Revista Simplesmente JUDÔ #27

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EDITORIAL Simplesmente JUDÔ número 27 publicada! Vira o mês e uma nova edi­ ção está disponível. Esse é o nosso jeito de manter a história contempórâ­ nea do judô registrada, seja aqui na re­ vista, no nosso blog e também no canal do Youtube. Nesta edição, o Grand Slam da Hungria, uma baita competição na ci­ dade de Budapeste, e como sempre, com medalhas para os brasileiros. E tem também o Campeonato Bra­ sileiro Sub­18 e a Taça Brasil Sub­21,

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realizado em Vitória e Curitiba, respec­ tivamente. A capa da revista faz homenagem a Rafael Macedo, o titular da seleção na categoria médio e que tem demons­ trado uma constância de resultados positivos e medalhas nos últimos tor­ neios do IJF World Judo Tour. Boa leitura.


Budapeste é a cidade mais po­ pulosa e principal centro financeiro, corporativo, mercantil e cultural da Hungria. É a nona maior cidade da União Europeia e recebeu a classifi­ cação de cidade global alpha, por parte do Globalization and World Ci­ ties Study Group & Network (GaWC). Localiza­se nas margens do rio Danúbio e possui 1 740 041 habitantes, de acordo com dados de 2012 do Centro de Estatísticas Hún­ garo (Hungarian Central Statistical 04

Office). Sua região metropolitana, também chamada de Grande Buda­ peste, possui 3 271 110 habitantes. Budapeste foi fundada em 17 de no­ vembro de 1873 com a fusão das ci­ dades de Buda e Ôbuda, na margem direita do Danúbio, com Peste, na margem esquerda. Seus habitantes chamam­se budapesti­ nos. A competição será densa, com 406 judocas e 61 países. Neste pon­ to, todos sabemos que cada torneio


wjt é um teste altamente exigente não sem surpresas, onde ganhar é cada vez mais caro. Se cavarmos um pouco mais fundo, fica claro que as lutas são venvcidas nos deta­ lhes. A logística, sempre excepcional em Budapeste, com três tatames em um estádio com capacidade para cinco mil pessoas. No sábado, a cerimônia de aber­ tura aconteceu com a presença de trezentos filhos ucranianos que fo­ 05

ram exfiltrados da Ucrânia pela Fe­ deração Internacional de Judô e re­ cebidos na Hungria pela Associação Húngara de Judô. Foi um momento muito emocionante no quadro de um torneio muito especial, sempre um ponteiro, um torneio feito na Hun­ gria. Confira tudo nas próximas pági­ nas! Os textos são de Nicolas Messner e Pedro Lasuen da FIJ e as fotos de Emanuele Di Feliciantonio e Tamara Kulumbegashvili.


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RESULTADOS FINAIS:1. TONAKI Funa (JPN), 2. FIGUEROA Júlia (ESP), 3. LAPUERTA COMAS Mireia (ESP), 3. BAVUUDORJ Baasankhuu (MGL), 5. GANBAATAR Narantsetseg (MGL), 5. GUO Zongying (CHN), 7. RISHONY Shira (ISR), 7. MENZ Katharina (GER))

­48kg Feminino No papel, a favorita era Shira Rishony. Lógico, para os israelenses foi a primeira semente. O problema é que no judô, a lógica não é muito po­ pular. O que importa é treinar duro e competir no mais alto nível. Na Hungria foi a vez de Rishony tropeçar. Sua carrasca foi a chinesa Zongying Guo, autora de um sensacio­ nal waza­ari. A espanhola Julia Figue­ roa é uma veterana do circuito, paciente e especialista em ne­waza. Sem fazer um som, Figueroa se livrou de Priscilla Morand das Maurícias e da mongol Narantsetseg Ganbaatar. A es­ panhola eliminou Guo com um ippon sensacional. A outra candidata claro, a mais perigosa, foi a Japonesa Funa To­ naki, a favorita. Seu dia foi um passeio triunfante para as semifinais. Na Hun­ gria, em um minuto e dois segundos, 08

Funaki derrubou Lapuerta pela primei­ ra vez, antes de terminar seu trabalho com um segundo waza­ari. Na final entre Figueroa e Tonaki, a espanhola estava tentando baixar a mão esquerda de Tonaki. Em ne­waza, Tonaki é o melhor; ela teve sua chance e não desperdiçou. Foi o primeiro ouro para o Japão. Ganbaatar e Lapuerta lutaram pelo primeiro bronze. a espanhola marcou waza­ari com um contra­ataque. De lá até o fim, ela se dedicou a perder tem­ po até o sino. Outra mongol, Baasankhuu Bavuu­ dorj, tentou adicionar o primeiro metal para seu país. Ela teve que se livrar do Guo. após mais 8 minutos de golden score e terceiro shido para a chinesa.


