Revista Comercio em Ação - Agosto a Setembro de 2014

Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 4 - Agosto / Setembro de 2014

Varejo de material de

construção Nas páginas 4, 5, 6 e 7 as características do setor na ótica de empresários de Ipatinga, Fabriciano e Timóteo

Dando sequência aos

trabalhos Após um 1º semestre marcado por muitos eventos e ações de representatividade, a Diretoria e os colaboradores do Sindcomércio se preparam para dar sequência aos trabalhos com uma série de atividades para impulsionar economicamente a região e trazer movimento às lojas.

Entre o que podemos destacar, já no próximo 16 de setembro – como o leitor pode conferir na página 17 –, daremos apoio à Fiemg na promoção da palestra do renomado professor Waldez Ludwig, que vem a Ipatinga para falar sobre o tema “Principais fatores de competitividade: estratégias, excelência, inovação e talento”. No dia 28 do mesmo mês, o Sindcomércio Vale do Aço organiza e estrutura o Ciclo Sesc, um passeio ciclístico por Ipatinga que vai levar centenas de pessoas às ruas.

No início de outubro, promoveremos mais um concurso “Vendedor do Ano”, que será uma oportunidade de reconhecermos o trabalho e premiar os vendedores de bens e serviços de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo que têm se destacado pela incansável busca por conhecimento. Também serão muitas as ações em novembro e dezembro, sempre em busca de medidas para valorizar o comerciante.

E é reconhecendo a importância do lojista que preparamos mais esta edição da Revista COMÉRCIO EM AÇÃO. Veja nas páginas 4, 5, 6 e 7, como varejistas de material de construção avaliam o segmento que cada vez mais enfrenta a concorrência desleal das fábricas e indústrias. Depois, nas páginas 14, 15 e 16, o leitor verá como três mulheres jovens e com ideias inovadoras têm sobressaído no comércio da região. Para fechar, mais um “Bate-papo com o Comerciante”: confira a excelência no trabalho desenvolvido por Chico Matos, da Pneus Cacique.

Boa leitura!

José Maria Facundes Presidente

Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço TIMÓTEO

3849.4490

CORONEL FABRICIANO

3842.2040

IPATINGA

3821.9020

• Jornalista responsável: Emmanuel Franco • Equipe de planejamento e coordenação: Camila Magalhães, Ricássia Perdigão e Tiago Barcelos • Fotos: Emmanuel Franco • Foto da capa e da página 4: Paulo Sérgio de Oliveira

• Revisão: Graça Castro • Diagramação, Fotolito e Impressão: Gráfica Art Publish • Tiragem: 7.000 exemplares

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Passará a vigorar no início de 2015 a nova lei das sacolas plásticas. Ela determina que nas embalagens fornecidas pelo comércio constem, em caracteres visíveis, informações sobre peso e volume por elas suportados, conforme as especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A sanção do governador Alberto Pinto Coelho, que normatiza a lei, foi publicada no último 12 de julho, no Diário Oficial de Minas Gerais. A matéria tramitou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na forma do Projeto de Lei 1.022/11 e foi aprovada pelo Plenário em 25 de junho.

A nova lei ainda estabelece que o comércio deverá disponibilizar para os consumidores sacolas plásticas recicláveis, biodegradáveis ou oxibiodegradáveis, mas somente em municípios que contêm coleta seletiva e usina de compostagem de lixo. Determina também que nas sacolas deverão constar nome e CNPJ do fabricante, além de declaração expressa de que atendem às especificações da ABNT. A sanção da lei pegou muitos comerciantes da região de surpresa. “A norma exige que as sacolas passem a ter informações sobre peso e volume por elas suportado, e ainda não é possível mensurar se isto vai gerar custos, uma vez que será uma mudança realizada pelas fábricas de sacolas. O que a gente espera é que não seja mais uma medida, como muitas outras, para onerar o empresário – que já está castigado pelas crises econômicas”, afirma José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio. Ele ainda aconselha: “Em supermercados, dentro do possível, o que a gente recomenda é o uso de sacolas retornáveis, que vai gerar economia e benefícios ao meio ambiente.”

Sem dificuldades Em mercearias, varejões, açougues e hortifrutis, bem

Comércio em Ação | Abril/Maio de 2014

Lei estadual assinada em junho determina que embalagens distribuídas aos consumidores deverão constar informações sobre peso e volume suportados

Em supermercados, mercearias, varejões, açougues e hortifrutis, bem como nos demais segmentos do comércio, os empresários já disponibilizam – sem dificuldades – a quantidade necessária que o consumidor precisa para carregar o que comprou

como nos demais segmentos do comércio, os empresários disponibilizam – sem dificuldades – a quantidade necessária que o consumidor precisa para carregar o que comprou.

“Quando o produto é mais pesado, é comum o uso de duas sacolas. Mas é importante que lembremos o impacto ambiental que essas embalagens provocam. Assim, cada consumidor deve levar para casa a quantidade necessária de sacolas, sem exagero”, finaliza José Maria Facundes.

