Simplesmente JUDÔ #22

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EDITORIAL Simplesmente JUDÔ número 22. Pintamos na área! Ações e competi­ ções acontecem e acontecerão ao lon­ go de 2022. E nós estamos aqui para divulgar e perpetuar tudo o que pode­ mos e que estão ao nosso alcance. Nesta edição, o Grand Slam da França, realizado na cidade de Paris, um evento que tem seu charme e im­ portância no circuito mundial. No Bra­ sil, o 1º Encontro Nacional de Veteranos e o 1º Exame Nacional de Kata. E a intensidade dos eventos con­

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tinuam no ano começou há apenas três meses. Beatriz Souza é a nossa homena­ geada na capa desta edição. Uma jo­ vem judoca que alia simplicidade, empatia e garra. Já com um currículo invejável na modalidade, tem muito a conquistar ainda e determinação para isso não falta para ela. Nossa missão na revista Simples­ mente JUDÔ sempre será trazer infor­ mações sobre judô dentro de nossas possibilidades. Simples assim. Boa leitura.


Há pequenos prazeres para garan­ tir que não fiquemos de mau humor: o de ver a fila interminável de espectado­ res esperando para entrar na Accor Arena e vê­la encher gradualmente pa­ ra que o show possa começar na at­ mosfera tão característica do Grand Slam de Paris. Sob um sol radiante no sábado, 5 de fevereiro, milhares de espectadores lotaram os portões do estádio, prontos para seguir e incentivar seu judoca fa­ vorito. Deve­se dizer que a incerteza 04

pairou sobre o planeta do judô por al­ gumas semanas. O Grand Slam de Pa­ ris poderia ocorrer normalmente devido à atual crise de saúde em todo o mun­ do? A resposta foi, portanto, bastante clara: SIM! Pouco antes do bloco final, o públi­ co pôde participar de jogos interativos e conhecer o mascote da França Judô, chamado Kodomo (tradução do japo­ nês: crianças), que destacou a impor­ tância dos valores do judô e do arco. Uma apresentação poderosa e dinâmi­


ca da iniciativa de 1.000 dojo, cujo le­ ma é 'trabalhar duro para tornar as coi­ sas mais fáceis', também foi exibida antes que o presidente da FIJ, Marius Vizer, e o presidente da França Judô, Stéphane Nomis, tomassem a palavra para seus discursos de boas­vindas. Como o Grand Slam de Parisacon­ teceu em apenas dois dias, sete cate­ gorias de peso entraram em jogo desde os primeiros momentos e imedi­ atamente prometeram ser não apenas interessantes, mas emocionantes, ofe­ 05

recendo grandes ações, confirmações e decepções, surpresas e páginas que pareciam já escrito. No entanto, no judô, todos sabem, nada pode real­ mente ser planejado e isso o torna má­ gico. Os textos do Grand Slam de Paris são de Nicolas Messner e Pedro Lasuen da Federação Internacional de Judô e as fotos são de Gabriela Sabau e Marina Mayorova.


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RESULTADOS FINAIS: 1. TSUNODA Natsumi (JPN), 2. BAVUUDORJ Baasankhuu (MGL), 3. KOGA Wakana (JPN), 3. PONT Blandine (FRA), 5. LEGOUX CLEMENT Melanie (FRA), 5. MENZ Catherine (GER), 7. LIMA Amanda (BRA), 7. PERAFAN Keisy (ARG)

­48kg feminino: A habilidosa cam­ peã mundial Tsunoda vence pela pri­ meira vez em Paris A categoria feminina mais leve foi dominada por países asiáticos, já que Baasankhuu Bavuudorj (MGL) enfren­ tou Natsumi Tsunoda (JPN) na final. Se o competidor japonês, campeão mun­ dial em 2021 em Budapeste, vencedor do Mundial de Judô Masters em 2018 e já detentor de sete medalhas de Grand Slam, não foi realmente uma surpresa, não foi o caso de Baa­ sankhuu Bavuudorj, que até agora não tinha recorde em tudo no circuito inter­ nacional. 136ª na lista do ranking mun­ dial, ela derrotou a cabeça de chave, Mélanie Legoux Clément da França na segunda rodada, antes de vencer con­ tra a alemã Katharina Menz na semifi­ nal. Tsunoda foi a primeira a responder ao chamado à ação com um soberbo 08

tomoe­nage para um waza­ari, Baa­ sankhuu Bavuudorj pousando de lado a 90° do tatame. A luta parecia estar indo apenas em uma direção, a cam­ peã mundial tinha muitas armas em sua bolsa, para manter o controle em tachi­waza e ne­waza. Na verdade, foi no chão que Tsunoda concluiu. Após uma tentativa de ude­gatame (chave de braço), ela ajustou seu equilíbrio para fixar Bavuudorj para ippon. Esta é a primeira medalha de ouro no Grand Slam de Paris para Tsunoda. A Seleção Francesa qualificou dois atletas para as disputas da medalha de bronze: Mélanie Clément Legoux con­ tra Wakana Koga (JPN) e Blandine Pont contra Katharina Menz (GER). O primeiro perdeu para o concorrente ja­ ponês com uma imobilização por ip­ pon, enquanto o segundo ganhou na pontuação de ouro com um uchi­mata oportunista e acrobático para waza­ari.