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RESULTADOS FINAIS: 1. VERSTRAETEN Jorre (BEL), 2. CHKHVIMIANI Lukhumi (GEO), 3. VALADIER PICARD Romain (FRA), 3. NOZADZE Temur (GEO), 5. NARBAYEV Bauyrzhan (KAZ), 5. ENKHTAIVAN Ariunbold (MGL), 7. ENKHTAIVAN Sumiyabazar (MGL), 7. PANTANO Angelo (ITA)

60kg ­ Masculino Os dois favoritos se encontraram na final. O belga Jorre Vestraeten fez sua estreia como primeira semente. O garoto não é ingrato e voou para a fi­ nal, sem parar, baseado em ippon. É visto que quando ele tem uma oportu­ nidade ele aproveita. Ao contrário, para não vacilar no ranking, um georgiano e ex­campeão mundial. É muito inco­ mum não encontrar um georgiano em qualquer final. Nesta categoria, o esco­ lhido foi Lukhumi Chkhvimiani, que es­ tá em fase de queda de sua carreira, com mais honras do que medalhas, mas que ainda é capaz de perturbar os jovens e chegar a uma final, uma dis­ puta entre o número nove do mundo, o belga, e o décimo, o veterano guerrei­ ro. O golden score foi alcançado, até então a iniciativa tinha sido com o ge­ 12

orgiano, mas apenas até então. Vers­ traeten ganhou sua segunda medalha de ouro no Grand Slam com ashi­wa­ za, com uma grande movimentação das mãos. Romain Valadier Picard é um fran­ cês júnior com grande estilo e princi­ pais críticas de especialistas. Em Budapeste, ele lutou pelo bronze con­ tra o cazaque Bauyrzhan Narbayev e ganhou sua segunda medalha de Grand Slam através de um fantástico morote­seoi­nage. Temur Nozadze teve que superar o mongol Ariunbold Enkhtaivan. Um pri­ meiro waza­ari, ko­uchi­gari combinado com tsuri­goshi e transformado em so­ to­makikomi, marca da casa para No­ zadze e tudo para fazer para o mongol. Ele estava perto, mas cometeu um erro e Nozadze terminou com o­uchi­gari.


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RESULTADOS FINAIS: 1. PUPP Reka (HUN), 2. CARNA Giulia (ITA), 3. DELGADO Angelica (EUA)), 3. PRIMO Gefen (ISR), 5. JARRELL Katelyn (EUA), 5. BALLHAUS Mascha (GER), 7. LIU Ben (CHN), 7. Âmbar RYHEUL (BEL)

­52kg ­ Feminino Todos os olhos focados em Reka Pupp. A húngara está crescendo expo­ nencialmente. Terceiro em Tel Aviv, pri­ meiro em Antalya e segundo em Tbilisi, Pupp conseguiu, com base em cotove­ los, entrar em um grupo onde a france­ sa Amandine Buchard, o japonesa Abe Uta e Giles, reinam. No momento, Pupp já é a segunda no ranking mundi­ al. Em casa, diante de seus fãs, ela chegou às semifinais sabendo que, com um ouro, ela poderia chegar muito perto de Buchard, tão perto quanto uma diferença de apenas 50 pontos e isso não é pouca coisa. Pupp levou doze segundos para marcar waza­ari com uchi­mata em Giulia Carna! Os espectadores alcan­ çaram o delírio coletivo quando Pupp 16

marcou waza­ari novamente com outro uchi­mata. Foi uma vitória total e re­ tumbante, feita por Pupp. As americanas Delgado e Katelyn Jarrel mostraram que seu país está co­ meçando a estar presente em competi­ ções internacionais. Não se trata apenas de Paris 2024, mas também de se preparar para Los Angeles 2028. Elas não estão no caminho errado. Elas lutaram por um bronze que caiu do lado de Delgado com koshi­guru­ ma. Em ação estavam Gefen Primo, do poderoso mas outrora azarado time is­ raelense, e Ballhaus. O alemão atacou a perna da frente. Primo virou, fisgou com a perna para o o­uchi­gari e reba­ teu para waza­ari antes de concluir com uma imobilização para ippon.


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RESULTADOS FINAIS: 1. ABE Hifumi (JPN), 2. SUBHONOV Rakhimjon (UZB), 3. FLICKER Tal (ISR), 3. GANBOLD Kherlen (MGL), 5. KHYAR Walide (FRA), 5. KODZHAKOV Ramazan (BRN), 7. MARGVELASHVILI Vazha (GEO), 7. NIETO CHINARRO Adrian (ESP)

66kg ­ Masculino De um lado, Hifumi Abe e do outro Vazha Margvelashvili, de outra forma rotulada como a reedição da final olím­ pica. Abe não é daqueles que esban­ jam muito no Circuito Mundial de Judô, como todos os japoneses em geral, es­ pecialmente desde as Olimpíadas. Lá eles têm seu próprio ritmo e nada os altera. Em Tóquio, ele alcançou a gló­ ria eterna com uma vitória sobre o ge­ orgiano e, desde então, o silêncio nas ondas de rádio. A primeira luta de Abe, contra Ziyang Xue, da China, foi uma formali­ dade: ippon em um minuto. Margve­ lashvili também não tremeu contra o polonês Patryk Wawrzyczek. O segun­ do combate de cada um foi uma cópia do primeiro. As coisas deram errado nas quartas­de­final. Abe sofreu muito 20

contra o mongol Kherlen Gambold. Ele não conseguiu marcar e houve tempo extra. No final, o japonês prevaleceu por Hansokumak. Ele foi qualificado para a última luta. Foi a primeira vez que Subhonov chegou a uma final de Grand Slam. Na frente dele estava o melhor. O que aconteceu foi o seguinte: Abe tentou fazer o que sempre faz, seoi­nage, e Subhonov tentou passar por cima dele. Abe então mudou de tática e marcou waza­ari com ko­uchi­gari, terminando vinte segundos depois com seu movi­ mento natural, sode­tsuri­komi­goshi. O israelense Tal Flicker derrotou o francês Walid Khyar, somando uma se­ gunda medalha para seu país, a quarta em sua conta particular.


