Como ser dirigido pelo espírito de deus kenneth hagin

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Kenneth E. Hagin

Como &er Dirigido P e lo EspĂ­rito D e D eus


Com o Ser Dirigido Pelo EspĂ­rito de Deus Kenneth E. Hagin



Coleção G R A Ç A D E D EU S

COMO SER DIRIGIDO PELO ESPIRITO DE DEUS

ORIGINAL

EDIÇÃO

: HOW YOU CAN BE LED BY THE SPIRIT OF GOD Kenneth Hagin Ministries P.O. Box 50126 Tulsa, Oklahoma 74150

: GRAÇA EDITORIAL Caixa Postal 1815 -RJ Rio de Janeiro - RJ Tel.: 591-2344

Traduzido do original em inglês “ How Yoü Can Be Led By The Spirit Of God" por Gordon Chown.

DIREITOS RESERVADOS


ÍN D IC E

1. A Lâmpada do S e n h o r...................................................

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2.

O Homem: Um Espírito E te rn o .............................................. 11

a

O Conciente do E s p írito .......................................................... 15

4.

Qual é a Diferança entre o Espírito e a A lm a..........................

5.

A Salvação da A lm a .................................................

6.

Apresentando o C o r p o ............................................................ 25

7.

NÚMERO UM: O Testemunho ín tim o .............................

8.

A Certeza da Salvação ..........................................................37

9.

Ludibriado por uma Porção de Lã! .........................

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10. Segundo o T e ste m u n h o .......................................................... 43 11. NÚMERO DOIS: A Voz do íntim o......................................... 47 12. Conciência: a Voz do Espírito S a n to .....................................51 13. Duas Experiências ................................................................. 57 14. Deus no íntimo ........................................................................ 61 15. Dependa do seu Espírito ........................................................65 16. De Coração T e n r o ................

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17. Os Sentidos: A Voz do C o rp o .................................................73 18. Socorro de Dentro

....................................

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19. NÚMERO TRÊS: A Voz do Espírito S a n to ......................... 81 20. Julgado pela Palavra ............................................................... 85 21. Meu Espírito? Ou o Espírito Santo.......................................... .. 22. V e jo .......................................

,...99

23. Orientação E spetacular............................ . . . . ................ 10Í 24. O Espírito me Disse que eu F o s s e .................................... 105 25. A Orientação Mediante a P ro fe c ia ..................................... 107 26. A Orientação Mediante as V is õ e s ..................................... . 117 27. Escute o seu Coração ........................................................... 125 28. Como Treinar o Espírito H u m a n o ........................................129 29. Orando no Espírito .................

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PREFÁCIO

Deus tem me falado recentemente a respeito de algo que deixei de fazer. Há mais de vinte anos, em fevereiro de 1959 em El Paso, Texas, o Senhor me apareceu numa visão. Entrou no meu quarto às 18:30h, sentou-Se numa cadeira ao lado da minha cama, e conversou comigo durante uma hora e meia. No livro, conto mais a respeito disto, mas aqui quero enfatizar algo em primeiro lugar. Conversou comigo a respeito do ministério dos profetas (Efésios 4:11, 12). Disse então: “Eu não coloquei profetas na Igreja para orientar a Igreja do Novo Testamento. A Minha Palavra diz: Todos os que são guiados pelo Espfrito de Deus são filhos de Deus.' Ora, se você Mè escutar, vou lhe ensinar como seguir o Meu Espfrito. Depois, quero que você ensine Meu povo como ser orientado pelo Espírito.” Sinto vergonha de ter deixado vinte anos irem passando sem ter ensinado muita coisa neste sentido. Ocasionalmente, en­ trava superficialmente no assunto, mas não ensinava realmente a respeito dele. Sendo assim, em tempos recentes^b Senhor me tem des­ pertado, e estou começando a ensinar mais coisas dentro deste tempo. Este livro faz parte deste despertamento.

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A LA M PA D A DO SENHOR "Pois todos os que são guiados peio Espírito de Deus são fühos de Deus". — Romanos 8:14. "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos fühos de Deus". — Romanos 8:16. "O espírito do homem é a lâmpada do SEN HO R, a qual esquadrinha todo o mais íntim o do corpo". — Provérbios 20:27. Os filhos de Deus podem esperar que sejam guiados peio Es­ p írito de Deus. A "lâmpada" referida em Provérbios 20:27 teria sido de azeite naqueles tempos, e hoje talvez pensaríamos numa lâm­ pada elétrica. 0 que significa é: Deus nos ilum inará, Ele nos guiará, através do nosso espírito. Muitas vezes, no entanto, procuramos orientação por outros meios que não são os meios declarados por Deus. Quando assim fazemos, incorremos em problemas. As vezes julgamos como Deus está orientando, com base naquilo que nossos sentidos físicos nos contam. Com demasiada freqüência, olhamos as coisas de um ponto de vista mental e nos es­ forçamos para arrazoar as coisas. Mas em lugar nenhum a Bí­ blia diz que Deus nos guiará mediante a nossa mentalidade. A Bíblia não diz que o corpo do homem é a lâmpada do Senhor. Nem que a mente do homem é a lâmpada do Senhor. Diz que o espírito do homem é a lâmpada do Senhor.

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Deus nos guiará, Ele nos iluminará, através do nosso es­ pirito. Ora, antes de podermos compreender como realmente Deus nos orienta e nos guia por meio do nosso espírito, te­ mos de compreender a natureza do homem. Temos de com­ preender que o homem é um espírito, que ele tem uma alma, e que ele habita num corpo.

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O HO M EM : UM ESPffilTO ETERNO " Também disse Deus: Façamos o homem à nossa im a­ gem, conforme a nossa semeihança;... Criou Deus, pois, o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou." — Gênesis 1:26,27.

® homem é um ser espiritual. É feito à semelhança de Deus. Jesus disse que Deus é espfrito (João 4 :2 4 ). Logo, o homem deve necessariamente ser um esp frito. 0 homem é um espfrito, possui uma alma, e habita num corpo físico (1 Ts 5:23). Quando o corpo físico do homem está morto na sepul­ tura, o espírito continua a viver. Esta parte do homem é eter­ na. Os espíritos nunca podem morrer, e o homem é um espí­ rito. Paulo está falando da morte física no trecho abaixo: "Ora, de um e outro lado estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incompara­ velmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessá­ rio permanecer na carne." — Filipenses 1 :23, 24. Paulo viveria. Quer no corpo, quer fora do corpo> ainda vive­ ria. Se permanecesse, ou vivesse, na carne poderia ensinar à igreja de Filipos e ser uma bênção para seus membros. Isto seria mais necessário para eles. Seria muito melhor para o próprio Paulo, no entanto, partir e estar com Cristo. Paulo realmente estava dizendo: "vou viver no corpo"; ou, "vou partir e estar com Cristo." 11


Quem vai partir? " E u " v ou partir. Paulo não estava falando a respeito do seu corpo. Seu corpo não ia partir. Paulo estava falando do homem interior, do homem espiritual, que habita o corpo. As pessoas às vezes perguntam: "Conheceremos uns aos outros no Céu?" Sempre pergunto rapidamente: "Vocês se conhecem uns aos outros aqui em baixo? " Veja bem: você vai estar ali. Se você conhece as outras pessoas atq ui em baixo, você vai conhecê-las ali. É você quem está aqui - é você quem estará ali. " Eu vou partir," diz Paulo, "e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor." Gosto desta expressão! Se ele tivesse simplesmente dito què era melhor, isto seria bom. Mas ele disse: "E incomparavelmente m elhori" Algumas seitas falsas ensinam que quando o homem morre, está morto como um cachorro. Não, não está. O ho­ mem é mais do que um corpo. Ele é um espirito, ele tem uma alma, ele habita um corpo. Outras seitas dizem que quando o homem morre está no sono da alma. A Bíblia não ensina assim. Outras dizem que o espírito realmente vai embora — mas volta na forma de vaca, de cachorro, ou de outra pes­ soa. A reencarnação é contrária às Escrituras: é antibíblica. Fique com a Palavra de Deus, e ela solucionará todos os seus problemas neste assunto. Paulo disse: "Eu vou partir. Eu vou estar com o Senhor, o que é incomparavelmente m elhor." Paulo pregava as mesmas verdades e ensinava os mesmos fatos a todas as igrejas. Aqui, usa palavras diferentes para en­ sinar a mesma bendita verdade à igreja em Corinto: "... mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior se renova de dia em dia." — 2 C oríntios4:16. Há um homem interior. E há um homem exterior. O ho­ mem exterior não é o eu verdadeiro. O homem exterior é ape­ nas a casa que você habita. O homem interior é o eu verdadei12


ro. O homem interior nunca envelhece. É renovado de dia em dia. Ele é o homem espiritual. O que é o nosso espfrito? Conserve em mente nossos textos iniciais. Romanos 8:14 diz: "... todos os que são guia­ dos peio Esp frito de Deus são filhos de Deus." Em seguida, o v. 16 nos dá um pouco de entendimento sobre como o Espí­ rito de Deus nos guia : "O próprio Espírito testifica com o nos­ so espírito que somos filhos de D eus." Noutras palavras, o Espírito de Deus testifica com o espírito do homem. Provér­ bios 2 0 :2 7 diz: "O espírito do homem é a lâmpada do SE­ N H O R ..." Posto que, de conformidade com estes trechos b í­ blicos, Deus nos orientará mediante o nosso espírito, deve­ mos descobrir o que é o nosso espírito. Jesus disse a Nicodemos: "Se alguém não nascer de no­ vo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3). Nicodemos, por ser natural, somente conseguia pensar de modo natural. Disse, portanto: "Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre m a­ terno e nascer segunda vez? (v. 4). Jesus não estava falando a respeito de um nascimento físico.. Respondeu: O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito, é E sp írito " (v. 6). Estava falan­ do a respeito de um nascimento espiritual. A parte do homem que nasce de novo é o seu espírito. Seu espírito recebe a Vida Eterna — a Vida de Deus, a Natu­ reza de Deus. É o espírito do homem que fica sendo uma nova criatura em Cristo. Paulo chama-o "o homem interior". Pedro o chama "o homem interior do coração." "Seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus." — 1 Pedro 3:4. Quando a Bíblia fala no coração, está falando do espírito. Es­ te é o homem real. Você será ajudado na sua fé e na sua cren­ ça se pensar desta maneira. No Novo Testamento, sempre que é usada a palavra coração, substitua pela palavra espírito e

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você terá um retrato mais claro daquilo que está sendo refe­ rido. é o espírito do homem que nasce de novo. "E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas." — 2 Coríntios 5:17^ Este versículo fala acerca do homem interior. Não poderia estar falando acerca do homem exterior. Quando você nasce de novo e fica sendo uma nova criatura, você não recebe um corpo novo. O homem exterior permanece exatamente como era. Se você era calvo antes de nascer de novo, você continua sendo calvo depois. Se você tinha olhos castanhos antes, você continua tendo olhos castanhos. Deus não faz nada com o ho­ mem exterior, ( é você quem tem que fazer alguma coisa com o homem exterior. Na Bíblia você descobre o que Deus quer que você faça com o homem exterior — e você o faz.) Deus faz alguma coisa com o homem interior. Torna o ho­ mem, do lado de dentro, um novo homem em Cristo, uma nova criatura, uma nova criação.

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CO NSCIENTE DO ESPITUTO "O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vos­ so espírito, aim a e corpo, sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. " — 1 Tessalonicenses 5:23. Paulo começa com o íntimo, com a parte mais interior do homem, o âmago do seu ser, e depois chega ao exterior. Apesar disto, a maioria das pessoas citam erroneamente este versículo. Dizem: corpo, alma e espírito. Por que colo­ cam o corpo em primeiro lugar? Porque estão mais conscien­ tes do corpo do que do espírito. As coisas naturais significam mais para elas do que as coisas espirituais. Sendo assim, colo­ cam as coisas físicas em primeiro lugar. As vezes, somos mais conscientes, porque vivemos mâis na dimensão da mente. Mas o homem é um ser espiritual. Precisamos ter consci­ ência do espírito. As coisas espirituais se tornarão mais reais à medida em que nos tornamos mais conscientes do espírito. Se é para sermos guiados pelo Espírito de Deus — visto que sabemos que o Espírito de Deus nos guia mediante o nos­ so espírito — devemos tornar-nos mais conscientes do espíri­ to, senão sairemos perdendo no assunto inteiro. Coloque o espírito em primeiro lugar. Torne-se mais consciente do espírito. Reconheça que você é um ser espiri­ tual. Reconheça que no novo nascimento você se torna uma nova criação, criada por Deus em Cristo Jesus. Isto o ajuda­ rá a crescer — espiritualmente. 15


Há muitos anos que comecei a pensar assim — e no iní­ cio dizia para mim mesmo em voz audível: Eu sou um ser espirítuaf. Possuo uma alma. E moro num corpo.\ Dizer isto me ajudou a tornar-me mais consciente do espírito. Ajudou a minha fé. Porque a fé é do espírito, ou do coração.

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Q U A L £ A D IF E R E N Ç A ENTRE O ESPIRITO E A ALM A ? "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortan­ te do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e esp írito ..." — Hebreus 4 :12. 0 espfrito e a alma não são a mesma coisa. Há muitos anos, lá no começo da década de 1950, co­ mecei um estudo intensivo sobre este assunto. Obtive livros dos principais institutos bíblicos e seminários, tanto pentecostais quanto denominacionais, para ver o que ensinavam a respeito do assunto do homem. Nenhum dei és me satisfez. Nenhum deles era real mente bíblico. Eram com diz a Bíblia: "em parte". Perguntei aos estudiosos bíblicos e ministros de destaque em toda a nação. Você reconheceria alguns dos seus nomes, se eu os mencionasse. Até mesmo ouvi alguém per­ guntar a um dos ministros mais conhecidos de nossos dias: "Qual é a diferença entre o espírito e a alma?" Pareceu assus­ tado e disse: "Pensava que eram iguais." Foi esta a resposta que ganhei da maior parte dos ministros aos quais perguntei. Como, porém, poderiam ser iguais, a mesma coisa? Pau­ lo, pelo Espírito de Deus, diz que podem ser divididos pela Palavra de Deus. Se é possível dividi-los, não são a mesma coisa. Somente a Palavra de Deus pode dividir o espírito e a alma, no entanto. A razão por que não temos conseguido dis­ tinguir entre eles é que não temos escavado com profundeza suficiente da Palavra. Há muitos anos, no oeste dos Estados Unidos, houve o que chamamos de "corrida pelo ouro". As pessoas se apressavam em ir para o oeste. Iam para enriquecer 17


rapidamente. A maioria delas tiraram um pouco de ouro dos riachos com bateias de garimpeiro. Algumas acharam uma poucas pepitas espalhadas no chão. Mas se alguém realmente quisesse fazer fortuna, tinha de escavar à sua procura. Você pode ir deslizando pela superfície da Bíblia e garimpar um pouco de ouro aqui e ali — e até mesmo achar uma pepita ocasionalmente. Mas se você real mente deseja descobrir ri­ quezas, precisa escavar nas profundezas da Palavra de Deus. Durante 15 anos, estudei cuidadosamente, até altas ho­ ras da noite. Se havia alguma coisa que su desejava saber, era a diferença entre o espírito e a alma. Final mente, passei pelo seguinte processo de eliminação. Fiz o argumento por escrito, da seguinte maneira: Com meu corpo entro em con­ tato com o âmbito físico. (Isto se afceita sem argumento). Com meu espírito entro em contato com o reino espiritual. Desta maneira, sobrou apenas uma parte de mim para fazer contato com qualquer outro âmbito. Sabia, então, que ti­ nha que ser com a minha alma que entrava em contato com o âmbito intelectual. Escrevi, portanto: Com a minha aima entro em contato com o âmbito intelectual. 0 seguinte ver­ sículo bíblico me ajudou: “ Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera." 1 Coríntios 14:14. A tradução Amplificada diz: "Porque, se eu oràr em outra língua, o meu espírito, pelo Espírito Santo dentro de mim , ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera...“ Nossa mente, nossa mentalidade humana natural, é uma parte da nossa alma. Note o que Paulo disse: “O meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica influtífera”. Não disse: "Quando oro em outra língua, a minha alma ora.” Não disse: “Quando oro em outra lín­ gua, oro com meu intelecto, ou com a minha mente.” Disse, com efeito; “Não estou orando com a minha alma quando oro em lín­ guas; estou orando com o meu espírito, com o meu coração, com o íntimo do meu ser.” Você se lembra daquilo que Jesus disse? 18


"No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, com diz a Escritura, DO SEU IN ­ TE R IO R fluirão rios de água viva. (ISTO ELE DISSE COM RESPEITO AO ESPI'RITO que haviam de receber os que nele cressem; pois o Es­ pírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.)" - J o ã o 7:37-39. Como resultado de receber o Espírito Santo, disse Je­ sus, do interior fluirão rios de água viva. Outra tradução diz: "do íntimo do seu ser." A filha de um ministro do Evangelho Pleno tinha 6 anos de idade quando ela e algumas crianças estavam num grupo, certa noite num reavivamento. Algumas delas ficaram cheias do Espírito Santo e começaram a falar em outras lín­ guas. Esta menina de 6 anos de idade foi correndo para a mãe, segurando o estômago, dizendo: "Mamãe, Mamãe, isto sur­ giu diretamente do meu estômago." Ela estava sendo bíblica. Estava falando em línguas a partir da barriga — do seu espírito, do íntimo do seu ser. £ dali que surgem as línguas — o Espírito Santo que reside no seu espírito dá ao seu espírito a capacidade de falar, e você pronuncia as palavras. Agora, considere em conjunto estes versículos bíblicos: "O espírito do homem é a lâmpada do SEN HO R , a qual es­ quadrinha todo o M A IS ÍN T IM O DO CORPO... DO SEU IN ­ TE R IO R fluirão rios de água viva..." Todas as orientações que já recebi vieram de dentro do meu espírito — e a maioria delas veio enquanto estava oran­ do em outras línguas. Você pode entender por que: O espí­ rito está ativo enquanto oro em outras línguas. Uma razão por que o mundo eclesiástico, de modo geral, tem fracassado tão miseravelmente, é porque tem praticado uma grande quantidade de um só tipo de oração — a oração com o entendimento, a oração mental. Tem procurado tra­ var batalhas espirituais com capacidades mentais. 19


Já aprendi isto no decurso destes muitos e muitos anos. Em todas as crises da vida, tenho aprendido a olhar para meu espírito dentro de mim. Aprendi a orar noutras línguas. En­ quanto estou orando noutras línguas, a orientação surge de dentro de mim. Isto é porque meu espírito está ativo meu corpo não está ativo, minha mente (minha alma) não está ativa — e é através do meu espírito que Deus vai me guiar. As vezes, interpreto a minha oração, e através da inter­ pretação recebo luz e orientação (1 Co 14:13). Mas na maior parte do tempo, não é assim. Na maior parte do tempo, exa­ tamente enquanto estou orando em I ínguas, de algum lugar lá no fundo do meu ser, posso sentir algo subindo dentro de mim. Começa a assumir jeito e forma. Mentalmente, não pos­ so dizer a pessoa alguma como sei disto, porque meu entendi­ mento nada tem que ver com ele. Mas, no fundo do meu ser, sei o que devo fazer. Sigo isto. Escuto o meu espírito. Porque o espírito do homem é a lâmpada do Senhor.

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A S A LV A Ç A O D A A L M A "... acolhei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas. " — Tiago 1 :21. 0 espírito do homem é a parte do homem que nasce de novo. Ê a parte do homem que recebe a Vida Eterna, que é a Natureza e a Vida de Deus. Ê o espírito do homem que se torna uma nova criatura em Cristo Jesus. A alma nãoé o ín­ timo do ser, de modo algum. Não é a alma que nasce de novo. A salvação da alma é um processo. Tiago 1:21 me perturbava quando eu era um pregador denominacional, antes de ficar cheio do Espírito Santo. Não sabia o que sei agora. Usava "espírito" e "alma" de modo intercambiável, chamando o espírito de alma, e a alma de espí­ rito. Não fazia entre eles a divisão que a Bíblia faz. Mas pelo menos tive o bom-senso suficiente para deixar este versículo sem comentários até que eu crescesse até ao ponto em que podia compreender o seu sentido. A Epístola de Tiago não foi escrita para pecadores. Tia­ go não escreveu uma carta para o mundo; escreveu esta carta para a Igreja. Sabemos disto com base em Tiago 5, onde diz: "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja. . ." Noutras palavras, se alguém da Igreja está doente, que charrie os presbíteros da Igreja. Além disso, voltando para o primeiro capítulo, de Tiago, retomemos o assunto no v. 18: "Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das 21


suas criaturas. Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem nSo produz a justiça de Deus. Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei com man­ sidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa pa­ ra salvar as vossas almas/' -T ia g o 1:18-21. Tiago está faiando para pessoas que nasceram de novo. Segundo o querer do Pai, escreve ele, fomos gerados ou nasce­ mos pela Palavra da Verdade. Chama-os: "meus amados ir­ mãos." Estavam em Cristo, portanto. Mesmo assim, encoraja estas pessoas nascidas de novo e cheias do Espirito a recebe­ rem com mansidão a palavra nelas implantada, "a qual é po­ derosa para salvar as vossas almas." Parece claro que as suas almas não eram salvas. Você entende: o espirito do homem, o homem mais in­ terior, o homem verdadeiro, recebe a Vida Eterna e nasce de novo. Mas seu intelecto e as suas emoções — que compõem a sua alma — ainda precisam ser tratados. Não nasceram de novo. Ainda devem ser renovados. Paulo fala da renovação da mente ao escrever para os santos em Roma: "E não vos conformeis com este século, mas transfor­ ma i-vos pela renovação da vossa mente, para que experi­ menteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." — Romanos 12:2. O Salmista falou da restauração da alma: "Refrigera-me a alm a../' — Salmo 23:3. A palavra hebraica traduzida restaurar (aqui-.refrigerar) — no Antigo Testamento — e a palavra grega traduzida reno-

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var — no Novo Testamento — significam virtualmente a mes­ ma coisa. A alma, a mente, deve ser renovada ou restaurada. Minha mãe me deixou uma cadeira como herança, sendo que ela mesma a herdara de sua mãe. Não sei exatamente a idade da cadeira, mas é bem velha. Posso lembrar-me que, em tempos idos, minha avó mandou restaurá-la. Puseram so­ bre ela um novo estofamento. Envernizaram-na novamente. Continuou, porém, sendo a mesma cadeira, só que foi restau­ rada. Foi renovada. Nunca foi escrito que Deus restaura o nosso espírito. O nosso espírito torna-se criatura totalmente nova em Cristo Jesus. Nossa alma, no entanto, pode ser renovada ou restau­ rada. Como? Temos as seguintes expressões que dizem respei­ to à alma; "Acolhei com mansidão a palavra em vós im plan­ tada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas... não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renova­ ção da vossa m ente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus... Refrigera-me a alm a." A alma do homem é salva, ou restaurada, quando sua mente se renova com a Palavra de Deus. Ê a Palavra de Deus que salva a nossa alma, que renova a nossa mente, que restau­ ra a nossa alma. Quando a nossa mente fica renovada com a Palavra de Deus, passamos a pensar em harmonia com aquilo que a Pa­ lavra de Deus diz. Podemos saber e comprovar à vontade per­ missiva de Deus e a perfeita vontade de Deus - Porque a Pala­ vra de Deus é a vontade de Deus. Não temos tantas dúvidas a respeito da vontade de Deus quando ficamos com a alma salva. A maior necessidade da Igreja hoje, consiste em. mentes renovadas com a Palavra de Deus.

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APRESENTANDO O CORPO "Rogo-vos, pois, irmãos, petas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos p o r sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o /osso culto racionai. " — Romanos 12:1. É o homem interior — não o homem exterior — que se torna uma nova crjatura em Cristo. Ainda temos o mesmo corpo que tivemos antes de nos tornarmos nova criatura. 0 que devemos aprender a fazer é deixar este homem novo, em nosso interior, dominar sobre nós. Com este novo homem, controlamos a carne e conseguimos fazer alguma coisa com o nosso corpo. Olhemos, outra vez, segundo Coríntios 5:17: "E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas jâ passaram; eis que se fizeram novas." Certa tradução diz: "Se alguém está em Cristo, há um novopróprio-eu..." As vezes, nas igrejas, ouvimos as pessoas falar em " mor­ rer para o próprio-eu." Não há nenhuma declaração desta na Bíblia. Não precisamos "morrer para o próprio-eu" — se é que temos que nos tornar um "novo próprio-eu." 0 que pre­ cisamos fazer é crucificar a carne. Quanto a isto, a Bíblia fala mesmo. Crucificar a carne não é alguma coisa que Deus faz por você. £ alguma coisa que você faz por si mesmo. "Rogo-vos, pois, irm ãos," Paulo escreveu à Igreja, "pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos..." Quem apresenta os vossos corpos? Você o faz. Quem é você? 25


É o homem no interior, que nasceu de novo, e que se tornou uma nova criatura. Você faz alguma coisa com o seu corpo. Se você não fi­ zer alguma coisa com ele, nada será feito em tempo algum. "Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado." — 1 Coríntios 9:27.

