15 minute read
Editorial
EDITORIAL Escolha de Ciro Nogueira para Casa Civil revela quem é Bolsonaro
Osenador Ciro Nogueira (PP - PI) é o exemplo de um sistema político ligado ao poder econômico, em que a classe trabalhadora, em toda a sua diversidade, não possui representação.
Advertisement
Seu partido integra o chamado Centrão, o bloco que conforma maioria no Congresso Nacional, orientado por interesses locais, corporativos e financeiros.
Até pouco tempo, Nogueira criticava Bolsonaro e elogiava Lula. Nesta semana, foi indicado para a Casa Civil do atual governo. Isso reforça que Bolsonaro, apesar de ter dito, em 2018, que estava “fora da velha política”, na verdade tem origem no Centrão e comunga do perfil corrupto, conservador, autoritário, autor de poucos projetos, defensor das privatizações e da retirada de direitos dos trabalhadores.
A manobra de Bolsonaro reforça a aliança entre governo e Centrão, que andava frágil com a queda de popularidade, os protestos nas ruas e, por outro lado, ameaças de golpe do presidente e dos militares que o apoiam. O objetivo agora é evitar o impeachment e tentar garantir estabilidade ao governo até as eleições. Se Lula e a esquerda vencerem as eleições de 2022, Ciro Nogueira voltará a chamá-lo de melhor presidente. Eles são assim mesmo. Em 2014, a esquerda exigiu uma Constituinte do sistema político. Essa bandeira tende a voltar no futuro.
SEMANA EXPEDIENTE
Brasil de Fato PR Desde fevereiro de 2016
O jornal Brasil de Fato circula em todo o país com edições regionais em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Paraná. Esta é a edição 222 do Brasil de Fato Paraná, que circula sempre às quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.
EDIÇÃO Frédi Vasconcelos e Pedro Carrano REPORTAGEM Ana Carolina Caldas, Gabriel Carriconde e Lia Bianchini
COLABORARAM NESTA
EDIÇÃO Luma Vitorio ARTICULISTAS Fernanda Haag, Cesar Caldas, Marcio Mittelbach e Douglas Gasparin Arruda REVISÃO Lea Okseanberg, Maurini Souza e Priscila Murr ADMINISTRAÇÃO Bernadete Ferreira e Denilson Pasin DISTRIBUIÇÃO Clara Lume FOTOGRAFIA Giorgia Prates e Gibran Mendes DIAGRAMAÇÃO Vanda Moraes CONSELHO OPERATIVO Daniel Mittelbach, Fernando Marcelino, Gustavo Erwin Kuss, Luiz Fernando Rodrigues, Naiara Bittencourt, Roberto Baggio e Robson Sebastian REDES SOCIAIS www. facebook.com/bdfpr CONTATO pautabdfpr@gmail.com
OPINIÃO A profundidade da crise na vida das mulheres negras
Luma Vitorio,
da Coordenação Nacional da Campanha Periferia Viva. O artigo completo está no site do Brasil de Fato
Adata do 25 de julho, reconhecida por muitos países como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, é um marco para o calendário político antirracista do Julho das Pretas e também um momento de intensa reflexão sobre a vida das mulheres negras. É o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
Em tempos de aprofundamento da crise e de um governo federal desumano, as desigualdades de gênero e raça estão ainda mais evidentes na vida das trabalhadoras. As mulheres negras são 27,8% de toda a população brasileira. Destas, uma imensa parte vive nas periferias, são trabalhadoras do setor informal e desempregadas.
Mesmo sendo uma maioria considerável, em termos de representação política ainda são minoria. Mulheres negras são menos de 5% das(os) prefeitas(os) e vereadoras(es) eleitas e eleitos nas eleições de 2020.
É impossível olhar para esse cenário e se desvincular da história. Um dos absurdos que nos arrastam para um passado recente são os inúmeros casos de trabalhadoras escravizadas nos serviços domésticos que têm sido resgatadas em anos recentes.
