EDITORIAL
Simplesmente JUDÔ número 30 sendo entregue para os amantes do judô. Há 20 meses ininterruptos entregamos uma edição. Não há nada me lhor nesse mundo do que fazer o que gosta, com liberdade e consciente de que está prestando um serviço para a comunidade do judô. Há quem critique, e sendo isso construtivo, aceitamos! Agora imagine editar uma revista todos os meses, com afinco, pontualidade e disposição É para poucos Nesta edição, o Campeonato Mundial Sênior 2022 em Tashkent, com o
Brasil ficando em segundo lugar na contagem geral de medalhas! Um ótimo resultado na humilde opinião deste editor que vos escreve.
A capa da revista é com a Rafaela Silva, judoca mais que especial, e que conquistou seu bicampeonato mundial em Tashkent, marcando ainda mais a sua história dentro da modalidade. Foto da capa: Gabriela Sabau FIJ
Boa leitura.
Tashkent, também historicamente conhecida como Chach, é a capi tal e maior cidade do Uzbequistão, bem como a cidade mais populosa da Ásia Central, com uma população de 2.909.000 habitantes (2022). Fica no nordeste do Uzbequistão, perto da fronteira com o Cazaquistão. Antes da influência islâmica co meçar em meados do século VIII d.E.I.D., Tashkent foi influenciado pelas culturas sogdiana e turca De
pois que Genghis Khan a destruiu em 1219, ela foi reconstruída e apro veitada da Rota da Seda. Do século XVIII ao XIX, a cidade tornou se uma cidadeestado independente, antes de ser reconquistada pelo Ca nato de Kokand Em 1865, Tashkent caiu para o Império Russo; tornouse a capital do Turquestão Russo. Nos tempos soviéticos, testemunhou grandes crescimentos e mudanças demográficas devido às deportações
forçadas de toda a União Soviética. Grande parte de Tashkent foi des truída no terremoto de Tashkent em 1966, mas foi reconstruída como uma cidade soviética modelo Era a quarta maior cidade da União Sovié tica na época, depois de Moscou, Leningrado e Kiev.
Hoje, como capital de um Uzbe quistão independente, Tashkent mantém uma população multiétnica, com os uzbeques étnicos como a
maioria Em 2009, celebrou seus 2.200 anos de história escrita.
E entre 6 e 13 de outubro, Tashkent foi sede do Campeonato Mundial de Judô, organizado pela Federação Internacional de Judô, que descreveremos nas páginas se guintes. Os textos são de Pedro Lasuen e as fotos de Gabriela Sabau, Emanuele Di Feliciantonio, Tamara Kulumbegashvili.
48kg Feminino
Dos quatro semifinalistas, Tsunoda teve mais a perder, mas por causa de sua qualidade, ela também foi a mais rápida e apresentou suas credenciais para manter o título. A outra semifinal teve Figueroa e Menz. Menz marcou wazaari na hora certa, com menos de um minuto para ir e dedicouse a gerenciar sua liderança. O prêmio, merecido e procurado, foi uma final no campeonato mundial contra a campeã mundial Assunta Scutto, italiana de 20 anos, em seu primeiro campeonato mundial sênior disputou a primeira me dalha de bronze com a veterana espa nhola Figeroa Scutto marcou wazaari Mais uma iniciativa italiana, completada com um ippon espetacular. Bronze para Scutto.
O segundo bronze foi entrel Vargas
Ley e Abuzhakynova, ambas com 25 anos. Vargas Ley começou melhor e estabeleceu o ritmo por dois minutos até Abuzhakynova inverter a tendência e colocar a chilena em modo defensivo. Foi uma luta limpa, sem conces sões, que foi decidida no golden score. O tempo passou, a força diminuiu e a lucidez entrou em jogo Após quase dez minutos, o erro foi cometido pela chilena, um terceiro shido e o bronze foi para Abuzhakynova, seu primeiro neste nível
Foi a primeira vez que Tsunoda e Menz competiram entre si.
Tsunoda veio sorrindo. No rosto de Menz, pura concentração. A alemã fez o que pôde, que era segurar por um minuto e meio Wazaari e osaekomi, um clássico de Tsunoda, sua marca re gistrada para manter o patch vermelho por mais um ano.
RESULTADOS FINAIS: 1 TAKATO Naohisa (JPN), 2 ENKHTAIVAN Ariunbold (MGL), 3 SMETOV Yeldos (KAZ), 3 YANG Yung Wei (TPE), 5 BARATOV Dilshodbek (UZB), 5 WOLCZAK Yam (ISR), 7 PANTANO Angelo (ITA), 7 GARRIGOS Francisco (ESP))
60kg Masculino
O campeão olímpico e tricampeão mundial, Naohisa Takato vence a categoria. Takato ganhou, porque ele é melhor, ele ganhou por causa da hierarquia da selva, onde ele é o leão.
Nas semifinais, o japonês enfrenou Yang em uma repetição da final olímpi ca. Os dois se conhecem bem e am bos são precisos em seus movimentos, não desperdiçam energia desnecessá ria. Eles são os melhores da categoria e isso mostra, mas quem é atualmente o melhor dos dois? Em Tóquio foi Ta kato, mas um ano se passou. Talvez por causa de sua reputação ou porque ele melhora com o passar das roda das, o fato é que Takato estabeleceu o ritmo e a dois segundos do final marcou wazaari A dois segundos do fim, como se Yang fosse um iniciante, o que mostra a qualidade do japonês
Uma das grandes surpresas foi Ariunbold Enkhtaivan O mongol já tem 26 anos e não foi além da medalha de bronze no Circuito Mundial de Judô Em Tashkent ele decidiu ultrapassar os limites de sua habilidade e apresentou um judô espetacular. Fez a final com Takato.
O cazaque Yeldos Smetov lutou contra Baratov. Um cazaque e um uz beque, vizinhos, disputaram o primeiro bronze. No seu melhor Smetov é uma maravilha. Baratov trouxe entusiasmo e resistência porque tecnicamente ele é inferior. Smetov bateu waza ari no golden score e levou a segunda meda lha de bronze.
Yang era o favorito na luta pelo se gundo bronze contra Wolczak. Yang confirmou o favoritismo e conquistou a medalha.
RESULTADOS FINAIS: 1 ABE Uta (JPN), 2 GILES Chelsie (GBR), 3 KRASNIQI Distria (KOS), 3 BUCHARD Amandine (FRA), 5 PRIMO Gefen (ISR), 5 BISHRELT Khorloodoi (MGL), 7 KALETAAleksandra (POL), 7 PIMENTA Larissa (BRA)
52kg Feminino
Uta Abe era a grande favorita na categoria feminina que provavelmente tem a maior densidade de talento. A ja ponesa, olímpica e bicampeã mundial, resolveu sua primeira partida com ip pon contra a sérvia Nadezda Petrovic; até então, nada de novo. A novidade foi o tempo que Abe aproveitou para vencer porque ela só perdeu a necessidade de golden score. Pode parecer um pouco, mas quem conhece os japoneses sabe que não é.