Comércio de material de

construção Comércio em Ação | Agosto/Setembro de 2014

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As particularidades e os rumos do setor pelo viés de empresários de Ipatinga, Fabriciano e Timóteo Ancorado em alguns pilares econômicos como o aumento real da renda e o crescimento da oferta de crédito, o varejo de material de construção no Vale do Aço tem conseguido sobreviver à crise econômica mundial e ao período de recessão financeira outrora mais acentuado na região, mas que ainda assombra muitos

empresários. Ao comerciante do setor tem sido desafiador manter economicamente estável um negócio que cada vez mais enfrenta a concorrência desleal das fábricas e indústrias. Resta ao lojista, como é possível conferir nas entrevistas a seguir, buscar alternativas para driblar os percalços cada vez mais recorrentes.

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O Governo Federal, por meio da Caixa e do Banco do Brasil, tem facilitado a compra de imóveis através do programa “Minha Casa, Minha Vida”, além de disponibilizar linhas de crédito para quem quer construir ou reformar.

Para André Barros, gerente-geral das Casas Barros, cuja sede está localizada no Bairro Caladinho de Cima, em Coronel Fabriciano, esse incentivo é um dos fatores que tem feito o varejo de material de construção viver um momento de estabilidade no Vale do Aço. “As políticas do Governo Federal têm auxiliado no fortalecimento do mercado, embora beneficiem mais as construtoras, que não necessariamente compram no varejo, pois seus investimentos são mais no atacado e direto no fabricante”, observa o jovem empresário, que ressalta: “Assim mesmo esse crescimento da oferta de crédito é muito importante para nós, uma vez que são poucas as pessoas que conseguem iniciar uma construção sem um financiamento.”

Em um âmbito mais regional, André reclama que tem havido muita burocracia quando o assunto é a aprovação de projetos arquitetônicos para que obras sejam iniciadas nas cidades. “Clientes e pessoas próximas têm tido dificuldade em ter respostas nos projetos que protocolam, pois 15, 20 dias depois de entrar com um pedido de uma obra não têm retorno. Após 30 dias é a mesma coisa, mesmo com toda a papelada necessária. As coisas não andam e não conseguimos entender o porquê, pois uma obra faz a economia girar, traz investimentos para o município e também aumenta a arrecadação de impostos”, comenta

o proprietário da Casas Barros, que continua: “Por conta dessa demora nota-se que, praticamente, não existem projetos de grandes obras residenciais na região, uma vez que ninguém vai arriscar começar uma obra que poderá ser embargada.”

Sonho André Barros afirma que apesar de não estar em crescimento como há 15, 20 anos, o setor continua sendo um segmento de atuação bastante interessante. “Quando se trata do comércio de material de construção, mais do que tudo a gente está falando em sonho. 100% dos brasileiros desejam a casa própria com um piso bonito, a melhor parede e um banheiro aconchegante. Então temos que estar muito próximo do cliente para poder sentir o que ele quer e o que gosta. É uma das coisas que nos motiva a trabalhar, pois vemos na maioria dos clientes aquele peculiar brilho nos olhos. Isso é muito bacana e gratificante”, conta o empresário.

Ipatinga Já Arnaldo Silva, da loja Arnaldo Acabamentos – situada na Av. Selim José de Salles, no Bairro Canaã, em

André e a equipe das Casas Barros: varejo de material de construção vive um momento de estabilidade no Vale do Aço

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Ipatinga – avalia que existe um pequeno crescimento no varejo de material de construção do Vale do Aço.

“O Governo Federal investe em determinadas cidades que têm crescido muito, enquanto as outras não evoluem. Eu vejo que Ipatinga está estabilizada, muito por conta da política feita na região, uma vez que não é realizado um trabalho para poder melhorar a renda da população. E a crise na siderurgia, com certeza, influencia, mas o primordial é recebermos novos investimentos”, opina.

Contudo, o comerciante pondera que não há razões para pessimismo: “Tudo depende das pessoas.

O progresso do meu negócio, por exemplo, depende única e exclusivamente das minhas atitudes e ações.

Precisamos de investimentos sim, mas não se pode por a culpa só na política, pois devemos assumir as responsabilidades e também buscar saídas para alavancar a economia.”

O proprietário da Arnaldo Acabamentos ressalta que como uma região metropolitana em ascendência, o Vale do Aço propicia inúmeras oportunidades de negócio. “O fato de Ipatinga ter freado um pouco o seu crescimento nos últimos anos favoreceu as cidades vizinhas, que foram forçadas a buscar desenvolvimento e cresceram economicamente. Então houve a abertura de novos mercados e hoje, por exemplo, é normal eu vender para municípios distantes até 50 quilômetros do meu negócio. Não podemos por barreiras e ficar dependendo somente do comércio local”, aconselha o empresário.

Para Arnaldo, existem em Ipatinga lojas bem diversificadas de material de construção, que oferecem os lançamentos das fábricas e se aproximam muito do que é disponibilizado nas grandes capitais. “O nível de exigência do consumidor da região é muito alto, o que nos incentiva estar atualizados e buscando novidades o tempo todo”, diz, para acrescentar sobre o bairro em que atua: “O Canaã tem uma tradição de material de construção, pois existem grandes lojas na Av. Selim José de Sales e é possível encontrar uma linha completa para quem quer construir ou reformar.”

