EDITORIAL Entregamos a Simplesmente JUDÔ número 20. Primeira edição de 2022. Essa edição contempla tudo o que aconteceu em dezembro de 2021, que foi intenso até bem próximo às datas festivas de fim de ano. E que essa edição seja um marco positivo para o ano que está começan do. Trazemos aqui o Brasileiro Sênior, Copa Brasil interclubes, Jogos Pan Americanos Sub21, Seletiva Nacional Projeto Paris 2024 e Grand Slam de
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Abu Dhabi. tudo isso em um único mês. No último mês do ano de 2021. Eduardo Yudy é o nosso homena geado na capa desta edição, com sua história bastate peculiar sobre como um garoto nascido no Japão integra a seleção brasileira de judô e represen tou o Brasil na Olimpíada de Toquio 2020. Nossa missão na revista Simples mente JUDÔ sempre será trazer infor mações sobre judô dentro de nossas possibilidades. Simples assim. Boa leitura e um ótimo ano para to dos.
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Por: Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Lara Monsores 05
Minas, no feminino, e Rio Grande do Sul, no masculino, são campeões gerais no Brasileiro Sênior 2021. Em dias alternados, seguindo pro tocolos sanitários, O Campeonato Bra sileiro de Judô da classe sênior aconteceu nos dias 23 de novembro (feminino) e 26 de novembro (masculi no). Em um dia de grandes duelos no tata me de Pindamonhangaba (SP), o judô de Minas Gerais brilhou e faturou qua tro ouros (48kg, 52kg, 70kg e 78kg), fi cando em primeiro lugar geral no quadro de medalhas. Liderada pela campeã olímpica Ra faela Silva, a seleção do Rio de Janeiro faturou dois ouros (57kg e 63kg) e fez o estado ficar em segundo lugar geral. São Paulo conseguiu, na última luta do dia, uma medalha de ouro da peso pe sado Giovanna Santos para ficar em terceiro lugar no geral. As demais medalhas foram distribuídas 06
por mais cinco estados: Distrito Fede ral, Mato Grosso do Sul, Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Todas as medalhistas garantiram vagas na Seletiva Nacional Projeto Paris 2024 que acontecerá em dezem bro, também em Pindamonhangaba. As campeãs brasileiras se classifica ram como cabeçasdechave da com petição que definirá a seleção brasileira principal de judô para 2022. Confira abaixo os resultados do Brasi leiro Sênior 2022 feminino: 48kg 1º Amanda Lima (MG) 2º Rafaela Batista (RJ) 3º Ana Nobre (SC) 3º Maria Argemi (RS) 52kg 1º Gabriela Conceição (MG) 2º Yasmim Lima (RJ) 3º Luísa Souza (DF) 3º Nathália Brígida (RS)
57kg 1º Rafaela Silva (RJ) 2º Amanda Culato (SP) 3º Layana Colman (MG) 3º Bianca Reis (DF) 63kg 1º Tamires Crude (RJ) 2º Gabriella Mantena (MG) 3º Ryanne Lima (RS) 3º Ana Carla Grincevicus (MS) 70kg 1º Millena Silva (MG) 2º Érika Ferreira (CE) 3º Yanka Pascoalino (SP) 3º Jéssica Santos (RJ) 78kg 1º Ariana Silva (MG) 2º Paloma Pereira (DF) 3º Bárbara Ribeiro (SP) 3º Gabrielle Ferreira (RJ) +78kg 1º Giovanna Santos (SP) 2º Camila Yamakawa (MS) 3º Victoria Oliveira (MG)
3º Stefanie Miranda (RJ) O Campeonato Brasileiro Sênior masculino consagrou o judô do Rio Grande do Sul como o campeão geral na disputa realizada nesta sextafeira, 26, em Pindamonhangaba (SP). Os gaúchos lideraram o quadro graças aos três ouros conquistados por Gabri el Genro (66kg), David Lima (73kg) e Marcelo Gomes (90kg), além do bron ze de João Pedro Macedo (81kg). Minas Gerais ficou em segundo, segui do por São Paulo, Distrito Federal e Alagoas, todos com um ouro cada con quistados por Juscelino Nascimento Jr (+100kg), Vinícius Panini (81kg), Wili am Souza Jr (100kg) e José Lima (60kg), respectivamente. Mais oito estados subiram ao pódio nesta sexta: Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão, Piauí, Mato Grosso, Paraná e Sergipe, mostrando o equilíbrio e a força do judô em todo o 07
país. A etapa masculina encerrou a série de quatro etapas de Campeonato Bra sileiro (Sub21 e Sênior), que marca ram o retorno das competições nacionais organizadas pela Confedera ção Brasileira de Judô após o período de paralisação do calendário durante a pandemia de covid19. Todas as etapas foram realizadas sob rígido protocolo de prevenção, com testagens de todos os participantes na estrutura em formato “bolha” imple mentada pela CBJ nas dependências do Hotel Colonial Plaza, onde foi insta lada a arena temporária para receber todas as lutas. A próxima parada do judô brasileiro é na Seletiva Nacional Projeto Paris 2024, que acontecerá na mesma estru tura dos Brasileiros e definirá a forma ção da seleção brasileira principal para rodar o Circuito Mundial em 2022. A competição feminina será no dia 15 e a masculina no dia 17 de dezembro, fe chando o calendário nacional CBJ. Todos os medalhistas dos dois Brasileiros (Sub21 e Sênior) classifica ramse para a Seletiva, que promete grandes duelos pelas duas vagas (por categoria) na equipe principal. 60kg 1º Jose Ayrton dos Santos Lima (AL)
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2º Ítalo Mazzili C. de Carvalho (MA) 3º Bruno Cesar Watanabe (MG) 3º Matheus Schetino Takaki (DF) 66kg 1º Gabriel Genro Alves (RS) 2º Gabriel Hiroshi Nagai (PE) 3º Diego Ferreira dos Santos (BA) 3º Charles Koshiro Chibana (SP) 73kg 1º David Dias Lima (RS) 2º Gabriel F. de A. M. Pinheiro (PE) 3º Jeferson L. dos Santos Junior (SP) 3º Julio Cesar Koda Filho (MG) 81kg 1º Vinicius Taranto Panini (SP) 2º Guilherme O. Guimarães (MG) 3º João Pedro Godoy de Macedo (RS) 3º Edu Lowgan Paiva Ramos (SE) 90kg 1º Marcelo Augusto Silva Gomes (RS) 2º Eduardo Bettoni da Silva (MG) 3º Stael Alves Torres (PI) 3º Marcelo Garcia Contini (SP) 100kg 1º William Pereira de S. Junior (DF) 2º Yuri Rodrigues da Silva Gomes (RJ) 3º Alexsander Ricardo de Souza (SP) 3º Victor Hugo Sedrez (PR) +100kg 1º Juscelino Alves do N. Junior (MG) 2º Fabricio Rodrigues Lima (BA) 3º João Marcos Cesarino da Silva (SP) 3º Agner Arthur M. Quintanilha (MT)
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Por: Assessoria de Imprensa da CBDV e da CBJ Fotos: CBDV 11
Judocas da seleção paralímpica receberam a sua promoção de graus na abertura do evento O Grand Prix de Judô Paralímpico
foi disputado em 03 de dezembro, em São Paulo, deu o pontapé inicial no ci clo da modalidade rumo a Paris, palco da próxima edição dos Jogos Paralím picos, em 2024. Todos os atletas da seleção brasileira que participaram do evento ganharam nas respectivas cate gorias. O evento foi o primeiro em terri tório nacional desde o início da pandemia. “O ciclo para Paris já começou, se rá um ciclo bem curto, e esse campeo nato é de suma importância para chegarmos bempreparados lá”, co mentou o paraense Thiego Marques, de 22 anos, campeão no peso ligeiro (até 60 kg) defendendo a Aepa (Asso ciação Esportiva e Paradesportiva do Sul e Sudeste do Pará). Dos cinco homens que representa ram o país no Japão, apenas o multi medalhista Antônio Tenório não pôde participar. Já Harlley Arruda (81 kg), Arthur Silva (90 kg) e Wilians Araújo (+100 kg) estiveram no tatame monta do na arena multiuso do Centro de Treinamento Paralímpico e garantiram 12
o primeiro lugar em suas respectivas categorias. Wilians, inclusive, ajudou a Ceibc (Caixa Escolar Instituto Benjamin Constant), do Rio, a conquistar o título por equipes do Grand Prix de Judô pa ralímpico. Dos 11 inscritos pela associ ação, oito medalharam: três ouros, uma prata e quatro bronzes. Em se gundo lugar, ficou a AdevirnRN e, em terceiro, a AdevibelMG. A chave feminina esteve mais des falcada de atletas da seleção, já que Alana Maldonado, Lúcia Araújo e Meg Emmerich, as três medalhistas do judô paralímpico brasileiro em Tóquio, não lutaram. Antes do evento começar, no entanto, elas foram homenageadas pe la Confederação Brasileira de Judô (CBJ) com a promoção de graduações. Todos os judocas que foram ao Japão receberam o certificado das mãos dos senseis Alexandre Garcia e Jaime Bra gança. “Muito grata pela homenagem que a CBJ, a CBDV e o Comitê fizeram aqui para a gente hoje”, disse Alana, primeira mulher brasileira campeã pa ralímpica de judô.