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RESULTADOS FINAIS: 1. FUNAKUBO Haruka (JPN), 2. SILVA Rafaela (BRA), 3. NELSON LEVY Timna (ISR), 3. KLIMKAIT Jessica (CAN), 5. MONTEIRO Telma (POR), 5. ODELIN GARCIA Arnaes (CUB), 7. NAIRNE Lele (GBR), 7. MINA LIBEER (BEL)

­57kg ­ Feminino O caso de Jessica Klimkait é seme­ lhante ao de Hifumi Abe. A canadense e campeã mundial não pegava um avião desde o ano passado. Havia uma curiosidade legítima para ver a forma de Klimkait. Ela começou com uma atitude ofensiva e positiv, mas seu primeiro teste de ácido ocorreu no terceiro round contra Haruka Funakubo porque ela é japonesa e isso sempre significa que as lutas são exigentes; e Klimkait teve que tentar um pouco mais do que ela queria. Ela continuou atacando, to­ mando a iniciativa e forçando dois shi­ do contra Funakubo. Klimkait lançou um ataque muito previsível e Funakubo a prendeu no chão para vencer por Osae­Komi. Os japoneses já avançavam em velocida­ de de cruzeiro. Na próxima rodada, ou­ tro grande teste, é assim que é em 24

Budapeste. Telma Monteiro é a judoca mais bem sucedida de Portugal; ela chegou às semifinais mostrando que ela está em forma. Bem, Funakubo a venceu no final, a brasileira e ex­cam­ peã olímpica Rafaela Silva. Funakubo concluiu um excelente primeiro dia para o Japão ao derrotar Silva. A brasileira perdeu após um pê­ nalti por várias tentativas de seoi­ otoshi da japonesa, sem pontuação, mas foi o suficiente para trazer um ter­ ceiro shido contra Silva. Israel foi para a cama com três me­ dalhas, todas de bronze, graças à últi­ ma vitória de Timna Nelson Levy sobre Monteiro. Quanto a Klimkait, já que ela veio do Canadá, que é muito longe, ela embolsou o segundo bronze, derrotan­ do a cubana Arnaes Odelín García com um ippon seoi­nage premiado.


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RESULTADOS FINAIS: 1. HEYDAROV Hidayat (AZE), 2. SHAVDATUASHVILI Lasha (GEO), 3. ORUJOV Rustam (AZE), 3. BUTBUL Tohar (ISR), 5. ESTRADA Magdiel (CUB), 5. STODOLSKI Adam (POL), 7. KHOJAZODA Behruzi (TJK), 7. BASILE Fabio (ITA))

­73kg ­ Masculino Concluímos que Lasha Shavdatu­ ashvili é imortal, simples assim. Caso contrário, alguém tem que nos explicar a extraordinária longevidade de um atleta que melhora continuamente com o tempo. Que safra de títulos o georgi­ ano tem desde que foi proclamado campeão mundial aqui, em Budapeste, em 2021. Foi primeiro em Paris e de­ pois em Tbilisi e na Hungria que ele ofereceu uma nova classe de táticas e técnicas que devem ser ensinadas em todos os dojos do mundo. Seu adversário na final foi o azeri grampo Hidayat Heydarov. Sua jornada para a final foi plácida, sem grandes choques, deixando ao longo do cami­ nho o americano Jack Yonezuka, o po­ lonês Wiktor Mrowczynski e o tajique Behruzi Khojazoda. Nas semifinais ele sofreu um pouco mais contra o cubano Magdiel Estrada. A final foi um negócio muito sério. 28

O placar dourado foi alcançado com uma penalidade para o georgiano e a impressão de que o Azeri tinham mais poder. Um segundo shido chegou e Shavdatuashvili foi encurralado. Foi uma luta taticamente espetacular que acabou com a hegemonia de Shavda­ tuashvili nos últimos meses, nas mãos de um sensacional Heydarov que mar­ cou com um te­waza com sabor de ou­ ro. Orujov lutou pelo bronze contra Es­ trada. O veterano azeri marcou com soto­makikomi que lhe rendeu sua 16ª medalha de Grand Slam e consideran­ do que eles mudaram de treinador e têm que se adaptar a outros métodos. O israelense Tohar Butbul não que­ ria que a Polônia conquistasse uma se­ gunda medalha e assim colocou para Stodolski na luta pelo segundo bronze. Um sode­tsuri­komi­goshi mais ude­ga­ rami para virar seu oponente, concluin­ do com uma imobilização.