Abe chegou à final vencendo todas as suas partidas por ippon ou waza ari, enquanto Giles venceu três das quatro partidas no chão por pinning. Giles é mais alta que Abe, mas Abe sabe como fazer tudo e ela faz isso lindamen te, como quando Giles conseguiu uma boa aderência para lançar um ataque que Abe bloqueou e converteu em waza ari. É o que é, ela é a melhor e nin guém pensa o contrário porque isso seria loucura Verifique as estatísticas
Aos 22 anos, Abe Uta tem três títulos mundiais na categoria feminina, um na categoria júnior e um título olímpico 22 anos e ela não parece querer se apo sentar
Houve uma escolha entre o poder físico de Krasniqi e a determinação de Primo; uma escolha difícil. Antes de fa zer qualquer outra coisa, elas se neutralizaram. Krasniqi então decidiu mudar de tática, que custou três shidos para Primo. Krasniqi veio pelo ouro e saiu com o bronze, mas o grande abraço que ela deu a sua treinadora Majlin da Kelmendi nos fez entender que subir no pódio também foi considerado um sucesso.
Quanto ao segundo bronze, Buchard logicamente venceu contra Bish relt graças a um grande wazaari faltando um minuto para o fim. Ela tam bém preferiu o ouro, mas é importante lutar pelo bronze por ser uma medalha e porque é sempre melhor voltar para casa com o sabor da vitória.
66kg Masculino
Os japoneses entraram no torneio como uma bala, levaram mais calma mente no segundo round, para acelerar novamente e varrer todos para fora de seu caminho para as semifinais
Vieru é um fenômeno, com ainda mais classe do que Abe, mas o japonês é muito mais poderoso. Na verda de, sua principal característica é a força na qual ele baseia suas vitórias. Abe ganhou por wazaari e não foi injusto nem escandaloso Maruyama foi ainda mais rápido. De todos os seus oponentes, havia curiosidade em ver o georgiano porque ele gosta de contato, distâncias curtas, e Maruyama é o oposto, pura plastici dade
Era a final esperada, a anunciada, mas também um verdadeiro teste para Maruyama porque Abe tomou a medi da, ele é o único que sabe como vencê lo e é possível que tenha tomado um pedágio mental em Maruyama. Ou talvez tenha sido a oportunidade de ver
como o campeão mundial conseguiu ultrapassar o campeão olímpico e virar as chances em suas cabeças.
Uma vantagem para Maruyama, forçou Abe a atacar e foi isso que ele fez e ele marcou wazaari para obter a medalha de ouro.
Um Baul ficou com o primeiro bronze depois de vencer o italiano Elios Manzi, mas, não vamos mentir, a luta foi francamente chata; nem marcou e terminou quando o italiano concedeu um terceiro shido Você tem que saber como ganhar mesmo quando a estéti ca toma um banco de trás Mais igual e, a priori, mais espeta cular tinha que ser a luta pelo segundo bronze entre Vieru e Margvelashvili, os dois primeiros no ranking mundial Foi uma luta kumi kata, uma luta tática ex cepcional entre dois grandes judocas Faltando um segundo, um pequeno se gundo, Vieru descobriu a caixa de truques, mágico que ele é, para marcar wazaari.
RESULTADOS FINAIS: 1 SILVA Rafaela (BRA), 2 FUNAKUBO Haruka (JPN), 3 KLIMKAIT Jessica (CAN), 3 LKHAGVATOGOO Enkhriilen (MGL), 5 NELSON LEVY Timna (ISR), 5 HUH Mimi (KOR), 7. LIPARTELIANI Eteri (GEO), 7. BILODID Daria (UKR)
57kg Feminino
Esperávamos uma canadense na final, talvez ambas e Cysique entre elas, ou à frente, ou logo atrás Eteri Liparteliani, da Geórgia, também caiu e eram apenas 14h Até as semifinais, as duas únicas favoritas que chegaram fo ram a israelense Timna Nelson Levy e a japonesa Haruka Funakubo.
Nelson Levy teve um começo hesitante, o que lhe rendeu uma bronca al ta de seu treinador e funcionou porque em suas lutas seguintes ela não era mais a mesma, ela era mais agressiva, mais forte Ela teve que se comportar assim até o final, sem baixar a guarda porque o próximo passo foi a brasileira e ex campeã olímpica Rafaela Silva e ela estava em forma também e mais experiente. A israelense largou a guar da e caiu após o enorme uchimata de Silva 22 segundos após a largada.
Por sua vez, Funakubo teve um dia tranquilo, como se fosse algo rotineiro. A japonesa se livrou da húngara Karakas e da brasileira Lima antes de elimi nar Liparteliani e na sequncia Huh, por
hansoku make.
Silva foi a melhor quando tinha que ser e a única capaz de derrotar uma ja ponesa em uma final porque até agora tinha sido uma missão impossível. Um wazaari a poucos segundos do final foi a cereja do bolo para uma judoca que não começou como a favorita, mas que se preparou melhor que o resto. No primeiro bronze, foi Klimkait contra Nelson Levy. Nelson Levy esta va em melhor forma, mas isso foi antes A diferença foi que Klimkait melhorou. A canadense pegou o cheiro da presa ferida e foi para a jugular, marcando waza ari e colocando Levy contra as cordas Ela estava tão encurralada que acabou entregando suas armas em um ippon muito bem executado por Klimkait.
O segundo bronze foi entre Lkhagvatogoo e Huh. Os dois minutos de golden score não consertaram a bagunça. Lkhagvatogoo ganhou por han sokumake porque ela insistiu um pouco mais. A coreana não queria lutar e foi por isso que ela perdeu.
RESULTADOS FINAIS: 1 TSEND OCHIR Tsogtbaatar (MGL), 2 HASHIMOTO Soichi (JPN), 3 CARGNIN Daniel (BRA), 3. HEYDAROV Hidayat (AZE), 5. LOMBARDO Manuel (ITA), 5. BUTBUL Tohar (ISR), 7. MARGELIDON Arthur (CAN), 7. SHAVDATUASHVILI Lasha (GEO)
73kg Masculino
Soichi Hashimoto é um profissional exemplar e muitos devem aprender com ele. Aqui integramos outras disci plinas esportivas. Ele é um modelo porque tem Shohei Ono à sua frente Na final ele lutou contra Tsogtbaatar TsendOchir
O mongol é uma das melhores notícias dos últimos tempos. Medalhista olímpico em Tóquio, TsendOchir lidera a nova geração mongol, uma equipe jovem, altamente preparada, altamente motivada e ele é seu maior expoente Seu estilo é o oposto de Hashimoto porque TsendOchir é um daqueles que ataca e sempre procura ippon.
Tsend Ochir ganhou, garantiu uma medalha para seu país e, acima de tudo, ele foi o único que poderia impedir que o hino japonês fosse tocado pela quinta vez
Lombardo buscava a segunda me dalha de bronze para a Itália e Daniel Cargnin, segunda medalha do dia para
o Brasil Para Cargnin, a ocasião de lutar pelas medalhas já foi um sucesso porque ele mudou de categoria após os Jogos de Tóquio, nos quais ganhou o bronze. Um ano é pouco tempo, mas Cargnin se adaptou perfeitamente e conseguiu o metal, derrotando Lom bardo limpo por ippon.