Um dos casos mais emblemáticos foi o de Madalena Gordiano, resgatada no dia 27 de novembro de 2020 pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Mantida desde os seus 8 anos de idade em situação de trabalho análogo à escravidão, viveu 38 anos de sua vida em condições humilhantes e de liberdade restrita.
Quais são as duras consequências do racismo e do passado escravocrata do nosso país na vida de cada mulher negra, nos dias de hoje?
É importante afirmar a gravidade que a pandemia, negligenciada pelo presidente Jair Bolsonaro, trouxe para as vidas dessas mulheres. Alguns dados nos dão a dimensão do momento difícil que vivemos, especialmente para as mulheres negras. São os índices de violência doméstica e feminicídio, em que 75% das mulheres vítimas de assassinatos são negras e, entre essas, 50% foram assassinadas por seus parceiros e ex-parceiros.
Brasil tem a menor produção automotiva da década em 2020
Em 2020, o Brasil teve o seu pior desempenho em 10 anos na produção de carros. Segundo a Anfavea, o país só produziu 2,014 milhões de carros em 2020. O número é quase a metade da produção nacional ocorrida em 2013, quando o país produziu 3,7 milhões de carros em um período de forte atividade econômica nos anos anteriores.
Os números da retração estão contidos na nota técnica do Dieese “A desindustrialização e o setor automotivo: retomada urgente ou crise sem fim”. Para a análise, a indústria nacional se deparou com uma crise estrutural crônica, entremeada por crises conjunturais cíclicas, agravadas pela pandemia. Segundo o estudo, o país, que trabalha para atender o mercado interno, precisa encarar a guerra fiscal e um novo cenário político para o setor. “No presente momento, países como Estados Unidos, Alemanha e China estão promovendo um conjunto de ações para reposicionar suas indústrias, considerando a importância do setor industrial nos processos que oxigenam o conjunto da economia e promovem o dinamismo das inovações tecnológicas”.
Enquanto isso, no Brasil, estamos adotando o caminho inverso ao dos países centrais, como Alemanha, EUA e China, desmobilizando ou enfraquecendo os instrumentos positivos de política industrial implementada a partir de 2003.
FRASE DA SEMANA
Ôxe, foi sonho não!
Disse Rayssa Leal, em seu Twitter, após ganhar medalha de prata no skate nas Olimpíadas. Aos 13 anos, a maranhense é a mais jovem brasileira a ganhar uma medalha e a terceira mais jovem na história dos Jogos.
Divulgação | COB
Presidente assume no Peru
No dia em que o país celebra 200 anos da sua Independência, 28 de julho, Pedro Castillo assume a Presidência do Peru, depois de derrotar por pequena margem de votos a candidata de extrema-direita Keiko Fujimori. Keiko tentou anular o resultado das eleições com acusações de fraude sem prova, tática da direita mundial ao perder eleições. Perdeu também na Justiça.
Dificuldades no Congresso
Como aqui no Brasil, mesmo com a eleição de um presidente de esquerda, há problemas pela frente para implantar seu programa de governo. Das 130 cadeiras do Congresso peruano, o presidente tem apoio de 54 congressistas. Na eleição para a direção do Legislativo, foi eleita uma chapa articulada pela centro-direita, que contou com 69 votos.
NOTAS BDF
Por Centrão manda
Aqui no Brasil foi oficializada a nomeação do senador Ciro Nogueira (PP) como ministro da Casa Civil, responsável pela articulação política do governo Bolsonaro. Ciro é um dos principais chefes do Centrão, grupo político que domina os votos no Congresso Nacional. Com a nomeação, Bolsonaro se rende de vez ao grupo político mais fisiológico do país na tentativa de “salvar seu governo”. Só se esquece de que o Centrão só “salva” seus próprios interesses. Se o governo fizer água e Bolsonaro cair mais nas pesquisas, irá abandoná-lo sem nenhum remorso, depois de lucrar com bilhões em verbas.
