Pontifícia Universidade Católica Do Paraná - PUCPR l Arquitetura E Urbanismo - Belas Artes l 9º período - Matutino - 2022 Trabalho Final de Graduação (TFG) - Pesquisa - Termo de Referência I Orientadora: Adriana Cristina Corsico Dittmar
EXPRESSÃO CULTURAL E LAZER: GALERIA DE ARTE A CÉU ABERTO por Briani Helena de Souza Britto
AGRADECIMENTOS Agradeço a meus pais e a minhas irmãs pelo apoio incondicional e pelo constante incentivo recebido ao longo de minha jornada acadêmica. A meu namorado e às minhas amigas, pelo impulso e pelo amparo. Aos professores do curso e especialmente à orientadora, pela dedicação ao compartilharem ensinamentos e ao realizarem assessorias e correções.
Expressão Cultural e Lazer: Galeria de Arte a céu aberto em Curitiba (PR).
Justificativa A arte é indissociável da cultura e da cidadania. É um meio de comunicação e de expressão que se desenvolve pela sensibilidade individual e coletiva. Ao repensar o ar livre como ambiente cultural, expande-se o campo de ação, integrando o lazer e a experiência artística a partir do externo: DEMOCRATIZAÇÃO DA CULTURA
POTENCIAL CULTURAL DE CURITIBA CENÁRIO TURÍSTICO E DEMANDAS
FÍSICA
PAISAGEM: ESPAÇO EXTERNO/VERDE
POTENCIAL DO AR LIVRE: AMBIÊNCIA E PSICOLOGIA URBANAS
ABERTURA
1968
Encontros de Arte Moderna pela professora Adalice Araújo, possibilitando contato com vanguardas artísticas nacionais e arte contemporânea. As instalações, de caráteres político e experimental, eram fora dos limites dos museus, associadas à dinâmica urbana de forma simbólica e poética, ampliando a noção do ateliê de arte com apoio da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP).
2003
Curitiba foi declarada a "Capital Americana da Cultura" pela ONG Capital Americana, com aval do Parlamento Latino Americano, do Parlamento da Europa, da Rede Europeia da Capitais Culturais, da Organização dos Estados Americanos e da Unesco.
(cultura e lazer)
NO ÂMBITO CULTURAL Essa ressignificação favorece a democratização do acesso a bens culturais, reconhecendo a linguagem artística para além de seu aspecto recreativo, por meio da exposição, produção e participação. Nesse contexto, a dinâmica da cidade atua como palco e o espaço público cumpre seu papel social e cultural.
NO ÂMBITO DA PAISAGEM
Foto ilustrativa autoral Parque Ibirapuera (SP)
POTENCIAL CULTURAL DE CURITIBA
A biofilia na integração entre galeria e área de lazer incentiva o uso de parques e praças, como um chamariz, afastando-se da impopularidade causada pelo uso genérico comumente presente nesses locais. Isso expande a diversidade de usos e usuários e estimula o entorno com um local de confluência agradável que escape da monotonia, do perigo e do vazio, considerando os olhos na rua (JACOBS, 2000).
2018
Curitiba foi eleita como o “Destino Cultural Nacional” e apontada, dentre as 12 capitais brasileiras, como aquela em que a população mais frequenta museus e exposições de arte (38% da população), conforme a pesquisa "Cultura nas Capitais", realizada pela agência JLeiva Cultura & Esporte e pelo Datafolha em 2018.
Com a ênfase na intervenção artística e na paisagem sensorial, o usuário é surpreendido por uma sucessão de pontos de vista, gerando "uma série de contrastes súbitos que têm grande impacto visual e dão vida ao percurso" (CULLEN, 1971, p. 19). Além disso, através do estudo da OMS (2019), evidencia-se a capacidade das artes de impactar positivamente no bem-estar físico e mental.
qualidade de vida
redução de ilhas de calor
qualidade da paisagem
fauna e flora
Gráfico com frequência em atividades culturais nos 12 meses anteriores à pesquisa - "Cultura nas Capitais" (2018) fonte: https://www.culturanascapitais.com.br/
EIXO 1 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
ARTE
SIMBÓLICA
PARANÁ (BR)
tema l objeto l justificativa
Tema l Objeto Projetual
03
POTENCIAL DO AR LIVRE: AMBIÊNCIA URBANA E PSICOLOGIA SOCIOAMBIENTAL A abertura de espaços é reflexo do novo aprendizado pós-pandêmico, período no qual museus e teatros de Curitiba promoveram cenários digitais. Em termos de circulação e aglomeração, o ar livre atua como um ambiente mais seguro. A integração cultural a um espaço público possibilita a transição do significado de "local" para "lugar", no qual há apropriação e reconhecimento de uma ambiência atrelada a aspectos socioambientais e à paisagem sensorial. A ambiência seria o espaço constituído por um campo objetivo, caracterizado pelo meio físico e material, e por um campo subjetivo, próximo ao meio psicológico e imaterial (DUARTE, 2002), o qual concede significado a partir de vínculos emocionais individuais e/ou coletivos. Com isso, os usos integrados de cultura e lazer seriam capazes de suscitar respostas sensíveis a partir de práticas sociais em um contexto ambiental, desenvolvendo espaços para intervenções diversas, incluindo as de caráter crítico de manifesto e de contestação social/ambiental, além de áreas abertas de convivência, aprendizado, recreação e imersão. Atividades feitas fora de casa no ano anterior à pesquisa
Brasil
Região Sul
Hábitos culturais do brasileiro
Atividades mais apreciadas
33%
consumidor de cinema
50 40 30
42%
15% consumidor de 10%
festas
praticante cultural
20
47%
10
18%
0 Cinema
17%
Restaurante Parque/Circo/Show música popular (lazer)
fonte: adaptação das informações do Panorama Setorial da Cultura Brasileira (2013-2014), cuja entrevistas envolveram 75 municípios das 5 regiões do território nacional
Nas esferas nacional e regional, percebe-se o cenário desvalorizado para galerias, dança e música. Considerando que o ar livre é uma escolha comum, objetiva-se aprimorar esse cenário. A pesquisa do Instituto Municipal de Turismo mostra que o turismo de lazer dobrou em Curitiba nos últimos seis anos, atingindo 21% do total de turistas em 2018. O ar livre como um atrativo cultural pode expandir o turismo para público externo, como alternativa de sede de eventos e exposições da Bienal Internacional e dos festivais da cidade. Embora seja palco de diversos eventos culturais, Curitiba ainda apresenta um diálogo curto entre os espaços culturais e o ar livre. A maioria dos locais são formais e fechados (fisicamente e simbolicamente), com pouca ou nenhuma relação externa com a paisagem, como, por exemplo, o Museu Oscar Niemeyer (MON), o Museu Municipal de Arte (MUMA), o Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR) e o Teatro Guaíra.
