1 minute read

13 anos após concessão do Mineirão, torcedores pagam mais e deputados pedem revisão contratual

MINAS ARENA Ingressos mais caros e danos aos cofres públicos são alguns impactos da privatização

Minas Gerais discutiu o tema e outros deputados endossaram a crítica.

Advertisement

“O equipamento público, que antes era voltado prioritariamente ao esporte, ao lazer e ao convívio, passou a ter uma lógica de mercado, na qual o torcedor é visto como cliente”, avalia Éric Rezende, frequentador do Mineirão, em Belo Horizonte, sobre as consequências do processo de privatização do estádio.

Em 2023, a assinatura do contrato, que passou a administração do maior palco de futebol de Minas Gerais, inaugurado em 1965, para o consórcio Minas Arena, completa 13 anos.

Elitização

Éric, que é membro da torcida Resistência Azul Popular (RAP), do Cruzeiro

Esporte Clube, conta que, de imediato, o primeiro impacto sentido pelos torcedores foi o aumento expressivo no valor dos ingressos dos jogos.

“Embora os preços da maioria dos setores sejam definidos pelos clubes, eles são afetados diretamente pelas condições comerciais e custos operacionais definidos pela empresa gestora do estádio”, explica o torcedor.

Deputados querem revisão de contrato

“É a pior parceria público-

-privada de que se tem notícia na história recente do Brasil. É um contrato extremamente enganoso e lesivo”, avaliou o deputado Professor Cleiton.

Para o deputado, o contrato com o Minas Arena deve ser revisto principalmente por causa dos danos aos cofres públicos. Em abril, uma audiência pública na Assembleia Legislativa de

“O contrato estabelece que, quando a Minas Arena não obtiver lucro, o Estado tem que colocar recursos próprios para que ela chegue a determinado montante. Temos documentos que demonstram que houve desvio, por exemplo, dos recursos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) para o aporte na Minas Arena”, denunciou o parlamentar.

Desde 2013, o governo já passou mais de R$ 1 bilhão para a empresa.

Durante a audiência, o diretor da Minas Arena Samuel Henrique Cornélio Lloyd afirmou que o modelo de gestão é positivo e citou que a iluminação do estádio acabou de ser trocada.

This article is from: