O Jornal Batista - 52/2014

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 28/12/14

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 52 Domingo, 28.12.2014 R$ 3,20


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Othon Oswaldo Avila Amaral (Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Se a gente não for diferente, tudo vai ser igual

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etamorfose significa mudança completa no estado ou no caráter de uma pessoa. Refletindo sobre isso, desejo compartilhar algo a respeito da restauração que, segundo o dicionário, quer dizer recomposição de algo: restauração do passado. E na Bíblia, um dos textos que exemplifica bem essa questão, é o de Jeremias, quando diz: “A palavra do Senhor, que veio a Jeremias, dizendo: levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer. Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?, diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois

vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr 18.1-6). O processo da mudança muitas vezes nos causa dor, principalmente pelo fato de termos que abrir mão de diversas coisas, como por exemplo, o passado. A gente inicia o ano querendo viver algo novo, sonhando com planos e projetos novos, mas esquecemos que se continuarmos os mesmos, se continuarmos com as mesmas atitudes, nada vai mudar. A restauração só pode vir do Senhor, que é quem governa o tempo. Nós só temos o presente nas mãos, mas as vezes guardamos conosco coisas do passado que nos afetam e impedem nosso crescimento no futuro. Já o processo da metamorfose, da mudança de caráter, sugere uma mudança interior, assim como o processo da restauração, que consiste na derrubada do que já passou. No texto mencionado, o Senhor convoca a Jeremias para entender o processo da produção de um vaso e deixa

bem claro a nossa posição de barro. É Ele quem é o oleiro, quem faz o vaso, quem molda, dá forma, e quem quebra quando preciso. O quebrar do vaso, como Jesus mostra a Jeremias, não é porque o vaso não presta e precisa ser lançado fora, mas é para ser restaurado e ter uma nova forma, uma forma mais perfeita, sem marcas, sem manchas, do jeitinho que foi planejado no início. Deus é detalhista, Ele não joga dados, faz tudo perfeito, pois sua vontade é boa, perfeita e agradável, como diz Romanos 12.2. Ele tem o melhor para nós, mas, para isso, precisamos ser o melhor para Ele também, precisamos nos entregar como barro nas mãos do oleiro. A Bíblia diz em Salmos que “Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus” (Sl 20.7) . Só que nem sempre é assim. Quantos de nós temos feito menção ao nome do Senhor em todo o tempo,

quantos de nós temos nos entregado por completo para que a vontade de Deus se cumpra em nós? Será que não existe nenhuma área em nós que deixamos no cantinho da reserva? Naquele lugar onde só a gente pode mexer? O que precisamos entender é que Deus quer nos fazer o melhor, para termos o melhor. A benção quando chega na hora errada, vira maldição. Deus cuida de nós e está conosco o tempo inteiro. Ele é mestre, sabe o que faz. Ele vê do alto, vê além da curva. Quando as coisas apertarem, lembre-se que a pergunta que deve ser feita não é “Por quê, Deus?”, mas, sim, “Pra quê, Deus?”. Existe um motivo. Certamente o Senhor está moldando você, sarando suas feridas, limpando e jogando fora o que não faz mais parte da nova criatura. Não murmure, mas entregue cada migalha do seu barro, para que o oleiro mor fabrique um novo modelo de vaso, segundo Sua vontade. (PF)


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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches

Jesus e a confusão do Natal

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Natal é a época da confusão sem limites. Todos se agitam e provocam agitação. As pessoas perdem o controle e o bom senso. Em dezembro tem confusão para todos os gostos, tendo como tema central a pessoa provocante de Jesus Cristo. Mesmo sem conhecê-lo mediante uma experiência pessoal, todos usam o Natal para obter algum lucro monetário, tendo Jesus como o insuflador. Aliás, a Pessoa de Jesus Cristo sempre gerou entre o povo alvoroço descontrolado. Ao nascer, o nome de Jesus gerou crise profunda no governo da Judéia. Atordoado com a mensagem dos magos e desesperado com a peça que lhe pregaram, Herodes se vingou mandando matar todas as crianças de Belém. Afinal, ninguém pode en-

ganar o “rei.” Durante seu curto e profícuo ministério terreno, Jesus foi objeto de questionamentos, ódio e incompreensão das autoridades religiosas. Jesus quebrou todos os padrões, tradições e o cerimonial do culto que se prestava naquela época. Em lugar de muita purificação, comia sem lavar as mãos, deixou-se ungir por uma pecadora sem nome, causou escândalo ao seu pequeno grupo de seguidores ao ser encontrado a conversar com uma mulher de má reputação à beira de um poço, livrou uma adúltera do apedrejamento com um simples apelo à consciência dos seus acusadores. Sua mensagem encantava, gerando um misto de amor e ódio nos seus ouvintes. Ao ser julgado e entregar-se à cruz por nós, pecadores, Jesus provocou confusão aos

impérios religioso e político do seu tempo. Os religiosos o condenaram à morte considerando-o um impostor. O poder do império romano ficou em dúvida sobre o que fazer para se livrar de Jesus. Pilatos lavou as mãos testemunhando sua covardia ante o justo. Seu túmulo foi guardado com segurança máxima, tendo a chancela do governo romano. Ao ressurgir gerou sentimentos contraditórios nos seus discípulos. Alguns creram, outros duvidaram. Sua mensagem abalou os alicerces dos que se consideravam senhores absolutos do Universo. Marcou a história, dividindo-a como antes e depois de sua vinda à Terra. E ainda hoje continua gerando transtorno na vida dos piores pecadores que O aceitam como Salvador e Senhor de suas vidas. Hoje, boa parte do planeta festeja o

seu natalício. Os comerciantes aproveitam a época para faturar mais. Usando a figura introduzida por satanás, nos festejos natalinos, o diabólico “Papai Noel”, o pai da mentira, o diabo, tenta desviar as pessoas do verdadeiro significado do Natal. Até mesmo pais cristãos mentem aos filhos dizendo que “Papai Noel” existe, levando-os a pedir presentes ao “bom velhinho”. As cidades iluminadas não restringem a astúcia dos larápios que surrupiam as bolsas dos incautos. Há mais policiamento nas ruas e mais roubos também. Mais dívidas, mais bebedeiras, mais comilanças, mais desastres nas estradas, mais mortes prematuras, mais hipocrisia entre as pessoas, que ao desejarem Feliz Natal, não o fazem de coração. Ganhamos “presentes” que não

precisamos e não vamos usá -los. Mensagens e mais mensagens são enviadas. Tudo porque Jesus nasceu e Deus se fez homem. Debitamos tudo a Jesus Cristo, mas não O seguimos de coração. Até as igrejas preparam-se para as alegrias do Natal. Músicas especiais, cantatas e jantares embalados pela confusão que “Jesus” promove nesta época do ano. Poucos levam em consideração a Missão precípua de Jesus: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10.10). Sem presépios, sem presentes, sem falsa alegria, sem comércio, sem banquetes regados a álcool, mas, mediante sincero arrependimento e fé em Jesus Cristo, teremos então o verdadeiro Natal de Jesus, sem a confusão reinante. E então será possível desejarlhe Feliz Natal.

A mentira ou a verdade? Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB

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enso que todos conhecem a história do Nicanor. Ele saiu mais tarde do trabalho e no caminho o pneu do carro furou. Enquanto fazia a troca, a aliança que estava folgada no dedo, caiu e não foi encontrada. Ao chegar em casa, bem mais tarde do que o de costume, disse à esposa com cara de arrependido: “Me perdoa, eu não resisti e traí você”. Por sua vez, a esposa ficou aliviada: “Fico feliz que você tenha contado a verdade, eu perdoo você. Ainda bem que você não inventou uma história de que ficou trabalhando até mais tarde, no caminho furou o pneu do carro e ainda perdeu a aliança”. A verdade é que não sabemos o que fazer com a

mentira. Alguns assumem a necessidade de usá-la quando necessário. Contam até exemplos de situações em que a verdade poria em risco a vida de alguém. Outros, menos sinceros, se dizem verdadeiros, mas vivem com crise de consciência quando mentem: “Esta foi a última. Na próxima oportunidade vou dizer a verdade”. Para outros, existe aquela mentira muito pequena que, de tão pequena, não faz diferença nenhuma. Por exemplo, você está atrasado para o encontro e a pessoa liga no seu celular e pergunta: “Onde você está?”. Você responde: “Estou chegando”, é a resposta habitual, mesmo que tenha acabado de sair de casa. Alguém até justificou: “Isso quer dizer que já saí e vou chegar. Não quer dizer que já estou perto”. Parece que o celular é um

instrumento de crise moral. Sempre tem alguém que faz a pergunta: “Onde você está?”. Quando a pessoa não está onde deveria, sai naturalmente uma história que não a compromete e deixa o outro satisfeito. Temos personagens da Bíblia que usaram o expediente da mentira como solução do seu problema. Abraão e Isaque mentiram ao dizer que suas esposas eram suas irmãs, como relata Gênesis 12.11-20; 20.1-12 e 26.7. Raabe mentiu quando disse que não sabia para onde os espias de Israel tinham ido, como está descrito em Josué 2.5-6. Nas palavras de Balaão fica a ideia de que a mentira faz parte da natureza humana: “Deus não é homem para que minta e nem filho do homem para que se arrependa” (Nm 23.19). A mentira será sempre mentira

e tem sua origem no próprio diabo. A Bíblia afirma que ele é “mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44). Também diz que, entre outras coisas, Deus também odeia a língua mentirosa, de acordo com os capítulos 16 e 19 de Provérbios. Quanto ao crente, a Bíblia diz que não deve mais viver como as pessoas sem Cristo. O cristão deve “Despir-se do velho homem e renovar constantemente o seu modo de pensar, se revestindo do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade, provenientes da verdade” (Ef 4.20-24). O cristão deve viver como aprendeu do próprio Cristo - a verdade. “Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo” (Ef 4.25). Paulo também escreveu aos Colossenses

para “Abandonarem a mentira e se revestirem do novo que se renova em conhecimento, à imagem de Cristo” (Cl 3.8-10). A mentira ou a verdade não é só uma questão moral e ética, é também uma questão espiritual. A sua preocupação não deve ser não falar mentira ou sempre falar a verdade. Você vai carregar um fardo muito grande. A sua preocupação deve ser viver em Cristo, a verdade. Disse João que “Aquele que diz: ‘Eu o conheço’, mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele” (I Jo 2.4). Então, quanto mais firme for a sua vida em Cristo, mais verdadeiro você será e não se preocupará mais em o que dizer aos outros. Vai falar o que o seu coração está cheio - a verdade. Que Cristo seja a fonte da sua verdade.