Cinema
46%
Passeio em parque/ar livre
34%
Curitiba
Show de música popular
11%
Pesquisa de demanda turística
Livraria
11%
Feira de artesanato
9%
Negócio/profissional
Teatro
7%
Visita a parentes /amigos
Museus e galerias
3%
Lazer/passeio/descanso
Espetáculos de dança (ballet/jazz, etc)
2%
Centro de Atividades Culturais/Artísticas
2%
Show de música instrumental/orquestra/clássica/erudita
1%
Exposição de pintura e desenho
1%
Museu Oscar Niemeyer (MON) interação paisagística sem apropriação artística
fonte: Leonardo Finotti/AEN
Principal motivação da viagem para a cidade
Tratamento de saúde
36,7% 25,4% 21% 7,2% 5%
Eventos fonte: Instituto Municipal de Turismo (2018)
Musel Municipal de Arte (MUMA) ausência de vegetação e interação paisagística
fonte: https://topview.com.br/
EIXO 1 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
CENÁRIO TURÍSTICO - CULTURA E LAZER
não consumidor
justificativa
Justificativa
04
BAIRROS
SITUAÇÃO ATUAL E DEMANDAS Atualmente, espetáculos do Festival de Curitiba são realizados em lugares inusitados, como em áreas abertas de centros culturais, praças, parques e terminais de ônibus. Em 2015, no 22º ano da Bienal, a exposição concedeu importante foco à arte de rua e interviu em espaços públicos com a intenção de democratizar a arte, tendo um retorno positivo dos curitibanos: "É uma oportunidade para que os artistas e a Bienal possam interagir no cotidiano da população, com as pessoas, com contato direto” - Luiz Ernesto Meyer Pereira, diretor da Bienal. Percebe-se que os murais e painéis espalhados por Curitiba, como os de Poty Lazarotto, o de Paulo Leminski no Largo da Ordem, o Mito da Vida na TECPUC e o Painel Rio Iguaçu, poderiam ser mais atrativos em local propício para contemplação e reflexão. A efemeridade das intervenções e dos espetáculos despertaria a curiosidade da mudança sensorial paisagística na interlocução entre cultura e lazer. Organização Mundial da Saúde (OMS)
12m² de área verde/hab
Organização das Nações Unidas (ONU)
18m² de área verde/hab
Curitiba Secretaria do Meio Ambiente (SMMA) - 2011
51
62 49
61
48
63
32
34
33
54
14 13
31
47
3
60 46
59 69
4
2
12
36
15
17
18
5 45
6 20
10
30
8
29 44
7 24
9
28
43 68
19
1
11
25
22
23
26
27
40
42
38
39
41
37
58
67
55
35
16
56
57
66
21
39- FANNY 40- LINDÓIA 41- NOVO MUNDO 42- FAZENDINHA 43- SANTA QUITÉRIA 44- CAMPO COMPRIDO 45- MOSSUNGUÊ 46- SANTO INÁCIO 47- CASCATINHA 48- SÃO JOÃO 49- TABOÃO 50- ABRANCHES 51- CACHOEIRA 52- BARREIRINHA 53- SANTA CÂNDIDA 54- TINGUI 55- ATUBA 56- BOQUEIRÃO 57- XAXIM 58- CAPÃO RASO 59- ORLEANS 60- SÃO BRAZ 61- BUTIATUVINHA 62- LAMENHA PEQUENA 63- SANTA FELICIDADE 64- ALTO BOQUEIRÃO 65- SÍTIO CERCADO 66- PINHEIRINHO 67- SÃO MIGUEL 68- AUGUSTA 69- RIVIERA 70- CAXIMBA 71- UMBARÁ 72- GANCHINHO 73- UMBARÁ 74- TATUQUARA 75- CIDADE INDUSTRIAL
LEGENDA
75 65
64
64,5m² de área verde/hab
parques, bosques, praças e jardinetes equipamentos culturais
áreas de cobertura vegetal de 26%
áreas de lazer e de cultura mais visitadas
74
21 parques, 15 bosques, 451 praças e 444 jardinetes, além das áreas protegidas e unidades de conservação.
72 73
Desvinculando-se dos focos ambientais e étnicos dos parques de Curitiba, a intenção é criar uma nova visão mais artística e acessível, com parcerias público-privadas envolvendo, por exemplo, a Secretaria da Comunicação Social e da Cultura de Curitiba.
53
52
50
01- CENTRO 02- SÃO FRANCISCO 03- CENTRO CÍVICO 04- ALTO DA GLÓRIA 05- ALTO DA XV 06- CRISTO REI 07- JARDIM BOTÂNICO 08- REBOUÇAS 09- ÁGUA VERDE 10- BATEL 11- BIGORRILHO 12- MERCÊS 13- BOM RETIRO 14- AHÚ 15- JUVEVÊ 16- CABRAL 17- HUGO LANGE 18- JARDIM SOCIAL 19- TARUMÃ 20- CAPÃO DA IMBUIA 21- CAJURU 22- JARDIM DAS AMÉRICAS 23- GUABIROTUBA 24- PRADO VELHO 25- PAROLIN 26- GUAÍRA 27- PORTÃO 28- VILA IZABEL 29- SEMINÁRIO 30- CAMPINA DO SIQUEIRA 31- VISTA ALEGRE 32- PILARZINHO 33- SÃO LOURENÇO 34- BOA VISTA 35- BACACHERI 36- BAIRRO ALTO 37- UBERABA 38- HAUER
71
70
Percebe-se que bairros mais afastados da região central e norte de Curitiba possuem menor quantidade e maior demanda de áreas de lazer e de equipamentos culturais, principalmente os bairros Capão Raso, Fanny, Novo Mundo, Sítio Cercado, Pinheirinho, Campo Comprido, Santa Quitéria, dentre outros. As áreas verdes e de lazer com presença cultural são os mais visitados. Um uso similar ao proposto mais próximo de Curitiba é o Campo das Artes, situado em Balsa Nova (PR).
Problemática Como fazer um projeto de uma galeria de arte a céu aberto em Curitiba para cidadãos, turistas e artistas (locais, nacionais e internacionais) que relacione lazer e cultura, levando em consideração aspectos sensoriais, imersivos, recreativos e socioambientais?
fonte: Canva Educacional
justificativa l problemática
RELAÇÃO ÁREAS DE LAZER x CULTURAIS x TURÍSTICAS
fonte mapa: autoral (2022) com base do IPPUC
EIXO 1 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Justificativa
05
experimentar a PAISAGEM
PAISAGEM
percepção e apropriação (LUGAR x SIGNIFICADO)
É a "visualização do ecossistema natural ou urbano, com combinação dinâmica de elementos naturais e antrópicos, que em determinado tempo se interrelacionam, formando um conjunto único e indissociável, equilibrado ou não, produzindo sensações diversas" (HARDT, 2000).
resultado cumulativo de tempos
ver ouvir sentir
ESPAÇO E TEMPO
paisagem como representação do espaço
DESENHO/PINTURA/ESCULTURA MÚSICA/DANÇA
IMPORTÂNCIA DE ESPAÇOS ABERTOS Os sistemas de áreas verdes "são importantes para a qualidade ambiental das cidades, já que assumem um papel de equilíbrio entre o espaço modificado para o assentamento urbano e o meio ambiente." (LIMA. AMORIM, 2006, p. 69).
Possui dimensões: ESTÉTICA (aspectos formais e sensoriais) CULTURAL (aspectos sociais e históricos) AMBIENTAL (ecossistema)
SENSORIAL Ao combinar aromas, texturas, cores, sons e cenas, estimula os sentidos (tato, visão, olfato, paladar e audição) por meio de plantas e materiais, gerando benefícios múltiplos de bem-estar e resgate de memórias (MACHADO; DE BARROS, 2020). caminhar, perceber, parar e contemplar
VIVÊNCIA/ IMERSÃO
EFEMERIDADE/ INSTANTANEIDADE
MARCAS/ REGISTROS
ÁREAS VERDES Predomínio de vegetação arbórea, como praças, jardins públicos, parques urbanos, canteiros centrais e trevos de vias. Em Curitiba, a consideração de áreas verdes como espaço de lazer ocorreu a partir da década de 1970, depois do Plano Agache (1943) e do Plano Serete (1964).