Governo de morte
Além da morte de mais de mais de 550 mil brasileiros na pandemia, com muitos óbitos que poderiam ser evitados se a vacina chegasse antes, o governo Bolsonaro insiste na cultura da violência. Para “comemorar” o Dia do AgriculReprodução | Secom tor, o perfil oficial da secretaria de comunicação, Secom, postou uma imagem de um homem armado (foto). Isso num país líder mundial em mortes por conflitos fundiários. Após repercussão negativa nas redes, a postagem foi apagada.
Fora, Bolsonaro
A cultura e a diversidade foram a marca de mais um grande ato “Fora, Bolsonaro” em Curitiba, no 24 de julho. Desde as 14h, milhares de pessoas se concentraram na Praça Santos Andrade para ver apresentações culturais e fazerem manifestações pelo impeachment do presidente, por auxílio emergencial de R$ 600, comida na mesa e vacina para todos o mais rapidamente possível. Depois seguiram em passeata pelo centro, que foi até o nal da tarde.
Diversidade
Grupos de indígenas, moradores de ocupações, torcidas organizadas antifascistas, estudantes, sindicatos, centrais sindicais e partidos mostraram suas bandeiras e reivindicações. Foi grande também a participação de artistas, com apresentações programadas de mais de uma dezena de grupos, entre eles Garibaldis e Sacis, Bloca Ela Pode Ela Vai, MUV, Wes Ventura, Imperador Sem Teto e MTD – Místicas Dialogando com as Lutas Indígenas.
Dia do Agricultor
Na quarta (28) foi celebrado o Dia do Agricultor, com transmissão do programa “Quarta Sindical”, parceria do Brasil de Fato Paraná e a CUT-PR. Foram entrevistados Adriana Oliveira, da coordenação do MST do Paraná, e Neveraldo Oliboni, da Fetraf e também diretor da CUT -PR. O programa pode ser assistido nas redes sociais do BDF-PR e da CUT-PR.
Cohab cobra de famílias lotes com metro quadrado a 400% do valor inicial
Famílias da Vila Canaã sentem-se inseguras e pressionadas pela companhia
Pedro Carrano ocupação iniciou-se no ano de 1991, puxada pela lide-
Vanda Vieira é integran- rança histórica de Jairo Grate da associação de minho, que também esteve moradores Vila Canaã, que na Revolta dos Colonos, no fica no bairro Novo Mun- Sudoeste do Paraná. do. Ainda criança, ela e sua E a região ficou conhecifamília foram moradores da pelo nome de Formosa. pioneiros na região. A fa- Dentro dela, há várias vilas mília instalou-se na região com trajetórias próprias. em 1978 quando “tudo era Em 1994, por exemplo, foi mato alto por ali” e o terre- criada a chamada vila “Coono ainda pertencia à Caixa perativa Luta pela Terra”, Econômica Federal. separando a então associa-
Só uma década mais ção vila Formosa e dando à tarde ocorreu a ocupação e luz, mais tarde, a Associadivisão de lotes às margens ção Vila Canaã – como relada bacia do Rio Formosa. A ta documentário produzido pelo Instituto Democracia Popular (IDP). Uma coisa é certa. Quase trinta anos depois, que se completam em 7 de setembro deste ano, há muita
insatisfação dos moradores com a ausência de regularização fundiária, título e escritura do lote nas mãos. O primeiro item da revolta é o fato de que a região é construída e beneficiada pelos próprios moradores. Quando chegou o poder público no local, os moradores já haviam instalado energia elétrica, água, fizeram drenagem e asfaltamento de um local conhecido antes como um banhado. A questão que indigna mais é o fato de que a Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab) ter chegado a cobrar prestações das “Tem que haver famílias, muitas da ordem uma reciclagem de R$ 800, mesmo a compada Cohab” nhia tendo adquirido os lotes por valor muito menor.