“É o primeiro campeonato do ciclo, bom para sentir as meninas, ter a sen sação de estar competindo de novo. Eu senti aquele frio na barriga que sempre dá em competição e vi evolu ção na minha luta”, destacou Rebeca Silva, de 20 anos, ganhadora no pesa do feminino (acima de 70 kg) pela AmeiSP (Associação Mariliense de Esportes Inclusivos). Pódios femininos Até 48 kg 1ª: ROSICLEIDE SILVA DE ANDRADE 2ª: LUIZA GUTERRES OLIANO 3ª: DAYANNE SOUZA S. PEREIRA 3ª: MARIA DE FÁTIMA SILVA ROCHA Até 52 kg 1ª: LARISSA OLIVEIRA DA SILVA Até 57 kg 1ª: SARA SILVA DOS SANTOS Até 63 kg 1ª: MICHELE APARECIDA FERREIRA 2ª: BENILCE DE A. LOURENÇO 3ª: ANDREIA MATOS CANTEIRO 13
3ª: TAYNARA BARBOSA DA SILVA Até 70 kg 1ª: BRENDA SOUZA DE FREITAS 2ª: KAROLINE PORTO DUARTE 3ª: CRISTINA MAZUHY A. XERXE 3ª: LUZIA DE ALCÂNTARA S. LUS Acima de 70 kg 1ª: REBECA DE SOUZA SILVA 2ª: DEANNE SILVA DE ALMEIDA 3ª: ERIKA CHERES ZOAGA 3ª: DANDARA N. DA SILVA Pódios masculinos Até 60 kg 1º: THIEGO MARQUES DA SILVA 2º: ROBERTO NUNES DA PAIXÃO 3º: JORGE DIODI NAKASHITA 3º: WAGNER ARAÚJO DE MORAES Até 66 kg 1º: GABRIEL NASCIMENTO DA SILVA 2º: ELIELTON LIRA DE OLIVEIRA 3º: MAYCO DE SOUZA RODRIGUES 3º: LUCAS SOBRAL BRAGA Até 73 kg 1º: MIQUEIAS GOMES BARBOSA
2º: RAYFRAN MESQUITA PONTES 3º: WILTON ALVES MUNIZ JUNIOR 3º: HALYSON OLIVEIRA BOTO Até 81 kg 1º: HARLLEY DAMIÃO P. ARRUDA 2º: ROGERIO C. DOS SANTOS 3º: MARCIO GOMES VIEIRA 3º: DENIS APARECIDO ROSA Até 90 kg 1º: ARTHUR CAVALCANTE DA SILVA 2º: RAFAEL SILVA MARTINS BRITO 3º: LUIZ GEOVANI M. DA SILVA 3º: MARCELO A. DE AZEVEDO Até 100 kg 1º: DIEGO DE JESUS SILVA 2º: ROBERTO JULIAN S. DA SILVA 3º: ABNER N. DE OLIVEIRA 3º: FLAVIO DA SILVA RODRIGUES Acima de 100 kg 1º: WILIANS SILVA DE ARAÚJO 2º: JULIO CESAR DA CONCEIÇÃO 3º: LUCIANO BONINE PEREIRA 3º: ALEXANDRE MAGNO F. DA SILVA
Graduados: Os judocas que inte graram a seleção paralímpica do Brasil nos Jogos de Tóquio 2020 foram ho menageados pela Confederação Brasi leira de Judô, nesta sextafeira, 03, em São Paulo, com a promoção de suas graduações de acordo com a nova po lítica de promoção de grau implemen tada pela gestão do presidente Silvio Acácio Borges à frente da CBJ. “Esse regime especial de promo ção tem como finalidade valorizar os judocas paralímpicos da mesma forma que fizemos com os judocas olímpicos dentro dos critérios estabelecidos na Portaria Nº1 de novembro de 2020, re conhecendo sua enorme dedicação ao judô como atletas olímpicos e paralím picos. É nosso interesse incentivar e valorizar essa categoria também”, dis se o presidente da CBJ, Silvio Acácio Borges, que não pôde estar presente à homenagem, mas foi representado por 14
Tibério Maribondo, expresidente da Federação de Judô do Estado do Rio Grande do Norte (FJERN). Os paralímpicos Alana Maldonado, Lúcia Araújo, Meg Emmerich, Arthur Silva, Thiego Marques, Willians Araújo e Harlley Arruda receberam seus no vos certificados de graduação durante o tradicional Grand Prix Nacional de Judô para Cegos realizado pela CBDV e CPB, nesta sextafeira. Karla Cardo so também foi promovida dentro dos mesmos critérios. Todos demonstra ram gratidão às instituições pelo reco nhecimento. “Muito grata pela homenagem que a CBJ, a CBDV e o Comitê fizeram aqui para a gente hoje. Muito obriga da”, disse Alana Maldonado, primeira mulher brasileira campeã paralímpica de judô. “Hoje o dia já começou incrível, re cebendo a promoção pela participação nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. E é isso, o ciclo para Paris já começou, um ciclo bem curto e já estamos nesse campeonato brasileiro bem importante para a gente chegar bem preparado lá em Paris”, comentou Thiego Marques. Os medalhistas paralímpicos Dani ele Milan (6º Dan) e Antônio Tenório (6º Dan) já haviam sido promovidos an tes dos Jogos de Tóquio, tornandose os primeiros paralímpicos Kodansha do Brasil. Confira abaixo a lista dos judocas Paralímpicos de Tóquio 2020 promovi dos: ALANA MALDONADO 3° DAN LÚCIA T. DE ARAÚJO 3° DAN MEG EMMERICH 2° DAN ARTHUR SILVA 2° DAN THIEGO MARQUES 1° DAN WILLIANS ARAÚJO 4° DAN HARLLEY ARRUDA 1° DAN KARLA CARDOSO 4° DAN
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Uma dúvida pairou quando os fina listas da Copa Brasil Interclubes 2021 foram divulgados. Teria chegado a ho ra da revanche do Minas? Ou o Pinhei ros se manteria como a melhor equipe mista do Brasil? E no dia 20 de novem bro, dois grandes clubes do Judô brasi leiro protagonizaram o duelo final pelo título da Copa Brasil Interclubes de Judô, competição por equipes mistas realizada pela CBJ e apresentada por Bradesco. E a disputa pelo bronze também prometeu grandes lutas entre as equipes de Sogipa e Instituto Rea ção. E as previsões se confirmaram! Os confrontos começaram às 14h, na are na montada pela CBJ em Pindamo nhangaba, São Paulo. E o fã do judô pode acompanhar e torcer ao vivo gra tuitamente pela plataforma torcidaju do.com Na sexta, as quatro equipes vieram ao tatame para as disputas das semifi nais. Segundo colocado do Grupo 1, o Esporte Clube Pinheiros bateu a Sogi pa, primeira do Grupo 2, pelo placar de 4 a 2, com show dos pesos pesados Rafael Silva e Beatriz Souza, que ga rantiram os pontos de desempate nas duas últimas lutas. 18
A outra semifinal foi mais equilibra da, com o vencedor sendo definido pe la luta extra de desempate. O destaque do duelo foi também o peso pesado, Juscelino Nascimento Jr, que venceu a sexta luta contra João Cesarino, garan tindo o empate do time mineiro. O sor teio da luta de desempate colocou os dois frente a frente novamente e Jus celino, mais uma vez, levou a melhor, garantindo o Minas na grande final. Veja como foi cada duelo. Minas Tênis Clube 4 x 3 Instituto Re ação Na primeira luta, Layana Colman (57kg/Minas) venceu Jéssica Pereira (57kg/Sogipa) por wazaari, mas Gabri el Falcão (73kg/Reação) empatou com ippon sobre Gustavo Borsoi (73kg/Mi nas). Millena Silva (70kg/Minas) perdia por um wazaari para Danielle Karla (70kg/Reação) e, a 9 segundos do fim, achou um ippon para botar o Minas à frente no placar. O Reação buscou mais uma vitória com Gustavo Assis (90kg/Reação) vencendo Eduardo Bettoni (90kg/Mi nas) com um wazaari no Golden score e ampliou com Gabrielle Ferreira (+70kg/Reação), que bateu Gabriella Mantena (+70kg/Minas) por ippon.
Na última luta, Juscelino Júnior (+90kg) venceu João Cesarino (+90kg/Reação) por ippon e manteve o Minas vivo na disputa. Os dois volta ram para a luta de desempate e, nova mente, o atleta do Minas levou a melhor para garantir o clube em mais uma final de Copa Brasil. Sogipa 2 x 4 Pinheiros Jéssica Lima (57kg/Sogipa) abriu o duelo com vitória para a Sogipa após marcar um wazaari contra Vitória An drade (57kg/Pinheiros) e administrar a vantagem até o fim da luta. David Lima (73kg/Sogipa) bateu Jonas Ribeiro (73kg/Pinheiros) por ippon e aumentou para a Sogipa. A reação do Pinheiros começou com Ellen Santana (70kg/Pinheiros) batendo Ryanne Lima (70kg/Sogipa) na chave de braço. No 90kg, Tiago Pi nho (Sogipa) conseguiu um wazaari sobre Vinícius Panini (Pinheiros), que conseguiu virar o placar e vencer a luta com outros dois wazaari em lances di fíceis que ainda precisaram ser revisa dos pelo vídeo. Por fim, o pesados pinheirenses se impuseram, com Beatriz Souza (+70kg/Pinheiros) e Rafael Silva “Baby” (+90kg/Pinheiros) passando por Talita Libório (+70kg/Sogipa) e Leonardo Lo pes (+90kg/Sogipa) para garantir o Pi nheiros em mais uma final da Copa. O Esporte Clube Pinheiros (SP) foi o grande campeão da Copa Brasil In terclubes de Judô ao vencer, neste sá bado, 20, o Minas Tênis Clube pelo placar de quatro a zero. Rafael Freitas (73kg), Ellen Santana (70kg), Vinícius Panini (90kg) e Beatriz Souza (+70kg) venceram seus combates e garantiram o título ao Pinheiros pelo segundo ano consecutivo. A Copa Brasil é a princi pal competição por equipes mistas do judô brasileiro. O evento é realizado pela Confederação Brasileira de Judô 19
com apresentação do Bradesco, patro cinador do judô brasileiro há mais de dez anos. Para chegar à final, o Pinheiros ba teu o Clube Athletico Paulistano (4 a 0) na fase de grupos e perdeu para o Ins tituto Reação (4 a 3) na final da chave do Grupo 1, passando às semifinais em segundo do grupo. Com isso, o clu be paulista precisou vencer a Sogipa (4 a 3), líder do Grupo 2, na semifinal pa ra chegar à decisão. O Minas teve caminho semelhante, vencendo a Umbra/Vasco (4 a 2), na primeira rodada do Grupo 2, e perdeu para a Sogipa (4 a 2), na última rodada da fase de grupos. Na semifinal, a equipe de Belo Horizonte superou o Instituto Reação (4 a 3) e chegou à fi nal também pela segunda vez conse cutiva. A disputa pelo ouro Na decisão deste sábado, o Pinhei ros começou bem, com vitória de Rafa el Freitas sobre Fernando Ramos, por wazaari. No 70kg, o Minas tentou surpreen der, escalando Gabriella Mantena, cuja categoria de origem é o meiomédio (63kg), para encarar Ellen Santana, que investiu na luta no solo para ven cer sua oponente. Dessa forma, conse guiu encaixar uma chave de braço que fez Mantena bater e a arbitragem mar car o ippon. O lance gerou muita reclamação por parte do Minas, que pediu revisão do ippon entendendo que a chave teria sido aplicada após o sinal do tempo técnico soar, o que deveria paralisar a luta. A mesa, contudo, manteve a deci são do árbitro central e a vitória foi da da a Ellen Santana. O Pinheiros seguiu forte com Viní cius Panini projetando Eduardo Bettoni por ippon para ampliar o placar. Beatriz Souza fechou a conta ao vencer Ana
Damasceno na quarta luta, sacramen tando a vitória do Esporte Clube Pi nheiros. Sogipa vence Reação por 4 a 3 para ficar com o bronze A equipe da Sogipa (RS), liderada pelo medalhista olímpico de Tóquio 2020, Daniel Cargnin, conquistou, nes te sábado, 20, a medalha de bronze na Copa Brasil Interclubes de Judô, princi pal competição por equipes mistas do judô brasileiro. O pódio veio com vitória por 4 a 3 sobre o Instituto Reação (RJ). Daniel Cargnin (73kg), Talita Libório (+70kg) e Jéssica Lima (57kg), duas vezes, fizeram os pontos que deram a vitória aos gaúchos na arena montada pela CBJ em Pindamonhangaba (SP). “Foi uma conquista, realmente, muito difícil. A gente veio com uma equipe muito capaz, mas que não era a nossa equipe principal e quem veio deu conta do recado. Eu acho que o resultado da Sogipa foi muito verdadei ro, foi uma conquista muito importante e todos os atletas estão de parabéns”, pontuou Daniel Pires, técnico da Sogi pa. O clube gaúcho poupou alguns de