PERCURSO COM "ESTAÇÕES"
PARQUES URBANOS
Espaço aberto, de médio porte, geralmente cruzado por vias de circulação que permitem o acesso dos visitantes a diferentes setores (MASCARÓ, 2008).
LINHA TEMPORAL DOS ESPAÇOS ABERTOS DE CURITIBA CONFORME AS DIMENSÕES DA PAISAGEM 1972 - Jaime Lerner
AMBIENTAL/ECOLÓGICO
1994 - Rafael Greca
CULTURAL ÉTNICO E RELIGIOSO
2022 - nova dimensão proposta:
CULTURAL ARTÍSTICO CULTURA E LAZER: DEFINIÇÕES? SURGIMENTO DE CADA ESPAÇO? FUNÇÕES? IMPORTÂNCIA?
Parque Barigui (controle de cheias) - fonte: Melhores Destinos
Parque Tingui (etnia indígena e memoriais) - fonte: Crônicas Macaenses
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
EXPERIMENTAÇÃO
ESTRUTURAÇÃO E CONCEITUAÇÃO DAS PALAVRAS-CHAVES
ref. teórico-conceituais
Referências teórico-conceituais
06
DEFINIÇÃO É o espaço que permite o acesso à cultura, com a realização de atividades, como teatros, cinemas, museus e praças.
ORIGEM Antiguidade Clássica, onde havia espaços voltados para manifestações e convivência da cidadania na arte grega e romana como, por exemplo, a Ágora, uma grande praça a céu aberto.
ESPAÇO DE LAZER
DEFINIÇÃO "O lazer é o conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregarse de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais." (DUMAZEDIER, 2000, p.34).
ORIGEM Século XVIII (após a Revolução Industrial) na Europa, onde o lazer foi concebido como uma prática com a função de recuperar as forças do indivíduo após o trabalho.
3 FUNÇÕES DO LAZER (DUMAZEDIER, 2000) DESCANSO
reparador das deteriorações físicas e nervosas provocadas pelas tensões das obrigações cotidianas (ex.: trabalho).
DIVERTIMENTO RECREAÇÃO ENTRETENIMENTO busca de atividades compensatórias e que provoquem prazer e satisfação.
DINÂMICA DO ESPAÇO x MEIO AMBIENTE x PESSOAS
DESENVOLVIMENTO
comportamentos livremente e espontaneamente escolhidos que visem ao completo desenvolvimento da personalidade.
FUNÇÕES VEGETAÇÃO URBANA (MASCARÓ, 2010)
CENTRALIDADE Para a geógrafa Ana Fani Alessandri Carlos (2001), é um polo de atração que redimensiona o fluxo das pessoas no espaço, através de mudanças no uso. Isso gera uma nova capacidade de concentração e novas mudanças no cotidiano e nas atividades.
ref. teórico-conceituais
ASPECTOS SOCIO AMBIENTAIS
IMPORTÂNCIA DE ESPAÇOS CULTURAIS Além de atraírem encontros voltados para sociabilidade, os espaços culturais reforçam a sensação de identidade pessoal e de pertencimento (sonhos, imaginações e desejos). Com isso, a cultura artística está envolvida com "questões da existência humana no espaço e no tempo" (PALLASMAA, 2011, p. 16). O arquiteto Pallasmaa afirma que a plasticidade da arquitetura modernista priorizava a visão, a qual se tornou, no contexto contemporâneo, o único sentido capaz de acompanhar a velocidade e a simultaneidade do mundo tecnológico. Os edifícios perdem sua plasticidade e sua tatilidade e a cidade contemporânea gradativamente se transforma na cidade dos olhos, estrategicamente moldada para a publicidade e persuasão instantânea (alienação). Assim, observa-se a exclusividade da visão e eliminação/supressão dos demais sentidos. Dessa forma, é importante ressaltar que, acompanhados pela Gestalt, os olhos convidam e estimulam as sensações musculares e táteis, as quais são derivadas inconscientemente da visão e permitem a noção de espaço, profundidade e direção. Segundo Juhani (2011, p. 61), "ao confrontar uma obra de arte, projetamos nossas emoções e sentimentos na obra." Logo, os espaços culturais contêm grande potencialidade de explorar os demais sentidos, especialmente se internalizados na paisagem, estimulando aspectos socioambientais da cidade. sombreamento (resfriamento pavimentos e edificações) temperatura e umidade do ar (trocas térmicas com entorno) ventilação (deflexão, obstrução, filtragem, permeabilidade e sensação térmica)
acústica (barreiras de ruídos urbanos) controle da poluição atmosférica (gases de áreas industriais e automóveis)
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
ESPAÇO CULTURAL
Referências teórico-conceituais
07
INFRAESTRUTURA VERDE
parques lineares
corredores verdes
jardins de chuva/ canteiros pluviais
biovaletas
Redes planejadas e manejadas de áreas naturais, paisagens funcionais e outros espaços abertos que visam a conservação dos valores e funções dos ecossistemas urbanos e proporcionam benefícios associados para populações humanas. TIPOLOGIAS DE INFRAESTRUTURA VERDE NO AMBIENTE URBANO
Referências técnico-tecnológicas
paredes verdes
revestimentos permeáveis
coberturas verdes
fontes: Pinterest, projetos Corredor Verde de Cali e Parque Linear Rio Tietê
ASSENTOS PÚBLICOS E DIMENSÕES MÍNIMAS DE CALÇADA
ACESSIBILIDADE UNIVERSAL NBR 9050 (2015) RAMPAS
Superfícies de piso com declividade igual ou superior a 5%.
Dimensionamento Rampa
bacias de infiltração, detenção e retenção
Desníveis máximos de cada segmento de rampa (h)
Inclinação admissível em cada segmento de rampa (i%)
Número máximo de segmentos de rampa
1,50m
5,00 (1:20)
Sem limite
1,00m
5,00 (1:20) < i ≤ 6,25 (1:16)
Sem limite
0,80m
6,25 (1:16) < i ≤ 8,33 (1:12)
15
Os assentos devem apresentar altura entre 0,40 m e 0,45 m, medida na parte mais alta e frontal do assento; largura do módulo individual entre 0,45 m e 0,50 m; profundidade entre 0,40 m e 0,45 m, medida entre a parte frontal do assento e a projeção vertical do ponto mais frontal do encosto; Vista Superior Banco – Área para Transferência
Corte Faixas de Uso da Calçada
fonte: ABNT NBR 9050 (2015)
PISO TÁTIL E SINALIZAÇÃO
fonte: ABNT NBR 9050 (2015)
Possui textura e cor contrastantes em relação ao piso adjacente, destinado a constituir alerta ou linha-guia, como orientação, principalmente, às pessoas com deficiência visual ou baixa visão. São de dois tipos:
Sinalização Tátil e Visual de Alerta
Sinalização Tátil e Visual Direcional fonte: ABNT NBR 9050 (2015)
DECRETO MUNICIPAL Nº 1021/2013 ESTACIONAMENTO Vagas Normais: 2,40m x 5,00m - gestantes com 2% do nº total de vagas. Vagas Idosos: 2,40m x 5,00m (próximas da entrada) 5% do nº total de vagas. Vagas PNE: 3,50m x 5,00m, ou normal desde que porta abra sobre circulação o recuo - 2% do nº total de vagas ou tabela conforme quantidade total de vagas.
fonte: ABNT NBR 9050 (2015)
ref. teórico-conceituais I ref. técnico-tecnológicas
ASPECTOS SOCIO AMBIENTAIS
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Referências teórico-conceituais
08
ILUMINAÇÃO EXTERNA
CONFORTO ACÚSTICO ESTRATÉGIAS Orientação e formato da edificação; Espaços de transição entre ambientes de maiores e menores ruídos; Atentar para fontes de ruídos incomuns ou intermitentes; Evitar a transmissão de ruídos indesejáveis da rua, de bombas de calor, geradores de emergência, etc; Utilização de produtos naturais para isolamento; Para medição e avaliação de níveis sonoros junto a um especialista, a NBR 10152 atua como guia.