Heydarov vs Butbul não é um clássico, mas está a caminho. Três vezes eles lutaram e todas as três vezes o Azeri Hidayat Heydarov, que recentemente venceu em Zagreb, venceu. Am bos queriam adicionar uma primeira medalha para seus respectivos países. Fomos capazes de verificar que Butbul tinha estudado Heydarov muito bem e que ele antecipou seus ataques, mas também vimos como os Azeri continua ram a ser melhores e alcançaram boas aderências para lançar ataques. Hey darov resolveu o problema em newaza antes de chegar ao terceiro minuto do período de golden score, conquis tando seu terceiro bronze mundial
RESULTADOS FINAIS: 1. HORIKAWA Megumi (JPN), 2. BEAUCHEMINPINARD Catherine (CAN), 3. DEKETER Manon (FRA), 3. TIMO Bárbara (POR), 5. SZYMANSKAAngelika (POL), 5. IVANESCU Florentina (ROU), 7 RENSHALL Lucy (GBR), 7 ZACHOVA Renata (CZE)
63kg Feminino
A japonesa Horikawa entrou no Circuito Mundial de Judô há dez anos, mas ela não foi comentada novamente até este ano, com duas vitórias em Grand Slam É o que é chamado de combustão lenta, mas valeu a pena porque em Tashkent ela era de longe a mais completa, a mais forte, a melhor. O mesmo pode ser dito da canadense Beauche minPinard, que venceu todos os rounds sem vacilar, sem hesitação e que fez uma luta dura na final, mas a um segundo do sino,Horikawa mostrou o que significa ser uma campeã e mar cou um ippon dos sonhos Deketer, em seu primeiro campeonato mundial e representando a dele gação francesa, a equipe de Agbegnenou, teve o consolo do bron ze, mas antes de comemorar ela teve que se livrar da polonesa Angelika Szymanska. Ela foi para o bronze da me
lhor maneira possível, que é pontuan do, neste caso um wazaari que jogou o polonês fora do centro. Foi incrível ver a maturidade deste jovem, como ela controlava o ritmo e anulava todas as ofensas de Szymankas Na verdade, ela parecia uma veterana, que somou uma segunda medalha para a França após o bronze de Amandine Buchard em 52kg.
Barbara Timo também queria um bronze, como a romena Florentina Ivanescu; aqui ninguém chega relutante. Timo apresentou um currículo melhor e entrou no tatame como se fosse a fa vorita A portuguesa colecionou um wazari e um segundo shido contra a romena. Na luta Ivanescu nunca este ve no nível de Timo. É uma segunda medalha mundial para ela e a primeira para Portugal em Tashkent
RESULTADOS FINAIS: 1 GRIGALASHVILI TATO (GEO), 2 CASSE Matthias (BEL), 3 NAGASE Takanori (JPN), 3 BORCHASHVILI Shamil (AUT), 5 FUJIWARA Sotaro (JPN), 5 MOLLAEI Saeid (AZE), 7. UNGVARI Átila (HUN), 7. LEE Joonhwan (KOR)
81kg Lar dos Bravos
Ganhar a medalha de ouro neste peso é uma tarefa hercúlea, uma mis são para superheróis, uma dor de cabeça para aqueles que prevêem. Ganhar aqui significa ser o melhor, simples assim, porque não há outra ca tegoria com candidatos mais legítimos. E a final foi entre o georgiano Tato Gri galashvili e o belga Mathias Casse.
O único ponto fraco de Grigalashvili é físico porque ele sofre depois de al guns minutos, mas ele compensa com um sangue frio recém adquirido. No golden score que o georgiano atacou, Casse respondeu, foi uma final que marca uma era, ainda melhor do que no ano anterior. Além de ser muito ro busto, muito poderoso, Matthias também melhorou seu judô e é um campeão mundial que honra seu título.
A ofensiva de Grigalashvili não mudou sua estratégia; ao longo do cami nho, ele conseguiu um segundo shido contra nenhum para o belga Foi uma luta para gravar e assistir muitas ve
zes, para mostrá lo nos dojos, para desfrutar do judô no seu melhor Tinha que haver um vencedor e um perdedor e tudo foi decidido no quarto minuto do tempo extra quando as forças de Gri galashvili pareciam abandonálo Mas ele tinha um ás na manga na forma de um wazaari estratosférico, um ippon na confecção dele não era para a agili dade de Casse.
Nagase e Fujiwara garantiram o bronze para o Japão em uma partida tática muito típica entre dois japoneses. Nagase venceu por hansoku ma ke, mas eles não impressionaram o público.
Borchashvili e Mollaei na disputa pelo segundo bronze. O austríaco mar cou um deslumbrante wazaari que o azeri tentou imitar segundos depois. O final, com um ataque inicial de Borchashvili bloqueado por Mollaei, mas o austríaco recuou e derrubou Mollaei por um ippon sabor bronze para con cluir o dia para uma categoria prodigiosa
RESULTADOS FINAIS: 1. MATIC Barbara (CRO), 2. CVJETKO Lara (CRO), 3. NIIZOE Saki (JPN), 3. VAN DIJKE Sanne (NED), 5. BUTKEREIT Miriam (GER), 5. TANAKA Shiho (JPN), 7. MATNIYAZOVA Gulnoza (UZB), 7 POLLERES Michaela (AUT)
70kg Feminino
Barbara Matic já tem um título mundial Agora ela quer um segundo porque ela gosta que seu nome seja escrito em vermelho Por trás de seu talento e carisma, há muito mais, uma escola cheia de promessas E final da categoria foi com sua conterrânea Lara Cvjetko
Matic começou bem, melhor que Cvjetko, pressionando forte, sufocando a com muito movimento. Cvjetko não digeriu estar na final e Matic deu uma lição de eficiência e sangue frio que terminou com um braço sendo imobilizado e Cvjetko entregando suas armas. Matic renovou seu título mundi al, então ela continuará a escrever seu nome em tinta vermelha, do jeito que ela gosta Quanto a Cvjetko, ela já sabe o que tem que fazer para chegar a uma final e agora ela também sabe o que não fazer para vencê la.
A alemã Miriam Butkereit e a japonesa Saki Niizoe abriram a dança do bloco final Butkereit não teve nada fá
cil, porque a judoca japonesa é melhor e queria se livrar do espinho de sua derrota nas semifinais, mas se alguém alguma vez pensou que ganhar uma medalha mundial é moleza, é melhor fazer outra coisa. Niizoe estava muito brava e marcou wazaari, mas a japonesa também sofreu dois gols, então ela teve que segurar e manter sua liderança até o final.
Sua compatriota Shiho Tanaka enfrentou Sanne Van Dijke pelo segundo bronze. Isso foi diferente porque havia mais equilíbrio entre os dois, mas isso era verdade em condições iguais, no entanto, o que aconteceu foi que Tana ka machucou a perna, tentou continu ar, mas não conseguiu e teve que sair nos braços de sua adversária respeito so e respeitado Isso é judô Foi uma pena terminar assim, gravemente feri do, mas a saúde é mais importante do que qualquer medalha.
RESULTADOS FINAIS: 1. BOBONOV Davlat (UZB), 2. PARLATI Christian (ITA), 3. MAISURADZE Luka (GEO), 3. BEKAURI Lasha (GEO), 5. SILVA MORALES Ivan Felipe (CUB), 5 MOSAKHLISHVILI Tristani (ESP), 7 GOMES Marcelo (BRA), 7 IVANOV Ivaylo (BUL)
90kg Masculino
Antes de começar, todos os olhos estavam voltados para os dois repre sentantes georgianos, Lasha Bekauri, campeão olímpico, e Luka Maisuradze, campeão europeu. Eles seriam o espe lho dos outros.