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seus principais atletas, como os olímpi cos Maria Portela (70kg) e Rafael Ma cedo (90kg), que se preparam para lutar a Seletiva Nacional em algumas semanas. O caminho até o bronze Na fase de grupos, Sogipa e Rea ção classificaramse em primeiro lugar em seus respectivos grupos. A Sogipa venceu o Paineiras do Morumby (4 a 0) e o Minas Tênis Clube (4 a 2), mas caiu para o Pinheiros (4 a 3), na semifi nal. Já o Reação venceu o SESI (4 a 0) e Pinheiros (4 a 3) na fase de grupos, e parou no Minas (4 a 3), na semifinal. A disputa de bronze Em 2020, os dois clubes haviam fi cado fora do pódio, que teve Pinheiros, Minas e Paineiras. Para este ano, as equipes se concentraram na busca pe la medalha e chegaram às finais com o melhor desempenho na fase de gru pos. A disputa pelo bronze começou com um duelo de gerações. O novato Gabriel Falcão teve a responsabilidade de abrir o confronto enfrentando o me
dalhista olímpico Daniel Cargnin. Na tática, Cargnin impôs maior volume de ataques e venceu a luta nas punições. O Reação empatou com imobiliza ção de Danielle Karla Oliveira sobre Ai ne Schimidt, no 70kg. Gustavo Assis bateu Matheus Assis, no 90kg, para vi rar o placar a favor do Reação. A Sogipa empatou com Talita Libó rio (+70kg), que perdia por um wazaari e conseguiu buscar o ippon sobre Re nata Januário. Nos pesados, o Reação voltou a li derar graças à vitória de João Cesarino sobre Leonardo Lopes. A Sogipa foi, então, para a última luta com Jéssica Lima tentando manter o time gaúcho vivo no combate. Ela não decepcionou e venceu Jéssica Pe reira por ippon para deixar tudo igual. As duas mal respiraram e já tiveram sua categoria sorteada para a luta de desempate. Pereira voltou mais agressiva e buscou a luta de solo, seu ponto forte, para vencer Lima. Foi aí que o lance mais discutido da competição aconte ceu. Jéssica Pereira tentava encaixar o sankaku, uma técnica de imobilização com as pernas, enquanto Jéssica Lima 21
tentava defenderse. O árbitro deu o comando de matê para paralisar a luta e Pereira indicou que sua adversária teria batido, o que seria ippon. A arbi tragem entendeu o contrário e deu se guimento à luta. Jéssica Lima, então, conseguiu projetar Pereira e marcar um wazaari que garantiu a vitória e a medalha da Sogipa na competição. Ao final, Jéssica Lima enalteceu sua adversária e explicou o que acon teceu naquele momento decisivo da lu ta final. “Eu e a Jéssica viemos da catego ria de baixo (52kg), então já tinha en frentado ela outras vezes. Mas, nunca tinha saído com a vitória. Desde então, as duas subiram de categoria e eu vi nha numa evolução, sabia que ia ser uma luta muito dura. Mas, estava confi ante no meu judô, tenho consciência de tudo que eu estava fazendo. Ela apertou, e foi tudo muito simultâneo, o árbitro deu matê e eu realmente bati ali. Mas, foi muito simultâneo. A Jéssi ca é uma atleta muito dura eu sei que vou enfrentála o ciclo olímpico inteiro e sei que teremos mais muitas lutas boas pela frente”, disse a atleta da So gipa ao deixar o tatame.
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Melhores da Copa Para coroar ainda mais a perfor mance dos campeões, tanto Bia, quan to Panini foram eleitos os melhores atletas da Copa Brasil Interclubes de Judô 2021. “Todo mundo lutou com muita al ma, se entregando de coração. E eu só tenho muito orgulho de estar lutando ao lado dessas pessoas maravilhosas, de estar junto com essa família aqui conquistando mais esse título”, festejou Bia, que embarca na próxima terçafei ra para representar o Brasil no Grand Slam de Abu Dhabi. Para Panini, o título e a premiação teve um gostinho ainda mais especial, já que sua convocação para a Copa foi uma surpresa. Ele luta na categoria meiomédio (81kg) e precisou se adap tar rapidamente ao peso médio para substituir o titular do 90kg do Pinheiros, que virou desfalque de última hora. “Era para ter vindo outro atleta do peso 90kg, o Igor Morishigue, que é 23
um baita atleta também e, infelizmente está doente. Eu vim para cobrir no lu gar dele, fui pego de surpresa, estava em recuperação de uma lesão, mas deu tudo certo. Só tem adversário forte aqui, foi uma baita competição e estou muito feliz com a minha participação e a participação da minha equipe”, con tou. Além de consagrar as três equipes medalhistas Pinheiros, Minas e Sogi pa a Copa Brasil Interclubes de Judô homenageia também atletas que se destacaram individualmente durante os quatro dias de competição da melhor disputa por equipes mistas do Brasil. Nesta edição, dois atletas do Pinheiros, um da Umbra/Vasco e um do Instituto Reação levaram as premiações indivi duais. MELHOR ATLETA FEMININO Beatriz Souza (+70kg) Esporte Clu be Pinheiros A pesopesado do Pinheiros contribuiu
de forma determinante para o segundo título da equipe entrando em todos os combates e vencendo todas as suas quatro lutas por ippon. Ela bateu Thau ana Silva (Paulistano), Renata Januá rio (Reação), Talita Libório (Sogipa) e Ana Damasceno (Minas). MELHOR ATLETA MASCULINO Vinícius Panini (90kg) Esporte Clube Pinheiros Panini foi escalado de última hora para substituir Igor Morishigue e deu conta do recado lutando em uma categoria acima da sua. Foi decisivo, principal mente, na semifinal, quando bateu Tia go Pinho de virada depois de levar um wazaari. E, na final, venceu Eduardo Bettoni, também por ippon, para fazer o quarto ponto do Pinheiros, garantindo o título da equipe paulista. ATLETA REVELAÇÃO Pedro Medeiros Umbra/Vasco O atleta de 21 anos fez uma das lutas 24
mais emocionantes da fase de grupos contra o peso leve do Minas Tênis Clu be, Gustavo Borsoi. Na garra e na téc nica, Pedro Medeiros conseguiu levar a melhor no combate e manter sua equi pe viva no confronto, com vantagem de 2 a 0 sobre a tradicional equipe minei ra. Apesar do revés da Umbra no due lo, a performance do seu peso Leve foi uma das boas surpresas da competi ção. IPPON DE OURO Gabriel Falcão Instituto Reação O novato de apenas 18 anos protago nizou o ippon mais bonito da competi ção na semifinal diante do Minas Tênis Clube. Com técnica, velocidade e for ça, Gabriel Falcão projetou seu adver sário ao solo com o golpe perfeito, garantindo o prêmio de Ippon de Ouro desta edição.
Os novos talentos do judô brasileiro começaram a brilhar no Campeonato Mundial Júnior de Judô, em Olbia, na região da Sardenha, Itália. No primeiro dia de competição, na quartafeira, 06 de outubro, a novata Rafaela Batista, de apenas 18, estreou na classe júnior conquistando logo uma medalha de bronze no Mundial na categoria Ligeiro (48kg). Demonstrando bastante personali dade, Rafaela não se intimidou diante de adversárias europeias e venceu quatro lutas por ippon. O único revés veio nas quartasdefinal, contra a rus sa Irena Khubulova, que terminou com a prata. Antes disso, ela havia vencido Monica Reyes, dos Estados Unidos, e Giorgia Hagianu, da Romênia. Na repescagem, Rafaela superou a espanhola Gemma Antona e, na dispu ta pelo bronze, encaixou um estrangu lamento perfeito que fez a francesa Lea Beres bater para desistir do com bate. 25
O Mundial foi apenas a segunda competição internacional de Rafa, que tem como inspiração no judô, sua con terrânea e xará, Rafaela Silva. A pri meira foi o PanAmericano Sub21 de Cali, na Colômbia, onde ela ficou com a prata após perder na final para Aléxia Nascimento, que terminou o Mundial em 7º lugar. Rafaela Batista é atleta do Instituto Santa Cruz de Esportes, no Rio de Ja neiro, onde é treinada pelo sensei Ra fael Barbosa. Ela conheceu o judô aos 9 anos, na escola, como atividade complementar aos estudos, e seguiu no esporte. Entre os principais resulta dos da promissora carreira nos tata mes estão o ouro no Meeting Nacional Sub18 de 2020 e o ouro nos Jogos Escolares da Juventude, de 2019. Matheus e Aléxia param na repesca gem Outros dois brasileiros que lutaram no mesmo dia terminaram em sétimo
Por: Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Divulgação 26
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As competições dos Jogos Pan Americanos Sub21 de Cali começa ram na sextafeira, 26 de novembro de 2021, já com judô brasileiro no tatame. Foi a primeira vez que a PanAm Sports realiza os Jogos Pan exclusivamente para a classe júnior. A seleção brasileira de judô que re presentou o Brasil na competição foi a seguinte: Feminino Aléxia Nascimento (48kg/A.A.Judô Futuro/MS) Thayane Lemos (57kg/Instituto Reação/RJ) Nauana Silva (63kg/EC Pinheiros/SP) Luana Carvalho (70kg/UmbraVasco/RJ) Eliza Ramos (78kg/CR Flamengo/RJ) Luana Oliveira (+78kg/São João Tênis Clube/SP)
(100kg/Minas Tênis Clube/MG) Daniel Bolezina Silva (+100kg/Pais, Alunos e Amigos do Judô Blumenau/SC) Comissão Técnica e Multidisciplinar Marcelo Theotonio Chefe de Equipe Douglas Potrich Técnico Seleção Masculina Marcus Agostinho Técnico Seleção Feminina Gisele Brito Médica E a seleção brasileira Júnior de Judô brilhou nos inéditos Jogos Pan Americanos Sub21 de Cali e retornou ao Brasil, na segunda, 29, com 11 me dalhas na bagagem. Foram seis ouros, uma prata e quatro bronzes conquista dos pelo judô brasileiro, que manteve a hegemonia continental na modalidade, tanto nas disputas individuais, lideran do o quadro geral, quanto na competi ção por equipes mistas que teve o time brasileiro como grande campeão. De quebra, os cinco atletas que foram campeões no individual garantiram va gas para representar o país nos Jogos PanAmericanos de Santiago 2023, na classe sênior. “A gente bateu a nossa meta, que era de cinco ouros e demos um passo importante na transição, pois garanti
Masculino Matheus Pereira (66kg/Instituto Reação/RJ) Gabriel Falcão (73kg/Instituto Reação/RJ) Marcos Santos (81kg/Club Athletico Paulistano/SP) Victor Hugo Nascimento (90kg/Clube Athletico Paulistano/SP) Kayo Santos 28
mos que cinco atletas jovens partici pem de Santiago em categorias que são chave para nós, como 73kg, 70kg, 78kg e 100kg. Gostei muito também da atitude dos atletas na competição por equipes. Foi algo muito positivo. É uma nova competição que a gente tem que trabalhar porque, agora, é a 15ª meda lha olímpica. Gostaria de aproveitar e agradecer ao Comitê Olímpico do Bra sil por todo o suporte à nossa delega ção. O atendimento em todos os serviços foi impecável: alimentação, hospedagem, transporte, departamento médico, logística de protocolo, tudo fei to com muito cuidado para que a gente tivesse a melhor vivência nesses Jo gos”, avaliou Marcelo Theotonio, ge rente das equipes de transição da CBJ, chefe de equipe do Judô em Cali. A campanha do judô brasileiro em Cali começou na sextafeira, já com quatro medalhas. Aléxia Nascimento (48kg) e Gabriel Falcão (73kg) foram campeões em suas categorias, en quanto Nauana Silva (63kg) e Matheus Pereira (66kg) faturaram medalhas de bronze. Thayane Lemos (57kg) deixou o bronze escapar por muito pouco e fi cou em quinto lugar. “Eu fico muito feliz em ter sido a primeira atleta no judô a conquistar uma medalha de ouro nos jogos Pan Americanos Júnior de Cali. Vai ficar marcado para mim, porque é um mo 29