Aqui, Paulo está falando do fato de que ele faz alguma coisa com. o seu corpo. “ Eu esmurro o meu corpo. Eu o redu­ zo à escravidão." Quem é esse eu? É o homem verídico, o Paulo verdadeiro, o homem no interior que se tornou nova criatura em Cristo Jesus e que está cheio do Espírito Santo. “ Eu faço alguma coisa com o meu corpo. Eu o reduzo à obediência. Eu o reduzo à escravi­ dão." A que ele sujeitou o seu corpo? Ao homem interior. Ao invés de deixar o corpo dominar o homem interior, Paulo tomava o cuidado de deixar o ho­ mem interior dominar o homem exterior. Agora, note o seguinte. Aqui temos este grande homem, este santo homem de Deus, este homem que escreveu metade do Novo Testamento, um homem que é gigante espiritual — mas parece claro que seu corpo queria fazer coisas erradas. Se não fosse assim, não teria que subjugá-lo. Não teria que redu­ zi-lo à sujeição. Simplesmente porque o seu corpo quer fazer coisa erra­ da não significa que você não está salvo — ou que você não está cheio do Espírito Santo. (Se fosse este o caso, Paulo não era salvo.) Enquanto você estiver aqui na terra, terá de lutar com o corpo, com a carne. "Irmão Hagin, quero que ore por m im ," disse o homem. "A propósito de quê?" perguntei. Gosto de saber a pro­ pósito de quê devo orar. 26


Um olhar de seriedade, até mesmo lágrimas, veio ao rosto dele. "'Quero que ore para eu nunca mais ter problemas com o diabo." Disse eu: "Quer que eu ore para que você morra?" "Não, não, não quero morrer." Disse eu: "A única maneira dé você não ter mais proble* mas com o diabo é sair desta vida e passar para o Céu." Você terá problemas com o diabo enquanto você perma­ necer nesta vida. Você terá problemas com a carne enquanto você estiver na carne. Mas, bendito seja Deus, yocê tem os meios, a capacidade e a autoridade que recebeu, mediante a Palavra de Deus, de lidar com o diabo e de lidar com a carne. Paulo não deixava seu corpo dominá-lo. O homem inte­ rior — que nasceu de novo e que recebeu a plenitude do Espí­ rito Santo - dominava o homem exterior. Você pode fazer assim. O que quero que você perceba é isto — é você quem deve fazê-lo. Paulo não disse que Deus o faria por você. Não disse que o Espírito Santo o faria por vo­ cê. Ele disse: "Apresente-se você o seu corpo." Ele disse: "Não se conforme você com este mundo. Ele disse: "Trans­ forme-se você pela renovação da sua mente." Você apresenta o 'Seu corpo. É você quem o faz. Você renova a sua mente com a Palavra de Deus. É você quem o faz. A Vida e a Natureza de Deus estão dentro do seu espíri­ to. Deixe este homem no interior ser aquele que domina. Escute-o. É o espírito do homem que é a lâmpada do Senhor. É através do seu espírito que Deus o guiará.

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NÚMERO UM: O TESTEMUNHO NO llMTIMO "O próprio E spírito testifica com o nosso espírito. " — Romanos 8:16. Você descobrirá que ser levado por um testemunho in­ terior é o modo número um, ou a maneira primária, de Deus guiar todos os Seus filhos. Quero voltar — conforme eu disse no prefácio deste li­ vro que eu faria — para aquilo que Jesus me disse em feverei­ ro de 1959 em El Paso, Texas. Eram seis e meia da tarde. Eu estava sentado na cama, estudando. Os meus olhos estavam total mente abertos. (Há três espécies de visões. A espécie mais alta é a visão aberta. Na visão aberta, os sentidos físicos não estão suspensos. Os olhos físicos não estão fechados. A pessoa possui todas as suas capacidades físicas, mas vê dentro da dimensão do espírito). Ouvi passos. A porta do meu quarto estava semi-aberta, uns 30 ou 4 0 centímetros. Olhei, portanto, para ver quem es­ tava entrando no meu quarto. Esperava vér alguma pessoa fisica, literal. Mas quando olhei para ver quem era, vi Jesus. Parecia que os cabelos do meu pescoço e da minha cabeça ficaram eri­ çados, totalmente em pé. Caroços de arrepio surgiram de repente em todas as partes do meu corpo. Vi-O. Ele estava usando vestes brancas. Estava usando sandálias romanas. (Jesus apareceu na minha frente oito ve­ zes. Em todas as demais ocasiões, senão esta, Seus pés esta­ vam descalços. Desta vez, Ele usava sandálias; foram as san­ dálias que èu escutara). Ele parecia medir cerca de 1 metro 80 centímetros, e dava a impressão de pesar cerca de 82 kg. 29


Ele passou pela porta e a empurrou para trás até quase fechá-la. Andou em derredor do pé da minha cama. Eu O se­ guia com os olhos — quase fascinado. Ele pegou uma cadeira de costas retas e a puxou para perto da minha cama. Depois, sentou-Se nela, dobrou as mãos, e começou Sua conversa, dizendo: "Disse-lhe anteontem à noite no automóvel pelo Meu Espírito..." O automóvel estava cheio. Minha esposa e eu, bem como outras pessoas, estávamos andando de carro dentro de uma distância de dois quarteirões de onde eu estava, quando Je­ sus Se sentou ao lado da minha cama. Ouvi o Espírito de Deus falar para mim. Pensava que todos no carro tivessem ou­ vido aquela voz. Disse: "Todos vocês ouviram aquilo?" Res­ ponderam: "Não, não ouvimos coisa alguma.” No Antigo Testamento, os profetas diziam: "E a Palavra do Senhor veio para mim, dizendo..." Você já pensou consigo como ela veio? Não poderia ter sido literalmente audível. Se tivesse sido audível todas as pessoas presentes a teriam ouvi­ do — o profeta não teria precisado contar-lhes o que o Espíri­ to disse. A Palavra do Senhor veio ao espírito do profeta pro­ veniente do Espírito de Deus. É tão real que no momento pa­ rece audível: porque era tão real para mim, pensava que todos que estavam no carro comigo a tivessem ouvido, também. Jesus disse, sentado ao lado da minha cama: "Eu lhe fa­ lei anteontem à noite e lhe contei certas coisas. Disse-lhe, pe­ lo Meu Espírito, que mais tarde conversaria mais. Agora, por­ tanto, vim falar com você acerca disto..." Era a respeito do ministério do profeta. Ele ficou senta­ do ali, naquela cadeira, e falou comigo durante uma hora e meia. E eu conversei com Ele. Perguntei coisas no tocante aquilo que Ele estava dizendo. Respondeu às perguntas. Não entrarei em detalhes sobre tudo quanto Ele disse acerca do ministério do profeta; essa é outra mensagem. Mas vou pene­ trar na periferia do assunto. Ele me disse: "O profeta do Novo Testamento é muito semelhante ao profeta do Antigo Testamento, pois o profeta do Antigo Testamento era chamado um 'vidente' porque via e sabia as coisas de modo sobrenatural. O profeta do Novo 30 \


Testamento também verá e saberá as coisas de modo sobrena­ tural. Mas o profeta do Novo Testamento não tem a mesma categoria que o profeta do Antigo Testamento, porque Eu não coloquei profetas na Igreja a fim de orientarem a Igreja. Den­ tro da dispensação do Novo Testamento, a pessoa não precisa procurar orientação através dos profetas. Pode receber ori­ entação através dos profetas, mas não deve procurá-la. 0 ministério do profeta do Novo Testamento nesta área é mera­ mente para confirmar o que as pessoas já têm no seu próprio espírito. “ Segundo a Antiga Aliança, somente o sacerdote, o pro­ feta, e o rei eram ungidos pelo Espírito Santo para ocupar estes cargos. Aqueles que você chamaria de leigos não tinham o Espírito de Deus sobre eles ou neles. Portanto, segundo a Antiga Aliança, eles procuravam orientação através do pro­ feta, porque ele tinha o Espírito." No regime do Novo Testamento, graças a Deus! Não so­ mente temos o Espírito de Deus sobre nós - como também O temos dentro de nós! Jesus me disse: "Segundo a Nova Aliança,não está escri­ to: Todos os que são guiados pelos profetas são filhos de Deus) O Novo Testamento diz: Todos os que são guiados pe­ lo Espírito de Deus são filhos de Deus." Depois, Ele disse: "O caminho número um, o caminho primário, para Eu guiar os Meus filhos é pelo testemunho in­ terior. Vou mostrar-lhe como funciona, para você não come­ ter os enganos que tem cometido no passado." Ele me explicou que para ocupar o cargo de profeta, a pessoa é, em primeiro lugar, ministro do Evangelho, separado e chamado para o ministério, com a vocação divina na sua vi­ da. Em segundo lugar, deve ter peio menos dois dos dons de revelação — a palavra de sabedoria, a palavra de conhecimen­ to , o discernimento de espíritos — mais o dom da profecia, operantes no seu ministério. Depois, Ele chamou a minha atenção para uma coisa que tinha acontecido durante os três dias anteriores. Já havia três dias, eu tinha-me sentado para escrever uma carta a um pas­ tor, confirmando uma data para eu realizar uma reunião para 31


ele. De alguma maneira, no primeiro dia, consegui escrever cerca da metade de uma página, e então a rasguei e a joguei no lixo. No dia seguinte, fiz a mesma coisa. No terceiro dia, mais uma repetição. Agora, o Senhor estava aqui. Ele disse: "Você Me vê sentado aqui conversando com você. Esta é uma manifestação do Espírito chamada o discer­ nimento de espíritos. (O discernimento de espíritos é ver den­ tro da dimensão espiritual). Este é o ministério de profeta em operação. Você está vendo na dimensão espiritual. Você Me vê. Você Me ouve falando. Estou trazendo para você, medi­ ante esta visão, uma palavra de conhecimento, bem como uma palavra de sabedoria. Estou mandando que você não vá para aquela igreja. O pastor não aceitaria o modo que você adotaria para ministrar, ao chegar ali. Mas nunca mais vou ori­ entar você desta maneira. (Ele nunca mais o fez. E já faz vinte anos). A partir de agora, Eu vou guiar você pelo testemunho interior. Você já tinha o testemunho interior o tempo todo. Você tinha um freio no seu espírito. £ por essa razão que você rasgou a carta três vezes. Você tinha alguma coisa lá dentro, um freio, uma luz vermelha, um sina! de parada. Não era nem sequer uma voz que dizia: 'Não vá'. Era apenas uma intuição interior." Depois, Ele me fez lembrar outro convite. Eu tinha pre­ gado numa convenção numa das denominações do Evange­ lho Pleno no ano anterior. Quase todos os pastores ali me convidaram a ir dirigir uma reunião. Recebi centenas de con­ vites, suponho eu. Certo homem veio a mim e disse: "Irm ão Hagin, você vai alguma vez, a igrejas pequenas?" Disse eu: "Vou para onde o Senhor me mandar." "Ora, temos apenas uns 70 a 90 na Escola Dominical. Mas se um dia Deus lhe falar sobre isto, queremos que você venha." Desconsiderei aquilo, juntamente com centenas de ou­ tros convites. Vários meses mais tarde, no entanto, enquanto orava na igreja, certo dia, a respeito dos meus cultos da noi­ te, aquela conversa voltou à minha memória. A partir de então, continuava a voltar à minha memória, todos os dias. 32


Finalmente, depois de uns 30 ou 40 dias, eu disse: "Senhor, queres que eu vá para aquela igrejinha para realizar uma reunião?" Quanto mais eu orava a respeito, quanto mais pensava a respeito, tanto melhor, conforme diríamos, me sentia no fundo do meu ser. Não era uma sensação física, era um senti­ mento no meu espírito. Sentado ao lado da minha cama, Jesus Se referiu a isto: "Quanto mais você pensava a respeito, tanto melhor você se sentia a respeito. Você tinha um sentimento aveludado no seu espírito. Este é o sina! verde, E o sinal para avançar. Ê o testemunho do E spírito para você ir. Agora Me vê sentado aqui e Me Ouve conversando com você, e Eu estou mandan­ do que você vá para aquela igreja. Mas nunca mais vou lhe orientar desta maneira para ir a lugar algum. (Ele nunca mais o fez). De agora em diante, Eu vou guiá-lo assim como Eu faço com todos os outros cristãos — pelo testemunho inte­ rior." Então, o Senhorme falou o seguinte, que não é somente para o meu benefício, mas para o seu: "Se você aprender a seguir esse testemunho inteiramente, Eu o enriquecerei. Eu o guiarei em todos os negócios da vida, financeiros bem como es­ pirituais. (Algumas pessoas acham que Ele somente Se interessa pela atmosfera espiritual, e nada mais. Mas Ele Se interessa por tudo quanto nos interessa). Não Me oponho a Meus filhos serem ricos. Oponho-Me .a serem cobiçosos.” Segui aquele testemunho interior, e Ele fez exatamente conforme disse que faria. Ele me tornou rico. Alguém perguntou: "Você é milionário?" Não falei nada disto. A pessoa não entendeu o significa­ do da palavra rico. Significa um suprimento total. Significa provisão abundante. Eu tenho mais do que um suprimento total. Tenho mais do que uma provisão abundante, é porque aprendi a seguir a orientação do Espírito mediante o teste­ munho interior. Aquilo que Ele fez por mim, Ele fará por você. Isto não virá da noite para o dia, nem até o próximo sábado à noite. Mas à medida em que você aprender a desenvolver o seu espí33


rito e a seguir este testemunho interior, Ele o guiará em todas as áreas da sua vida. Conheço um homem lá no sul, no Estado de Texas. À idade de 12 anos nunca usara um par de sapatos. Na escola, só chegara à 5? série. Mas, naqueles tempos antigos, quando o dinheiro valia alguma coisa, era milionário. Duas pessoas diferentes, uma do Estado da Califórnia, e outra do Estado de Minnesota, que tinha sido freqüentemente hóspedes na casa dele, contaram-me que este homem falara a cada uma delas a mesma coisa. Ele disse aos dois homens: "Em todos estes anos, e em todos estes investimentos (era assim que ganhava seu dinhei­ ro), nunca perdi um tostãoV' Isto ultrapassa o meu rècorde. E o seu? “Nunca investi em coisa alguma, senão no que fui bem-su­ cedido,“, disse ele a cada um deles em ocasiões diferentes. De­ pois, contou-ihes como conseguiu isto. "Sempre faço o seguinte: Quando alguém aparece com uma idéia, querendo que eu invista em alguma coisa, a mi­ nha primeira reação é mental. Ora, sei que quando Jesus dis­ se: "Quando orares, entra no teu quarto. Ele não queria ne­ cessariamente dizer que você precisa fechar-se num quarto particular para orar. Sei que Ele queria dizer que devemos excluir as outras coisas aó orarmos. Mas eu tenho um quarti­ nho particular ligado ao meu dormitório, e entro aii para orar a respeito do assunto. Ficou esperando por um tempo sufici­ ente para escutar o que o meu espírito diz. As vezes, espero três dias. Òra, não quero dizer com isto que fico lá dentro du­ rante 24 horas por dia. Posso sair e tomar uma refeição. Usual mente perco algumas, refeições. Saio para dormir um pouco. Mas a maior parte do tempo passo esperando sozinho, até que eu saiba dentro de mim por um testemunho interior." "As vezes a minha cabeça diz: 'Rapaz, você seria bobo se colocasse seu dinheiro naquilo. Perderia até a roupa do cor­ po.' Mas meu coração diz: 'Vá adiante e invista naquilo.' E assim faço. E em todos estes anos, nunca perdi um tostão”. "Noutra ocasião, alguém aparece com um negócio, e minha cabeça diz: 'Rapaz, você deve embarcar nesta/ Mas 34


não presto atenção à minha cabeça. Entro naquele quartinho e espero. As vezes aguardo durante uma noite inteira. Fico orando e lendo a Bíblia, mas passo boa parte do tempo sim­ plesmente esperando. Meramente fico bem quieto até poder escutar o que o meu coração está dizendo dentro de mim. Quando meu coração diz: 'Não, não faça isto/ e minha cabe­ ça diz: 'Sim, é melhor você entrar neste plano/então não en­ tro mesmo." 0 que ele tinha feito? Tinha aprendido a seguir o teste­ munho interior e Deus o orientara nos seus negócios ao pon­ to que, no fim da década de 1930 e no início da década de 1940 ele já tinha dois milhões de dólares. A soma não parece tão grande agora, mas naqueles tempos, valia muito. Você pensa que Deus amava a ele mais do que Elè ama você? Não, é só que ele tomava tempo para escutar a Deus. Adotou medidas e meios e métodos para esperar. Nós, os ministros, estávamos num grupo, conversando pessoalmente uns com os outros. Alguém perguntou a certo indivíduo, não vou mencionar o seu nome, mas é um minis­ tro m uito bem-sucedido: "Ora, sabemos que Deus chamou você e que a unção do Espfrito de Deus está sobre você. Mas do seu ponto de vista, há alguma coisa individual que, segun­ do você diria, contribuiu mais para o seu sucesso do que qual­ quer outra coisa isoladamente?" Aquele homem disse: "Sempre sigo as minhas premoni­ ções mais profundas." O que queria dizer? Estava simplesmente dizendo: "Sempre escuto o meu espírito. Faço o que o meu espírito me manda fazer. Sigo aquele testemunho interior." O testemunho interior é tão sobrenatural quanto a ori­ entação mediante visões, etc.; só que não é tão espetacular. Muitas pessoas procuram o espetacular, e deixam desaperce­ bido o sobrenatural que está ali o tempo todo.

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A C E R TE ZA DA S A L V A Ç A O "Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemu­ nho... " - 1 João 5:10. "Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" (Rm 8 :1 4). Os filhos de Deus podem es­ perar que sejam guiados pelo Espfrito de Deus. Aleluia! Não são guiados por outras pessoas que lhes mandam o que fazer. O Esp frito Santo vai nos guiar. Temos as Escrituras que assim declaram. Como Ele guia? O v. 16 nos dá a indicação. "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito, que somos filhos de Deus" (Rm 8:16). Se neste aspecto mais importante da vida, na coisa mais importante que lhe pode acontecer — tornar-se filho de Deus, se o modo de Ele deixar você saber que você é filho de Deus é mediante o Seu Espírito testificando com o seu espírito, você pode entender que a primeira maneira, a maneira prin­ cipal, segundo a qual Ele o guiará é mediante o testemunho interior. Não é porque alguém profetizou que você é um filho de Deus que você real mente o é. Você não aceitaria tal coisa. Você não fica sabendo que você ë um filho de Deus porque alguém disse: “ Sinto que você o é '\ Você não aceitaria isto. Não é por você ter tido uma visãò que você é um filho de Deus. Você pode ter tido uma visão, ou não. Mas isto não faz de você um filho de Deus. Não é isto que a BfbUa diz. Não é desta maneira que você sabe que é um filho de Deus. 37


Como diz a Bíblia que sabemos que somos filhos de Deus? Seu E spírito, o Espírito de Deus, testifica com o nos­ so espírito. As vezes, você não pode real mente explicar como você sabe. Mas você sabe mesmo, bem no fundo do seu íntimo. Você o sabe! Você o sabe pelo testemunho interior. Nasci de novo como adolescente no leito da enfermida­ de, no dia 22 de abril de 1933. Desde aquele dia, nunca me ocorreu o pensamento de que possivelmente não era salvo. Mas mesmo como cristão jovem dava de encontro com pes­ soas que diziam: “ Você não é salvo porque não pertence à nossa igreja/' Ou com aquelas que argumentavam: "Você não é salvo porque não foi batizado da nossa maneira." E outras coisas mais. Mas nada disto me perturbava. Eu ria disto. Porque eu tinha o testemunho) E eu tinha o amor\ "Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos..." — 1 João 3:14.

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L U D IB R IA D O POR U M A PORÇÃO DE LA» "Dar-vos-ei coração novor e p o rei dentro em vós espí­ rito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro em vós o meu Espíri­ to..." — Ezequiel 36:26, 27. Em 1941 não sabia tanta coisa quanto sei agora. Por fa­ vor, não me entenda de modo errado; mesmo agora não sei tanto quanto ainda vou saber. Não gostaria nada de imaginar que já sei tudo quanto ainda vou saber nesta vida a respeito de Deus e a respeito da Bíblia. Não, não sabemos tudo, mas louvado seja Deus por aquilo que já sabemos! Minha esposa e eu estávamos pastoreando uma igreja nas terras pretas do Estado do Texas, no centro-norte. Outra igreja, iá nos campos de petróleo do Texas do Leste, queria que éu fosse para lá a fim de ser experimentado como pastor. Sendo assim, fui para lá de carro e preguei certo domingo. A igreja perguntou se os membros podiam votar em mim para ser pastor, e eu disse que sim. Viajando de volta para casa depois do culto, coloquei diante do Senhor "uma porção de lã" Acontece que nasci e fui criado como Batista do Sul. Comecei a pregar como Batista do Sul. Em 1937, fui batizado no Espírito Santo como pregador batista. Em 1939, aceitei o pastorado de uma pequena Igreja do Evangelho Pleno. Foi em março de 1941 que esta igreja, no Texas do Leste, queria me levar em consideração para ser pastor. Já tinha vivido no meio da gente do Evangelho Pleno por bastante tempo, para alguns dos seus conceitos falsos terem pego em mim. Não me 39


entenda mal: muitas coisas boas pegaram em mim, também. Mas esta coisa não era boa. Sempre os ouvia falarem “deitar fora uma porção de 13.“ Sendo assim, eu também "deitei fora uma porção de 13.“ Eu realmente sabia melhor. Mas se simplesmente deitas­ se fora uma porção de 13, isto me pouparia boa parte do tra­ balho de orar, de ficar sozinho com Deus e esperar por Ele, e talvez de jejuar um pouco. Ao “ deitar fora uma porção de 13“ , a pessoa ora de mo­ do semelhante a este: "Senhor, se Tu queres que eu faça isto, faze Tu aquilo.“ Ou: "Deus, se Tu queres que eu faça isto, então, faze com' que aquilo aconteça.“ Ou: "Senhor, fecha aquela porta, e abra esta porta." Algumas daquelas portas podem ser fechadas pelo diabo, e podem ser abertas pelo diabo. Estão no território dele. A Bíblia o chama de deus deste mundo (2 Co 4 :4 ). Isto seria como orar: "Senhor, se Tu queres que eu vá para a Cidade de Kansas na semana que vem, abra a porta de entrada da casa do Irmão Hagin." Eu poderia abrir esta porta sozinho. é onde moro. Satanás pode movimentar-se na dimensão dos sentidos. Deus tem um modo melhor de guiar os Seus filhos do que o método a esmo. O Novo Testamento não diz: “ Todos os que são guiados por porções de lã são filhos de Deus.“ “Sim ," alguém talvez diga, “ mas Gidéão 'deitou fora uma porção de 13', lá no Antigo Testamento." Para quê voltar para a Antiga Aliança? Temos coisa me­ lhor. A Antiga Aliança é para pessoas espiritual mente mortas. Eu não estou espiritualmente morto. Estou vivo! Tenho o Es­ pírito de Deus dentro de mim. Lembre-se: Gideão não era profeta, nem sacerdote, nem rei. Somente aquelas pessoas, segundo a Antiga Aliança, eram ungidas pelo Espírito de Deus. O Espírito de Deus não estava pessoal mente presente com o restante do povo. Foi por isso que cada homem tinha que se apresentar no templo em Jerusalém uma vez por ano. A Glória da Shequiná, da Presença de Deus, era guardada fechacía no Santo dos Santos. Mas quando Jesus morreu no Calvário, a cortina

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que separava o Santo dos Santos foi rasgada de cimã a baixo — e Deus avançou para fora. Nunca mais Ele tem habitado casas terrestres desde aquele momento. Ele habita em nós: Ê perigoso para os cristãos do Novo Testamento, cheios do Espírito, "deitar fora porções de lã." Sei disso com base na Palavra. E sei disto com base na experiêncja. Mas naquele tempo, em 1941, eu dizia, enquanto dirigia o carro: "Senhor, vou fazer a prova da lã. Simplesmente vou deixar o caso na Tua mão. (Não percebi que não estava entregando ao Senhor). Se eles me elegerem cem por cento, vou aceitar o resuF tado como sendo a vontade de Deus, e vou aceitar aquela igre­ ja”. Obtive todos os votos. Era aquele o meu velo de lã. Ele­ geram-me com 100 porcento. Erraram o alvo de Deus. Eu errei o alvo de Deus. Foram tosquiados. Eu fui tosquiado. Fiquei fora da perfeita vontade de Deus — e Deus simples­ mente me deixou fazer assim. Mudamos para a casa pastoral. Muitas coisas eram mais confortáveis do que nossa situação anterior, do ponto de vista natural. Tínhamos mais dinheiro. Morávamos numa casa pas­ toral melhor. Tínhamos um carro melhor para dirigir. Mas eu estudava e orava e obtinha uma mensagem — e ficava cheio do fogo celestial. Depois, no mesmo momento em que passava pela porta de entrada da igreja, era como se alguém tivesse jogado em mim um balde de água fria. Perdi toda a inspiração. Não preguei um sermão que prestasse, du­ rante 14 meses. Não havia inspiração. Minha esposa relutava em comentar. Finalmente, che­ gou a dizer: "Querido, você chegou ao ponto de conseguir dar uma preleção bastante boa." Era só aquilo que fazia: dava preleções. Quando se esgo­ tou o meu prazo combinado, parti. Não esperei algum sinal para partir; só parti. Mais tarde no meu pastorado, sempre queria voltar para lá a fim de realizar um culto, porque queria que aquela gente soubesse que eu sabia pregar. Nunca me tinham ouvido. Voltei, portanto, para realizar um reavivamento. As pessoas ficaram boquiabertas: "Não sabíamos que você pregava as­ sim." 41


Disse eu: '"Oh, sim, eu pregava assim antes de vir para cá como pastor. Pregava assim depois de sair daqui." "Ora, não pregava assim aqui." Disse eu: "Não, estávamos todos fora da vontade de Deus. Eu estava aqui fora da vontade de Deus. Vocês me ele­ geram fora da vontade de Deus." Aprendi a respeito daquele negócio da porção de lã. Uma só vez deve bastar para curar uma pessoa disto. Mas algumas pessoas, ainda que a coisa nunca tenha funóionado, continuam fazendo "a prova da lã." Nunca mais errei o alvo, ao ir para alguma igreja como pastor. Eu não fazia mais "a prova da lã". Orava e esperava em Deus. Faiava com Deus por um tempo suficiente para saber, bem dentro de mim, o que eu devia fazer.