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Olhos abertos para orar Pedro Tristão – ministro de Jovens da Igreja Batista Central em Niterói - RJ

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eres finitos encontrando, na prece, a oportunidade de comunicação com o Deus infinito. A possibilidade de orar é fascinante por si só, pois traz consigo a preciosa noção do Eterno que se inclina em um real gesto de interesse e amor pela humanidade. De acordo com o pastor e escritor Craig Groeschel, comunicação deve ser a palavra chave quando se fala em oração. Nessa perspectiva podemos compreender que ao recomendar que os Tessalonicenses orassem sem cessar, o apóstolo Paulo não se referia às repetições incalculáveis de palavras, contu-

do, sugeria a construção de um estreito relacionamento com o Senhor. Tratava-se e, ainda se trata, de abraçar firmemente a proposta de amizade com Deus. Aprofundando esta compreensão, é nítido o equívoco teológico dos que ensinam ser a oração um atalho para conquista de favores divinos. Muitas vezes a oração “não respondida” revela que não estamos diante de uma fórmula mágica em que, se fizermos X e Y, Deus será obrigado a realizar Z. A comunicação genuína com Deus não se baseia na expectativa de mudar os Seus propósitos, mas sim, no abrir do coração a fim de que Ele nos mude. É sábio que, ao orar, fechemos nossos olhos em um ges-

O Senhor dá, o Senhor tira

“E disse: Nu saí do ventre da minha mãe e nu tornarei to de contrição, concentração para lá; o Senhor o deu, e o e necessária introspecção. Senhor o tomou: bendito seja Essa atitude pode represen- o nome do Senhor” (Jó 1.21). tar, simbolicamente, a disposição em andar por fé e próprio Senhor não somente pelo que se vê. definiu Jó como É preciso destacar, porém, “Homem sincero que os olhos fechados em e reto”. A fim de oração, resultam necessa- provar satanás a sinceridade riamente em um coração e dedicação do patriarca, o aberto às belezas da vida. Senhor permitiu uma série de Feche os olhos, abra o co- provações arrasadoras. E teve ração, ore sem cessar e ma- o cuidado de não revelar a ravilhe-se com a verdade Jó o seu trato com o inimigo. registrada pelo salmista: “ Pois bem, assim que soube Os céus declaram a glória de da morte dos filhos e da perDeus e o firmamento anun- da dos seu bens, exclamou: cia a obra das suas mãos. “Nu saí do ventre da minha Um dia faz declaração a ou- mãe e nu tornarei para lá – tro dia, e uma noite mos- o Senhor deu e o Senhor o tra sabedoria a outra noite. tomou: bendito seja o nome Não há linguagem nem fala do Senhor” (Jó 1.21). onde não se ouça a sua voz” Jô não era um fanático – (Sl 19.1-3). Deus abençoe a era um excelente homem sua vida.

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de negócios e uma pessoa que aprendeu a dar “o seu ao seu dono”. Ao reconhecer que Deus é o proprietário de todos e de tudo, o homem da terra de Uz reconheceu sua grande responsabilidade como administrador do Senhor, como o seu mordomo. Entre o tempo que o Senhor nos dá e, logo em seguida, pede contas da nossa gerência, temos a oportunidade de aprender os critérios divinos relativos às coisas e às pessoas. O valor das pessoas e das coisas depende do relacionamento delas com o Senhor. Por isso, o pouco nas mãos do Senhor se transforma em muito. O ensino da mordomia tranquiliza o nosso coração e a nossa consciência. Ele é o dono e Ele sabe o que faz.

Fim de ano e nossas promessas

Thiago André da Costa, seminarista da Igreja Batista da Liberdade –RJ

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ais um fim de ano se aproxima e, por sua vez, o iniciar de um novo também. Já se ouve as músicas natalinas na tv, os sorteios de amigo-secreto, a lista de convidados da ceia e as programações de fim de ano nas igrejas. Inevitavelmente, em alguma reunião, ou em mais de uma, alguém vai falar sobre o momento de votos e promessas para o ano que se aproxima. É incrível

como todo ano repetimos os mesmos “votos e promessas” que são variados, como por exemplo: “Este ano prometo ler a bíblia (geralmente não se passa do Pentateuco)”, “Este ano vou perder aqueles quilos a mais, terei vida saudável”, “Este ano vou me dedicar a um ministério”, “Neste ano vou voltar a estudar ou findar a faculdade que se prolonga”, “Neste ano tenho coragem de mudar de emprego”, etc. Antes de mais nada, ao lembrar dos últimos dez dias do ano de 2013, fiz promessas similares, porém, em meio a muitas incertezas, fiz uma

oração: “Pai, eu quero a Sua vontade em minha vida”. Fiz essa oração, que também foi feita pelo próprio Jesus em seu momento de dor no Getsêmani, como está escrito em Mateus: “(...) Não seja como eu quero, mas sim, como Tu queres” (Mt 26.39). E se for justamente essa oração que Deus responder? Ao projetar, ainda em 2013, o meu até então futuro 2014, não teria condições de prever o que vivo hoje. O que houve na minha vida? Simples, Deus me surpreendeu, mostrouo que o jeito dEle é muito melhor, me fazendo viver o

inimaginável e viver o seu chamado. Ao pensar no ano que está por vir e formular as promessas de fim de ano, se pergunte: “Quantas promessas são meras repetições que são feitas todos os anos?”. Se deixarmos Deus à frente, Ele pode nos surpreender, assim como fez com José ao torná-lo governador do Egito, assim como surpreendeu Davi, tornando - o rei de Israel, como fez com os 12 apóstolos que, de homens comuns, tornaram-se heróis da fé. Quando oramos pedindo a vontade de Deus, devemos apenas sorrir e esperar, pois Deus vai nos

surpreender, afinal, aqueles que fizeram grandes coisas na Bíblia foram surpreendidos por Deus ao ver que do jeito dEle é muito melhor. E sobre as promessas de fim de ano, desafio você a orar: “Deus, surpreenda-me”. “Os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos” (Is 55.8-9).


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PARÁBOLAS VIVAS

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João Falcão Sobrinho

Monólogos de Natal

Deus mora no silêncio Rainerson Israel Estevam de Luiz, pastor de Jovens da Igreja Batista Central da Barra da Tijuca - RJ

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uitos são tomados pela vontade inebriante de falar a respeito de Deus. Parece-me que essa vontade nasce do vazio experimentado em nossas efêmeras existências. Esse labor, chamado teológico, leva-nos, não só à contemplação desse vazio existencial, mas à tentativa de neutralizar, por meio das palavras, esse caos inerente a nós. De mesma relevância, é fato de que todos nós, sem exceções, somos autores das declarações que dizem respeito ao preenchimento desse vazio, ou seja, a respeito de Deus. É intrínseco a nós o impulso hermenêutico das manifestações de Deus no cosmo. Essa afirmação nos torna, consequentemente, teólogos. Nas palavras de Karl Barth, “Não existe ser humano que, de maneira consciente, inconsciente ou subconsciente, não tenha seu Deus ou os seus deuses como objeto de seu desejo e confiança mais elevados. Neste sentido, qualquer ser humano é teólogo”. Barth chega a afirmar que até mesmo as ideologias aparentemente ateias são teologias. Apaixonei-me pelo silêncio, silêncio hermenêutico. Reconhecimento de que o inefável, o inatingível não pode ser alcançado pelas nossas faculdades. Nesse momento de honesta confissão sou tomado pelo apóstolo Paulo: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis são seus caminhos. Quem conheceu

a mente do nosso Senhor?” (Rm 11.33-34). Deus nos fez seres pensantes, sim. Acredito na liberdade do pensar. Mas os nossos pensamentos, e nem o nosso falar alcançam a âmago de Deus, a verdade última. Platão, no “Timeu”, confessa: “É difícil encontrar o Autor e Pai do universo, e uma vez encontrado, é muito difícil falar dEle”. Por isso, não acredito nos enrijecimentos dogmáticos. Eles ferem a liberdade do pensar. Não que eles não sejam verdade, mas porque eles carregam em si a certeza de que alcançaram a linguagem divina, inerrante. Humildade? Não. Minha pecaminosidade me afasta desse adjetivo. Medo? Sim. Esse é o sentimento que me fez apaixonar pelo silêncio. Mas, medo de quê? Medo de cair no dogmatismo intolerante. Medo de considerar as minhas interpretações verdades absolutas. Medo de agrilhoar o meu próximo com meu pensamento. Medo de “involucrar” o Deus indizível e fazer desse invólucro objeto de minha adoração. Idolatria. “E, quanto aos idólatras, a parte que lhes cabe é o lago que queima com fogo e enxofre”. Neste momento, a voz de Feuerbach precisa ser ouvida: “E o homem criou Deus a sua imagem e semelhança”. Ele diz que na sístole religiosa o ser humano é expulso de si mesmo e a sua própria essência repreendida torna-se, então, Deus. Nas palavras de Paul Tilich: “Deus é o símbolo de Deus”. Diante de tais declarações, uma pergunta certamente emana de nossos corações: quantos deuses temos? E a resposta depende da sua fragilidade. Claro que muitos

não conheceram Kierkegaard que, poeticamente, percebeu a fragilidade humana. E, por consequência, acham que com seu esforço hermenêutico alcançaram a Deus. Não são frágeis. Nunca oraram como Teresa de Ávila: “Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errada”. O dogmatismo intolerante, em última instância, leva-nos à idolatria. Por quê? Porque o dogmatismo enrijecido pensa ter criado uma linguagem “exata” de Deus. “Encontramos o verdadeiro Deus”, dizem os dogmáticos. Mas qual o Deus que devemos honrar e adorar? O Deus da ortodoxia? Do liberalismo? Do protestantismo? Do catolicismo? Todas essas formas de “pensar sobre Deus” dizem ter encontrado “Deus”. Quantos “deuses” temos agora? Tantos que nos fazem pensar: Será que existe Deus ou apenas projeções da psique humana? Deus existe. Na voz de Rubem Alves: “Deus tem de existir. Tem beleza demais no universo, e beleza não pode ser perdida. E Deus é esse vazio sem fim, gamela infinita, que pelo universo vai colhendo e ajuntando toda beleza que há”. Portanto, não adoremos ao Deus da ortodoxia, do liberalismo, do protestantismo ou do catolicismo. Não, esse “deus” ou esses “deuses” moram na linguagem. Adoremos ao Deus indescritível, inefável o Deus que mora no silêncio. Não no silêncio das proposições acerca de Deus, porque essas são inerentes a nós, mas no silêncio de nossas vozes dogmáticas. O “ser para os outros” tem uma linguagem medrosa (apofática), que se cala diante do Ser contemplado.

