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Folha da Nova Lima/MG, janeiro de 2012 Ano 3 No 12

Criação do Parque Estadual da Serra da Calçada só depende de Anastásia O governo Anastásia tem se esforçado na criação de importantes Unidades de Conservação no Estado, como o Parque Mucuri, a ser inaugurado em 2012. Já o Parque da Serra da Calçada foi pauta da Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais - ALMG, no dia 06 de dezembro, às 10h.

Após diversas reuniões com o Governo de Minas, ficou entendido que a criação do Parque da Serra da Calçada depende da assinatura do decreto de lei do Governador Antônio Anastásia. Mais de 80% dos deputados visitados pela ARCA AMASERRA são favoráveis à criação do Parque e já assinaram documento de apoio.

A Serra da Calçada já está tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de MG (IEPHA) e é Reserva da Biosfera e Geoparque pela UNESCO. Além disto, muito em breve, será reconhecida pelo World Monument Found como Patrimônio Mundial Ameaçado. Área do Parque A Serra da Calçada está hoje ameaçada por mineradoras e empreendimentos imobiliários que assolam o vetor sul de BH. A área proposta para o parque fica entre os bairros Jardim Canadá, Vale do Sol e condomínios Miguelão, Jardim Manacás, Retiro das Pedras, Alphaville e distrito de Casa Branca, nos Municípios de Nova Lima e Brumadinho. O parque será o corredor de ligação entre o Parque Rola Moça, a Reserva de Fechos e as Unidades de Conservação na Serra da Moeda.

A Serra abriga os rios e aquíferos que abastecem mais de 60% da região Metropolitana de Belo Horizonte. O patrimônio Histórico da Serra abriga uma inigualável concentração de sítios.

Por seus inúmeros atributos e a proximidade com BH (10 km), a Serra se tornou mais visitada que o parque vizinho e já é um espaço "público" consolidado de pesquisa, esporte, lazer, turismo e cultura , apesar de ser ainda propriedade de empresas de mineração.

Simone Bottrel

Patrocínio

Mais sobre a serra em: www.arcaamaserra.blogspot.com 1

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EDITORIAL CAMINHOS 2012 Grandes conquistas acontecem com a persistência e dedicação de pessoas comprometidas com a terra e a continuidade da vida humana em condições favoráveis e harmoniosas. Mas, para isso, é preciso reconhecer e transformar aspectos limitantes de nossa consciência. A natureza é sábia e viva, e podemos ter uma vida longa, se mudarmos nossos paradigmas. Enquanto o planeta reage aos maus tratos, o ser humano continua em sua corrida pelo poder, estufando as cidades sem planejamento sustentável e explorando a terra até o seu limite.

Em 2012, a ARCA AMASERRA continuará atuando na proteção de áreas relevantes no Vetor Sul e deseja que mais pessoas apoiem nossas atividades e trilhem conosco por caminhos íntegros.

Feliz 2012!

Evelyn Zajdenwerg e Simone Bottrel

ENTENDA

bém possuem legislação própria sobre bens imateriais.

“A Serra da Calçada é um patrimônio cultural e natural, tombada pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico de MG - IEPHA”

Que tipo de proteção ganha um patrimônio imaterial ao entrar nesses livros de registro?

O objetivo é viabilizar projetos que ajudem a manter vivo o patrimônio cultural, por meio de parcerias com instituições públicas e privadas, que irão colaborar com pesquisas e projetos que dêem suporte para sua continuidade.

O que é patrimônio cultural?

O artigo 216 da Constituição Federal define patrimônio cultural brasileiro como sendo os bens de natureza material e imaterial tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade.

Tombar um móvel ou imóvel significa desapropriá-lo?

Não. O direito à propriedade permanece inalterado após o tombamento.

Um móvel ou imóvel tombado pode ser vendido?

Sim. Mas, antes o imóvel deve ser oferecido para a União, para o estado e para os municípios, nessa ordem. Caso nenhum deles queira adquiri-lo, a venda para outros é autorizada.

O que é tombamento? É a preservação de bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e afetivo para a população, por meio de um ato administrativo realizado pelo Poder Público, que determina que certos bens serão objeto de proteção especial.

Um imóvel tombado pode mudar de uso?

Depende. Para isso, é necessário que o novo uso não cause prejuízo ao bem e haja uma harmonia entre a preservação das características do edifício e as adaptações ao novo uso. É necessária ainda a aprovação do órgão responsável pelo tombamento. Há, porém, exceções, casos em que a alteração do tipo de uso não é permitida.