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SEGUINDO O TESTEMUNHO "Porque fazes resplandecer a minha lâmpada; o SE' N H O R , meu Deus, derrama luz nas minhas trevas." — Salmo T8:28. Deixamos aquela igreja. Certos líderes denominacionais nos pediram que aceitássemos outra igreja para preencher uma Vaga temporária, e assim fizemos. Enquanto ficava no meu escritório orando, ficava com uma preocupação espiritual para voltar àquela igreja que dei­ xara, como resultado "da prova da lã." Não tinha acabado o que Deus queria que eu fizesse ali. Usual mente isto acontecia (enquanto eu orava noutras línguas a respeito do meu sermão e dos cultos de domingo — e lembre-se: quando oro em línguas, o meu espírito ora e o espírito do homem é a lâmpada do Senhor): ficava com uma tal preocupação espiritual peia igreja que deixara há mais de dois anos antes, que me levantava de um só pulo e saía cor­ rendo do aposento para fugir daquele fardo. Certa vez, voltei a mim mesmo na rua ao lado da igreja, pensando: "Como fiquei aqui fo ra? " Para chegar ali, tinha que correr para fora do escritório da igreja, atravessar o audi­ tório, e sair pela porta lateral. Mas não me lembrei de ter feito aquilo. Estava com tamanha preocupação espiritual por aquela igreja, e procurava fugir dela. Não queria voltar para lá a fim de pastoreá-la. Final mente, depois de eu ter passado por uns 30 dias eu disse: "Senhor, está falando comigo para eu voltar para lá? Estás procurando me oferecer orientação?" Depois, eu disse: "Fala com minha esposa. Ela pode escutar, também." 43


Certa manhã, enquanto lavávamos a louça, eu disse â minha esposa; "Querida, se o Senhor disser alguma coisa, deixa-me saber disto." Nada mais contei a ela. Depois, aguardei mais 30 dias. Você não precisa apres­ sar-se grandemente no tocante a certas coisas. A Bíblia diz: "... aquele que crê nSo se apresse" (Isafas 2 8 :1 6 ). A fé não se apressa. O diabo procurará empurrar a gente. Dirá: "apres­ se-se. Apresse-se. Mais pressa, pressa, pressa." Ele procurará enxotar você para fora da. fé, enxotar você para a dúvida, enxotar você para a descrença, e afastar você da orientação de Deus. Trinta dias mais tarde, enquanto eu lavava a louça e ela enxugava, eu disse: "O Senhor tem falado com você?" "Se Ele tem falado, não tenho consciência disto." Cheguei um pouco mais perto do assunto, para eTa reve­ lar seus pensamentos. Eu disse: "O Senhor lhe falou algo a respeito da nossa volta para................?" Citei o nome da cida­ de onde a igreja estava. "Oh", disse ela, "pensava que era apenas eu ." "Bem", eu disse, "vamos analisar o que você quer dizer com a palavra eu", "Se você quer dizer a carne, então isto não seria certo. Mas se se trata dò próprío-eu real, o verdadeiro eu, o homem interior, lembre-se que o espírito é a lâmpada do Senhor. Logo, não é apenas você, é o Senhor acendendo a lâmpada. "Quero fazer-lhe uma pergunta," eu disse a ela, "de mo­ do que possamos averiguar exatamenfe de que se trata. Do ponto de vista físico, mental, meramente falando de modo natural, você quer voltar para lá?" "Oh, não!" "Não podéria ter sido você, não é? (Teria sido melhor dizer: não poderia ter sido a carne, o homem natural, o ho­ mem exterior). Você não vai ficar pensando em fazer algo que não deseja fazer". V i que ela tinha o testemunho interior assim como eu tinha. As vezes, o testemunho interior está presente e as pes­ soas não o reconhecem. "Estou convicto," disse a eia, "que Deus nos está ori­ entando naquela direção. Terá que ser o próprio Deus quem

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abrirá o caminho e nos colocará ali de volta. Vamos simples­ mente deixar que Ele faça". Assim Ele fez. Dentro de poucos meses, sem que eu nada fizesse para conseguir alguma coisa neste sentido, fui convidado para pregar durante uma semana naquela igreja. Depois, o conselho da igreja me perguntou se me interessaria em voltar para lá como pastor. Não lhes contei que já tinha algo da parte de. Deus. Disse, apenas: "Pode ser". Disseram: "Todos temos falado, e a igreja quer vocês d evolta". "Bem," eu disse, "teriam que votar sobre meu caso. Vou lhes dizer, portanto, o que farei — vão adiante e votem, e eu lhes direi depois". Do ponto de vista natural, minha esposa e eu ainda não queríamos voltar. Embora amássemos o povo da igreja, não queríamos morar naquela cidade. Não queríamos morar na-, quela casa. No meu coração, queria obedecer a Deus, mas tudo o que havia na minha carne recuava. Meu homem natu­ ral, meu homem exterior — e no meu pròpriò pensamento e mente, humanos e naturais — não queria ir. De modo que realmente, enquanto eu continuava oran­ do e jejuando, enquanto o conselho da igreja estava dando os avisos certos e anunciando a eleição, eu estava dizendo ao Senhor que não queria confiar naquele testemunho interior que, segundo sabia, tanto eu quanto minha esposa tínhamos. Já tinha chegado ao terceiro dia de um jejum. Queria que o Senhor agisse de alguma maneira sobrenatural — queria algum tipo de palavra, de línguas com interpretação, uma profecia, ou que Deus escrevesse claramente lá no céu: VÁ PA­ RA AQUELE LUGAR". Estava de joelhos chorando, e lastiman­ do, e rogando - porque não sabia agir melhor. Deus orienta por sua voz interior, além daquele teste­ munho interior. Aquela voz interior disse: "Levante-se daí e pare de agir assim." Levantei-me. Depois, eu disse: "Senhor, se apenas Tu pudesses dar-me algum sinal sobrenatural, eu me sentiria mefhor a respeito disto." 45 '


Ele disse: "Você tem tudo quanto Eu vou lhe dar. Você não precisa de nenhum sinal sobrenatural. Você não precisa de palavras sobrenaturais escritas no céu. Você não precisa nada de I ínguas e interpretações. Você não precisa de profe­ cia nenhuma. Você sabe no seu íntim o o que deve fazer. Agora, faça-o!" Respondi: “ Está bem, farei.“ Muitas vezes, desconsideramos o testemunho interior. Queremos alguma coisa lá na dimensão dos sentidos. Procu­ ramos o sensacional e saímos perdendo o espiritual. Vamos aprender que Deus orienta todos os Seus filhos, prim aríam ente, por um testemunho interior.

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NÚMERO DOIS: A VOZ NO IlUTIMO "Digo a verdade em Cristo, não m into, testemunhando comigo, no E spírito Santo, a m inha própria consciên­ cia" — Romanos9:1. 0 modo número um de o Espírito nos guiar é median­ te o testemunho interior. 0 modo número dois é mediante a voz interior. 0 homem interior, que é um homem espiritual, tem uma voz — exatamente como o homem exterior tem uma voz. Chamamos esta voz de consciência. Chamamos esta voz de voz tranqüila e suave. 0 seu espírito tem uma voz. O seu espírito lhe falará. Em setembro de 1966 mudamos para Tulsa, no Estado de Oklahoma de Garland, Texas, subúrbio de Dallas. Tínha­ mos morado 17 anos ali. A mudança veio a acontecer da se­ guinte maneira. Minha esposa e eu estávamos em Tulsa para fazer um negócio. O ministério estava crescendo e eu já calcu­ lara em minha cabeça o que faria com meu escritório e mi­ nha casa no Texas. Mas o amigo que nos hospedava em Tulsa disse: "Irmão Hagin, você deve vir de mudança para Tulsa. O antigo prédio de escritórios do Irmão T . L. Osborn está à venda. Seu gerente comercial pediu que eu o vendesse para eles." Daí ele deu o preço. Era extremamente baixo. Mas não me interessei. Final mente, ele disse: "Vamos para lá e olhálo." Fui junto, só para não o ofender. No momento em que fiquei de pé dentro daquele prédio, uma cigarra começou a soar dentro de mim. (Às vezes aque­ le testemunho interior é como uma cigarra interior). Eu sa47


bia, tão bem quanto sei o meu próprio nome, esta é a coisa certa\) Mas não queria escutar; queria ficar em Garland. (£ por isso que muitas vezes não ouvimos. Não quere­ mos ouvir. Dizemos que queremos ouvir, mas não queremos.) Quando estávamos de volta à casa de nosso amigo, mi­ nha esposa me perguntou a respeito do negócio. "O h, não. Já calculei tudo. Vamos permanecer onde es­ tamos morando. Vamos transformar nossa casa inteira em escritórios. E simplesmente permaneceremos em Garland." Fomos para a cama. Mas eu não consegui dormir. Usual mente, não tenho dificuldade em adormecer. A Bíblia diz: "... ele dá para seus amados o sono" (SI 127:2). Eu sou Seu amado. E você também. "Ele nos fèz agradáveis a si no Am ado" (Ef 1 :6). Sendo assim, sempre reivindico a promessa de Deus e digo: "Senhor, eu sou Teu amado. Por­ tanto, eu aceitarei o sono. Eu Te agradeço por ele.” E sempre adormeço. Mas desta vez, não consegui. Minha consciência me doía. Minha consciência é a voz do meu espírito. Meu espírito sabe que não prestei atenção a ele. Deitado ali, no silêncio da noite, eu disse: "Senhor, se . Tu queres que eu faça a mudança para Tulsa, eu o farei. Na carne, não gostaria de mudar para cá, mas eu não quero ser obstáculo na Tua frente.” Então, bem no meu íntim o, ouvi a voz tranquila e suave. Ora, não estou falando a respeito da voz do Espírito de Deus. Quando o Espírito Santo fala, a voz é mais autori­ zada. A voz tranqüila e suave é a voz do nosso próprio espí­ rito falando. Mas nosso próprio espírito pega a mensagem do Espírito Santo que está dentro em nós. Aquela voz tranqüila e suave, aquela voz interior, não com poder e autoridade, mas apenas algo dentro de mim, disse: "Eu vou lhe dar aquele prédio." Ri. Sei que havia muita incredulidade na minha atitude, mas eu disse: "Muito bem. Quando você o fizer, eu crerei nisto.” 48


Aquela voz interior disse: "Fique me observando, ape­ nas." Sem entrar em todos os pormenores, digo que você f i­ cará surpreso ao saber como Deus nos deu aquele prédio.

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A CO NSCIÊNCIA: A V O Z DO ESPIRITO SANTO " Fitando Paulo os olhos no Sinédrio, disse: Varões, ir­ mãos, tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência até ao dia de hoje. " — Atos 23:1. £ interessante folhear as Epístolas que Paulo escreveu para a Igreja e ver o que ele disse a respeito da sua consciên­ cia. Você notará que ele sempre obedecia a ela. A sua consciência é um guia seguro? Sim, se o seu espírito se tornou novo homem em Cristo. Porque a sua consciência é a voz do seu espírito. "E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas/' — 2 Coríntios 5:17. Estas coisas acontecem no espírito do homem, no homem in­ terior. Ele torna-se, em primeiro lugar, uma nova criatura — um homem totalmente novo em Cristo. Em segundo lugar, "as coisas antigas já passaram" — a natureza do diabo no seu espírito já sé foi. Em terceiro lugar, " T O D A S as coisas se fizeram novas" — no seu espírito, não no seu corpo nem na sua mente — sendo que agora tem a Natureza de Deus no seu espírito. Logo, se seu espírito é um novo honem que tem nele à Vida e a Natureza de Deus, é um guia seguro. Uma pessoa que não nasceu de novo não poderia seguir a voz do seu espírito. Seu espírito não é regenerado. Sua consciência o permitiria a fazer qualquer coisa. 51


Quando você tiver dentro de você a Vida e a Natureza de Deus, a sua consciência não lhe permitirá que faça toda e qualquer coisa. E se você nasceu de novo, você tem a Vida de Deus. "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a V ID A E TE R N A ." — João 3:16. "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gra­ tuito de Deus é a V ID A E TE R N A em Cristo Jesus nosso Senhor." — Romanos 6:23. Alguém disse: "Isto significa que vamos viver para sem­ pre lá no Céu." Não, não é isso. Considere este trecho das Escrituras: "Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que TENDES A V ID A ETERNA, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus." - 1 João 5:13.

Tendes está no tempo presente. Temos a VID A ETER N A agora. Se você é um cristão nascido de novo, você tem a Vida de Deus no seu espírito. Você tem a Natureza de Deus no seu espírito. Quem dera que as pessoas aprendessem a seguir o seu es­ pírito! Quem dera que aprendessem a aproveitar a Vida que está dentro delas! Afiliei-me à igreja e fui batizado bem na juventude — mas isto não fez de mim um cristão. Meu espírito ainda esta­ va não-regenerado quando fiquei total mente confinado à ca­ ma com uma enférmidade cardíaca com a idade de 15 anos. Nasci de novo, verdadeira mente, durante os 16 meses do meu confinamento â cama. Depois, em agosto de 1934, como mo­ ço batista, lendo a Bíblia metodista da minha avó, fui curado.

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Voltei para o ginásio. Tinha perdido um ano escolar. Antes de eu nascer de novo, dificilmente passava em algumas matérias. Depois, se a gente ganhasse nota " D " era reprovado. E quem era reprovado numa só matéria ficava naquela mes­ ma série e tinha que repetir o ano inteiro. Duas professoras, em duas matérias, me disseram: "Nós lhe demos dois pontos, senão, você teria ficado com "D ". Mas depois de eu nascer de novo, nunca meu currículo escolar registrou outra coisa senão " A " em todas as matérias. E nunca levei um só livro para casa a firh de estudar. Ora, naqueles tempos eu não sabia coisa alguma acerca do batismo no EspiYito Santo, mas você sabe o que eu já sa­ bia mesmo? Sabia qué tinha a Vida de Deus dentro de mim! Enquanto andava pela rua em direção à escola todas as manhãs — inconscientemente, estava sendo guiado pelo Es­ p írito; meu coração me mandava fazer assim, e eu o escuta­ va ao invés de escutar a cabeça — tinha uma coversa com o Senhor. Eu disse: "Ora, Serthor, leio no Antigo Testamento on­ de Daniel e os três moços hebreus estavam na escola na Babi­ lônia e Tu lhes deste favor com o deão da escola (Dn 1:9). Deus, dá-me favor com todos os professores. Agradeço a Ti por isso; já o possuo. Depois, passados os seus três anos de treinamento, eram dez vezes mais sábios do que os demais (w . 10-20). Senhor, tenho a Tua vida dentro de mim. João 1 :4 diz: 'A vida estava nele, e a vida era a luz dos hom ens/ A luz simboliza o desenvolvimento. Transmita-me conheci­ mento e perícia em todo o ensino e sabedoria a fim de que eu seja dez vezes melhor..." Cada dia, andando para a escola, eu confessava: "A vida estava nEle, e a vida era a luz dos homens. Esta Vida está em mim. A Vida de Deus está em mim. Esta Vida é a luz, é o de­ senvolvimento da minha pessoa. Está desenvolvendo o meu espírito. Está desenvolvendo a minha mentalidade. Tenho Deus d e n fo em mim. Tenho a sabedoria de Deus dentro de mim. Tenho a Vida de Deus dentro de mim. Está Vida de Deus no meu espírito me domina. O propósito do meu cora­ ção é andar na luz da V ida." 53


Não quero dizer com isto que fui passando sem esfor­ ço. Nos períodos para o estudo no salão da escola, eu estuda­ va. Na aula, escutava atentamente tudo quanto estava sendo dito. Mas ao receber a Vida Eterna no meu espírito, ao dei­ xar a minha mente renovar-se com a Palavra, a minha inte­ ligência foi aumentada de 30 por cento a 60 por cento. A Vida de Deus fará isto por qualquer pessoa. O milagre mais espantoso que eu já vi, da Vida Eterna afetar a mentalidade, foi núrna moça a quem chamei de Maria. Sua inteligência foi aumentada em pelo menos 90 por cento, cento. Começou a ir à escola com sete anos de idade, e a fre­ quentou durante sete anos sem sair da primeira série. Du­ rante aqueles sete anos, nunca aprendeu a escrever o nome. Finalmente, pediram a seus pais que a levassem embora da escola. Quando ela tinha 18 anos, na igreja que eu pastoreava, vi-a comportar-se como uma criança de 2 anos. Descia dos bancos e ficava no chão, engatinhando como nenê. Se acon­ tecesse de não ficar sentada com a mãe, deslizava debaixo dos bancos, ou erguia a saia para passar por cima deles, a fim de chegar para onde a mãe estava. Suas roupas sempre estavam em desordem. Seus cabelos nunca eram penteados. Depois, certa noite, durante uma reunião de reavivamentoevangelfstico, Maria veio à frente. Ai i, recebeu a Vida Eterna — a Natureza de Deus. Uma mudança drástica ocorreu instantaneamente. Na noite seguinte, ela sentou-se no culto e comportou-se como qualquer moça de 18 anos. Tinha ar­ rumado os seus cabelos e se vestira bem. Sua inteligência parecia ter aumentado da noite para o dia. Anos mais tarde, eu estava de volta à cidade para ajudar num enterro. "O que veio a ser de Maria?" perguntei à secre­ tária da igreja. Ela me levou ao pórtico da frente. "Está vendo todas aquelas casas novas que estão sendo construídas ali?" Disse eu: "Estou". "É um acréscimo à cidade. Maria está edificando tudo aquilo. É uma viúva agora. Trata dos seus próprios negócios financeiros, é a sua própria financista. Tem três lindas crian54


ças. Ficam no banco da frente todos os domingos. São as crianças mais bem vestidas e que melhor se comportam na igreja. Como secretária da igreja, posso lhe dizer que os dízi­ mos e as ofertas de Maria estão aqui todos os domingos/' A Vida de Deus entrara nela! Tenho a convicção de que nunca aprendemos o que te­ mos recebido. A maioria entre nós tem pensado que o Senhor simplesmente nos perdoou, e temos dito: "Somos as mesmas velhas criaturas que sempre fomos. Procuraremos aguentar ficarmos firmes até o fim . Se conseguirmos um número sufi­ ciente de pessoas para orarem por nós, é possível que vença­ mos. Não, graças a Deusi A Vida de Deus é outorgada ao nos­ so espírito! A Natureza de Deus está em nosso espírito. 0 Espírito Santo é vivo, e permanece em nosso espírito.

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DUAS EXPERléNCIAS "Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo... Quando, porém , deram crédito a Fiiipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens co­ m o muihefes... Ouvindo os apóstoios, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, en­ viaram-lhe Pedro e João; os quais, descendo para lá, oraram p o r eles para que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Se­ nhor Jesus. Então lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo." - A t o s 8:5-12-14-17.

Segundo a Nova Aliança, todo filho de Deus tem o Espí­ rito de Deus. Se você nasceu de novo, o Espírito de Deus está no seu espírito. Devemos realmente diferenciar entre ser nascido do Es­ pírito e ter a plenitude do Espírito. 0 cristão nascido de novo pode ficar cheio do Espírito que ele já tem dentro dele. E quando fica cheio do Espírito, haverá um transbordamento. Falará em outras línguas conforme o Espírito lhe concede que fale (Atos 2:4}. Os estudiosos bíblicos sabem que a água tipifica o Es­ pírito de Deus. O próprio Jesus usava a água para tipificar o Espírito. Usou-a como símbolo do novo nascimento quando estava falando com a mulher que estava ao lado da fonte em Samaria: 57


''Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?... Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fon­ te a jorrar para a vida eterna/* — João 4:10, 11, 1 3 ,1 4 . Ele usou a água também comò símbolo do Espírito na plenitude do Espírito Santo: "N o último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu inte­ rior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até esse momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado. - João 7:37-39. Estas são duas experiências diferentes. O novo nascimen­ to é uma fonte de água dentro de você, jorrando para a vida fetema. A Plenitude do Espírito Santo são rios - não um só rio. A água na fonte é para outro propósito. A água na fonte é para o seu próprio benefício - abençoa você. Os rios que fluem de den­ tro de você abençoam outra pessoa.

Algumas pessoas dizem: "Se você nasceu do Espírito, você tem o Espírito, e não passa d is to /' Mas não, simples­ mente porque você tomou um só gole de água, não é prova de que você está cheio de água. Há, subsequente ao novo nasci­ mento, a experiência de receber a plenitude do Espírito — e, como resultado, do interior (do espírito) podem flu ir rios de água viva. 58


Outras pessoas dizem que quem não tem a plenitude do Espírito, nem fala em outras I ínguas, não tem o Espírito San­ to. N5o é verdade. Se bebo meio copo de água, talvez não fi­ que cheio, mas pelo menos dentro de mim tenho água. Se al­ guém nasceu do Espírito de Deus, tem o Espírito de Deus permanecendo nele.

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DEUS NO IlMTIMO “Porque nós somos santuários do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles se­ rão o meu povo." — 2 Coríntios 6:16. Se você nasceu de novo, o Espírito Santo está vivo e permanente no seu espírito. Está vivo e permamente onde? Na sua'cabeça? Não. No seu corpo? Em certo sentido, sim, mas não exatamente do modo que pensamos. A única razão porque seu corpo tornase o templo do Espírito Santo é porque seu corpo é o templo do seu próprio espírito. Ele permanece no seu espírito. E Ele Se comunica com você através do seu espírito. Ele não Se comunica diretamente com a sua mente — Ele não está na sua mente. Ele está no seu espírito — Ele Se comunica com você através do seu espírito, ê lógico que seu espírito real mente alcança e influencia a sua mentalidade. Mesmo como nenê recém-nascido em Cristo, ainda con­ finado à cama, eu sabia coisas mediante o testemunho inte­ rior. Nada sabia a respeito de ficar cheio do Espírito Santo e falar noutras línguas — mas nascera do Espírito. Tinha o testemunho do Espírito bem no meu íntimo de que era um filho de Deus. Tinha ficado confinado à cama cerca de quatro meses, quando a minha mãe veio certo dia para o lado da minha ca­ ma, dizendo: "Filho, não quero perturbar você, mas alguma coisa está errada com Dub." 61


Dub é o meu irmão mais velho. Ele estava com 17 anos naquela ocasião, e tinha ido embora. Não sabíamos exatamen­ te onde ele estava. Ela sentia algo no seu espírito. Pensava que talvez ele tivesse entrado em encrencas e estivesse na cadeia. Ela disse: "Faz três dias que estou orando por ele, mas preciso de aju­ da." Eu disse: "Mamãe, eu pensava que você já tivesse proble­ mas suficientes comigo, preso à cama conforme estou. Já faz vários dias que eu estou sabendo de problemas de Dub. Ele não está na cadeia, porém. Não é este tipo de problema. Sua vida física está passando perigo. Mas eu já orei, e ele vai ven­ cer. Sua vida será poupada. Eu já tenho a resposta." Naquela ocasião, eu não sabia como obter a resposta a respeito da cura — passou-se mais um ano antes de eu receber a minha cura. Mas algumas coisas eu sabia, louvado seja Deus; E Deus vem ao encontro da pessoa à medida que ela tem fé. Três dias mais tarde, Dub veio para casa durante a noite. Você entende, era o ano de 1933 e não havia trabalho. Os homens estavam lá fora na rua, sem emprego, naqueles dias da grande depressão. Dub tinha ido para o Vale do Rio Gran­ de para procurar emprego. Não achou nada. Resolveu, por­ tanto, pegar carona num trem de frete — muita gente usava a estrada de ferro assim, ilegal mente, naqueles dias — desde a parte mais longínqua do Vale até McKinney. Cerca de 80 km. ao sul de Dallas, um detetive da estrada de ferro bateu na cabeça dele e o jogou fora do trem que esta­ va em movimento a uns 80 ou 100 km. por hora. Foi voando pela estrada de ferro. Naqueles dias, as locomotivas queima­ vam carvão, e deixavam as cinzas ao longo da estrada de fer­ ro. Ele caiu naquelas cinzas e deslizou de costas. E de maravi­ lhar-se que não tenha quebrado as costas. O acontecido teria lhe quebrado as costas, se nós não tivéssemos sabido do caso mediante o testemunho interior, e se não tivéssemos orado. Ele ficou jogado na fossa, e voltou aos sentidos depois de algum tempo. Sua camisa fora rasgada do corpo, e o assen­ to da sua calça fora arrancado. Sendo assim, somente podia viajar de noite. De dia, ficava escondido entre as árvores do campo — era o período do ano em que se podia achar frutas

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— e de noite, avançava ao longo dos trilhos em direção a McKinney. Era noite quando chegou em casa. Mamãe coiocou-o na cama, e estava passando bem dentro de poucos dias. Mamãe e eu não éramos crentes cheios do Esp frito Santo mas éramos crentes. E tínhamos um testemunho em nosso esp frito que alguma coisa estava errada — era uma intuição interior, é algo que todos os cristãos devem desenvolver. De­ vemos desenvolver o nosso espírito. Um amigo meu, ministro do Evangelho Pleno, teve em menos de dez anos três acidentes sérios de automóvel. Algu­ mas pessoas morreram. A esposa dele quase morreu. Ele fi­ cou seriamente ferido. Foram curados pela misericórdia de Deus. Carros foram demolidos. EJe me ouviu ensinar a respeito destes assuntos, e me disse: "Irm ão Hagin, cada um daqueles acidentes poderia ter sido evitado se eu tivesse escutado aquela intuição interior." Mas em circunstâncias semelhantes, as pessoas dizem: "Não sei por que aquilo aconteceu a um cristão tão bom. "Era um pregador." (Os pregadores precisam aprender a es­ cutar seu espírito, assim como você tem que aprender a es­ cutar o seu espírito.) Depois, atribuem tudo a Deus, e dizem que Deus o fez. Este pregador me disse: "Se eu tivesse escutado aquela coisa interior — simplesmente tinha uma intuição de que algo estava para acontecer — teria esperado um pouquinho e ora­ do. Ao invés disto, pensei: Estou ocupado. Não tenho tempo para orar." Muitas vezes, se tivéssemos esperado, Deus nos teria mostrado. Poderíamos ter evitado muitas coisas. No entanto, não vamos nos queixar e gemer por causa de fracassos do pas­ sado. Vamos simplesmente tomar posse daquilo que é nosso, e cuidar para não deixar tais coisas acontecerem de novo. De qualquer jeito, nada podemos fazer no tocante àquilo que já passou. Vamos começar a desenvolver o nosso espírito, e aprender a escutá-lo. O Espírito Santo habita no seu espírito. Ê o seu espírito quem pega estas coisas do Espírito Santo, e depois as passa para sua mente, mediante uma intuição interior, ou um teste­ munho interior. 63


Jesus disse: "Se alguém me ama, guardará a m inha pala­ vra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele m orada" (João 14.23). Nesta passagem das Escrituras, Jesus está faiando a respeito da vinda do Espírito Santo. Jesus e o Pai, na Pessoa do Espírito Santo, vêm habitar em nós. Uma habitação é o lugar onde a pessoa mora. Outra tradução diz: "Viremos para ele, e faremos com ele o nosso lar." O Espírito Santo, através do Apóstolo Paulo, disse: "Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1 Co 3 :1 6 ). Outra tradução diz: "O Espírito Santo está na casa dentro de você." é onde Ele mora — em você! A Bit»lia diz: "... Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: H abitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo" (2 C o 6:16). Coloque juntos estes três versículos das Escrituras: "Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada... Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?... Porque nós so­ mos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo." — João 14:23; 1 Coríntios 3:16; 2 Coríntios 6:16. Nunca chegamos, ainda, a sondar a profundidade daquilo que Deus real mente está dizendo: "Eu habitarei neles. Eu farei neles morada. Eu andarei entre eles." Se Deus está habitando dentro de nós e Ele está — logo, é ali que Ele nos falará.