O mais esperado de todos foi Da vlat Bobonov, número um no ranking e representante do país anfitrião. A pressão que Bobonov estava suportando sobre seus ombros era esmagadora Bobonov aceitou a responsabilidade e fez uma performance sólida. O italiano Christian Parlati tinha feito muito mais do que derrotar Mehdiyev, porque tinha escapado milagrosamente de uma derrota quase certa contra o brasileiro Marcelo Gomes, que estava à frente no placar e parecia intocável A final então foi entre Bobonov e Parlati. A at mosfera era enorme, Bobonov atacou assim que ouviu hajime, o que causou um primeiro shido no lado italiano, e
depois foram mais dois shidos. Bobo nov conquista o ouro para o Uzbequistão.
A disputa pelo primeiro bronze foi entre Luka Maisuradze (GEO) e Ivan Felipe Silva Morales (CUB), com vitória do georgiano
Não sabíamos como Bekauri reagi ria, mas sabíamos que a Espanha ti nha a chance de ganhar uma primeira medalha, graças a Tristani Mosakhlish vili, que entrou na corrida por medalhas em sua primeira participação em um campeonato mundial. A resposta não demorou muito, Bekauri queria sua medalha e assim ele explicou a Mo sakhlishvili com um waza ari rápido e um monstruoso ippon segundos depois. Ele ficou desapontado, sim, mas sua reação foi digna de um campeão olímpico. Quanto a Mosakhlishvili, agora ele sabe até onde tem que ir se qui ser tocar em medalhas
RESULTADOS FINAIS: 1. AGUIAR Mayra (BRA), 2. MA Zhenzhao (CHN), 3. LYTVYNENKO Yelyzaveta (UKR), 3. PACUTKLOCZKO Beata (POL), 5. HAMADA Shori (JPN), 5. BOEHM Alina (GER), 7 WAGNER Anna Maria (GER), 7 STANGHERLIN Giorgia (ITA)
78kg Feminino
Uma brasileira que poderia ser avó da categoria e uma atleta chinesa fize ram um grande respingo na final Começamos com a avó, é uma questão de respeito e dizemos isso com todo o amor do mundo. Mayra Aguiar tem a história mais linda da semana e mere ce um final feliz Para você entender melhor, o nível da brasileira foi o mesmo que a impulsionou ao seu primeiro título mundial, ao qual devemos adicio nar uma porcentagem considerável de experiência e maturidade Sua vitória nas quartasdefinal contra Hamada do Japão foi uma peça de exibição, com um ippon perfeito que poucas pessoas são capazes de puxar contra tal oponente
Zhenzhao Ma, vem da China, que é notícia de última hora em si, porque não conseguimos avaliar a judoca chi nesa há anos devido à pandemia glo
bal. Ma eliminou a coreana que havia derrotado Malonga, se livrou da polo nesa Pacut Kloczko nas quartas de fi nal e não havia ninguém para impedila. Ao se classificar para a final, a chinesa entrou em uma nova dimen são, um mundo desconhecido para ela, mas no qual Aguiar se move como um peixe na água
Talvez Ma não entendesse que Aguiar não tinha atravessado metade do mundo para tomar um sorvete. A brasileira cortou o ritmo da chinesa Ver Mayra Aguiar se tornar campeã mundial pela terceira vez após a provação de lesões, nos enche de orgulho. Lytvynenko pulveriza Hamada com um ippon e conquista o primeiro bronze
A polonesa Beata Pacut Kloczko sur preendeu a alemã Alina Boehm. Osea komi, ippon e bronze.
RESULTADOS FINAIS: 1. TUROBOYEV Muzaffarbek (UZB), 2. REYES Kyle (CAN), 3. KORREL Michael (NED), 3. KOTSOIEV Zelym (AZE), 5. SULAMANIDZE ILIA (GEO), 5. NIKIFOROV Toma (BEL), 7 ELNAHAS Shady (CAN), 7 FONSECA Jorge (POR)
100kg Masculino
Tome nota do nome, Muzaffarbek Turoboyev, alto como uma sequoia, com mais corpo de nadador do que o de um judoca, mas tecnicamente habilidoso e indecifrável para seus oponen tes Seu ponto fraco é a resistência física, mas ele compensa com movi mentos rápidos e fluidos. O uzbeque enlouqueceu Korrel, que é melhor ficar no porão dele. Chegando à final, a sequoia metamorfoseou em um colosso de Rodes ou de Tashkent, mas um co losso
Vamos ser honestos e dizer com todo o respeito, mas quem apostaria em uma semifinal entre Kotsoiev e Reyes? Não nós, nós confessamos e estamos felizes por ambos e pelo pú blico porque eles ofereceram um grande show que terminou com um osaekomi de Reyes que o impulsionou para a batalha final. Além disso, quem apostaria em uma final entre Reyes e Turoboyev? Sabemos essa resposta e ela tem dois nomes, os dos treinadores
Antoine ValoisFortier e Ilias Iliadis, que sabiam que seus filhos estavam em forma monstruosa Na final, Reyes e Turoboyev levam a luta para o golden score, com o uzbekecansado e atrás com dois shidos. Turoboyev enganou Reyes com um movimento repentino, como se ele não estivesse tão cansado e marcasse waza ari. Acabou, Reyes deveria ter ven cido porque era melhor, mas ele não terminou e o uzbeque não deixou o trem da vitória passar. Turoboyev, o co losso de Tashkent, recebeu a medalha de ouro.
Korrel e Sulamanidze buscavam a medalha de bronze. Foi mais um de sempenho ruim do georgiano do que uma luta brilhante do holandês, mas é assim que você pode vencer Nikiforov vs. Kotsoiev se encontra ram cinco vezes, com três vitórias para o Azerbaijão e duas para o belga. Des sa vez o segundo bronze foi para o Azerbaijão
+78kg Feminino
Não pense que nenhuma anomalia foi registrada Por exemplo, as duas francesas, Romane Dicko e Julia Tolo fua, chegaram perto de serem eliminadas mais cedo e tiveram que vir de um wazaari atrás contra os chineses Xin Su e Rochele Nunes, de Portugal, respectivamente. No entanto, além des ses percalços, todos os favoritos chegaram ao ponto esperado. As duas francesas se enfrentaram nas semifinais com vitória para Dicko. Na segun da semifinal, Tomita foi derrotada pela brasileira Beatriz Souza. Esta final é normal, por classificação, por carreira e currículo, e estamos felizes que, pela primeira vez, a lógica seja respeitada Dicko não queria perder tempo e foi para o ouro como os campeões. Ela precisou de um minuto para encontrar o aperto certo, ela então atacou, jogou Souza e a prendeu Uma obraprima e um título para Dicko também compõe um pouco o discreto equilíbrio da aterrorizante equipe feminina francesa. Tomita e a coreana Hayun Kim competiram pelo primeiro bronze. A ja
ponesa era esperada na final por uma sexta medalha de ouro para o Japão que não veio muito bem, mas ela teve que se contentar, na melhor das hipó teses, com um terceiro lugar Ser ousada e imprudente não é a mesma coisa e a coreana pagou seu preço concedendo um ippon por abrir demais seu sistema defensivo.
Hershko contra uma francesa já é uma tradição no Circuito Mundial de Judô. A francesa é mais alta e mais pe sada. Hershko é muito tática e muito corajosa, muitas de suas lutas terminam em vitória devido à sua coragem. A israelense logo entendeu que ela tinha que atacar diante de sua rival para penalizála Hershko tinha a vantagem e ela sabia disso. Apesar de colher dois shido, Hershko continuou atacando, revelando a passividade de Tolo fua Em seguida, o israelense cometeu um erro imperdoável. Ela teve que amarrar o cabelo pela segunda vez e isso é proibido pelas normas. Sua es tratégia era a certa, mas ela caiu em sua própria armadilha e Tolofua ganhou o bronze.