Quem pode tombar o patrimônio histórico e artístico?

O tombamento pode ser feito nas três esferas de poder: federal, estadual e municipal. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é o órgão da União responsável pelo tombamento em nível federal. Nos estados, são os institutos do patrimônio histórico e artístico, como o IEFHA em Minas Gerais, que podem executar essa tarefa. As prefeituras que possuem órgãos semelhantes também podem tombar um bem por meio de órgãos municipais de mesma natureza, ou por meio de leis específicas, ou pela legislação federal.

O tombamento é a única forma de preservação?

O tombamento é apenas uma ferramenta para se preservar um bem. Apesar de ser considerada a mais confiável, existem outras formas de preservação, que é de responsabilidade da União, dos estados e dos municípios, conforme estabelece a Constituição Federal. De acordo com o Iphan, o inventário é a primeira forma para o reconhecimento da importância dos bens culturais e ambientais, por meio do registro de suas características principais. Os Planos Diretores das cidades também estabelecem formas de preservação do patrimônio, assim como a criação de leis específicas que estabeleçam incentivos à preservação.

O que pode ser tombado?

Bens imóveis, áreas urbanas como centros históricos ou bairros; áreas naturais; e também bens móveis, como coleções de arte ou objetos representativos de um acontecimento histórico. Também é possível o registro do patrimônio imaterial, como o samba de roda do Recôncavo Baiano e o frevo. Além do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), algumas prefeituras e estados tam-

(Fonte: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - Condephaat)

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A SERRA DA CALÇADA DEPOIS DO FOGO

Foto: Claudio Greco

A Serra da Calçada, já tão ameaçada por mineradoras e construtoras, foi castigada por um imenso incêndio recentemente. Foi com um misto de aperto no coração e alívio que a ECOAVIS começou sua visita que durou 6 horas à Serra da Calçada no feriado do dia 2 de novembro de 2011.

Aperto no coração, pois sabíamos que o incêndio na Serra havia sido muito grave, como nunca havia se visto. Alívio, pois logo ao chegar, verificamos que a vegetação, apenas um mês após o fogo,já se recuperava.

A Serra da Calçada faz parte do Bioma Cerrado e é um rico mosaico de ecossistemas com grande biodiversidade. Sua formação geológica é predominantemente constituída pelo cobiçado minério de ferro. Justamente pela presença deste metal, encontramos por lá o raro Campo Rupestre Ferruginoso nas cangas de minério.

Lá, nestes campos, vivem diversos tipos de orquídeas terrestres, bromélias e flores silvestres de rara beleza e é também habitat do belíssimo Beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris). Esta simpática e colorida ave se alimenta preferencialmente do néctar de uma pequena flor azul de um arbusto chamado Stachytarpheta glabra.

Tivemos a grata surpresa de constatar que um desses campos escapou integralmente do fogo e por lá observamos diversos beija-flores. Até o raríssimo Beija-flor-de-gravata-verde (Augastesscutatus), endêmico de algumas poucas serras da Cadeia do Espinhaço, se mudou de uma área queimada perto de uma cachoeira para este Campo Ferruginoso, disputando espaço com seu "primo" de orelha violeta. Eu, que há mais de 20 anos frequento a região, nunca havia observado o Augastes neste local. Precisou se mudar e se adaptar por causa do fogo.

Mas a Serra da Calçada, como disse, é um mosaico de ecosistemas: temos lá os Campos Limpos do Cerrado, que é um tipo de Savana brasileira. Formados por ervas, gramíneas e espécies de flores de uma beleza ímpar, foi o que mais sofreu com o incêndio, pois na época de estiagem fica totalmente seco e propaga o fogo com uma enorme rapidez. Estes Campos Limpos são o habitat de inúmeras aves, entre elas a Codorna-amarela (Nothura maculosa), o Canário-Rasteiro (Sicalis citrina), o Caminheiro-zumbidor (Anthuslutescens), o Tico-Tico (Zonotrichiacapensis),o Tico-Tico-do-campo (Ammodramushumeralis), etc, todas devidamente avistadas por nós neste dia.