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DEPENDA DO SEU ESPIttlTO "Porque em verdade vos afirm o que se alguém disser a este m onte: Ergue-te e lança-te no m ar, e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele. Por isso vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco. " — Marcos 11 :23, 24. Seu espírito sabe coisas que sua cabeça não sabe. Porque o Espírito Santo está no seu espírito. Quando a ciência médica me abandonou para morrer como adolescente, dizendo que nada mais havia que se pudesse fazer por mim, eu sabia, de alguma forma, que se hou­ vesse ajuda para mim, em algum lugar, seria na Bíblia. Comecei com o Novo Testamento porque sabia que não tinha muito tempo. Acabei chegando a Marcos 1 1 :23 e 24. Quando cheguei a Marcos 1 1 :24, alguma coisa de fora de mim, em algum lugar, disse à minha mente: Isto não sig­ nifica tudo quanto pedirdes física, m aterial, ou financeira­ mente. Significa, apenas, tudo quanto pedirdes espiritualmen­ te. A cura já fo i abolida. Procurei persuadir meu pastor a vir contar-me o que Marcos 1 1:24 realmente significava. Ele não veio. Finalmen­ te, certo pregador veio. Afagou a minha mão e adotou uma voz profissional, dizendo: "É só ter mais paciência, meu filho, dentro de mais alguns poucos dias tudo terá acabado." Aceitei o veredito e fiquei deitado ali, aguardando a morte. Foi dois meses antes de eu voltar a ler a Bíblia, vol­ tando a Marcos 11:23 e 24.


Eu disse: "Senhor, procurei arrumar alguém para me aju­ dar, e não consegui. Vou dizer-Te, pois, o que vou fazer. Sim­ plesmente vou aceitar literalmente o que Tu dizes na Tua Pa­ lavra. Quando estavas aqui na terra, Tu a disseste. Eu vou crer nisto. Se Tu não mentiste a respeito, eu vou sair desta cama. Porque posso crer naquilo que Tu disseste que posso crer." A í, tive a seguinte idéia. (Custou-me muito tempo por­ que tinha uso limitado das minhas mãos. As pessoas apoia­ vam a Bíblia na minha frente, e eu virava as páginas.) Resolvi consultar minhas referências a respeito da fé e da cura. Che­ guei a Tiago 5:14 e 15: "Está algyém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados." — Tiago 5:14, 15.

Eu pensava que todas as demais Escrituras sobre a cura, e todas as demais promessas ligadas à oração dependiam disso — pensava que era O BRIG ATO R IO chamar os presbíteros da igreja. (Não é obrigatório — você pode, se precisar). Comecei, pois, a exclamar: "Querido Senhor, se preciso chamar os pres­ bíteros da igreja para me ungirem com óleo a fim de ser cura­ do, não posso ser curado. Não conheço nenhum presbítero da igreja que crê nisto." Já havia seis meses que eu fora salvo, e nunca ouvira uma voz interior. Não estou falando a respeito da voz do Es­ pírito de Deus — ela é mais autoritária — estou falando na­ quela voz tranquila e suave do meu espírito. Meu espírito me disse: "Você notou aquele versículo que diz que a oração da fé salvará o enfermo?" Tive que olhar outra vez. tin h a fixado mínha mente nos presbíteros, e não notara aquela parte. "Sim " eu disse em voz audível, "é o que o versículo diz*" Veio como um verdadeiro choque para mim. 66


Depois, no meu interior, as seguintes palavras foram fa­ ladas: 'V o c ê pode orar aquela oração tão bem quanto qual­ quer outra pessoa." Aleluia! Mas a minha educação espiritual foi lenta — exatamente como a sua. Permaneci mais nove meses naquela cama antes de finalmente ver que tinha que crer que já recebera a minha cura, antes dela se manifestar. Foi enquanto orava e dizia: "Creio que recebo a minha cura." que percebi o que devia fazer. Disse: "Creio que rece­ bo a cura desde o alto da minha cabeça até ás plantas dos meus pés." Depois, comecei a louvar a Deus, porque acredita­ va que recebera a minha cura. Mais uma vez, no meu interior, ouvi estas palavras — não era aquela Voz autorizada, mas simplesmente uma voz traqüila e suave, tão fraca que não teria ouvido se minha mente e meu corpo tivessem sido muito ativos — "Agora você cré que está são." Eu disse: "Certamente, creio." Aquela voz interior disse: "Levante-se, portanto. Os sãos devem já estar fora da cama às 10:30 h da manhã." Tinha ficado paralisado. Foi uma luta. Fui empurrando a mim mesmo. Final mente, levantei-me ao ponto de estar in­ clinado sobre a cabeceira da cama. Meus joelhos foram ceden­ do até ficarem perto do chão. Não sentia nada da cintura pa­ ra baixo. Mas, inclinado sobre a cabeceira da cama, disse ou­ tra vez: "Quero proclamar na presença de Deus Onipotente, do Senhor Jesus Cristo, do Espírito Santo, e dos santos anjos presentes neste quarto, e quero chamar o diabo e todos os espíritos malignos que estiverem presentes neste quarto para registrarem o fato, que de conformidade com Marcos 1 1 :24, creio que recebi a minha cura." Quando disse isto, fisicamente, sentí alguma coisa. A sensação era como se houvesse acima de mim alguém derra­ mando um cântaro de mel sobre mim. Senti-o bater na parte de cima da minha cabeça. Parecia empilhar-se como faria o mel, e depois começava a escoar lentamente sobre mim, des­ cendo por meu corpo. Tinha um ardor caloroso. Espalhou-se, descendo por minha cabeça, pelo pescoço, pelos ombros, 67


descendo meus braços e saindo pelas pontas dos dedos, e descendo meu corpo até sair pelas pontas dos dedos dos pés. Estava em pé, ereto! Tenho andado ereto desde então. Mas quero que você perceba o seguinte; Escutei o meu espírito. A fé é do espírito. Sua fé nSo funcionará plenamen­ te até você aprender algumas destas coisas. Aprenda a depen­ der d Aquele que está em você. Aprenda a desenvolver o seu próprio espírito. Tenha fé na sua fé.

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DE CORAÇAO TENRO "Pois, se o nosso coração nos acusar, certamente Deus é m aior do que o. nosso coração, e conhece todas as coi­ sas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confi­ ança diante de Deus." - 1 João 3 :2 0, 21. 0 Espírito Santo condena você se você praticar o mal como cristão? Não. E o seu espírito que condena você. Você precisa aprender isto. É uma lição difícil de apren­ der, no entanto, porque fomos ensinados incorretamente. 0 Espírito Santo não o condenará. Por que? Por que Deus não o condenará. Estude o que o Espírito Santo escre­ veu através de Paulo, na Epístola aos Romanos. Perguntou: Quem é que condena? Deus condena? N3o, é Deus quem jus­ tifica. Jesus disse que o único pecado do qual o Espírito San­ to convencerá o mundo é o pecado de rejeitar Jesus (João 16:7-9). é a sua própria consciência — a voz do seu próprio es­ p írito — que sabe quando você fez alguma coisa errada.. Já descobri que até mesmo quando faço coisa errada, embora o meu espírito me condene, o Espírito Santo está presente para consoiar-me, para ajudar-me, para me mostrar o caminho de volta. Você nunca lerá na Bíblia um trecho em que o Espírito Santo é aquele que condena. Jesus 0 chamou de Consolador. O significado sétuplo daquela palavra, com base na I íngua grega, é ressaltado na Bíblia Am pliada: 69


"E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador (Conselheiro, Ajudador, Intercessor, Advogado, Forta­ lecedor, Sustentáculo), afim de que esteja para sempre convosco." — João 14:16 (A mpfiada). Ele é tudo isto! Ele ficará ao seu lado quando ninguém mais quer fazê-lo. Ele o ajudará. Ele é um Ajudador! É seu próprio espírito que sabe o momento em que você fez coisa errada. Estou contente porque aprendi isto cedo na vida. Deu-me ricos dividendos na minha vida. Foi bem pouco tempo depois de eu ser salvo, curado, e nova mente estudante colegial quando ocorreu este incidente. Real mente não sei porque a expressão escapou dos meus lá­ bios; ninguém em nossa família usava linguagem profana. Mas tínhamos um vizinho, Deus abençoe o seu coração, que podia, conforme dizíamos no Texas, chingar até provocar uma tempestade. Podíamos escutá-lo em todas as partes do nosso bairro. Acho que peguei dele a expressão. Seja como for, simplesmente falei para um dos rapazes: "Pelo inferno, nada de... alguma coisa ou outra." No momento em que disse aquilo,‘sabia dentro de mim que era errado. 0 que é que me condenava? 0 Espírito San­ to? Não. Era o meu espírito, Meu espírito, esta nova criatura, este novo homem, não fala desta maneira. A Vida, a Nature­ za de Deus não fala desta maneira. Ora, a carne, o homem exterior, talvez queira continuar fazendo algumas das coisas que fazia, e falando algumas das coisas que falava, mas você deve crucificar a carne. Uma boa maneira de crucificá-la é trazê-la totalmente a uma situação descoberta. Fiz assim no mesmo momento. Não esperei sentir-me movido a fazê-lo. No meu coração, eu disse: "Querido»Deus, perdoa-me por ter dito aquilo." O jovem a quem falara assim, já tinha andado adiante. Localizei-o e pedi que ele me perdo­ asse. Ele não notara o que eu dissera: estava acostumado às pessoas que falavam assim. Mas eu queria endireitar a coisa. Era a voz do meu espírito. Era a minha consciência. Mi­ nha consciência era delicada, e eu não a violei. A não ser que você mantenha uma consciência tenra, delicada, as coisas es70


pirituais serão indistintas para você. Porque a sua consciên­ cia é a voz do seu espírito, é a sua consciência, a voz do seu espírito, que relatará à sua mente aquilo que o Espírito San­ to está dizendo para você no fundo do seu coração. A Bíblia fala acerca de cristãos que até mesmo têm sua consciência cauterizada: '"Pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cau­ terizada a própria consciência." — I Timóteo 4: 2. A primeira igreja que pastoreei era uma igreja comunitá­ ria, lá no interior. Usualmente, saía para a igreja sábado à noite, pernoitava ali no sábado e no domingo, e voltava para a cidade na segunda-feira. Muito freqüentemente, ficava hos­ pedado no lar de um senhor metodista, muito querido. Este excelente homem espiritual, um grande homem realmente, tinha 89 anos de idade. Eíe e eu não levantavamos tão cedo quanto os demais na sua fazenda. Eles estariam lá fora nos campos fazendo os seus trabalhos, enquanto este senhor-de idade tomava seu café da manhã comigo, cerca das oito horas da manhã. Eu não bebia café, mas este senhor de idade bebia. Ora, você dificilmente acreditaria nisto se não o visse, mas ele ti­ nha um daqueles bules de café do tipo antiquado — estáva­ mos em meados da década de 1930 — em cima de um fogão antiquado a lenha, com o café fervendo dentro. Eu o via pe­ gar aquele café que estava fervendo, derramá-lo num caneco grosso de tamanho grande — e o café ainda estava quente ao ponto de continuar a ferver dentro daquele caneco — e virálo na sua boca, drenando de uma só vez o caneco inteiro. Na primeira vez que o vi fazer assim, gritei. Sentia-me queimando por dentro. Como ele podia fazer aquilo? Eu não podia. Os tecidos dos^ meus lábios, do interior da minha boca, da minha gargan­ ta e do meu esôfago são tão delicados que uma só colherada das de chá teria feito queimaduras até lá embaixo. Ele bebia um caneco inteiro sem removê-lo da sua boca. 71


Ele não podia fazer aquilo de início, porém. Mo decurso de muitos anos de bebe-lo quente, ficaram cauterizados seus lábios e boca, garganta e esôfago. Então, podia bebê-lo, e não lhe incomodava. Espiritualmente, a mesma coisa pode acontecer. Aprenda a manter uma consciência tenra. Aprenda, no momento em que você errar e a sua consciência o condenar, a corrigir o caso imediatamente; Não espere até chegar na igreja. Diga imediatamente: "Senhor, perdoa-me. Errei." Se necessário, se outra pessoa o viu, diga-lhe: "Errei. Perdoeme. Eu não deveria ter dito aquilo." Você terá que manter tenro o seu espírito se é para você ser orientado pelo Espírito.

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OS SENTIDOS: A VOZ DO CORPO "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito..." — Romanos 8:16. Por demais frequentemente, as pessoas pensam que o testemunho acerca do qual este versículo fala é uma coisa f í ­ sica. Não o é. é uma coisa espiritual. E o Espírito de Deus testificando com o nosso espírito. Ele não testifica com o nosso corpo. Você não deve julgar pelo sentido físico. Confundimos as coisas por nossa maneira de falar. Dize­ mos: "Sinto a presença de Deus." Mas não a sentimos. Temos um pressentimento espiritual da Sua presença. Use a palavra sentido de modo sábio; deixe a falsa impressão de que se trata de um sentido físico. Não misture a parte física com o assun­ to. O sentido é a voz do corpo. A razão é a voz da alma, ou da mente. A consciência é a voz do espírito, Dirigir-se pelos sentimentos é entrar em problemas. E por isso que tantos cristãos ficam para cima e para baixo (chama-os de cristãos "iô-iô"), estão por dentro e depois por fora. Não andam pela fé. Não andam segundo o seu espírito. Quando se sentem bem, dizem: "Glória a Deus! Estou salvo! Aleluia! Estou cheio do Espírito Santo! Tudo está bem." Então, quando não se sentem nada bem, ficam com cara feia e dizem: "Perdi tudo. Não me sinto como antes. Acho que devo estar desviado.” Ouço as pessoas. Deus abençõe o coração delas, que falam a respeito de estar no vale, e depois, de estar na mon­ tanha, para então voltarem ao vale. Eu nunca fui para o vale. 73


Faz 45 anos que sou salvo, e nunca fui para lugar algum se­ não para o cume das montanhas. Não é necessário descer para o vale. Falam a respeito das "experiências no vale". Eu nunca tive experiência alguma no vale. Oh, sim, tem havido provas e provações, mas eu fiquei no cume da montanha, gritando a vitória o tempo todo — vivendo acima dos problemas! Certa mulher que tínhamos pastoreado em anos idos, veio para uma reuniãp onde estávamos, e contóu-nos a res­ peito da sua filha, de 39 anos de idade. Estavam para operá-la quando descobriram que ela tinha um tumor. Além disto, descobriram mediante testes hospitalares que ela era diabé­ tica. Estavam procurando obter o controle sobre a condição diabética quando ela entrou em coma. Três médicos disse­ ram que ela nunca voltaria a ganhar a consciência e morreria. Esta mãe disse: "Quer impor as mãos neste lencinho?" Fiz assim, e oramos. Depois, aquela mãe embarcou num ôni­ bus e viajou quase 500 km. para o hospital onde sua filha ja­ zia inconsciente. Colocou a mãe dentro do balão de oxigê­ nio e deitou o lencinho no peito da filha. No momento em quê tocou nela, reviveu. Foi curada, renasceu, ficou cheia do Espírito Santo, e começou a falar em línguas, tudo numa só aplicação do lencinho. As enfermeiras ficaram emocionadas, e chamaram o mé­ dico. 0 médico disse: "É maravilhoso que ela tenha recupera­ do a consciência. Mas ela deve permanecer quieta." Deu-lhe uma injeção para aquietá-la — mas, nunca chegou a sér eficaz. Ela simplesmente continuava a falar em línguas e a exclamar: "Éstou curada. Estou curada. Estou curada." No dia seguinte, começaram a fazer testes. O sangue dela era perfeito. Já não continha açúcar. Depois, não consegui­ ram achar o tumor. Desaparecera. Depois de alguns dias, de­ ram-lhe alta. Algum tempo mais tarde, ela contou para minha esposa e para mim que o médico dissera: "Não vamos cobrar nada. Não fizemos coisa alguma. Um Poder Superior a nós fez. tu­ do." 74


Três anos mais tarde, quando ela tinha 42 anos de idade, a irmã dela a trouxe para nossa porta às 2 horas da madruga­ da. Estava com outro tumor. Pensei que viera para ser curada. Disse, portanto: "Você pode ser curada de novo. Simplesmente imporemos as mãos em você." Ela disse, com lágrimas. "Irm ão Hagin, não me importo realmente se vou ser curada ou não. Realmente, se eu pudesse apenas voltar para a posição que tinha diante de Deus antes, preferiria morrer e passar para o Céu." Assim, tomei por certo que ela estava desviada. Parecia tão triste, que fiquei com convicção de que ela deveria ter cometido algum pecado terrível. Disse-lhe, portanto: " 0 Se­ nhor a perdoará..." E fui passando por aquilo que a Bíblia diz a respeito. Disse, então: "Todos nós vamos ajoelhar-nos aqui, ao lado do sofá. (Minha esposa ea irmã daquela mulher estavam ali, também). Eu me ajoelharei ao seu lado. Veja: você não precisa confessar a mim, mas conte o caso ao Se­ nhor, e Ele a perdoará." Ela olhou para mim e disse: "Irmão Hagin, perscrutei o meu coração, e pelo que eu saiba, não fiz nada de errado." Fiquei nervoso. Tinha me deitado tarde — todas as noi­ tes, estava indo a uma boa distância, de carro, para realizar reuniões. E bem no meio de um bom sono sadio, de alta madrugada, vieram estas batidas à porta que nos despertaram. Imagino que falei asperamente. Sei que adotei semelhante tom de voz. Eu disse: "Levante-se do chão. Sente-se ali naquele sofá." Fiquei enojado. "Se você não fez coisa alguma de ér. rado, o que mesmo a leva a pensar que tem que voltar para Deus?" "O ra," disse ela, "não sinto que cheguei a Ele." Disse eu: " 0 que é que o sentimento tem que ver com o caso? Se eu fosse depender dos meus sentidos, teria que anunciar, metade das vezes que me levanto para pregar, que devo estar desviado." Ela olhou para mim. "Quer dizer que os pregadores são assim, também?" 75


Disse eu: "Sim, nós somos tão humanos como qualquer pessoa. E, na realidade, se eu dependesse dos sentimentos agora mesmo, estaria pedindo que você orasse por mim. Não sinto coisa alguma, Não tenho sentido nada desde que você chegou aqui." Ela disse: "O que faz, então? Como ora até ter a respos­ ta?" Eu disse: "Não oro até ter a resposta. Já estou com a resposta. 0 cristão deve andar sempre com a resposta — deve estar com a resposta, em comunhão com Deus, todos os dias, todos os minutos, todas as horas." Ela disse: "O que o senhor faz, então?" "Ora," disse eu, "fique sentada ali e me observe. Vou fe­ char os meus olhos para orar, mas você conserve abertos os seus." Então orei: "Querido Senhor, estou tão contente que sou um filho de Deus. Estou tão contente que estou salvo. Estou tão contente porque nasci de novo. Não sinto coisa alguma — mas isto não vem ao caso. Meu homem interior é um novo homem. Meu homem interior é uma nova criatura em Cristo. Quero agradecer-Te porque não somente nasci de novo - mas porque estou cheio do Espírito Santo. Deus Pai, Deus Filho, e Deus o Espírito Santo residem em mim. Quero agradecer-Te por isto. Aleluia!" Não senti coisa alguma, mas falei estas coisas da mesma forma. Então, quando confessei que, no meu espírito — Ele estava ali o tempo todo — algo começou a borbulhar dentro de mim. Era um movimento e uma manifestação do Espírito de Deus. Ainda não senti coisa alguma. Mas no meu espírito tive pressentimento daquele borbulhar. Subiu até a minha garganta. Comecei a rir — existe a risada no espírito. Comecei a falar em I ínguas. Esta senhora disse: "Mudou-se a expressão do seu rosto. Seu rosto simplesmente iluminou-se." Eu disse: "Aquilo estava lá dentro o tempo todo. Pau­ lo mandou Timóteo despertar o dom que estava nele. Eu sim­ plesmente despertei aquilo que eu tinha em mim mesmo o tempo todo." 76


Ela disse: "Posso fazer assim também?” Disse eu: "Sim, pode." Assim ela fez: Despertou aquilo que estava dentro dela o tempo todo. Nem sequer me lembro se orei a respeito do tumor. A última notícia que recebi da parte dela foi que o tumor desa­ parecera. Baseie a sua fé na Palavra — não nos seus sentimentos. Romanos 8: 16 não diz que o Espírito dá testemunho com o nosso corpo, ou com os nossos sentimentos. Smith Wigglesworth, o grande apóstolo da fé da Inglater­ ra, disse: "Não me impressiono com aquilo que sinto. Não me impressiono com aquilo que vejo. Impressiono-me apenas com aquilo que creio». Não posso compreender Deus mediante os meus sentimentos. Compreendo Deus mediante aquilo que a Palavra diz a respeito d Ele. Compreendo o Senhor Je­ sus Cristo por aquilo que a Palavra diz a respeito dEle. Eleé tudo quanto a Palavra diz que Ele é." Você não pode compreender a si mesmo mediante os sentimentos. Entenda que você é um cristão nascido de novo e cheio do Espírito Santo através daquilo que a Palavra de Deus diz. E quando você ler aquilo que a Palavra diz a seu respeito logo, quer você sinta assim, quer não, diga: "Sim, as­ sim, sou eu. Tenho isto. A Palavra diz que tenho isto. Posso fazer aquilo que a Palavra diz que posso. Sou aquilo que a Pa­ lavra diz que sou." Então, você começará a desenvolver-se espiritualmente. E é com seu espírito que o Espírito Santo testifica.