RESULTADOS FINAIS: 1 DICKO Romane (FRA), 2 SOUZA Beatriz (BRA), 3 TOMITA Wakaba (JPN), 3 TOLOFUA Julia (FRA), 5 KIM Hayun (KOR), 5 HERSHKO Raz (ISR), 7 ORTIZ Idalys (CUB), 7 KAMPS Marit (NED)+100kg Masculino
Se a memória nos serve corretamente, estes foram os campeonatos mundiais mais estranhos dos últimos tempos. Ninguém estava seguro, nem mesmo os escolhidos e é por isso que tais resultados mistos têm sido possí veis. Os pesos pesados também não eram exceção
Na semifinal Rakhimov demonstrou força, resistência e inteligência tática Saito aplicou o que aprendeu em seu país e ensinou uma parte de sua panóplia ofensiva. Saito mostrou que trei nou bem na parte física porque mantém o ritmo. Uma última tentativa de uchimata foi suficiente para o Tajique ser desqualificado por passivida de. Como dito antes, Saito quer glória imediatamente e faz o que for preciso para obtêla.
Estudar o jovem Saito é muito interessante. Ele age naturalmente, como se estivesse entre a elite a vida toda Ele não parece ficar nervoso com nada
ou ninguém. O cubano havia prepara do a final muito bem e não deixou Saito encontrar a aderência desejada. Granda causou um segundo shido para Saito, alimentando a esperança de um ouro cubano na categoria mais desejada. Granda lançou três ataques se guidos diante da passividade de Saito, e isso custou lhe a derrota. Granda se tornou apenas o terceiro cubano na história a ganhar o campeonato mundi al e o primeiro peso pesado.
Tushishvili vs Rakhimov foi uma espécie de final com a cor errada de medalha na linha Tushishvili atacou e foi para o chão para consumir dez se gundos Foi uma boa jogada tática O georgiano nos mostrou seu talento e suas deficiências Ele não é um judoca que deixa ninguém indiferente.
Kim vs Meyer foi a luta de gerações tecnicamente Kim estava à frente. Meyer tentou, mas sem sucesso e o jovem coreano merecidamente ganhou o bronze.
RESULTADOS FINAIS: 1. GRANDA Andy (CUB), 2. SAITO Tatsuru (JPN), 3. TUSHISHVILI Guram (GEO), 3. KIM Minjong (KOR), 5. RAKHIMOV Temur (TJK), 5. MEYER Roy (NED), 7. KHAMMO Yakiv (UKR), 7 YUSUPOV Alisher (UZB)O Campeonato Mundial de Tashkent começou no dia 06 de outubro. O Brasil contou com 19 atletas convocados para a disputa no Uzbequistão, sendo 7 estreantes na principal competição do Circuito IJF.
Na equipe feminina, foram três novos nomes representando o Brasil: Lu ana Carvalho (70kg), Amanda Lima (48kg) e Jéssica Lima (57kg)
A Seleção Masculina, por outro la do, teve quatro estreantes: Allan Kuwabara ( 60kg), Juscelino Nascimento (+100kg), Marcelo Gomes (90kg) e Willian Lima ( 66kg).
O Mundial de Tashkent foi o primeiro do ciclo olímpico de Paris 2024 e aconteceu no período de 06 a 13 de outubro de 2022.
Larissa Pimenta fica em 7º lugar, melhor resultado do Brasil no segundo dia do Mundial
O judô brasileiro chegou, pela pri meira vez, ao bloco final de disputas do Campeonato Mundial de Judô na sextafeira, 07, com Larissa Pimenta
(52kg), que terminou em sétimo lugar, seu melhor resultado em Mundiais e o melhor do Brasil nesta edição até o momento.
“Estou me sentindo feliz, mas não me sinto satisfeita. Eu sei e sinto que tenho muito mais para dar e para ganhar, mas foi uma experiência muito boa pra mim”, resumiu Larissa.
Willian Lima para em campeão mundial na segunda luta Nas chaves masculinas, o melhor desempenho foi de Willian Lima, que começou com ippon relâmpago sobre Radu Izvoreanu, da Romênia, e encarou uma parada duríssima logo na se gunda rodada contra o japonês Joshiro Maruyama, então campeão mundial.
Logo no início do combate, Willian surpreendeu o japonês e o waza ari fi cou por um detalhe. A luta seguiu com grande intensidade dos dois lados e Maruyama, enfim, encaixou seu golpe preferido para projetar o brasileiro por ippon.
“Acho que foi uma honra ter conse
guido segurar no quimono dele e ter lutado bem. Foi mais uma barreira que eu quebrei de nunca ter lutado contra ele e ver que eu consigo chegar lá. Preciso treinar mais, mas não está tão longe assim. Está mais perto do que eu imaginava”, analisou Willian após disputar seu primeiro Mundial sênior. "Acho que eu consegui quebrar uma barreira que eu tinha na cabeça, de sempre ouvir muito as pessoas falando que Mundial é psicológico. Eu não sa bia como ia ser meu desempenho, co mo ia estar minha cabeça pra lutar uma competição desse nível. Consegui chegar bem, me preparei mentalmente e fisicamente e depois da primeira luta senti que estava em um dia bom ”
O Brasil teve também na chave do meioleve (66kg) Eric Takabatake, que enfrentou o finlandês Luukas Saha, na primeira rodada Eric teve mais iniciativa no começo da luta conseguiu forçar uma punição por falta de combatividade em Saha. Em seguida, ambos fo ram punidos por evitar a pegada. Com dois shido contra, o finlandês precisou reagir e encaixou uma série de ata ques sem eficiência para jogar, mas o suficiente para ser interpretado pela ar bitragem como judô “positivo” Dessa forma, ele virou o placar das punições e eliminou o brasileiro por shido (32)
Rafaela Silva é bicampeã mundial e Daniel Cargnin é bronze
O judô brasileiro brilhou no terceiro dia de Campeonato Mundial, em Tash kent, no Uzbequistão. Rafaela Silva (57kg), em mais uma volta por cima ar rebatadora, conquistou o bicampeona to mundial vencendo a japonesa Haruka Funakubo por waza ari, na grande final Daniel Cargnin (73kg) completou a dobradinha com vitória por ippon sobre Manuel Lombardo, da Itália, na disputa de bronze. Os resulta dos colocaram o Brasil em terceiro lugar no quadro geral de medalhas, atrás apenas do Japão e da Mongólia
Na primeira luta, Rafaela silenciou a barulhenta torcida uzbeque ao vencer por ippon a atleta da casa, Nilufar Ermaganbetova. Em seguida, jogou Ivelina Ilieva, da Bulgária, também por ippon para definir a luta que estava empatada nas punições
Nas quartas, Rafa encarou a ucra niana Daria Bilodid, que se consagrou no peso ligeiro (48kg) com dois títulos mundiais e um bronze em Tóquio antes de subir duas categorias para esse ciclo Para surpreender a adversária, Rafaela mudou um pouco seu estilo e teve sucesso. Canhota, lutou como destra e forçou três punições para avançar à semifinal. Nessa fase, Rafaela levou apenas 40 segundos para projetar a número um do mundo, Tim na NelsonLevy, de Israel, por ippon e se garantiu na final.
A decisão começou nervosa, com Rafaela agressiva, buscando a proje ção Funakubo investiu na luta de solo, imobilizou Rafaela, mas a brasileira conseguiu defenderse A 30 segundos do fim da luta, ela soltou a perna no uchimata e marcou o wazaari do título.