Outra grata surpresa foi ver que as Matas de Galeria que acompanham nascentes e córregos d'água da Serra sofreram pouco, pois só as suas bordas (mais ou menos 2 metros) foram queimadas e a maior parte se conservou livre do fogo. Nestas matas vivem, entre outras aves, o belíssimo Sanhaçu-de-fogo (Pirangaflava),a Saíradouradinha (Tangara cyanoventris) e o Trinca-ferro-verdadeiro (Saltatorsimilis).

Esta seca prolongada que ocasionou o incêndio é consequência deste crescimento que não poupa o verde e que polui desenfreadamente. Devemos pensar globalmente como faremos para conciliar o crescimento com preservação e agir localmente com ações concretas de conservação.

Deixo aqui o nosso parabéns a ARCA AMASERRA pelo belíssimo trabalho que faz para a preservação de toda a região da Serra da Calçada.

O trabalho é grande e todos nós da ECOAVIS somos voluntários para ajudar na proteção da Serra da Calçada e outras serras, matas e cerrados de Minas Gerais.

Claudio Greco

FÓRUM LIXO E CIDADANIA A ARCA AMASERRA expôs fotos do José Israel Abrantes e Ilana Lansky no Fórum do Lixo e Cidadania de Nova Lima. Um dos seus objetivos é ampliar a coleta seletiva no município.

Infelizmente, houve um incêndio no galpão da coleta seletiva, com grande prejuízo para a Associação de Catadores de Nova Lima ASCAVAP, que destruiu muitos equipamentos essenciais em seu trabalho.

Caso queiram mais informações sobre o andamento da Coleta Seletiva, ou querendo apoiar a ASCAVASP nesse delicado momento, entrem em contato pelo telefone 31-35716122, ou na Secretaria de Meio Ambiente, pelo telefone 31-35412950. (Evelyn Zajdenwerg)

Israel Abrantes

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A EXPEDIÇÃO "EM BUSCA DO CEMITÉRIO PERDIDO" A expedição realizada no feriado de Finados, pela ARCA ARCAMASERRA, encontrou muito mais que um cemitério. Foram registradas 9 galerias subterrâneas construídas para a exploração mineral, pinturas rupestres, novos trechos de calçadas em pedra (que deram origem ao nome da Serra), cavernas naturais e abrigos. Além disso, próximo a uma área demarcada por muros de pedras, foi encontrada uma estrutura semelhante a um túmulo, com artefatos cerâmicos.

Grande parte destes registros não era catalogada no dossiê já realizado anteriormente Foto: Ilana Lansk pela ARCA AMASERRA, documento já entregue ao Governo do Estado, à Assembleia Legislativa e ao Ministério Público, tendo em vista o tombamento estadual da Serra da Calçada e a criação de um parque na região.

A proteção da região é urgente, sendo que instituições internacionais como a UNESCO já reconhecem a Serra com títulos mundiais.

O cemitério indígena continua perdido. Estudos serão realizados nos sítios encontrados assim que a área for transformada em parque. (Simone Bottrel) Mais em: http://simonebottrel.blogspot.com/2011/11/expedicao-acha-tesouros-na-serra-da.html

Por que precisamos da Rio + 20?

O mundo agora tem 7 bilhões de pessoas. Até 2050, haverá 9 bilhões.

Um em cada cinco pessoas (1,4 bilhões) vive atualmente com US $1,25 por dia ou menos.

1,5 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à eletricidade.

2,5 bilhões de pessoas não têm um banheiro.

Quase um bilhão passa fome todos os dias.

Se quisermos deixar um mundo habitável para nossos filhos, os desafios da pobreza e da destruição ambiental precisa ser resolvido agora.

Rio + 20 é uma oportunidade para pensar globalmente e atuar localmente para proteger nosso futuro comum.

"Desenvolvimento sustentável não é uma opção. É só o caminho que permite que toda a humanidade compartilhe uma vida decente neste planeta. Rio + 20 dá a nossa geração a oportunidade de escolher esse caminho".

RIO + 20

E STÁ

CHEGANDO A HORA

A Rio + 20 é o nome da Conferência internacional sobre o desenvolvimento sustentável que acontecerá no Rio de Janeiro, em Junho de 2012. É uma oportunidade histórica para definir caminhos para um mundo mais seguro, mais justo, mais limpo, mais verde e mais próspero para todos.

