são capazes de ganhar grandes medalhas, mas o judô é assim! Velensek foi elimi nada na 3ª rodada e a jovem estrela ja ponesa passou para as 8ª de finais. Ortiz chegou à semifinal contra uma velha conhecida, Asahina Sarah (JPN). Em nenhum momento do dia Ortiz ficou nervosa ou impaciente, sempre executando o movimento certo na hora certa. No entanto, contra Asahina ela teve que fazer outra coisa porque elas se conhecem de cor e a japonesa, que também viajou a Buda peste para conquistar seu terceiro título mundial, estava muito motivada e es pecialmente ofensiva em sua primeira luta. Elas alcançaram a pontuação de ouro, cada uma com o peso de dois shido. Um terceiro estava perto de ser chamado porque nenhum das duas atacou. Ortíz então tentou surpreender Asahina, que rebateu para wazaari, com o sabor de uma grande final. A segunda semifinal enfrentou Be atriz Souza (BRA) e a segunda atleta japonesa da corrida, Tomita Wakaba. 79
Souza é uma jovem promissora de 23 anos e ocupa o terceiro lugar no ran king mundial. Está em constante pro gressão e já conquistou medalha em seis dos últimos sete torneios em que participou. Tomita é um ano mais velha e foi campeã mundial junior em 2015. Ela é menos alta, mas mais rápida e com uma técnica apurada, foi uma luta en tre estilos opostos. Ao longo da manhã, Tomita se dedicou a demolir todos os seus rivais; quatro lutas, quatro ippon. Souza teve o mérito de esticar a luta para o golden score, mas não escapou de um livro didático ippon executado por Tomita. Na primeira disputa pela medalha de bronze, Julia TOLOFUA (FRA) esta va pronta para conquistar sua primeira medalha neste nível, na ausência de quem começa a assustar todos os seus adversários: sua companheira de equipe Romane DICKO. TOLOFUA en frentou Beatriz SOUZA (BRA) por uma vaga no pódio. TOLOFUA parecia es tar no controle da partida. Isso não era óbvio, mas ainda visível. No entanto, como ela perdeu seu contraataque após uma tentativa de osotogari de SOUZA, TOLOFUA foi arremessada para um wazaari e presa por 10 se gundos para ippon. Esta é a primeira medalha mundial para Beatriz SOUZA neste nível. A segunda competidora brasileira Maria Suelen ALTHEMAN (BRA) se opôs à lenda do judô Idalys ORTIZ (CUB). Após 45 segundos, o primeiro shido foi distribuído para passividade as duas candidatas à medalha. A parti da passou a ser um pouco mais anima da, com grandes contraataques, como o uranage e o yokoguruma, da OR TIZ, e combinações mais discretas da ALTHEMAN. Depois de uma tentativa fracassada da cubana, esta se viu sob sua oponente para uma imobilização, mas ALTHEMAN não conseguiu segu rar ORTIZ por mais de 10 segundos.
Golden score! ALTHEMAN foi rapida mente penalizada uma segunda vez por passividade, mas durante a sequência seguinte, ela controlou sua oponente perfeitamente para contra atacar e com apenas um pequeno mo vimento do pé que estava no lugar cer to no momento certo, IPPON! Beatriz Souza e Maria Suelen Althe man faturam bronze para o Brasil O Brasil conquistou duas medalhas de bronze neste sábado, 12, último dia de competição individual do Mundial que acontece em Budapeste e fecha o ranqueamento olímpico para Tóquio. A dobradinha veio com as pesos pesa dos Maria Suelen Altheman e Beatriz Souza, que perderam apenas uma luta e garantiram as medalhas brasileiras no evento. Rafael Silva "Baby" também lutou pelo bronze, mas terminou em quinto lugar. Eles e o restante da equi pe retorna ao tatame neste domingo para a competição por equipes mistas. A conquista de Maria Suelen foi um dos momentos de grande emoção nes te Mundial. Pela primeira vez na carrei 80
ra, ela conseguiu desbancar sua gran de rival, Idalys Ortiz, de Cuba, e que brou um tabu histórico no judô. Antes disso, Sussu bateu Yelizaveta Kalanina (Ucrânia), Mercedes Szigetvari (Hun gria) e caiu para Wakaba Tomita (Ja pão), nas quartas. Em seguida, a brasileira se recuperou na repesca gem, vencendo Nihel Cheikh Rouhou (Tunísia), que se lesionou durante o combate, e foi para o bronze com Ortiz. Mais agressiva, Suelen chegou a projetar a cubana duas vezes e só no golden score conseguiu a pontuação decisiva. Já Beatriz, caminhou até a semifi nal, batendo Lea Fontaine (França), Ivana Maranic (Croácia) e Nihel Cheikh Rouhou (Tunísia). O único revés foi contra a mesma japonesa que derrotou Suelen, Tomita, em combate apertado vencido pela japonesa por ippon nos últimos segundos. Na luta pelo bronze, Bia imobilizou Jula Tolofua (França) e conquistou sua primeira medalha em Campeonatos Mundiais Sênior. Essa foi sua segunda participação em Mun diais.