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astorzinho de Belém: A noite já ia alta nas campinas de Belém. Nós, pastores, estávamos guardando as nossas ovelhas. Uns dormiam, enrolados em seus mantos, outros vigiavam cantando para passar as horas. De repente, fomos acordados por uma luz que iluminou todo o céu. Simão pensou que já era o dia que estava clareando. Junto com aquela luz, apareceu um anjo do céu. Todos nós ficamos apavorados e tremendo de medo, mas o mensageiro celeste nos disse: “Não tenham medo, não. Não tenham medo. Eu trago boas notícias para vocês. Boas notícias. É que hoje nasceu para vocês em Belém o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Corram até Belém e vocês encontrarão um menino que acaba de nascer. Vocês o acharão envolto em panos e deitado em uma manjedoura”. Naquele mesmo instante apareceu um grande coro de anjos cantando no céu um hino que dizia: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os

homens”. Jamais escutamos uma música tão linda. Nós saímos correndo em direção a Belém. Não foi difícil encontrar o menino. Ele estava dormindo sobre o feno, enrolado em panos, como o anjo falou. Nós ficamos de boca aberta. Um rei, o Salvador do mundo ali deitado em uma manjedoura. Para nós, pastores, dormir entre os animais era muito natural, já estávamos acostumados. Mas um bebê recém-nascido, que veio para ser rei, nós não podíamos entender. O dia já começava a clarear quando nós saímos de Belém. Estávamos tão contentes que saímos correndo, contando para toda a gente: “Um anjo nos apareceu. Nós vimos o menino. Nós ouvimos um coro de anjos cantando glória a Deus nas alturas. Nós vimos, nós vimos o menino deitado sobre os fenos em uma manjedoura em Belém. Esse menino é o Salvador”. Ele veio ao mundo para ser o Salvador de todos os povos. Leia na próxima edição o que diz uma menina de Belém. Do livro “Família de Adoradores” – UFMBB.


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Família celebrando e adorando Jesus, o ideal de Deus

Levir Merlo, colaborador de OJB

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nde está aquele que é nascido rei dos judeus? Pois do oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo” (Mt 2.2). Pela graça do Senhor Jesus, chegamos ao último mês do ano de 2014. O tema da Con-

venção Batista Brasileira foi de extrema importância, pois trabalhou a questão família como o ideal de Deus. O ano de 2015 também traz um tema de profunda relevância para os filhos de Deus, “Integralmente Submissos a Cristo”, texto em Romanos 6.22. Tema relacionado nos termos do discipulado cristão. Mas, fechando o ano de 2014, nada melhor do que

refletir sobre celebração e adoração pela família cristã como ideal do Senhor Deus. Celebrar significa realizar com solenidade, comemorar ativamente, exaltar algo ou alguém, festejar efusivamente. E nada melhor do que a família cristã celebrar o nascimento de Jesus Cristo, Autor e Consumador da nossa fé. Adorar do latim adorare significa render culto à divin-

dade; reverenciar; amar profundamente; gostar muitíssimo; prestar culto de adoração. Observe que celebração e adoração se relacionam. A vida de um servo, ou família que vive comprometida com a Palavra, tem na adoração e celebração um ato contínuo. E o único a quem devemos verdadeiramente celebrar e adorar é Jesus Cristo, à semelhança dos magos do

oriente que vieram adorar aquele que era, que é, e será sempre Senhor dos senhores, Rei dos reis, Deus bendito eternamente. Famílias, celebremos e adoremos sempre o Senhor da vida, celebremos o seu nascimento, a sua vida, a sua morte e a sua ressurreição. Prestemos a Ele a verdadeira adoração. Celebremos o Natal de Jesus Cristo.

Implicações de uma vida estagnada Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB

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ma vida estagnada é aquela sem perspectiva, e pode ser representada pelo homem que tinha a mão direita atrofiada, como descrito em Lucas 6.611. A partir da sua história podemos pensar sobre as implicações de uma vida estagnada. Vejamos: Quem tem a vida estagnada não consegue reter aquilo que é bom. Em outras palavras, não consegue apropriar-se das bênçãos de Deus. A mão atrofiada é uma mão que não se abre para receber e nem tem força para segurar. Na vida espiritual diz respeito a uma vida cheia de impedimentos. O profeta Isaias falou sobre isso em suas pregações: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não

poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Is 59.1-2). Quem tem a vida estagnada não consegue ser produtivo e nem abençoador. Alguém escrevendo sobre o assunto lembrou que a mão está ligada às nossas ações, atitudes, gestos e trabalhos. A mão direita, em particular, é aquela que geralmente tem mais habilidade no desempenho das tarefas. É também

a mão que se estende para exercer autoridade. A mão atrofiada, por sua vez, é uma mão incapaz, improdutiva, trêmula e sem precisão. No sentido espiritual, a mão atrofiada lembra aqueles que não levam as cargas uns dos outros, são infiéis a Deus nos dízimos e ofertas, escondem seus dons e talentos e, quando solicitados, debulham murmuração no seio da igreja. O sábio escreveu em Eclesiastes que nossas mãos devem estar estendidas para servir, e que isso é o que dá

sentido à nossa vida: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Ec 9.10). É uma derrota ter a vida estagnada, mas Deus tem interesse em restaurá-la. Jesus é especialista em transformar mãos ressequidas em mãos estendidas para a adoração, como relata Salmos 134., assim como o “partir do pão” (At 2.42). Jesus tem o poder

de curar nossas mãos para que sejam habilidosas em cultuar e evangelizar. Jesus ensinou que o papel da igreja é fazer o bem e salvar vidas. Nossas mãos devem ser produtivas e abençoadoras como as dos apóstolos de Cristo. A Bíblia diz: “E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias” (At 19.11), e “Os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça” (At. 4.32).


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missões nacionais

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Evangelismo criativo com jovens e adolescentes é realizado em Sapiranga - RS Redação de Missões Nacionais

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oi realizado nas ruas de Sapiranga - RS, onde atuam os missionários Walter e Nair Azevedo, um evangelismo criativo com jovens e adolescentes. Foram distribuídas centenas de folhetos com o tema “Foi por você”, em que constava o endereço da Igreja. “Foi maravilhoso ver os amarelinhos impactando na sinaleira de Sapiranga”, destaca a missionária Nair. “Ao todo, foram dez jovens e adolescentes envolvidos na

Momento de preparação para o evangelismo

ação. Destes, quatro ainda não são membros da nossa Congregação, mas entenderam a necessidade de com-

Grupo falou de Cristo nos principais pontos da cidade

partilhar o amor de Jesus com receberam sorrisos e acenos. Nos 24 segundos em que outras pessoas”, acrescenta a missionária. Eles foram o sinal permanecia fechado, elogiados pelos transeuntes, o grupo com os cartazes ia

à frente com os dizeres “Foi por você – Jesus te ama”, ao mesmo tempo, outro grupo distribuía os folhetos.

Missionários falam sobre conquistas e desafios do trabalho em Paraisópolis - SP Redação de Missões Nacionais

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s missionários Leandro e Vânia Poçam têm alcançado vidas para Cristo em Paraisópolis, comunidade localizada na zona sul de São Paulo. Acompanhe, abaixo, o relato deles sobre o trabalho e sinta-se motivado a apoiar esta obra. “Estamos contentes porque temos percebido que Deus tem nos dado muitas ideias para executarmos nosso trabalho com qualidade e eficácia na nossa comunidade. Nasceu um novo Projeto em nossa missão, que se chama “Resgatando vidas”, que visa acompanhar, relacionar e

Evangelho tem sido pregado além das “quatro paredes” da Igreja

suprir as necessidades dos moradores de rua e dependentes químicos em nossa comunidade. “Atendemos todos os dias, principalmente todas as quintas-feiras, e também às terças, cerca de 130 pessoas, distribuindo sopa e café da manhã.

Além do alimento, estamos realizando um culto nas ruas e assim também alimentando o povo com a Palavra, que traz vida em abundância. “Certo dia, um morador de rua estava ouvindo nossa pregação e tomou a decisão de aceitar a Jesus. Duas semanas

depois ele foi nos procurar e testemunhou que depois daquela decisão, de maneira espontânea, saiu das ruas, parou de beber, conseguiu um trabalho e disse que tinha alugado um barraco (casa na comunidade) e também disse que ia procurar nossa Igreja para começar a frequentar. Não parou por aí; ele manifestou o desejo de começar a ajudar outros moradores de rua e dependentes químicos para tirá-los dessa vida. Ficamos maravilhados com a obra completa de Deus na vida daquele homem. “Nossos desafios continuam. Há muitas pessoas na nossa comunidade. Existem cerca de 120 mil pessoas em nossa favela, e queremos avançar,

pregar o Evangelho, realizando a missão integral na prática. Contamos com seu apoio, orando, contribuindo e também divulgando para que outros apoiem essa nossa missão para avançarmos muitos mais. “Para o ano de 2015 queremos realizar mais cultos nas ruas, além do Projeto para o alcance dos esqueitistas, bem como o Celebrando a Recuperação (Projeto para restauração dos dependentes químicos) e muitos outros. “Orem por esses Projetos e também pela saúde física, emocional e espiritual da família missionária, por mais líderes na Missão, por multiplicação e também para um novo espaço (templo próprio). Deus nos abençoe”.