Por conta da valorização dos terrenos, calculada por advogado em 400%, os moradores sentiram-se cada vez mais pressionados e cada vez com menos condições de pagar as prestações, embora não queiram deixar o chão onde fincaram bandeiras e sonhos.
Usucapião coletivo Sem possibilidade de fazer um pagamento injusto, aderiram, então, a uma ação de usucapião coletivo, como explica o advogado Bruno Meirinho. “A realidade comum é de que eles têm uma posse da qual poderiam fazer usucapião. A Prefeitura passou a ter postura agressiva, ameaçando tirar se eles não pagassem”, critica, apontando a vontade de os moradores fazerem contratos com a companhia, porém o metro quadrado do lote, em um comparativo, saltou de R$ 90 (valores atualizados) para os atuais R$ 350.
“Em 2016, a Prefeitura chamou as pessoas, os preços já haviam dobrado em relação a 2014. São contratos abusivos, estava entendido que os moradores não se recusaram a fazer os contratos. Porém, dois anos depois, com contrato mais caro, o desespero foi total. Quanto mais resistiam, mais aumentava o preço. O Ministério Público foi acionado e começou a tentar fazer mediação”, aponta Meirinho.
Vanda Vieira
Pedro Carrano
Mudar o sistema
Vanda Vieira ainda ressalta que, desde 2006, a companhia passou a se aproximar dos moradores. Porém, sem apresentar saídas efetivas. Houve algumas realocações no local, de moradias próximas ao rio. Outras moradoras, no entanto, como é o caso de Vanda, não querem ser realocadas. Os critérios, a nal, não estão nítidos. “Minha casa está a 17 metros do rio, que passa por baixo da rua”, relata a liderança, mas ainda não tiveram resposta satisfatória da companhia. E ela naliza: “Tem que haver uma reciclagem da Cohab”.
RESPOSTA DA COHAB
“As áreas que compõem o Bolsão Formosa (Uberlândia, Formosa, São José e Canaã) apresentam diversas questões documentais complexas ainda pendentes de resolução: negociação de áreas particulares, desafetação de trechos de ruas e transferência de áreas do município. Sem a nalização dessas questões não há como avançar com o processo de regularização fundiária. Em reunião realizada (31/07/19) na sede da Cohab, a companhia apresentou a sua proposta: R$ 348 por metro quadrado, enquanto o valor de mercado para a região era de R$ 851 na época. Ao nal da reunião, alguns moradores se apresentaram para formar uma comissão a m de buscar alternativas para o impasse acerca dos valores. Ficou acordado que a comissão formada procuraria a Cohab para novas reuniões, fato que nunca aconteceu. Não está ocorrendo nenhuma pressão para que os moradores assinem contratos, uma vez que a área ainda não foi regularizada. A Cohab Curitiba sempre esteve e continua de portas abertas para dialogar com as comunidades nas quais atua.”
Fator emocional é um dos problemas para profissionais da educação na volta às aulas presenciais no Paraná
Lia Bianchini “mundo conhecido” tenta retornar, ainda que conti-
Nos estudos de narra- nue imerso no grande protivas de ficção, o tipo blema. É nessa tentativa de clássico de se contar uma retorno à “normalidade” história baseia-se na cha- que o Paraná iniciou a volmada “jornada do herói”: ta às aulas presenciais, em o protagonista parte de um sistema híbrido. As sequelas mundo conhecido, depara- emocionais da pandemia, se com um grande problema no entanto, mostram que é e, após enfrentá-lo, retorna impossível voltar ao normal ao mundo inicial, mais sá- imediatamente. bio, experiente, com os ensi- “A gente fala pouco dos namentos que acumulou na superação do problema.
