Se aliança dissipar E sentença for só desamor A tormenta aumentará Quando uma comunidade viva Insurrece o valor da paz Endurecendo ternamente Todo biit, byte, e tera Será força bruta a navegar Será nossa herança em terra! Amanhecerá De novo em nós Amanhã, será? O “post” é voz que vos libertará Descendentes tantos insurgirão A arma, o réu, o véu que cairá Cravos e tulipas bombardeiam Um jardim novo se levantará O jasmim urge de um solo sem medo O sol reclama no oriente Brada a lua que ilumina Rebelando orações e mentes
Mudaram o modo de temer De ceder e saturar! Da descabida dor (desregrada euforia)... Discordar! Anuncia teu dissabor! Renuncia ao paladar! Dissecando a flor Dissertando que ''o viver é não pensar!'' Aturando o tom De vil alegoria Maturando o bom! Se acontecendo! Acorda coragem em si! Acolhe a verdade Acode a saudade e se alcança... Além! Mudaram o modo de querer De perder e perdoar! Do descabido ardor (desregrada alegria)... se infestar! Semear o amor!
Apreciar os riscos e suposições Manifestar brandura e mansidão Assegurar acessibilidade E preservar coragem em transição Se enunciar... repleta e intacta! Apta a habitar todo lugar! Se aflorar... bela! Assim que for embora Perpetuar a história Desvalidar o improvável! Desdenhar do inconcebível! Ocupar o ar das horas! Plenas, serenas inéditas e autênticas! Revidar! Bela! Desperta em nós nova aurora ao coração! E ensina a perder... medo! Alcança a voz! Acordar de prontidão! Anunciar! “Milagres acontecem quando a gente vai à luta!”
É preciso ter pra ser ou não ser Eis a questão Ter direito ao corpo e ao proceder Sem inquisição A impostura cega, absurda e imunda A quem convém? Esta hetero-intolerância branca te faz refém Esse mundo não vale o mundo meu bem Grita a Terra mãe que nos pariu: Parou Beleza de natureza vã e vil, cegou Ser indiferente ao ser diferente É sem senso. Agoniza um povo estatisticamente, seu tempo Na maneira, que for Na bandeira, na cor Colonizam o grão, as dores da estação Somos massas e amostras Contaminam o chão, familia e tradição Nossas castas encostas Essa tristura destemperada, nosso parecer
Apoderar-se de si Recombinando atos Não sou quem estou aqui Sou um instante passo Cada um, cada qual Resgatar o júbilo Resistir, ser plural Repartir o acúmulo Apoderar-se de si Remediando passos Convergir no olhar Nosso brio e fúria Conceber, conservar Aguerrida entrega Nesse nosso desbravar Emanemo-nos amor Até quando suceder De silenciar O que nos trouxe até aqui Nada melhor virá...
O poeta pena quando cai o pano E o pano cai Um sorriso por ingresso Falta assunto, falta acesso Talento traduzido em cédula E a cédula tronco é a cédula mãe solteira O poeta pena quando cai o pano E o pano cai Acordes em oferta, cordel em promoção A Prosa presa em papel de bala Música rara em liquidação E quando o nó cegar Deixa desatar em nós Solta a prosa presa A Luz acesa Lá se dorme um Sol em mim menor Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior O palhaço pena quando cai o pano E o pano cai A porcentagem e o verso rifa, tarifa e refrão
Talento provado em papel moeda Poesia metamorfoseada em cifrão O palhaço pena quando cai o pano E o pano cai Meu museu em obras, obras em leilão Atalhos, retalhos, sobras A matemática da arte em papel de pão E quando o nó cegar Deixa desatar em nós Solta a prosa presa A luz acesa Já se abre um sol em mim maior
“Passos” é um álbum fictício que seleciona músicas do DVD “Recombinando Atos - Ao Vivo em São Paulo” da banda O Teatro Mágico. “Recombinando Atos” marcou uma nova fase da banda e um amadurecimento musical. Traz canções do terceiro álbum do grupo “A Sociedade do Espetáculo” (álbum que encerra a trilogia iniciada com Entrada para Raros e Segundo Ato) e também canções dos trabalhos mais antigos do grupo com uma nova roupagem, além de trazer faixas inéditas. O DVD foi gravado no dia 2 de novembro de 2012 no Credicard Hall, em São Paulo. Músicas: 1. “Além, Porém Aqui” 4:39 | 2. “Amanhã... Será?” 3:41 3. “Pena” 6:00 | 4. “Transição” 4:45 | 5. “Esse Mundo Não Vale o Mundo” 3:36 | 6. “Da Entrega” 6:08 | Duração total: 0:28:49 Elenco: Fernando Anitelli (Voz e Violão) Galldino (Violino e Voz) Daniel Santiago (Guitarras, Voz, Arranjos e Programações) Pedro Martins (Teclados, Rhodes, Voz e Programações) Rafael dos Santos (Bateria) Thiago do Espírito Santo (Baixo e Voz) Andrea Barbour (Artes Performáticas) Nayara Dias (Artes Performáticas) Nathalia Dias (Artes Performáticas) Mateus Bonassa (Artes Performáticas) Concepção | Fotografia | Projeto Gráfico: Breda Naia Maciel Aguiar Curitiba - Abril de 2015 - Conceituação, desenvolvimento e produção de um projeto gráfico e mídia musical apresentado como parte integrante na avaliação da disciplina Projeto Gráfico Editorial do curso de Tecnologia em Design Gráfico na Universidade Tecnológica Federal do Paraná.