mento histórico”, comemorou Aléxia Nascimento. “Foram lutas muito difíceis e complicadas. Às vezes o jogo não batia, principalmente na final onde eu comecei em desvantagem porque levei dois shidos. Mas tive foco, força e pen sei: não quero que outra pessoa leve essa medalha para casa. Essa meda lha é minha e eu fui determinada para isso”, concluiu. “Foram lutas duras, até a final foi tudo bem difícil, mas aproveitei a opor tunidade para imobilizar o adversário. Minha meta é ser campeão olímpico e o Pan de Santiago vai ajudar a mostrar os atletas e a trilharem esse caminho”, projetou o peso Leve Gabriel Falcão. No sábado, segundo dia de compe tições individuais, os judocas brasilei ros tiveram resultados ainda melhores, com quatro finais e duas disputas de bronze. Luana Carvalho (70kg), Eliza Ramos (78kg) e Kayo Santos (100kg) conquistaram o ouro, Marcos Santos (81kg) ficou com a prata, e Daniel Bo lezina (+100kg) e Luana Oliveira (+78kg) ficaram com o bronze. Victor Hugo Nascimento (90kg) também lutou nesse dia, mas caiu na fase de oitavas definal e não chegou às disputas por medalhas. “Estou muito feliz por ter conquista do a vaga para Santiago 2023 e por ter tido a oportunidade de representar o Brasil nessa competição”, resumiu o
meiopesado Kayo Santos em senti mento compartilhado por suas compa nheiras de equipe e também campeãs Luana e Eliza: “Estou muito feliz com essa con quista por serem os primeiros Jogos Panamericanos Júnior e também por valer vaga para Santiago 2023. Foi muito difícil chegar até aqui, mas não desacreditei em nenhum momento. Se gui firme com o trabalho, e toda essa dedicação valeu a pena”, disse Luana. “Venho me dedicando e me esfor çando, e essa medalha é a prova de que todo o processo está valendo a pena. Ter me classificado para Santia go 2023 faz parte da realização desse sonho e quero me preparar mais do que me preparei para estar aqui”, con tou Eliza. As dez medalhas (5 ouros, 1 prata e 4 bronzes) deram ao Brasil o primeiro lugar geral no quadro de medalhas das disputas individuais do judô. Cuba ficou em segundo lugar (2 ouros, 2 pratas e 2 bronzes), seguida por Estados Uni dos, Venezuela e República Dominica na. Brasil campeão nas equipes mistas No domingo, 28, último dia de com petição, todos os atletas brasileiros vol taram ao tatame do Coliseo Yuri Alvear para a disputa por equipes mistas. Mostrando muita garra e união, o time 30
brasileiro formado por Gabriel Falcão (73kg), Marcos Santos (90kg), Victor Hugo Nascimento (90kg), Kayo Santos (+90kg), Daniel Bolezina (+90kg), Thayane Lemos (57kg), Luana Carva lho (70kg), Eliza Ramos (+70kg) e Lua na Oliveira (+70kg) venceu República Dominicana, Cuba e os Estados Uni dos para conquistar o sexto ouro do Brasil em Cali. No primeiro combate, os brasileiros bateram os dominicanos por 4 a 2, com vitórias de Falcão (73kg), Victor Hugo (90kg), Kayo (+90kg) e Thayane (57kg). Na semifinal, o duelo com Cuba co meçou tenso, com os cubanos abrindo dois a zero de vantagem. Mas, o Brasil buscou o empate e, na sequência, a vi rada por 4 a 3. Falcão fez o terceiro ponto que manteve o time vivo na dis puta e, na luta de desempate, Marcos Santos conseguiu um wazaari, que garantiu o Brasil na grande final. Depois de passar por adversários mais duros nas fases anteriores, o time brasileiro entrou confiante para a final e dominou os Estados Unidos, vencendo os quatro primeiros combates Eliza Ramos, Victor Hugo, Daniel Bolezina e Thayane Lemos para conquistar o tí tulo inédito e fechar Cali 2021 no topo do pódio.
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Por: Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Lara Monsores 32
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Os treinadores Antônio Carlos “Ki ko” Pereira, Andréa Berti e Sarah Me nezes foram apresentados pela Confederação Brasileira de Judô como novos integrantes da comissão técnica da seleção brasileira principal de judô para o ciclo Paris 2024, na terçafeira, 14 de dezembro, durante a abertura da Seletiva Nacional Projeto Paris 2024, em Pindamonhangaba (SP). Primeira campeã olímpica do judô feminino do Brasil, Sarah Menezes se rá a treinadora principal da seleção fe minina, ao lado de Andréa Berti, que saiu da seleção júnior para assumir o posto de coordenadora técnica da equipe principal feminina. Na base, Berti trabalhou com a nova geração de judocas que integram a seleção princi pal atualmente, como Larissa Pimenta e Beatriz Souza, ambas medalhistas em Mundiais Júnior sob o comando da treinadora. Já a seleção masculina será co mandada por Kiko Pereira, um dos trei nadores mais vitoriosos do judô brasileiro, técnico formador do mais 34
novo medalhista olímpico do Brasil, Daniel Cargnin, além da trimedalhista olímpica, Mayra Aguiar, e do bicam peão mundial, João Derly. A japonesa Yuko Fujii, que entrou para história co mo a primeira mulher treinadora de uma seleção masculina de judô do Brasil, assumirá o posto de coordena dora técnica da equipe masculina para Paris 2024. Os técnicos Luiz Shinohara, Rosi cleia Campos e Mario Tsutsui, despe demse da seleção após conquistarem 14 medalhas olímpicas e 48 medalhas em Mundiais no período mais vitorioso da história do judô brasileiro. Eles fo ram homenageados pela CBJ, em re conhecimento a toda contribuição ao judô brasileiro e em respeito à história escrita nos tatames por esses grandes treinadores. PERFIS DOS TREINADORES Antônio Carlos de Oliveira Pereira “KIKO” Naturalidade: Porto Alegre, Rio Grande
do Sul Idade: 53 anos Graduação: Faixa Vermelha e Branca 7º Dan Técnico do clube SOGIPA (RS) des de 1987 6 medalhas olímpicas: Tiago Camilo 2008; Mayra Aguiar 2012/2016/2020; Felipe Kitadai 2012; Daniel Cargnin 20220) 5 campeões mundiais: João Derly (2005/2007), Mayra Aguiar (2014/2017) e Tiago Camilo (2007)
Andréa Berti Rodrigues Guedes Naturalidade: Santos, São Paulo Idade: 48 anos Graduação: Faixa Preta 5º Dan Atleta Olímpica em Barcelona 1992 e Atlanta 1996; Sidney 2000 (atleta re serva) Bronze Jogos PanAmericanos Mar Del Plata 1995 Técnica das equipes de base do Bra sil (2007 2021) Técnica do Esporte Clube Pinhei ros/SP (2009 2015) 5 medalhistas em Mundiais Juvenis Sub17 (2 ouros e 3 bronzes) 11 medalhistas em Mundiais Júniores Sub21 (6 pratas e 5 bronzes) Sarah Gabrielle Cabral de Menezes Naturalidade: Teresina, Piauí Idade: 31 anos Graduação: Faixa Vermelha e Branca 6º Dan Campeã Olímpica Londres 2012 Participações Olímpicas: Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016 3X medalhista de bronze Mundial Bicampeã Mundial Júnior
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Por: Assessoria de Imprensa da CBJ Fotos: Lara Monsores 36
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A Confederação Brasileira de Judô realizou a Seletiva Nacional Projeto Paris 2024 nos dias 15 de dezembro (feminino) e 17 de dezembro (masculi no) e formou a Seleção Brasileira de Judô que representará o Brasil no pri meiro ano do ciclo Paris 2024. No feminino, depois de um longo dia de competição, 14 atletas 2 por categoria foram classificadas para in tegrar a equipe principal. O resultado final trouxe uma grande renovação pa ra o time brasileiro, que contará com oito estreantes. No peso Ligeiro (48kg), Amanda Li ma (MG), de 22 anos, passou em pri meiro lugar e terá a companhia de Natasha Ferreira (PR), também de 22 anos, ambas novatas na seleção. Ga briela Chibana, que representou o Bra sil em Tóquio, não lutou a Seletiva e Nathália Brígida, que também brigou pela vaga do 48kg no ciclo passado lu tou no 52kg e não conseguiu se classi ficar. Nessa categoria, os grandes desta ques foram Yasmim Lima (RJ), de 25 anos, e Maria Taba (MG), de 22 anos, que levaram a melhor na fase final e se garantiram na equipe principal pela pri meira vez. A grande surpresa dessa categoria foi a eliminação precoce de Larissa Pimenta (SP), que representou muito bem o Brasil nos Jogos de Tó quio, mas que acabou caindo na re pescagem das eliminatórias para Gabriela Conceição (MG) depois de perder nas quartas para Jaqueline 38
Nascimento (MG). O peso leve (57kg) terá a campeã olímpica Rafaela Silva (RJ), que foi dis pensada da Seletiva pelo critério de medalhista olímpica no Rio 2016, ao lado de Jéssica Lima (RS), de 24 anos, e da jovem Thayane Lemos (RJ), que ainda é da seleção júnior. Aléxia Castilhos (RS), que já era da seleção, defendeu bem seu posto e manteve a vaga para 2022 passando em primeiro lugar na Seletiva. Ela terá a companhia de Tamires Crude (RJ), que retorna à seleção em nova catego ria depois de representar o Brasil no peso Leve (57kg). Ketleyn Quadros (RS), que ficou não precisou lutar a Seletiva pelo critério de ter ficado em 7º lugar em Tóquio, e está garantida na seleção. O peso médio (70kg) terá a novata Luana Carvalho (RJ), de apenas 19 anos, medalhista de bronze no Mundial Júnior deste ano, e a experiente Maria Portela (RS), que chegou a perder para Luana na fase eliminatória, mas recu perouse na poule e venceu todas as lutas para se manter na seleção. Luana garantiu sua vaga batendo Ellen San tana (SP) na última luta do quadrangu lar. No meiopesado, além de Mayra Aguiar (RS), medalhista em Tóquio e, portanto, dispensada da Seletiva, o Brasil contará com a novata Beatriz Freitas (SP), de apenas 19 anos, e pe la experiente Nathália Parisoto (RS). O peso pesado (+78kg) terá Maria
Suelen Altheman (SP), que ficou em 7º nos Jogos de Tóquio, e foi dispensada da Seletiva, ao lado de Beatriz Souza (SP), atual número 2 do mundo, que dominou suas adversárias na Seletiva e manteve sua posição na equipe prin cipal. Camila Yamakawa (MS) retorna à seleção principal fechando o grupo de 18 judocas brasileiras na seleção 2022. Essas atletas entram na zona de investimento direto da CBJ e participa rão de etapas do Circuito Mundial IJF em busca da classificação para o Mun dial de 2022, que acontecerá em agos to. Uma nova Seletiva será realizada em setembro de 2022 para, novamen te, formar o grupo de atletas que roda rão o circuito no restante do ciclo. No masculino, o judô brasileiro co nheceu os novos judocas que repre sentarão o Brasil nas competições internacionais de 2022 até o Campeo nato Mundial desse ano, que acontece rá em agosto. Foram apurados dois atletas por categoria,entre os 104 atle tas de 42 clubes em um dia inteiro de disputas no tatame da CBJ montado em Pindamonhangaba (SP). “A gente acredita que esse seja o processo mais justo, democrático e que, apesar de ser em apenas um dia, é como acontece num Mundial, numa Olimpíada”, resume o gerente de Alto Rendimento da CBJ, Ney Wilson Perei ra. Todas as sete categorias tiveram, pelo menos, uma vaga com renovação.