Utilização de fotossensor com sensor de movimento ou fotossensor com temporizador; Sensores de movimento: mais bem empregados junto a fotossensores, para evitar que lâmpadas sejam acesas acidentalmente durante o dia.
Os materiais bons absorvedores sonoros são os leves (pouca massa), moles e porosos. Já os materiais com características de isolantes acústicos são os pesados (muita massa), duros e lisos. A classificação padrão NRC (Coeficiente de Redução de Ruído) corresponde à média aritmética dos coeficientes de absorção para as frequências de 250, 500, 1000 e 2000 Hz, variando de 0,00 (perfeitamente reflexivo) a 1,00 (perfeitamente absorvente), como abaixo:
fonte: CHING; SHAPIRO (2017)
Alguns materiais mais absorventes
Concreto aparente Vidro
0,030 0,030
Superfície metálica
0,025
Lã de rocha Lã de vidro Chapas acústicas de fibra de madeira
Alvenaria rebocada
0,025
Espumas acústicas
0,72 0,68 0,57 0,50
PAPEL DA VEGETAÇÃO Densas barreiras de vegetação possibilitam um relativo isolamento dos ruídos no interior de praças e parques a partir da absorção do som, do desvio da direção, da reflexão (volta ao ponto de origem) e da refração (mudança de direção ao redor de um objeto por ocultamento de outro som). Mascaró (2010) afirma que a vegetação absorve melhor sons de alta frequência do que de baixa, podendo ser integrada à massa construída ou a desníveis do terreno. A efetividade é maior quando barreiras são mistas, compostas por árvores, arbustos e forrações, em diferentes alturas, formas e distâncias.
fonte: MASCARÓ (2010)
fonte: CHING; SHAPIRO (2017)
Lâmpada fluorescente é significativamente mais eficiente do que uma incandescente ou halógena; É importante aliar a necessidade de iluminação ao programa de necessidades.
fonte: CHING; SHAPIRO (2017)
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Alguns materiais menos absorventes
ref. teórico-conceituais I ref. técnico-tecnológicas
Referências técnico-tecnológicas
09
ZONEAMENTO BIOCLIMÁTICO DE CURITIBA Zona Bioclimática Z1 (NBR 15220-3) conforme mapa de Zoneamento Climático Brasileiro. Desconforto pelo frio: consulta de estratégias de conforto ambiental no site Projetee Dados Climáticos.
fontes: Projetee Dados Climáticos.
fonte: NBR 15.220-3 (2003)
GRÁFICO ROSA DOS VENTOS PARA CURITIBA
O conforto térmico deve ser pensado tanto na arquitetura quanto na paisagem, considerando espécies de vegetação que concedam entrada do sol durante o inverno. GRÁFICO TEMPERATURA | ZONA DE CONFORTO
CONDIÇÕES DE CONFORTO
maior força a Leste
fonte: Projetee Dados Climáticos.
fonte: Projetee Dados Climáticos.
fonte: Projetee Dados Climáticos.
ref. teórico-conceituais I ref. técnico-tecnológicas
CONFORTO TÉRMICO
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Referências técnico-tecnológicas
10
ESTRUTURAÇÃO DA ANÁLISE DOS ESTUDOS DE CASO
ASPECTOS GERAIS
PROBLEMÁTICA
ASPECTOS ESPECÍFICOS
EXPLICAÇÕES
Aspectos Socioambientais
Inserção Urbana
Arquitetura/Paisagem/Arte Sensorial
Diretrizes Projetuais
Diretrizes Tecnológicas
Análise da materialidade e da sensorialidade da arquitetura e da paisagem.
Cultura (Imersão) x Lazer (Recreação)
Programa de Necessidades
Soluções Estruturais
Estrutura utilizada para pavilhões e galerias.
PARC DE LA VILLETTE, PARIS
fonte: Wikimedia Commons
3
INSTITUTO INHOTIM, BRASIL
fonte: Blog Buson
CONTRIBUIÇÕES PROJETUAIS
2
Parque como requalificação do espaço; Diretrizes projetuais que integram parque e arte; Percursos com estações ("folies") e jardins; Programa voltado a espetáculos e exposições; Estrutura (passarelas e estações).
CONTRIBUIÇÕES PROJETUAIS Diretrizes projetuais na relação entre paisagem, arquitetura e arte; Venustas e diálogo entre galerias e paisagismo; Caminhos, trilhas e jardins; Programa com usos educacionais.
MILLENNIUM PARK, EUA
fonte: Architect Magazine
4
SESC POMPEIA, BRASIL
fonte: SESC
Elementos e soluções para essa interação.
CONTRIBUIÇÕES PROJETUAIS Parque como requalificação do espaço e conectividade com áreas verdes do entorno; Diretrizes projetuais que integram parque e arte; Sensorialidade do jardim e do pavilhão (palco); Estrutura e mobiliário do pavilhão.
CONTRIBUIÇÕES PROJETUAIS Relação de identidade urbana e comunidade local; Apesar de ser uma referência apenas arquitetônica, o programa diversificado de cultura e de lazer contribui para a análise das demandas de usos e adaptações a locais abertos; Sistema estrutural utilizado.
ESCOLHAS E JUSTIFICATIVAS DOS ESTUDOS DE CASO
1
Relação Paisagem x Espaço Construído
ref. técnico-tecnológicas
ESTRUTURAÇÃO DAS PALAVRAS CHAVES
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Referências técnico-tecnológicas
11
Arquitetos/Paisagistas: Bernard Tschumi
Inserção Urbana O parque, cujo projeto objetivava revitalizar o local abandonado do Mercado de Carnes e Matadouro, situa-se em área urbana consolidada e é cortado pelo Canal de l'Ourcq, por avenidas que conectam ao centro e pela linha ferroviária que leva a Gare de l'Est.
Localização: Paris, França Área: 505.860m² Ano: 1982-1998
Boulevar Périphérique
Linha ferroviária
Diretrizes Projetuais
Canal St Denis
Boulevar Macdonald
PARTIDO
Integração entre natural e o artificial: descoberta e a liberdade interpretativa, integrando espaço, evento e movimento e tendo por base a abstração da exploração dos sentidos e do desconstrutivismo.