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RESULTADOS FINAIS: 1. HORIKAWA Megumi (JPN), 2. SZYMANSKA Angelika (POL), 3. BARRIOS Anriquelis (VEN), 3. DEL TORO CARVAJAL Maylin (CUB), 5. QUADROS Ketleyn (BRA), 5. HOWELL Gemma (GBR)), 7. BEAUCHEMIN­PINARD Catherine (CAN), 7. HAECKER Katharina (AUS)

­63kg ­ Feminino A japonesa Megumi Horikawa elimi­ nou a holandesa Sanne Vermeer. Em segundo lugar, ela eliminou a lenda lo­ cal, Hedvig Karakas. No caminho, ela facilmente superou a australiana Katharina Haecker, antes de dar à campeã europeia Gemma Howell uma ducha fria nas semifinais. Suas quatro vítimas ocupam melhores lugares no ranking, o que significa que no circuito profissional tudo é possível. Angelika Szymanska também tinha uma rota cheia de armadilhas. Seu pri­ meiro round foi relativamente tranquilo contra Jing Tang, da China. Então, co­ mo Horikawa, ela teve que competir com mulheres mais experientes e to­ das elas foram cozidas pela polonesa por causa de um fogo lento. Primeiro a israelense Gili Sharir e depois a cana­ dense Catherine Beauchemin­Pinard, 32

antes de sem cerimônia empurrar a brasileira Ketleyn Quadros para fora de seu caminho. A japonesa parecia um trem­bala, marcando waza­ari antes que as pes­ soas soubessem que a luta tinha co­ meçado. Horikawa executou uma técnica maciça de ashi­waza. A partir daí, ela fechou. Foi realmente um com­ promisso total de ambas as mulheres. O primeiro bronze foi sul­america­ no. A venezuelana Anriquelis Barrios derrotou Quadros. Um waza­ari na for­ ma de um ko­soto­gari que chegou muito cedo e má gestão da luta custou a medalha para a brasileira. Maylin Del Toro Carvajal teve que neutralizar Gemma Howell. Del Toro estava sempre à frente do ataque, en­ tão logicamente Howell foi penalizada três vezes.


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RESULTADOS FINAIS: 1. SCHIMIDT Guilherme (BRA), 2. MOLLAEI Saeid (AZE), 3. ESPOSITO Antonio (ITA), 3. TATALASHVILI Nugzari (Emirados Árabes Unidos), 5. ALBAYRAK Vedat (TUR), 5. GAUTHIER DRAPEAU Francois (CAN), 7. MASABIROV Asad (KGZ), 7. ZABOROSCIUC Nicon (MDA)

­81kg ­ Masculino A apoteose veio na categoria mais intensa. O belga e campeão mundial Matthias Casse bateu no muro italiano de Antonio Esposito. Nas quartas­de­fi­ nal, Esposito ficou sem combustível contra Nugzari Tatalashvili, que, como seu nome sugere, vem dos Emirados Árabes Unidos, mas acima de tudo ele tinha acabado de vencer o georgiano Giorgi Sherazadishvili e o esperançoso local Átila Ungvari. Tatalashvili estava confiante e se movia feliz, mas o gran­ de Saeid Mollaei também estava ron­ dando. O Azeri derrubou seu amigo Sagi Muki na primeira luta, que ambos comemoraram. Após a derrota, o israe­ lense queria que Mollaei ganhasse o ouro e Mollaei levou a sério, provavel­ mente para aliviar a dor de seu amigo. O fato é que ele eliminou Tatalashvili e deu a Guilherme Schimidt um compro­ misso na última luta. O brasileiro elimi­ 36

nou o turco Vedat Albayrak, um dos fi­ gurões da categoria, para tentar estra­ gar os planos do casal Mollaei­Muki. E ele fez! Foi um bom dia para Mollaei e um grande para o jovem brasileiro naquele que foi o primeiro ouro para seu país na Hungria. Esposito, depois de lidar com Cas­ se e Tatalashvili, teve que usar uma fraqueza para evitar ser esmagado por Albayrak. O italiano estava carboniza­ do, incapaz de atacar. O que ele não perdeu foi sua lucidez e quando o ter­ ceiro shido estava prestes a cair, ele fez o turco cair. Bronze para a Itália! Tatalashvili e o canadense François Gauthier­Drapeau lutaram pelo bronze que fechou o segundo dia. Tatalashvili marcou waza­ari a um minuto e meio do tempo com um bom yoko­otoshi. Tatalashvili ganhou sua quarta meda­ lha de Grand Slam.


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RESULTADOS FINAIS: 1. NIIZOE Saki (JPN), 2. BUTKEREIT Miriam (GER), 3. MATIC Barbara (CRO), 3. PEREZ Maria (PUR), 5. PETERSEN POLLARD Kelly (GBR), 5. GOSHEN Maya (ISR), 7. COUGHLAN Aoife (AUS), 7. VAN DIJKE Sanne (NED))