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O mais jovem classificado para a seleção brasileira de judô foi o peso li geiro Ryan Conceição (RJ), de 19 anos. Ele estreia na equipe principal e terá a companhia de Allan Kuwabara (SP), de 29 anos, campeão da Seleti va. No meioleve, o campeão mundial Júnior, Willian Lima (SP), que já vinha rodando no circuito sênior pela equipe de Transição, confirmou sua vaga no time principal sendo campeão da Sele tiva. Ele contou com uma “ajuda” do companheiro de clube Eric Takabatake (SP) que, venceu a última rodada da poule por ippon, o que daria vaga aos dois pelos critérios de desempate. Eric tem 30 anos e representou o Brasil em Tóquio, mas no peso ligeiro (60kg). Agora, ele buscará a classificação para Paris no meioleve (66kg). Além dos dois que passaram pela Seletiva, essa categoria ainda tem o medalhista olímpico Daniel Cargnin (RS), que não precisou lutar a Seletiva, assim como todos os medalhistas de Rio e Tóquio e já está garantido na equipe de 2022. O peso Leve teve renovação tam bém. Júlio Koda Filha, de 22 anos, venceu a Seletiva e terá a companhia de Jeferson Santos Jr, de 22 anos, que ficou com a segunda vaga pela Seleti va. Eduardo Katsuhiro que representou o Brasil em Tóquio tentou vaga pela Seletiva no peso de cima (81kg), mas parou na primeira rodada. Nesse peso, o Brasil contará com
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Guilherme Schimidt (MG), de 21 anos, que venceu a Seletiva de forma invicta, e por Vinícius Panini (SP), de 31 anos, segundo colocado na Seletiva. O re presentante do Brasil em Tóquio nessa categoria foi Eduardo Yudy, que não participou da Seletiva. No 90kg, Rafael Macedo também venceu a Seletiva de maneira invicta e assegurou seu posto de titular da cate goria em 2022. Em segundo, passou seu companheiro de Sogipa, Marcelo Gomes, de 21 anos. A mesma situação aconteceu no meiopesado, onde Rafael Buzacarini, que foi a Tóquio 2020 e ao Rio 2016, dominou a Seletiva e assegurou seu posto na equipe principal para 2022. A segunda vaga ficou com William Souza Júnior, de 24 anos. Leonardo Gonçal ves que brigou pela vaga em Tóquio com Buzacarini não lutou a Seletiva deste ano. 42
Por fim, no peso pesado, o experi ente Juscelino Nascimento Jr, de 29 anos, venceu a disputa e garantiu uma das vagas ao lado de João Marcos Ce sarino, de 25 anos, que já integrou a seleção Sub21 do Brasil. A categoria contará ainda com o medalhista olímpi co Rafael Silva "Baby", que também não precisou lutar a Seletiva. “O nível de competitividade foi bem elevado em algumas categorias. Em poucas o campeão teve três vitórias na poule. É um aspecto que tem que ser considerado, um parâmetro importante que, quando se junta os quatros me lhores na poule, a disputa é muito pa relha. É claro, é o início de um trabalho e eu acredito que, em setembro, esta remos em outro patamar”, comentou Kiko Pereira, o novo técnico da seleção masculina de judô.
SELEÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ 2022 FEMININO Ligeiro 48kg Amanda Lima (Minas Tênis Clube) Natasha Ferreira (S. Morgenau) MeioLeve 52kg Yasmim Lima (Instituto Reação) Maria Taba (Minas Tênis Clube) Leve 57kg Rafaela Silva (CRFlamengo) Jéssica Lima (Sogipa) Thayane Lemos (Instituto Reação) MeioMédio 63kg Ketleyn Quadros (Sogipa) Aléxia Castilhos (Sogipa) Tamires Crude (Instituto Reação) Médio 70kg Maria Portela (Sogipa) Luana Carvalho (UmbraVasco)
SELEÇÃO BRASILEIRA DE JUDÔ 2022 MASCULINO Ligeiro 60kg Allan Kuwabara (EC Pinheiros) Ryan Conceição (Ass. Nagai de Judô) Meioleve 66kg Daniel Cargnin (Sogipa) Willian Lima (EC Pinheiros) Eric Takabatake (EC Pinheiros) Leve 73kg Júlio Koda Filho (Minas TC) Jeferson Santos Jr (P. Olhar Futuro) Meiomédio 81kg
Guilherme Schimidt (Minas TC) Vinícius Panini (EC Pinheiros) Médio 90kg Rafael Macedo (Sogipa) Marcelo Gomes (Sogipa) Meiopesado 100kg Rafael Buzacarini (EC Pinheiros) William Souza Jr (A. Espaço M. Guiness) Pesado +100kg Rafael Silva (EC Pinheiros) Juscelino Nascimento Jr (Minas TC) João Marcos Cesarino (Ass. Yamazaki)
MeioPesado 78kg Mayra Aguiar (Sogipa) Beatriz Freitas (EC Pinheiros) Nathalia Parisoto (Grêmio Náutico União) Pesado +78kg Maria Suelen Altheman (EC Pinheiros) Beatriz Souza (EC Pinheiros) Camila Yamakawa (Clube Sakurá de Judô)
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O Grand Slam de Abu Dhabi foi co mo um restaurante à beiramar anunci ando o último prato. Restou pouco até o amanhecer e esse foi o crepúsculo da estação mais estranha e exótica de que há memória. Os clientes ainda não queriam ir para casa, preferiam prolongar a festa e isso é compreensí vel porque as portas ficariam fechadas por dois meses. É muito tempo, no au ge do inverno, frio e escuro. É o jantar das últimas esperanças. Existiram clientes habituais, aque les que não perdem nenhuma festa. Outros eram novos e gostaram do lu gar. Houve quem veio comemorar uma 44
temporada sensacional e outros que buscaram o incentivo na última chance do ano. Seja o que for, houve espaço para todos. Aliás, o restaurante se cha ma World Judo Tour, mas todo mundo conhece como WJT. Lasha Shavdatuashvil, Matthias Casse, Amandine Buchard, Raz Hers chko, Primo Gefen, Shady Elnahas fo ram os ilustres. Houve também clientes que não têm andado muito a festejar, devido à idade, competição ou lesões e outros que conheceram o menu pela primeira vez. No total, foram 253 clien tes, sendo 152 homens e 101 mulhe res. São números marcantes para o
que já foi em 2021, com alguns campe onatos continentais, os mundiais e as Olimpíadas acontecendo, com pouco descanso; um ano denso que anunciou mais ou menos o mesmo para o próxi mo porque se a temporada começar em fevereiro, o ciclo olímpico começa rá em maio e como serão apenas três anos, haverá fila para entrar no local. Abu Dhabi foi o lugar certo, um res taurante elegante e charmoso, com vista para o mar, onde o sol vai nascer e todos vão dormir até que o maître volte a colocar a placa de "aberto".
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Brasil teve três representantes O judô brasileiro teve três repre sentantes no GS de Abu Dhabi. Ke tleyn Quadros (63kg/Sogipa), Eduarda Rosa (70kg/Grêmio Náutico União) e Beatriz Souza (+78kg/EC Pinheiros) e mesmo com o time reduzido, não de cepcionaram. Ketleyn Quadros conuis tou a terceira colocação e Beatriz Souza foi campeã. Os detalhes do GS de Abu Dhabi estão nas próximas pági nas. Os textos originais são de Pedro Lasuen e Nicolas Messner e as fotos de Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio, todos da Federação Internacional de Judô.