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Por: Nicolas Messner, Jo Crowley e Pedro Lasuen FIJ / Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Gabriela Sabau, Marina Mayorova, Emanuele Di Feliciantonio e Jensen Lars Moeller
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Resultados finais: 1. KAGEURA, Kokoro (JPN) 2. BASHAEV, Tamerlan (RJF) 3. KHAMMO, Yakiv (UKR) 3. MEYER, Roy (NED) 5. SILVA, Rafael (BRA) 5. ZAALISHVILI, Gela (GEO) 7. PUUMALAINEN, Martti (FIN 7. RAKHIMOV, Temur (TJK)
+100: KAGEURA Concluiu um Dia Japonês A última final da competição indivi dual contra Tamerlan BASHAEV (RJF) e Kokoro KAGEURA (JPN). A final co meçou bem devagar, os dois atletas demoraram a analisar a situação para tentar encontrar uma solução. O pri meiro em ação foi BASHAEV, mas o primeiro a marcar com menos de um minuto restante foi KAGEURA, com um seoinage reverso para um wazaari. Com apenas alguns segundos restan tes, BASHAEV deu tudo e pegou KA GEURA para osaekomi, mas ele colocou todo o seu poder para não fi car preso e finalmente ganhou seu pri meiro título mundial sênior. Kokoro KAGEURA declarou: " As pessoas estão apenas me perguntando sobre minha vitória contra Riner, mas agora tenho títulos importantes: sou campeão asiático e agora campeão mundial. O próximo passo deve ser as Olimpíadas e também espero que as 84
pessoas comecem a falar sobre meus títulos mais do que minha competição contra Riner. " Na primeira disputa pela medalha de bronze, um velho conhecido do Cir cuito Mundial de Judô, Roy MEYER (NED), medalhista de bronze em Tó quio há dois anos, enfrentou a verda deira lenda do judô que é Rafael SILVA (BRA), multiolímpico e medalhista mundial. Antes mesmo dos dois atletas entrarem na arena, o plano tático de cada um deles estava claro. Roy MEYER tentaria impor um ritmo rápido e forte à partida com seus ataques in cessantes, enquanto SILVA tentaria desacelerar MEYER para lançar de vez em quando um grande movimento de quadril. Isso é exatamente o que acon teceu. Somente na entrada do último minuto, é que o primeiro shido de pas sividade foi dado aos dois competido res. Após 1 minuto e 13 segundos do placar de ouro, a estratégia de MEYER começou a dar frutos, quando SILVA
foi penalizada pela segunda vez e defi nitivamente compensou quando o cam peão brasileiro recebeu sua terceira penalidade, A segunda e última medalha de bronze foi disputada entre Yakiv KHAMMO (UKR) e Gela ZAALISHVILI (GEO). Ter esses dois atletas no tata me é quase garantia de um judô espe tacular, como provaram nas rodadas preliminares. Se um primeiro par de shido foi distribuído após um minuto, o primeiro ataque maciço e acrobático foi de KHAMMO, acertando um wazaari com um lançamento de ombro. Penali zado pela segunda vez, KHAMMO es tava em perigo. Sob uma pressão incrível, o atleta ucraniano aplicou uma técnica que parecia vir do nada, mas ZAALISHVILI foi impulsionado pelo ar para encerrar uma luta intensa e a me dalha de bronze foi para Yakiv KHAM MO. Durante as rodadas preliminares, havia muitos jogos a seguir. No primei ro round, o primeiro colocado mostrou seu calibre e sua intenção, praticando casualmente uma série de suas técni cas favoritas, sem nunca ter se coloca do em risco. Bashaev (RJF), campeão europeu de 2020, gosta de judô e essa não é uma afirmação boba. Ele está aqui para vencer e para provar coisas, mas também adora competir e está claramente confortável no tatame, não importa quem esteja enfrentando. Ele permitiu que a primeira partida entras se no placar de ouro e quase sem res pirar tirou seu oponente alemão de uma tentativa de uchimata com o que parecia ser um contraataque fácil. Enquanto isso, Sipocz, do país na tal, começou bem e parecia animado com o barulho da multidão. O dia co meçou com grandes lançamentos, exa tamente o que todos nós queremos ver no final da competição individual esta noite, em preparação para o confronto de times mistos de amanhã. Quando Sipocz e Bashaev se encontraram na terceira rodada, veio com algum drama 85