Saiba tudo sobre o desenvolvimento do trabalho em Pedralva - MG Redação de Missões Nacionais

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missionária Eliane Ramos está há três anos em Pedralva - MG e, após muito trabalho e oração, testemunha sobre o agir do Senhor na vida de moradores da cidade. “Agora, o povo está se achegando. Percebo que eles sabem a quem vir e por que estou aqui. Com isso, tenho vislumbrado um novo tempo para a Igreja em Pedralva”, relata. Recentemente, houve a inauguração do novo local de cultos e reuniões da Con-

gregação Batista que Eliane lidera na cidade. Na ocasião, como parte da celebração foi realizada uma pequena conferência, que impactou vidas. “Foi uma bênção. Nossas meninas apresentaram uma linda coreografia. Pastor Raul e as irmãs Miriã e Michelle foram usados por Deus na Palavra e na música. Tivemos cinco decisões ao lado de Cristo e temos confirmados seis batismos para dezembro”, conta a missionária. Outras atividades também comprovam o bom desenvolvimento do trabalho. As aulas de música têm reunido

um bom número de pessoas e, em breve, a Igreja oferecerá aulas de informática para a comunidade. “Ganhamos três computadores que estou arrumando para iniciar o curso”, revela Eliane. Além disso, quatro voluntárias estão recebendo treinamento para ficarem responsáveis pelas atividades que acontecerão em uma sala aconchegante e preparada especialmente para as crianças. Seguindo a visão de Igreja Multiplicadora, a Congregação também conta com quatro Pequenos Grupos Multiplicadores, que ajudam na comunhão e no

desenvolvimento da caminhada cristã de cada participante. Eliane é missionária há mais de 20 anos e, além de Minas Gerais, já atuou

na Bahia e em Pernambuco. Interceda para que ela continue sendo capacitada a alcançar vidas para Cristo na cidade em que ela se encontra atualmente.

No dia da inauguração do novo local de culto


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Minas Gerais sedia a XXI Conferência Teológica da ABIBET

Jaziel Guerreiro Martins, pastor, presidente da ABIBET

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XXI Conferência Teológica da ABIBET foi realizada no Colégio Batista Mineiro, em Belo Horizonte - MG, de 06 a 08 de outubro de 2014. O tema foi “A educação teológica e o seu papel estratégico”. Foram dias de aprendizado e de debates acerca desse tema tão importante e atual para a denominação batista. A primeira palestra abordada foi “A educação teológica e o futuro estratégico da denominação”, cujo palestrante foi o pastor Sócrates Oliveira Souza, diretor-geral da Convenção Batista Brasileira (CBB). De forma dramática, demonstrando a importância do assunto, o preletor chegou a afirmar que a denominação pode deixar de existir se não pensarmos estrategicamente a educação teológica, pois a teologia é fundamental para a unidade denominacional. Diante disso, também enfatizou a necessidade de incentivo denominacional na formação de mestres e doutores. Apontou ainda para a necessidade de que todas as faculdades e seminários

sejam entendidos como da denominação e não apenas os que estão sob a orientação da CBB. A segunda palestra foi “As diretrizes curriculares nacionais para os cursos de Teologia” e o “Futuro da educação teológica no Brasil”, sendo palestrante o doutor Jaziel Guerreiro Martins, presidente da ABIBET. Ficou clara a necessidade de nos ajustarmos às normas do MEC, as quais não influem na base doutrinária e denominacional que desejamos preservar em nossos currículos, mas estabelece critérios técnicos e práticos que acrescentam qualidade aos currículos, como carga horária e distribuição de disciplinas. Na sequência houve um painel com o compartilha-

mento de duas experiências de oficialização de cursos de teologia, por parte da Faculdade Teológica Batista de São Paulo e da Faculdade Batista Pioneira. A terceira palestra abordada foi “A visão e necessidades da igreja local como fonte estratégica para a formação teológica”, cujo palestrante foi o pastor Arlécio Franco Costa. Foram destacados, na visão do preletor, quatro pontos fundamentais: 1) Formação de líderes servos; 2) Formação de convicções batistas e bíblicas; 3) Capacitação para as práticas ministeriais; e 4) Formação direcionada para vocacionados. Seguiu-se um painel sobre as demandas e necessidades das igrejas locais e do campo missionário,

com a participação do pastor Renato Gomes Overney e doutor Josué Salgado. Na quarta palestra abordouse o tema “A função estratégica da educação teológica” e o palestrante foi o vice-presidente da ABIBET, doutor Lourenço Stelio Rega. Na visão do palestrante, muito tem que ser mudado na educação teológica. Para que isso aconteça, entre outras atitudes a serem tomadas, os modelos antigos devem ser avaliados e analisados; as instituições devem trabalhar com a formação de líderes e não com o treinamento de obreiros; o ensino precisa enfatizar o preparo para a vida e não para a eternidade. Além disso, destacou a necessidade de reconsiderarmos os paradigmas do

salvacionismo e pragmatismo que dão sustentação à dinâmica do modelo de Evangelho eclesiástico que temos, e redescobrirmos o núcleo central da mensagem bíblica. A última palestra foi proferida pelo doutor Valseni Braga e teve como tema: “A importância do planejamento estratégico para estabelecer com segurança o futuro da educação teológica”. Diante dos desafios de mudanças constantes, ficou clara a necessidade de planejamento e organização para fazer frente as exigências contínuas do ensino na atualidade. Para que isso seja possível, entre outros pontos, foi destacada a necessidade de atualizar com as novas tecnologias, de atuar na educação teológica de forma profissional, de estar atento à contextualização, e de buscar recursos complementares, partindo-se de uma clara missão e visão de futuro. Diante da complexidade do tema, na opinião do palestrante, sem planejamento estratégico ninguém sobreviverá atuando no campo da educação. Louvado seja Deus pelos preciosos momentos e pelo período de reflexão, análise e avaliação da obra teológica batista no Brasil.

Aliança Evangélica realiza Assembleia e elege novo Conselho Christian Gillis, pastor da Igreja Batista da Redenção - MG

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oi realizada na Igreja Batista do Povo - SP, no dia 21 de novembro deste ano, a 1ª Assembleia da Aliança Cristã Evangélica Brasileira (Aliança Evangélica), após sua fundação formal três anos atrás (2011, Brasília, DF). Cerca de 150 representantes de denominações, igrejas locais, organizações e ministérios cristãos, de todas as regiões do Brasil, estiveram presentes para analisar e avaliar o cenário para a Igreja no atual contexto brasileiro, apreciar e deliberar sobre os relatórios e pareceres que examinaram o desenvolvimento da Aliança Evangélica, bem como eleger o novo Conselho Coordenador, para o triênio 2015-2018. A direção da Aliança Evangélica funciona em um mo-

delo de colegiado. Foram eleitos, dentre os diversos conselheiros de variadas denominações e organizações cristãs, membros de algumas igrejas batistas brasileiras, entre eles Gilciane Abreu (JBB), pastor Sillas Vieira, pastor Marcos Amado, Elias Fahur, pastor Christian Gillis, Maria Luíza Queiroz e Soraya Dias. O pastor Sócrates Oliveira participou do encontro como observador da CBB, junta-

mente com outros líderes denominacionais de expressão nacional. Nancy Dusileck, constituida embaixadora da Aliança Evangélica, tem colaborado significativamente para o desenvolvimento desta organização. A Aliança Evangélica serve como plataforma de diálogo e articulação para igrejas, denominações e organizações evangélicas no Brasil, que se identificam com a

proposta, crenças e princípios da Aliança Evangélica (www.aliancaevangelica.org. br), tendo em vista discernir e pronunciar-se frente aos horizontes que se avizinham para a Igreja no país, bem como desenvolver projetos e ações em comum perante a sociedade nacional e o Estado brasileiro. A Aliança Evangélica é associada à Aliança Evangélica Mundial (600 milhões de Foto: Sélio Morais

filiados em 129 países) e à Aliança Evangélica Latino -Americana. O propósito da Aliança Evangélica é servir como testemunho visível de unidade e manifestação de amor e serviço no Evangelho de Jesus Cristo, visando compartilhar experiências, potencializar ações e facilitar parcerias em diversas áreas da vida da igreja. A Aliança Evangélica também exerce um papel de informação e comunicação entre os participantes da Aliança e entre estes e a sociedade brasileira, posicionando-se sobre questões importantes para a nação à luz das Escrituras. Para cumprir suas finalidades foram constituídas diversas assessorias ministeriais, que já estão em funcionamento, como Missões Transculturais, Missões Urbanas, Igreja e Políticas Públicas, Mobilização para Oração, Pastoreio de Pastores, Capelanias e Direitos Humanos e Advocacy.


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Dez anos de pastorado Judiclay Silva Santos, pastor da Igreja Batista Betel de Mesquita - RJ

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á datas que são marcos referenciais em nossa existência. Tenho algumas no calendário da minha história que são inesquecíveis. No dia 20 de novembro de 2004, pela graça de Deus, fui ordenado ao sagrado ministério da Palavra. Fui consagrado depois de ter concluído o curso de bacharelado em teologia e ter sido examinado e aprovado pelo concílio de pastores instalado com esse propósito. Lembro-me do profundo senso de responsabilidade e gratidão que invadiu o meu coração. A alegria foi dobrada porque naquele mesmo dia fui empossado pastor titular da Igreja Batista Betel de Mesquita - RJ. À época eu era seminarista da Igreja Batista do Jardim Botânico – RJ, quando fui surpreendido pelo convite para participar do processo

de sucessão pastoral daquela Igreja. Havia outras possibilidades, mas a bondosa mão da providência guiou todas as coisas naquela direção. O pastorado da Betel tem sido uma dádiva de Deus. Ao longo de 52 anos de história, sou o terceiro pastor da Igreja, que tem no seu histórico, entre outros predicados, um zelo exemplar pelo ministério pastoral. É possível que algumas pessoas (talvez eu mesmo) não pudessem imaginar uma permanência tão longa no mesmo pastorado. Digo isso porque hoje em dia é muito comum pastorados curtos. Mas o fato é que, a despeito de todas dificuldades reais e imaginárias, completo e celebro hoje dez anos na liderança da Família Betel. O ministério, assim como muitas coisas na vida, é marcado por paradoxos. Existem algumas aparentes contradições que estão presentes na vida de um ministro do Evangelho. Em dez anos passei por alegrias e tristezas, sucessos e fracassos, lutas

e vitórias. A Igreja cresceu substancialmente. Celebramos muitas conquistas e também lamentamos algumas perdas. Sempre recebi o apoio da Igreja e, em particular, de um grupo de leais irmãos que há dez anos estão ao meu lado, nas dores e nos prazeres. Muitas coisas mudaram. Meu corpo, minha mente, meu coração não são mais os mesmos. Perdi os meus cabelos (ou boa parte deles) e ganhei bastante tecido adiposo (que insiste em me seguir). Minha mente está mais arguta e o meu coração mais experimentado, mas há coisas que são permanentes. Minha pregação permanece centrada na Pessoa e Obra de nosso Senhor Jesus Cristo. Sigo resoluto em minhas convicções teológicas, proclamando as doutrinas da graça, a gloriosa mensagem do Evangelho. No que tange a minha conduta ética, diante do Deus Eterno, não há nada do que me envergonhar. Agradeço a Deus por minha família, pois

o meu lar é um pedaço do céu na terra. Cláudia, minha amada esposa com quem estou casado há 17 anos, e o meu filho Leonardo, há dez anos fonte de alegria para o meu coração, são meus principais cooperadores. Tudo seria muito mais difícil sem esses dois tesouros que enobrecem a minha existência. Ao olhar para trás e observar o tempo que passou e