Qualidade de vida Por último, Arnaldo elogiou o aumento real da renda da população e a oferta de crédito em crescimento, como as extensivas linhas de financiamento oferecidas pelas instituições bancárias. Entretanto, faz uma observação: “Hoje em dia com os empréstimos que são oferecidos, o cidadão tende a investir o que

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Arnaldo, da Arnaldo Acabamentos: comerciante deve assumir as responsabilidades e também buscar saídas para alavancar a economia

ganha no trabalho em si ou na família, seja em uma faculdade, viagem ou outro desejo mais pessoal. Todo dinheiro e economia que se faz serão para melhorar a educação do filho e não mais para gastar em construção como antigamente, quando era comum a família passar anos juntando as economias para ampliar a casa ou reformá-la.”

Timóteo Localizada na Av. Almir de Souza Ameno, no Bairro Funcionários, em Timóteo, e em funcionamento desde 1986, a Fermaco Material de Construção está sob a gerência do empresário Marcus Mansur. Ele reforça que, ao contrário do que muitos pensam, são as construções particulares que movimentam o varejo de material de construção e não as grandes obras. “De uma forma geral, o setor está vendendo muito, embora as construtoras responsáveis por erguer prédios, por exemplo, comprem direto nas fábricas. Mas como todo mundo precisa pintar ou reformar sua casa, nosso segmento sempre está muito movimentado”, observa, comentando que é necessário ter uma administração coesa para manter uma loja de material de cons-

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trução em crescimento. “Nosso depósito passou por uma crise em 1996 e conseguimos reverter a situação. Em 2006 houve uma ampliação e há um projeção de ampliarmos em um futuro bem próximo”, revela.

Marcus Mansur avalia que o comércio varejista poderia ter uma ascendência mais acentuada se a atual carga tributária não fosse tão abusiva. “Não só os impostos que incidem sobre o material de construção, mas aqueles encargos sociais sobre a folha de pagamento, que se fossem mais bem distribuídos poderiam gerar mais empregos, melhores salários e premiações para os funcionários”, explica.

O comerciante aponta que uma das maiores dificuldades do segmento é encontrar profissionais com perfil adequado. “Em qualquer profissão existem duas características primordiais, que é respeito e responsabilidade.

Hoje você vê muitas pessoas querendo trabalhar, mas não têm responsabilidade com horário e até acham que podem faltar sem avisar. No segmento de material de construção há um grande problema quando é preciso conseguir bons entregadores, o que acaba comprometendo a nossa logística”, conta Marcus Mansur, informando que apesar de ter quatro funcionários que trabalham há mais de 20 anos na

Fermaco, tem sido obrigado a lidar com o chamado “turnover”, ou seja, a rotatividade de funcionários. “Sempre faço reuniões, treinamentos e gosto de trabalhar com o ser humano. Temos uma loja bem organizada e não é difícil dominar os processos. Basta ter boa vontade. Temos um funcionário com um ano de empresa e de apenas 18 anos que é muito empenhado e já sabe receber mercadoria e os clientes muito bem, sem dificuldade. Trabalhar não é difícil, falta é boa vontade do profissional”, completa o empresário.

Loja Marcus Mansur afirma que à frente da Fermaco tem buscado cada vez mais diversificar o seu “mix” de produtos. “Vendemos muito louças, metais, cerâmicas e conexões, sendo que há um volume maior na saída de materiais voltados para o acabamento. Sempre procuro novidades e estar atento aos lançamentos e tendências, que é o que cliente procura”, finaliza o empresário.

Marcus, da loja Fermaco: setor poderia ter ascendência mais acentuada se a atual carga tributária não fosse tão abusiva

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Sindcomércio Vale do Aço na

A 26ª Expo Usipa, uma das maiores feiras de negócios de Minas Gerais, foi encerrada no último 26 de julho.

Durante os quatro dias o evento contou com a presença de diversas autoridades e representantes de grandes empresas, entre eles o vice-presidente da Cenibra, Naohiro Doi, o gerente geral de Laminação a Frio da Usiminas, Silmar Luís Rabelo – que fez o discurso de abertura – o presidente da Usipa, César Augusto de Paiva, e o presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes.

A Expo Usipa reuniu nada menos que 130 empresas dispostas em 138 estandes. Foram muitas as oportunidades de negócios em vários segmentos. Um dos destaques foi o estande do Senac em conjunto com o Sindcomércio Vale do Aço, muito visitado por comerciantes, autoridades e população.

O espaço propiciou a oportunidade de os funcionários do sindicato continuar estreitando a relação com os comerciantes, atualizando cadastros para que as reuniões deliberativas de Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) continuem com a participação maciça dos lojistas.

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A Expo Usipa é uma das maiores feiras de negócios de Minas Gerais.

“O Senac é uma instituição focada na capacitação profissional na área de comércio de bens, serviços e turismo. O estande na Expo Usipa foi uma oportunidade de reforçarmos a atuação da entidade na região, sempre deixando bem claro que estamos à disposição para atender às demandas do empresário”, afirma José Maria Facundes.