Desmembramento de elementos em: Superfícies: espaços verdes abertos (texturas); Linhas: caminhos sinuosos (movimentos); Pontos: estruturas em vermelho ("folies"), como um edifício desmembrado em pequenos pavilhões, inseridos em malha ortogonal (eventos, informalidade e efemeridade). fonte: Hoteis.com
caminhos com arborização paralela
+ PONTOS
+ 12 0
SUPERFÍCIES
m
120m
Continuidade de uma "cidade desmembrada" acompanhada pela vegetação. Conexões visuais horizontais e verticais. Uso da cor no espaço construído para dar unidade. Edifícios monumentais integrados com caminhos e acessos guiados.
galerias em curvas serpenteantes
Diretrizes Tecnológicas
galerias elevadas retas (nortesul/leste-oeste) com ciclofaixa
MATERIALIDADE E SENSORIALIDADE
folies (cubos imaginários 10x10x10m) áreas verdes permeáveis áreas pavimentadas
SISTEMA ABSTRATO
Grande Halle (mercado preexistente tombado para shows e exposições)
cultura
Museu da Ciência e Tecnologia (preexistente) Cidade da Música Teatro Centro Equestre Géode (Cinema 3D Monumental) Pavilhões e Conservatório (oficinas, palcos, concertos, circos e exposições)
lazer
26 Folies - multiuso (restaurantes, escritórios, centros de informação) 12 jardins temáticos (guiados pelos caminhos sinuosos) Espaço aberto/verde para esporte, lazer e cinemas ao ar livre Ginásio Playground
serviço
Administração Apoio (sanitários) Estacionamentos externos (maioria internos ou subterrâneos) Estações de transporte (metrô, ônibus, taxi) Acessos veículos Acessos pedestres Galerias elevadas Caminhos originais do projeto (hoje possuem intervalos com áreas de estar) Hidrografia
Caminhos em pedra acompanhados por árvores de copas cheias, com intervalos de bancos e equipamentos de exercício metálicos.
distribuição de usos e caminhos conectores
Programa I Setores I Fluxos
fonte: Archdaily com adaptação da autora (2022).
Galerias elevadas (norte-sul) com cobertura sinuosa metálica, dando movimento.
Soluções Estruturais
Jardins temáticos e sensoriais com forrações, arbustos, árvores e trepadeiras, além de bancos.
Gramados amplos para descompressão e Géode como uma grande escultura refletora do espaço. fontes imagens: Google Maps
Folies: estrutura metálica ou de concreto com pintura em vermelho. Galerias elevadas: estrutura metálica. fonte: Site Bernard Architects adaptado pela autora (2022)
fontes imagens: Site Bernard Architects
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
CONCEITO
explosão de formas
Av Jean Jaurès
Relação Paisagem x Espaço Construído
LINHAS
ASPECTOS GERAIS
Av de Flandre
fontes: Google Earth e Site Bernard Architects com adaptação da autora (2022)
ASPECTOS ESPECÍFICOS
fonte: Petit Futé
Parque urbano cultural público para lazer, atividade e interação, com maior foco na música.
ref. técnico-tecnológicas
PARC DE LA VILLETTE
1
12
Arquitetos/Paisagistas: Gehry Partners, Renzo Piano, SOM, Harley Ellis Devereaux (HED)
O parque, cujo projeto objetivava revitalizar o local do antigo estacionamento de carros e de trens da ferroviária, situa-se em área urbana consolidada a oeste do Lago Michigan. Possui acesso principal pela Michigan Ave, ao sul do rio de Chicago que encontra o lago. Dá continuidade aos espaços verdes das duas quadras lineares ao Lago Michigan, atendendo áreas residenciais das quadras a oeste. A área se separa do parque de lazer vizinho Maggie Daley pela Columbus Drive.
Localização: Chicago, Illinois, EUA Área: 99.150m² Ano: 1998 - 2004
NORTE-SUL Columbus Drive Michigan Ave
fonte: Google Earth com adaptação da autora (2022)
Monroe St
Rio Chicago Maggie Daley Park
Lake Shore Drive
Relação Paisagem x Espaço Construído PARTIDO
Componentes como obras de arte e parque como organismo vivo, evocando sensações no usuário através da expressividade artística. Como indica o nome, a intenção do parque é funcionar como uma ponte entre o passado e o futuro da cidade (identidade).
Ortogonalidade acentuada por caminhos e pela linearidade e pela vegetação, facilitando e conectando fluxos do entorno. Na concha acústica/pavilhão, tratada como ponto focal, há uniformização de ondas sonoras por meio do gramado e dos assentos, além de sistema de iluminação e de projeção.
Espaços delimitados por árvores, assemelhando-se a quadras. Vegetação objetiva e ordenada, dando direcionamento junto aos caminhos até as esculturas, jardim e principalmente ao pavilhão, delimitando "setores". Comunicação leste com passarela de pedestres sinuosa até o Maggie Daley Park, transformando o desenho ortogonal em orgânico.
fonte: Archdaily
Diretrizes Tecnológicas extensão gramado/piso caminhos e paisagismo linear, com dinâmica nas estações fonte: Pinterest e GetYourGuide
delimitação verde e simetria
ponto focal e/ou mudança de uso (praças)
+
espaço construído orgânico e dinâmico (futurista em Gehry e modernista nas edificações de apoio)
MATERIALIDADE E SENSORIALIDADE
Instituto de Arte de Chicago (modernista) dialogando com pavilhões Exelon do parque
Programa I Setores I Fluxos Pavilhão Jay Pritzker (concertos/shows ao ar livre - até 120 músicos
Pavilhão e mobiliários Organicidade da metálicos, amplitude do passarela BP em metal e gramado e escultura madeira como um refletora (espelho e passeio aberto entre distorção do entorno). espaços verdes.
no palco, 4.000 pessoas em assentos fixos e 7.000 no gramado)
cultura
Teatro para Música e Dança Joan W. e Irving B. Harris
COLUMBUS DRIVE
Passarela de Pedestres BP (293m de extensão) Cloud Gate (Anish Kapoor) Crown Fountain (Jaume Plensa - contato com a água) Monumento do Milênio (fonte + colunas estilo dórico)
Soluções Estruturais
Exposições de Arte (interativas e efêmeras) Galerias Boeing (abertas e atualmente arborizadas)
Praça McCormick Tribune Praça Wrigley Jardim Lurie Pista de Gelo e Restaurante Grill Pavilhões Exelon (possuem energia solar e dão acesso a dois estacionamentos subterrâneos, uma estação de trem suburbano e
MONROE STREET
lazer
Praça SBC (feiras, mesas alimentação e exposições temporárias)
RANDOLPH STREET
Gramado
Jardim com texturas, cores e alturas diversas em estrutura de metal e passarela em madeira que se conecta à BP.
Esculturas e monumentos com água como elemento sensorial e de interação.
fontes imagens: Archdaily, Dona Arquiteta e Sygic Travel
Pavilhão: painéis de aço inoxidável, com palco revestido em madeira. O sistema de reforço e potencialização de som e o controle de ruídos do entorno é feito por uma treliça em forma de cúpula achatada, de tubos de aço curvos e com apoio de pilares de concreto cilíndricos revestidos de aço. Outras estruturas do parque também combinam concreto e aço, além da madeira como revestimento.
uma estrada de ônibus no nível mais baixo) Administração/Informação Apoio/Sanitários (2 subterrâneo, com acesso por escada e rampa) Bicicletários Passeio principal (ponto norte ou sul com instalações temporárias festivais/feiras) Passeio secundário (bancos, canteiros com cor e escadarias) Acessos pedestres e rampas acessibilidade Acesso veículos
0
25
50
100m
MICHIGAN AVENUE
fonte: Archdaily com adaptação da autora (2022)
fonte: Archdaily
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
CONCEITO
serviço
ASPECTOS GERAIS
Diretrizes Projetuais
LESTE-OESTE Rodolph St
ASPECTOS ESPECÍFICOS
fonte: Dona Arquiteta
Parque cultural financiado pela parceria públicoprivada com foco em esculturas, música e dança.
ref. técnico-tecnológicas
Inserção Urbana
MILLENNIUM PARK
2
13
Empresário: Bernardo de Mello Paz
Inserção Urbana Localiza-se em área rural, na Fazenda Nhotim, a noroeste da mancha urbana de Brumadinho. Com a RPPN e a mata nativa, conecta-se ao sul da Cadeia do Espinhaço. Com proximidade do Rio Paraopeba, possui acesso por estrada asfaltada na Avenida Nhotim, que segue até São Joaquim de Bicas. Por exigir pagamento ingressos e transporte, já que é distante dos centros urbanos, alguns programas sociais promovem acesso gratuito a grupos vulneráveis, como forma de democratizar o acesso à arte e à cultura.