­70kg ­ Feminino Uma montanha­russa, foi o que o Grand Slam Hungria foi nesta catego­ ria. A porto­riquenha Maria Pérez teve o luxo de derrotar a primeira semente, a holandesa Sanne Van Dijke, antes de ser eliminada nas mãos da alemã Miri­ am Butkereit, que por sua vez havia vencido a britânica Kelly Petersen­Pol­ lard. A campeã mundial Barbara Matic ficou encantada, avançando calma­ mente no torneio até perder para a ja­ ponesa Saki Niizoe, que, por sua vez, pôs fim às esperanças da brasileira Maria Portela e da israelense Maya Goshen. Foi uma montanha­russa que levou a uma final entre a alemã e a ja­ 40

ponesa com um prognóstico favorável para esta última. Quarenta segundos foi preciso para Niizoe ganhar o quinto ouro para o Japão, com um seoi­otoshi baixo. Demorou mais para subir ao tatame do que ganhar. A alemã demorou a enten­ der que um trem estava vindo para atropelá­la. Matic não saiu de mãos vazias, derrotando Petersen­Pollard pelo bron­ ze. Pérez enviou Goshen voando em um espetacular ippon­seoi­nage para levar sua primeira medalha do Circuito Mundial de Judô desde 2019.


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RESULTADOS FINAIS: 1. MURAO Sanshiro (JPN), 2. PARLATI Christian (ITA), 3. GVINIASHVILI Beka (GEO), 3. SILVA MORALES Ivan Felipe (CUB), 5. NERPEL Gergely (HUN), 5. MACEDO Rafael (BRA), 7. JAYNE John (EUA), 7. USTOPIRIYON Komronshokh (TJK)

­90kg ­ Masculino Christian Parlati teve duas rodadas de abertura fáceis, se esse adjetivo po­ de ser aplicado ao judô. Nas quartas­ de­final, o italiano encontrou o sérvio Nemanja Majdov. Parlati venceu. Par­ lati ganhou sua passagem para as se­ mifinais, onde enfrentou Rafael Macedo. O brasileiro também passou no teste, primeiro derrotando o alemão e vice­campeão olímpico Eduard Trip­ pel, lutando pelo bronze depois. O cubano Iván Felipe Silva Morales venceu suas duas primeiras lutas, mas nas semifinais ele cruzou caminhos com Sanshiro Murao. Aos 21 anos, Murao é como uma melodia, capaz de mudar ritmo e tom dependendo do mo­ mento. Ele teve dois momentos delica­ dos, um com o francês Maxime­Gael Ngayap Hambou e outro mais tarde, 44

nas semifinais. Murao se livrou de Sil­ va Morales e enfrentou seu segundo grande obstáculo do dia, o georgiano Beka Gviniashvili. Murao ganhou. Parlati contra Murao, os jovens le­ varam uma categoria que é sempre uma garantia de espetáculo. Murao ga­ nhou o ouro eliminando Parlati em uma final que esperávamos muito mais. Foi o sexto título do Japão na Hungria. Gviniashvili estava infeliz com sua derrota na semifinal e esmagou Nerpel na disputa pela medalha de bronze com ashi­waza para waza­ari logo de cara e uma brutal pick­up segundos depois. Silva Morales e Macedo dividiram a segunda luta pelo terceiro lugar. A me­ dalha voltou para Havana com um belo sumi­gaeshi por Silva Morales.


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RESULTADOS FINAIS:1. BELLANDI Alice (ITA), 2. LANIR Inbar (ISR), 3. AGUIAR Mayra (BRA)), 3. HAMADA Shori (JPN), 5. REID Emma (GBR), 5. SILVESTRE Eiraima (DOM), 7. LEON Karen (VEN), 7. ANTOMARCHI Kaliema (CUB)

­78kg ­ Feminino Dos presentes, a boa notícia foi o reaparecimento da campeã olímpica, Shori Hamada. A má notícia, para a ja­ ponesa, foi que ela perdeu em sua pri­ meira partida desde Tóquio 2020, contra Alice Bellandi. Agora Hamada sabe que durante sua ausência, os ou­ tros não perderam seu tempo. A parte mais difícil foi feita por Belland, pelo menos parecia assim, mas a brasileira Mayra Aguiar não é alguém a ser leva­ da de ânimo leve. Ela já estava ga­ nhando medalhas e títulos quando Bellandi estava na escola. Os italianos devem ter dito algo a Bellandi para que ela não perdesse o foco. Não sabemos seu histórico acadêmico, mas em Bu­ dapeste ela ouviu como uma boa aluna e anulou Aguiar. A primeira semente foi Inbar Lanir. A israelense tem gostado de medalhas, terceiro em Portugal e segundo na Mongólia, com apenas 22 anos e já 48

ocupando o terceiro lugar no ranking mundial. Lanir esmagou a cubana Kali­ ema Antomarchi e repetiu isso com a dominicana Eiraima Silvestre. Das arquibancadas, eles disseram a Bellandi para ter cuidado nos estági­ os iniciais porque Lanir é uma daque­ las que ataca com enorme fúria. A italiana suportou e assumiu a liderança em termos de tomar a iniciativa. Lanir não conseguiu reverter a tendência e perdeu por shido. Bellandi ganhou seu primeiro ouro no Grand Slam. Aguiar não quis suar e arrasou com Reid com um fabuloso uchi­mata para uma 18ª medalha de Grand Slam. Re­ petimos, 18 medalhas de Grand Slam! A campeã olímpica Hamada tam­ bém não se sentia confortável em sua luta pelo bronze contra Silvestre. No entanto, conseguiu derrotar a domini­ cana com seu domínio, mais uma vez, do ne­waza. Osae­komi e pelo menos um bronze para consolar os japoneses.