Acerca da participação do Sindcomércio na feira, o dirigente sindical pontuou: “Recebemos muitos comerciantes, lideranças e representantes de entidades, sendo uma ótima iniciativa para discutir os rumos do comércio no Vale do Aço e buscar alternativas para impulsionar a economia.”

Edileide Carvalho com o esposo, o jornalista Luiz Carlos Kadyll, e os diretores do Sindcomércio, Edenesa Brandão e Demétrios Gualberto

O advogado José Geraldo Linhares com a esposa e o filho, os empresários João Drummond e Jair Zanela, e o Assessor do Sindcomércio, Tiago Barcelos

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Tiago Barcelos, Nerio Costa, Luís Henrique, Dilermano Ubiraci, José Maria Facundes, Márcio Penna e Cláudio Zambaldi

Equipe do Senac à disposição do comerciante e dos outros muitos visitantes

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No Vale do Aço, foi possível saber melhor como a iniciativa vai funcionar durante coquetel no Hotel San Diego

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O gerente regional de operações do Senac, Dilermano Ubiraci Amador de Oliveira

Rede de

Carreiras O Rede de Carreiras é um serviço gratuito do Sistema Fecomércio MG, Sesc, Senac criado para facilitar o encontro de empresas e profissionais. Por meio de uma plataforma on line de fácil acesso, as empresas poderão cadastrar suas vagas e pesquisar perfis de profissionais de diversas áreas.

Os candidatos poderão disponibilizar seus currículos, encontrar vagas de estágio, emprego e dicas para ajudar em sua carreira.

O objetivo é contribuir com o mercado de trabalho nas áreas de comércio de bens, serviços e turismo. Tudo de forma simples e rápida.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Emprego (Sine), quase quatro milhões de pessoas entraram no

Lançado no fim de julho, projeto permite que empresas cadastrem vagas de emprego via Internet e ainda pesquisem perfis de profissionais de diversas áreas

mercado de trabalho no Brasil, entre julho de 2013 e junho de 2014, por meio de ferramentas on line. Em Minas Gerais, foram 217.512 profissionais recolocados.

No Vale do Aço, o lançamento do projeto aconteceu no último 31 de julho, no Hotel San Diego, ocasião em que foi esmiuçado os detalhes acerca de como contribuir com o mercado de trabalho nas áreas de comércio de bens, serviços e turismo, que conta com cerca de 711 mil estabelecimentos no estado.

Navegue pelo site www.rededecarreiras.com.br e conheça mais sobre o projeto. No mesmo endereço é possível cadastrar seu currículo ou divulgar uma vaga. Informações adicionais pelo telefone 0800 724 4440.

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Universalização do

Supersimples Lei para alterar atual sistema foi sancionada no último 7 de agosto Foi sancionada no último 7 de agosto, pela presidente Dilma Rousseff (PT), a lei complementar que estabelece o Simples Nacional, mais conhecido como Supersimples – sistema de tributação diferenciado para as micro e pequenas empresas. A lei unifica oito impostos em um único boleto e reduz a carga tributária.

Com a atualização da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, cerca de 450 mil empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões poderão ser beneficiadas.

Além disso, permite o ingresso de 142 atividades da área de serviços em um novo regime de tributação. O Supersimples estabelece como critério de adesão o porte e o faturamento da empresa, em vez da atividade exercida.

De acordo com informações do contador e membro do

Célio Pavione é membro do Conselho Regional de Contabilidade

Conselho Regional de Contabilidade, Célio Pavione, antes não podiam participar empresas prestadoras de serviços decorrentes de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, entre outras. Agora, segundo ele, profissionais como médicos, advogados, jornalistas e várias atividades do setor de serviços passarão a ser contemplados.

“Para saber se a adesão é interessante, a empresa deve procurar seu serviço de contabilidade para ter noção se vale a pena. Isso depende de fatores como o número de funcionários, por exemplo. Então, algumas tabelas devem ser analisadas para tal”, disse Célio Pavione.

Com a aprovação do Simples há, ainda, garantia de entrada única e processo integrado para simplificar a abertura e o fechamento de empresas. O governo pretende, com a criação de um Cadastro Único Nacional, diminuir processos burocráticos aos quais os empresários brasileiros tinham de se submeter.

Além disso, será possível dar mais eficiência e velocidade ao processo de abertura e fechamento de empresas e, por meio de um sistema informatizado, será possível garantir a execução de processo único de registro e legalização. Dessa forma, empresas de qualquer porte poderão conseguir, em prazo reduzido, a legalização completa do negócio.

Adesão Entre o primeiro dia útil de novembro e o penúltimo dia útil de dezembro de 2014 é possível agendar a entrada no Simples pela Internet, no site mantido pela Receita Federal. Mas a tributação pelo Supersimples só valerá a partir de 1º de janeiro de 2015.

A lei também prevê a criação do cadastro único das pequenas empresas, que entrará em vigor a partir do ano que vem. A nova lei também irá possibilitar a redução do prazo para a abertura das pequenas empresas, dos atuais 107 dias, para cinco dias. Os micro e pequenos empresários interessados em aderir ao Supersimples podem obter mais informações no site do Sebrae: www.sebrae.com.br.