Localização: Brumadinho, MG, Brasil Área: 1.400.000m² Ano: 2002 - 2006
fonte: G1
Instituto cultural privado sem fins lucrativos que envolve museu de arte contemporânea a céu aberto e Jardim Botânico.
Avenida Inhotim
fonte: Google Earth com adaptação da autora (2022)
Interligados por caminhos e trilhas, os pavilhões atuam como abrigo expositivo das obras contemporâneas (60 artistas de 38 países diferentes), compostos por uma arquitetura pavilhonar dialogada tanto com as obras quanto com o paisagismo (transparência e abertura). Remete à cidade-jardim de Ebenezer Howard, com jardins de texturas, cores e caminhos curvilíneos influenciados por Burle Marx. Os pavilhões atendem particularidades do sítio, da configuração espacial, do discurso expositivo, da iluminação (natural e artificial) e da materialidade de fundo. Possuem três categorias (RIBEIRO, 2016):
TRÍADE:
PAVILHÕES DE:
paisagem
+ arquitetura
arte
integração
(misteriosas, discretas, com foco no externo)
fusão
(obras indissociáveis da arquitetura)
Programa I Setores I Fluxos 19 galerias/pavilhões permanentes (cada um de um único artista, projeto por arquitetos específicos), 4 temporários com duração em torno de 2 anos (Lago, Fonte, Praça e Mata, pelo arquiteto Paulo Orsini) e 8 jardins temáticos (4.500 espécies, ocupando 30% da área). Nos pavilhões: pinturas, desenhos, fotografias e vídeos.
cult. inst. lazer
Trilha 02
MATERIALIDADE E SENSORIALIDADE
adaptação
(intervenções e reformas no preexistente)
Água como elemento Arquitetura moderna Mobiliário rústico com sensorial dialogado com complementar à paisagem uso da madeira e piso em as instalações e (uso do branco, concreto pedra, trazendo conforto, pavilhões, além das cores aparente) e caminhos integração e experiência e texturas da vegetação. (unidirecionais, praças, individualizada. rampas, escadas).
Jardins temáticos imersivos: caminhos, clima, estações e ambiências. fontes imagens: Site Inhoti, Arte que Acontece, Pinterest
Pavilhões: contam com grandes vãos para versatilidade e apresentação de obras de variadas mídias (apoio centro, parede, teto, piso). Destacam-se o uso do concreto armado e de peles/membranas acústicas nos revestimentos e vedações.
Possui setor institucional/educacional. Trilha 01
Diretrizes Tecnológicas
Soluções Estruturais
Ao ar livre: esculturas e instalações, além dos destaques botânicos.
fonte: Revista VEJA
Trilha 03
10 galerias, 9 obras ao ar livre, 6 jardins temáticos 6 galerias (3 temporárias), 11 obras ao ar livre, 2 jardins temáticos 7 galerias (1 temporária), 4 obras ao ar livre Lagos e espelhos d'agua Igrejinha
GALERIA ADRIANA VAREJÃO
SONIC PAVILION
GALERIA MARCENARIA
integração
fusão
adaptação
Restaurantes/cafés/lanchonetes Biblioteca Viveiro Educador Centro de Educação e Cultura Burle Marx Administração/recepção e bilheteria
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Em uma paisagem natural e cultural, busca a integração entre arte, natureza, cultura, arquitetura, entretenimento e educação, em meio à riqueza dos biomas da Mata Atlântica e do Cerrado. É um ambiente acessível, acolhedor e expressivo para interação com acervos artísticos e botânicos. Além do questionamento espaço e do tempo das obras contemporâneas, transmite um pensamento ecológico de conscientização e conservação da biodiversidade, tendo em vista que a área envolve uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN).
Relação museu-parque em roteiro que integra o construído e o natural. Espaços escolhidos pelos artistas para pavilhões permanentes, dialogando com a obra particular (site specific) e com o meio natural - respostas de integração, fusão e adaptação. Intercalação de elementos (dinamicidade) e aproveitamento da topografia e dos recursos naturais.
ASPECTOS ESPECÍFICOS
PARTIDO
+
Rio Paraopeba
Relação Paisagem x Espaço Construído
CONCEITO
serv.
ASPECTOS GERAIS
Diretrizes Projetuais
ref. técnico-tecnológicas
INSTITUTO INHOTIM
3
Sanitários, fraldários e vestiários (além daqueles dentro de galerias) Estacionamento Acessos pedestres Acessos veículos
0
50
100
200m
fonte: Site Inhotim
fonte: Archdaily
14
Localiza-se na Zona Oeste e no Bairro Água Branca de São Paulo, com predominância de usos comerciais e habitacionais no entorno, destacando a presença da comunidade local.
Arquiteta: Lina Bo Bardi
Em área urbana consolidada, faz conexão sul com a cidade pela Avenida Pompeia e possui proximidade ao Bourbon Shopping e ao Supermercado Sonda. A estação de metrô (linha 6) se encontra em obra no lote ao lado.
Localização: São Paulo, Brasil Área: 23.571m² Ano: 1977 - 1986
Av. Francisco Matarazzo
Centro de cultura e lazer privado como requalificação da antiga área dos galpões da fábrica de tambores de óleo da Pompéia.
Rua Clélia
PARTIDO
Valorização e preservação da história e da simplicidade da fábrica de tambores, em busca de uma identidade urbana em um edifício que quebrasse a regra da rigidez ortogonal, proporcionando uma diversidade de usos e um polo atrativo para sociabilidade.
+ ASPECTOS GERAIS
Relação Paisagem x Espaço Construído VOLUMES PRISMÁTICOS BRUTALISTAS
continuidade
VERTICALIZAÇÃO ARQUITETURA FABRIL
Prisma retangular menor: 12 pavimentos com janelas quadradas sem alinhamento ortogonal. Prisma retangular maior: 5 pavimentos com janelas de aberturas irregulares; pé direito coincide a cada 2 pavimentos do prisma menor. Cilindro: anéis sobrepostos com 70m de altura.
Extensão interna das ruas do entorno. Verticalização e visuais: áreas baixas, arborização da Av. Pompeia e trevo vegetado cercado do entorno. Pouca permeabilidade interna: pisos em concreto e pedra; maior presença verde (tímida) no deck do solário.