e muitos quaseacidentes, mas o con trole da manga de Bashaev provou ser demais para o judoca húngaro maior e ele evitou cada ataque, eventualmente se transferindo para um forte shime waza para chegar às quartas de final e um encontro com Rakhimov (TJK). Rakhimov parecia forte desde o iní cio, com um uchimata decisivo e um judô geral ereto. Seu encontro com Bashaev nas quartas de final definitiva mente não foi unilateral, com Rakhimov chegando com perigosos ataques de uchimata e ashiguruma do lado es querdo, mas o uranage de seu opo nente foi muito forte. O veterano membro da equipe aus tríaca, Allerstorfer, também ofereceu um começo muito forte, com um koshi guruma e um sorriso de sua treinadora Yvonne Boenisch, antes de deixar o ta tame para dar lugar a um dos verda deiros personagens do circuito, Roy Meyer (NED) . Ele parecia determinado e trouxe um saco cheio de técnicas de alta qualidade e habilidades de preen são e claramente não veio para brin car. Ele foi estrangulado nas quartasdefinal pelo grande homem da Geórgia, Zaalishvili, mas ambos fize ram aparições no bloco final. Kageura (JPN) começou na sessão da manhã com uma boa mistura de ta chiwaza e fases de transição, mas olhando para o risco o tempo todo. Um bloqueio final sem Kageura sempre foi improvável, mas ele trabalhou duro pa ra isso! Spijkers (NED) deulhe uma boa corrida para o seu dinheiro, mas não foi o suficiente. O newaza de Ka geura veio à tona e ele foi para o bloco final depois de aplicar um jujigatame reverso no placar de ouro. Ele então só conseguiu uma vitória nos pênaltis na semifinal contra o experiente gigante brasileiro, Rafael Silva e deu a si mes mo a chance de um ouro, apesar de não ser tão afiado como vimos no pas sado. Khammo (UKR) trouxe todos os seus grandes lances hoje também e foi
para o bloco final após um massivo se oinage no terceiro round. Ele não che gou a ir até o fim, mas na final de repescagem ele lançou com uma das vitórias mais rápidas do torneio para garantir sua vaga na disputa pela me dalha de bronze. Rafael Silva fica em quinto Na chave masculina, Rafael Silva também teve um bom desempenho, vencendo todas as suas lutas prelimi nares até as quartas de final. Ele bateu Andy Granda (Cuba), Sungmin Kim (Coreia do Sul) e Yakiv Kammo (Ucrâ nia) até parar no japonês Kokoro Ka geura, na semifinal. Na luta pelo bronze, Baby recebeu três punições e a medalha foi para Roy Meyer (Holan da). O Brasil ainda teve David Moura em ação no sábado, na chave masculi na. Ele estreou com boa vitória por wa zaari, dominando a luta contra Cemal 86
Erdogan, da Turquia, e avançou às oi tavas. Nessa fase, Moura não conse guiu encaixar seu jogo no duelo com o finalndês Martti Puumalainen, e acabou caindo duas vezes para o adversário, o que decretou o fim do Mundial para o brasileiro. Nas redes sociais, David agrade ceu o apoio dos torcedores e deixou uma mensagem também ao seu com patriota e concorrente pela vaga olím pica, Rafael Silva. “É galera. Momento difícil. Não deu. Só quero agradecer demais a tor cida e o carinho de todos. Parabéns pela vaga, Rafael Silva, você é um monstro”. Os quatro pesos pesados brasilei ros lutaram esse Mundial buscando a classificação para Tóquio. Além do ranking olímpico, para disputas equili bradas como no caso dessas categori as, a CBJ utilizaria outros critérios para definir quem levaria a vaga.
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Depois de um último dia intenso de judô, belos movimentos e batalhas de terminadas, pontuadas por voltas e re viravoltas, o Japão mais uma vez inscreve seu nome no topo do mundo do evento de equipes mistas. Não podemos repetir: o judô é um esporte individual que se pratica em equipe. É impossível ser campeão mundial individual sem ter a oportuni dade de treinar com uma equipe de parceiros e o espírito de equipe é um dos elementos essenciais que todas as delegações mantêm e procuram de senvolver. Isso provavelmente explica por que as competições de equipe sempre têm aquele pequeno algo extra que as tor na incrivelmente emocionantes. En quanto nos últimos sete dias do mundial a concentração foi na jornada dos atletas que chegaram a conquistar o título mundial em suas respectivas categorias de peso, neste último dia do Campeonato Mundial de 2021, todos os olhos estavam voltados para as 90
equipes mistas, compostas por grupos de homens e mulheres cujo único obje tivo era atender aos interesses da equipe. Em poucas semanas, em Tóquio, pela primeira vez na história do judô e dos Jogos Olímpicos, o judô terá um torneio de equipes mistas. Alguns atle tas que serão coroados na prova indivi dual terão que se concentrar em uma nova competição. O certo é que a vontade de vencer será imensa. Foi o que aconteceu hoje no Laszlo Papp Budapest Sports Are na. Quando, repentinamente, a cada rodada, toda uma delegação passa a apoiar seus representantes no tatame, o nível de ruído sobe um pouco. Quando entendemos também que a soma dos indivíduos de uma equipe não corresponde necessariamente à capacidade de vitória da equipe, pode mos facilmente imaginar a energia que emerge. Isso explica porque vimos, várias vezes, nas rodadas preliminares, mu