SHA Zukang Secretário-geral da Rio + 20 Conferência

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AUDIÊNCIA PÚBLICA SERRA DA CALÇADA E CORREDORES ECOLÓGICOS NO VETOR SUL No dia 06 de dezembro último, a Serra da Calçada foi tema de uma Audiência Pública na ALMG. O Deputado Délio Malheiros, autor do projeto de lei que propõe a criação de uma Unidade de Conservação na Serra da Calçada, solicitou a audiência. Representantes do Jardim Canadá, Vale do Sol, Passárgada, Retiro das Pedras, Brumadinho, Movimento Gandarela, Movimento Águas de Casa Branca, Alphaville, Movimento SOS Nova Lima, Movimento Parque Lagoa Seca, Vale S/A, Associação Comercial de Minas,entre outros, estiveram presentes.

Todos os que se manifestaram discorreram sobre a importância da proteção da Serra da Calçada e da criação dos corredores Ecológicos.

Caio Xavier, Secretário de Turismo e Cultura de Brumadinho, relatou a importância histórica e ambiental da Serra e concluiu falando da importância do Estado se aliar ao Município para este fim.

Simone Bottrel, coordenadora da ARCA AMASERRA disse a Serra da Calçada/Moeda já é reconhecida pela UNESCO como Reserva da Biosfera e Geoparque e possivelmente entre para a lista do WMF como Monumento Mundial em Perigo. Falou sobre áreas relevantes para a criação dos corredores no Vetor Sul da RMBH como: Lagoa Seca, Gandarela e Serrinha/Moeda. Ressaltou que espera que o Projeto Monumento Natural Serra da Calçada seja aprovado na ALMG, no inicio de 2012.

O Prof. Frederico Tofani da UFMG relatou que após diversas visitas à Serra, ficou surpreso com o conjunto de bens em uma região tão perto de Belo Horizonte. Diz que a UFMG apoia integralmente essa iniciativa e relatou também que a Serra da Calçada pode ser uma referência mundial.

Sr. Leonardo Cardoso, Diretor de Áreas Protegidas do IEF, disse que o governo é favorável à criação da Unidade de Conservação na Serra da Calçada e que pretende ouvir todos os envolvidos. O Sr. Marcus Vinícius, Gerente do Parque do Rola Moça, se preocupa não só com a criação da unidade de conservação, mas também com a implantação e discorreu sobre a importância dos Corredores Ecológicos. Ao final, Délio Malheiros informou que o Projeto segue tramitando e está na Comissão de Constituição e Justiça. (Simone Bottrel)

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EXPLORAÇÃO MINERÁRIA X PROTEÇÃO DA SERRA DA MOEDA A mina conhecida como Serrinha, na Serra da Moeda, Município de Brumadinho, estava desativada há anos, sendo recentemente adquirida pela mineradora FERROUS. Um novo projeto de exploração minerária desta região causou um embate entre mineração e preservação ambiental.

A Câmara Municipal de Brumadinho propôs inicialmente o Projeto de Lei 28/2011 e um substitutivo para a criação de uma Unidade de Conservação (UC) na Serrinha, denominado Monumento Natural Mãe D'Água. Para análise e aprimoramento do texto, além de sua adequação à permissão legal, vários encontros e reuniões foram realizados, destacando-se a Audiência Pública que aconteceu no dia 13 de agosto de 2011, com a presença da ARCA AMASERRA, ONG Abrace a Serra da Moeda, moradores do Retiro do Chalet, representantes das comunidades quilombolas, moradores dos distritos envolvidos, vereadores e representantes da mineradora, totalizando 154 cidadãos.

A ARCA AMASERRA apresentou a proposta de um novo substitutivo, visando estender o perímetro da UC proposta até o limite confrontante com a área já tombada pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico - IEPHA na Serra da Calçada, construindo assim um corredor ecológico na Serra da Moeda.

A ARCA AMASERRA ressalta que só com a consolidação dos corredores a Serra da Moeda poderá ser protegida, atendendo às reivindicações da sociedade e a manutenção da biodiversidade local. À pedido do prefeito Municipal, Sr. Alvimar Barcelos, uma nova reunião será realizada entre os envolvidos, visando a conclusão e votação do Projeto de Lei. (ARCA AMASERRA)

MOVIMENTO SOS NOVA LIMA A Faculdade Milton Campos, em parceria com o Movimento SOS Nova Lima, realizou o curso "Planejamento e Participação Popular", que abordou, entre outros temas, a Mediação de Conflitos e casos práticos de aplicação da legislação ambiental e minerária. O movimento também promoveu a "Carreata da Indignação", na qual cerca de 80 veículos participaram contra a ocupação desordenada em Nova Lima. Os manifestantes alegam que os impactos sócio-ambientais deste crescimento são irreversíveis.