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RESULTADOS FINAIS: 1º SCUTTO Assunta (ITA), 2º BOUKLI Shirine (FRA), 3º COSTA Catarina (POR), 3º LEGOUX CLEMENT Melanie (FRA), 5º GILIAZOVA Sabina (RUS), 5º DOLGOVA Irina (RUS), 7º SALENS Ellen (BEL), 7º RISHONY Shira (ISR)
48 kg feminino: juventude em des taque com Scutto Semente número um na categoria, Shirine Boukli (FRA) está posicionada como um sério candidato nos próximos anos para um ou mais títulos importan tes. 4ª no ranking mundial depois de uma temporada de montanharussa que lhe trouxe imensas alegrias e tam bém grandes decepções, ela chegou a Abu Dhabi determinada a se sair me lhor do que seu terceiro lugar em Paris em outubro. Missão cumprida! A judo ca francesa escalou o placar até a fi nal, para ficar à frente de uma jovem estrela em ascensão. De fato, foi As sunta Scutto (ITA), a recente campeã mundial junior em Olbia, que se opôs a Boukli. Para a primeira medalha de bronze, vi mos Catarina Costa (POR) enfrentar a russa 48
Sabina Giliakova. Pouco antes dos três
minutosdo golden score, Costa final mente fez um wazaari com um oportu nista sumigaeshi. A campeã portuguesa deixou explodir a alegria com esta merecida medalha. Para a segunda medalha de bronze a segunda judoca francesa da catego ria, Mélanie Clément Legoux, contra a outra russa Irina Dolgova. Clément Le goux veio a Abu Dhabi para se prepa rar para a temporada de 2022. Pela segunda vez consecutiva, as atletas ti veram que passar pelo golden score para determinar a vencedoral. Depois das 6m20, havia dois shidos para cada uma. Eventualmente, após 9 minutos e 17 segundos da prorrogação, o terceiro shido foi dado a Dolgova, para oferecer a medalha a Clément Legoux.
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RESULTADOS FINAIS: 1º YANG Yung Wei (TPE), 2º ABDULAEV Ramazan (RUS), 3º REVOL Cedric (FRA), 3º HALL Samuel (GBR), 5º KHALMATOV Dilshot (UKR), 5º VEREDYBA Oleh (UKR), 7º KHAWJAH Mutaz (KSA), 7º ENKHTAIVAN Sumiyabazar (MGL)
60 kg masculino: Yang confirma sua posição favorita Atualmente número um do mundo, desde sua medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Yung Wei Yang (TPE) é um cliente sério de medalhas no Circuito Mundial de Judô. Os primeiros segundos mostraram imediatamente a tática de Abdulaev contra o medalhista olímpico de prata: ser agressivo e pressionálo com força em tachiwaza e newaza. Após 1 mi nuto e meio as coisas começaram a se acalmar, oferecendo mais oportunida des para Yang marcar. Com quinze se gundos restantes no relógio, Yang finalmente marcou com um poderoso seoinage para ganhar sua primeira medalha de ouro em um grand slam. Cédric Revol (FRA) não estava en 52
tre os favoritos da competição. Mesmo assim, ele se viu em posição de subir ao pódio, com apenas o ucraniano Dilshot Khalmatov entre ele e o prêmio. Revol marcou o primeiro wazaari com um belo moroteseoinage para assu mir uma liderança forte. Os shido então distribuídos não alteraram o resultado final e a Revol acrescentou mais uma medalha à delegação francesa. Samuel Hall entrou no bloco final, desta vez por uma possível medalha de bronze contra o ucraniano Oleh Ve redyba, um estreante. Demorou pouco mais de trinta segundos para Hall se guir uma tentativa perdida de seoina ge com uma virada perfeitamente executada para derrubar seu oponente para ippon.
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RESULTADOS FINAIS: 1º BUCHARD Amandine (FRA), 2º GILES Chelsie (GBR), 3º PRIMO Gefen (ISR), 3º BISHRELT Khorloodoi (MGL), 5º KALETA Aleksandra (POL), 5º IRAOUI Soumiya (MAR), 7º JARRELL Katelyn (EUA), 7º KUZNETSOVA Alesya (RUS)
52kg feminino: o plano de Buchard funciona bem em Abu Dhabi Quem poderia competir seriamente com o medalhista de prata dos últimos Jogos Olímpicos, Amandine Buchard? Era essa a pergunta e a francesa rapi damente deu uma resposta clara, gra ças ao seu deslumbrante kataguruma: ninguém! Na final, ela se opôs a Chel sie Giles (GBR). Ficou claro que os dois competidores não tinham nenhu ma competição real pela frente em Abu Dhabi. Liderando com uma estatística de confronto direto de 2 a 0 contra Giles, Buchard pisou no tatame para somar mais uma vitória à lista. Enquanto Bu chard está no topo de sua arte há um bom tempo, Giles tem emergido nos úl timos dois anos. Na final, a última foi penalizada duas vezes por passivida 56
de. A terceira penalidade caiu no último minuto, Giles sendo totalmente impedi da de atacar. Buchard ainda é a atleta mais forte. Ela veio com um plano e o aplicou perfeitamente. Gefen Primo (ISR) foi qualificada para a disputa pela medalha de bron ze, enfrentando Aleksandra Kaleta (POL). Gefen Primo venceu Kaleta que foi penalizada três vezes por hansoku make. A campeã africana Soumiya Iraoui, do Marrocos, chegou à disputa pela medalha de bronze diante da mongol Khorloodoi Bishrelt. Iraoui foi mais rápi da em ação, mas não o suficiente para marcar. Com 90 segundos restantes, Khorloodoi Bishrelt marcou um ippon com um uchimata para ganhar sua quarta medalha em um grand slam.
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RESULTADOS FINAIS: 1º VIERU Denis (MDA), 2º MISIROV Ismail (RUS), 3º YONDONPERENLEI Baskhuu (MGL), 3º IADOV Bogdan (UKR), 5º KHYAR Walide (FRA), 5º IZVOREANU Radu (MDA), 7º ZHUKOV Petr (ROU), 7º YULDOSHEV Dilshodbek (UZB)
66 kg masculino: Vieru não comete erros Com apenas 22 anos, Ismail Misi rov (RUS) não ficou entre as sementes da segunda categoria masculina deste primeiro dia de competição em Abu Dhabi. No entanto, não tremeu e che gou à final para se deparar com um cli ente sério, o moldavo Denis Vieru. Vieru parecia cansado no final do dia e de uma longa temporada e não conseguiu mostrar o seu ritmo e estilo habituais. Com ambos os atletas sendo penalizados duas vezes durante o tem po normal, eles entraram no golden score para determinar o vencedor. Foi aí que algo incomum aconteceu, já que Misirov foi penalizado pela terceira vez por não ter arrumado seu judogi. Todos os atletas conhecem essa regra, em vi gor há um bom tempo. 60
Na primeira luta pela medalha de bronze Walide Khyar enfrentour o mon gol Baskhuu Yondonperenlei. Se os dois atletas mostraram empunhaduras realmente fortes, nenhum foi capaz de transformar isso em ataques reais e a partida foi para o golden score com um shido para Yondonperenlei e dois para Khyar. Com 26 segundos se passando, o competidor mongol passou direto por seu oponente, que errou sua tentativa ouchigari, de marcar ippon com um kosotogake. Outro moldavo, Radu Izvoreanu lu tou contra o ucraniano Bogdan Iadov por um lugar no pódio. Iadov ganhou a medalha, levando menos de dois minu tos aplicar um kataguruma (wazari), seguido por uma imobilização para ip pon.
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RESULTADOS FINAIS: 1º MONTEIRO Telma (POR), 2º GNETO Priscilla (FRA), 3º LKHAGVATOGOO Enkhriilen (MGL), 3º MOKDAR Faiza (FRA), 5º TOPRAK Acelya (GBR), 5º NELSON LEVY Timna (ISR), 7º ZEMANOVA Vera (CZE), 7º LIBEER Mina (BEL)
57kg feminino: Monteiro atingiu o ouro Foram duas veteranas do circuito mundial que se classificaram para a fi nal. Priscilla Gneto (FRA) foi de fato medalhista olímpica de bronze em 2012 em Londres, enquanto Telma Monteiro (POR) esteve no Rio em 2016 e tem um dos mais extensos recordes do circuito. O que surpreende é que depois de uma longa carreira para as duas com petidoras, foi a primeira vez que se en contraram no circuito durante um evento. Monteiro, que é uma das maio res competidoras do WJT no que se refere ao jogo mental, acertou um wa zaari após Gneto liberar sua concen tração por um minúsculo momento. Foi o suficiente para Monteiro conquistar 64
sua sexta medalha de ouro no Grand Slam. A primeira luta pela medalha de bronze viu Enkhriilen Lkhagvatogoo enfrentar Acelya Toprak (GBR). Han sokumake foi concedido muito rápido, para Acelya Toprak, quando ela apli cou uma técnica proibida no braço de sua oponente, dando a vitória a Enkhri ilen Lkhagvatogoo. A israelense Timna Nelson Levy enfrentou a francesa Faiza Mokdar. Com apenas 20 anos, Mokdar é uma das pepitas do atual judô francês e conquistou a primeira medalha em um grand slam.
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RESULTADOS FINAIS: 1º TSENDOCHIR Tsogtbaatar (MGL), 2º TURAEV Khikmatillokh (UZB), 3º AGAIAN Armen (RUS), 3º SHAVDATUASHVILI Lasha (GEO), 5º MAKHMADBEKOV Somon (TJK), 5º HOJAK Martin (SLO), 7º STERPU Victor (MDA), 7º NAGUCHEV Kazbek (RUS)
73kg New Boss Lasha Shavdatuashvili se apresen tou em Abu Dhabi e chegou às semifi nais, o que é lógico. Nada mais houve porque perdeu para o uzbeque Khik matillokh Turaev. Turaev ilustrou o que um torneio deste nível realmente signi fica porque, após eliminar uma lenda viva, ele teve que enfrentar na final um homem que está a caminho de se tor nar um dos maiores. Com o gergian fora da final, restava saber se Turaev superaria a nova sen sação da Mongólia. TsendOchir é mui to ágil, muito rápido e aprendeu a aguentar o tempo como um veterano endurecido em mil batalhas. Ele pri meiro lançou com uranage para waza ari e alguns segundos depois concluiu 68
via osaekomi. TsendOchir se tornou um judoca completo e sim, ele está fa zendo muito mais do que se aproximar do topo, porque a partir de agora ele é o novo número um do mundo. Armen Agaian ganhou o bronze. O russo derrotou Tajiko Somon Makh madbekov por ippon com um ouchigari monumental, também em placar de ou ro. Shavdatuashvili conquistou o se gundo bronze. Depois de um dia exaustivo com todas as lutas decididas em placar de ouro, sua luta contra o esloveno Martin Hojak foi tudo menos uma mera formalidade. Outra pontua ção de ouro, mas bronze no final de uma longa estrada.