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tudo que aconteceu, considerando a minhas muitas fraquezas e limitações, reconheço que tenho “Recebido este ministério pela misericórdia” (II Co 4.1). Posso dizer como John Newton: “Não sou o que era; não sou o que devo ser; não sou o que quero ser; não sou o que um dia espero ser; mas graças a Deus não sou o que fui antes, e é pela graça de Deus que sou o que sou”.

Notícias dos ER’s de Minas Gerais Edemilson e Marta B. de Oliveira, missionários dos Embaixadores do Rei em MG

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ão dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa” (Jo 4.35). Com alegria e sentindo-nos tremendamente desafiados, trazemos aos amados irmãos notícias dos Embaixadores do Rei do estado de Minas Gerais. Dos dias 05 a 07 de setembro realizamos o Curso Intensivo para Conselheiros de Embaixadores do Rei (CICER) na Primeira Igreja Batista em Tarumirim – MG. Contamos com 06 alunos que, ao serem desafiados, disseram “sim”. Destacamos a participação do pastor e de um seminarista. O pastor Hernandes e sua Igreja participaram com empenho para tornar aprazível este curso. Parabéns ao Conselheiro de Embaixadores do Rei (CER) Clayton Batalha. De 19 a 21 de setembro realizamos o CICER na Primeira Igreja Batista em Salinas – MG. Contamos com 13 alunos, que também disseram “sim” ao grande desafio. Contamos com a participação de um pastor. O empenho do

CER Laurenço e apoio integral do pastor Ivan e sua Igreja merecem destaque. No dia 27 de setembro foi realizado nas dependências da Segunda Igreja Batista em Juiz de Fora - MG o “3º Encontro Real”, quando Embaixadores e Mensageiras do Rei testaram seus conhecimentos Bíblicos. Neste encontro, os desafios foram conhecimentos gerais da Bíblia - Antigo e Novo Testamento, Evangelho de João, os tradicionais detetive e esgrima bíblicos. Foram 80 inscritos, os quais foram divididos nas categorias júnior e adolescentes. Parabenizamos o coordenador do Departamento Associacional de Embaixadores do Rei (DAER) da Associação das Igrejas Batistas Sul de Minas (ASSIBASUM), o CER Serginho. No 28 de setembro a Embaixada Osvaldo de Barros Abreu da Primeira Igreja Batista Muriaé - MG em culto solene fez o Reconhecimento de Postos de vários Embaixadores. Parabenizamos os ERs e o seu CER, o irmão Jaime Martins No dia 04 de outubro realizamos uma Mini Olimpíada na ESA Escola de Sargento e Arma em Três Corações, no sul de Minas. Com 164 inscritos, e totalizando com equipe de apoio 189 participantes, realizamos várias modalida-

des, como futebol, xadrez, natação e, nas competições de atletismo, tivemos salto em extensão, revezamento 4 por 100, cem metros rasos, dentre outros. Destacamos a participação de novas embaixadas. Parabéns ao coordenador do DAER sul de Minas, o CER pastor George e sua equipe de conselheiros. No dia 25 de outubro realizamos em Itabirito - MG a 2ª Mini Olimpíada da região histórica. Foram mais de 90 ERs inscritos, contamos com uma excelente equipe de apoio. O pastor e enfermeiro Luciano Vieira Miranda, da PIB Itabirito, a qual deu um excelente suporte, também esteve presente e auxiliou como enfermeiro. O pastor Elizeu Rodrigues da Silva, presidente da Ordem dos Pastores - subseção MG foi prestigiar o trabalho e dar o seu apoio; isso muito nos alegra. Parabéns, CER Alan, coordenador do DAER região histórica, certamente esse evento será inesquecível para os Ers. No dia 15 de novembro realizamos, pela graça de Deus, o primeiro evento dos Embaixadores do Rei no nordeste mineiro, na cidade de Itambacuri. Contamos com 50 participantes competindo nas modalidades futsal, atletismo e natação. Foram dois líde-

res da Primeira Igreja Batista Teófilo Otoni como voluntários. Parabenizamos a PIB Itambacuri, que apoiou integralmente o evento; um dia marcante para a organização ER na cidade e no estado. Um grande desafio nos é apresentado nesta região. No dia 22 de novembro realizamos mais uma Mini Olimpíada em Montes Claros - MG. O evento foi realizado na Universidade Federal de Montes Claros (Unimontes), com 164 participantes representando nove Igrejas da Associação Batista do norte de Minas. No local realizamos campeonatos de futsal e atletismo. O evento foi dirigido pelo CER Davidson, do DAER Norte de Minas, com apoio dos CER Alan, coordenador do DAER região histórica e o CER Jonas, coordenador do DAER, de Ribeirão das Neves Com muita alegria destacamos a participação de pastores em alguns CICERs e eventos dos ERs. Somos gratos a Deus porque pastores que são ou não Embaixadores do Rei têm sido despertados a participar, investir e divulgar esse ministério. Para que cresça esse despertamento, devemos investir em clamor através de nossas orações. Como missionários dos ERs MG sentimo-nos tremenda-

mente desafiados a dar continuidade ao grande desafio de implantar o ministério nas demais regiões não alcançadas deste imenso estado. Há tantos que necessitam de salvação, precisamos avançar. Continuamos a clamar ao “Senhor da seara” (Mt 9.38) para que desperte os homens que estão sendo convocados, mas que ainda não disseram “Senhor, eis-me aqui, enviame a mim” (Is 6.8). Ouvimos frequentemente pastores e ministros do Evangelho, bem como obreiros, nas mais diversas áreas de atuação da igreja declararem que são Embaixadores do Rei, visto que “ Uma vez Embaixador, sempre Embaixador do Rei”, isso nos alegra e renova o ânimo, porém, vemos também que muitos não investem no departamento. O desafio é tremendo. Sozinhos nada podemos. Contamos com a graça de Deus e o amor dos batistas mineiros às almas perdidas, pois esses são meninos que precisam ouvir o chamado do Rei. Estamos a pleno vapor para realização dos dois Acampamentos de Embaixadores do Rei 2015 no CBTL em Ravena, o 1º Acampamento será de 10 a 13 de janeiro e o 2º de 15 a 18 de janeiro. Sua igreja já está organizando suas caravanas? Participe!


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notícias do brasil batista

Evangelizando com arte – Parte II Entrevista com o pastor Enio Francisco da Silva sobre a arte da entriloquia e a evangelização de crianças

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Pastor Enio é conhecido na Capital de São Paulo e, em diversas regiões do estado, assim como em outros estados do Brasil, não apenas por ser pastor batista há 36 anos, mas, principalmente, pela arte da Ventriloquia que a exerce com primor desde 1976. Acompanhe a segunda parte da entrevista. O senhor conhece mais alguns ventriloquistas evangélicos? Pastor Enio: “Jonathan (saudosa memória) foi um grande mestre na ventriloquia, de quem fui discípulo e que me permitiu ingressar na arte com muito incentivo, vendendo o seu boneco ‘Zaqueu’, com o qual trabalhei 22 anos, levando alegria para milhares de pessoas, plantando a semente do Evangelho. Um outro ventriloquista, com fama no Brasil e, em especial no Rio de Janeiro, foi o pastor e missionário Valdomiro Motta (saudosa memória) com o seu boneco ‘Juquinha’”. Conheço mais alguns bons ventriloquistas, como o pastor Marcos Romero, com o ‘Joca’, a irmã Creuza Motta e o pastor Arídio, filha e genro do pastor Valdomiro Motta, com seus bonecos

‘Kiko e Keka’. Pastor Jakson Rondini, com os seus maravilhosos bonecos ‘Manequinho’, ‘Carlito’ e ‘Manoelito’. Tio Uli com vários bonecos e irmão Joel, com o ‘Juquinha’. Mas esse número é muito aquém do grande público brasileiro”. Fale sobre sua experiência: Pastor Enio: “Em 1996, fui recebido como membro da ‘North American Association Of Ventriloquists’, situada em Colorado, nos Estados Unidos. Hoje, com quase 35 anos de arte, não é raro encontrar pessoas que falam da infância ou adolescência quando conheceram os bonecos e o impacto causado. Adultos que me confessam ter recebido a Jesus na infância, com a programação e a apresentação dos bonecos. As crianças me perguntam se o boneco é mesmo de verdade. Entendo a pergunta e respondo com ar gracioso, sim, é boneco de verdade. Mais difícil é quando pedem para que eu imite o boneco e, eu confesso, isso eu não sei fazer. Ao final de uma apresentação, todos saem ‘certos’ de que o boneco fala e eu não tenho dúvidas, ele fala mesmo. Posso abrir meu coração para uma sincera confissão: quando o boneco chora no final da apresentação, ele chora de verdade e saem lágrimas dos meus olhos”. Quais lugares ou locais o senhor esteve nestes anos?

