Simplesmente JUDO #05

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EDITORIAL A Simplesmente JUDO número 05 foi feita com muito carinho, Não que as edições anteriores não tivessem sido feitas com carinho também. Mas na medida que o projeto editorial da revista evolui, o resultado fica melhor do que o esperado. Aí vai dando uma satisfação imensa e não dá vontade de parar nunca. A cada edição, vou experimentando novas formas de apresentar as matérias, deixando as coisas fluirem, apenas vou fazendo. Por ser uma revista mais curtinha, a periodicidade também fica menor e assim, estou sempre editando uma nova edição. Publiquei a mais recente, já começo a preparar a pauta da próxima. Nesta edição fiz questão de homenagear um judoca que dispensa qualquer apresentação, que serve de espelho para todos os judocas, paralímpicos ou regulares, pois seis medalhas paralímpicas seguidas não é para qualquer um. Então, um pouco da história de Antonio Tenório, judoca excepcional. Em Campinas, uma equipe de judô de um Serviço Social tem feito a diferença nas competições que eles tem participado, Fomos até lá para conhecer o trabalho deles. Alguém já treinou judô em uma praia de água doce? O pessoal do Judô Guerra Sesi já. Mostraremos aqui. E para completar as matérias, o Festival e Copa Bandeirante de Judô Master lotou o ginásio do Centro Educacional da Moóca em São Paulo. E estivemos lá cobrindo o evento. Acompanhem a revista Simplesmente JUDÔ e o boletim OSOTOGARI. E quem gostou de nossas publicações, por favor, curtam a FanPage no facebook dando um "joinha" lá. Everton Monteiro Editor das Revistas Spirit of JUDO, Simplesmente JUDÔ e do blog boletim OSOTOGARI

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Em meados do primeiro semestre de 2016, quando as entidades responsáveis pelos atletas que disputariam as olimpíadas e paralimpíadas nem havia divulgado oficialmente os Jogos Rio 2016, já se tinha uma idéia de quem representaria o país no judô olímpico, mas havia algumas dúvidas em relação a algumas categorias de peso. Já os judocas paralímpicos, pouco se sabia ou comentava­se tanto na mídia quanto internamente dentro da modalidade. Mas havia um judoca paralímpico, mais que especial, que poucos sabiam que iria para mais um desafio em sua vitoriosa carreira. Disputar sua sexta paralimpíada consecutiva e buscar sua sexta medalha. E com um gostinho todo especial. Seria em casa, no Brasil! E a confirmação veio no dia 29 de junho, com a divulgação da lista de convocados pela CBDV (Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Visuais) onde Antonio Tenório da Silva integrava a equipe de judocas paralímpicos convidados pela CBDV a “colocar o kimono” e representar o Brasil nas Paralimpíadas Rio 2016. Para uma parcela da torcida brasileira, a idade de Tenório, 45 anos, e uma lesão ocorrida em 2015, que prejudicou sua preparação física, poderiam ser empecilhos para a conquista de mais uma medalha nas paralimpíadas. Mas quem conhecia Tenório e acompanhou a sua trajetória esportiva e pessoal e conhecia seu potencial no judô, acreditava que traria mais uma medalha para o país. E não decepcionou. Tenório estaria em uma final paralímpica pela quinta vez. Não venceu o combate final contra o sul­coreano Gwanggeun

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Choi , mas deixou mais uma vez a sua marca histórica dentro do judô paralímpico e mundial. A medalha de prata em Rio 2016 foi somada à sua medalha de bronze conquistada em Londres ­ 2012 e às outras quatro de ouro conquistadas consecutivamente em Atlanta ­ 96, ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha de ouro em uma modalidade diferente do atletismo e da natação aos 25 anos, em Sydney­2000, Atenas­2004 e Pequim­2008. O sul­coreano já havia quebrado a sua hegemonia nos Jogos em 2012, quando batera o brasileiro na semifinal em Londres ­ 2012, para se sagrar campeão paraolímpico na luta seguinte. Não teve a repercussão de mídia merecida, mas Tenório é o maior judoca paralímpico de todos os tempos. História Na sua carreira como competidor, também é Campeão Mundial, título conquistado em 2006 e acumula inúmeros campeonatos brasileiros. Além de suas conquistas paralímpicas acumula vitória em outras importantes competições, sendo ouro no Parapan do Rio de Janeiro de 2007, e em 2008, Tenório se consagrou campeão Paulista Master Meio Pesado no judô regular, em 06