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SOCORRO DE DENTRO "Quçndo vier, porém , o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará p o r si mes­ m o, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas que hão de vir. " -J o ã o 16:13. Vamos notar algumas coisas que Jesus disse a respeito do Espírito Santo, "...ele vos guiará a toda a verdade..." Ele o orientará. Ele o guiará. "... porque não falará p o r si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido..." Ele fala de fato. Tudo quanto Ele ouvir Deus dizer, tudo quanto Ele ouvir Jesus dizer, Ele falará ao seu es­ pírito. Onde Ele deve falar? Ele está no seü espírito — e é ali que Ele fala. Ele não fala em algum lugar lá fora no vazio. Ele fala no íntimo. Ele passa a mensagem de Deus adiante, para o seu espírito ou pelo testemunho interior, ou pela voz interior. "... e vos anunciará as coisas que hão de v ir..." Não creio que isto simplesmente significa que o Espírito Santo nos dará revelações acerca dos eventos futuros conforme são registra­ dos na Palavra de Deus. Significa, também, que o Espírito Santo mostrará a você a respeito de coisas futuras. Na minha vida individual, por exemplo, nunca tem havido uma morte em nossa família estreitamente unida, sem eu saber de ante­ mão a respeito. Eu sabia, dois anos antes do tempo, que o meu sogro ia morrer. Comecei, portanto, a preparar a minha esposa para a morte dele. Ela era a única filha, a caçula da fam ília, e estava muito ligada ao pai. Eu sabia que iria ser di­ fícil para ela. Comecei, portanto, a dizer para ela: "Querida, você sabe que o Sr. Rooker está ficando mais velho. Está che79


gando perto dos 70 anos, e Deus nos prometeu apenas 70 ou 80 anos/' No decurso dos dois anos dei uma indiretas aqui e ali, só para deixá-la preparada. Estava fora de casa numa reunião quando chegou o tele­ fonema. Depois do culto, certa noite, estava sentado no ho­ tel. O telefone tocou. Algo dentro de mim disse: "É para vo­ cê. é acerca disto que você tem falado, já faz dois anos." Dentro de 28 dias, ele estava no Céu. A gente n3o fica despre­ parado quando sabe as coisas antes do tempo. "Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai en­ viará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito." — João 14:26. O Espírito Santo vos ensinará. E/e vos fará lembrar de todas as coisas. As pessoas freqüentemente me perguntam como me lembro das coisas. Houve época em que eu conseguia citar três quartos do Novo Testamento. "Como você decora as coisas?" Sempre respondo: "Nunca decorei as Escrituras em toda a minha vida. Nada sei acerca da memorização. Suponho que a gente poderia desenvolver a mente se trabalhasse no caso. Mas eu simplesmente fico conversando, e as Escrituras surgem dentro de mim. Ele as traz à minha memória. Ele está lá den­ tro ." O Espírito Santo lhe mostrará as coisas que hão de vir, e o fará lembrar das coisas, se você aprender a cooperar com Ele.

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N Ü M ER O TRES: A V O Z DO ESPITFUTO SANTO "Enquanto m editava Pedro acerca da visão, disse-lhe o Espírito: Estão a í dois homens que te procuram. " — Atos 10:19. Deus nos orienta através daquilo que chamamos "a voz tranquila e suave". Mas Ele também orienta mediante a Voz do Espírito de Deus que nos fala. Esta é a terceira maneira mais importante de sermos orientados pelo Espírito. O Nú­ mero um é mediante o testemunho no íntimo. 0 Número dois é mediante a voz tranqüiia e suave interior. 0 Número três é mediante a Voz do Espírito Santo. Há uma diferença entre a Voz interior do Espírito Santo que fala ao nosso espírito, e aquela voz tranqüiia e suave do nosso próprio espírito que nos fala. Quando fala o Espírito Santo dentro de você, é mais autoritário. Às vezes é tão real — embora esteja dentro de você — que você olha em derredor para ver quem falou. Você pensa que uma pessoa atrás de você faiou alguma coisa. Depois, você reconhece que estava dentro de você. Lembre-se como no Antigo Testamento o jovem Samuel ouviu uma Voz chamar o seu nome: "Samuel, Samuel"? Pensou que Eli o chamava. Levantou-se de um pulo e correu para descobrir o que Eli queria, Eli disse: "Não, não chamei você." Samuel voltou para a cama. Então, escutou de novo: "Samuel, Samuel." Mais uma vez, correu para Eli. "Não, não chamei você." Aconteceu a terceira vez. Final mente, raiou sobre elet o que estava acontecendo. Disse: "Na próxima vez que Ele o chamar, responda a Ele." Samuel respondeu àque­ la Voz, e o Senhor lhe falou. 81


Descobri em 44 anos de ministério que quando Deus agia de modo mais espetacular — toda a Sua orientação é so­ brenatural; mas alguns dos métodos não são tão espetacula­ res — quando Ele me falava numa voz que me parecia audí­ vel, por exemplo, haveria dificuldades pela frente. Se Ele não tivesse falado de modo tão espetacular, eu não teria fi­ cado firme. No tocante à última igreja que pastoreei, por exemplo, fiquei sabendo que o pastoreado estava vago, e combinei que iria pregar ali certa quarta-feira de noite. Durante o pe­ ríodo de tempo antes da data de eu ir para lá a fim de pregar, realizei um reavivamento de três semanas em Houston. Du­ rante este reavivamento o pastor, o irmão dele (que também era pregador) e eu nos encontrávamos na igreja todos os dias para orarmos a respeito dos cultos da noite. A igreja com o pastoreado vago era a igreja à qual pertenciam. Todos os dias, me perguntavam: "J.á orou a respeito daquela igreja?" Finalmente, orei. Simplesmente disse ao Senhor: "Vou para lá segunda-feira que vem e vou pregar na quarta-feira. Não sei se Tu queres que eu seja pastor ali, ou não. Nem se­ quer sei se eu quero ser pastor ali. Mas o que Tu disseres acer­ ca do caso é muito bom para m im ." Não falei mais do que isto. Então, ouvi uma Voz falar tão claramente que pulei. Olhei para trás de mim. Realmente pensava que um daqueles pregadores me ouvira falar e que es­ tava brincando comigo. Mas eu ouvi esta Voz. Para mim, era audível. Disse: "Você é o próximo pastor ali. E aquela será a última igreja que você vai pastorear." (Você poderia interprfetar aquilo de mil maneiras dife­ rentes! Poderia deixar o diabo dizer-lhe que morreria, ou que estava para ser derrotado. Mas o significado era que o meu ministério iria ser mudado para um ministério de campo). Mais ou menos naquele momento, aqueles dois pregado­ res chegaram, passando pelas fileiras dos bancos da igreja. Como de costume, perguntaram: "Já orou a respeito daquela igreja?" Disse eu: "Vocês dois estão olhando para o próximo pas­ tor." 82


"Oooh, se você conhecesse aquela igreja como nós a co­ nhecemos, você não falaria assim. £ total mente rachada pelo meio. Qualquer coisa que recebe a aprovação de uma metade da igreja, a outra metade é contra, ê necessário ter dois terços da votação para ser eleito como pastor, é vamos simplesmente ser honestos com você: não pode ser eleito/' “ Nada sei a respeito disso. Só sei que eú sou o próximo pastor." "Ora, você não conhece a igreja como nós a conhece­ mos." Eu disse: "Não, mas conheço Jesus. E conheço o Espíri­ to de Deus. Eu sei o que Ele me disse." Depois de eu pregar na primeira ocasião, percebi por que Deus agiu de maneira tão espetacular. Cada palavra que eu falava pulou de volta para mim como uma bola de borracha voltando da parede de trás. Era duro. Pensava que pregaria uma só noite, mas eles tinham combinado as coisas para eu pregar várias noites. Cada noite, tínhamos de mudar para outro lugar para hospedar-nos. Pas­ samos uma noite na casa de um dos diáconos, e a noite se­ guinte na casa de outro diácono. Um dos diáconos nos contou: "Se você se hospedasse comigo o tempo todo, alguns dos outros provavelmente fica­ riam com ciúmes e pensariam que eu sou a seu favor, e vota­ riam contra você." Conservávamos nossas bagagens no carro, e todas as noites tirávamos apenas o suficiente para o dia seguinte. E todas as noites quando íamos deitar, eu dizia à minha esposa: "Se Deus não me tivesse falado de modo tão espeta­ cular, eu simplesmente me levantaria, pegaria as crianças, en­ traria no carro, e iria embora sem falar uma palavra a pessoa alguma." Minha carne tinha tanta vontade de ir embora. Minha mente queria ir embora. Meu espírito me manteve firme por­ que Deus falara de modo tão espetacular. 83


Realizaram a eleiçéío. Ganhei todos os votos. Todas as pessoas diziam: "É o maior milagre do século — que alguém pudesse obter uma votação assim desta igreja/' . ,Eu sabia o tempo todo que obteria uma votação assim. O Espírito de Deus me contou.

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JULGANDO PELA PALAVRA "Julgai todas as coisas..." — 1 Tessalonicenses 5:21. Lembre-se sempre disto: A Bíblia ensina que o Espí­ rito de Deus e a Palavra de Deus concordam entre si. Em qualquer ocasião em que o Espírito de Deus lhe falar, sempre, será em harmonia com a Palavra. As pessoas têm ouvido "vozes" e obtido tudo quanto é "revelação" que você possa imagináf. Algumas pessoas sem­ pre estão alegando que ouvem uma voz. Você pode e deve julgar aquelas coisas. Você pode jul­ gar se é certo ou errado simplesmente pela Palavra. Há vários anos, estava pregando na Califórnia. Certa mulher que convidara o pastor com a respectiva esposa, e eu, para almoçar na casa dela, disse: "Pastor Hagin, quero contarrlhe o que o Senhor me disse. Quero dar-lhe a minha revelação." Antes de ela abrir a boca, tive õ pressentimento pelo testemunho interior no meu espírito que algo não estava certo. Mas ela persistiu, e concordei. Ela nos alimentara no seu lindo lar, e agora queria dar-me esta "revelação". Come­ çou a contá-la, e falou cerca de dez minutos antes dê eu fa­ zê-la parar. Simplesmente não aguentei mais. "Por favor," disse eu, "espere um minuto. Há uma Bí­ blia ali na mesa, perto da cadeira. Pegue-a e abra-a em ..." Citei para ela um capítulo e versículo no Novo Testamento. "Leia isto." 85


Ela o'leu . Depois, del-lhe outro texto. Ela o leu. Indi­ quei para ela vários trechos das Escrituras. Tudo quanto ela leu foi uma contradição daquilo que dissera. Disse eu: ''Esta vendo? Não posso aceitar o que você está dizendo. Não está em harmonia com este Livro. Logo, não pode ser pelo Espírito de Deus." "Mas, Irmão Hagin, eu estava orando no altar." Disse eu: "Não me importa se estava orando na igreja. Mesmo assim, não está certo. Não está em harmonia com a Palavra." "Sim, mas sei que Deus deu isto para m im ." Disse eu: "Não, Ele não o deu. Esta aqui é á Sua Palavra, e o que você está dizendo está em oposição direta àquilo que a Palavra de Deus diz. Você pode me indicar qualquer trecho da Escritura para substanciar aquilo que você está dizendo?" "Não. Mas sei que ouvi a voz que me falou." "Acabo de lhe indicar cinco trechos das Escrituras, e com um pouco de meditação poderia lhe ter oferecido vinte, que contradizem aquilo que você está dizendo." "Seja como fo r," disse ela, "com ou serti a Bíblia, sei que Deus me falou e vóu ficar firme nisto." Quando fomos embora, o pastor disse: "Nao queria di­ zer-lhe coisa alguma de antemão, mas esta senhora tão pre­ zada era uma excelente santa de Deus, abrasada pelo Senhor. Era uma bênção para a igreja. Agora, foi posta fora de todas as igrejas do Evangelho Pleno da cidade, porque insiste em empurrar estas coisas em todas as pessoas." Não devemos buscar vozes. Não devemos seguir vozes. Devemos seguir a Palavra de Deus. Preguei numa reunião no Estado de Oregon no verão de, 1954. No fim de um dos primeiros cultos, estava impondo as mão.s nas pessoas que estavam na longa fila de oração. A cada pessoa, perguntava a razão por que tinha vindo, antes de mi­ nistrar a ela. Quando cheguei a certa senhora, o marido, que a segurava pelo braço, disse: Viemos buscando a cura da mi­ nha esposa." Ele contou-me que ela tivera um esgotamento mental.

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Eu nâb sabia que esta mulher tinha sido, antigamente, uma professora da Escola Dominical naquela igreja, nem que o marido era diácono. Mas quando impus as mãos nela, eu fiquei sabendo tudo isto a respeito da situação, como se tivesse visto tudo numa tela de televisão num segundo de tempo. Sabia, mediante o dom espiritual chamado a palavra do conhecimento (1 Co 1 2 :8 ). Vi-a numa grande reunião de tabernáculo numa das maiores cidades de Oregon. Vi-a sentada na congregação com milhares de outras pessoas. Ela ouviu o evangelista contar como Deus lhe falou numa voz audível e o chamou para o ministério. / Não tenho dúvidas quanto àquilo. Ela deixou de perce­ ber, no entanto, que ele não pediu que Deus lhe falasse daquela maneira. Deus simplesmente o fez segundo a vontade dEle. Não temos o direito de pedir que Deus nos fale com voz audível. Se Deus na Sua Palavra nos tivesse contado o que faria, todos nós teríamos direito de reivindicá-lo. Este evangelista nem sequer es­ perava de modo especial que Deus falasse daquela maneira mas se Deus quiser, pode falar assim, e Ele achou por bem fazêlo. \ Na ocasião em que eia o ouviu contar aquilo, estava bem, mentalmente. Mas então começou a pedir que Deus lhe falasse numa voz audível — e o diabo acomodou a sua vonta­ de. Ela começou a ouvir vozes. Deixaram-na louca. Agora, es­ tava para ser levada para um manicômio pela segunda vez. Além disto, vi o seguinte no espírito: O marido a leva­ ra para este mesmo evangelista para receber a libertação. Èla não foi liberta. Agora, ele culpava aquele evangelista. Levara-a para outro evangelista de destaque. Ela não recebeu a liberta­ ção. Agora, este diácono estava zangado com ele. Eu sabia que ela não seria liberta se eu impusesse nela as mãos, e que ele passaria, então, a ficar zangado comigo. Afastei dela a minha mão, portanto. Disse ao homem: "Leve sua esposa para o escritório do pastor. Espere ali. Quando eu completar esta fila de oração, vou falar com vocês." 0 pastor e eu fomos juntos para o escritório. 87


"E m primeiro lugar/' disse eu, "Eu nunca vim para Ore* gon antes. Nunca vi vocês. Nem sequer sei se o pastor conhe­ ce vocês." O pastor disse: "Ele é um dos nossos diáconos." "Então," disse eu, "o pastor lhes dirá que não me con­ tou coisa alguma." Passei, então, a relatar o que tinha visto. 0 diácono disse: "Foi exatamente assim." "Agora," disse eu, "Vou contar-lhes por que não minis­ trei a ela. Sabem: ela quer ouvir estas vozes." Disse, em seguida: "Ela não está tão ruim mentalmente que não sabe o que estou dizendo." Ela tomou a palavra: "Sei exatamente o que está dizen­ do." Disse eu: "Irmã, você não vai ser liberta até que você queira ser liberta. Enquanto você gostar das coisas como são — enquanto você quiser ouvir estas vozes — você vai ouvi-las." Ela disse: "Quero ouvi-las." Enquanto o pecador desejar viver no pecado, Deus o deixará viver no pecado. Mas se quiser ser transformado. Deus virá ao se encontro. E ainda que a pessoa seja cristã, isto não quer dizer que perde.sua livre atuação moral. Não fica sendo um robô, uma máquina em que Deus toca um botão e o cristão automatica­ mente tem que fazer tudo quanto Ele deseja. Continua sendo um agente moral livre. Enquanto quiser que as coisas perma­ neçam assim, vão permanecer assim. Mas se desejar cooperar com Deus, poderá ser ajudado. Esta mulher disse: "É deste jeito que quero as coisas." Disse eu: "Sabia disto no momento em que toquei em você. E por essa razão que não ministrei a você. Enquanto você quiser que as coisas sejam assim, vão ficar assim." NAO PROCURE VOZES! "Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo, ne­ nhum deles, contudo, sem sentido." - 1 Cor fntios 14:10. 88


Não devemos aceitar coisa alguma sem examiná-la à luz da Palavra de Deus. Estou contente porque aprendi algumas destas coisas cedo na vida. Já mencionei minha cura quando era mocinho, simplesmente pondo em prática Marcos 11 :23 e 2 4 ./ Nasci com o coração deformado. Nunca corrija' nem brin­ cava como as demais crianças. Fiquei confinado à cama qua­ tro meses antes do meu décimo-sexto aniversário. Meu corpo ficou, praticamente, totalmente paralisado. Fui-me desgas­ tando até pesar somente 4 0 kg. Certo dia, perguntei ao quinto médico que tratou do meu caso: "Afejuma coisa está errada com a minha vista, ou com meu sangue? Quando o Dr. Mathis tirou sangue do meu dedo, não parecia verm elho/' Este médico disse: "Vou contar-lhe a verdade, filho. E vou lhe explicar em linguagem de leigo. Os glóbulos verme­ lhos do sangue devoram os glóbulos vermelhos mais rapida­ mente do que você pode produzi-los, ou do que nós podemos tratar medicamente. Se você não tivesse a enfermidade car­ díaca, se você não tivesse a paralisia, esta doença incurável do sangue se revelaria fatal por si mesmo." Eu nada sabia a respeito da cura divina. Não conhecia ninguém no mundo inteiro que acreditasse na cura divina. Quando a achei na Bfolia, pensava ter achado algo acerca do qual ninguém mais sabia nada. E agi è altura da Palavra de Deus e fui curado. Os membros da minha família eram o que chamamos de cristãos normais. Literalmente, eram cristãos no estágio da infância. Eram salvos, mas não foram ensinados além da­ quela etapa. Ignoravam a Palavra de Deus a respeito da cura. (Nossa igreja ensinava que Deus podia curar, se Ele quisesse. Outras ensinavam não somente Ele não queria curar, mas também que Ele não podia curar.) Logo, quando comecei a ver certas coisas na Bíblia e comecei a falar à minha família acerca delas, os membros da família me desencorajavam. Ti­ ve o bom-senso suficiente para ficar firme com a Bíblia e guardar estas coisas para mim mesmo. 89


Ninguém estava no quarto quando recebi a minha cura. Tinha me levantado e andado pelo quarto vários dias em se­ guida, antes de dizer à Mamãe: "Traga-me um par de sapatos e meias, umas roupas de baixo, e uma calça e uma camisa. (Não tinha usado nada senão pijama durante 16 meses.) Vou levantar-me e tomar meu café à mesa amanhã cedo." "Oh, filho, sabe o que está fazendo?" Custou-me 4 5 minutos para persuadir-lhe a aceitar a idéia de deixar aquelas roupas prontas para mim. Morávamos com nossos avós do lado materno, e pedi que minha mãe não contasse ao resto da fam ília. Ora, era possível tomar nota do fato: Vovô levantavase cedo e sentava-se lá fora, na cadeira de balanço do alpen­ dre. Quando a gente notava aquela cadeira de balanço ranger com o movimento do Vovô, ao se levantar e ir andando em direção aos fundos da casa, para a sala do jantar, não valia a pena olhar para o relógio: eram 7.30h. Vovô "funcionava" por um horário exato. Se você olhasse o relógio, e este não marcasse 7.30h, precisaria ajustá-lo. Eram 7.30h. Meu quarto ficava na frente da casa. Às 7.30h, naquela manhã de agosto, ouvi o ranger daquela cadeira de balanço do alpendre. Ouvi seus passos enquanto andava para os fun­ dos da casa. Eu já estava totalmente vestido, sentado numa cadeira no meu quarto. Então, saí andando do meu quarto, atra­ vessei outro quarto, e entrei na saia do jantar. Não esperavam aquilo. Vovô, um homem de poucas pa­ lavras, levantou os olhos e disse: "O morto ressuscitou-se? Lázaro está ressurreto?" Disse eu: "Sim, o Senhor me levantou." Depois, pedi para fazer as ações de graças pela refeição. Orei. E comemos. É surpreendente quão rapidamente se pode comer se não se fala tanto. Não se falava à mesa de Vovô — especialmente os jovens. Dentro de 15 minutos, acabamos. Voltei para o meu quarto. Eram dez para as oito. Sabia que mamãe entraria cerca das 8 horas para fazer a cama. Usualmem te, eu estava na cama, e ela me dava meu banho. Apenas dois dias antes, no dia em que fui curado, eia me banhara. Era assim o estado de incapacitação. Naquela manhã. 90


de quinta-feira, pois, embora meu coração estivesse batendo certo, sentia-me fraco após o esforço que fizera. Pensei, portanto: Vou deitar-me um pouco, atravessa­ do na cama, até que Mamãe venha lim par o quarto. Depois, vou sair e sentar-me com Vovô na cadeira de balanço. Tinha vontade de ir andando para a cidade cerca das dez horas. Cochilei, e dormi durante dez minutos. Às 8 horas fi­ quei bem despertado, de repente. Pensava que Mamãe estives­ se no quarto. Alguém estava no quarto. Não o vi, mas ouvi esta voz. Para mim, era audfveí. Falava num monótono lento e profundo, e até mesmo citava as Escrituras. Disse: "QUE É A VOSSA V ID A ? SOIS APENAS COMO N E B L IN A QUE APARECE POR INSTAN­ TE E LOGO SE D IS SIP A ." Houve uma pausa. Depois, a voz disse: "E HOJE C E R TA M EN TE M ORRE­ RAS." Nem toda voz é de Deus. A primeira voz audível que es­ cutei era do diabo, mas não reconheci aquele fato na ocasião. Pensava que Deus estava bem ali no meu quarto. Fiquei sentado na cama. Os pensamentos vieram à cabe­ ça mais rapidamente do que balas de metralhadora. Sabia que Tiago disse: "Que é a vossa vida? Sois apenas como nebli­ na que aparece por instante e logo se dissipa" (Tiago 4 :1 4 ). Sabia que era um trecho das Escrituras. E sabiá que o Senhor mandara Isaías dizer a Ezequias: "Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás" (Is 38:1). Além disso, Lá naqueles tempos, quando eu nada sabia a respeito da cura divina, durante os primeiros seis meses da confinação à cama, tinha orado na única dimensão que co­ nhecia. Os médicos tinham dito que eu obrigatoriamente morreria, e aceitei o veredito deles. Orava, portanto: "Senhor, deixa-me saber antes do tempo, por favor, a fim de me dar um prazo para despedir-me de todos." Dessarte, estes pensamentos, como outra voz falando à minha mente, disseram: Deus agiu desta maneira sobrenatural para deixar você saber que vai m orrer, para dar-ihe tempo para despedir-se de todos. A cura divina é certa. Você fo i

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curado, (o diabo não podia discutir este fato. Eu já possuía a Palavra quanto a isto.) Sua fam ília sabe que você foi cura­ do. Podem ver o que aconteceu. Mas lembre-se que a Bíblia disse: "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez." Já imio seu tempo ordenado para morrer. Você vai morrer h o je." Levantei-me da cama — pensava que Deus estava de pé, lá naquele quarto — e atravessei o quarto suavemente, e sen­ tei-me numa cadeira ao lado da janela. Ali fiquei esperando a minha própria morte, desde de cerca das 8:30h da manhã até às 14:30h. As 14:30h enquanto ainda estava sentado naquela ca­ deira, algumas palavras vieram flutuando de algum lugar lá no fundo do meu íntimo. Não sabia então aquilo que sei agora. Mas tinha nascido do Espírito. 0 Espírito Santo es­ tava no meu espírito. E foi Ele quem escreveu a Bíblia (os homens da antigüidade escreveram conforme foram movi­ dos pelo Espírito Santo). O Espírito sabe o que está neste Livro. Porque Ele estava em mim, meu espírito sabia algumas das coisas que o Espírito Santo sabe. Dessarte, estas palavras subiram flutuando para a minha mente, de algum lugar dentro de mim: Saciá-lo-ei com longe­ vidade; e lhe mostrarei a minha salvação. Não as escutei. Simplesmente as deixei flutuar para longe de mim. Continuava sentado ali, esperando a morte. Pela segunda vez, estas palavras subiram flutuando para a minha mente, de dentro de mim: Saciá-lo-ei com longevida­ de, e lhe mostrarei a minha salvação. Peguei estas palavras e as virei algumas vezes na minha mente. Pensei, então: Sim, mas Deus operou desta maneira sobrenatural para me deixar saber que vou morrer hoje. Quando fixei a minha mente nisto, aquelas palavras desapa­ receram. Na terceira vez, enquanto ficava sentado ali, estas pala­ vras vieram flutuando para cima, e aquela coisa interior falou para a minha mente: Saciá-lo-ei com longevidade, e lhe mos­ trarei a minha salvação. Por momentos, retomei-as e as repeti, somente na minha mente. Disse, então, sussurrando: "Sim, mas Deus operou

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desta maneira sobrenatural para me deixar saber que vou m o rrer/' Mais uma vez, ao fixar minha mente nisto, perdi a mensagem. Na quarta vez, de modo um pouco mais autoritário, o Espírito de Deus falou. Pulei. Pensei que alguém tivesse che­ gado ès escondidas, atrás de mim. A V oz do Espírito de Deus disse: "Saciá-lo-ei com longevidade, e lhe mostrarei a minha salvação." Eu disse: "Quem falou aquilo?" Queria dizer: Quem está aqui dentro, falando comigo. Mas a Voz respondeu e disse: " 0 Salmo 91." Minha Bíblia estava no chão debaixo da cadeira onde eu estivera sentado o dia todo. Nem sequer olhara para ela. Peguei-a na mão e abri-a no Salmo 91. Quando cheguei até ao fim, real mente estava escrito: "Saciá-lo-ei com longevi­ dade; e lhe m ostrarei a minha salvação" (v. 16). Mas você pensa que o diabo desistirá tão rapidamente assim? Nada disso: Outra voz — parecia alguma coisa sentada no meu ombro — disse no meu ouvido e na minha mente na­ turais: "Sim, mas aquilo está no Antigo Testamento, E só pàra os judeus. Não é para a Igreja." Fiquei sentado ali, e pensei por um momento. Disse, então: "Sei o que vou fazer. Vou consultar as minhas referên­ cias bíblicas. Se conseguir achar alguma coisa assim no Novo Testamento, saberei que pertence a mim e à Igreja." Comecei com o Salmo 91. Uma referência à “longevi­ d a d e " me levou para Provérbios. Então, a Palavra começou a me iluminar. Em Provérbios comecei a perceber que a voz audível não poderia ter sido Deus. A voz citara Hebreus 9 :2 7 : "E , assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o Ju í­ z o /' mas passou a interpretá-lo erroneamente. Porque ele sabia que eu não sabia melhor, a voz disse: "Todas as pessoas têm um tempo determinado para morrerem." Você ouve as pessoas dizer isto o tempo todo. Até mesmo os cristãos nas­ cidos de novo e cheios do Espírito Santo dizem: "Quando chegar a sua hora, você vai morrer." Não é verdade. Você não tem uma hora determinada para morrer. 93


Lr no Livro de Provérbios, repetidas vezes, que se você fizer certas coisas seus dias serão encurtados. Mas fazer ou­ tras coisas acrescentará à duração dos seus dias. Sabia que a Palavra de Deus era certa. Sabia que ainda que aquela voz tenha escolhido um versículo de um capítulo e o tenha dado a mim, não era Deus falando. Porque não estava em harmonia com o restante da Palavra de Deus. Continuei a procurar as referências bíblicas. Assim fui trazido para o Novo Testamento. Cheguei até Efésios 6:1-3. E depois entrei em Primeira e Segunda Epístola de Pedro. E descobri que Paulo e Pedro citavam o Antigo Testamento a respeito da vida longa. Pulei para fora daquela cadeira, segurando a Bíblia nu­ ma mão. A outra, dobrei como punho, dei um ponta-pé com o pé, e disse: "Diabo! Saia daqui! Era você falando comigo. Era você quem me falava com aquela voz sobrenatural. Que­ ro que você saiba que não vou morrer hoje! E não vou morrer amanhã! E não vou morrer na semana que vem! E não vou morrer no mês que vem! E não vou morrer nos próximos 5 anos! E não vou morrer nos próximos 10 anos! E não vou morrer nos próximos 15 anos! E não vou morrer nos próxi­ mos 20 anos! E não vou morrer nos próximos 25 anos! E não vou morrer nos próx imos 30 anos! E não vou morrer nos pró­ ximos 40 anos! E não morrer nos próximos 50 anos! E não vou morrer nos próximos 60 anos! E não vou morrer nos próximos 65 anos!" Estava com 17; isto me deixaria ter 72 anos de vida. Deus disse: "Saciâ-lo-ei com longevidade." Se eu não ficar satisfeito com uma vida até 72 anos, continuarei viven­ do até ficar satisfeito!