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RESULTADOS FINAIS: 1. IIDA Kentaro (JPN), 2. LIPARTELIANI Varlam (GEO), 3. SHERAZADISHVILI Nikoloz (ESP), 3. VEG Zsombor (HUN), 5. EICH Daniel (SUI), 5. MADSEN Mathias (DEN)), 7. SANEBLIDZE Onise (GEO), 7. BUZACARINI Rafael (BRA)

­100kg ­ Masculino De um lado o georgiano Varlam Li­ parteliani e do outro o japonês Iida Kentaro. Liparteliani é o único georgiano que trabalha no chão e tem uma devasta­ dora trava de braço dentro de Osae­ Komi. Assim ele chegou à final como uma nova versão de Liparteliani por­ que ele parece rejuvenescido e com um judô mais polido. Ele eliminou o di­ namarquês Mathias Madsen nas semi­ finais, autor de um torneio sensacional, com vitórias sobre Paltchik e o suíço Daniel Eich. Por sua vez, Kentaro anunciou a tendência muito rapidamente com vitó­ rias rápidas contra o maltês Isaac Bez­ zina e o cazaque Aibek Serikbayev. Os japoneses então tiveram que aumentar a taxa de fogo contra Saneblidze, mas sua obra de arte veio nas semifinais 52

contra Sherazadishvili, a quem ele pul­ verizou em 16 segundos. A final entre Liparteliani e Kentaro era lógica para o que cada um tinha exibido até então. Kentaro ofereceu uchi­mata. Lipar­ teliani reagiu com seu movimento es­ pecial, kansetsu­waza seguido por osae­komi, mas o japonês conseguiu se libertar. Liparteliani pressionou até o fim, mas Kentaro segurou o sétimo ou­ ro para o Japão. Eich e Sherazadishvili queriam o bronze. No golden score, Sherazadish­ vili executou uma façanha para sugerir o makikomi, mas acorrentou­o a uma varredura. Foi um bronze brilhante por ippon para o espanhol. O jovem Zsombor Veg, depois de eliminar o belga Nikiforov, ele conse­ guiu entrar na luta pelo bronze e ga­ nhou sua primeira medalha de Grand Slam com uma obra­prima uchi­mata.


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RESULTADOS FINAIS: 1. TOMITA Wakaba (JPN), 2. ORTIZ Idalys (CUB), 3. HERSHKO Raz (ISR), 3. SU Xin (CHN), 5. XU Shiyan (CHN), 5. CHEIKH ROUHOU Nihel (TUN), 7. KAMPS Marit (NED), 7. AMARSAIKHAN Adiyasuren (MGL)

+78kg ­ Feminino Nessa categoria, ao longo do cami­ nho, Raz Hershko apareceu, que trei­ nou para ganhar torneios e medalhas, mas desta vez ela foi retirada do even­ to antes que pudesse dizer qualquer coisa sobre a chinesa Xin Su. Ela e sua compatriota Shiyan Xu marcaram o retorno dos pesos pesados chineses ao mais alto nível. As duas caíram nas mãos de Ortíz e Tomita. Seria o oitavo ouro japonês ou o primeiro para Cuba. A bicampeã mundial e medalhista de ouro de Londres 2012 usou toda sua experiência para tentar esgotar física e mentalmente a japonesa, que não pa­ recia vacilar. O árbitro penalizou Ortíz três vezes e foi o fim, com um domínio avassalador do Japão. Hershko e Xu organizaram um belo 56

duelo com ataques de ambas, especi­ almente a israelense. As duas oferece­ ram um grande show com judô de qualidade, que é o que as pessoas querem ver. No golden score, a chine­ sa recebeu uma terceira penalidade que não manchou sua grande atuação. Hershko somou sua oitava medalha de Grand Slam e a sexta na Hungria para Israel. A tunisiana Nihel Cheikh Rouhou enfrentou a segunda chinesa na corri­ da, Xin Su, pelo segundo bronze. Aqui as coisas mudaram em comparação com o que era visto antes. Não foi um combate de muitos quilates. No golden score Su marcou waza­ari com ko­so­ to­gari e ganhou sua primeira medalha de Grand Slam.


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RESULTADOS FINAIS: 1. RINER Teddy (FRA), 2. SNIPPE Jelle (NED), 3. MAGOMEDOMA­ ROV Magomedomar (Emirados Árabes Unidos), 3. BAKHTIYOROV Shokhruh (UZB), 5. ZAA­ LISHVILI Gela (GEO), 5. PUUMALAINEN Martti (FIN), 7. FREY Johannes (GER), 7. KOKAURI Ushangi (AZE)

+100kg ­ Masculino Alguns dirão que a ausência de Krpalek, Tushishvili e companhia abriu caminho para Riner. É possível, mas irrelevante. O importante é que em Budapeste ninguém sabia como parar a progressão suave do dez vezes campeão mundial, que venceu todas as suas lutas por ippon. Muitos dos presentes não lutaram contra Riner, alguns nunca o farão, outros tiveram sorte, como o holandês Jelle Snippe, de 23 anos, finalista em Budapeste. Dos mais de 400 atletas presentes em Budapeste, Snippe foi certamente o que foi para casa mais feliz porque ganhou sua primeira medalha de Grand Slam, que também 60

foi sua primeira no Circuito Mundial de Judô e ele lutou contra a lenda francesa, que culminou em um espetacular uchi­mata que todos os presentes provaram com prazer, o holandês em pessoa provavelmente também. Magomedomar Magomedomarov conquistou o bronze ao conquistar o georgiano Gela Zaalishvili. O uzbeque Shokhruh Bakhtiyorov brilhou em sua luta contra o finlandês Martti Puumalainen. Primeiro ele concedeu um waza­ari, mas ele reagiu em grande estilo com dois waza­ari em seguida, dois ko­soto­gari e que era tudo gente, da Hungria.