Pastor Enio: “Meu público alvo é a igreja e tenho sido convidado por igrejas de todas as denominações. Já fui em muitas escolas, hospitais, aniversários de crianças, já me apresentei em praças públicas, ginásios esportivos, em congressos, acampamentos, programas de TV, etc”. Quem pode ser ventriloquista? É um dom ou uma arte a ser aprendida? Pastor Enio: “Acredito que os dois caminham juntos. O artista tem que exercitar a fala com os lábios semi fechados, fazendo esforço para mantê-los com o mínimo de movimento. Precisa ser uma pessoa ‘espirituosa’, capaz de criar frases, fazer trocadilho, mexer com o público (sem ofender) ter uma proposta de trabalho, nunca roubar a cena do boneco. Assim fazendo o ventriloquista mantém o boneco vivo. É então uma questão de treino”. Algum fato interessante marcou sua vida, nestas mais de mil apresentações? Pastor Enio: “Sim. No início, talvez em 1977, estive em uma Igreja e encontrei fazendo parte de uma orquestra, um senhor deficiente visual. Dez anos depois o reencontrei em outra Igreja e, ao reconhecê-lo, falei que já o conhecia daquela determinada Igreja. Em ato contínuo, sem saber quem eu era, foi logo dizendo: ‘E naquela programação tinha um boneco muito engraçado’. O

fato é que ele não viu o boneco, mas não se esqueceu daquela apresentação. Em outra ocasião, em uma Igreja do interior, logo depois do término, fui à porta para cumprimentar os presentes. Chegou até mim uma menina e pediu para ver o boneco, o que é normal após as apresentações. É por isso que os bonecos dormem logo após a apresentação. Respondi então como sempre faço: ‘Agora ele já está dormindo, você não o viu lá na frente?’. A menina, de uns dez anos, me respondeu: ‘Não, não vi. Eu sou cega’. Firmei meu olhar nela e percebi que usava prótese. É claro, neste caso, e até emocionado, me dirigi até onde estava o boneco guardado e permiti que ela o visse, como havia pedido. Usando o tato, ela afirmava: ‘Ele é bonitinho mesmo’”. Qual é a dinâmica da sua programação? Pastor Enio: “De um modo geral, a expectativa de quem convida, é o boneco. Os convites são feitos anunciando a presença dos bonecos. Eu atendo a necessidade da igreja, inclusive respeitando o tema da ocasião. O boneco conversa comigo, fala versículos, canta, age e interage com o público, provando a sua vivacidade. Faço um intervalo, colocando-o para descansar, anunciando que ele volta no final para as despedidas. Canto músicas com o público e

apresento uma mensagem evangelística visualizada em cartão, ou multimídia, com dobraduras, número de mágica, etc”. Quanto tempo é necessário para uma apresentação, nos moldes apresentados? Pastor Enio: “Da abertura ao encerramento eu uso aproximadamente 1h, mas tudo depende da proposta da programação de quem convida”. Agradecemos sua disposição em atender o nosso convite para a entrevista, que nos enriqueceu, desejando que Deus lhe dê ainda muitas oportunidades. Quais serão suas palavras finais? Pastor Enio: “Fico contente em poder compartilhar um pouco desta arte e, quem sabe, despertar outros ventriloquistas. Agradeço a Deus pelo dom que me deu e sinto-me realizado aplicando-o na Obra desse mesmo Deus”. Pastor Enio Francisco da Silva é pastor da Igreja Batista em Vila Primavera - SP. É bacharel em Teologia, formado em Pedagogia com especialização em Orientação Educacional e pós graduado em Aconselhamento Cristão. Para convidá-lo para ir em sua Igreja, entre em contato através do e-mail pastorenio@gmail.com ou telefones: (11) 2916-5332 / (11) 2154-4144 /(11) 984894032 – Tim.

“Encontraço” reúne cerca de 600 jovens no poliesportivo de Ibirité - MG Darles Rodrigues de Matos

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oi realizado no dia 22 de novembro, no poliesportivo de Ibirité, na Grande Belo Horizonte - MG, o “Encontraço”, evento realizado pela Juventude Batista Metropolitana de Belo Horizonte (Jubame). Participaram cerca de 600 Jovens batistas, integrantes de três Juventudes batistas (Jubas): Juventude Batista de Contagem (Jubacon), Juventude Batista de Betim (Jubabet) e Juventude Batista da região do Barreiro, Ibirité, Sarzedo, Mário Campos e Brumadinho (Juba-REI), todas com um único propósito de adoração ao Senhor Jesus. A noite foi marcada pela alegria dos jovens e satisfação dos pastores da Associação

Batista Metropolitana - BH (Amabe) em ver a união dessa juventude. O pastor Samuel Amaro, da Primeira Igreja Batista do PTB / Betim e também 1º vice-presidente da ABAME, descreveu o momento como “magnífico”. O presidente da Jubame, pastor Diego Nonato, da Primeira Igreja Batista Ibirité, ressaltou a importância do “Encontraço”: “O evento traz a proposta de unir a nossa juventude e estamos sendo avivados pelo Senhor. Agradeço cada Juba pela mobilização e participação, grandes coisas ainda viveremos para a glória de Deus”, destacou. Além do louvor, dança e apresentações, os jovens ouviram a Palavra de Deus ministrada pelo pastor Samuel Amaro, cujo tema “Os desafios de ser cristão na pós-mo-

dernidade”, aponta questões como o antropocentrismo filosófico, mídias e redes sociais, relacionamentos conflitos e divergências. Para todas essas questões, o pregador trouxe textos bíblicos que encorajou os jovens a estarem no centro da vontade de Deus, como em I Timóteo: “Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza” (I Tm 4.12) e Romanos: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm12.2). Os jovens saíram do “Encontraço” impactados. “Gos-

Jubame promoveu “Encontraço” para integração de jovens batistas das cidades vizinhas

tei muito de tudo que vi e ouvi”, disse Glaucius Medeiros, de Betim. “A Palavra foi muito boa”, ressaltou Lucas Neres, de Belo Horizonte. “Estarei nos demais eventos”, declarou Sarah Morais. O próximo evento da Jubame

será o Congresso“ Uma geração integralmente submissa”, nos dias 17, 18 e 19 de julho de 2015, em um sítio em Mateus Leme. As vagas podem ser feitas através do link: https://e-inscricao.com/ jubame


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missões mundiais

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Ano novo missionário Joed Venturini – orientador Estratégico-Pastoral da JMM para o Leste Europeu

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omo comemoraremos a chegada de 2015? Como você gosta de celebrar o início de um novo ano? E como será para os missionários nos campos? Por regra, pensamos que todos celebram como nós, e que no dia 31 de dezembro à noite todos festejarão a chegada de 2015. Mas, nos campos missionários não é bem assim. Afinal, há muitos calendários vigentes no mundo. Na China, por exemplo, o ano novo só chegará em 19 de fevereiro e não será 2015, mas 4713, ano do cavalo. Entre os judeus, o ano novo ocorre por volta de setembro, e eles já estão no ano 5771. Os muçulma-

nos contam os anos em um calendário lunar a partir da fuga de Maomé para Medina e vão para o ano 1436, que no nosso calendário começará em 05 de novembro de 2015, mas não será festejado porque não é festa oficial. Na Índia, há três datas para o ano novo, conforme se está no sul (março), no norte (outubro) ou entre o povo tâmil (abril). Ou seja, ano novo não é a mesma coisa no mundo todo, e podemos mesmo dizer que a maioria do planeta não festejará a nossa data. Esse entendimento deve nos ajudar na compreensão missionária em vários níveis. Comecemos por reconhecer que o mundo ao qual missionamos é diferente do nosso. Essa diferença é, ao mesmo tempo, um grande desafio e uma grande oportunidade. A bênção original deixada

a Abraão era para todas as famílias da Terra, e Jesus nos enviou a todas as etnias. Essa diferença deve nos despertar para a necessidade de adaptação. Nosso esforço missionário vai acontecer em regiões do mundo onde o obreiro vai lidar com aspectos da cultura que nunca imaginou sequer existirem. Terá que se adaptar, entrar no contexto, aprender língua e conceitos, uma nova visão do mundo e da vida. Essa adaptação não pode ser forçada e nem rápida. Não há missão sem encarnação, e esta leva tempo, paciência e uma boa dose de trabalho e bom humor. Daí que os missionários e a igreja brasileira precisam entender a necessidade da perseverança. No Brasil, ou em boa parte dele, pela graça de Deus, vemos o Evangelho em franco crescimento. Igrejas

com centenas de membros não são poucas, e com milhares já não são novidade. Nós nos acostumamos a um ritmo próprio do nosso país e que acontece em muito poucos lugares do planeta. Mas o missionário sai na noção de que vai ver o mesmo nos campos, e a igreja espera (e por vezes exige) que o obreiro tenha os mesmos resultados que acontecem em casa. Não vai ser assim. E a igreja desanima, o missionário desanima, e a obra não se faz. Mas nada na vida se faz sem perseverança. Nada de valor se obtém sem continuidade, e o obreiro tem que se aplicar e tem que permanecer. É tão triste ver que o missionário brasileiro é por vezes conhecido como “fogo de palha”. Muito entusiasmo, muita animação, muitas ideias, mas pouca

paciência, perseverança e pouco trabalho duradouro. Jesus disse que daríamos frutos que durariam. Para isso acontecer nos campos tão diversos onde estamos, há que perseverar. E aqui entra a igreja, de modo especial, com sua oração. O missionário precisa de oração para sua adaptação ao campo, para uma contextualização bíblica e saudável, para um trabalho frutífero e alegre, mas precisa de oração contínua para perseverar. A igreja é que sustenta as cordas, e não o pode fazer só por uns meses, mas por anos a fio, diligentemente, e com a noção clara da sua importância. Ano novo missionário é ano novo em oração por aqueles que em culturas distintas levam a mensagem mais preciosa que existe, a do Evangelho de salvação.

Em um dos países das regiões que coordeno, há uma senhora que trabalha costurando roupas. Ela é esposa de um missionário da terra que tem um projeto sustentado parcialmente pelas ofertas do Dia Especial. Há várias mulheres trabalhando com ela, a maioria convertidas, vindas da religião majoritária no país, ou mulheres que estão sendo evangelizadas.O projeto poderia atender muito mais mulheres, mas os recursos são limitados. Eles vêm só da oferta do Dia Especial. Em outro país, temos um obreiro da terra que dirige três escolas na fase de alfabetização, cada uma delas com mais de 20 crianças sem condições de frequentar uma escola particular. Um desses centros é composto só de crianças e professores, todos seguidores da religião majoritária naquela região, mas os princípios e os valores ali utilizados são da Bíblia. Esse projeto recebe recursos vindos das ofertas especiais. Temos o desafio de comprar uma área e construir um centro próprio, pois até o momento os lugares são alugados. Sua oferta pode fazer a diferença para alcançar essas crianças.