Diretrizes Tecnológicas
fonte: Archdaily
MATERIALIDADE E SENSORIALIDADE
cilindro aberturas (cor)
prisma menor assimetria
prisma maior
4 níveis de passarelas ramificadas (descompressão)
edifício fábrica fonte: Eduardo Bajzek fonte: Archdaily
Programa I Setores I Fluxos 1. Ginásios poliesportivos, piscinas cobertas e canchas 2. Lanchonete/café, vestiários, salas ginástica, luta e dança 3. Torre caixa d'água 4. Solário, espelho e queda d'água (Córrego das Águas Pretas canalizado) 5. Armazéns e manutenção 6. Ateliês de arte: cerâmica, pintura, carpintaria, estofamento, gravadora e impressora 7. Laboratório de fotografia, estúdio de música e vestiários 8. Teatro (1.200 assentos) com palco no centro 9. Camarins 10. Restaurante (200 refeições/dia), bar e cervejaria 11. Cozinha industrial 12. Vestiários funcionários e apoio refeitório 13. Área de estar em praça interna com lareira e espelhos d'água 14. Biblioteca 15. Pavilhão/hall de exposições temporárias 16. Escritórios administrativos 17. Sanitários Circulação horizontal (aberta) Circulação vertical (entre pavimentos nos primas e para depósitos no mezanino da fábrica) Acesso principal Acesso secundário (serviço)
Rusticidade e cor dos tijolos do edifício da fábrica.
Espelhos d'água, seixos e organicidade em contraste com a cobertura metálica.
Ateliês com meias paredes texturizadas privacidade e interação.
Soluções Estruturais
Setor Esportivo Setor Cultural Educacional Setor Cultural Expositivo Setor Social (lazer e alimentação) Setor Serviço Setor Administrativo
lajes nervuradas protendidas
PRISMA MAIOR
fontes imagens: Ana Claudia Schad, SESC SP e Archdaily
PRISMA MENOR
paredes perimetrais portantes estacionamento
Grandes aberturas irregulares com cor vermelho-alaranjados remetendo ao tijolo.
cilindro com concretagem de setenta anéis e passarela metálica entre ele e prisma menor lajes nervuradas protendidas e escada externa em concreto
passarelas em concreto protendido aparente (vão até 25m)
embasamento maior com paredes inclinadas (1,5m deslocamento) Corte AA'
Volumes prismáticos em concreto. Antiga fábrica em concreto armado + cobertura metálica treliçada para grandes vãos e permeabilidade visual.
17
fonte: Archdaily com adaptação da autora (2022)
Corte Fábrica
fontes: Archdaily com adaptação da autora (2022).
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
CONCEITO
continuidade
Linha ferroviária
fonte: Google Earth com adaptação da autora (2022)
Diretrizes Projetuais
continuidade
Rua Barão do Bananal Rua Venâncio Aires
ASPECTOS ESPECÍFICOS
fonte: Manuel Sá
Av. Pompeia
ref. técnico-tecnológicas
Inserção Urbana
SESC POMPEIA
4
15
São Paulo (BR) - 23.571m²
Bernardo de Mello Paz l 2006 4
SESC POMPEIA Lina Bo Bardi l 1986
SÍNTESE
Área urbana consolidada. Avenidas conectoras norte-sul e leste-oeste. Proximidade da ferrovia. Menor arborização, porém parques próximos. Entorno de áreas comerciais e residenciais. Futura estação de metrô no lote ao lado.
Acesso facilitado na inserção em ambiente urbano, tendo como produto a requalificação de áreas com demanda e o atendimento tanto da comunidade local residente quanto de outros pontos da cidade. Destaca-se importância da articulação com vias conectoras/estruturantes, integrando pontos de transporte do entorno, além da possível conexão com outras áreas verdes próximas. OBS.: considerando demandas, a inserção mais adequada é a urbana. Apesar de Inhotim ser rural, sua relação com a vegetação preexistente também é importante.
sanitários
pontos focais
+
+
Expressividade e acolhimento na tríade paisagem x arquitetura x arte. Arquitetura pavilhonar dialogada com obras de arte e paisagismo (caminhos/trilhas):
integração
fusão
adaptação
administração
+ monumentos
edifícios
+ pista de gelo e alimentação
praças e jardim
+ sanitários e adminstração
Relação Paisagem x Espaço Construído
coberturas sinuosas e mobiliário
Folies como desmembramento de um edifício em pedaços dispersos integrados pela cor e pelos caminhos vegetados.
A vegetação, o direcionamento e a ortogonalidade setorizam o parque em praças, cada uma com um monumento ou elemento diferente. O Pavilhão Jay Pritzer é o ponto focal principal, sendo a paisagem complementar a ele.
estacionamento subterrâneo
galerias
obras de arte
permanências e jardins temáticos
biblioteca e centro de educação
+ sanitários
administração
Diretrizes Tecnológicas Soluções Estruturais
folies
caminhos
esculturas reflexivas
sombreamento com árvores
gramados amplos
pavilhão e mobiliário
piso passarelas
espelhos d'água
Aço inoxidável em treliça e concreto revestido de aço no pavilhão, o qual funciona como uma concha acústica. esculturas reflexivas
pavilhões
direcionamento sombreamento com arbustos com árvores
mobiliário
caminhos e estares
Arquitetura toma partido da vegetação e da topografia, buscando materiais neutros e valorizando a soberania da paisagem, dos caminhos e das obras de arte.
Concreto armado + vedações com reforço acústico de algumas galerias. lagos e espelhos d'água
maciços de vegetação
sombreamento com árvores
novo edifício
cobogós janelas
Setor Esportivo Setor Cultural Educacional Setor Cultural Expositivo Setor Social (lazer e alimentação) Setor Serviço Setor Administrativo
+ Valorização histórica e artística com diversidade e sociabilidade.
Circulação vertical Circulação horizontal
Acesso principal Acesso secund.
antiga fábrica
estacionamento
Volumes prismáticos brutalistas: Arquitetura que permite visuais da paisagem do entorno, porém pouca relação com espaços verdes (dentro ou fora do terreno). 17
cobertura
Verticalização arquitetura fabril e conexões horizontais (passarelas).
Fatores sensíveis pautados pela expressividade artística e atribuição de pontos marcantes, conectados pela fluidez entre passagens e paradas que integram os elementos com a paisagem natural. OBS.: considerando o espaço aberto, as diretrizes mais adequadas são as que se relacionam diretamente com a paisagem, porém também se destaca o caráter social da arquitetura do SESC.
Folies em aço com pintura eletrostática vermelha e concreto armado, em sistema de vigas e pilares.
Os espaços abertos oferecem áreas de cultura, lazer e serviço/administrativo, destacando-se a importância de edificações de apoio bem distribuídas e a presença de jardins temáticos/sensoriais. Nos espaços construídos, além das quadras esportivas cobertas, algumas áreas expositivas e educacionais necessitam de conforto acústico, térmico e lumínico. Os estacionamentos são trabalhados de maneira subterrânea ou mais distantes, sem conflitar com a morfologia da paisagem.
O natural leva ao construído e vice-versa, podendo consequentemente criar pontos de encontro, de passagem, de interação e de permanência. Os tratamentos arquitetônico e paisagístico buscam uma característica em comum para dar unidade ao todo. OBS.: considerando o espaço aberto, a relação mais adequada é a que integra o contexto natural, com pouco auxílio do SESC nesse aspecto.
ref. técnico-tecnológicas I quadro síntese
+
galerias cobertas e passeios sinuosos
+ playgrounds, ginásio, jardins
passeios principais e secundários
cultura lazer serviço cultura
delimitação verde
cultura
setorizações (praças internas)
lazer
Ortogonalidade e simetria da paisagem:
folies
edifícios
Ponte expressiva entre passado e futuro conectando a arte e o natural.
serviço
CONCEITO PARTIDO CONCEITO
superfícies
+
trilhas dinâmicas com intercalações
INSTITUTO INHOTIM
Longe de centros urbanos (transporte dificultado). Via rural asfaltada com fluxo baixo. Proximidade do Rio Paraopeba. Área bem arborizada e isolada com mata nativa. Entorno de fazendas e reservas particulares.
linhas
lazer
3
pontos (folies)
inst.