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Jovens e

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empreendedoras,

empresárias se destacam

Paula Lucardie está à frente da La Dolceria, no Distrito de Melo Viana

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Reunindo muitas qualidades, três comerciantes do Vale do Aço mostram como têm conseguido sobressair em um mercado cada dia mais competitivo São oito milhões de empreendedores no Brasil, legalmente constituídos, e outros 27 milhões ainda por se legalizar. Mais da metade da população quer empreender, ser dona do seu próprio negócio. Diante de tanta concorrência, tem sido comum ver jovens se destacarem em meio a um mercado cada dia mais competitivo. E no Vale do Aço não é diferente: comércios gerenciados por pessoas com “sangue novo” são repletos de coragem, ousadia, inovação e competência. Mais do que isso, perpetuam e têm conquistado cada vez mais espaço. A Revista COMÉRCIO EM AÇÃO pesquisou e chegou a três mulheres que têm se destacado na região por gerir bem seus negócios.

Bancária durante 10 anos, Paula Silva Lucardie Soares, 29, decidiu deixar de lado a profissão para iniciar uma vida como empresária. E não se arrependeu, pois à frente da La Dolceria Vale do Aço tem conquistado muitos clientes oferecendo produtos “deliciosos e modernos” em um ambiente aconchegante. Chefe de cozinha, ela conta que as

habilidades culinárias lhe incentivaram a montar a loja, que está situada na Av. Magalhães Pinto, 1040, no distrito de Melo Viana, em Coronel Fabriciano. “Sempre gostei de gastronomia e por algum tempo conciliei o hobby com as atividades do banco, que me desgastavam muito, mas os doces e tortas acabaram sendo a minha terapia e optei por

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ficar somente com eles”, conta Paula Lucardie, revelando que o empreendimento teve o apoio do marido, o advogado Leonardo Augusto Pires Soares.

Tortas e doces são o carro-chefe da La Dolceria, mas os finais de tarde têm sido muito agradáveis na loja, conforme explica a comerciante: “Além das encomendas, existe o happy hour, quando os clientes vêm para cá após o trabalho e usufruem de um cardápio bastante interessante de entradas para acompanhar cervejas especiais. Temos filé ao molho gorgonzola, pão italiano recheado e antepastos, além de quibe, nhoque, rondelli, fettuccine e muitas outras delícias.”

Antes de estruturar a loja na Av. Magalhães Pinto, em abril deste ano, Paula Lucardie atendia seus clientes em casa. Hoje a La Dolceria funciona às terças e quartas-feiras, das 14h às 21h; quintas e sextas, das 14h às 23h; sábados e domingos, das 18h às 23h. “São muitas as encomendas para aniversários de 15 anos, casamentos e eventos empresariais. Nossos doces moldados e temáticos têm feito bastante sucesso”, garante.

Empreendedorismo Paula Lucardie acredita que jovens empreendedores tendem a ser mais corajosos e criativos. “Me adaptar após Mônica Mesquita é proprietária da Hall Conceito em Interiores, no Bairro Funcionários

uma vida como bancária não foi fácil, pois não se tem mais 13º salário, férias, Plano de Saúde e outros benefícios. Mas hoje me orgulho de ter criado um negócio inovador em nossa região, pois ouço com frequência que a La Dolceria era o lugar que faltava, pois montamos um ambiente gostoso para quem quer passar um final de tarde tranquilo, tomar um café especial, comer um pedaço de torta, uma palha italiana ou uma sobremesa. Estou muito satisfeita com o resultado”, comemora a comerciante, lembrando que aproveitou um nicho de mercado já existente em Coronel Fabriciano. “Ao contrário do Centro, no Melo Viana a noite tem sido muito movimentada, com comércios e opções de comida para todos os gostos. A La Dolceria é muito bem frequentada por famílias e jovens, que vêm de toda parte da cidade”, complementa.

Antes de finalizar, Paula Lucardie conta que a fan Page da loja no Facebook já alcançou mais de 10 mil curtidas, sendo que boa parte das vendas é feita por lá.

Timóteo Proprietária da Hall Conceito em Interiores, uma moderna loja de móveis localizada na Rua Raimundo de Souza Neto, no Bairro Funcionários, em Timóteo, Mônica Mesquita Lamounier, de 32 anos, conta que – após concluir a faculdade de Arquitetura – ainda fez mestrado em Engenharia Metalúrgica, mas não demorou para perceber a aptidão empresarial. “Como arquiteta notei que quando íamos à procura de móveis na região havia muita coisa comercial, mas não uma peça mais requintada ou algo que se encaixasse em um projeto de um profissional especializado”, explica, para continuar: “Então o Joel Lima, que também é arquiteto, me convidou para entrar no segmento e não pensei duas vezes. Hoje posso dizer que tenho uma empresa que se tornou referência e está em crescimento.”

Mônica ressalta que a Hall Conceito em Interiores foi montada em uma iniciativa inversa de uma loja estritamente comercial. “O serviço que prestamos é totalmente fora do convencional e isso tem sido muito bom, uma vez que os clientes ficam satisfeitos com os resultados. Não trabalho como arquiteta na loja, pois a minha assessoria será uma análise de como será melhor a disposição dos móveis em um ambiente que você já tenha”, explica, informando que vai à casa de todos os clientes. “Após a visita na residência, eu apresento um projeto exclusivo, mostrando imagens e uma demonstração de como ficará sua sala de jantar, cozinha, quarto ou mesmo a casa toda”, informa, reforçando que não sugere mudanças arquitetônicas. “O máximo que posso

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opinar é uma cor para pintar a parede ou um papel para colocar. Minha competição não é com os arquitetos que, na verdade, são meus parceiros”, pontua.