Nós não temos missionários brasileiros em um dos países mais fechados ao Evangelho no Oriente Médio, mas hoje, Missões Mundiais tem participado na capacitação de obreiros locais que saem do país para receber treinamento e depois retornam àquela nação para liderar igrejas subterrâneas. Além disso, estamos contribuindo para a produção de 300 mil Bíblias no idioma desse país. Deus tem realizado uma obra extraordinária entre esse povo. Fala-se em mais de 1 milhão de ex-muçulmanos convertidos. Certamente, você deve estar acompanhando os noticiários sobre a guerra em mais um país do Oriente Médio, onde milhares de pessoas já morreram. Se tivéssemos um obreiro brasileiro no país, há muito tempo o teríamos tirado de lá, mas hoje ainda temos três missionários da terra que permanecem lá, mesmo em meio aos conflitos. Porque eles não saem de lá? Porque aquela é a terra deles e o povo deles, com quem têm trabalhado para alcançar. Esses homens que colocam em risco suas vidas estão lá graças às ofertas do

Dia Especial, pois são sustentados por elas. Um dos obreiros que supervisionei durante o meu trabalho no campo me impactou muito com o seu testemunho. Eu viajava sempre para orar, ouvir e compartilhar com ele as lutas e vitórias que o Senhor tinha dado a ele. Eu também levava as ofertas que, da parte do Senhor, tinham sido enviadas pelos irmãos do Brasil através da nossa JMM. Esse irmão lidera hoje quatro grupos de ex-muçulmanos convertidos, cada um com 15 a 20 pessoas. Muitos deles perderam o emprego depois que assumiram a fé em Cristo. Muitos estão desempregados por causa da crise econômica no país. Um dia, cheguei mais cedo para participar da reunião e entreguei a oferta que tinha em mãos, dizendo-lhes que as igrejas do Brasil haviam enviado. Depois da reunião, vi aquele irmão pegando o dinheiro para repartir com alguns outros que ali estavam. Perguntei por que ele estava fazendo aquilo se aquela oferta era para o sustento dele e de sua família. Então ele me disse que os outros tinham necessidades maiores que as dele, e que o que

o Senhor nos dá é para ser compartilhado. Eu fiquei extremamente tocado com a atitude daquele obreiro. Eu poderia continuar a citar diversas outras experiências que temos do trabalho dos missionários da terra. E se ainda fôssemos pedir aos outros coordenadores da JMM para falar do trabalho de outros missionários, certamente ainda teríamos muitas outras experiências maravilhosas sobre como o Senhor tem operado ao redor no mundo, especialmente entre os grupos menos alcançados. Sabemos que a prioridade para nossa JMM hoje é chegar aos povos não alcançados. Certamente a maior parte dessa missão será realizada pelos missionários da terra. Não podemos pensar em parar de contribuir para o Dia Especial. Ainda há muito o que fazer e há missionários da terra preparados em novos campos. Podemos avançar muito mais se cada crente e cada igreja se dedicar ainda mais no Dia Especial, fazendo dele uma grande celebração e uma demonstração do quanto somos apaixonados e generosos na contribuição por Missões, vocação dos batistas brasileiros.

O obreiro da terra e a missão de salvar o seu povo

Jessé – coordenador da JMM para o Norte da África e Oriente Médio

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issões Mundiais precisa tanto do missionário brasileiro, quanto do obreiro da terra. A parceria entre os dois produz muitos frutos para o Reino. Digo isso porque trabalhei supervisionando o trabalho de autóctones em dois países e foi uma grande bênção para mim e para eles, e o trabalho foi ainda mais produtivo. Antes de seguir para o campo, um missionário brasileiro tem a possibilidade de visitar igrejas, levantar parcerias para seu sustento através do programa de Parceria na Ação Missionária (PAM), e mesmo que o seu sustento não esteja integralmente coberto pelo PAM, ele segue, pois seu sustento é complementado pelas ofertas do Dia Especial. Já o obreiro da terra não tem esse privilégio; uns conseguem ter alguns parceiros através de indicação de alguém, mas a maioria deles e os projetos que desenvolvem dependem exclusivamente das ofertas do Dia Especial.


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notícias do brasil batista

O vitorioso pastor Billy Graham 96 anos de glória

Maria Nery, colaboradora de OJB “The Grace of our Lord Jesus Christ be with you all amem”. “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós” (Rm 16.24).

A

o homem que tem Deus no seu coração. “Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e que em seus mandamentos tem grande prazer. A sua descendência será poderosa na terra, a geração dos justos será abençoada. Prosperidade e riquezas há na sua casa e sua retidão permanece para sempre” (Sl 121.1-3). Essa mensagem bíblica transmite exatamente a vida gloriosa do pastor Billy Graham na sua caminhada como grande pregador do Evangelho. William Franklim Graham Jr., conhecido mundialmente como pastor Billy Graham, nasceu em 07/11/1918 nos EUA, em uma fazenda próxima a Charlote, na Carolina do Norte, onde morou com seus pais irmãos e, este ano de 2014, completou os seus 96 anos. O pastor Billy Graham é considerado um dos homens mais admirados do século XX como pastor Batista e grande pregador do Evangelho Norte Americano. É famoso por suas cruzadas Evangelísticas mundiais, que levam mensagens de Deus a todos os povos e nações dos cinco continentes e deixam em cada país palavras positivas, como por exemplo, que Deus é poder e Jesus Cristo é a única esperança para se encontrar a verdadeira salvação.

Billy Graham e esposa, senhora Ruth Graham

Pastor Billy Graham com os filhos: Gigi, Anne, Ruth Franklin e Ned

Hoje, o ilustre pastor Billy Graham vive tranquilamente com seus 96 anos no seu lar, usufruindo do carinho dos seus familiares e de muitas pessoas que o visitam. Como um pastor realizado, um vitorioso, um vencedor, por onde passou deixou lembranças de um pastor admirável, através da sua reverência pastoral, transmitindo suas sábias mensagens. Em Deus está a minha salvação, a minha glória, a rocha da minha fortaleza, o meu refugio em Deus. Confiai nele ó povos em todo o tempo, derramai sobre ele o vosso coração, porque Deus está presente abençoando todos, de geração em geração. Ainda jovem, o pastor Billy Graham ganhou de Deus um presente de grande valor, sua querida esposa, senhora Ruth Graham. Foram felizes por 64 anos, e desta união nasceram os seus cinco filhos, as seus netos e bisnetos, uma família feliz. Apenas vou me limitar a descrever alguns fatos de sua convivência com sua esposa Ruth. Assim se expressava o pastor Billy Graham: “Ruth era uma mulher preciosa, minha

abertos te esperando, feliz porque você, com suas mensagens , ganhou muitas almas para Cristo”. Quando os nossos filhos nasceram era sempre uma grande alegria. E são eles: Gigi, Anne, Ruth, Franklin e Ned. Vê-los crescer, fazendo parte do meu ministério pastoral e continuando com muita dedicação o meu abençoado trabalho de evangelização me faz muito feliz. Hoje me sinto realizado com os meus 96 anos, agradecendo a Deus por tudo que realizou para honra e glória do Seu nome. No dia 14/06/2007 foi para mim um dia muito triste, a minha querida esposa Ruth faleceu, foi difícil aceitar essa separação, mas Deus com sua bondade me fez compreender que Ruth foi uma mulher muito consagrada, mulher de oração que viveu para servir a Deus, a Jesus Cristo, a Igreja e a família, e assim ela está descansando na morada do Senhor nosso Deus eterno. O Brasil foi prestigiado com a presença ilustre do pastor Billy Graham e sua equipe de cantores da cruzada Billy Graham, que foi realizado no

fiel companheira, que me fez feliz todos os anos de minha vida. Um presente de Deus para eu amá-la e protegê – la. Era linda e elegante. Com sua maneira ser meiga, carinhosa e tranquila, sua grande qualidade era ser uma mulher cristã muito consagrada a Deus, uma mulher de oração. Enquanto viveu me amou de verdade. Ela tinha orgulho por eu ser um pastor. Cuidava bem da minha roupa, se preocupava com a minha aparência, quando eu ia viajar, ela me olhava, passava revista para ver se eu estava elegante como deve ser um pastor. Quando ia viajar ela orava por mim segurando as minhas mãos e, depois, me dava um beijo e um abraço carinhoso, e isso por longos anos. Me servia de grande sustentação, e eu levava ela no meu coração”. Quando compramos a nossa casa, eu dei a ela a chave para ela abrir a porta. Ela orou ao Senhor agradecendo a casa e disse: “Esta porta estará sempre aberta para você sair para ganhar almas para Cristo, e estará sempre aberta, para quando você voltar. Eu estarei de braços

Rio de Janeiro no Estádio do Maracanã , programa organizado pelo inesquecível pastor Nilson do Amaral Fanini. Pastor Billy Graham ficou emocionado e admirado de ver a multidão de brasileiros que compareceram para não só participar do culto como ouvir a sua mensagem , Cristo, a única esperança. Foi um dia glorioso para todos nós batistas brasileiros. O pastor Billy Graham nos proporcionou muitas alegrias com seus livros e, por último, o livro “Caminho de Casa” , ele se preocupou em oferecer mensagens, ajudando os idosos a agradecer a Deus os seus dias de vida. Ser idoso é um privilégio e não uma tristeza. E também agradecer a Deus as bênçãos recebidas , entregar a Deus os seus dias de vida. Ao ilustre e admirável, pastor Billy Graham receba o abraço de feliz aniversário de todos os Batistas Brasileiros. Desejamos que Deus abençoe todos os anos de sua vida. E a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardara os vossos corações, e os vossos sentimentos em Jesus Cristo o nosso Salvador (Fp 4.7) Amém.