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RESULTADOS FINAIS: 1. NAGAYAMA Ryuju (JPN), 2. JEON Seungbeom (KOR), 3. MKHEIDZE Luka (FRA), 3. PAPINASHVILI Jaba (GEO), 5. LEE Harim (KOR), 5. HUSEYNOV Karamat (AZE), 7. ENKHTAIVAN Ariunbold (MGL), 7. VERSTRAETEN Jorre (BEL)

Masculino ­60kg: Nagayama con­ quista o segundo ouro do Japão Na categoria leve masculina, nova­ mente a Ásia dominou com Ryuju Na­ gayama (JPN) e Seungbeom Jeon (KOR) entrando na final. O judoca ja­ ponês foi campeão mundial júnior em 2015 e desde então bicampeão Mas­ ters, então não foi uma surpresa para ele. Na semifinal, ele derrotou o cabe­ ça de chave Karamat Huseynov (AZE). Mais uma vez a surpresa veio da outra metade do sorteio, onde Seungbeom Jeon, de 23 anos, número 125 do mundo, derrotou o herói local, meda­ lhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio e vencedor da primeira me­ dalha pela delegação francesa nesta ocasião , Luka Mkheidze (FRA), que até agora teve uma concorrência per­ feita. Depois de ter marcado um primeiro waza­ari com uma técnica rápida de achi­waza, Nagayama assumiu o con­ trole da partida apesar das tentativas espetaculares de Jeon e concluiu com uma imobilização por ippon. Ouro para 12

Nagayama e Japão. Na primeira luta pela medalha de bronze, Luka Mkheidze enfrentou seu segundo adversário coreano do dia, Harim Lee. Com uma combinação mui­ to inteligente de ataques de pé imedia­ tamente seguidos no chão, Mkheidze manteve o controle do braço e armou o seu adversário para ippon e uma gran­ de explosão de alegria do público fran­ cês. Mesmo tendo perdido a final, Mkheidze mostrou que, desde a meda­ lha de bronze nas Olimpíadas, está agora entre os melhores jogadores da categoria. O segundo concurso de medalha de bronze viu Jaba Papinashvili (GEO) enfrentar Karamat Huseynov (AZE). Este último rapidamente assumiu a li­ derança com um movimento de ombro quase perfeito que aterrissou demais para o lado para ganhar ippon. Husey­ nov estava prestes a controlar a situa­ ção quando em contato corpo a corpo, Papinashvili aproveitou a chance e fis­ gou Huseynov com um ko­uchi­gari gi­ ratório por ippon.


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RESULTADOS FINAIS: 1. BUCHARD Amandine (FRA), 2. Distrito KRASNIQI (SOC), 3. KOCHER Fabienne (SUI), 3. SHISHIME Ai (JPN), 5. GNETO Montado (FRA), 5. GILES Chelsie (GBR), 7. KALETA Aleksandra (POL), 7. BISHRELT Khorloodoi (MGL)

­52kg feminino: Buchard vs. Kras­ niqi: 1ª rodada para Buchard A partida entre Amandine Buchard, medalhista de prata em Tóquio no ve­ rão passado, e Distria Krasniqi (KOS), campeã olímpica, mas na categoria in­ ferior, foi a partida que todos espera­ vam. E elas se encontraram na final. Distria Krasniqi está de volta à sua ca­ tegoria preferida. Buchard fez o público explodir de alegria, principalmente na semifinal, quando venceu a campeã mundial Ai Shishime. Afiada e forte, já podemos dizer que Krasniqi já se adaptou à sua nova categoria de peso. Aqui contra a núme­ ro um do mundo, Buchard, ela foi pe­ nalizada duas vezes por passividade, já que Buchard foi quem impôs o ritmo da partida. Ainda assim, não houve ataques fortes o suficiente de qualquer atleta, para colocar a outra em perigo. Começou um golden score muito táti­ co, a campeã francesa procurando o terceiro pênalti para Krasniqi e a outra tentando evitá­la. O mínimo que pode­ 16

mos dizer é que Buchard e Krasniqi es­ tavam dando tudo, mas com o passar dos minutos, Buchard parecia estar mais cansada que a campeã olímpica. Contra todas as probabilidades, Bu­ chard de repente colocou toda a ener­ gia que lhe restava em um seoi­nage desesperado que marcou waza­ari, numa luta incrível. Amandine Buchard declarou: " Eu não a estudei nada. Concentrei­me em mim. A estratégia era ser muito agres­ siva desde o início no kumi­kata. Deu certo, mas já sei que Distria será muito difícil e agora não é apenas sobre mim e Abe, porque Distria logo fará parte do grupo principal." No primeiro concurso de medalha de bronze Astride Gneto (FRA) enfren­ tou Fabienne Kocher (SUI). No período do golden score Kocher derrotou sua oponente com sangaku­jime. A segun­ da medalha de bronze foi disputada entre Chelsie Giles (GBR) e Ai Shishi­ me. Shishime ganhou outra nova me­ dalha para o Japão.