Daniel Cargnin se firma no 73kg com primeio pódio mundial Daniel Cargnin, em seu primeiro Mundial na nova categoria, mostrou que já está totalmente adaptado ao peso leve e empolgou os fãs do judô com golpes potentes e ajustados Venceu a primeira por ippon sobre Alexandru Ra cu, da Romênia, e na segunda, também por ippon, mandou para casa o vicecampeão olímpico Rustam Orujov Na terceira rodada, despachou Alexan der Gabler, da Alemanha, com outro ippon.
Nas quartas, o brasileiro enfrentou Tohar Butbul, atual número 5 do mundo, e sofreu duas punições, sendo obrigado a abrir o jogo para buscar a pontuação. Em uma tentativa de entra da de Daniel, Butbul foi rápido para pe
gar o braço do brasileiro e finalizar o combate.
Daniel voltou à repescagem com ainda mais vontade e projetou o atual campeão mundial e vice olímpico, Lasha Shavdatuashvili, da Geórgia, pa ra se garantir na disputa pelo bronze Na luta decisiva, o brasileiro entrou atento e contragolpeou Manuel Lombardo para garantir o ippon da meda lha
Jéssica Lima vai às oitavas Neste terceiro dia de competição, o Brasil ainda teve Jéssica Lima (57kg), que lutou seu primeiro Mundial da car reira. A atleta da Sogipa venceu a estreia contra a mongol Ichinkhorloo Munkhtsedev e, na segunda rodada, com dois wazaari relâmpago, passou pela dominicana Ana Rosa. Nas oita vas de final, em uma luta difícil contra a japonesa Haruka Funakubo, a adver sária de Rafaela Silva na grande final, Jéssica encerrou sua participação em Tashkent
Ketleyn Quadros e Guilherme Schimidt param nas oitavas do Mundial Depois de um dia mágico com a dobradinha de Rafaela Silva (ouro) e Daniel Cargnin (bronze), o judô brasi leiro voltou ao tatame da Humo Arena, em Tashkent, no Uzbequistão, com os meiomédios Ketleyn Quadros e Guilherme Schimidt, neste domingo.
Atual número quatro do mundo no 81kg, Schimidt chegou ao Mundial co mo um dos destaques da categoria. Na primeira rodada, ele conseguiu se manter focado após sofrer um waza ari e buscou o ippon para superar o mongol Erdenebayar Batzaya e avançar às oitavas
O confronto foi com o sul coreano Joonhwan Lee que, assim como Schimidt, venceu dois Grand Slam neste ano A luta, que parecia caminhar para um duelo equilibrado, acabou sendo definida por Lee nos primeiros segundos encaixando um ippon para abrevi ar a participação de Schimidt no
Mundial.
Ketleyn Quadros teve o mesmo desempenho que seu conterrâneo brasili ense Venceu o primeiro combate de forma inusitada contra a chinesa Jing Tang, que mordeu a mão da brasileira e foi desclassificada da competição.
Nas oitavas, Ketleyn encarou a romena Florentina Ivanescu e sucumbiu ao ippon da adversária, despedindose do Mundial mais cedo.
Marcelo Gomes fica em 7º lugar
No quinto dia de Campeonato Mundial de Judô, o Brasil saiu com um sétimo lugar do peso médio Marcelo Gomes (90kg), que conseguiu uma boa campanha em seu primeiro Mundi al sênior Venceu duas lutas nas preliminares, caiu nas quartas e não passou pela repescagem
Na primeira rodada, Marcelo ven ceu o francês Alexis Mathieu, com segurança, projetando o adversário duas vezes (wazaariawasseteippon) e
avançou às oitavasdefinal Nessa fase, o brasileiro bateu o vi cecampeão olímpico Eduard Trippel, da Alemanha, com um ippon relâmpa go em pouco mais de vinte segundos de luta.
Nas quartas de final, Marcelo ven cia Chrsitian Parlatti, da Itália, por waza ari e dominava o adversário, que já tinha dois shidos Em uma posição dividida, Parlatti conseguiu controlar a pegada e desequilibrou o brasileiro para marcar o ippon e seguir às semifi nais
Na repescagem, Marcelo enfrentou o espanhol Tristani Mosakhlishvili, que é georgiano e luta pela Espanha. O ad versário encaixou uma imobilização e venceu Marcelo por ippon para seguir à disputa pelo bronze.
Na mesma categoria, Rafael Macedo estreou com vitória por ippon sobre o judoca da Estônia, Klen Kaljulaid, e pegou o atual campeão olímpico, Lasha Bekauri, da Geórgia, nas oita
vas. Bekauri conseguiu um waza ari e Macedo chegou muito perto de empatar o combate em uma projeção que quase derrubou o adversário de lado Mas, o tempo acabou e o brasileiro não conseguiu recuperarse, despedindo se do Mundial mais cedo.
No feminino, Maria Portela e Luana Carvalho representaram o Brasil na chave do peso médio. Portela estreou com vitória por ippon sobre a cazaque Anastassiya Mayakova e avançou às oitavas, onde caiu para Shiho Tanaka em luta definida nas punições após cerca de seis minutos de golden score
A japonesa conseguiu impor maior vo lume de ataques e desempatou o placar das punições ao seus favor (3 2).
Já Luana, teve outra parada dura pela frente, enfrentando a campeã mundial de 2019, MarieÈve Gahié que se impôs fisicamente e forçou três pu nições à brasileira. Esse foi o primeiro mundial sênior de Luana, que ainda é da equipe júnior e foi bronze no Mundial Sub 21.
Mayra Aguiar é tricampeã Mundial de Judô
O judô brasileiro teve mais um dia dourado em Tashkent. Após uma cam panha espetacular, Mayra Aguiar (78kg) derrotou a chinesa Zhenzhao Ma na grande final da categoria meio pesado e garantiu o histórico título de tricampeã Mundial de Judô. O resulta do se junta ao ouro de Rafaela Silva (57kg) e ao bronze de Daniel Cargnin (73kg), conquistados no sábado (08), e coloca o Brasil na segunda posição do quadro geral de medalhas
Atual número 6 do mundo, Mayra chegou ao Mundial determinada e fez uma estreia segura, com vitória nas punições sobre a croata Petrunjela Pavic Na segunda rodada, ela se soltou um pouco mais e projetou a cazaque Aruna Jangeldina por ippon Os combates iniciais pareciam ser um aqueci mento para o grande desafio com a japonesa Hamada Shori, nas quartas definal
E, após uma vitória memorável so bre a atual campeã olímpica, a brasilei
ra foi com confiança à semifinal da categoria meio pesado e bateu a alemã Alina Boehm, atual campeã europeia, para tentar buscar seu terceiro título mundial.
Assim como Mayra, a japonesa já havia vencido suas duas lutas iniciais com técnicas de solo, sua especialidade, e tentou manter a estratégia diante da brasileira Mayra começou com tudo e logo entrou uma técnica de projeção que a expôs ao perigoso chão da japonesa. Atenta, Mayra defendeu o pesco ço e conseguiu voltar ao combate em pé. Dominou a pegada e esperou, pa cientemente, até que a arbitragem puniu as duas por falta de combatividade. Mantendo a estratégia na luta em pé, seu ponto forte, a brasileira conseguiu encaixar a técnica perfeita no momento certo e lançou Hamada de costas ao chão. Ippon.