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Por: Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Lara Monsores

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A capital capixaba recebeu entre os dias 25 e 27 de junho, 325 judocas de 26 estados brasileiros que disputaram o Campeonato Brasileiro Sub­18 de Judô. As lutas aconteceram no ginásio do Tancredão, em Vitória, ES. As delegações começaram a che­ gar à Vitória na quinta­feira, 23, e, na sexta­feira, 24, as primeiras atividades de credenciamento e sorteio abriram oficialmente a agenda do Brasileiro. Essa edição marca o retorno do Brasileiro Sub­18 ao calendário da CBJ depois da paralisação de 2020 e 2021 em decorrência da pandemia de coro­ navírus. A competição foi uma das etapas que contam pontos para o Ranking Na­ cional Sub­18 que ajudou a definir a seleção brasileira de judô para o Cam­ 64

peonato Mundial Sub­18, que aconte­ cerá no período de 24 a 27 de agosto, em Sarajevo, Bósnia e Herzegovina. No sábado, 25, foram disputadas as categorias de peso: 40kg, 44kg, 48kg, 52kg, 57kg, 50kg, 55kg, 60kg, 66kg e 73kg. No domingo, 26, lutaram os atletas das categorias 81kg, 90kg, +90kg, 63kg, 70kg e +70kg. A classe sub­18 foi a última a voltar às competições e só neste ano já teve outros quatro grandes eventos, além do Brasileiro: Seletiva, Meeting, Pan­ Americano e Jogos Pan­Americanos da Juventude. Atletas que já vinham se destacan­ do nesses eventos, como Antonio Neto (73kg), Ernane Neves (66kg), Jesse James Barbosa (90kg), Bianca Reis (57kg), Mari Hayse Silva (70kg) e


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Emilly Santos (+70kg) confirmaram o bom momento e se mantiveram como os principais nomes de suas respecti­ vas categorias levando ouro no Brasi­ leiro. Mas, diversos pesos mostraram que a competitividade interna é o gran­ de motor propulsor do judô brasileiro e novos nomes se destacaram no nacio­ nal, como Francisco Gorgulho (81kg), Gabriel Santos (+90kg), Isabella Mon­ taldi (63kg), Leticia Sarubbi (52kg) e Yslariele Sales (48kg). Para definir a equipe que vai ao Mundial, a comissão técnica analisou uma série de critérios e desempenhos. A convocação oficial seria definida em breve. Todos os campeões brasileiros sub­18 estão classificados para a se­ gunda etapa da Seletiva Nacional ­ Pa­ ris 2024 em busca de uma vaga na 66

seleção principal para 2023. No resultado final masculino por estados São Paulo ficou em primeiro lugar, com 3 ouros, 2 pratas e 3 bron­ zes. O Rio de Janeiro ficou em 2º, com 3 ouros, 1 prata e 2 bronzes; Paraná fi­ cou em 3º; Mato Grosso do Sul em 4º; e Santa Catarina em 5º lugar. No feminino, São Paulo também li­ derou, com 3 ouros e 2 bronzes, en­ quanto o Paraná ficou em 2º, com 2 ouros e 1 bronze. Mato Grosso do Sul (3º), Distrito Federal (4º) e Pernambu­ co (5º) completaram o pódio. Muitos dos atletas que lutaram o Brasileiro Sub­18 retornaram ao tata­ me no final de semana seguinte, 01 e 02 de julho, para a disputa do CBI: Ta­ ça Brasil Sub­21 de Judô, que aconte­ ceu em Curitiba, Paraná, e valeu para o ranking Júnior.


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Por: Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Lara Monsores

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A Taça Brasil Sub­21, que aconte­ ceu em 01 e 02 de julho, reuniu quase 400 judocas de 26 estados brasileiros e recheou o ginásio do Clube Curitiba­ no, em Curitiba, Paraná, de combates emocionantes. Após dois anos de sus­ pensão devido à pandemia de covid­ 19, o evento foi uma das etapas mais significativas do circuito nacional júnior e somou pontos no ranking que defini­ rá os atletas convocados para a Sele­ ção Brasileira no Campeonato Mundial Júnior, em Guayaquil, no Equador. No feminino, consagraram­se campeãs Alexia Nascimento (48kg), Fernanda Santos (52kg), Milena Demarco (57kg), Nauana Silva (63kg), Luana Carvalho (70kg), Beatriz Freitas (78kg) e Katia Alves (+78kg). Já no masculino, desta­ caram­se Henrique da Silva (60kg), Ronald Lima (66kg), Gabriel Falcão (73kg), Kauan dos Santos (81kg), Gui­ lherme Morais (90kg), Kayo Santos (100kg) e Vitor Fagundes (+100kg). O Esporte Clube Pinheiros (SP), com três ouros e um bronze, conquis­ 70