danças improváveis na dinâmica de to da a partida entre as duas nações. O exemplo mais marcante, mesmo que houvesse outros, foram as quartasde final entre França e Geórgia. Ao final da partida, as duas equipes estavam empatadas com três vitórias cada. Um concurso para decidir entre eles, por tanto, foi elaborado. Francis Damier (FRA) foi chamado de volta ao tatame contra Avtandili Tchirikishvili (GEO). A seleção georgia na ficou exultante porque na primeira partida entre os dois atletas, foi o cam peão mundial de 2014 Avtandili Tchri kishvili quem venceu sem dificuldade. Tudo parecia dobrado, mas foi sem contar com este famoso espírito de equipe e com esta adição de talentos, cujo resultado pode ser diferente do que esperávamos. Tchirikishvili se apresentou com confiança, provavel mente um pouco demais e Francis Da mier soube aproveitar da melhor forma, levando seu time à semifinal após um belo contraataque. 91
É ainda mais impressionante quan do você vê que o francês está apenas em um distante 356º lugar no mundo e tem apenas 19 anos. Na meiafinal foi novamente ele quem deu o ponto deci sivo à sua equipe ao vencer Sher mukhammad Jandreev (UZB), permitindo à França continuar a sonhar com a medalha de ouro. Na outra parte do sorteio, o Japão era favorito e não desiludiu, ao vencer a Ucrânia e depois à frente da delega ção representativa da Federação Rus sa de Judô. A final FrançaJapão é um clássico dos torneios por equipes e não há dú vida que durante os Jogos de Tóquio as duas seleções já se imaginam na fi nal. Muito ainda pode acontecer até então. A composição das equipes não será a mesma e as apostas serão dife rentes, mas essa é outra história, que em breve teremos o prazer de contar. Também será lembrado que em Budapeste, durante a primeira fase, a Equipe de Refugiados da IJF enfrentou
a equipe ucraniana com coragem e de terminação. Os atletas refugiados tam bém estarão presentes em Tóquio neste verão. Quando sabemos o que esses atletas vivenciaram, o fato de se encontrarem unidos em torno de um objetivo comum assume um significado muito especial que vai além do quadro puramente esportivo. Parabéns a Oula, Adnan, Sanda, Ahmad, Muna e Tareq por nos lembrar com sua presença que quando falamos sobre a família do judô realmente significa algo. Que melhor do que um evento de equipe mista pa ra ilustrar isso? Final JAPÃO (JPN) X FRANÇA (FRA) 73kg: Soichi HASHIMOTO 1 / Joan Benjamin GABA 0 70kg: Saki NIIZOE 1 / Marie Eve GAHIE 0 90kg: Kenta NAGASAWA 1 / Francis DAMIER 0 + 70kg: Maya AKIBA 1 / Lea FONTAINE 0 + 90kg: Kokoro KAGEURA / Cedric OLIVAR 57kg: Haruka FUNAKUBO / Gaetane DEBERDT Demorou quase 2 minutos de ouro para Soichi HASHIMOTO marcar o pri meiro ponto para a equipe do Japão após uma resistência heróica de Joan Benjamin GABA, que terminou total mente exausto com três penalidades em seu nome, mas que realmente se esforçou ao máximo para encontrar uma oportunidade contra a parede que HASHIMOTO construiu. 10. Apesar de MarieEve GAHIE parecer dominar no início da partida e de Saki NIIZOE ter sido penalizada duas vezes, no perío do do placar de ouro, a atleta nipônica marcou com um estiloso uchimata pa ra ippon dando um segundo ponto para o time , quando a campeã mundial francesa de 2019 deixou o tatame com o que parecia ser uma leve lesão na costela, o que poderia explicar que ela não estava em sua capacidade total. 2 0. Com a vitória de Kenta NAGASAWA sobre Francis DAMIER por wazaari, o 92
Japão marcou seu terceiro ponto. Maya AKIBA marcou o último ponto para o Japão contra Lea FONTAINE. Os novos campeões mundiais de equi pes mistas são o Japão. Soichi HASHIMOTO disse: " Nos sos treinadores são verdadeiros líde res. Eles nos tornaram melhores e nos motivaram. Somos mais fortes porque nos sentimos unidos " . Concursos para Medalha de Bronze COREIA (KOR) X UZBEKISTAN (UZB) 73kg: Joonsung AHN 0 / Obidkhon NOMONOV 1 70kg: Heeju HAN 0 / Gulnoza MATNIYAZOVA 1 90kg: Juyeop HAN 0 / Shermukhammad JANDREEV 1 + 70kg: Hayun KIM Iriskhon KURBANBAEVA 0 + 90kg: Jonghoon WON 0 / Muzaffarbek TU ROBOYEV 1 57kg: Jandi KIM / Shu kurjon AMINOVA A primeira partida foi vencida por Obidkhon NOMONOV com um waza ari após dominar toda a competição. 0 1. Com um ippon massivo de uma téc nica koshiwaza, Gulnoza MATNIYA ZOVA acrescentou um segundo ponto para sua equipe. 02. A equipe do Uz bequistão continuou a somar pontos com a vitória da técnica seoinage de Shermukhammad JANDREEV para wazaari. 03. Depois de uma disputa muito corajosa contra Hayun KIM, Iriskhon KURBANBAEVA foi derrotado por ippon, dando um primeiro ponto para a Coreia. 13. Com o quarto ponto de Muzaffarbek TUROBOYEV, o Uzbe quistão conquistou a medalha de bron ze e pode deixar sua alegria explodir. A jovem equipa, liderada por Ilias Iliadis, colocou um sorriso genuíno na cara e festejou a sua vitória à tradicional for ma farandole. BRASIL (BRA) X FED. RUSSA (RJF) 73kg: Eduardo BARBOSA 0 / Denis IARTCEV 1 70kg: Maria PORTELA 1 / Dali LILUASHVILI 0 90kg: Rafael MA