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RESULTADOS FINAIS: 1. YONDONPERENLEI Baskhuu (MGL), 2. AN Baul (KOR), 3. TANAKA Ryoma (JPN), 3. MARGVELASHVILI Vazha (GEO), 5. SAHA Luukas (FIN), 5. BOUBA Daikii (FRA), 7. RAMIREZ Isaiah (EUA), 7. CINCO Willian (BRA)

Masculino ­66kg: Yondonperenlei vence para a Mongólia O número um do mundo e meda­ lhista de prata olímpica Baul An (KOR) passou pelas preliminares sem gran­ des dificuldades para enfrentar Baskhuu Yondonperenlei (MGL), quinto do mundo e em chamas desde a ma­ nhã, com uma vitória significativa con­ tra Vazha Margvelashvili (GEO) na semifinal. O primeiro ataque veio do judoca coreano de maior sucesso no circuito no momento, com um seoi­nage baixo para nenhuma pontuação, mas a partir daí, a luta ficou muito equilibrada para qualquer ataque ser bem­sucedido e foi An Baul que começou a cometer ataques falsos. Depois de um longo golden score, o terceiro pênalti caiu so­ bre An Baul, que não jogou bem do ponto de vista tático contra a parede de tijolos que é Baskhuu Yondonperen­ lei. O mongol ganhou a medalha de ouro. 20

Houve um último competidor fran­ cês, dos quatro engajados na competi­ ção nesta categoria, que esteve presente no bloco final. Daikii Bouda (FRA) enfrentou Vazha Margvelashvili (GEO). Bouda resistiu por muito tempo e tivemos que esperar os últimos qua­ renta segundos para ver o medalhista de prata olímpico executar um podero­ so movimento de quadril para um ip­ pon claro. Sem registro no cenário internacio­ nal, a presença de Luukas Saha da Finlândia foi uma surpresa e uma boa, pois o judoca finlandês mostrou um judô muito bom durante as rodadas preliminares. O último passo foi grande e provavelmente grande demais, pois enfrentou Ryoma Tanaka (JPN) por um lugar no pódio. Depois de apenas 23 segundos, Tanaka, vencedor do ano passado aqui em Paris, marcou ippon com um movimento de ombro de um braço. Sem chance para Saha.


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RESULTADOS FINAIS: 1. FUNAKUBO Haruka (JPN), 2. TAMAOKI Momo (JPN), 3. CYSIQUE Sarah Leonie (FRA), 3. GNETO Priscilla (FRA), 5. MOKDAR Faiza (FRA), 5. LKHAGVATOGOO Ankhriilen (MGL), 7. PERÍSICO Marica (SRB), 7. Julia KOWALCZYK (POL)

Feminino ­57kg: Funakubo para o Japão fez de novo para o Japão Com uma vitória por ocasião do úl­ timo Grande Prêmio Portugal 2022, a campeã olímpica de 2016 esperava mais um bom dia de judô, mas foi rapi­ damente derrotada por Faiza Mokdar (FRA) que a derrotou por ippon. Para o público francês, a heroína do dia nesta categoria foi definitivamente a meda­ lhista de prata olímpica, Sarah Léonie Cysique (FRA), mas perdeu para Haru­ ka Funakubo na semifinal, enquanto a segunda competidora francesa Priscilla Gneto não passou Momo Tamaoki (JPN), na outra semifinal. Assim, as duas japoneses se encontraram na fi­ nal. Na final cada competidora se co­ nhecia perfeitamente, com estilos se­ melhantes de judô. Com um shido cada, elas entraram no golden score, sendo a questão, quem seria capaz de mudar o ritmo? Foi quando a terceira 24

penalidade foi dada a Tamaoki. Funa­ kubo conquista sua segunda medalha de ouro em Paris. Enkhriilen Lkhagvatogod (MGL) foi contestado por Priscilla Gneto (FRA) no primeiro concurso de medalha de bronze. No placar de ouro, com um pouco de ko­uchi­gari, Gneto conse­ guiu uma vantagem decisiva para con­ quistar o bronze. A França garantiu uma medalha com Faiza Mokdar e Sarah Léonie Cy­ sique se enfrentando pela medalha de bronze. Sarah Léonie Cysique já é me­ dalhista olímpica e tem muita experiên­ cia, enquanto Faiza Mokdar representa a nova geração francesa nesta catego­ ria. A experiência valeu a pena como Cysique em uma situação de transição clara, não perdeu o controle do braço da adversária e aplicou uma chave de braço por ippon. Isso adiciona duas no­ vas medalhas para o país anfitrião.


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RESULTADOS FINAIS: 1. SHAVDATUASHVILI Lasha (GEO), 2. HASHIMOTO Soichi (JPN), 3. AXUS Benjamin (FRA), 3. TSEND­OCHIR Tsogtbaatar (MGL), 5. BASILE Fabio (ITA), 5. AKHADOV Shakhram (UZB), 7. NJIE Faye (GAM), 7. GABA Joan­Benjamin (FRA)

Masculino ­73kg: Shavdatuashvili caça mais um ouro em Paris A lenda do judô Lasha Shavdatu­ ashvili é um fenômeno. Tendo vencido tudo, ele ainda encontra energia e mo­ tivação para estar entre os melhores. Assim, na final enfrentou Soichi Hashi­ moto que, apesar de alguns momentos assustadores para ele durante as pri­ meiras rodadas, poderia finalmente se juntar ao campeão georgiano. Lasha Shavdatuashvili tem uma ex­ periência enorme, mas Soichi Hashi­ moto também. Quando dois especialistas se encontram, não é de estranhar que presenciemos um jogo muito tático. No entanto, o campeão georgiano interrompeu o judô de Hashimoto aumentando o ritmo duran­ te a primeira parte da final. No golden score, o japonês parecia se recuperar enquanto Shavdatuashvili diminuía o ritmo, mas havia um shido entre eles e isso bastou, quando o terceiro pênalti 28