Diferenciais

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Sobre os diferencias do jovem empreendedor no mercado, a empresária opina: “Eu acho que temos um espírito mais aventureiro, além de facilidade para inovar, mudar e captar as coisas com mais facilidade. A geração mais antiga tende a ser tradicional e às vezes tem medo do novo, pois tudo hoje é muito virtual, tecnológico e pouco palpável.

A diferença básica é essa, inclusive é muito comum nas empresas com sucessão familiar o pai querer continuar na mesma fórmula, enquanto o filho busca transformação.”

Mônica Mesquita diz que não faltou ousadia a ela na hora de estruturar a loja. “Posso dizer que sou pioneira no tipo de serviço que presto, já que não é normal arquitetos donos de lojas de móveis. Aproveitei uma porção do mercado que ninguém no Vale do Aço ainda havia observado: minha intenção não é meramente vender uma mesa ao cliente, pois quero que ele fique satisfeito com a sala que montei, que tenha orgulho deste ambiente e faça propaganda para mim. É diferente de vender por vender”, comenta, acrescentando que a opção por montar a Hall Conceito em Interiores em um bairro não foi por acaso.

“Quem está disposto a comprar um móvel com valor agregado mais alto, não vai se importar, por exemplo, de ter que sair de Ipatinga e vir à loja. Também temos muita facilidade de estacionamento, o que traz conforto”, conclui, acrescentando ainda que, por enquanto, não tem intenção de montar outra loja, uma vez que perderia o foco e não poderia atender cuidadosamente cada cliente.

Karol Alves Karol Alves, 30, é outro exemplo de jovem empreendedora que reuniu qualidades para sobressair no mercado.

Ela “emprestou” seu nome à loja que hoje se tornou um comércio destaque na Avenida Fernando de Noronha, no Bairro Bom Retiro, em Ipatinga, onde mulheres novas e mais adultas encontram um amplo “mix” de roupas. “Aos 17 anos comecei a trabalhar como vendedora em uma loja de roupas, mas um ano depois a proprietária resolveu colocá-la à venda e a ofereceu a mim. Como ainda não tinha a experiência necessária e já sabendo do trabalho que uma empresa dá, eu resolvi não me tornar uma comerciante naquela ocasião”, conta, para complementar: “Comentei com o meu pai sobre a possibilidade de comprar a loja e ele gostou da ideia, mas mesmo assim eu ainda não estava convencida. Meses depois a dona resolver fechar as portas e meu pai novamente continuou firme com a ideia de abrir um empreendimento pra mim. Porém só depois

Karol Alves é dona de uma loja de roupas no Bairro Bom Retiro

de muita conversa e com incentivo dele, da minha mãe e do meu namorado (hoje atual esposo) eu resolvi montar a Karol Alves.”

Para movimentar a loja e alavancar as vendas, a comerciante informa que aos fins de semana tem promovido mini coquetéis para os clientes, além de também oferecer café da manhã. “Fazemos de tudo para ter um ambiente bem familiar. Vamos completar 11 anos de mercado e já promovemos três reformas, sempre em busca de renovação, atualização e produtos novos”, comenta a lojista, revelando que seus funcionários passam constantemente por treinamento.

Juventude Karol Alves acredita que uma das vantagens do jovem empreendedor é a visão mais aberta para o comércio e, ainda, mais disponibilidade e habilidade para a tecnologia, por exemplo. “É preciso estar atento em mundo virtual onde muita coisa acontece e cada vez mais pessoas estão utilizando o Facebook e o Instagram, entre outras mídias sociais. São ferramentas fortes que tomaram muito espaço e todo mundo usa, onde é possível divulgar e promover amplamente as campanhas, promoções e lançamentos, além de todo tipo de novidades na loja”, analisa a comerciante.

Sobre o carro-chefe da empresa, Karol Alves diz que são roupas femininas para todos os gostos. “Trabalhamos com marcas conceituadas e de qualidade como Triton, Coca-Cola, MissBella e Planet Girls. Nosso objetivo é atender da melhor maneira possível, criando um laço de amizade que tem resultado na credibilidade que a cada dia conquistamos”, termina.

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Sucesso no mercado:

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Waldez Ludwig ministra palestra em Ipatinga O programa Gestão & Competitividade 2014, promovido pelo Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais (Ciemg) e pelo Sebrae, tem atraído executivos e industriários de setores variados. A proposta é discutir os desafios do mundo atual, em que a gestão sustentável, a tecnologia e a inovação são requisitos básicos para o sucesso no mercado. “As palestras acontecem em um ambiente que propicia novos contatos, relacionamento e bem-estar para o desenvolvimento de novos negócios”, ressalta a superintendente do Ciemg, Maria Helena Martins de Sá.