CEDO 0 / Khusen KHALMURZAEV 1 + 70kg: Beatriz SOUZA 1 / Daria VLADI MIROVA 0 + 90kg: David MOURA 1 / Alen TSKHOVREBOV 0 57kg: Ketelyn NASCIMENTO 1 / Anastasiia KONKI NA 0 Com um ippon marcado em ouro na chave de braço, Denis IARTCEV conquistou o primeiro ponto para a equipe RJF, para assumir a liderança. 01. Depois do segundo ouro, desta vez o ponto foi para o Brasil, depois que Maria PORTELA fez wazaari com um clássico ogoshi. 11. O RJF voltou a assumir a liderança após a vitória de Khusen KHALMURZAEV por pênaltis sobre Rafael MACEDO. 12. As equi pes voltaram a igualar o placar com a 93
nítida vitória ippon de Beatriz SOUZA. 22. Pela primeira vez, o Brasil saiu na frente com o ponto marcado por David MOURA contra Alen TSKHOVREBOV. 32. Com Ketelyn NASCIMENTO der rotando Anastasiia KONKINA na última partida, o Brasil somou o último ponto para conquistar a merecida medalha de bronze. Antes do time Brasil sair do tatame, David MOURA, que é um dos pilares do time há muitos anos, fez um sinal discreto para significar que pode ria ser uma de suas últimas aparições no circuito mundial. Rafael Silva está indo para os Jogos Olímpicos e David deu os parabéns nas redes sociais e lhe desejou boa sorte. Bom trabalho David e até breve.
Por: Pedro Lasuen FIJ Foto: Marina Mayorova
A matemática não engana. Sete di as de competição, 661 atletas, 14 cate gorias, 118 países, 5 continentes, 383 homens e 278 mulheres. Isso é cha mado de esporte global. Por trás des sas figuras estão muitas histórias com nomes e sobrenomes, feitos que já fa zem parte da história do judô. A natu reza também não engana e abomina o vazio. Quando o chefe está fora, al guém toma seu lugar. O Japão realizou um campeonato mundial de ida e volta, estrelando a pri meira final do evento com dois judocas japoneses de 48kg e outros dois no úl timo dia de + 78kg. O Japão terminou 94
na primeira posição do quadro de me dalhas com 11 medalhas, sendo cinco de ouro, o que para muitos não é novi dade, mas na verdade é porque confir ma a consistência de um país acostumado a olhar o mundo de cima. No entanto, o saldo da primeira po tência mundial contém claroescuro porque perdeu medalhas de ouro que, logicamente, deveriam ter conquistado, segundo a maioria das previsões. Os deslizes mais notórios ocorreram nas categorias de –60kg e –73kg. Nagaya ma Ryuju é o número um do mundo na categoria mais leve e não sai do pódio desde 2017. Em Budapeste, ele caiu
na terceira rodada. Não tão alto, mas ainda assim surpreendente foi a derro ta de seu compatriota Hashimoto Soi chi, também líder em sua categoria, também campeão mundial e também perdedor na Hungria. Pelo menos ele saiu com o bronze. Do lado positivo, o mundo testemu nhou o retorno de Asahina Sarah, cam peã mundial pela terceira vez com apenas 24 anos e uma modelo de tem peramento exemplar. A saída do tata me na final dos + 78kg, carregando nos ombros a adversária, Tomita Wa kaba, derrotada e machucada, explica a personalidade de uma mulher cari nhosa. Por fim, Kageura Kokoro recon quistou o título dos pesos pesados pa ra o Japão para engordar o quadro de medalhas e mostrar que sua carreira não se limitou a ter sido o primeiro a derrotar Teddy Riner, após dez anos de domínio francês. Outra decepção, e esta é enorme, foi o desempenho da seleção francesa. Pela primeira vez desde 1973, os ho mens voltaram para a França vestidos de branco. Sem medalha, sem final. Durante quatro anos, a França equili brou seus balanços graças ao formidá vel time feminino. Três atuais campeões mundiais e líderes de suas categorias desembarcaram em Buda peste, nesta ordem: Clarisse Agbegne nou (63kg), MarieEve Gahié (70kg) e Madeleine Malonga (78kg). A primeira conquistou seu quinto título mundial, o que não surpreendeu ninguém. O pro blema é que, depois de ganhar tanto, o excepcional se torna normal. Gahié perdeu no primeiro turno, marcando um ano inesquecível em que perdeu o remendo vermelho nas costas e as chances de participar das Olimpíadas. A terceira na disputa, Madeleine Ma longa, acabou com um gosto agridoce na boca. Perdeu a final e consequente mente o título, para Anna Maria Wag ner (GER), no que talvez tenha sido 95