foi dado, para dar a vitória a Lasha Shavdatuashvili, o caçador de meda­ lhas. Lembraremos a derrota precoce de Rustam Orujov, que foi derrotado por Benjamin Axus (FRA), em chamas ao longo do dia. Eventualmente, o compe­ tidor francês se classificou para a dis­ puta da medalha de bronze contra o campeão olímpico de 2016 Fabio Basi­ le. O herói italiano esteve tão perto de derrotar Hashimoto na semifinal, mas não conseguiu. O competidor francês controlou até o último segundo para conquistar uma merecida medalha que o ajudará a mudar sua classificação. Na verdade, na manhã do torneio, Axus estava na distante 242ª posição na Lista do Ranking Mundial. Trabalho bem feito! Tsogtbaatar Tsend­Ochir (MGL) en­ frentou Shakhram Akhadov pela se­ gunda medalha de bronze e a medalha foi para a Mongólia.


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RESULTADOS FINAIS: 1. NABEKURA Nami (JPN), 2. DOI Masako (JPN), 3. VERMEER Sanne (NED), 3. SZYMANSKA Angelika (POL), 5. VAN DEN BERG Geke (NED), 5. RENSHALL Lucy (GBR), 7. LEE Juyeon (KOR), 7. BELKADI Amina (ALG)

Feminino ­63kg: Japão termina o dia em ouro com Nabekura A última final do dia também foi 100% japonesa como Masako Doi, me­ dalhista de bronze aqui em Paris há dois anos e Nami Nabekura, campeã mundial júnior de 2015, classificada para determinar ouro e prata. Mais uma vez a final foi muito táti­ ca, ambas as atletas se conhecendo muito bem para conseguirem encontrar oportunidades de arremesso. No final, conforme anunciado, o Japão venceu e foi Nami Nabekura. Lucy Renshall (GBR) foi a melhor semente do dia na categoria, mas teve que trabalhar apenas pelo bronze, con­ 32

tra a polonesa Angelika Szymanska, que já conquistou uma medalha de bronzei em Paris em outubro passado. Infelizmente para a atleta britânica, Szymanska somou uma segunda me­ dalha de bronze consecutiva em Paris. A Holanda teve uma medalha ga­ rantida, pois Sanne Vermeer (NED) e Geke Van Den Berg (NED) foram quali­ ficadas para o segundo concurso de medalha de bronze. Apesar de Van Den Berg ter tido um dia muito bom, a medalha de bronze estava um pouco fora de alcance e acabou indo para sua companheira de equipe Sanne Vermeer, que marcou ippon.


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RESULTADOS FINAIS: 1. FUJIWARA Sotaro (JPN), 2. GRIGALASHVILI Tato (GEO), 3. CHOUCHI Sami (BEL), 3. BOLTABOEV Sharofiddin (UZB), 5. MUKI Sagi (ISR), 5. GAUTHIER DRAPEAU François (CAN), 7. PIETRI Loic (FRA), 7. SCHIMIDT Guilherme (BRA)

Masculino ­81kg: Final de alto vôo Tato Grigalashvili é um velho pre­ maturo; tão jovem e já tão conhecido, é isso que mostra o talento. Tendo aca­ bado de completar 22 anos, o georgia­ no tem muito espaço para progressão. Em Paris ficou nas semifinais como se estivesse preparando um café na cozi­ nha de sua casa. Lá o georgiano teve sua primeira grande prova de fogo. Sa­ mi Chouchi (BEL) tem a infelicidade de ser compatriota de Matthias Casse. Como Casse é o líder do ranking mun­ dial e campeão mundial, Chouchi tem menos espaço, mas o belga costuma aproveitar as oportunidades. Griga­ lashvili venceu, mas o resultado pode­ ria ter sido diferente. Na final, enfrentou o japonês Sotaro Fujiwara. Nada é fácil nesta categoria e quando parece que o mais complicado já pas­ sou, surge um novo problema. Parecia que Grigalashivli tinha a iniciativa, até que Fujiwara marcou 36

com ippon­seoi­nage. O georgiano res­ pondeu imediatamente com seu pró­ prio waza­ari. A final foi em alta, uma joia para os amantes do judô. Fujiwara concluiu com um espetacular tani­ otoshi prolongando o domínio japonês em Paris. Já havia quatro medalhas de ouro e ainda havia muito para ver. A batalha pelos bronzes refletia a densidade desse peso. O israelense e campeão mundial em 2019 Sagi Muki teve que medir forças com Chouchi e o uzbeque Sharofiddin Boltaboev, fera negra de alguns dos melhores, como Muki, enfrentou o canadense François Gauthier Drapeau. Tudo foi resolvido em pontuação de ouro. Chouchi termi­ nou com waza­ari primeiro, confirman­ do que se Casse não estiver por perto, ele geralmente responde com meda­ lhas. Boltaboev também ganhou pouco depois. No total foram 15 minutos para duas lutas. Bem­vindo ao universo de ­81kg.