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M E U ESPIRITO? OU O ESPIR ITO SANTO? "O espírito do homem é a lâmpada do S E N H O R ../' — Provérbios 20:27. Alguém poderia perguntar: "Como posso perceber se é o meu próprio esp frito, ou o Espfrito Santo que está me man­ dando fazer alguma coisa?" 0 esp frito do homem é a lâmpada do Senhor. "Mas pode ser apenas o prõprío-eu querendo fazer al­ go." Defina seus termos. Se com o "próprio-eu" você quiser dizer a carne, é lógico que nem sempre pode obedecer a car­ ne. Mas se com o "próprio-eu" você quiser dizer o homem interior, o verdadeiro eu então èstá tudo bem. Vá adiante e faça o que ele quer que você faça. Se o seu esp frito é nova criatura em Cristo Jesus, e as coi­ sas velhas tiverem passado, e todas as coisas tiverem ficado novas, e o seu esp frito tiver nele a Vida e a Natureza de Deus, e o Espfrito Santo estiver nele, e o seu espfrito estiver em co­ munhão com Deus, não vai mandar que você faça algo que não está certo. Se você for um cristão cheio do Espfrito, seu homem interior tem o Espfrito Santo na Sua plenitude — não por medida, mas na sua plenitude — fazendo a Sua mora­ da dentro de você. Não é o homem interior do cristão que quer praticar o mal — é o homem exterior. Você deve saber distinguir se é a carne que quer fazer alguma coisa, ou o espfrito. Aqui temos um texto que tem sido um enigma para muitas pessoas: 95


"Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece neíe é a divina semen­ te; ora, esse não pode viver no pecado, porque é nascido de Deus." — 1 João 3:9. Este versículo fala a respeito do homem interior. Fisicamen­ te, nascemos de pais humanos e participamos da sua natureza. Espiritualmente, nascemos de Deus e participamos da Sua na­ tureza. A natureza de Deus não é a natureza para cometer o mal. Como cristão, tenho perdido o alvo muitas vezes. Mas não foi meu homem interior que assim fez. Ele procurou per­ suadir-me a não fazer assim. Meu coração chorou porque eu o fiz. Minha carne me deu pinote e eu perdi o alvo, mas meu espírito nunca consentiu isto. Aquela semente está no meu espírito, não na minha carne. Se você continuar a deixar sua carne dominá-lo, você continuará a perder o alvo. Se você continuar a deixar sua mente natural dominar você, e não ficar com a mente renova­ da pela Palavra, você continuará a perder o alvo. É por isso que Paulo escreveu para cristãos nascidos de novo e cheios do Espírito Santo, lá em Roma, mandando-os fazer duas coisas: 1. Apresentar o seu corpo; 2. renovar sua mente com a Palavra (Rm 1 2 :1 ,2 ). Até que sua mente seja renovada com a Palavra de Deus, sua carne e seu espírito não regenerado dominarão o seu es­ pírito. Assim, você permanecerá sendo um cristão na infân­ cia — um cristão carnal. Paulo disse à igreja em Corinto: "Euporém,irmãos,não vos pude falar como a espirituais; e sim, como a carnais, como a •criança em Cristo." (1 Co 3:1). "Não é assim que sois carnais?" disse ele (v. 3). Certa tradução diz: "Porque ainda estais governados pelo corpo." Disse-lhes, então: "e andais segundo o hom em " (v. 3). Outra tradução diz: "Andais como meros homens." O que ele queria dizer com isto? Queria dizer que estavam andando e fazendo as coisas exatamente como homens não-salvos. 96


Quando você ficar com sua mente renovada pela Palavra, sua mente entrará ao lado do seu espfrito ao invés de tomar o partido do seu corpo. E os dois juntos — seu espírito através da sua mente — controlarão o seu corpo. Meu espírito não me dirá alguma coisa errada. Tem nele a Natureza de Deus, a Vida de Deus, o Amor de Deus e o Es­ p írito de Deus.. "Petas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas para que por elas vos torneis co-participantesda natureza divina..." — 2 Pedro 1 :4. Nascemos de Deus. Depois, alimentamo-nos com a Pa­ lavra de Deus. Ao fazermos assim, somos co-participantes da natureza divina, da natureza de Deus. Se tivermos em nós a natureza divina, nosso espírito não nos mandará fazer coisa errada. Tudo quanto seu espírito lhe disser será certo.

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VEJO " Depois de m uito tempo, tendo-se tornado a navegação perigosa, e já passado o tempo do jejum , admoestavatos Paufo, dizendo-ihes: Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e m uito prejuízo, não só da carga e do navio, mas também das nossas vidas." - Atos 27:9, 10. Paulo disse: ' V e jo ..." Não disse: Tenho uma revelação. Não disse: O Senhor me contou. Ele disse: "V ejo". Como ele o viu? Pelo testemunho interior. Não o percebeu mentalmente. Não o percebeu fisicamente. No seu espfrito, tinha este tes­ temunho. Uma família de sete pessoas foi comer fora. O café, os refrigerantes e a comida das crianças já tinham chegado à mesa quando o pai disse, repentinamente: "Vamos para casa com toda a pressa." "Por que?" "Não sei. Simplesmente tenho um ímpeto, uma percep­ ção, de qüe assim devemos fazer." Apressaram-se para chegar em casa. Já começara um in­ cêndio. Se tivessem esperado, tudo teria queimado. Mas o testemunho do Espírito os advertiu em tempo. Se a casa tivesse sido consumida nas chamas, alguém poderia ter dito: "Deus fez isto. Ele tinha algum propósito nisto." Não, temos perdido a mensagem porque não temos es­ cutado. Não temos sido conscientes do espírito. 99


. vVócê não pode achar em lugar algum na Bíblia onde Deus faz estas coisas acontecer, para ensinar algo a alguém. Se tivesse prestado ouvidos a Paulo, poderiam ter salvo o navio e as mercadorias. No. caso, perderam aquilo tudo, e quase perderam as suas vidas. Teriam perdido as vidas, tam­ bém, se não tivessem começado a prestar ouvidos a Paulo. Deus não é um inimigo! Está procurando ajudar-nos! Não está trabalhando contra nós». Está trabalhando a nosso favor! A medida em que nos tornamos m-ais conscientes do espírito, podemos aprender como cooperar melhor com Ele. Lembre-se: A maneira primária de Deus orientar Seus filhos é mediante o testemunho jnterior.

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ORIENTAÇÃO ESPETACULAR "Pelo que, ó rei Agrípa, não fu i desobediente à visão celestial," — Atos 26:19. Deus nos orienta hoje exatamente como orientava os primeiros cristãos. .Sua Palavra opera agora conforme ope­ rava então. Não se alterou. 0 Espfrito de Deus não foi mu­ dado. Deus é imutável. ' Não se dá o caso de os crentes primitivos terem uma igreja naqueles tempos passados, ao passo de nós termos ou­ tra igreja hoje. Cometemos um engano ao pensarmos assim. Nós estamos na mesma era que eles — a Era da Igreja. Esta­ mos na mesma Igreja. Temos o mesmo Espfrito Santo. Tem parecido a nós, porém, que eles tinham muita coisa que nós não possu imos. Não é assim. "Pois todos os que são guiados peio Espfrito de Deus sffo filhos de Deus." Ainda há filhos de Deus hoje. E o Esp frito de Deus ainda está guiando os filhos de Deus. Sendo assim, olhamos em Atos dos Apóstolos e noutras partes da Bfblia para ver como Ele os guiava. Às vezes, algu­ mas pessoas receberam orientação mediante uma visão. Ou­ tras recebiam orientação de um anjo que aparecia e lhes di­ zia o que fazer. Tais fenômenos, no entanto, não aconteciam todos os dias nas vidas destas pessoas. Para a maioria delas, ocorriam uma ou duas vezes durante a vida inteira. Não são, portanto, as maneiras comuns de Deus nos orientar. Ficamos com a impressão de que quase todos os dias um anjo aparecia a alguém e lhe contava alguma coisa. Não é assim. 101


Por demais frequentemente, enquanto Deus está procu­ rando testificar com o nosso espfrito, procurando guiar-nos no caminho conforme Ele disse na Sua Palavra que Ele fa­ ria, nós não escutamos porque queremos outra coisa, tal qual uma visão ou um anjo. Não temos o direito de buscar uma visão. Não temos o direito de pedir um anjo. Não há porções bíblicas que dizem que assim devemos fazer. Temos, isto sim, o direito de rei­ vindicar aquilo que a Bíblia promete. Se Deus quiser enviar um anjo, é maravilhoso! Se Ele quiser dar uma visão, é mara­ vilhoso! Como ministro jovem, fazia a mesma coisa que a maio­ ria dos cristãos têm feito na etapa infantil do seu cristianis­ mo. Ouvia as pessoas falando a respeito das visões e dos anjos, e orava que algo assim acontecesse comigo. Nunca aconteceu. Depois, fiquei espirituálmente maduro, até nunca espe­ rar que assim acontecesse. Não orava para que aquilo acon­ tecesse. Não o esperava. Mas lá nos idos de 1949 estava oran­ do certo dia na igreja, na última que pastoreei. Tinha me en­ cerrado na igreja para esperar por Deus, porque tinha o testemunho no meu espírito de que assim devia fazer. Então, o Espfrito Santo — não o meu espírito — falou para mim. Antes de eu lhe dizer o que Ele falou, veja juntamente comigo esta passagem das Escrituras e perceba como Pedro viu uma visão e depois foi guiado pela Voz do Espfrito de Deus: "No dia seguinte, indo eles de caminho e estando.já perto da cidade, subiu Pedro ao eirado, por volta da ho­ ra sexta, a fim de orar. Estando com fome, quis comer: mas, enquanto lhe preparavam a comida sobreveio-lhe um êxtase; então viu o céu aberto e descendo um obje­ to como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra, pelas quatro pontas." - A t o s 10:9-11. Deus mostrou a Pedro, mediante uma visão, que Ele estava para trazer os gentios para a fé. Agora, pularemos para o v. 19:

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"Enquanto meditava Pedro acerca da visão, DISSELHE O ESPfRITO: Estão a í dois homens que te procu­ ram; levanta-te, pois, desce e vai com eles nada duvi­ dando; porque eu os enviei." - A t o s 10:19, 20. Foram, ao todo, três homens da residência de Cornélio. De­ pois de Pedro ter ido para lá e pregado a estes gentios, foi chamado para prestar contas lá em Jerusalém. No capítulo 11 de Atos, Pedro está explicando o caso ali. "E eis que na mesma hora pararam, junto da casa em que estávamos, três homens enviados de Cesaréia para se encontrarem comigo. Então O ESPfRITO ME DIS­ SE QUE EU FOSSE com eles, sem hesitar..." - A t o s 11:11, 12. O Espírito Santo falou a Pedro. E possível que Pedro tenha olhado em derredor dele para ver quem disse aquilo. Não sei. Mas eie sabia que o Espírito lhe dissera que fosse. O Espírito falou para mim enquanto eu esperava ali na minha igreja. O Espírito disse:"Vou levá-lo adiante nas revela­ ções e visões." Imediatamente, revelações, em harmonia com a Palavra — não estou falando a respeito de coisa alguma que esteja fora de harmonia com a Bíblia — começaram a chegar. De­ pois, em 1950, as visões começaram a chegar. Em oito oca­ siões, o próprio Jesus apareceu à minha vista e conversou comigo. Houve, além disto, outras visões.

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O ESPfRITO ME DISSE QUE EU FOSSE "Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Bar­ nabé, Simeâo p o r sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Sau/o. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, D IS SE O E SPÍR I­ TO SANTO: Separai-me agora a Barnabé e aSaulopara a obra a que os tenho chamado. " - A t o s 13:1, 2. O Espirito Santo disse. Seria interessante, em primeiro lugar, notar em quais condições o Espírito Santo disse algu­ ma coisa. "E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Esp frito Santo. Estou convicto de que precisamos realizar cultos em que ministremos ao. Senhor. For demais freqüentemente, sim­ plesmente ministramos uns aos outros. Os estudos bíblicos são bons; precisamos deles. Cânticos especiais são excelentes. Mas com demasiada frequência, não estamos cantando ao Senhor; estamos cantando para a congregação. Vamos ter alguns cultos em que ministremos ao Senhor. Cultos em que esperemos nEle. Neste tipo de atmosfera, o Espírito Santo pode nos falar. Aqui estava um grupo de cinco ministros. N3o sei como o Espírito Santo lhes falou. Pode ter sido que um dos profe­ tas pronunciasse a mensagem. Disto tenho certeza: todos ou­ viram, e todos concordaram que o Espírito Santo estava fa­ lando. 0 Espírito Santo disse: "'Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado..." Pedro disse: " 0 Espírito me disse que eu fosse..." 105


Depois de eu*já ter estado no ministério durante mui­ tos anos, a morte veio e se fixou no meu corpo. Sei quando a morte chega; duas vezes já morri e voltei. Sei como é a sen­ sação. Na realidade, comecei a cair nos braços da morte, quando o Espírito Santo veio sobre mim e me levantou. Ouvi uma Voz falar. Para mim era audível. Creio que era Jesus. Sei que era o Espírito Santo falando. Discutimos an­ teriormente como o Espírito Santo fala, não de Si mesmo, mas tudo quanto Ele ouvir, isto falará. Dessarte, Ele ouviu Deus ou Jesus falar isto, e Ele o disse. Soava como a voz de um homem. Disse: "Não morrerá — você viverá. Quero que você vá ensinar Meu. povo a ter fé. Já lhe ensinei a fé mediante a Minha Palavra. Permiti que você passasse por certas experiências. Você tem aprendido a fé tanto por meio da Minha Palavra quanto peia experiên­ cia. Agora, vá ensinar Meu povo aquilo que lhe ensinei. Vá ensinar fé ao Meu povo." No momento em que aquela voz cessou de falar, fiquei com saúde perfeita. Esforcei-me por ser obediente àquela Voz celestial. É por essa razão que tanto ensino a respeito da fé — é aquilo que devo fazer. Agora, voltarei a referir-me à ocasião em que Jesus apa­ receu a mim em 1959 em El Paso, Texas. Foi durante esta visão que Ele me disse: "V á ensinar Meu povo como ser guiado pelo Meu Espírito." Tenho demorado a fazer isto. Mas a partir de agora, vou ensinar mais sobre este assunto. Esta é a razão da existência deste livro.

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A O R IE N T A Ç Ã O M E D IA N TE A PROFECIA "Segui o am or, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalm ente que profetizeis — 1 Coríntios 14:1. "Porventura são todos apóstolos? ou todos profetas? são todos mestres? ou operadores de milagres?" — 1 Coríntios 12:29. Paulo, falando aos presbíteros da igreja em Efeso na sua mensagem de despedida, disse: "E agora, constrangido em meu espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que aH me acontecerá, senão que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribulações" (Atos 2 0 :2 2 ,2 3 ). Então, no capítulo 21, Paulo na sua viagem chegou em Tiro, onde o navio devia ser descarregado. Lucas, o escritor de Atos, estava com Paulo. Escreveu: "Encontrando os discí­ pulos, permanecemos lá durante sete dias; e eles, movidos pelo E spirito, recomendavam a Paulo que não fosse a Jerusa­ lém " (v. 4). Paulo continuou a sua viagem: "N o dia seguinte, partimos e fomos para Cesaréia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos dòm ele. Tinha este quatro filhas donze­ las, que"pTofetizavam. Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Judéia um profeta chamado Ãgabo; e, vindo ter conosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele 107


seus próprios pés e mãos, declarou: Isto diz o Espírito Santo: Assim os judeus em Jerusalém farão ao dono deste cinto, e o entregarão nas mãos dos gentios. Quan­ do .ouvimos estas palavras, tanto nós como os daquele fíigar, rogamos a Paulo que não subisse a Jerusalém. En­ tão ele respondeu: Que fazeis chorando e quebrantan­ do-me o coração? Pois estou pronto não só para ser preso, mas até para morrer em Jerusalém, pelo nome do Senhor Jesus. Como, porém, não o persuadimos, conformados, dissemos: Faça-se a vontade do Senhor.” - A t o s 21:8-14. Alguns pensaram que Paulo tinha safdo fora da vontade de Deus. Mas, quando acabou subindo para lá e foi preso, Je­ sus ficou ao lado dele em certa noite. Apareceu-lhe numa visão. Não o repreendeu. Não lhe disse que saíra fora da vontade de Deus. Disse: "Coragem', pois do modo p o r que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim im por­ ta que também o faças em R om a" (Atos 23:11). Não, Paulo não perdeu a vontade de Deus. O que Deus estava fazendo era preparar Paulo para aquilo que jazia adian­ te dele. Note que temos duas coisas aqui: 1 . 0 dom da profecia; 2. o ministério do profeta. São diferentes. Não são a mesma coisa, é um erro confundir os dois, mas isto se faz frequen­ temente. 0 fato de que uma pessoa profetiza não faz dela profeta. A Palavra de Deus ensina claramente que todos devem dese­ jar profetizar (1 Co 14:1). Se profetizar fizesse da pessoa um profeta, pareceria que o Senhor disse que todos devem dese­ jar ser profetas. Paulo, porém, perguntou: "Porventura são todos apóstotos? ou todos profetas?. . . " A resposta é "não.” Visto que nem todos podemos ser profetas, Deus não nos mandaria procurar algo que não podemos possuir. 0 simples dom da profecia é falar aos homens, edifican­ do, exortando e consolando (1 Co 14:3). A profecia é o falar sobrenatural numa língua conhecida — seu próprio idioma. (Falar em línguas é um pronunciamento sobrenatural em lín108 .


gua desconhecida — uma língua que você não conhece.) A profecia pode ser usada na oração, e não somente em línguas. Às vezes, quando você está profetizando, parece que há duas pessoas. Parece-me que estou em pé bem ao lado de mim mesmo. Você percebe, a profecia provém do meu homem interior onde habita o Espírito de Deus que está profetizan­ do. Escuto com meus ouvidos naturais para saber o que Ele disse.

O O fício de Profeta

Ora, existe o ofício de profeta. Sem entrar pormenori­ zadamente no assunto, vamos tocar brevemente no aspecto que diz respeito à orientação. Para uma pessoa ser profeta, tem aquele cargo e usa aquele ministério. Outros dons espiri­ tuais, além da profecia, devem operar no seu ministério. O simples dom da profecia, conforme já dissemos, é para falar aos homens, edificando, exortando e consolando. Neste sim­ ples dom da profecia, não há previsão, não se prediz nada de modo algum. No entanto, no ministério de profeta, há pre­ visão e predição. Ele tem os dons da revelação {a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, e/ou o discernimento dos espíritos) em operação juntamente com a profecia. ê importante reconhecer que as^coisas espirituais po­ dem ser abusadas, assim como as coisas naturais podem ser abusadas. Algumas pessoas nunca reconheceram o fato. Pen­ sam que simplesmente porque se é espiritual, forçosamente se é perfeito — que não se pode ser abusado. Já conheci pessoas que eram ricas no passado e que ago­ ra foram à falência porque prestavam atenção a alguém que lhes profetizava como investir o seu dinheiro. Lembro-me de um homem Hnuito querido que estava na minha reunião. Sabia quem era, mas não o conhecia bem. N3o sabia que ele nunca fechava um negócio comercial sem chamar este assim-chamado profeta para lhe profetizar so­ bre o que fazer.