um aperitivo de um duelo que tem grandes probabilidades de se reprodu zir nos próximos anos. Para ela, foi uma decepção, a parte amarga. No en tanto, também há um lado doce porque Malonga não competia desde janeiro, apesar disso, ela se classificou para a final depois de derrotar todos os seus adversários claramente. Desta vez, as francesas não con seguiram cobrir o desastroso equilíbrio dos homens porque o desempenho das próprias mulheres estava abaixo de seu imenso potencial. A França ter minou em quinto lugar no quadro de medalhas, o que deve fazer refletir os líderes da federação. A natureza não gosta do vazio e o fracasso de alguns sempre gera o su cesso de outros. Nesse caso, dois paí ses aproveitaram a oportunidade para entrar no carro da frente; dois países com problemas diferentes. A Geórgia é uma potência mundial no judô, mas isso se deve à seleção masculina. Até recentemente, a Geór gia sofria com a ausência de mulheres competitivas que pudessem aspirar a ganhar medalhas. A federação corrigiu seu objetivo e começa a mostrar resul tados promissores. Além disso, isso permite que o país participe das com petições de equipes mistas. No momento as conquistas depen dem quase que exclusivamente da equipe masculina, e esta é uma equipe com enorme poder de fogo. Metade dos que vão participar dos jogos veio a Budapeste e muitas promessas os acompanharam. Como a Geórgia nun ca faz as coisas pela metade, Lasha Shavduashishvili (73kg) conquistou o ouro e se tornou o melhor georgiano da história por já ter vencido as três com petições mais importantes (Campeona to Europeu, Campeonato Mundial e Jogos Olímpicos). Foram mais meda lhas, uma de prata e duas de bronze, mas a mais marcante e inesperada foi a de Varlam Liparteliani (100kg), eter
no número um, eterno candidato ao ouro, simplesmente eterno porque to dos admiram o atleta e adoram o ho mem. Geórgia ficou em segundo lugar no quadro de medalhas. Dissemos que havia dois países com trajetórias e obstáculos diferentes. Se a Geórgia precisa fortalecer sua se leção feminina, o problema da Espa nha é mais prosaico, até vulgar, mas decisivo. O que acontece com a Espa nha é que seus recursos são muito li mitados em comparação com outros países. Em vez disso, o que tem são duas boas equipes. Em Budapeste, a Espanha o demonstrou com quatro medalhas, sendo duas mulheres e dois homens. Nikoloz Sherazadishvili con quistou o segundo título mundial ( 90kg) e pela primeira vez na história do judô um terceiro lugar no quadro de medalhas. Já que estamos falando de regis tros históricos, é a vez da Croácia. Pe la primeira vez em sua história, tem um título mundial, graças a Barbara Matic (70kg), que venceu Ono Yoko do Ja pão na final, na final mais estressante e espetacular, com seu adversário ten tando estranhála e Matic segurando seu tachiwaza wazaari pelos 40 se gundos restantes. Não há vitórias sem sacrifícios, diz o ditado. A intrahistória do Canadá é conhe cida mundialmente. Christa Deguchi e Jessica Kimklait (0,57 kg) estiveram em Budapeste para lutar pelo ouro mundial e uma passagem de avião pa ra Tóquio. O líder do ranking e cam peão mundial contra o aspirante. Deguchi perdeu nas semifinais para Tamaoki Momo (JPN), que por sua vez foi derrotado por Kimklait na final. Foi um título para o Canadá e um destino olímpico para Kimklait. Resta saber co mo Deguchi vai superar o fracasso do campeonato mundial e a decepção de não ir para o Japão. Todos esperavam impacientemente pela categoria 81kg. Com exceção de 96
Sagi Muki (ISR) e Vedat Albayrak (TUR), todos os favoritos estavam lá. A final enfrentou os dois judocas mais bem preparados do momento, o núme ro um do mundo, Matthias Casse (BEL) e o novo prodígio da escola georgiana, Tato Grigalashvili. Casse havia perdido a final do Campeonato Mundial de 2019 contra Muki. Grigalashvili era o favorito das previsões. Casse venceu com a autoridade de um líder de peso, contra candidatos lotados para o su cesso. Havia também dois efeitos de bor boleta e, além disso, na tonalidade de um disco. Aleksandar Kukolj (SRB) atualizou há seis meses, o que é como dizer ontem. Não se esperava muito de seu tempo em Budapeste porque o pe ríodo de adaptação foi muito curto. No entanto, foi o suficiente para ele! Ga nhou a prata com 100kg, evitando o ouro nas mãos de Fonseca (POR), que subiu na elite mundial ao conquistar o segundo ouro consecutivo; um feito não alcançado por muitos. Mas foi a medalha de Kukolj, assim como o bater filosófico das asas de uma borboleta, qualificada no último segundo para os Jogos Olímpicos, tirou a classificação e deixou três atletas de fora da prova olímpica. O mesmo aconteceu em –90kg com Rémi Feuillet. Além de fincar a bandeira da Maurícia nas quartas de fi nal, algo inédito, o judoca conseguiu seu passe olímpico, em detrimento de outros quatro atletas, graças aos pon tos conquistados em Budapeste. 27 países tocaram medalhas. É muita diversidade, um nível mais equili brado entre os países, o que significa menos diferenças, mais histórias épi cas, mais surpresas e mais trabalho para tentar estar sempre um passo à frente. Havia muitas borboletas esvoa çantes e um monte de vazio imediata mente preenchido. E mais uma coisa: ninguém falava do Covid, só judô.