CODEMA DECIDE REALIZAR AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA TRATAR DA REGIÃO DO VALE DO SERENO O Codema, Conselho de Desenvolvimento Ambiental de Nova Lima, na reunião do dia 30 de novembro, decidiu que realizará na primeira quinzena de março/2.012, a Audiência Pública da Região do Vale do Sereno. Esta decisão atende a várias solicitações apresentadas anteriormente por entidades de classe, associações comunitárias, conselheiros e por milhares de cidadãos através de abaixoassinados.

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Serra da Moeda - Monumento Mundial em Perigo A ARCA AMASERRA elaborou, em parceria com o Instituto Pró-Città, um dossiê, e o encaminhou para o World Monument Found (WMF), solicitando que a Serra da Moeda passe a integrar a lista de Monumentos Mundiais em Perigo. No Brasil, apenas o Centro Histórico de Salvador foi incluído nesta categoria.

A diretora de programas do WMF para América Latina, Espanha e Portugal, Norma Barbacci, visitou a Serra e informou que o dossiê deixou evidente a relevância da proteção do conjunto montanhoso e as ameaças que o cercam. Segundo ela, é quase certa a aprovação para Serra da Moeda ingressar na próxima lista de bens mundiais em perigo.

ARCA AMASERRA

MINISTÉRIO PÚBLICO RECOMENDA ALVARÁS EM NOVA LIMA.

PARALIZAR

Abaixo, um trecho do Documento enviado pelo MP à Prefeitura de Nova Lima: "RECOMENDAR ao Senhor Secretário Municipal de Obras Públicas e Regulação Urbana de Nova Lima que se abstenha de conceder alvarás de construção para empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental corretivo em nível municipal, até que seja obtida, pelo empreendedor, a licença de operação corretiva perante o CODEMA; Vale ressaltar que caso seja verificado pelo Ministério Público a realização de licenciamentos ambientais ou concessão de alvarás de construção em descumprimento aos dispositivos legais, bem como a esta recomendação, por qualquer autoridade pública ou servidor público municipal, serão adotadas as providências cíveis e criminais cabíveis, tanto em relação ao servidor público da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, bem como da Secretaria de Obras, inclusive com o pedido de anulação do ato administrativo perante o Poder Judiciário, tal como dispõe a súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal: “À Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a partir do recebimento da presente, que se abstenha, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE CIVIL, ADMINISTRATIVA E PENAL, de expedir LICENÇAS AMBIENTAIS ou assinar quaisquer documentos autorizativos de atividades degradadoras do MEIO AMBIENTE, bem como REVOGAR as já expedidas, em desacordo com a legislação pertinente.”

Nos termos do inciso IV, do parágrafo único, do artigo 27, da Lei Federal nº 8.625/93, o Ministério Público de Minas Gerais REQUISITA, ao Senhor Prefeito Municipal de Nova Lima, a divulgação imediata da presente recomendação, a qual deverá ser entregue aos integrantes do CODEMA, Câmara Municipal, Polícia Florestal, órgãos ambientais municipais, além de ser levada ao conhecimento do público em geral, por meio da publicação em periódico local de grande circulação. Deverá, ainda, no prazo de 60 (sessenta) dias, apresentar resposta sobre as medidas adotadas em relação à presente recomendação."

Saiba mais em www.arcaamaserra.blogspot.com 7

V&M DESISTE DA SERRA DA CALÇADA Um acordo entre o Ministério Público de Minas Gerais e a V&M Mineração, que foi assinado dia 28 de novembro de 2011, levou a empresa a desistir da impugnação ao processo de tombamento da SERRA DA CALÇADA. O acordo considerou a representação encaminhada pela ARCA AMASERRA, relatando que as atividades mineradoras em andamento na mina de Pau Branco estariam ameaçando a integridade das cavidades ali existentes. Em 2008, uma cavidade de 12 metros foi soterrada pelas atividades da mineradora, fato foi também constatado pelo IBAMA. Agora, apenas a Vale S/A permanece no processo, tentando desembargar o processo de tombamento deste patrimônio de Minas. (Simone Bottrel)

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MOVIMENTOS DO VETOR SUL GANHAM O PRÊMIO “GENTILEZA URBANA"

PRECISAMOS DE VOCÊ A ARCA AMASERRA tem trabalhado pela conservação de um patrimônio que pertence à humanidade. Todos precisam sentir-se responsáveis pelo sucesso desse objetivo, que é a preservação integral e permanente da Serra da Calçada. Assim, estaremos protegendo não só a fauna e a flora, mas também um pedaço de nossa história, um lugar bonito de lazer, além de um bem impres-cindível, que é a nossa água.