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RESULTADOS FINAIS: 1. PINOT Margaux (FRA), 2. NIIZOE Saki (JPN), 3. ONO Yoko (JPN), 3. MATIC Bárbara (CRO), 5. SCOCCIMARRO Giovanna (GER), 5. PETERSEN POLLARD Kelly (GBR), 7. EME Clemence (FRA), 7. ISSOUFI Kaila (FRA)

Feminino ­70kg: Pinot 2022 Paris foi a data escolhida por Bar­ bara Matic para dar sinais de vida. A croata vestiu­se a rigor para exibir o emblema vermelho nas costas que a credencia como campeã do mundo. Havia apenas vinte judocas registra­ dos, mas alguns eram muito perigosas, como Yoko Ono, Assmaa Niang ou Ma­ ria Portela. No entanto, o perigo real veio de outro lugar. Margaux Pinot teve um 2021 agridoce porque conquistou o ouro olímpico por equipe, mas perdeu o torneio individual na primeira rodada. Pinot destruiu primeiro a cubana Ide­ lannis Gómez Feria, para depois fazer o mesmo com a japonesa Yoko Ono. A versão 2022 da francesa parece muito boa. Nas semifinais, ela eliminou sem hesitar a campeã mundial Matic. Dis­ cretamente, sem fazer muito barulho, os japoneses chegaram à final após derrotar Prévot, Portela e Petersen. 40

Nas semi­finais, aproveitou a ausência por lesão da alemã Giovanna Scocci­ marro. Às vezes isso acontece e ela apareceu contra Pinot na final. Era a França contra o Japão, como nos velhos tempos. Foi uma final muito tensa, os judocas se anularam e assim chegaram ao golden score, onde Pinot venceu com morote­seoi­nage. Com ouro e duas vitórias contra dois japone­ ses no mesmo dia, é um sim, o novo Pinot realmente tem algo novo! "Meu judô está melhor hoje do que todo o ano passado. É porque resolvi alguns outros problemas e me libertei mental­ mente. Quando a cabeça está bem, to­ do o resto se encaixa", disse Pinot. Barbara Matic conquistou o bronze na pista rápida contra a britânica Kelly Pe­ tersen­Pollard e Ono também venceu na ausência de Scoccimarro.


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RESULTADOS FINAIS: 1. MURAO Sanshiro (JPN), 2. MEHDIYEV Mammadali (AZE), 3. BOBONOV Davlat (UZB), 3. ZGANK Mihael (TUR), 5. GVINIASHVILI Beka (GEO), 5. MATHIEU Alexis (FRA), 7. PARLATI Cristã (ITA), 7. SILVA MORALES Ivan Felipe (CUB)

Masculino ­90kg: Elvis Japonês Com o campeão olímpico Lasha Bekauri de férias e o campeão mundial Nikoloz Sherazadishvili dando seus pri­ meiros passos na primeira divisão, um chefe era procurado aqui, pelo menos temporariamente. Havia muitos candi­ datos, mas nenhum se destacou acima do resto. Ainda era cedo. Pouco a pou­ co o assunto foi se acalmando e surgiu um neófito e um veterano. O japonês Sanshiro Murao está se tornando co­ nhecido, mas é algo recente. Uma pra­ ta mundial e um ouro em um grand slam aos 21 anos soa muito bem. O azeri Mammadali Mehdiyev é como os legionários que conquistaram um impé­ rio com paciência e suor. Ele está na elite há uma década, não como um 44

grande favorito, mas você sempre tem que contar com ele. Em Paris chegou à final com a intenção de parar os pés da geração jovem. Era assim que as coi­ sas eram antes da final. Murao venceu porque não esperou, não quis contemporizar, que foi o que Mehdiyev fez. O japonês, com aquela quase peruca que lhe dá o ar de Elvis, executou o osoto­gari. Isso é outro ou­ ro para o Japão! Davlat Bobonov fez um ippon ex­ presso para conquistar o bronze contra Beka Gviniashvili e o judoca turco Mihael Zgank tornou a tarde amarga para o francês Alexis Mathieu, com o segundo bronze.


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RESULTADOS FINAIS: 1. TCHEUMEO Audrey (FRA), 2. UMEKI Mami (JPN), 3. LEE Jeongyun (KOR), 3. MALONGA Madeleine (FRA), 5. REID Emma (GBR), 5. YOON Hyunji (KOR), 7. POSVITE Fanny Estelle (FRA), 7. AUSMA Natascha (NED)

Feminino ­78kg: Rainha de Paris Esta categoria era quase uma có­ pia carbono da categoria ­70kg. Nem a campeã japonesa e olímpica Shori Ha­ mada nem a campeã alemã e olímpica Anna Maria Wagner viajaram para Pa­ ris, mas havia a francesa Madeleine Malonga, ex­campeã mundial, que no ano passado perdeu a final mundial e olímpica contra Hamada e Wagner. São os três melhores! Na ausência dos dois primeiros, Malonga era claramen­ te a favorita, mas era também a sua primeira competição desde os Jogos Olímpicos. Ela teve azar ou não conse­ guiu encontrar as fraquezas do corea­ no Jeongyun Lee e foi para casa assim que chegou. Com Malonga fora de ação, começou um torneio totalmente diferente. As mais inteligentes foram a japonesa Mami Umeki e a francesa Au­ 48

drey Tcheumeo. Umeki é a quarta per­ na da cadeira, junto com Wagner, Ma­ longa e Hamada. Tcheumeo foi vice­campeão olímpico no Rio. 14 segundos depois Tcheumeo já estava na frente com sumi­gaeshi. Umeki ainda não tinha acordado e quando o fez, já era tarde demais. O atleta francês controlou o tempo e ven­ ceu. França 2, Japão 0 e quinto título em Paris para Tcheumeo. Os bronzes foram para Malonga, que veio dos playoffs e seu carrasco na primeira rodada, Jeongyun Lee. Eles derrotaram Hyunji Yoon da Coréia e Emma Reid da Grã­Bretanha.