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Fotos: Gabriela Sabau FIJ
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O judô sempre esteve no sangue de Ketleyn. Aos 8 anos, em Ceilândia, a menina já falava para sua mãe, Ro semary, o que queria ser quando cres cesse. "Vou ser atleta olímpica de judô." Matriculada pela mãe na nata ção, Ketleyn Quadros faltava às aulas para assistir aos treinos de judô. Foi dessa forma que ingressou na modali dade. E seu talento logo foi reconheci do. Para se classificar para os Jogos Olímpicos Pequim 2008, viu sua princi pal concorrente à vaga, a santista Da nielle Zangrando, se machucar e não deixou a oportunidade passar. Mesmo sem ser uma das favoritas ao pódio, Ketleyn, aos 20 anos, surpreendeu e se tornou a primeira judoca brasileira a conquistar uma medalha olímpica.
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Trajetória de Ketleyn Quadros Para se transferir de Brasília para Minas Gerais, onde defenderia o Minas Tênis Clube, teve uma importante aju da da mãe de Érika Miranda, também atleta da seleção e grande amiga de Katleyn. "Não tínhamos dinheiro para pagar a transferência de federação pa ra Belo Horizonte", lembra a mãe. “A mãe da Érika arrumou uma bicicleta e rifou para conseguirmos o dinheiro pa ra pagar a transferência de federação". O Bronze em Pequim O caminho de Ketleyn em Pequim começou com uma vitória sobre a sul coreana Kang Sin Young, seguida de uma derrota para a holandesa Deborah
Gravenstijn que terminaria com a me dalha de prata, derrotada na decisão pela italiana Giulia Quintavalle. Na re pescagem, Ketleyn derrotou a espa nhola Isabel Fernandez, campeã olímpica em Sydney/2000, e a japone sa Aiko Sato, antes de bater a australi ana Maria Pekli na disputa da medalha. Pelo Minas Tênis Clube, Ketleyn conquistou o ouro nos Jogos SulAme ricanos em 2010, na cidade de Medel lín e ouro na Universíada em 2013, em Cazan.
Olimpíada
Em 2018 passa a defender um novo clube Ketleyn permaneceu no Minas Tê nis Clube até o final de 2017, quando passou a integrar a equipe do SOGIPA de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, buscando mais um ciclo olímpico.
5ª colocada no Mundial de Budapes te 2021, reescreve sua história Ela entrou para a história como a primeira mulher brasileira medalhista olímpica em modalidades individuais ao conquistar o bronze em Pequim, com apenas 20 anos de idade. Treze anos e três ciclos olímpicos depois, a chama olímpica segue mais acesa do que nunca no coração de Ketleyn Qua
Em 2021, duas importantes competi ções garantem ketleyn em mais uma
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Prata no Grand Slam do Kazan Ketleyn Quadros (63kg), conquis tou a medalha de prata no Grand Slam de Kazan, na Rússia. Lutando em 06 de maio, quintafeira, ela perdeu a luta da final, em uma decisão polêmica da arbitragem, para a polonesa Agatha OzdobaBlack. Antes, havia vencido, na sequência, Mokhee Cho, da Córeia do Sul, Cristina Cabana Perez, da Es panha, e Andreja Leski, da Eslovênia.
dros. Nesta quartafeira, 09, ela voltou a reescrever sua própria história con quistando um honroso quinto lugar no Campeonato Mundial, que acontece em Budapeste, Hungria. A medalha inédita de bronze esca pou por pouco e foi para o pescoço da holandesa Sanne Vermeer, dez anos mais jovem do que Ketleyn. Mas, a ve terana brasileira mostrou para o mundo que na sua história olímpica ainda tem espaço para mais um capítulo: Tóquio 2020. “Estar lutando durante todos esses anos é muito amor à modalidade. Eu saio muito feliz desse Campeonato Mundial. Apesar da medalha não vir, eu saio feliz. Inclusive, me emocionei em todas as lutas, porque é uma con quista muito grande. (Ser) uma atleta veterana, me sentir evoluindo, crescen do, tendo meus principais resultados da minha carreira é muito importante, 101
porque, antes de qualquer pessoa acreditar, eu acreditei muito”, desaba fou a judoca que, neste ciclo, conquis tou seu primeiro ouro em Grand Slam, em Brasília 2019, e seu primeiro título panamericano, em Guadalajara 2021, chegando ao Top 10 do mundo, o que lhe garantiu uma posição de cabeça dechave em Tóquio. Fontes: https://www.gazetadopovo.com.br/es portes/olimpiadas/2008/trajetoriade ketleynquadroselicaodevidapara osbrasileiros b4g8y4p5632p3zpifvjgd3mtq/ https://www.cob.org.br/pt/cob/timebra sil/atletas/ketleynlimaquadros/ https://cbj.com.br/noticias/7555/MUN DIAL+2021++Ketleyn+Quadros+rees creve+sua+hist%F3ria+.html