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RESULTADOS FINAIS: 1º RENSHALL Lucy (GBR), 2º VERMEER Sanne (NED), 3º LESKI Andreja (SLO), 3º QUADROS Ketleyn (BRA), 5º HAECKER Katharina (AUS), 5º ZACHOVA Renata (CZE), 7º SHARIR Gili (ISR), 7º DAVYDOVA Daria (RUS)
63 kg Um Ano Doce Lucy Renshall, em Abu Dhabi fez uma final que foi anunciada como agri doce contra uma adversária forte, mas voltou de casa com toneladas de açú car. À sua frente estava Sanne Verme er, três anos mais jovem e também com um excelente ano atrás dela, mas onde Renshall oscila entre o ouro e a prata, a concorrente holandesa não ul trapassou o bronze em 2021. Vermeer marcou wazaari, parecendo mais revi gorada e com um plano bem estabele cido. Renshall estava tentando o uchimata, mas seus ataques eram previsíveis até que ela mudou e sur preendeu Vermeer com kosotogake. 11 e golden score, o terceiro consecu tivo do dia. Renshall finalizou com seoi nage e ganhou outro título de outono. Na batalha pelo primeiro bronze, a 72
australiana Katharina Haecker enfren tou a eslovena Andreja Leski, que já havia ultrapassado Haecker nas três partidas anteriores. Haecker tomou a iniciativa e sua mão direita comandou o kumikata. Alcançaram o golden score, já com dois shidos. Haecker aplicou o osotogari, mas a reação de Leski foi brutal com um seoinage explosivo. Bronze e 4 vitórias a 0 para Leski. O segundo bronze foi a clássica oposição entre passado e futuro: a bra sileira Ketleyn Quadros, de 34 anos, contra a tcheca Renata Zachova, de 21 anos. Houve também um golden score. Quadros usou sua experiência para acumular ataques e provocar um ter ceiro shido contra Zachova. Foi o que aconteceu, o bronze para Quadros e uma lição de gerenciamento de uma disputa por medalha para Zachova.
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RESULTADOS FINAIS: 1º CASSE Matthias (BEL), 2º KHUBETSOV Alan (RUS), 3º MOORHEAD Lachlan (GBR), 3º LAPPINAGOV Aslan (RUS), 5º GRAMKOW Tim (GER), 5º TOJIEV Arslonbek (UZB), 7º KRIVCHACH Sergii (UKR), 7º DRZYMAL Pawel (POL)
81 kg de contas pendentes O belga Matthias Casse é campeão mundial e medalhista de bronze olímpi co. Está tudo bem. No entanto, desde então, ele não recuperou totalmente sua forma, pelo menos por enquanto. Esse era seu negócio inacabado. Em Abu Dhabi, ele fez tudo certo e chegou à final depois de uma semifinal tensa contra o russo Aslan Lappinagov. Cas se teve um serviço duplo para os rus sos porque na final houve outro, Alan Khubetsov. O belga experimentou cinco técni cas diferentes, mostrando variedade e tentando surpreender. O russo havia preparado um plano e não queria mu dar de estratégia. Já no placar de ouro o belga condenou com um belo uchi 76
matasukeshi. Casse voltou em grande estilo! Em qualquer esporte, um confronto entre um britânico e um alemão tem seu interesse na rivalidade histórica entre os dois países. Lachlan Moorhe ad e Tim Gramkow lutaram pelo bronze e confirmaram que as duas delegações estão em Abu Dhabi para ganhar me dalhas, não apenas para se apresen tar. O judoca britânico Moorhead venceu com dois seoinage consecuti vos. Foi então a vez do russo Aslan Lappinagov e do uzbeque Arslonsek Tojiev, membros de outras duas fortes delegações aqui em Abu Dhabi. O últi mo bronze foi para Lappinagov depois de uma disputa plana.
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RESULTADOS FINAIS: 1º SCOCCIMARRO Giovanna (GER), 2º TANAKA Shiho (JPN), 3º GAHIE Marie Eve (FRA), 3º PETERSEN POLLARD Kelly (GBR), 5º KIREEVA Taisia (RUS), 5º TSERENDULAM Enkhchimeg (MGL), 7º COUGHLAN Aoife (AUS), 7º ERIKSSON Ida (SWE)
70 kg Os ausentes estão sempre er rados Giovanna Scoccimarro pertence à nata de uma categoria dominada com punho de ferro pela croata Barbara Matic, duas japonesas e duas holande sas. Em Abu Dhabi Scoccimarro esta va muito feliz porque as outras não estavam lá. Na verdade, a alemã che gou à final, mas havia uma japonesa desconhecida, pelo menos por en quanto, que sai do universo juvenil e que, como todas as japonesas, era uma das favoritas apesar da juventude e do anonimato. É o que acontece quando o judô é praticado no Japão. Foi assim que as coisas começa ram na final, um encontro bastante táti co com as duas tentando lançar com o uchimata. No golden score, a alemã executou um forte kouchigari e apro 80
veitou a viagem para Abu Dhabi, mos trando que os japoneses não são in vencíveis. MarieEve Gahié em Abu Dhabi te ve uma oportunidade para relançar uma corrida após a paralisação. A fran cesa conquistou o bronze contra a rus sa Taisia Kireeva e ela fez um excelente trabalho em newaza. Osae komi trouxe o bronze e o primeiro sorri so do ano. A outra medalha de bronze viajou para a GrãBretanha em um dia exce lente para os súditos de Sua Majesta de. Foi uma partida difícil entre a mongol Enkhchimeg Tserendulam e a britânica Kelly PetersenPollard, mas como poderia ser diferente em Abu Dhabi? Terminou em golden score com hansokumake contra Tserendulam.
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RESULTADOS FINAIS: 1º LORSANOV Mansur (RUS), 2º USTOPIRIYON Komronshokh (TJK), 3º MADZHIDOV Dzhakhongir (TJK), 3º BOBONOV Davlat (UZB), 5º SHEROV Erlan (KGZ), 5º DAMIER Francis ( FRA ), 7º BALANTA Francisco (COL), 7º JAYNE John ( EUA )
90 kg A Rússia define o ritmo O russo Mansur Lorsanov teve o mérito de eliminar o primeiro cabeça dechave, o uzbeque Davlat Bobonov, e consolidar o domínio russo no último torneio da temporada. E fez de uma forma inédita, pela primeira vez com equilíbrio, como querer dizer que veio para ficar. Por sua vez, Kmoronshokh Ustopiriyon do Tajiquistão não disputa va uma medalha desde o início dos tempos. Porém, na final ele teve dois pro blemas. O primeiro foi o excelente ku mikata do russo que anulou sua estratégia, se é que tinha uma. A se gunda foi a sua própria inércia, que lhe valeu um hansokumake e a verdade é que foi uma pena, porque foi a sua pri meira final em 19 presenças em grand slams. Para o russo, o ouro foi uma en trada triunfante no mundo dos idosos. O primeiro bronze era questão de 84
vizinhos. Tayijistan Dzhakhongir Madzhidov e Kirgystan Erlan Sherov lutaram por uma estreia no quadro de medalhas do WJT. Foi uma partida di nâmica que foi decidida em um primei ro período de pontuação de ouro, em linha com o dia anterior. Madzhidov venceu por hansokumake e pouco mais se pode dizer, talvez o Tajiquistão tenha um inverno quente com duas medalhas no armário. Na verdade, ha via mais um, mas aquele veio bem no final. O segundo bronze foi um duelo en tre o eliminado favorito Bobonov e um semidesconhecido francês de 19 anos, Francis Damier. Ele é semides conhecido no WJT, mas dizem que ele tem muito potencial. O francês logo foi penalizado com shido. Este é o WJT. Você não pode perder tempo. Vêse que o francês tem que amadurecer mas tem potencial para crescer.
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RESULTADOS FINAIS: 1º REID Emma (GBR), 2º BOEHM Alina (GER), 3º POWELL Natalie (GBR), 3º LANIR Inbar (ISR), 5º TURCHYN Anastasiya (UKR), 5º BROLIH Patricija (SLO), 7º DUDENAITE Migle (LTU), 7º BABINTSEVA Aleksandra (RUS)
78 kg A marca no calendário Alina Boehm está em plena transi ção entre o ambiente juvenil e o mundo dos seniores. A alemã faz parte dessa nova geração que nesta categoria tem enorme poder de fogo, com a número um do mundo e atual campeã mundial Anna Maria Wagner e também Luise Malzahn. O mesmo é verdade na Grã Bretanha, onde existe um novo grupo de mulheres jovens que estão ganhan do terreno e repelindo a velha guarda. Até este ponto Natalie Powell foi a me lhor britânica com 78kg. Em Abu Dha bi, Emma Reid deslocou sua compatriota para disputar o ouro contra Boehm. São duas judocas com estilos semelhantes, bons tecnicamente e com nível superior em newaza. No pe ríodo da pontuação de ouro Boehm atacou, mas a britânica reagiu de for 88
ma explosiva, anulando o contraata que com um movimento que poderia ser considerado como kouchigari com uma pegada pouco ortodoxa, usando uma mudança de direção. Natalie Powell impôs a hierarquia contra a ucraniana Anastasyia Tur chyn, com uma excelente mudança de rumo que terminou em um sasaetsuri komiashi que fez muito barulho e sig nificou mais um bronze para a Grã Bretanha. Inbar Lanir estava com pressa de voltar para casa. 30 segundos foi tudo o que foi necessário contra Patricija Brolih da Eslovênia. Wazaari primeiro e osaekomi na continuação da ação. Era limpo e forte e trouxe um bronze para Israel.
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RESULTADOS FINAIS: 1º ADAMIAN Arman (RUS), 2º KANIKOVSKIY Matvey (RUS), 3º ELNAHAS Shady (CAN), 3º KORREL Michael (NED), 5º PETERSILKA Falk (GER), 5º NIKIFOROV Toma (BEL), 7º KHUDOYBERDIEV Aklmurodbek (UZB), 7º UDSILAURI George (GER)
100kg Third of a Kind Os russos Arman Adamian e Mat vey Kanikovskiy neutralizaram um ba talhão inteiro de tropas de elite na sempre complicada categoria –100kg. É verdade que Adamian era o favorito, mas não é menos verdade que ele teve que enfrentar o belga Toma Nikiforov, que está em alta desde que se recupe rou de uma lesão grave. Nikiforov pode ser temível, mas hoje Adamian está fo ra do alcance de Nikiforov. Kanikovskiy dominado por Adamian e com rosto de bebê lutou até não aguentar mais e sofreu em sua carne o que começou como kosotogake e ter minou como uranage. Adamian fecha o ano com três vitórias consecutivas, em Zagreb, Paris e Abu Dhabi e a lide rança da categoria. Ele tem apenas 24 anos e já é um judoca prodigioso. 92
O canadense Shady Elnahas tem judô de sobra e ele mesmo declarou que quer superar Fonseca, Adamian, Paltchik e Liparteliani. Terá que espe rar e melhorar porque ainda não tem o nível necessário para as grandes oca siões contra os melhores. Em Abu Dhabi ele lutou pelo bronze contra o alemão Falk Petersilka e Elnahas saiu na frente porque em termos absolutos ele é melhor. Ainda assim, eles alcan çaram a pontuação de ouro, onde o ca nadense executou com sucesso uchimata. Korrel e Nikiforov dispoutaram o segundo bronze, como se fosse um combate antigo. Esses dois estão no WJT há uma década. Não houve sur presa e o holandês marcou duas vezes para o wazaari com a mesma técnica, seoinage.