Após a vitória memorável sobre a atual campeã olímpica, a brasileira foi com confiança à semifinal da categoria meio pesado e bateu a alemã Alina Bo ehm, atual campeã europeia, para ten
tar buscar seu terceiro título mundial.
Ao mesmo tempo, do outro lado da chave, a atual campeã mundial e algoz de Mayra em Tóquio, a alemã Ana Maria Wagner, sucumbia à sua compatrio ta Alina Boehm nas quartas
Finalista olímpica e mundial no ano passado, a francesa Madeleine Malonga, outra atleta cotada para as finais, também ficou pelo caminho, sendo derrotada nas primeiras lutas pela sul coreana Hiunji Yoon
A chinesa Ma, por outro lado, che gou à decisão batendo Emma Reid (GBR), Yoon (KOR), Beata Pacut Kloczko (POL) e Yelyzaveta Lytvynenko (UKR). As duas finalistas já se enfrentaram duas vezes, com uma vitória para cada lado, em 2018 Mayra garantiu sua sétima meda lha em Mundiais Ela já tem 3 bronzes, uma prata e, agora, adicionou o tercei ro ouro à sua coleção — algo inédito para qualquer judoca brasileiro.
Rafael Buzacarini estreia com vitória, mas para em holandês nas oita
vas
Na chave masculina disputa nesta terça, o brasileiro Rafael Buzacarini venceu o cazaque Islam Bozbayev, nas punições, mas sofreu um waza ari diante do holandês Michael Korrel, nas oitavas de final, e se despediu do Mun dial
Beatriz Souza é vicecampeã Mundial
O judô brasileiro chegou a sua quarta medalha no Campeonato Mundial de Tashkent, no Uzbequistão. Nes ta quartafeira, 12, Beatriz Souza (+78kg) brilhou na competição e garan tiu a prata após parar na francesa Romane Dicko, na final da categoria pesado Essa foi a segunda medalha Mundial seguida de Bia, que também é dona de um bronze conquistado em 2021, em Budapeste.
Atual número 3 do mundial, Bia pegou uma chave duríssima e precisou de muita estratégia para avançar. Começou com vitória por ippon sobre La risa Ceric, da Bósnia e Herzegovina, e,
nas quartas, encarou uma das lendas do peso pesado feminino, a cubana Idalys Ortiz, dona de quatro medalhas olímpicas e oito mundiais Mas, aos 33 anos, Ortiz não foi páreo para a força de Beatriz, que controlou as ações da luta e fez a cubana ser punida três ve zes
Na semifinal, Bia encarou mais uma luta difícil contra a japonesa Wakaba Tomita que nunca havia perdido para Beatriz. Mais uma vez, com muita tática, a brasileira anulou as ações da japonesa, mudou um pouco seu jogo e venceu, novamente, nas punições
Do outro lado da chave, Romane Dicko teve um caminho mais “tranquilo”. Passou pela chinesa Xin Su, pela holandesa Marit Kamps e bateu sua compatriota Julia Tolofua na semifinal para assegurar a primeira e única final do excelente time francês, que neste Mundial conquistou apenas dois bronzes, com Amandine Bouchard (52kg) e Manon Deketer (63kg).
Bia e Dicko são velhas conhecidas e se enfrentam desde os tempos de
Júnior. Neste ano, na primeira vez que se encontraram em uma final de Mun dial, a francesa levou a melhor após conseguir uma imobilização no segundo minuto de luta. Bia tentou uma en trada, acabou se desequilibrando e não conseguiu escapar do osaekomi da adversária A prata fechou a campanha individual do Brasil em Tashkent 02 ouros, 01 prata, 01 bronze e 02 sétimos lugares.
Rafael Silva para nas oitavas Na chave masculina do peso pesado, o Brasil foi representado pelo expe riente Rafael Silva (+100kg), o Baby. Ele estreou com vitória nas punições em luta travada com chinês Ruinxuan Li Nas oitavas, contudo, Baby parou na imobilização do uzbeque Alisher Yu supov, e despediuse do Mundial sem chegar às disputas por medalhas.
Rafael Silva é um dos maiores medalhistas do Brasil em Mundiais, tendo conquistado já uma prata e dois bronzes, além de duas medalhas de bronze olímpicas.
Brasil fica em segundo no quadro geral de medalhas
O Brasil faz sua melhor campanha em Mundiais fora de casa, tendo conquistado dois ouros, de Rafaela Siva (57kg) e Mayra Aguiar (78kg), além do bronze de Daniel Cargnin (73kg). Com a prata de Beatriz Souza no último dia de disputas individuais, o judô brasilei ro garantiu o segundo lugar no quadro geral de medalhas, ficando atrás ape nas do Japão, que teve cinco ouros, quatro pratas e três bronzes.
Brasil para nas oitavas do Mundial por Equipes Mistas diante da Coreia do Sul
Depois de uma ótima campanha nas disputas individuais do Mundial de Judô, a seleção brasileira voltou ao ta tame da Humo Arena, nesta quintafeira, 13, para a competição por equipes mistas Em confronto extremamente
equilibrado com a Coreia do Sul, o time brasileiro acabou saindo derrotado por quatro a três e não passou pelas oitavas de final.
Na primeira luta, Rafaela Silva (57kg) levou três punições e a Coreia abriu um a zero de vantagem com Mi mi Huh Em seguida, Daniel Cargnin (73kg) jogou Eunkyul Lee de ippon e deixou tudo igual
Maria Portela ampliou para o Brasil com um ipponzaço sobre Juyeon Lee Mas, na quarta luta, Rafael Macedo, que dominava o combate, acabou surpreendido por Juyeop Han, com ippon no golden score
Na quinta luta, Beatriz Souza (+78kg) chegou a projetar Hayun Kim por ippon, mas a arbitragem paralisou a luta no meio do movimento, entendendo que a técnica havia começado do lado de fora do tatame. Kim, então, conseguiu projetar a brasileira e imobilizou até o ippon para recolocar a Co reia em vantagem
Rafael Silva “Baby” entrou para sexta luta com a obrigação de vencer para manter o Brasil vivo no combate e teve sucesso Ippon sobre Jonghoon Won e três a três no placar. Para o desempate, foi sorteada a categoria médio feminina (70kg) e Ma ria Portela entrou no tatame determinada. Forçou dois shidos à coreana e seguia bem na luta até que foi surpre endida com um golpe de Juyeon Lee e caiu de lado. Waza ari para marcado pelo vídeo e fim da linha para o Brasil.
Apesar da derrota precoce na competição por equipes, o Brasil fez sua melhor campanha da história em Campeonatos Mundiais disputados fora Brasil Com os dois ouros de Mayra Aguiar (78kg), Rafaela Silva (57kg), a prata de Beatriz Souza (+78kg) e o bronze de Daniel Cargnin (73kg), o judô brasileiro ficou em segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás apenas do Japão, que é o berço do judô
Marcelo Theotônio comemora resultado espetacular em seu primeiro Mundial no comando da seleção
Em menos de um ano como gerente de alto rendimento da Confederação Brasileiro de Judô, Marcelo Theotônio liderou a seleção brasileira no Campe onato Mundial de Judô, em Tashkent, e viu o Brasil sair da principal competi ção do ano com dois ouros, uma prata e um bronze Resultado que colocou o país em segundo lugar geral no quadro de medalhas, atrás apenas da superpotência Japão.