A Confederação Brasileira de Judô anunciou, nesta quartafeira, 16, os no mes dos judocas que representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. O anúncio foi feito de forma vir tual, ao vivo, pelo Canal Brasil Judô, no Youtube, com a presença do presiden te da CBJ, Silvio Acácio Borges, e da comissão técnica da seleção brasileira formada por Ney Wilson Pereira, gestor de Alto Rendimento, Rosicleia Cam pos, coordenadora da seleção femini na, Luiz Shinohara, coordenador da seleção masculina, Mario Tsutsui, téc nico da seleção feminina, Yuko Fujii, técnica da seleção masculina e Marce lo Theotônio, gestor das equipes de base do Brasil. 102
“Finalmente rumo a Tóquio. É uma responsabilidade muito grande irmos aos Jogos Olímpicos nesse país onde nasceu a modalidade pela qual nos apaixonamos e, principalmente, com a responsabilidade que levamos conosco de buscar um bom resultado, visto que há nove ciclos olímpicos consecutivo o Brasil faz uso de um espaço no pódio do Judô. Acredito muito na nossa equi pe, nos nossos atletas. Faço uma men ção especial ao Comitê Olímpico do Brasil responsável por essa grande ação mundial e agradeço também o suporte fundamental do nosso patroci nador master Bradesco e aos nossos apoiadores Cielo e Mizuno. Que tenha
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: CBJ
mos lá em Tóquio uma bela campanha, afinal, esses últimos quatro anos foram muito intensos para a CBJ com foco to tal na preparação para essa Olimpíada. Agora é hora de cumprir toda a expec tativa que geramos na nossa comuni dade esportiva , disse o presidente da CBJ, Silvio Acácio Borges. Para Tóquio, foram convocados 13 judocas, sete homens e seis mulheres. Desses, sete atletas são estreantes, o que mostra o sucesso na renovação constante do judô brasileiro. Para o Rio 2016, a equipe tinha quatro estreantes. Em Tóquio, portanto, a equipe masculina do Brasil será formada por sete atletas: Eric Takabatake (60kg), 103
Daniel Cargnin (66kg), Eduardo Kat suhiro Barbosa (73kg), Eduardo Yudy Santos (81kg), Rafael Macedo (90kg), Rafael Buzacarini (100kg) e Rafael Sil va “Baby” (+100kg). A maior parte da equipe é estrean te em Jogos Olímpicos. Apenas Buza carini (Rio 2016) e Baby (Londres 2012 e Rio 2016) têm participações olímpi cas em suas carreiras. Rafael Silva su biu ao pódio tanto em Londres, quanto no Rio, conquistando duas medalhas de bronze para o Brasil e tentará fazer história em Tóquio buscando sua ter ceira medalha. Nas chaves femininas, o Brasil terá Gabriela Chibana (48kg), Larissa Pi menta (52kg), Ketleyn Quadros (63kg),
Maria Portela (70kg), Mayra Aguiar (78kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg) . Mais experiente, o time femi nino tem apenas duas estreantes Chi bana e Pimenta e duas medalhistas olímpicas: Mayra e Ketleyn, que foi a primeira mulher medalhista do Brasil em esportes individuais com bronze em Pequim 2008. Treze anos depois, ela retorna aos Jogos em nova catego ria e buscando reescrever sua própria história. “Eu vejo uma evolução nessa equi pe, que vem crescendo a cada resulta do. Vejo, sim, a possibilidade de fazermos uma boa competição olímpi ca. Temos categorias nas quais nossos atletas apresentaram grandes resulta 104
dos nesse ciclo olímpico, portanto se candidatam a brigar pela medalha. Em Jogos Olímpicos sempre acontecem algumas surpresas agradáveis no Judô. Não só no brasileiro, como no mundial também. Então, acredito que os 13 judocas brasileiros que estarão nos representando lá têm chances, sim, de trazer uma medalha. Alguns têm um caminho menos difícil, pois são cabeças de chave. A nossa meta prin cipal é manter a continuidade de me dalhas em Jogos Olímpicos que gente tem desde 1984. Tenho certeza que a equipe tem potencial para chegar bem longe em Tóquio”, considera Ney Wil son Pereira, gestor de Alto Rendimento da CBJ.
Da equipe convocada, cinco atletas serão cabeças de chave em Tóquio: Rafael Silva Baby, Maria Suelen, Maria Portela, Mayra Aguiar e Ketleyn Qua dros. Eles estão no Top 8 de suas ca tegorias e, portanto, terão a vantagem de só enfrentar os demais Top 8 a par tir das quartasdefinal. Embarque e Aclimatação A delegação brasileira viajará para o Japão em dois grupos diferentes. O primeiro, formado pelos judocas mais leves, sairá do Brasil no dia 08 de ju lho. O segundo, com os atletas mais pesados que lutarão nos últimos dias, viajarão para o Japão no dia 13 de ju 105
lho. Além dos atletas convocados para a competição, a CBJ e o COB levarão outros 20 judocas para apoiar os trei namentos, entre eles, a peso Leve Ke telyn Nascimento, (57kg), que buscava a vaga dessa categoria e se destacou no Mundial de Budapeste ajudando a equipe a conquistar a medalha de bronze nesse Mundial. A competição do judô nos Jogos Olímpicos será nos dias 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 31 de julho. No período précompetição, a seleção ficará acli matando na base do Comitê Olímpico do Brasil na cidade de Hamamatsu. Muito sucesso para a seleção brasileira!