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RESULTADOS FINAIS: 1. NIKIFOROV Toma (BEL), 2. PALTCHIK Peter (ISR), 3. TUROBOYEV Muzaffarbek (UZB), 3. IIDA Kentaro (JPN), 5. KORREL Michael (NED), 5. BUZACARINI Rafael (BRA), 7. KUCZERA Piotr (POL), 7. EICH Daniel (SUI)

Masculino ­100kg: Senhor Sim Se­ nhor Havia os velhos conhecidos, os ve­ teranos endurecidos pela batalha e os recém­chegados. Havia Toma Nikifo­ rov, Michael Korrel e Peter Paltchik, para dar três exemplos e Joris Agbég­ nénou e Nikoloz Sherazadishvili; muito músculo para uma única medalha de ouro. A velha guarda ganhou, como se quisesse reivindicar algo, o direito à longevidade e fechou a porta para os japoneses e franceses. A final foi uma partida entre dois judocas fortemente marcados, o soldado belga e profissio­ nal Toma Nikiforov e o israelense Peter Paltchik; um ótimo final de aparência. Ficou imediatamente aparente que eles se respeitavam. Foi uma luta táti­ ca, uma luta de kumi­kata. O período de ouro chegou com dois shido para 52

Paltchik e um para Nikiforov. Porém, algo excepcional aconteceu: um ata­ que simultâneo e ambos pensaram que tinham vencido, mas o israelense usou a cabeça e o pescoço para con­ duzir sua tentativa e foi logicamente eliminado. Muzaffarbek Turboyev teve um bom dia. Ele primeiro esmagou Sherazadishvili em 30 segundos e de­ pois ganhou o bronze fazendo mais ou menos a mesma coisa com o veterano holandês Michael Korrel. O outro bron­ ze foi para o japonês Kentaro Iida, que derrotou o brasileiro Rafael Buzacari­ ni.


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RESULTADOS FINAIS: 1. TOMITA Wakaba (JPN), 2. DICKO Romane (FRA), 3. TOLOFUA Julia (FRA), 3. KIM Hayun (KOR), 5. CHEIKH ROUHOU Nihel (TUN), 5. FONTAINE Lea (FRA), 7. ASSELAH Sônia (ALG), 7. SOUZA Beatriz (BRA)

Feminino +78kg: Tomita x França Esta categoria era como se o anfi­ trião da festa não quisesse alimentar seus convidados. A França tem uma escola de pesos pesados muito forte. Quatro deles defenderam a honra naci­ onal, incluindo Romane Dicko, vice­ campeã olímpica. Com a brasileira e cabeça de chave Beatriz Souza elimi­ nada em sua primeira partida, entre a França e uma medalha de ouro, ape­ nas uma japonesa, Wakaba Tomita, fi­ cou no caminho, mas tome cuidado porque dissemos 'japonesa'. Dicko em uma final é tudo menos absurdo. Ela é a adversária mais dura 56

da melhor peso­pesado do circuito, a japonesa Akira Sone. No entanto, To­ mita não deveria ser subestimado. Que? Nunca! Agora Dicko sabe disso, tendo concedido um belo ippon de To­ mita. França 2, Japão 1. Léa Fontaine e Julia Tolofua foram as escudeiras perfeitas para Romane Dicko. Tolofua ganhou o bronze contra o turco Nihel Cheikh Rouhou. Fontaine perdeu para a coreana Hayum Kim, mas lutou pelo bronze em Paris pela segunda vez consecutiva e ainda é júnior.


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RESULTADOS FINAIS: 1. ODKHUU Tsetsentsengel (MGL), 2. KOKAURI Ushangi (AZE), 3. KIM Minjong (KOR), 3. KAGEURA Kokoro (JPN), 5. TERHEC Joseph (FRA), 5. ANDREEV Guerman (FRA), 7. PUUMALAINEN Martti (FIN), 7. SANAL Emre (FRA)

Masculino +100kg: Foguete Mongol Em Paris, o japonês Kokoro Ka­ geura está em casa. Ele desmoronou a montanha Riner aqui em 2020 e depois venceu o campeonato mundial, para retornar agora como chefe com co­ mando no lugar. O rival a ser batido era ele. O problema dele é que ele descansou nos louros e acabou per­ dendo nas semifinais em uma partida inglória. Os detalhes às vezes são en­ contrados em si mesmo. A final foi inédita, sem francês ou japonês na categoria coroada. Era co­ mo se o mongol Tsetsentsengel Odkhuu e o azerbaijano Ushangi Ko­ kauri tivessem o partido errado, mas não, não era sobre isso. Eles foram consistentes, venceram suas lutas com 60

firmeza e não mostraram fraquezas. Odkhuu se lançou como um fogue­ te, moveu­se com velocidade, o que sempre incomoda Kokauri e acabou com a festa estrangulando seu opo­ nente. Era uma obra de arte digna de ouro. Joseph Terhec e Guerman An­ dreev foram os últimos representantes de um contingente francês que corres­ pondeu às expectativas com um total de 11 medalhas. No entanto, eles não conseguiram pegar mais. Guerman tro­ peçou porque encontrou Kageura, que não gostou nada de sua eliminação na semifinal e queria compensar isso. Terhec teve que dançar com o coreano Minjong Kim, que também não estava a fim de piadas.