Ele assumiu o posto em março deste ano após a saída de Ney Wilson, que aceitou o convite do Comitê Olímpico do Brasil para a diretoria de alto rendimento depois de 21 anos como gestor da seleção de judô. Mas, antes de sair, Ney reformulou a comissão técnica, trazendo Kiko Pereira, Andrea Berti e Sarah Menezes que, em sua primeira temporada à frente da seleção já colheram os frutos do trabalho reali
zado e recolocaram o judô brasileiro no topo do mundo “O judô brasileiro é sempre muito forte Nós tínhamos uma expectativa positiva para esse Mundial, mas, obvi amente, o resultado foi espetacular Tivemos quatro medalhas, dois ouros, uma prata e um bronze Além desse bom resultado, tivemos também um desempenho muito importante dos atletas, em especial no masculino, que não vinha com resultados desde 2017.
O Daniel Cargnin, mesmo subindo de categoria, teve uma apresentação fantástica, superou atletas medalhistas olímpicos e mundiais, e conquistou sua medalha, mostrando seu potencial”, avaliou Marcelo.
Para ele, os resultados no inicio do ciclo darão força para que esses atle tas cheguem muito bem nos Jogos de Paris, em 2024.
“Não é à toa que a Mayra é tricampeã mundial, tem três medalhas olímpi cas, Rafaela é campeã olímpica, bicampeã mundial. O Daniel vem de resultado olímpico e medalha em Mun
dial. A Bia com a sua segunda medalha em Mundial Sênior Esses dados já mostram que eles são atletas consa grados e com potencial imenso para chegar bem em Paris. Temos que con tinuar com o planejamento, acertar com o planejamento individualmente com eles Certamente, assim, terão um bom desempenho e, por consequên cia, um bom resultado”, considera.
Além dos pódios, o Brasil ainda te ve desempenhos destacados de Larissa Pimenta (52kg) e Marcelo Gomes (90kg), que ficaram em sétimo lugar e, por muito pouco, não chegaram às medalhas.
Outro ponto positivo a se considerar é que grande parte dos atletas que pararam nas preliminares ficaram em lutas duríssimas contra medalhistas ou judocas do top 10 mundial Por exemplo, Amanda Lima, Larissa Pimenta, Jéssica Lima, Willian Lima, Rafael Macedo e Rafael Buzacarini perderam pa ra atletas que, posteriormente, seriam medalhistas no Mundial.
O saldo de vitórias também foi mui
to positivo. De 48 lutas, o Brasil venceu 31 e perdeu apenas 17 Um aproveitamento de, aproximadamente, 65%. Com vitórias contra adversários de alto nível, como o campeão olímpico e mundial Lasha Shavdatuashvili, que caiu na repescagem para Cargnin; ou o vicecampeão olímpico, Eduard Trippel, que caiu nas quartas, para o nova to Marcelo Gomes; além das japonesas Haruka Funakubo, Shori Hamada e Wakaba Tomita, superadas pelo tridente brasileiro formado por Ra faela Silva, Mayra Aguiar e Beatriz Souza, respectivamente
Fotos: Gabriela Sabau
Sim, ela acaba de conquistar mais um título mundial, em Tashkent. E não é só por esse motivo que Rafaela Silva é a homenageada desta edição, nossa trigésima, mas por outros motivos pe los quais, queridos leitores, vocês saberão no decorrer da leitura deste texto.
Rafaela Lopes Silva nasceu no Rio de Janeiro em 24 de abril de 1992 E já apresentamos suas maiores conquis tas no judô: Campeã olímpica e bi campeã mundial
Em agosto de 2013 tornou se a pri meira brasileira a se sagrar campeã mundial de Judô. Três anos depois, em agosto de 2016, conquistou a medalha de ouro da categoria até 57 kg nas Olimpíadas Rio 2016, após derrotar a judoca da Mongólia, Dorjsürengiin Sumiyaa, então líder do ranking mundial. Com isso, se tornou a primeira atleta da história do judô brasileiro, entre homens e mulheres, a ser campeã olím pica e mundial.
Atleta que faz parte do programa esportivo das Forças Armadas Brasileiras, tem a patente de terceiro sargento na Marinha do Brasil e integra a equipe do Centro de Educação Física Almirante Nunes (CEFAN), parte do Departa mento Militar Esportivo.
Rafaela Silva cresceu na favela ca rioca da Cidade de Deus. O primeiro esporte de que gostou foi o futebol, praticando contra outros meninos em um campo de terra próximo a sua ca sa, em Jacarepaguá. Preocupados com o tempo gasto brincando na rua, quando Rafaela tinha sete anos seus pais, Luiz Carlos e Zenilda Silva, a inscreveram junto com a irmã, Raquel, para aulas de judô no Instituto Reação, recém montado na Cidade de Deus pe lo judoca Flávio Canto A aptidão das irmãs era tanta que o técnico Geraldo Bernardes pediu ao pai Luiz Carlos pa ra que elas permanecessem no judô, pois tinham potencial de se tornarem atletas da seleção.
O desempenho de Raquel começou a entrar em declínio após lesões nos joelhos, mas Rafaela logo se des tacava, servindo de inspiração para que Raquel superasse as dificuldades Em 2008, ganhou uma das etapas da Copa do Mundo de Judô e tornou se campeã mundial sub20.
Em 2011, para competir nos Jogos Pan americanos de Guadalajara, no México, desbancou Ketleyn Quadros, a primeira brasileira a subir ao pódio no judô nos Jogos Olímpicos, e ganhou a medalha de prata na categoria até 57
kg. Ainda em 2011, foi vice campeã mundial adulta em Paris 2011, com apenas 19 anos de idade
Nos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres, Rafaela foi desclassificada pelos juízes na segunda rodada por um golpe ilegal Ainda em 2012, em dezembro, foi medalhista de bronze no Grand Slam de Tóquio (categoria até 63 kg)
2013 foi um ano de glórias para a judoca. Em abril, conseguiu a medalha de ouro no Pan Americano de Judô Em agosto, Rafaela entrou para a his tória do Judô brasileiro ao tornar se a primeira brasileira a se sagrar campeã Mundial de Judô, vencendo na final a americana Marti Malloy.
Em fevereiro de 2015 entrou para a Marinha, vencendo em seguida o Grand Prix de Dusseldorf, na Alema nha, ganhando cinco lutas, quatro por ippon Nas Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, conquistou a medalha de ouro na categoria até 57 quilos, ao vencer a rival Dorjsürengiin Sumiyaa, da Mongólia. Foi a primeira medalha de ouro ga nha pelo Brasil nas Olimpíada de 2016. No final de abril de 2017, Rafaela conquistou, com a seleção brasileira de judô feminino, a medalha de ouro no PanAmericano realizado no Panamá.
Em 2022, ganhou novamente o tí tulo do Campeonato Mundial depois de derrotar Haruka Funakubo na final por waza ari.
Rafaela também conquistou o ouro nos Jogos PanAmericanos de 2019 realizados em Lima, no Peru em agos to, conquista esta que foi invalidada no mês seguinte Depois da competição, em 9 de agosto, a atleta foi submetida a exame antidoping, que acusou resul tado positivo para a substância fenoterol, que age como broncodilatador O resultado positivo, divulgado em 20 de setembro, segundo Rafaela teria sido devido a um contato que teve, cinco dias antes da competição, com um bebê de sete meses, que passava por trata mento contra asma Uma semana de
da divulgação do resultado, a Federação Internacional de Judô retirou a medalha e invalidou a conquista da atleta
cumpriu
de dois anos e retornou ao circuito de competições, defendendo o Clube