As palestras acontecem na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nas cidades de Contagem e Betim, e nas Regionais da Fiemg, abordando temas como gestão estratégica, inovação, talento humano e liderança. No Vale do Aço, será realizada no dia 16 de setembro, no auditório do Centro Integrado SESI – SENAI – FIEMG, localizado na Avenida Pedro Linhares Gomes, 5431, Horto, Ipatinga.

O Gestão & Competitividade vem aprimorando as estratégias de negócios em Minas Gerais. O ciclo de palestras acontece anualmente, junto com cursos focados nos desafios do mundo atual. O objetivo é sensibilizar e motivar iniciativas da gestão contemporânea das organizações, além de enfatizar a importância da estratégia em tempos de crise, da excelência em produtos e serviços e do talento para o trabalho colaborativo, em equipe, para superar grandes resultados.

Este ano, o professor Waldez Ludwig ministrará a palestra “Principais fatores de competitividade: estratégias, excelência, inovação e talento”, no dia 24 de julho, em Uberaba e no dia 16 de setembro, em Ipatinga.

Mais de 880.000 pessoas já assistiram às palestras do professor Waldez Luiz Ludwig. Formado em Psicologia pela UNB, ele se dedica à pesquisa da vanguarda em cenários e tendências da gestão das organizações, especialmente em temas ligados a estratégias competitivas, mercado de trabalho, perfil profissional, criatividade e inovação, melhoria da qualidade e desenvolvimento do capital intelectual.

Os interessados em participar da palestra devem adquirir seu convite na Fiemg ou nas sedes do Sindcomércio (Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo). Associados dos sindicatos filiados à Fiemg, Associações Comerciais e CDL’s do Vale do Aço e Sindcomércio têm desconto.

O professor é especialista em temas ligados a estratégias competitivas, mercado de trabalho, perfil profissional, criatividade e inovação, melhoria da qualidade e desenvolvimento do capital intelectual

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Excelência

na sucessão familiar Ao herdar a Pneus Cacique do pai, Miguel de Matos, Chico Matos trouxe alicerce à marca, que em 2014 completará 30 anos e está em franca expansão

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Nascido em uma família de oito irmãos, Francisco Damião Pires de Matos, o “Chico”, 45, começou a trabalhar no comércio do pai aos 15 anos – e por lá continua até hoje. Antes de assumir a administração dos negócios, atuou no setor operacional e conheceu todos os processos da empresa.

Hoje, pode dizer que cumpriu plenamente a sucessão familiar das lojas Pneus Cacique. Mais do que isso, trouxe alicerce à marca, que em 2014 completará 30 anos e está em franca expansão.

Para conhecer melhor a história deste dedicado comerciante, que é casado e pai de duas filhas, a Revista COMÉRCIO EM AÇÃO foi à matriz da Pneus Cacique, na Rua Morubixaba (cruzamento com Av. Brasil), no Bairro Iguaçu.

Confira a seguir mais uma rica entrevista na seção “Bate-papo com o comerciante”.

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COMÉRCIO EM AÇÃO – Ipatinga tem hoje 50 anos.

Pode-se dizer que a família do Sr. foi uma das pioneiras na construção da cidade, ajudando em seu progresso e constituição?

FRANCISCO MATOS – Sim, pois quando viemos de Raul Soares para cá, no Bairro Iguaçu – por exemplo – só havia asfalto na avenida. Meu pai, Miguel de Matos, já falecido, mudou-se com a família para o Vale do Aço somente em 1973, mas antes trabalhava na área de transporte e Construção Civil aqui na região, além de ter atuado em outros segmentos e, assim, participado efetivamente do processo inicial de evolução de Ipatinga. Em 1984 abrimos a matriz da Pneus Cacique no Iguaçu. Completaremos no próximo outubro 30 anos de mercado, inclusive estamos reformando as lojas justamente para fazer uma reinauguração. Atuamos com o varejo no Iguaçu (Rua Morubixaba) e também no Centro (Av. Zita de Oliveira). Ainda temos uma loja no Centro de Timóteo, situada na Rua 20 de Novembro. Há um negócio separado do grupo, que consiste na venda de pneus no atacado, onde distribuímos para o Leste Mineiro.

E revelo em primeira mão que a unidade localizada na Av. Zita Oliveira vai mudar mês que vem (setembro) para o imóvel onde funcionava a Localiza (locadora de automóveis) na Av. Cláudio Moura. Vamos sair de uma loja com 280 metros para outra com 600, triplicando a capacidade de atendimento. Então durante todos esses anos, sem sombra de dúvidas, podemos dizer que contribuímos e continuamos contribuindo para o crescimento não só de Ipatinga, mas de toda região.

to bem. Quando essa mudança for para o mercado acho que o retorno vai ser ainda maior.

C.A. – A expansão de suas lojas refletem uma ascensão no mercado de pneus?