Desde março de 2020, o mundo real se tornou palco de uma história digna de ficção. Um vírus contagioso e letal se espalhou por todos os países. A diferença é que, na vida real, um protagonista sozinho é incapaz de enfrentar o grande problema. E o resultado são milhares de jornadas interrompidas. Em todo o Brasil, já são mais de 552 mil histórias que deixaram de ter seu protagonista. No Paraná, são mais de 34,6 mil.
Na vida real, o protagonista não encontra a redenção, mas a morte. E o nossos mortos. Nós estamos na bandeira amarela em Curitiba e todo mundo feliz. Nós estamos com mais de 500 novos casos, com quinze novos óbitos por dia. Como é que se pode ficar feliz? Não são só números. Eram pais, irmãos, avós, filhos. Somos uma geração de viúvos, viúvas e órfãos”, diz Maria Angela da Motta, professora da rede municipal de ensino em Curitiba. Ela perdeu a mãe para a Covid-19 em março deste ano. Na escola onde trabalha, quatro funcionários também morreram infectados pelo vírus. “É uma coisa que dói. A gente precisa acolher as crianças que perderam família, pais, irmãos, mas a gente também está machucado. A gente também tem essa marca”, desabafa.
Com duas turmas na parte da manhã e outras dez na parte da tarde, Maria Angela calcula que, em apenas um mês, passará por 400 crianças na escola. O medo do contágio e de infectar seus estudantes é uma preocupação constante. Até o momento, ela tomou apenas a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
Na rede estadual de ensino, a situação se repete. Uma pedagoga funcionária do estado, que preferiu não ter seu nome divulgado, conta que é perceptível a delicadeza do estado emocional dos estudantes. Em uma das turmas de sua escola, seis crianças perderam pai ou mãe. Professores e demais funcionários têm que aprender a lidar com a situação por conta própria. Não há, por parte do governo, a iniciativa de oferecer qualquer tipo de formação ou apoio voltado para o bem-estar emocional nas escolas. “Parece que estamos naturalizando o fator morte”, conta a pedagoga.
Giorgia Prates
Falta de segurança
Tanto na rede municipal de educação quanto na estadual, as preocupações com os critérios de segurança contra o coronavírus são constantes para as pro ssionais. As entrevistadas a rmam ser impossível manter o distanciamento social nas salas de aula, mesmo com o sistema híbrido e quantidade reduzida de estudantes presentes.
Para piorar, em Curitiba algumas escolas enfrentam rodízio de abastecimento de água, o que dificulta o cumprimento da orientação para a higienização das mãos. No início do ano letivo, a Prefeitura distribuiu álcool em gel e máscaras inadequados para a proteção correta contra o vírus. Nesse cenário, não há previsão possível de vida normal e segura dentro das escolas, analisam as profissionais ouvidas pela reportagem. “Ou os gestores vão enxergar isso e vamos voltar ao ensino remoto com mais mortos e um caos instaurado ou vão fazer de conta que não estão vendo essas mortes, esses dados”, diz Maria Angela.
RESPOSTA DA EDUCAÇÃO
À reportagem do Brasil de Fato Paraná, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) respondeu que “o retorno às escolas é pautado pelo cumprimento do protocolo de biossegurança, respeitando todos os cuidados necessários e a respectiva capacidade que se impõe às salas de aula.” Sobre apoio psicológico, a Seed informou que não possui uma política especí ca para lidar com o fator emocional nas escolas. No entanto, diz que “o aspecto emocional é fator importante, tanto que a escola é um local de acolhimento e integra a Rede de Proteção, que envolve várias instituições/áreas governamentais ou não, que atuam para solucionar questões sociais de alta complexidade para crianças e adolescentes em situação de risco ou que necessitem de atendimento especializado. Os pro ssionais, por sua vez, também contam com ações de apoio à saúde física e mental através do Departamento de Saúde do Servidor.” A Secretaria Municipal de Educação não respondeu até o fechamento desta reportagem.