competição realizada em Valinhos, interior de São Paulo. Durante a sua trajetória para as paralimpíadas de Pequim 2008, Tenório foi o tema de um documentário realizado por uma produtora, que o acompanhou durante todo o processo de preparação, intitulado “B1 – Tenório Rumo a Pequim”, que rodou o mundo e ganhou vários prêmios em mostras de cinema. Quando ganhou a primeira medalha paraolímpica, há vinte anos, Tenório já tinha 17 de judô, esporte pelo qual começou a competir aos oito, em um clube da cidade de São Bernardo do Campo (SP), onde nasceu. Ele tinha 13 anos quando, durante uma brincadeira de criança, perdeu a visão do olho esquerdo. Uma semente de mamona atirada com um estilingue por um amigo causou­lhe um descolamento de retina e uma lesão permanente. Seis anos mais tarde ficaria completamente cego ao ter o olho direito atingido por uma infecção. Então precisou fazer adaptação para o judô paralímpico. Tenório competiu pela primeira vez no judô paraolímpico aos 21 anos de idade. O brasileiro disputa na categoria B­1, para totalmente cegos. Nessa categoria, o atleta não percebe qualquer luz e é incapaz de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.


Repensando a aposentadoria Para Tenório, era certa a sua aposentadoria em paralimpíadas. Subir no pódio paralímpico virou uma rotina que ele repete desde 1996, em Atlanta. Embora tenha perdido a decisão para o sul­coreano, se vê forte para mais um ciclo olímpico. Antes dos Jogos, Tenório havia revelado a intenção de se aposentar após a disputa do Mundial, em 2018. Mas já admite rever a decisão daqui a dois anos. — Vou discutir com a minha equipe depois do Mundial. Se estiver em condições de representar meu país em Tóquio­2020, por que não? Essa medalha me dá a garantia de que estou bem — disse ele. Nesta paralimpíada Tenório sentiu um gostinho especial ao ser novamente premiado. A conquista representou a volta por cima do atleta que, no começo do ano, viu seus patrocinadores se afastarem: — Essa medalha tem o gosto da virada. Passei por muitos problemas este ano, quando perdi vários patrocínios.. Se decidir encerrar a carreira vencedora antes da próxima Paralimpíada, Tenório já sabe o que fazer: Cursar Educação Física. O objetivo é comandar sua própria academia e, assim, colaborar para que outros atletas também tenham como rotina subir ao pódio. 07


Conheça o Judô Paralímpico O Judô foi a primeira modalidade de origem asiática inserida no programa paralímpico. Este esporte é praticado por atletas com alguma deficiência visual e estreou em Jogos Paralímpicos na edição de Seul 1988, apenas com as disputas no masculino. As mulheres só entraram nos tatames a partir dos Jogos de Atenas, em 2004. O judô obedece às regras da Federação Internacional de Judô, mas são necessárias algumas adaptações, como o fato de não haver punição para ultrapassagem da área de combate no tatami e as advertências são feitas por meios audíveis. O sistema de pontuação é o mesmo: "ippon", "wazari" e "yuko". A vitória também pode ser obtida através de uma imobilização do oponente por 20 segundos. As competições dividem­se em sete categorias de peso, no masculino e no feminino. A classe feminina foi introduzida nos Jogos de Atenas 2004. Desde a década de 70 já se praticava a modalidade. A estréia em Paraolimpíadas foi em 1988, em Seul. Na época, só lutaram os homens com deficiência visual. E assim foi em Barcelona, Atlanta e Sydney. Em Atenas (2004) marcam a entrada das mulheres nos tatames paralímpicos. No Brasil, a entidade que comanda a modalidade é a Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV) e, no âmbito mundial, o judô é administrado pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, na sigla em inglês), fundada em Paris, em 1981. Os medalhistas paralímpicos As primeiras medalhas do judô paralímpico brasileiro vieram justamente na estreia da modalidade nos Jogos de Seul 1988. Cinco judocas representaram o Brasil na Coréia do Sul e voltaram de lá com três bronzes: O primeiro ouro veio em Atlanta 1996, com Antônio Tenório da Silva (86 kg). Nos Jogos seguintes, Tenório se tornaria o maior expoente do judô paralímpico nacional, conquistando as quatro medalhas de ouro que o país tem nessa modalidade em Paralimpíadas (Atlanta 1996, Sidney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008). No feminino, as primeiras medalhas brasileiras vieram também no ano em que a categoria foi integrada ao programa paralímpico, em Atenas 2004. Karla Cardoso (48 kg) e Daniele Silva (57 kg) conquistaram 08

uma prata e um bronze, respectivamente, na Grécia. Na última edição de Jogos Olímpicos, em Londres 2012, o Brasil conquistou três bronzes, com Daniele Milan (63 kg), Michele Ferreira (52 kg) e Antônio Tenório (100 kg), além da prata de Lúcia da Silva (57 kg). E agora nas paralimpíadas do Rio 2016, as quatro medalhas de prata conquistadas por Lúcia da Silva Teixeira(57 kg), Alana Martins Maldonado (70 kg), Antônio Tenório (100 kg) e Willians Araújo (+100Kg), somando às anteriores, totalizando 22 medalhas, sendo quatro ouros, nove pratas e nove bronzes e se iguala ao judô olímpico em número de medalhas conquistadas. Seul 1988 Jaime de Oliveira(60 kg) ­ bronze Júlio Silva (65 kg) ­ bronze Leonel Cunha (+95 kg) ­ bronze Atlanta 1996 Antônio Tenório da Silva (86 kg) ­ ouro Sidney 2000 Antônio Tenório da Silva (86 kg) ­ ouro Atenas 2004 Antônio Tenório da Silva (86 kg) – ouro Eduardo Amaral (73 kg) ­ prata Karla Ferreira Cardoso (48 kg) – prata Daniele Bernardes (57 kg) ­ bronze Pequim 2008 Antônio Tenório da Silva (86 kg) – ouro Deanne Almeida (100 kg) – prata Karla Ferreira Cardoso (48 kg) – prata Daniele Bernardes (57 kg) ­ bronze Michele Ferreira (48 kg) ­ bronze Londres 2012 Lúcia da Silva Teixeira(57 kg) ­ prata Daniele Bernardes (63 kg) ­ bronze Michele Ferreira (52 kg) ­ bronze Antônio Tenório (100 kg) ­ bronze Rio 2016 Lúcia da Silva Teixeira(57 kg) ­ prata Alana Martins Maldonado (70 kg) ­ prata Antônio Tenório (100 kg) ­ prata Willians Araújo (+100Kg) ­ prata


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Focados na preparação para participarem de duas importantes competições que ocorreriam no início de setembro, a equipe Judô Guerra/Sesi dividiu­se em duas para lutar o São Paulo Open/SP e a Copa Imperatrizense/MA. Na reta final de preparação, um inusitado treino especial nas areias da Praia da Graciosa.

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Texto e fotos: ASCOM ADG

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Para não serem atrapalhados pelos feriados, mais de 20 judocas da equipe Guerra/Sesi aproveitaram o dia de folga para um treinamento especial nas areias da Praia da Graciosa, em Palmas. Foi uma oportunidade para aproveitar o contato com a natureza para recarregar as baterias e se confraternizar em um ambiente diferente do habitual. Mas para alguns, não é só para isso: “Não dá para ficar sem treinar na semana da competição, porque antes de lutar a gente já encara o primeiro grande adversário”, contou Laert Mendes, se referindo à balança, já que o judoca de Palmas precisaria perder cerca de 2,5kg para lutar na categoria até 60kg. Foram realizadas atividades técnicas, como treinamento de entrada de golpes, treinamento funcional com o preparador físico Valter Ribeiro e jogos motivacionais em equipe. Segundo o organizador, o técnico Fred Guerra, a atividade tende a ser mais freqüente. “Nós moramos em um local lindo, com espaços organizados e bem freqüentados. Esse contato com a natureza, sentindo o vento, é muito motivador. E em um caráter mais prático, treinar na areia ainda trabalha o fortalecimento de grupos musculares auxiliares que são preservados em um treino em ambiente mais controlado, como é o do tatame”, explicou o sensei.

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A Praia de Graciosa A Praia da Graciosa é a principal praia da cidade de Palmas e conta com estrutura para receber turistas e moradores. São 520 metros de orla que comportam bares e restaurantes, quadras de esporte, marina com atracadouro, píer e vista para a Ponte da Amizade, de 8 Km de comprimento. Com uma estrutura moderna, a Graciosa serve também, como ponto de realização de eventos culturais, esportivos e de lazer. Pra dar sorte, os palmenses sempre passam a virada de ano no local, aproveitando o show de fogos de artifício e apresentações artísticas. Um programa imperdível e assistir ao pôr­ do­ sol no lago.