Quem vive sem ela?

A ARCA AMASERRA participa de três dos movimentos que receberam o Prêmio “Gentileza Urbana" no dia 17 de dezembro. São eles: Movimento Gandarela, Movimento SOS Nova Lima e Movimento Pró Parque Lagoa Seca.

A ARCA AMASERRA recebeu este prêmio em 2008 e sente a importância dele para o reconhecimento e fortalecimento das instituições premiadas. Parabéns a todos que trabalham pelo Vetor Sul nestes movimentos e que merecem muito mais por seu comprometimento e atuação em Prol da Saúde Ambiental na região.

COMO AJUDAR

“A GENTILEZA URBANA é uma campanha introduzida no estado de MINAS GERAIS e no BRASIL pelo IABMG, e visa enfatizar e estimular o hábito das pequenas e grandes atitudes voltadas para a melhoria da qualidade da vida urbana. O PRÊMIO GENTILEZA URBANA, lançado pelo Departamento de Minas Gerais do IABMG de Arquitetos do Brasil em 1993 tem o objetivo de estimular iniciativas diversas, de pessoas físicas ou jurídicas, que contribuam significativamente para a melhoria da qualidade de vida urbana, (re)criando a cidade mais amável, aprazível e humana. Desde então, o IAB-MG, através das indicações feitas pela sociedade, tem destacado e premiado várias intervenções nos campos da arquitetura, urbanismo e paisagismo, e outras iniciativas estéticas ou utilitárias, atitudes e gestos que se qualificaram como “uma gentileza para os cidadãos”. As mais saborosas são aquelas pequenas façanhas, delicados hábitos de boas pessoas, que, somadas, revolucionam o cotidiano.”

ADOTE O LIVRO "Serra da Calçada: Patrimônio Cultural e Natural de Minas Gerais" O livro "Serra da Calçada: Patrimônio Cultural e Natural de Minas Gerais"foi escrito com base no dossiê que levou ao tombamento provisório da área. Com belas ilustrações e fotos da região, o livro possui material riquíssimo e pode ser adotado nas escolas, nos níveis fundamental, médio ou em cursos superiores. Contate: amaserra@gmail.com

VOLUNTÁRIOS Pessoas que desejam trabalhar nas diversas áreas do conhecimento podem entrar em contato para agendar com os gerentes das seguintes áreas: Comunicação e Marketing, Eventos, Projetos e Relações Institucionais.

BANCO DE PROJETOS Conheça nosso banco de projetos no endereço: http://arcaamaserra.blogspot.com/p/banco-de-projetos.html ou entre em contato: e-mail: arcaamaserra@gmail.com.

Fonte:http://www.forumreformaurbana.org.br

DOAÇÕES

Saiba mais sobre o prêmio em www.arcaamaserra.blogspot.com

Precisamos de doações mensais para manutenção de nossas atividades. Os depósitos podem ser feitos no Banco do Brasil. Aqui vão os dados: Favorecido: Associação para a Recuperação e Conservação Ambiental (ARCA AMASERRA); Agência: 3387-1; Conta corrente: 20653-9; CNPJ 09004764/0001-20

CONTATO E-mail: arcaamaserra@gmail.com; Tel.: (0XX31)8835-3845

ADQUIRA NOSSOS PRODUTOS Conheça em: http://arcaamaserra.blogspot.com/p/produtos-arca-amaserra.html Adesivo da ARCA AMASSERRA para sensibilização à causa

EXPEDIENTE:

Zajdenwerg Editoração: Míriam Gomes; Tel: (0XX11) 6424-9643 Contato: arcaamaserra@gmail.com Tel: 55 (0XX31) 8835-3845 Blog: www.arcaamaserra.blogspot.com Impressão: Gráfica Formato / Tiragem: 3 mil

Diretoria Executiva: Simone A. Borja Bottrel, Jeanine Barillon, Paulo André Mendes, Silvia Oliveira Conselho Editorial: Lívia Romanelli d’Assumpção, Pablo Burkowski Meyer, Evelyn A.

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