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RESULTADOS FINAIS: 1º SOUZA Beatriz (BRA), 2º FONTAINE Lea (FRA), 3º HERSHKO Raz (ISR), 3º HAYME Coralie (FRA), 5º GASPARIAN Anzhela (RUS), 5º AMARSAIKHAN Adiyasuren (MGL), 7º OZTURK Hilal (TUR)
+ 78kg Consistência Dourada Beatriz Souza fez seu trabalho em Abu Dhabi. Primeira semente e número 1 do mundo, a brasileira se classificou para a final com dificuldade para suar. Apesar da juventude, de apenas 23 anos, está acostumada a grandes de safios e tem colhido bons resultados, muitas medalhas e nunca caiu abaixo do sétimo lugar nos últimos dois anos. Ela é consistente e regular em um es porte que não perdoa erros. Na final, enfrentou a judoca mais pesada do cir cuito, a jovem francesa Léa Fontaine. Apesar de seu tamanho, Fontaine é capaz de produzir judô de alta qualida de, o que lhe permitiu ganhar a prata no Grand Slam de Paris e voltar a lutar pelo ouro um mês depois. Em menos de um minuto Souza acertou wazaari com sotomakikomi, aproveitando um erro de Fontaine e a partir daí se dedicou a controlar a luta 96
com kumikatas muito fortes. Se chama experiência e o resultado foi uma me dalha de ouro, a primeira dela em um grand slam e a terceira vitória de Sou za sobre o Fontaine nos três confron tos diretos. Anzhela Gasparian e Raz Hershko são meiopesados e lutaram pelo bron ze. Para Gasparian foi uma experiência nova. Ela não se assustou, mas caiu porque Hershko era mais inteligente com o tewaza e uma mudança de di reção. A francesa Coralie Hayme não era a favorita à frente de Adiyasuren Amar saikhan, uma das joias da nova pedrei ra mongol. Hayme deixou o furacão passar e, com trinta segundos para o fim, produziu um seoinage do nada. Bronze para a francesa, mas as duas se encontrarão com frequência nos próximos anos.
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RESULTADOS FINAIS: 1º ODKHUU Tsetsentsengel (MGL), 2º SIMIONESCU Vladut (ROU), 3º RAKHIMOV Temur (TJK), 3º DESCHENES Marc (CAN), 5º ENDOVITSKIY Valeriy (RUS), 5º BALYEVSKYY Yevheniy (UKR), 7º TERHEC Joseph (FRA), 7º PUUMALAINEN Martti (FIN)
+ 100kg Mongólia disse Olá De forma silenciosa, lenta, mas se gura, a Mongólia está montando uma equipe que nos próximos anos pode ser temível. É um dos países que tem a sorte de ter homens e mulheres e es tá apresentando suas novas pérolas na sociedade. Já conhecemos Tsogtbaa tar TsendOchir, cuja carreira até 73kg está se tornando meteórica, com duas medalhas mundiais e uma olímpica, além da liderança inédita na categoria. Agora a Mongólia também tem um pe sopesado, Tsetsentsengel Odkhuu. Ele é o mais recente produto de uma delegação que conseguiu combinar ju ventude e antiguidade com sabedoria. É um país que também possui Saeid Mollaei. Em sua primeira final na turnê mundial de judô, Odkhuu mediu sua força com o romeno Vladut Simiones cu. Havia uma diferença óbvia de ta 100
manho e nove anos entre os dois. Odkhuu não conseguiu mover Simio nescu, que também não estava fazen do muito. Eles pareciam ir direto para o golden score, mas dentro de trinta se gundos Odkhuu entrou em uma nova dimensão com um kosotogake que foi ouvido até mesmo em Ulaanbaatar. Que todos saibam, a Mongólia agora tem um peso pesado. Temur Rakhimov foi o terceiro tadji que do dia a querer uma medalha. Va leriy Endovitskiy foi o quarto da Rússia. Começaram com dois shidos cada em dois minutos de combate. Foi como le var uma surra e os dois começaram a praticar judô. Rakhimov venceu por ip pon por ouro com uchimata e cristali zou um dia histórico para o Tajiquistão. Marc Deschenes aumentou o caci fo do Canadá com o bronze pela não participação do ucraniano Yevheniy Balyevskyy.
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Fonte: Olimpíada Todo Dia / Associação Mercadante de Judô Fotos: Gabriela Sabau e Emanuele Di Feliciantonio
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Eduardo Yudy Brito Santos nasceu em Shimotsumashi, cidade situada na província de Ibaraki, à 82 km de Tó quio, no Japão, em 25 de outubro de 1994. Seus pais, Jeremias Antonio dos Santos e Leila de Brito Santos são bra sileiros e mudaram para o País do Sol Nascente. Começou a praticar judô logo aos quatro anos de idade. Yudy falava por tuguês dentro de casa e até comia co mida brasileira, mas, fora isso, tinha pouco contato com o Brasil. Como muitos brasileiros, Yudy tam bém tinha sonho de ser jogador de fu tebol com 10 anos. Por isso, no início, praticava o judô e futebol. Porém, seu técnico o fez escolher um. Praticou fu tebol durante três anos e então perce beu que era melhor no judô e decidiu focar nesta modalidade.
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No Japão conquistou tudo o que podia com o judô, inclusive a vaga da seletiva para defender o Japão em competições nacionais. Mas, por pos suir dupla nacionalidade, é considera do estrangeiro e o país não permitia que competisse em tatames internacio nais representando o Japão. Sem conseguir ingressar na sele ção japonesa pelo motivo explicado acima, Yudy decidiu fazer faculdade de educação física com foco em judô. E foi na faculdade que seu futuro mudou. O judoca descobriu que a Associa ção Mercadante de Judô, da cidade paulista de Araras, fazia uma tempora da de treinos em sua faculdade. Após uma conversa com o professor Marcos Mercadante, Yudy demonstrou interes se em competir no Brasil e tentar viver seu sonho no judô. Três meses depois
de conversar com a equipe brasileira, o judoca recebeu um convite para partici par de uma seletiva no Brasil. Aceitou a proposta, largou os estudos e viajou para o Brasil pela primeira vez em no vembro de 2013. Eduardo Yudy foi recebido pelo professor Mercadante em Araras, onde iria integrar a equipe da Associação Mercadante para competir a Seletiva Nacional das Categorias da Base em dezembro daquele mesmo ano. Era uma grande oportunidade, pois se ele se classificasse, faria parte da Seleção Brasileira Sub 21 e começaria a defen der as cores do Brasil no judô. Hospedouse na casa do professor Marcos e fez a sua preparação na Mer cadante, juntamente com os atletas da Associação Mercadante de Judô. Foi campeão na seletiva e passou a inte
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grar oficialmente a Seleção Brasileira Sub 21 para as competições de 2014. Com essa conquista, intermediado pelo professor Mercadante, Yudy foi contratado em 2014 pelo Esporte Clu be Pinheiros. Mudouse para a capital paulista e passou a treinar e defender o EC Pinheiros, já integrando a seleção de base. E aí começou uma lista de bons re sultados nos tatames. Em 2015, Yudy foi campeão paulista e brasileiro; em 2016, venceu um evento teste no Rio de Janeiro. Depois de convocações para a se leção brasileira de base desde 2013, entrou para a seleção adulta em 2017, no início do novo ciclo olímpico depois dos Jogos do Rio2016. No mesmo ano, foi campeão do PanAmericano de judô e venceu o Eu
ropean Open na Itália. Em 2018, con quistou o Campeonato Mundial Militar e foi medalha de bronze no Grand Prix de Túnis. Em 2019, veio sua maior conquista representando o Brasil. Nos Jogos PanAmericanos de Lima, conquistou a medalha de ouro na categoria meio médio (até 81 kg). No mesmo ano, também conseguiu um bronze no Campeonato PanAmeri cano de judô. Em janeiro de 2020, o ju doca também ficou com a medalha de bronze do Grand Prix de Tel Aviv, em Israel. Em 2021 Eduardo Yudy competiu algumas vezes na temporada mas não obteve grandes resultados, além de contrair a Covid19 em um treinamento internacional, ficando de quarentena no exterior por 15 dias. Felizmente os sin tomas não foram graves, mas não con seguiu participar de dois torneios importantes: Ele foi testado positivo no hotel antes do torneio de Antalya, na Turquia, em março. No Mundial da Hungria em junho, o último teste antes dos Jogos Olímpi cos, Yudy venceu duas lutas e acabou caindo nas oitavas de final. Mesmo com a derrota para o belga Matthias Casse, que é o atual líder do ranking mundial da categoria, Eduardo Yudy se classificou para Tóquio de forma direta, através do ranking internacional como o melhor do Brasil na categoria 81kg e entre os 18 melhores do mundo. Além de atleta do Clube Pinheiros, também é terceirosargento do exército dentro do PAAR (Programa de atletas de alto rendimento). Na Olimpíada do Japão 2020, o 106
meiomédio Eduardo Yudy Santos teve uma primeira luta complicada com o campeão mundial e número dois do ranking, Sagi Muki, de Israel. Yudy co meçou bem, com golpes de perna que desequilibraram Muki. No entanto, o is raelense encaixou o golpe perfeito e venceu o combate. “Infelizmente não consegui fazer o que eu queria fazer. Deixei muito ele fazer o jogo dele, na verdade. Eu esta va muito preocupado com o jogo dele e acabei ficando muito defensivo”, expli cou o brasileiro ao deixar o tatame em sua primeira participação olímpica. “Só tenho que agradecer mesmo. Fico mui to feliz com essa jornada para chegar aqui, mas na questão de resultado, de competição, tenho muitas coisas para corrigir. Primeiro, preciso errar menos. Meu ataque é forte. Então, tenho que colocar o adversário para se preocu par. Depois a parte física. Viemos num ritmo de competição muito forte e ficou um pouco difícil na questão de periodi zação. Estou triste pelo resultado, mas sou grato por tudo que aconteceu co migo até chegar aqui”. Lutar em Tó quio, no País que nasceu, representando o Brasil, teve um gosto especial para o atleta do Esporte Clube Pinheiros. Após a Olimpíada, Yudy se casou com Yanka Pascoalino que também é judoca do EC Pinheiros. Com relação aos pais, Yudy diz que bate saudade deles, porém se en contra com eles todos os anos e fala diariamente com eles. Então, desta for ma, não está sendo sacrifício. E finali za: “Enquanto for atleta, não pretendo voltar para o Japão”.
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