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Eu disse a ele: "Sinto-me pressionado a dizer-lhe isto: Perderá tudo o que possui e irá à falência se continuar pres­ tando atenção a seja quem for que o está aconselhando." Não deu ouvidos às minhas palavras. O pobre coitado, que era muito rico, perdeu sua casa e tudo quanto possuía. Já vi isto acontecer, não uma só vez, mas muitas vezes. Já vi ministros que perderam o seu ministério por causa de profecias erradas. Você precisa julgar as profecias pela Palavra de Deus. Se algo não estiver em harmonia com a Palavra de Deus, não está certo. Em segundo lugar, você deve julgar as profecias pesso­ ais por aquilo que você tem no seu próprio espírito. Se você não tiver a mesma coisa no seu próprio espírito, não a aceite. Durante anos, tenho viajado extensiva mente no ministé­ rio. Por onde quer que eu vá, sempre tem alguém que tem uma "palavra" do Senhor para mim — às vezes duas ou três. Em todos estes anos, somente — uma ou duas delas — tem sido correta. Não edifique sua vida nas profecias. Não oriente sua vida peias profecias. Edifique sua vida na Pafavrai Deixe que aque­ las outras coisas sejam secundárias. Coloque a Palavra de Deus em primeiro lugan As pessoas dizem, às vezes: "Ora, se é Deus quem está agindo, forçosamente tudo está c e rto /' Você precisa reconhecer que não é exatamente Deus quem está agindo. São os homens que agem mediante a ins­ piração do Espírito de Deus. Tudo quanto o homem participa não está perfeito. 0 Espírito de Deus é perfeito. Os dons do Espírito são perfeitos em si mesmos. Mas certamente não são sempre perfeitos na sua manifestação, porque são manifesta­ dos mediante vasos imperfeitos. É essa a razão porque a pro­ fecia e as I ínguas com interpretação precisam ser julgadas pe­ ja Palavra. "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem. Se, porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o prim eiro." — 1 Coríntios 14:29, 30. 110


"Tratando-se de profetas, falem ..." Aqui está falando a res­ peito de profetas — não a respeito de todo mundo profeti­ zando. Não aceite uma coisa apenas porque um profeta a disse. Deve ser julgada de conformidade com a Bíblia. Não julgamos as pessoas. Julgamos o que foi dito. Agora, note o v. 30. "Se, porém , vier revelação a outrem (a outro profeta)..." Os profetas têm revelações. Outras pes­ soas talvez as tenham ocasional mente, mas os profetas têm um ministério neste sentido. "Os esp fritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas." — 1 Coríntios 14:32. Algumas pessoas têm dito: "Deus me levou a fazer aqui­ lo. Não podia evitar falar aquilo." Os espfritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas. Isto quer dizer que você não está forçado a dizer algo. Sai do seu esp frito. É sujeito a você. O dom de línguas, a interpretação de línguas e a pro­ fecia, operam sob a unção do Espírito. E pode ser que Deus, por meio destes métodos, queira nos dar uma palavra de co­ nhecimento, uma palavra de sabedoria, ou uma revelação, de conformidade com a nossa necessidade. Mas nós temos nossa iniciativa na operação da profecia. Nós temos a nossa parte na operação das línguas e da interpretação. Somos nós que te­ mos que pronunciar as palavras. Muitas vezes, quando o Espírito de Deus está atuando, qualquer pessoa que sabe profetizar podería fazê-lo — mas is­ to não quer dizer que a pessoa deva fazê-lo. Além disto, quan­ do o Espírito está sendo manifesto, qualquer pessoa que é usada no ministério do dom das línguas e da interpretação poderia falar — mas isto não quer dizer que deva falar. Tenha aquela unção do Espírito para fazê-lo — senão, fique simples­ mente sentado a í e deixe Deus atuar através de outra pessoa que tem a unção. Realizei uma reunião de 7 semanas de duração numa igreja há alguns anos. Cada noite sem falta, cerca do mesmo horário, na mesma altura do culto, exatamente quando se 111


preparavam para distribuir as bandejas para a oferta, certa mulher levantava-se e falava em línguas. Dizia a mesma coisa em línguas, todas as noites. Depois de algum tempo, eu pode­ ria ter recitado as mesmas coisas que ela dizia. Se ninguém mais queria interpretar aquelas línguas, ela o fazia. Passava como água fria sobre o auditório. Deixava o culto como que morto. 0 pastor me pediu que ensinasse à classe da Escola Do­ minical, que se realizava no auditório, certa manhã de domin­ go quando ele tinha que estar fora da cidade. Contrariamen­ te ao meu costume, acabei a aula antes de soar a campainha. Um dos diáconos disse: "Irmão Hagin, posso fazer uma per­ gunta?" "Pòde, sim," disse eu. Pensava que estaria dentro da lição. Disse ele: "Quando as mensagens em línguas com inter­ pretação são dadas numa assembléia pública, não devem ser uma benção para a congregação? Devem matar o culto?" Aquela senhora estimada estava sentada bem à minha frente. Disse eu: "Isto não está dentro da lição. Não gostaria de entrar neste assunto imediatamente." Mas outros, alguns dos líderes da igreja, disseram: " Ir­ mão Hagin, devemos responder aquela pergunta." Respondi, portanto: "Se for no Espírito, elevará o culto para as alturas. Não o empurrará para baixo." Aquela mulher foi suficiente inteligente para pegar a resposta. Veio a mim e disse: "Estou errada, não estou?" Disse eu: "Sim, senhora, está errada." Ela disse: "Eu pensava assim o tempò todo. Havia algum testemunho dentro de mim que sabia disto. Mas eu queria ser usada por Deus — Vou parar com isto." Eu disse: "Obrigado. A senhora é uma verdadeira bên­ ção para a igreja," Outras pessoas poderiam ter ficado zangadas quanto a isto, dizendo: "Não deixam que Deus opere." Às vezes as pessoas realmènte falam em público, como esta mulher, sem a unção dó Espírito. Isto não nega o fato de 112


que as línguas dela eram verídicas. Estavam, no entanto, em operação imperfeita. Foram usadas erroneamente. Admoesto as pessoas a terem muito cuidado com as profecias pessoais. Tantas vidas foram naufragadas e arrui­ nadas por não tomarem cuidado com as profecias. Não se case com alguém porque houve profecia neste sentido. Já vi muitas destas assim-chamadas profecias no decurso dos anos. Até hoje, nunca vi nenhuma delas dar certo. Lares in­ teiros têm sido desmontados por causa das assim-chamadas profecias. Não entre no ministério porque alguém profetizou que você deve. Tenha o assunto dentro do seu próprio íntimo. Depois, se uma profecia confirmar o que você já possui, está muito bem. Jesus me disse, quando me apareceu naquela visão em 1959: ''Se a profecia confirmar o que você já pos­ suir, aceite-a. Senão, não a aceite.” O Espírito Santo disse: "Separai-me agora a Barnabé e a S aa b para a obra a que os tenho chamado" (Atos 13:2). Ele já os chamara. Esta era apenas uma confirmação da cha­ mada. Na última igreja que pastoreei, havia certo jovem que tinha uma beleza espiritual. Minha esposa me disse: "Creio que a mão do Senhor está sobre ele. Deus o está chamando para o ministério.” Disse eu: "Tenho esta convicção, também. Mas eu não vou chamar pessoa alguma. Não vou dizer para pessoa alguma que ela tem um chamado, mesmo que eu saiba que tem ." É pela seguinte razão. Quando alguém sai para o minis­ tério, nem sempre é fácil. Paulo disse ao jovem ministro, T i­ móteo: "Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus." Quando o caminho fica duro, (e ficará duro mesmo; você pode ter a vitória, mas o caminho ficará duro). Alguém que não tem convicção do chamado, pessoal­ mente, pode dizer: "Saí para o ministério só porque Papai me mandou." Ou: "Alguém profetizou para mim. Eu realmente não sei se fui chamado.” Mas uma pessoa que faz esta dedicação baseando-se no seu próprio espírito, qüe sabe que Deus o chamou, ficará firme, enfrentando a cruz e a calderinha. 113


Eu, portanto, nada disse para este jovem. Então, certa noite de domingo, estávamos todos orando em derredor do altar. E fui passando pelo círculo e impondo as mãos nas pessoas conforme Deus .me orientava. Parei ao lado deste jovem que estava ajoelhado ao altar em oração intensiva. Abri a minha boca para orar, mas ouvi as seguintes palavras sair: "Esta é uma confirmação daquilo que Eu lhe disse âs 15 horas enquanto você estava orando no porão de abrigo. Você pediu uma confirmação e aqui está. Fui Eu quem fa­ lou para você/' Depois dò culto de oração, perguntei: "Você estava orando lá no porão de abrigo às 15 horas, esta tarde?" (Queria averiguar — se estou enganado, quero endirei­ tar o caso. Se erro, simplesmente reconheço: "Errei." Não te­ nha medo de dizer: "Errei." Quando comecei a aprender a dirigir carro, errei várias vezés e subi na calçada. Mas não dei­ xei de guiar carro porque errei. E você? Devemos ter a mesma dose de bom-senso no tocante às coisas espirituais. Simples­ mente porque errei, não vou abandonar tudo. Vou continuar em andamento. Só que tomarei o cuidado de não errar outra vez. Sendo assim, estava verificando para ver se acertei.) Este jovem disse: "Sim, estava orando. Sabe, Irmão Hagín, já faz algum tempo que estou sentindo que Deus tem um chamado para a minha vida. Não falei nem 'sim' nem 'não'. Sendo assim, estava passando tempo lá no porão (que está mobiliado como um subsolo bonito) orando, meditando, lendo a Bíblia, esperando em Deus. Senti que o Senhor me fa­ lou, dizendo: 'Eu o chamei para o ministério — e o confirma­ rei esta noite no culto.' Mas eu não sabia como Ele o faria." Lembre-se — se a profecia pessoal não testifica a algo que você já tem, nem o confirma, não a aceite. Enquanto o dom da profecia permanecer no âmbito de falar aos homens, edificando, exortando, e consolando, é maravilhoso. Encoraje isto. Mas muitas vezes, alguém que profetiza pode yèr um profeta ministrar com uma palavra de presciência. Então, começa a pensar: "Eu profetizo; logo, eu posso fazer aquilo." Avança, portanto, para fora do lugar que deve ocupar, e entra noutro âmbito. 114


Num dos seminários que realizamos em Tulsa, certa mu­ lher veio falar comigo. Viera juntamente com um grupo de uma cidade próxima è nossa. Ela disse: "Irmão Hagin, tudo isto é novidade para nós. Em nossa cidade temos uma reu­ nião de oração semanal. Quero perguntar-lhe algo acerca dela. Alguns dos membros acham que eu não tenho razão, mas estou pensando que o que fazemos não é certo. Na rea­ lidade, não sei se a chamaria de.reunião de oração — tudo quanto fazem é impor as mãos uns sobre os outros, profeti­ zando. Passam a tarde inteira profetizando uns aos outros. E eu nunca recebi nada, senão profecia ruim. "Profetizaram que a minha mãe iria morrer dentro de seis meses. Já faz dezoito meses, e ela não morreu. Profetiza­ ram que meu marido iria me deixar. Ele não é salvo, mas é um homem excelente e eu o amo. Ele sustenta bem o lar. Não temos problemas entre nós. Estes são apenas dois exem­ plos. Sempre recebo profecias no sentido de 'está para acon­ tecer alguma coisa ruim ' — mas, nada de ruim tem aconteci­ do." Eu disse: "Não, e não vai acontecer tampouco. Você é uma filha de Deus." Ela disse: "Isto não é um abuso?" Eu disse: "Sim, é um uso errôneo." Precisamos saber destas coisas. £ muito fácil as crian­ cinhas espirituais serem enganadas e mal orientadas. Podem ficar fora do Caminho. É por isso que Paulo escreveu para a igreja em Corinto a respeito de tais coisas.

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«A O R IE N T A Ç Ã O M E D IA N T E AS VISÕES "Morava em Cesaréia um homem, de nome CornéUo, centúria o da coorte, chamada a italiana, piedoso e te­ mente a Deus com toda a sua casa, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a Deus. Esse homem observou cfaramente durante uma visão, cerca da hora nona de dia, um anjo de Deus, que se aproxi­ mou dele e lhe disse..." — Atos 10:1-3. Às vezes Deus nos orienta mediante visões. Cornélio era um homem devoto, mas não nascera de novo. N9o sabia a respeito de Deus. Era um prosélito judai­ co. O anjo que lhe apareceu nesta visão não poderia pregar o evangelho para ele. Deus não chamou anjos para pregarem o Evangelho, mas chamou homens. Mas o anjo lhe contou para onde podia enviar mensageiro para buscar alguém que pregaria para ele e lhe contaria como ser salvo. Cornélio viu um anjo numa visão. Os anjos também têm a capacidade, conforme Deus lhes permite, de assumirem uma forma que pode ser vista com o olho natural, conforme se vê uma pessoa ffsica. "Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, pratican­ do-a, sem o saber acolheram anjos." — Hebreus 13:2. Mas a Escritura chama a experiência de Cornélio uma visão (Atos 10:3). Era, portanto, uma visão espiritual. Viu adentro do mundo espiritual. E há anjos lá fora no mundo espiritual. 117


Se outra pessoa tivesse estado presente, não teria visto coisa alguma. Mas se o anjo tivesse adotado uma forma visível, qualquer pessoa o poderia ter visto. Há três tipos de visões: visões espirituais, êxtases e visões abertas. Numa visão espiritual, a pessoa vê com os olhos do es­ pirito — não com os olhos ffsicos. Quando Paulo viu o Se­ nhor em Atos 9, era uma visão espiritual. Não 0 viu com seus olhos ffsicos. "Então se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, não podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco/' — Atos 9 :8 . Quando o Senhor lhe falou, seus olhos estavam fechados. Lo­ go, quando viu aquilo que viu, não o estava vendo com seus olhos físicos. E quando seus olhos se abriram, ele estava cego. O segundo tipo de visão é quando a pessoa cai em êxta­ se. Cornélio não entrou em êxtase — mas Pedro entrou. "N o dia seguinte, indo eles de caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao eirado, por volta da ho­ ra sexta, a fim de orar. Estando com fome, quis comer: mas, enquanto lhe preparavam a comida sobreveio-lhe um êxtase; então viu o céu aberto e descendo um obje­ to como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra, pelas quatro pontas." - A t o s 10:9-11. Quando uma pessoa entra em êxtase, seus sentidos ffsicos fi­ cam suspensos. Não sabe onde está exatamente naquele mo­ mento. Não está inconsciente, mas não sabe o que está acon­ tecendo em derredor dela. Tem mais consciência das coisas espirituais do que das coisas físicas. O terceiro tipo de visão é aquela que chamo de visão aberta. A visão à qual me referi tão freqüentemente neste livro, que ocorreu em El Paso em 1959 era uma visão aberta.. Meus olhos estavam totalmente abertos. Meus sentidos fí118


sicos estavam intactos. Não caí em êxtase. Jesus entrou an­ dando no meu quarto. V i-0 com meus olhos físicos. De todas as visões que já tive, somente duas foram vi­ sões abertas. Três delas ocorreram quando caí em êxtase. As demais foram visões espirituais. Havia tipos diferentes de visões em Atos dos Apósto­ los. Há tipos diferentes de visões agora. Nas visões, às vezes as coisas são simbólicas. Na visão de Pedro, eram simbólicas. Viu todos os tipos de quadrú­ pedes e outras criaturas, puras e impuras. Tinha que pensar sobre o caso (Atos 1 0 :1 9 ). O Espírito falou-lhe enquanto meditava, e mandou-o acompanhar três homens para a casa de Cornélio. Ainda não sabia exatamente o que a visão sig­ nificava. Mas quando foi, as coisas aconteceram, e ele come­ çou a compreender que Deus chamara os gentios e não so­ mente os judeus. "Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõete e vai para a banda do sul, no caminho que desce de Jerusalem a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi. Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes,, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, estava de volta, e assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. Então disse o Espírito á Filipe: Aproxi­ ma-te desse carro, e acompanha-o." - Atos 8:26-29.

Alguns membros da igreja reconhecem que Deus falou aos apóstolos tais como Pedro, mas dizem que semelhantes visitações divinas eram para os apóstolos, somente. Filipe não era um apóstolo. Primeiramente, foi eleito diácono {Atos 6: 5), O cargo mais elevado, que jamais ocupou, era o de evangelista (Atos 2 1 :8 ). Não é triste saber que no mundo eclesiástico fomos roubados das bênçãos e das manifestações que deveríamos ter recebido, porque as pessoas fecharam o livro contra elas e disseram: "Isto era somente para os após­ tolos. Tudo isto cessou quando os apóstolos morreram." 119


"Ora, havia em Damasco um discípulo, chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: E is-me aqui, Senhor. Então o Senhor lhe or­ denou: DispÕe-te, e vai à rua que se chama Direita e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tar­ so; pois ele está orando, e viu entrar um homem, cha­ mado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperas­ se a vista." - A t o s 9:10-12. "Ananias não era um diácono. Era apenas um discípulo. Era o que chamaríamos de leigo. Mas o Senhor o usou. Todos nós devemos colocar-nos numa posição em que Deus pode usarnos conforme a vontade d Ele. Não precisamos esperar uma vi­ são antes de fazer alguma coisa. Deus pode nos dar uma vi­ são, ou deixar de no-la dar. Um anjo pode aparecer, ou não. Foi um grande privilégio para mim quando falei na igre­ ja de um grande servo de Deus que já ultrapasara os setenta e cinco anos de idade. Tinha recebido a plenitude do Espírito lá no início deste século, e fora para a China como missioná­ rio na data longínqua de 1912. Contou-me a respeito de mui­ tas experiências maravilhosas. Na igreja dele, realizavam um estudo bíblico todas as sextas-feiras à noite. (Creio que ele era um dos mais destaca­ dos ensinadores bíblicos no mundo inteiro — e já ouvi a maio­ ria deles.) Relatou-me o seguinte: Disse que ensinava certas matérias conforme o Senhor lhe dirigia, mas também deixava a congregação sugerir matérias, escrevendo o nome delas nu­ ma folhinha de papei. Em certa ocasião, a maioria escreveu: "Queríamos um pouco de ensinamento a respeito dos anjos. Nunca ouvimos aulas sobre o assunto." Ele passara certo número de anos ensinando numa das melhores escolas bíblicas pentecostais, e pensava que pudes­ se dar cobertura à matéria dentro de duas semanas. Mas, dis­ se ele: "Quanto mais eu estudava, tanto maior ficava a maté­ ria. Ensinei durante seis semanas, e ainda não dei conta dela." Era ele um oficial da denominação do Evangelho Pleno. Pouco depois de dar estes ensinamentos a respeito dos anjos, estava numa reunião oficial com os líderes daquela denomi120


nação. Certa questão em discussão dizia respeito à notícia de que certo ministro da sua denominação alegava ter visto um anjo. Disse que o anjo lhe dera instruções a respeito do seu ministério. Estavam para expufsá-lo oficialmente da sua denominação. Disse ele: "Fiquei simplesmente sentado ali, escutando. Nem sequer comentei. Nunca falava mesmo, a não ser que fosse conclamado para falar. Consegui perceber a tendência. Estavam prontos a expulsá-lo." Finalmente, certo irmão levantou-se e disse: "Creio que devemos ouvir a opinião do irmão S . E l e está conosco desde o início do movimento. E um dos nossos ensinadores bíblicos mais capacitados. Vamos escutar o que ele tem para dizer." Disse-me que começou contando-lhes a respeito do es­ tudo de anjos que acabara pouco antes, ensinando-o na igre­ ja. Depois, disse: "Não me preocupo em nada porque um dos nossos ministros, entre vários milhares deles, viu um anjo. O que me perturba é por que mais dos nossos não estão vendo anjos." "Depois, em segundo lugar," ele lhes disse, "se vamos colocar fora este homem por ter visto um anjo que lhe deu instruções a respeito do seu ministério, o que vamos dar ao nosso povo como substituto? Temos algo melhor? Algo mais sobrenatural? Algo mais bíblico? Senão, acho que devemos ficar firmes com aquilo que temos." Rapidamente, alguém se colocou em pé, dizendo: "Pro­ ponho que engavetemos o assunto, esquecendo-o total men­ te." Votaram unanimemente a favor de deixar de mexer no caso. Em 1963, meu escritório ocupava somente o sótão da minha casinha pré-fabricada em Garland, Texas. De qualquer forma, não era grande coisa como escritório. Alguns homens, noutra cidade, entraram em contato comigo. Disseram: "Se você quiser mudar seu escritório para cá, nós o instalaremos para você. Compraremos todos os equipamentos de escritó­ rio, contrataremos as secretárias, e pagaremos os salários. Você não terá que pagar coisa alguma. Vamos publicar al­ gumas das matérias que você já escreveu." 121


Outro homem, que era um técnico da eletrônica, disse: "Irm ão Hagin, se me permitir, vou fazer fitas de todos os seus sermões. N3o lhe custará um tostão. Vou fornecer to ­ dos os materiais total mente grátis." Estas ofertas pareciam boas..À gente pensaria que Deus forçosamente estava por detrás delas. Mas cerca daquele tempo, estava orando com um grupo. Estávamos tendo tempos especiais de ministrar ao Senhor. Era o tipo de at­ mosfera descrita em Atos 13:1 e 2 — uma atmosfera em que Deus agirá. Estava sentado na plataforma ao lado de uma cadeira, orando, quando, de repente, Jesus estava em pé imediata­ mente na minha frente. Eu estava com os olhos fechados. Era uma visão espiritual. Não caí em êxtase. Em pé, imedia­ tamente atrás de Jesus, cerca de 70 cm. à direita dEle e cerca de um metro atrás dEle, havia um anjo grande. Já tinha vis­ to anjos — mas nunca tão grandes assim. Devia ter de medida perto de 3 metros de altura. Jesus falou comigo a respeito de certas coisas. (E tudo quanto Ele me disse veio a acontecer). Ocasionalmente, en­ quanto Ele falava, eu olhava de relance para aquele anjo. Quando assim fazia, o anjo abria a boca e começava a falar alguma coisa. Quando eu olhava de volta para Jesus, o anjo não falava nada. Depois de Jesus acabar a Sua conversa comigo, pergun­ tei: "Quem é este? O que ele representa?" Jesus disse: "É o seu anjo." Disse eu: "O meu anjo?" "Sim ," disse Ele, "é o seu anjo. Você leu nas Escrituras que Eu disse acerca das criancinhas, que seu anjo está sempre diante da face do Meu Pai. Você não perde o seu anjo sim­ plesmente porque fica homem." (Isto não é um consolo? Tenho aquele grandalhão que me segue em todos os lugares. Louvado seja o Senhor!) Eu disse: "O que ele quer?" Jesus disse: "Tem um recado para você." Daí, fiquei tão consciente da letra-da-Palavra que po­ deria ter perdido a mensagem do Espírito. Eu disse: "Tu estás conversando comigo; por que não me dás a mensagem? 122


Por que devo escutar um anjo? Além disto, a Palavra de Deus diz que todos os que são guiados pelo Espirito de Deus são filhos de Deus. Tenho o Espírito Santo. Por que o Espírito Santo não poderia falar comigo?" Jesus teve misericórdia de mim e paciência comigo. Ele disse: "Nunca leu na Minha Palavra, onde o anjo do Senhor mandou Filipe descer para o caminho de Gaza? Isto não era orientação? Não o guiava assim? Meu anjo não apareceu a Cornélio, que nem sequer era um homem nascido de novo? O anjo não lhe mandou o que devia fazer? ..." Deu-me vários outros exemplos, tirados do Novo Testa­ mento. 4 Finalmente, eu disse: "Já é suficiente. Vou escutar." Depois, olhei para este grandalhão e disse: "De que se trata?" Começou assim: "Fui mandado da Presença de Deus Onipotente para dizer-lhe que não deve deixar estes homens (citou os nomes deles) estabelecerem um escritório para você. Têm segundas intenções. Vão controlar o seu ministério, porque seriam eles que investiriam todo o dinheiro." Depois, citou o nome do homem que era o técnico de rádio e de eletrônica: "Não o deixe pegar nenhuma da suas fitas gravadas. Ele tem segundas intenções. Se ele conseguir lançar mão delas, ele as controlará. Fui mandado da Presença de Deus Onipotente para lhe dizer isto." "Além disto, fui mandado da Presença de Deus Onipo­ tente para lhe dizer o seguinte: O dinheiro virá de modo que você possa estabelecer seu próprio escritório, ter seus pró­ prios livros, e ter suas próprias fitas. Você será o cabeça dis­ to, o único chefe, porque sou eu quem lhe dirá o que fazer, e não algum homem. Dentro de quatro meses, depois de tudo pago e liquidado, você terá dinheiro suficiente para tomar a dianteira nesta direção, porque já expedi os meus anjos para fazerem o dinheiro vir." Quando veio o tempo certo, fiquei com US$ 4 .0 0 0, que era o suficiente para fazer aquilo que o Senhor me man­ dara fazer, Foi o começo deste ministério. Poderia contar mais, mas o que contei basta para ilus­ trar que estas coisas realmente acontecem. Mas deixe-me en123


fatizar o seguinte — embora Deus real mente nos oriente me­ diante visões e outras manifestações sobrenaturais, eu enco­ rajaria você a NAO procurar uma visão. Você poderia chegar para além da Palavra, onde o diabo pode enganá-lo. Freqüentemente preferimos ter uma palavra mais direta de orienta­ ção, mas nem sempre a temos. Não procure, portanto, fabri­ cá-la se não estiver ali. Em nenhum lugar a Bíblia diz que al­ guém estava procurando uma visão quando ela veio. As vi­ sões simplesmente aconteciam sem serem buscadas. Fique contente em seguir o testemunho interior, se é só isto que você possuir. Mas eduque, treine e desenvolva seu espírito humano até ao ponto em que este testemunho se to r­ ne cada vez mais real para você. Depois, se Deus achar por bem conceder visitações e ma­ nifestações, é só dar graças a Deus por elas. Saiba que os anjos de Deus estão com você. Seu anjo está com você, quer você o veja, quer não.

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ESCUTE O SEU CORAÇÃO "Depois de m uito tem po, tendo-se tomado a navegação perigosa, e já passado o tem po do Jejum, admoestava-os Paulo, dizendo-lhes: Senhores, vejo que a viagem vai ser trabalhosa, com dano e m uito preju ízo, não só da carga e do navio, mas também das nossas vidas." — Atos 2 7 :9 ,1 0 . Paulo disse: "O Senhor me contou." Simplesmente dis­ se: "V e jo ." No seu espírito, Paulo tinha uma percepção inte­ rior, uma premonição interior, um testemunho interior. Esta é a maneira prímárria de Deus orientar todos nós. Paulo não o percebeu mentalm ente. Não tinha algum tipo de "vibração." Não gosto deste negócio de vibração. Es­ tá no âmbito psíquico. Você não .o acha na Bíblia. Paulo não o percebeu psiquicamente. Era no seu espírito que tinha o testemunho. Isto pertence a todos nós. 0 Espírito Santo, que habita em nosso espírito, deve comunicar-Se conosco mediante o nosso espírito — e não através da nossa mente. E por isso que seu espírito conhece coisas que sua cabeça não sabe. Mas não fomos ensinados a escutar o nosso espírito. E ás vezes reluta­ mos em escutá-lo. A razão porque nós, como crentes cheios do Espírito, continuamente erramos, cometemos enganos e fracassamos, é porque o nosso espírito, que deveria orientar-nos, é manti­ do trancado na cadeia, por assim dizer. 0 conhecimento, ou o intelecto, usurpou o trono. Qualquer pessoa que tranca o seu espírito na prisão e nunca lhe presta ouvidos — porque o espírito do homem é a 125


lâmpada do Senhor — torna-se aleijado na vida e uma presa fácil para as pessoas egoístas, com segundas intenções. Uma mulher muito bela espiritualmente — pastora de uma igreja onde minha esposa e eu realizamos uma reunião — me contou pessoal mente o seguinte: Certo evangelista estava para vir à cidade. Persuadiu todas as igrejas quanto possível a cooperarem com ele numa reunião para abranger a cidade toda. Alugou q auditório da cidade. £ triste ter que dizer isto, mas nem todos no minis­ tério são honestos. Porque este homem não tinha crédito na praça, o auditório da cidade exigiu pagamento adiantado. Ele, portanto, tratou do assunto através desta pastora. Ela foi ingênua o suficiente para dizer que a sua igraja seria avalista para US$ 3.000 de aluguel e todas as despesas da propagan­ da nos jornais. Houve uma frequência de 2 .000 até 3.000 pessoas todas as noites. Ele levantou muito dinheiro em ofertas. Mas deixou a cidade sem pagar uma única conta. A igreja desta pastora teve que tirar US$ 5 .0 0 0 da sua conta para a construção, a fim de pagar as despesas dele. Eia me contou o seguinte a respeito do caso: "'Irmão Hagin, se eu tivesse escutado o meu coração, nunca teria feito tal coisa/' Eu disse ã ela: "Ouvi dizer que você recuperou o seu dinheiro." Disse eia: "É isto mesmo. Descobri onde ele estava realizando uma reunião noutro Estado. Comprei uma passa­ gem de avião, e fui para lá. O culto já começara. Esperei. Exatamente quando estavam para passar o culto para ele, avancei firmemente pela passagem entre os bancos, em di­ reção à plataforma. Um introdutor procurou parar-me. Eu disse: 'Não, sou mimistra do evangelho. Quero ver este ma­ landro' Subi diretamente è plataforma e me sentei firmemenao lado dele. Disse eu: 'Vim buscar meus U S $5.000. Eu vou tirar a oferta hoje à noite. Trouxe minha maleta comigo. Vamos colocar tudo ali. E vou ficar por perto todas as noites, até que consigamos tudo de volta.' Ele disse: 'Muito bem, ora podemos../ Eu disse: 'Não; quando anunciarem que vão passar o cul­ to para você, eu vou subir no púlpito e contar-lhes o que aon-

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teceu. E não somente isto, mas vou segui-lo de reunião em reunião. Em todas as reuniões,.vou subir na plataforma e fazer este anúncio." Nem é necessário dizer que dentro de duas noites ela estava com o dinheiro na mão, e a caminho de casa. Gloriome da coragem dela. Mas a lição que quero ensinar é esta. Ela me disse: “ Ir­ mão Hagin, se eu tivesse escutado o meu espírito. Não quero dizer uma voz. Nem sequer quero dizer uma voz tranqüila e suave. Refiro-me ao testemunho interior. No meu espírito, tinha um freio. Se eu tivesse prestado atenção, não teria sido avalista das dívidas dele.“ Se nós, como indivíduos, tivéssemos escutado nosso coração — um testemunho interior, ou uma voz interior — não teríamos feito algumas das coisas que fizemos. Já perdi dinheiro por causa de não escutar. Sabia no meu íntimo que não deveria fazer aquilo. Por que o fiz? Ora, por que você fez aquilo? Mas, simplesmente porque vocé comete um engano, não abandone tudo. Fisicamente, você não abandona as coi­ sas simplesmente porque cometeu um engano. Se o telefone toca no meio da noite e você tropeça num banquinho e cai, na sua tentativa de atender o-telefone, você não fica simples­ mente deitado no chão. Você se coloca em pé e atende o telefone. Só porque você machuca as canelas ou o dedão do pé, fisicamente, você não dá cabo a tudo. E só porque espi­ ritualmente machuca as canelas ou o dedão do pé, você não deve abandonar tudo. Conforme eu disse: a pessoa que mantém seu espírito trancado e escondido, e que nunca lhe presta ouvidos, tornase aleijada na vida. A pessoa que escuta seu espírito é o ho­ mem ou mulher, moço ou moça que sobe até o cumei Se os cristãos apenas verificassem no seu interior no que diz respeito à maioria dos negócios da vida, saberiam o que fazer. Você não precisa procurar orientação quando a Bíblia já lhe mandou o que fazer. Vá adiante e faça-o. A Bíblia lhe conta como agir em todas as circunstâncias da vida. Con­ ta aos maridos como tratar as esposas. Conta às esposas co127


mo tratar os maridos. Conta aos filhos como da, a todos nós, andar amor divino, que nâfo questão do coração.