F.M. – Trata-se de um produto mais fácil de comercializar, uma vez que não há muitos segredos. Porém estamos investindo em um diferencial, que é o atacado de peças: a partir do mês que vem (setembro) seremos ainda mais especialistas em suspensão e freio, serviços nos quais poucas lojas de pneu têm se dedicado e investido. Teremos nada menos que três mil itens no estoque. Para isso, estamos criando um Departamento de Compras qualificado, além de um sistema de busca on line, um grande investimento feito pela empresa com o objetivo de conseguir facilitar a vida do usuário, seja o mecânico, o vendedor ou o consumidor final. Será muito mais fácil, por exemplo, fazer um orçamento, que antes durava em torno de meia hora para ficar pronto, agora será possível com apenas dois minutos, pois todas as peças estarão codificadas. Foram três anos de investimentos neste projeto, apostei e já estou colhendo frutos, já que para minha equipe tudo está fluindo mui-

C.A. – C.A. – Estar a tantos anos no setor é uma vantagem na hora de tomar as decisões em seu negócio?

F.M. – Claro! Desde os 15 anos comecei a trabalhar na loja e sempre me dediquei, pois sequer tinha tempo para estudar, uma vez que meu pai era muito rígido e sempre exigiu que eu cumprisse todo o expediente comercial. Agradeço a ele por isso, pois tive uma formação muito boa. Alguns anos depois, cheguei a trabalhar 16 horas por dia... Não tinha a oportunidade que tenho hoje de poder gerir meus negócios sem estar junto ao operacional da empresa. De uns anos pra cá fui amadurecendo e vendo que é possível conciliar o trabalho com estudo, viagens e outras atividades, deixando o negócio nas mãos dos colaboradores.

Então fui recuando e ficando no setor administrativo, mas já participei diretamente de todo processo operacional da loja. Atualmente tenho gerentes capacitados ou um supervisor qualificado. Não há mais a necessidade de eu estar 16 horas no trabalho como tinha costume, pois essa rotina também não faz bem para saúde.

Miguel Matos em uma foto antiga, época em que fundou a Pneus Cacique e ajudou na construção de Ipatinga e do Vale do Aço

21 O comerciante com a esposa e as filhas

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A Pneus Cacique do Bairro Iguaçu foi inaugurada em outubro de1984

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C.A. – A Pneus Cacique foi pioneira no segmento em Ipatinga?

F.M. – Não, porém as outras empresas não resistiram ao mercado. Hoje somos a empresa do setor mais antiga e posso dizer que pneu é um produto que depende de investimento. Compramos em um prazo muito curto e temos que repassar para o cliente em até 10 vezes. Mas o maior problema do Brasil está na área tributária, pois temos um sistema de encargos injusto, com produtos que chegam a ter mais de 50% de impostos. Então de todo o valor da venda, a gente acaba disponibilizando um parcela muito alta para o pagamento de tributos, tanto para Departamento Pessoal quanto para o Fiscal. O que sobra para indústria que fabrica e para quem vende é muito pouco.

Vivemos hoje em um país que, se essa carga tributária não for reavaliada, veremos a maioria das empresas não sobreviverem. Atuo no mercado esses anos todos e vi a margem de lucro líquido reduzir 90% e os impostos triplicarem no mesmo período. É possível ver isso nas arrecadações recordes de impostos, que passaram a ter uma fatia muito grande e deixar um pedaço pequeno para os empresários do comércio e para quem transporta e fabrica o produto.

C.A. – O Sr. cumpriu com excelência a sucessão familiar na empresa criada por seu pai. Seus filhos pensam em fazer o mesmo?

F.M. – Acima de tudo, procuro criar minha família dentro dos princípios cristãos. Tudo na vida passa, ao mesmo tempo em que você tem um comércio bom, amanhã pode não ser a mesma coisa. Hoje você está abrindo uma loja,

mas semana que vem pode estar fechando outra. Atualmente com 19 anos, a minha filha mais velha estuda Direito e pensa em seguir carreira nessa área. Mas a mais nova, de 11, é mais curiosa e tem uma tendência para o comércio. Eu faço de tudo para não deixar passar para elas esse pessimismo que os empresários têm com o Brasil. Tenho viajado e conversado com empreendedores de segmentos diversos, e a cada 10 comerciantes que você bate um papo, nove estão pessimistas com o país. Hoje em dia, as pessoas estão um pouco receosas quanto a ideia de abrir um comércio e fazê-lo crescer. Na época do meu pai, mesmo que com muita dificuldade, quando possível, abriam-se várias lojas, que geravam empregos, mas isso infelizmente não existe mais. Talvez seja esse o motivo de a minha filha mais velha não querer atuar nos negócios, de tanto vivenciar essa insatisfação com relação, por exemplo, ao modelo tributário que temos. Mas ao montar a Pneus Cacique, graças a Deus fizemos um grande negócio e temos uma participação no mercado muito boa. Não podemos deixar isso se perder, pois temos lojas amplas no mercado. Não tenho nada a reclamar e o meu sonho é que minhas filhas tomem frente do que foi construído com muito trabalho e dedicação. Um dos motivos de eu manter o meu comércio é o orgulho de dar seguimento a um negócio que meu pai começou e consolidou. Senão fosse por ele, talvez eu já teria “pulado do barco”. Toda vez que as dificuldades aparecem eu me lembro que tudo isso foi algo que ele sonhou e realizou. Espero que minhas filhas também deem seguimento ao meu trabalho e continuem fortalecendo a Pneus Cacique.

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