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Texto e fotos: Everton Monteiro

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Basilino com as crianças do Projeto Primeiros Passos, onde o judô é introduzido de forma lúdica

No SSNJ as crianças recebem duas refeições diárias. O Serviço Social possui uma cozinha industrial completa e totalmente equipada

Basilino e a diretora do Serviço Social Nova Jerusalém

Carolina Correa Bites

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Uma equipe de judô que tem se destacado nas competições realizadas na região de Campinas e muitos atletas dessa equipe conseguiram ir além, destacando­se em competições estaduais e nacionais. A presença constante dessa equipe nos pódios dos resultados gerais nas competições que participam, sempre entre os “top 10”, chamou a atenção, pois se comparada a outras agremiações, é uma das mais novas da região. E o boletim OSOTOGARI foi até a sede da ONG Serviço Social Nova Jerusalém (SSNJ) para conhecer de perto o trabalho realizado por essa entidade. Em outubro o SSNJ completará vinte e cinco anos de trabalhos sociais, atendendo crianças de 02 à 14 anos, com diversas atividades, como iniciação à música com aulas de violão, Hip Hop, teatro, artes circenses e culinária. O setor de ABC, atende crianças de 02 a 05 anos, assessorada pela prefeitura de Campinas que também é mantenedora do projeto, para trabalhos de alfabetização. E desde 2009, iniciou os trabalhos com o judô. O atendimento no SSNJ é de segunda a sexta, das 08:00hs às 18:30hs. O Serviço Social Nova Jerusalém foi iniciado através de uma mãe, que perdeu o filho em um acidente de moto. Muito triste com a perda e sentindo muita falta de seu filho, resolveu cuidar de outras crianças e junto com outras mães que comungavam do mesmo desejo de ajudar, criaram o Serviço Social Nova Jerusalém. E nesse período todo, completando seu jubileu de prata, o projeto soma vitórias e é uma referência no município de Campinas pelos excelentes serviços prestados à comunidade e também no quesito de


prestação de contas, tanto que quando fechou uma entidade semelhante no distrito de Souzas, foram convidados a assumir o serviço social por lá, criando assim a unidade 02 do SSNJ. Eles unem a comunidade em torno do Serviço Social, conscientizando as mães de que ali as crianças estarão sendo muito bem atendidas, com foco em vínculo e fortalecimento familiar. Voltando a 2009, quando o professor Francisco Basilino Junior apresentou o projeto de judô para os administradores do SSNJ, foi aceito de imediato. No início eram quinze crianças no período da manhã e quinze no período da tarde. Após seis meses o professor Basilino ficou sabendo que haviam indicado para as aulas de judô as crianças mais indisciplinadas do Serviço Social. E eles notaram a mudança de comportamento, para melhor, dessas crianças e entenderam a importância desse projeto e que valia a pena apoiar ainda mais. Basilino atuou no SSNJ por três anos como voluntário e hoje, contratado pela entidade, é o professor titular do judô, que passou a dar mais oportunidade e chances para que essas crianças pudessem sonhar mais alto. Quando começaram a participar de competições e os resultados positivos vieram em campeonatos amistosos, campeonatos regionais e estaduais, o efeito foi contagiante nas crianças do Serviço Social que começaram a solicitar vagas no judô. Então de quinze crianças por período, as aulas de judô passaram a atender trinta por período. Hoje, o judô é o carro chefe dessa entidade que atende duzentos alunos, sendo 70 do ABC, crianças de 04 a 06 anos do projeto de alfabetização, e

Tamiris durante o treinamento das crianças do Projeto Primeiros Passos

Exercícios lúdicos e utilização de aparelhos ajudam no desenvolvimento das crianças

Momentos de muita descontração e divertimento das crianças, que respondem muito bem aos estímulos recebidos

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Basilino durante a entrevista concedida à equipe do boletim OSOTOGARI

Equipe de competição da SSNJ treinam para as próximas competições

Basilino apresenta os troféus conquistados pela equipe nas competições que participaram