Subseção Campinas e Adjacências da OPBB escolhe nova diretoria Cleverson Pereira do Valle, pastor da Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira – SP

N Pastor Rodrigo Fontana (secretário), pastor Elias Neves (vice-presidente), pastor Rubem Lota (presidente) e pastor Cleverson Pereira (ex-presidente)

o dia 26 de novembro de 2014 a subseção da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) seção São Paulo Campinas e Adjacências, elegeu sua nova diretoria. Após dois anos de mandato, o pastor Cleverson Pereira do Valle comunicou

que não seria mais candidato e, em seguida, foi aberta a votação para a escolha do novo presidente. Foram eleitos: Pastor Rubem Lota - Igreja Batista Nova Canaã – Campinas – SP (presidente); pastor Elias Neves - Igreja Batista Cambuí – Campinas – SP (vice-presidente) e pastor Rodrigo Fontana - Igreja Batista de Sousas – Campinas – SP (secretário). Neste mesmo dia ouvimos uma excelente palestra com

o pastor Alexandre Mendes, que abordou o tema “Aconselhamento Bíblico – Tratando de casos difíceis”. O diretor da Faculdade Teológica Batista de Campinas, pastor Antonio Lazarini, falou em nome da instituição e, em seguida, levantamos uma oferta para a casa de profetas. Louvamos a Deus pela vida dos pastores batistas desta região. A Deus toda a honra e toda a glória.


ponto de vista

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o jornal batista – domingo, 28/12/14

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arece redundância. Você já viu alguns por aí? Eles existem? Certamente, sim. São poucos, mas existem. Felizes são as igrejas pastoreadas por pastores-servos, homens que têm aprendido com Jesus a servir, a dar o melhor de si, como ensina Mateus 20.28. O nosso Pastor Supremo tinha prazer em servir. Ele andava por toda a parte fazendo o bem, como descreve Atos 10.38. Ele veio nos servir com a Sua própria vida. Paulo nos ensina em Filipenses 2.5-11 que devemos ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. Pedro, em I Pedro 2.21-25, nos exorta a seguirmos as pisadas do Servo-sofredor. Os pastores-servos andam pelo caminho do serviço e do sofrimento. Eles têm profunda alegria e satisfação nAquele que os chamou para servirem em profundo amor. Jesus lavou os pés dos discípulos (trabalho destinado a escravos) para que imitássemos o Seu exemplo, como exemplifica João 13.1-20. É impressionante a trajetória de Jesus como o Servo-Sofredor dentro da vontade soberana do Pai. A missão que o Pai ordenou ao Filho é marcada pelo sofrimento.

ponto de vista

Pastores-servos

Os pastores-servos são poucos Pastores-servos são realmente poucos em um contexto de narcisismo, megalomania, arrogância, vaidade, síndrome de deus e a síndrome do pequeno reino. Soube que em uma reunião de pastores, líderes de uma denominação pentecostal havia carros luxuosos e blindados. Outros líderes utilizam jatos particulares e vivem nababescamente (são muito poucos) e estão na contramão do ministério instituído por Jesus. É impressionante a opulência dos que exigem que lhes chamem de bispos, apóstolos, etc. As ovelhas são virtuais. A relação com o povo é formal, fria, distante e marcada pela insensibilidade. O povo tem sido massa de manobra e gerador de lucros. Há um comércio de “milagres” e “mistérios”. Forma-se toda uma linguagem religiosa de temor, medo, intimidações, ameaças e barganhas. Pastores inacessíveis, que terceirizam o atendimento. Eles não têm tempo para aqueles que os mantêm. Em vez de servos, viraram executivos da fé, profissionais de um mercado de capitais religioso muito lucrativo.

O grande desafio do Senhor para nós, pastores, é sermos servos de verdade. Esses conhecem o povo, andam com o povo, sentem o cheiro da ovelha. Têm consciência de que as ovelhas são de Jesus e que eles são apenas co-pastores do Supremo Pastor e Bispo das suas almas, como diz I Pedro 5.4-5. Prestaremos contas do nosso co-pastorado. O que o Senhor Jesus, o Supremo-Pastor-Servo, exige de nós é que sejamos líderes-servos de excelência. Que sejamos servidores, escravos de Jesus Cristo. Que coloquemos a mão na massa. Devemos servir à semelhança daquele que deu a Sua vida por nós e quer que façamos o mesmo. Ministério pastoral não se caracteriza pela arrogância, mas pela humildade. O nosso serviço deve ser caracterizado pelo amor de Cristo Jesus. Não por obrigação, mas por prazer em Deus Pai. Pastores-servos amam mais ao Senhor do que as suas próprias vidas. Este foi o testemunho de Paulo aos pastores de Éfeso, na cidade de Mileto, quando estava a caminho de Roma, como está descrito em Atos 20.24.

Os caminhos dos pastoresservos são difíceis Os pastores-servos não andam por caminhos fáceis, mas por caminhos muito difíceis. Não são ovacionados, mas criticados. Não buscam os seus próprios interesses, mas os de Cristo Jesus. Não andam pelo caminho da fama, mas pelo caminho do desprezo. Não têm interesse em pódio, mas em chão, húmus. Não aspiram a coroa, mas a cruz. Sabemos que sem cruz não há coroa. A nossa prioridade é a cruz. Para os pastores-servos, o viver é Cristo e o morrer é lucro, como está escrito em Filipenses 1.21. Pastores-servos não buscam holofotes, mas a glória de Cristo. Não creditam obras para eles, mas para Cristo, o Servo-Sofredor. Pastoresservos estão comprometidos com a mensagem da cruz, o seu assunto mais importante é Cristo Jesus, seguindo o que diz I Co 1.18-25; 2.1-5. A sua satisfação é o Senhor. Estão plenamente satisfeitos nEle. Não medem esforços para repartir, encorajar, se alegrar, apoiar e facilitar a vida das ovelhas que eles co-pastoreiam. Eles se submetem ao Supremo Pastor. A sua alegria está na obediência. Os pastores-servos fazem a obra de um evangelista e cumprem cabal-

mente o seu ministério dado pelo Senhor apenas por graça e misericórdia, como vemos em II Tm 4.5. Alegro-me sobremaneira em ver que os pastores-servos não buscam conforto, vida boa, entretenimento como o centro da vida, cargos, expressão denominacional, favores, disputas, conchavos, popularidade e outras vantagens. Eles estão contidos no contentamento à semelhança de Paulo, o decano, de acordo com Filipenses 4.10-14.. É maravilhoso ver o testemunho dos pastores-servos, que dependem de Deus e não de homens. Que têm uma fé inabalável em Deus, pois o justo por sua fé viverá, seguindo o exemplo de Habacuque 2.4 e Romanos 1.17. Observo que os tais pastores não vivem reclamando, murmurando, mas confiam na provisão segura do Pai e se alegram nEle, como ensina Sl 37.25. Pastores-servos servem à Igreja e Deus os sustenta dignamente. Trabalham com alegria e singeleza de coração. Dou graças a Deus pelos pastores-servos, homens que, chamados, honram Àquele que os vocacionou por Sua graça. Dizem como Paulo: “Pela graça sou o que sou e a Sua graça não foi vã para comigo” (1 Co 15.10).

observatório batista LOURENÇO STELIO REGA

Fechado para balanço

O

final do ano se aproxima e surge a oportunidade para avaliação de como foi nosso ano. Quais as vitórias alcançadas, quais sonhos foram concretizados, quais foram frustrados, o que não conseguimos realizar e esperamos que no próximo ano possamos concretizar. Enfim, é hora de fazer um balanço do nosso projeto de vida e replanejar o próximo ano. Há gente que vive a vida somente porque nasceu, não tem outra opção. “Fazer o quê? Estou vivo e agora tenho que viver cada dia”. Em geral, não possuem um projeto de vida, não estabelecem alvos a serem alcançados. Acordam de manhã, vão para o trabalho, voltam para casa,

assistem televisão, no final de semana fazem compras no supermercado, quando der passeiam no shopping ou na praia, no domingo vão para a igreja, encontram com os amigos, visitam alguém da família e na segunda-feira tudo começa de novo. Por volta das 20h no domingo é comum, nestes casos, a pessoa se sentir deprimida e angustiada por causa da aproximação da segunda feira. Na sexta feira, às 20h, o sentimento já é bem outro – de alegria e expectativa. Nem se fale quando se aproxima um feriado que possa cair em uma quinta ou mesmo na terça-feira – a expectativa redobra, mas é substituída pela angústia, depressão e tristeza ao término do longo final de semana.

Será que vale a pena viver uma vida assim? Olhando para trás em sua história de vida neste ano que está terminando, o que você pode contabilizar de construção e concretização? Vidas foram beneficiadas, amizades foram criadas e fortalecidas? Houve aprendizagem de novas e sadias atitudes? Houve crescimento emocional, espiritual? Relacionamentos quebrados foram reconstruídos? Como temos encarado a vida, as pessoas, as decisões? Podemos estar tão concentrados em nossas próprias opiniões e visão de mundo, que poderemos esquecer de “calçar os sapatos dos outros” para vermos também a vida do outro ponto de vista. Como tem sido o nosso tom de voz ao conversar com os

outros? Temos tido paciência? Temos ouvido a opinião dos outros por meio da escuta atenta? Como estão nossas amizades? Fazemos amizades apenas quando há interesse? Temos sido sensíveis aos outros? Quando vemos as pessoas, notamos como está a sua fisionomia de modo a sentirmos se estão bem ou passando por alguma dificuldade? Muitas vezes vivemos a vida como se o que interessa é apenas o que é válido para a nossa vontade ou objetivos, alimentando uma espécie de “síndrome de Caim” (“Acaso sou eu o cuidador de meu irmão?” – Gn 4.9). Mas, além do próximo, temos nos ocupado com nossa própria vida, com nossa saúde? Como tem sido o nosso descanso, nossa alimenta-

ção, o cuidado com nossa autoimagem e autoestima, com nossa integridade mental e psicológica? Para este próximo ano não bastará fazermos uma listinha de coisas que desejamos concretizar, antes disso, necessitamos desenhar as prioridades de vida que desejamos alcançar. Uma espécie de missão de vida, elaborando uma declaração de missão mais ou menos com as seguintes palavras: “Eu, (fulano de tal), existo para _________________”. A partir disso, elaborar o seu projeto de vida para este próximo ano. Que tal aproveitar estes dias que ainda temos antes de findar o ano e considerarmos todos estes desafios de um balanço geral da nossa história de vida?


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o jornal batista – domingo, 28/12/14

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