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Conta aos pais como tratar os filhos. responder aos pais. A Bfblia nos man­ no amor — no amor divino. E aquele procura o que é seu, também é uma


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COMO T R E IN A R O ESPÍRITO HUM ANO "O espírito do homem é a lâmpada do SENHOR..." — Provérbios 20:27. O Senhor nos ilumina e nos orienta mediante o nosso es­ pírito. Se assim fo r o caso — e é mesmo — logo, precisamos tornar-nos mais conscientes do espírito. Precisamos tornarnos mais conscientes do fato de que somos seres espirituais, e não apenas seres mentais ou físicos. Precisamos treinar o nosso espírito até ele ser um guia cada vez mais seguro. Uma coisa que tem impedido o avanço do mundo cristSo como um todo é que somos mais conscientes do físico (do corpo) e mais conscientes da mente (da alma). Temos desenvolvido o corpo e a alma, mas deixamos o espírito do homem quase intocado. Tenho uma fita-cassete de ensino que ajudou muitas pessoas neste âmbito. Certo jovem, que conheço bastante bem, deu seu testemunho de como a fita o ajudou, durante uma das nossas reuniões recentes. Há apenas uns poucos anos, quando ele tinha 31 ou 32 anos de idade, entrou nos negócios. Deixou seu emprego assa­ lariado, tendo em mãos um total de US$ 5.500. Tinha que usar este dinheiro para suas despesas pessoais — era solteiro na época — e para seu capital. A certa altura, esta poupança diminuíra para US$ 50. Deu o seguinte testemunho: "Escutei as fitas do irmão Hagin. Havia três sobre a fé e a confissão, e uma que se cha­ mava: Como Treinar o Espírito Hum ano. Deitava-me todas as noites ouvindo àquela fita. Ligava-a de manhã e a escutava enquanto fazia a barba. Escutei-a repetidas vezes — provável 129


mente centenas de vezes — até que aquela mensagem entras­ se no meu espfrito. Depois, por meio de escutar o meu espfri­ to e de usar a minha fé, já tenho um patrimônio cujo valor total ultrapassa US$ 30 milhões. Este jovem senhor tem apenas 38 anos, mais ou menos, hoje. Ele não é pregador. E negociante. Contou-me como seu espfrito lhe tem falado e lhe ensinado como investir e como comprar terras. Vou contar a essência do ensino contido naquele cassete neste capftulo: Como Treinar o Espfrito Humano. Seu espfrito pode ser educado assim como sua mente pode ser educada. O seu espfrito pode ser edificado nas suas forças e treinado, exatamente como seu corpo pode ser edifi­ cado e treinado. Seguem-se aqui quatro regras mediante as quais você pode treinar e desenvolver seu próprio espfrito hu­ mano. 1. 2. 3. 4.

Pela meditação na Palavra. Pela prática da Palavra. Por dar o primeiro lugar à Palavra. Por obedecer instantaneamente a voz do seu espí­ rito.

7. PELA M E D IT A Ç Ã O NA P A L A V R A D E DEUS. Os homens e as mulheres mais profundamente espirituais que co­ nheço são aqueles que dedicam tempo à meditação na Palavra de Deus. Você não poderá desenvolver sabedoria espiritual sem meditação. Deus revelou este fato a Josué imediatamente após a morte de Moisés, bem no início do ministério de Jo­ sué. "Não cesses de falar deste livro da lei; antes medita nèle) dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido." -J o s u é 1:8. Se Deus não quisesse que Josué prosperasse, por que lhe êontou como prosperar? Se Ele não quisesse que Josué tives130


se sucesso, por que lhe contou como ter bom sucesso? Ele queria que Josué fosse bem-sucedido — e quer que você seja bem-sucedido. Parafraseando esta verdade na linguagem do Novo Tes­ tamento, diríamos: "A Palavra de Deus — especial mente o Novo Testamento — não cessará de estar na tua boca. Antes, medita nela dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer se­ gundo a tudo quanto nela está escrito; então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido." Se você algum dia quiser fazer alguma coisa grandiosa na vida, se você algum dia quiser ser alguém na vida, tome tempo para meditar. Tome tempo para meditar na Palavra, de Deus. Comece com 10 ou 15 minutos por dia, pelo me­ nos — e depois aumente o tempo. Deixei em 1949 a última igreja que pastoreei, e desde então tenho ficado com o ministério do campo, lá fora. An­ tigamente, jejuava muito mais e, de certa maneira, orava muito mais do que faço agofa. (A gente aprende as coisas enquanto vai vivendo). Dirigir dois cultos pòr dia — como eu sempre fazia, e às vezes três — esgota a pessoa fisicamente, bem como espiritual mente. Eu ensinava durante a manhã inteira, orava em voz alta a tarde inteira, e pregava todas as noites. Comia uma só refeição por dia durante as minhas reuniões, e, por gastar tanta energia física, tornava-me fraco. Além disto, dois dias por semana eram meus dias de jejum — as terças-feiras e as quintas-feiras. Durante 24 horas, nada comia e nada bebia. Certo dia, o Senhor me disse: "Gostaria mais que você vivesse uma vida jejuada, ao invés de tirar dias e períodos para o jejum ." Disse eu: "O que quer dizer isto? Nunca ouvi pessoa al­ guma falar isto." Ele disse: "Ao invés de ter certos dias para jejuar, e de­ pois, voltar a comer tudo quanto você quiser, simplesmente viva uma vida jéjuada. O jejum, de qualquer maneira, não faz alteração em mim. Eu sou o Mesmo antes de você jejuar, en­ quanto você jejua, e quando você acaba de jejuar.. Isto não altera a Palavra. Ajuda você a manter sua carne sob discipli131


na. Dessarte, é só nunca comer tudo quanto você queira. É só manter tudo sob disciplina o tempo todo." Depois, Ele disse: "Não passe todo aquele tempo de tar­ de, orando e cansando-se antes do culto da noite. Fique deitado na cama, meditando. Comecei, portanto, a ficar deitado de tarde, meditando. E consegui mais progresso meditando do que já consegui orando e jejuando. Cresci mais, espiritual mente. E que Ele está dizendo em Josué 1:8: "... então farás prosperar o teu caminho. . ." E.u queria ser próspero no minis­ tério. e serás bem sucedido../' Eu queria ser bem sucedi­ do no ministério. *A mesma coisa funciona, quer você esteja no ministério, quer você crie gado, quer você venda automó­ veis, ou seja o que for que você fizer. Não cesses de faiar desta Palavra de Deus. Fale a respei­ to dela. Antes medita nela. Pense a respeito dela. A palavra hebraica traduzida meditar também leva con­ sigo o seguinte pensamento: sussurrar. Sussurre-a. Fale-a consigo mesmo. O Senhor me orientou, muito antes de eu ouvir pessoa alguma ensinar sobre a meditação, e ficar deitado na cama e sussurrar a Palavra. Simplesmente a falava para mim mesmo. E conseguia ter alguns dos cultos mais tremendos. Desenvol­ vi-me espiritualmente, e ao mesmo tempo conservei as m i­ nhas forças f ísicas. Gosto de outra tradução de Josué 1 :8 que diz o seguinte na última frase: "... poderás tratar sabiamente os negócios da vida." Você não poderia ser bem-sucedido se não soubesse tratar sabiamente os negócios da vida. Por que vòcê saberia tratar sabia mente os negócios da vida? Porque você medita na Palavra de Deus e anda na Luz desta Palavra. 2. PELA PRÁTICA DA P A L A V R A , Trata-se de ser pra­ ticante da Palavra. "Tornai-vos, pois, praticantes da palavra, e não somente ouvintes..." — Tiago 1 :22.

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Há muitos que "falam a respeito da Palavra," e até mesmo que "se alegram na Palavra," mas não há muitos "praticantes da Palavra." Comece a ensaiar para ser um praticante da Palavra, fa­ zendo em todas as circunstâncias aquilo que a Palavra lhe manda fazer. Algumas pessoas têm pensado que ser um praticante da Palavra significa guardar os Dez Mandamentos. Não á isso que Tiago 1: 22 quer dizer. Afinal das contas, segundo a Nova Aliança temos um só mandamento — o mandamento do amor. Jesus disse: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" (João 1 3 :3 4 }. Um praticante da Palavra agirá assim. Se você amar uma pessoa, não furtará dela. Não mentirá a respeito dela. 0 Novo Testamento diz que o amor é o cumprimento da lei. Se você andar no amor, não quebrará lei alguma que foi dada para refrear o pecado. Ser praticante da Palavra significa que devemos pôr em prática, primariamente, o que está escrito nas Epístolas. São as cartas escritas para nós, a Igreja. Como exemplo da prática da Palavra, examinemos algumas das instruções que nos são dadas numa das Epístolas. "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça." — Filipênses4:6.

Faça assim, portanto! Ora, não achamos ruim praticar parte deste versículo — a parte que manda orar. Mas se você prati­ car somente esta parte, e não a primeira parte, você não está praticando a Palavra — você não é praticante da Palavra. A tradução Am piiada de Filipenses 4 :6 diz: "Não se preocupe nem tenha ansiedade a respeito de coisa algum a..." Em primeiro lugar, recebemos a ordem de não nos preocupar. Se você vai preocupar-se e ter ansiedades, de nada adiantará fazer petições. Este tipo de oração não funciona. Uma ora133


ção demasiadamente ansiosa, cheia de preocupações, não funciona. Senti muito dó de certo ministro que veio a mim há al­ guns anos. Mas às vezes, só simpatizar com alguém não lhe dá a resposta. Havia tempestades e provações na sua vida. Tinha perturbações gástricas, não conseguindo conservar no estôma-, go aquilo que comia. Não conseguia dormir. Seus nervos es­ tavam abalados por causa de um certo incidente. Veio a mim procurando ajuda. Comecei a dizer-lhe o que a Palavra dizia, e como orar a respeito. Quando o encora­ jei a tomar este trecho das Escrituras e praticá-lo, ele se re­ belou. Disse: "Oh, sim, mas nem todos têm a fé que você tem ." Expliquei-lhe que não era questão de ter fé, mas de pro­ curar praticar a Palavra. Expliquei-lhe que se ele praticasse a Palavra, a sua fé seria edificada. E contei-lhe como pratico este versículo específico. Quando fico sozinho, leio este versículo e digo ao Se­ nhor que a Sua Palavra é verídica e que creio nela. Falei a este ministro que ele seria tentado a dizer que não conseguia evitar a preocupação e os queixumes. Mas que Deus não nos pediu que fizéssemos alguma coisa que não podemos praticar. Quando Deus nos mandou não nos preocu­ par — isto significa que podemos nos impedir de fazer assim. Deus é um Deus justo e Ele não nos pedirá que façamos al;guma coisa que não podemos fazer. Quando, pela primeira vez, comecei a praticar este ver­ sículo, era fácil acreditar que poderia tornar conhecidas dian­ te de Deus as minhas petições — mas era difícil crer que po­ dia deixar de andar ansioso. Visto, porém, que Deus diz que não é necessário andarmos ansiosos, eu dizia, pois: "Recusome a me preocupar ou a ter ansiedade de coisa alguma/' Digo ao Senhor que estou trazendo minhas petições a Ele. Depois, agradeço-0 pela resposta. Isto aquieta o meu espírito e acalma o espírito de perturbação que o diabo pro­ cura me forçar a ter. Depois, levanto-me de joelhos e cuido dos meus negó­ cios. Antes de ser possível perceber o fato, no entanto, o

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diabo volta a procurar me pegar. Simplesmente volto para trás e leio este versículo de novo, e continuo clamando-o. Este ministro começou a praticar Filipenses 4 :6 . Con­ tou-me mais tarde que o problema se solucionou, e que não ficou tão grande quanto estava esperando. Estava para ser processado a respeito de certa questão, mas Deus o ajudou a sair do laço.

E possível ficar tão ansioso a respeito de um assunto que não se possa comer nem dormir. Mas tudo quanto você tem que fazer é praticar a Palavra e você obterá resultados. Filipenses 4:7 é um resultado de praticar Filipenses 4:6. "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cris­ to Jesus/' — Filipenses 4 :7 . Muitas pessoas desejam aquilo que á descrito neste versícu­ lo 7 — mas não querem praticar aquilo que o versículo 6 manda fazer a fim de obtê-lo. A tradução Ampliada do ver­ sículo 7 diz: "E a paz de Deus... que transcende todo o en­ tendimento, guarnecerá e montará guarda sobre os \/ossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus." A paz de Deus montará guarda sobre seu coração e sua mente. Mas você pode colher estes resultados e ter esta paz sem ser um praticante da Palavra? Não, realmente não pode. 0 versículo 6 nos manda não andar ansiosos. As pes­ soas que se preocupam e andam ansiosas, pensam continua­ mente no lado errado da vida. 0 versículo 8 nos fala em que devemos pensar: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." — Filipenses 4:8. 135


F A Ç A o versículo 8. Pratique este versículo. Pense a res­ peito das coisas certas. Muitas pessoas pensam nas coisas er­ radas. Você sabe em que estão pensando, por causa daquilo que falam. A Bíblia diz: "da abundância do coração, a boca fala." Continuamente se preocupam e andam ansiosas e pen­ sam a respeito do lado errado da vida — e sua conversa é con­ tinuamente descrença. Você não pode ser praticante da Pa­ lavra e continuar a falar descrença. Quanto mais você fala em certas coisas, tanto maiores ficam. Se alguma coisa não satisfizer todas estas qualificações — verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, de boa fama — não pense nela e não fale a respeito dela! A tradução Ampliada de 1 Coríntios 13: 7 diz: "O amor... sempre está pronto a crer o meihor a respeito de toda pessoa." Descobri no decurso dos anos que a maioria das his­ tórias que já ouvi a respeito das pessoas nem sequer satisfaz a primeira qualificação. Nem sequer são verídicas. Não fale, portanto, a respeito das histórias que você ouve. Nem sequer pense a respeito delas. Algumas coisas que você ouve podem até mesmo ser verídicas — mas talvez não sejam puras nem amáveis, e — note isto — de boa fama. Não devemos, portan­ to, pensar nelas. Ao pensarmos em tais coisas, damos lugar ao diabo. Sua maior arma é o poder da sugestão. Ele sempre está se es­ forçando para entrar na sua vida mental, no âmbito dos pen­ samentos. é por isso que a Palavra de Deus nos manda: "... se­ ja isso o que ocupe o vosso pensamento. " Nps Epístolas, especial mente. Deus, através do Espírito Santo, está falando à Igreja. Medite, portanto, nestas cartas e naquilo que Ele tem para dizer — e seja praticante da Pala­ vra, Você crescerá espiritual mente. 3. D Ê O P R IM E / RO LU G A R A P A LA V R A . O treina­ mento, o desenvolvimento, a educação do nosso espírito vem através de dar à Palavra de Deus o primeiro lugar em nossa vida. "Filho meu, atenta para: as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina o teu ouvido. Não os deixes apar136


tar-te dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração. Porque são vida para quem os acha, e saúde para. o seu corpo/' — Provérbios 4:20-22. Deus diz nesta passagem: "Atenta para as minhas palavras (Preste atenção a elas — Ponha-as em primeiro lugar): aos meus ensinamentos inclina o teu ouvido (Escute o que te­ nho para dizer); Não os deixes apartar-se dos teus olhos (Continue olhando na Palavra de Deus); guarda-os (as minhas Palavras) no mais íntim o do teu coração. " Há ricos dividendos em troca de fazer isto. Por que Deus nos manda colocar Sua Palavra em primeiro lugar, escutar o que Ele tem para dizer, continuar olhando para a Sua Pala­ vra, e conservar a Sua Palavra em nosso coração? E porque "... (Suas Palavras) são VIDA para quem as acha, e SAÚDE para o seu corpo." A margem da Bíblia "King James" (em inglês) diz que a palavra traduzida saúde é a palavra hebraica para remédio. Suas Palavras são "remédio para o seu corpo." Há cura na Pa­ lavra. Nos doze anos do meu pastorado houve membros que ficavam doentes, iam para o hospital, e depois pediam oração. Não estou dizendo que é errado ir a um médico, longe disto! Cremos nos hospitais e nos médicos. Graças a Deus por eles! Mas eu estou dizendo: Porque não colocar a Palavra de Deus em primeiro lugar? As vezes, como último apelo, os cristãos se voltam para a Palavra. Certo ministro batista, que nem sequer acreditava muito na cura divina na ocasião, contou-me como tivera problemas com as amígdalas. Seu médico sempre insistia em que fossem removidas. Sendo assim, a data foi marcada. Era o costume da família dele ler a Bíblia e orar juntos todas as manhãs antes dos filhos saírem para a escola. Na própria data marcada para ele entrar no hospital, a passagem bíblica da fam ília foi aquela que conta do Rei Asa, que ficou doente dos pés e que, ao invés de buscar o Senhor, procurou os médicos, e morreu (2 Cr 16:12). .137


0 ministro disse que ficou impressionado com isso. Re­ conheceu que nem sequer tinha orado a respeito das suas amígdalas. Compartilhou sua impressão com a esposa e os filhos, e pediu que orassem juntos a respeito das amígdalas. Quando oraram, o Senhor lhe disse que não deixasse que fossem removidas. Para maior surpresa dele, o Senhor curou as amígdalas e o ministro nunca rriais teve problemas com elas. Há uma lição a ser aprendida aqui. A Bíblia não dá a entender que o Rei Asa morreu porque colocou os médÍGos em primeiro lugar. Mas certamente dá a entender que deveria ter posto o Senhor em primeiro lugar. Devemos treinar a nós mesmos para colocar o Senhor em primeiro lugar. Devemos treinar a nós mesmos no sentido de perguntarnos, em qualquer questão: "O que é que a Palavra de Deus tem que dizer a respeito disto?" Devemos perguntar-nos o que Deus tem para dizer a respeito de qualquer coisa que porventura venha a surgir em nossa vida — e então colocar esta Palavra em primeiro lugar. As vezes os parentes e os amigos procurarão apressar você a entrar nas coisas — mas você precisa pensar naquilo que diz a Palavra de Deus. Coloque a Palavra de Deus em primeiro lugar em todas as áreas da vida. 4. OBEDEÇA IN S T A N T A N E A M E N T E A V O Z DO S EU ESPÍRITO. O espírito humano tem úma voz. Chama­ mos aquela voz de consciência. As vezes a chamamos de intuição, de voz interior, ou orientação. O mundo a chama de palpite. Mas seja o que for, é o seu espírito falando para você. 0 espírito de todo homem, quer seja este salvo, quer não, tem uma voz. 0 espírito humano, conforme vimos nos capítulos an­ teriores, é um homem espiritual, um homem do espírito, um homem oculto no interior. Está oculto aos sentidos físicos. Você não pode vê-lo com os olhos físicos, nem tocar nele com as mãos físicas. Este é o homem que se tornou nova criatura èm Cristo (2 Co 5 :1 7 ). Quando um homem nasce de novo, o seu espírito fica sendo um novo espírito. ■•38


'Deus profetizou através de Ezequiel e de Jeremias que viria um tempo em que Ele tiraria o velho coração de pedra de dentro dos homens e colocaria um coração novo dentro deles. Segundo a Nova Aliança, este novo nascimento se tor­ nou disponível. O novo nascimento é um renascimento do espírito hu­ mano. Conforme 2 Coríntios 5 : 1 7 nos diz, se alguém está em Cristo, é nova criatura — tudo quanto era antigo no seu espírito (a velha natureza) é removido e todas as coisas se tornam novas. À medida em que você dá a este espírito recém-nascido o privilégio de meditar na Palavra de Deus, este fica sendo a fonte das suas informações. Seu espírito se tornará forte e a voz interior da sua consciência, educada no espírito, se tornará uma orientação segura. Você já percebeu que a meditação na Palavra, a prática da Palavra, a colocação da Palavra em primeiro lugar, todas estas coisas vêm antes de você obedecer ao seu espírito? Você entende: se seu espírito teve o privilégio de meditar na Palavra, de praticar a Palavra, de colocar a Palavra em pri­ meiro lugar — então seu espírito é uma orientação segura. "O espírito do homem é a lâmpada do SEN HO R...". Seu espírito recém-nascido tem dentro dele a Vida e a Natu­ reza da Deus. 0 Espírito Santo habita dentro do seu espíri­ to . "... maior é aqueie que está em vós do que aquele que está no m u n d o" (1 João 4 : 4 ) . 0 Espírito Santo habita no seu espírito. Deus tem que comunicar-Se com o seu espírito porque é ali onde Ele está. Seu espírito obtém as suas infor­ mações através d Ele. Aprenda a obedecer à voz do seu espírito. Se você não estiver acostumado a fazer assim, é lógico que você não atingirá o alvo rapidamente. Conforme disse­ mos, o seu espírito pode ser edificado e fortalecido assim como seu corpo pode ser edificado e fortalecido. Seu espí­ rito pode ser educado assim como sua mente pode ser edu­ cada. Mas assim, como você não começa a escola na primei­ ra série numa semana, para completar o cologial na semana seguinte, seu espírito não será educado e treinado da noite para o dia. 139


Porém, se você seguir estas quatro lições e praticá-las, depois de algum tempo você poderá conhecer a vontade de Deus Pai até mesmo nos mínimos detalhes da vida. Você re­ ceberá orientação e sempre receberá instantaneamente ou um sim ou um não. Você saberá no seu espírito o que deve fazer.

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ORANDO NO ESPÍRITO 'Porque, se eu orar em outra línguaf o meu espirito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espirito, mas também cantarei com a m en te." — 1 Corfntios 14:14-15. Um dos melhores exercícios espirituais que existe é orar em línguas todos os dias, sem falta. Seu espírito fica, então, em contato direto com o Pai de espíritos. "Pois quem fala em outra língua, não fala a homens, se­ não a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios." — 1 Coríntios 14:2.

Quando você ora em línguas, é o seu espírito quem ora — o Espírito Santo concede as palavras, mas é o seu espí­ rito quem ora. Paulo disse: "Porque, se eu orarem outra lín ­ gua, o meu espírito ora de fato..." Sempre segui a política de orar muito erh línguas, todos os dias. Conserva o meu espírito em contato com o Pai de espíritos. Ajuda a tornar-me mais consciente do meu espíri­ to. Quando você ora em línguas, a sua mente torna-se quie­ ta — porque você não está orando da sua mente para fora. E uma vez que sua mente fica quieta, você torna-se mais consciente do seu próprio espírito, e das coisas espirituais. 141


Saia do âmbito dos sentidos. Saia do âmbito da carne. Saia do âmbito do raciocínio humano. Passe para o âmbito da fé, para a dimensão do espírito. A fé é do espírito — e é a!i que as coisas grandiosas aconte­ cem!

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