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Por: Assessoria de Imprensa da CBJ

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Foi um final de semana movimentado para os atletas veteranos Paralelamente, aconteceu o tradicional Desafio Internacional de Veteranos, que já está em sua quinta edição.

Os judocas veteranos do Brasil reuniram­se em Pindamonhangaba, São Paulo, nos dias 04, 05, 06 e 07 de fevereiro para um super treinamento de campo nacional no dojô que abriga os treinos da seleção brasileira princi­ pal de judô. Idealizador do projeto, Cristian Cezário, coordenador nacional de veteranos da CBJ, relata como fo­ ram os quatro dias de confraterniza­ ção, homenagens e muito judô. Confira abaixo: "Os atletas Veteranos do Brasil ti­ veram um final de semana bem movi­ mentado, com 2 super eventos, mantendo a tradição do Desafio Inter­ nacional de Veteranos e inovando com 64

o Primeiro treinamento de Campo Ve­ teranos, realizado no QG das seleções principais em Pindamonhangaba, am­ bos os eventos foram um absoluto su­ cesso. O treinamento de campo, realizado de forma inovadora pela coordenação nacional de veteranos, foi um absoluto sucesso, contou com 97 inscritos e mais alguns convidados. Dentre os professores nomes como Uichiro Uma­ kakeba, Orlando Hirakawa, Max Trom­ bini e Bahjet Hayek estiveram a frente dos treinos e os conduziram com bri­ lhantismo. A fase de treinamento ainda contou com as palestrantes, Adriana Medeiros e Tatiana Neder, com o tema


'' Mente de Campeão ' e Alexandre Le­ ocadio, falando um pouco sobre as no­ vas regras de arbitragem. Alem de varios atletas campeões mundiais de veteranos, estiveram pre­ sentes no evento Silvio Acácio Borges (presidente de CBJ ), Marcelo Ornelas (presidente da FEBAJU ), Celso Galdi­ no (preside da Federação de Tocan­ tins), Marcelo Teothonio (gerente de Transição da CBJ), Matheus Teothonio (ex­gestor de eventos da CBJ) e os co­ ordenadores estaduais de veteranos dos estados AM, CE, BA, MS, TO, PE, PR. Alguns pontos altos que podemos citar do evento foram a graduação para 65

GO DAN (5º dan) de Shigueto Yama­ saki Jr e Matheus Teothonio, a entrega de uma comenda especial da coorde­ nação nacional de veteranos em ho­ menagem ao presidente Silvio Acacio Borges por todo serviço prestado ao judô nacional, em especial aos vetera­ nos e o fato inusitado de um atleta pe­ dir o Judogui do Sensei Silvio e ele sem pensar, tirar o judogui e entregar ao atleta, mostrando muita humildade e a proximidade da CBJ com os atle­ tas. Foram treinos e palestras fantásti­ cas, em um local ótimo e muito acolhe­ dor para os atletas e família e que agregou muito na preparação dos atle­


Judocas do Espírito Santo

Judocas dos Estados Unidos

Judocas de Minas Gerais

tas para um ano tão cheio de eventos. O evento veio para ficar e a coor­ denação de veteranos já está progra­ mando a próxima edição em 2023. Paralelamente, aconteceu o tradici­ onal Desafio Internacional de Vetera­ nos, que já está em sua quinta edição e a cada ano que passa agrega mais e envolve mais pessoas a estarem ativos para a classe veteranos. Esta edição mesmo com as adversidades da pan­ demia, reuniu 1400 atletas de 13 paí­ ses treinando simultaneamente. Alem do Brasil, participaram do evento paí­ ses como Argentina, México, EUA, Costa Rica, Italia, Equador, El Salva­ dor, Venezuela, Chile, Peru, Uruguai, Colômbia e República Dominicana, to­ talizando 82 sedes. No Brasil tivemos 18 estados parti­

cipantes, em 43 diferentes sedes, com grande destaque a Minas Gerais, que reuniu em 6 sedes 151 atletas e Espíri­ to Santo que reuniu em uma só sede 96 atletas veteranos. Foi um belo tra­ balho em equipe da Coordenação Na­ cional de Veteranos com os coordenadores estaduais e as federa­ ções que abraçaram o evento e garan­ tiram o seu grande sucesso. Foi dado o Start para um ano cheio de eventos. Agora, é treinar e se dedi­ car. Já iniciamos no dia 18/02 com a Copa Bahia (válida para o ranking na­ cional de veteranos ) e com foco total nos eventos internacionais que serão realizados no Brasil no mês de Maio, na Bahia (Sul­Americano, Pan­Ameri­ cano e Open)."

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FEDERAÇÃO GOIANA DE JUDÔ SEDIA O 1ª EXAME NACIONAL DE KATA Evento contou com a presença de 100 judocas vindos de 19 federações estaduais e do Presidente da CBJ Silvio Acácio Borges.