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130 da unidade Flamboyant e de Souzas, Basilino destaca que o trabalho está sendo realizado, os resultados estão vindo, não só em competições, mas formando cidadãos conscientes de sua posição e importância na sociedade. O projeto oportunizou nestes sete anos de atividades que crianças pudessem conhecer outras cidades e integrar­se com outras crianças. Algumas até já realizaram o sonho de poder viajar de avião! Conta que no início, a dificuldade financeira era maior, mas há um ano, recebem um aporte financeiro do Grupo Empório Saúde que ajuda a custear as despesas de viagem e competições da equipe. O custo mensal por atleta competidor fica em torno de R$ 100,00 mensais, que aparentemente é baixo, visto o benefício retornado a eles, porém antes de receberem o aporte financeiro as dificuldades em manter o projeto competitivo era muito grande. Os atletas competidores sempre estão esperando mais deles mesmos. Querem sempre melhorar e se superar, espelhando­se nos atletas do SSNJ que vem conquistando seus objetivos dentro da modalidade, seja eles títulos, treinos intensos e até mesmo a oportunidade de viajar e conhecer outras cidades. Os administradores do projeto estão cientes desse custo, que pode aumentar na medida em que mais atletas vão conseguindo seu espaço na equipe de competição, mas o sonho dessas crianças não tem preço e eles sonham junto com elas. A atleta Larissa Santos Siqueira, peso ligeiro, iniciou seus treinos no projeto da SSNJ muito pequena, e já conquistou o título de Campeã Paulista e disputou Campeonato


Brasileiro e participou da seletiva nacional para a seleção de base. Possui um grande potencial na modalidade e hoje também é integrante da seleção campineira de judô. Além de Larissa, mais três atletas são integrantes da seleção campineira para disputas de Jogos Regionais e Abertos. A SSNJ ainda possui mais cinco atletas integrando equipes de outra cidade para essas mesmas competições. Larissa continua até hoje sendo o espelho das crianças do projeto, e tem o seu “fan clube” particular dentro de casa. Ela tem mais cinco irmãos e todos praticam judô. Seus irmãos também tinham o sonho de treinar judô para poder viajar e conhecer outras cidades. Yami, uma de suas irmãs, já realizou esse sonho e foi terceira colocada no Meeting Sul Brasileiro no ano passado, evento realizado na cidade de Blumenau­SC. E Sarah, outra irmã de Larissa, irá realizar o sonho de conhecer outra cidade esse ano, pois classificou­se para o Meeting Sul Brasileiro de 2016. São sonhos, novos horizontes e esperança para essas crianças que o projeto de judô do SSNJ está proporcionando e as crianças correspondendo a esses estímulos. A direção do SSNJ está sob a responsabilidade da diretora Carolina Correa Bites. Basilino conta com a ajuda dos dois filhos Yuri e Tamiris Basilino que também atuam na unidade Flamboyant e Sérgio da Silva Santos que atua na unidade do distrito de Souzas. O sucesso e o engajamento das crianças no projeto levaram a criar uma nova marca para a equipe. Segundo Basilino, as crianças gostam de chamar a equipe de “Falcões do Judô”, e em breve será registrado oficialmente com esse nome.

Basilino e os filhos Tamiris e Yuri posam para uma foto com a equipe do boletim OSOTOGARI

Larissa Santos Siqueira é um dos espelhos da equipe

Os interessados em colaborar de alguma forma com a equipe do SSNJ / Falcões do Judô poderão procurar a secretaria do serviço social, na Rua Presidente Alves. 1252, Jardim Flamboyant, em Campinas.

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Texto e fotos: Everton Monteiro

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Foi realizado em 28 de agosto, no Centro Esportivo da Moóca, o Festival de Judô e a Copa Bandeirante de Judô Master. Evento foi organizado pela Federação Paulista de Judô Master e SuperMaster (FPJMSM) em parceria com a Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura Municipal de São Paulo. Na abertura do evento foi realizada uma apresentação de Kime No Kata. Na sequencia foi iniciado o Festival de Judô. Ao meio dia foi realizada a abertura da Copa Bandeirante de Judô Master. No final da competição foram computados os resultados gerais e declarada as Associações melhores colocadas na competição: 1º Instituto Ishii 2º Instiituto Sensei Divino 3º Associação Shiroma 4º ALAC 5º Associação Moacyr 6º Associação Hinodê 7º Associação Messias 8º Associação Francisco Morato Associação Irmãos Riba Nessas duas competições a inscrição foi dois quilos de alimento não perecível por judoca e pela grande quantidade de participantes do Festival de Judô e Copa Bandeirante, foram arrecadados quase 1500 quilos de alimentos que serão doados à entidades assistenciais.

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