tou o primeiro lugar do quadro geral de medalhas no feminino. O Grêmio Náu­ tico União (RS), ficou em 2º, com um ouro e um bronze; a Associação Des­ portiva Moura (RS) ficou em 3º; o Um­ bra­Vasco em 4° e o Judô Clube Mogi das Cruzes (SP) em 5°. No masculino, por sua vez, o Grê­ mio Náutico União (RS) garantiu a lide­ rança com dois ouros. O Instituto Reação (RJ), ficou em 2°, com um ou­ ro e duas pratas; o SESI SP (SP) ficou em 3°; o C.R. Flamengo (RJ) em 4° e o Minas Tênis Clube (MG) em 5º. Vale destacar a campanha do Grê­ mio Náutico União, que somou três medalhas de ouro e uma de bronze, e subiu no pódio geral dos dois gêneros. "Fomos o único clube que subiu no pódio geral, tanto no masculino, quanto no feminino. A gente fica muito feliz com o resultado e com tudo que está sendo desempenhado pela nossa equi­ pe", comemorou Rafael Garcia, treina­ dor do clube gaúcho.


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Fotos: Federação Internacional de Judô

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Nos últimos eventos do IJF World Judo Tour, um judoca brasileiro da ca­ tegoria médio (90kg) tem se desponta­ do e mostrando ainda mais evolução. Edstamos falando de Rafael Godoy de Macedo, que foi o representante brasi­ leiro da categoria nos Jogos Olímpicos Japão 2020, realizado em 2021. A trajetória Nascido em 15 de setembro de 1994, em São José dos Campos, onde iniciou na modalidade, juntamente com seu irmão João Macedo, por influência do pai, Jefferson |Zanqui, também faixa preta na modalidade. Foi atleta da As­ sociação Hirakawa de Judô e Tênis Clube de São José dos Campos. Em 2013, aceitou o convite da So­ gipa e mudou­se para Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Então passou a treinar com Mayra Aguiar, Felipe Kita­

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dai, Maria Portela, Rochele Nunes e ser treinado pelo competente Antônio Carlos Pereira, o Kiko, e sua equipe técnica. Dois anos depois, ainda na catego­ ria júnior, Rafael Macedo entrou para a história do judô brasileiro. Aos 19, o atleta conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial e se transfor­ mou apenas no 12ª lutador do país a alcançar tal feito, se juntando ao grupo de Aurélio Miguel, Tiago Camilo, João Derly, Leandro Guilheiro, Sarah Mene­ zes, Sebastian Pereira, Fabiane Huku­ da, Leonardo Eduardo, Rafaela Silva e Mayra Aguiar. Depois da conquista, Rafael Mace­ do passou a disputar a posição de titu­ lar na categoria até 90kg na seleção brasileira de judô com Victor Penalber e Leandro Guilheiro. Na equipe nacio­ nal adulta, o judoca participou de algu­


mas etapas de Grand Prix e em 2019 disputou, pela primeira vez em sua car­ reira, os Jogos Pan­Americanos, que aconteceram em Lima no Peru, e ter­ minou sua participação na quinta colo­ cação. No Pan­Americano de judô, Mace­ do já possui quatro medalhas, sendo três de prata e uma de bronze. Este ano, conquistou o bronze no Grand Slam de Antalya e no Grand Slam da Hungria e a prata no Grand Prix de Zagreb. Ficha Técnica: Rafael Godoy de Macedo 27 anos (15/08/1994) Nascido em São José dos Campos­SP Clube: Sogipa Técnica preferida: O­soto­gari Peso: 90kg Altura:1,78m Participações em Jogos Olímpicos: Tóquio 2020

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Confira os principais resultados de Rafael Macedo: Campeonato Mundial Bronze – Budapeste 2021 (Equipe mis­ ta) Bronze – Tóquio 2019 (Equipe mista) Campeonato Pan­Americano Prata ­ Lima 2019 (–90 kg) Prata ­ Guadalajara 2020 (–90 kg) Prata ­ Guadalajara 2021 (–90 kg) Bronze ­ Cidade do Panamá 2017 (–90 kg) IJF Grand Slam Bronze ­ Ekaterinburg 2019 (–90 kg) Bronze ­ Antalya 2022 (–90 kg) Bronze ­ Hungria (–90 kg) IJF Grande Prémio Ouro ­ Tbilisi 2018 (–90 kg) Prata ­ Zagreb 2017 (–90 kg) Prata ­ Perth 2019 (–90 kg) Bronze ­ Cancún 2018 (–90 kg) Bronze ­ Montreal 2019 (–90 kg) Bronze ­ Tel Aviv 2020 (–90 kg) Prata ­ Zagreb 2022 (–90 kg) Campeonato Mundial de Juniores Ouro ­ Fort Lauderdale 2014 (–81 kg) Campeonato Pan­Americano Júnior Ouro ­ San Salvador 2014 (–81 kg)



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