Por: Boletim OSOTOGARI

Foi realizado na cidade de Anápolis­ GO, entre os dias 11 e 13 de fevereiro, o 1º Exame Nacional de Kata, evento promovido pela Confederação Brasilei­ ra de Judô (CBJ) através da Coordena­ ção Nacional de Kata, tendo a frente o professor Rioiti Uchida, e a Federação Goiana de Judô (FEGOJU), tendo o presidente Josmar Amaral como anfi­ trião. Contando com a presença de 100 judocas vindos de 19 federações esta­ duais, o evento contou também com o prestígio do Presidente da CBJ, profes­ sor Silvio Acácio Borges. "É sempre muito bom estar entre amigos e poder reiniciar 2022 com as nossas competições, com as nossas atividades e com as nossas ações é muito, muito importante. A CBJ startou com a seletiva, depois o treinamento com os veteranos e essa é a minha terceira participação este ano em eventos. É um evento novo, inédito e que tende a crescer, tem um espaço muito grande dentro de nosso contex­ to, até porque a CBJ tem cada vez 68

mais como meta o investimento na educação, na formação dos seus pro­ fissionais e colaboradores. Colabora­ dores quando falo, são os funcionários da CBJ, os carregadores de tatamis, para não dizer carregadores de pianos, estão sempre ao lado das federações num trabalho solidário, voluntário e de doação. Encontrei aqui grandes ami­ gos e, nas conversas, o que nos trás até aqui e nos une é a paixão pela mo­ dalidade. Isso faz com que pessoas cruzem o País, de norte a sul, de leste a oeste, para vir a um evento como es­ te, vivenciar essa experiência. O cuida­ do e o zelo que o senhor presidente tem em receber a todos do Brasil, se esmerando cada vez mais e proporcio­ nar o melhor espaço, as melhores con­ dições, a melhor estadia. Muito bom estar aqui", disse o presidente Silvio Acácio. O 1º Exame Nacional de Kata foi realizado no Ginásio de Esportes da Educação Física da Unievangelica, Ci­ dade Universitária, Anápolis ­ GO.


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Com informações do UOL ­ Fotos IJF 71


A judoca Beatriz Souza, 24 anos, nascida em Peruíbe, litoral Sul de São Paulo, seguiu os passos do pai e co­ meçou a treinar judô, logo aos sete anos de idade. Era uma criança espe­ vitada, cheia de energia que "enlou­ quecia" os pais. Na adolescência, a atleta viveu uma espichada rápida aos 12 anos, já calçava 39. Emagreceu, mas as carac­ terísticas genéticas sempre estiveram ali: Beatriz era uma garota grande. En­ tão, conforme os treinos foram aumen­ tando de intensidade, Bia começou a ganhar massa muscular e foi ficando maior. Por conta de sua aptidão no judô, Bia foi se destacando na modalidade e aos 13 anos se mudou de Peruíbe pa­ ra São Paulo, quando foi contratada pela Sociedade Esportiva Palmeiras. Bia teve total apoio dos pais, mas não

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teve vida fácil. Ela acordava às quatro, cruzava a cidade de trem, metrô e ôni­ bus para chegar à escola às sete. Ao meio­dia, precisava estar no clube para treinar. Ficava por lá até a noite, quan­ do voltava para a república em que morava com mais 14 atletas. Os resultados comopetitivos vi­ nham e Bia foi se desenvolvenddo ca­ da vez mais. Então, foi contratada para lutar pelo E.C.Pinheiros, também da capital paulista. Beatriz demorou para ter noção de que poderia chegar a uma Olimpíada. O momento quase chegou: Beatriz lu­ tou até o último momento pela vaga brasileira na categoria pesado, mas quem foi para Tóquio foi a veterana Maria Suelen Altheman, 3 medalhas em Mundiais, um título mundial militar e 11 medalhas pan­americanas. Mas para Bia cabe o posto de mai­


or revelação do judô brasileiro no últi­ mo ciclo olímpico. Nos últimos cinco anos, conquistou medalhas importan­ tes em Campeonatos Mundiais, Jogos Pan­Americanos, Campeonatos Pan­ Americanos de judô, Grand Prix e Grand Slams. Nada mau para quem começou a disputar competições entre adultos apenas em 2016. "Tomei um pau nas primeiras com­ petições, eu era novinha, pensa? Nun­ ca apanhei tanto na minha vida. Mas não desisti. Fui treinando, melhorando, e, quando me dei conta, estava em 22º no ranking internacional. Ali, caiu a fi­ cha de que era possível. Todos os di­ as, treino para que, de fato, seja." Na data da realização desta maté­ ria, Bia ocupa a segunda posição do ranking mundial na categoria +78kg, atrás da francesa Romane Dicko e a frente de Maria Suelen Altheman, ter­ ceira colocada. CONFIRA ALGUNS IMPORTANTES RESULTADOS DE BIA: Vice­campeã mundial Junior em 2018

Bronze em Grand Slam Abu Dhabi 2017 Ecaterinburgo 2018 Osaka 2019 Paris 2020 Hungria 2020 Tbilisi 2021 Kazan 2021 Prata em Grand Prix: Tunísia 2018 Tibilisi 2019 Antália 2019 Bronze em Grand Prix: Cancún 2018 Perth Oceania 2019 Ouro em Panamericano: Cadetes 2015 Senior 2017 Senior 2021 Prata em Panamericano: Senior 2018 Senior 2020 Bronze em Panamericano: Sênior 2019

Bronze em mundiais: Cadetes 2015 Junior e equipes 2017 Seniors Hungria 2021 Bi­campeã em Grand Slam: 2019 Brasilia 2021 Abu Dhabi Vice­Campeã em Grand Slam: Tashkent 2021 Tel Avivi 2022 73



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