Brumadinho (BR) - 1.400.000m².
Gehry Partners, Renzo Piano, SOM, HED l 2004
+
+
serviço
MILLENNIUM PARK
Área urbana consolidada e revitalização/requalif. Vias conectoras norte-sul. Transportes próximos: metrô e ônibus. Proximidade do Rio Chicago e do Lago Michigan. Continuidade de áreas verdes paralelas ao lago. Áreas residenciais/mistas recuadas e alto gabarito.
PARTIDO
2
CONCEITO
Chicago (EUA) - 99.150m²
Bernard Tschumi l 1998
Programa I Setores I Fluxos
Liberdade e sensibilidade interpretativa do elo natural x artificial. Abstração:
PARTIDO
PARC DE LA VILLETTE
Área urbana consolidada e revitalização/requalif. Avenidas e boulevards estruturais (centro). Transportes próximos: metrô e ônibus. Presença da ferrovia e da hidrografia (canal). Entorno arborizado, médio/alto gabarito.
Diretrizes Projetuais
CONCEITO
Inserção Urbana
PARTIDO
1
ASPECTOS ESPECÍFICOS
ASPECTOS GERAIS
Paris (França) - 505.860m²
ESTUDO DE CASO
SÍNTESE
QUADRO
piso solário
espelho d'água
Valorização da sensorialidade dos recursos naturais (textura, cores e água), integração com materiais rústicos (madeira) ou neutros (concreto) e pontos focais com uso do metal ou do reflexo. O uso de cores neutras das edificações possibilita a atenção maior à arte e ao paisagismo. A base dessa interdependência se encontra nos sentidos humanos.
Aço em treliça plana na cobertura e concreto com estruturas nervuradas e protendidas para grandes vãos.
Maior uso de concreto armado e de aço para grandes vãos e pés-direitos altos, com técnicas de protensão, nervuras e/ou treliças.
fontes: autoral (2022).
EIXO 2 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Referências técnico-tecnológicas
16
conexão centro com Av. Sete de Setembro
REGIÕES - DEMANDA (CULTURA/LAZER) ALMIRANTE TAMANDARÉ
COLOMBO
CURITIBA (PR) PORTÃO rio
CAMPO MAGRO
Vil a
Fo
rm
FAZENDINHA
PINHAIS
Terminal Portão
FANNY
os
a
Cap ão R
aso córr
ego
ARAUCÁRIA
rd e Ve ha in
CAPÃO RASO
XAXIM
Terminal Pinheirinho
PINHEIRINHO
REGIÃO CENTRO-SUL
44.063 habitantes (Censo 2010)
36.065 habitantes (Censo 2010)
Poucas áreas verdes e de lazer: clubes de futebol e Praça Anna Ritter, Praça Arthur Morgenstern Junior, Praça Luiz Fernando Mainardes, além de alguns jardinetes. Não há equipamentos culturais. Maior estrutura de educação, saúde e trabalho: faculdade, hospitais e empresas. Localização estratégica para abranger outros bairros com demanda.
Poucas áreas verdes e de lazer: Bosque do Trabalhador, Jardinete Jorge Haikel Fahd, Praça Elba de Pádua Lima, Praça Nova República, Praça Primo Favretto, Rua da Cidadania Pinheirinho. O único equipamento cultural é a Escola de Música Arte e Cultura. Média estrutura de educação, saúde e trabalho: escolas estaduais e municipais, unidades de saúde menores e comércio de bairro.
O transporte público entre terminais envolve linhas importantes como expressos biarticulados Circular Sul e Ligeirão (Pinheirinho/Carlos Gomes e Fagundes Varela/Pinheirinho) e interbairros II, III e IV.
BAIRRO PRADO VELHO
BAIRRO GUAÍRA
bairro já atendido por cultura e lazer, acesso dificultado e área insuficiente
revitalização de praça, sem informações na guia amarela e zoneamento sem permissão para uso cultural
BAIRRO REBOUÇAS
BAIRRO PINHEIRINHO
ÁREAS
aprox. 5,05 km²
fonte: autoral (2022).
Estudo realizado com análise de vazios e potenciais de áreas verdes em Curitiba.
origem italiana
aprox. 5,95 km²
Mercado Municipal Capão Raso Hospital do Trabalhador Faculdades Santa Cruz Hospital do Idoso Zilda Arns Centro Tecnológico Positivo Shopping Palladium e Ventura
OUTRAS ÁREAS ESTUDADAS E ANULADAS NA ESCOLHA
BAIRRO CAPÃO RASO
MOTIVOS DE ANULAÇÃO
origem polonesa
LEGENDA área de intervenção áreas verdes e de lazer avenidas conectoras hidrografia terminais transporte público equipamentos culturais
sem informações na guia amarela e proximidade com hospital (ruídos)
declividade muito acentuada, dificultando a ocupação e o uso desejados
BAIRRO PINHEIRINHO
BAIRRO SÍTIO CERCADO
BAIRRO BIGORRILHO
BAIRRO MERCÊS
declividade acentuada e proximidade com hospital (ruídos)
entorno desconectado e sem articuladores para acesso e atração da população
bairro já atendido por cultura e lazer e área insuficiente
bairro já atendido por cultura e lazer e área com pouca visibilidade
ÁREAS
BAIRRO NOVO MUNDO
Integrante da Regional Pinheirinho, a área selecionada para intervenção se situa no bairro Novo Mundo, com sua quadra na divisa com Capão Raso, a aproximadamente 9km do centro de Curitiba. Conforme Censo de 2010, há mais jovens que idosos e há média de 3 moradores por domicílio, tendo o custo de vida mais baixo. A região se destaca pelos usos residenciais, comerciais e de serviço e pelos articuladores viários e de transporte.
conexão sul com Contorno Leste (BR 376)
MOTIVOS DE ANULAÇÃO
FAZENDA RIO GRANDE
Av. Winst
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
Terminal Capão Raso
Av .L
CIDADE INDUSTRIAL
on Churc hill
PIRAQUARA
Av. Rep.
CAMPO LARGO
Argentin a
LINDOIA NOVO MUNDO
REGIÃO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
inserção urbana
BRASIL
fontes: Google Maps com adaptação da autora (2022).
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Processo de Seleção de Áreas
17
COMUNITÁRIO 2 - CULTURA "Edificações destinadas à atividade de fins culturais, as quais implicam em concentração de pessoas e veículos, níveis altos de ruídos e padrões viários especiais. Relações de usos: auditório, casa de espetáculos artísticos, centro de convenções, centro de exposições, cinema, teatro e museu."
COMUNITÁRIO 2 - LAZER
Justificativa da Inserção Urbana Além de possuir dimensões ideais, público local residencial, fácil acesso, conexões de transporte para atrair público externo e ativação de comércio próximo, a escolha da área se justifica pelo vazio físico e de uso ali presente. Essa tipologia de vazio é formada por espaços residuais urbanos, ou seja, áreas que foram desocupadas ou subutilizadas devido ao crescimento da cidade (DITTMAR, 2006). O vazio do terreno permite uma requalificação de uma área subutilizada como estacionamento. O entorno apresenta diversos vazios urbanos para ocupações futuras.
inserção urbana
PORTARIA nº80 de 2013 I Tipologia e Uso
"Edificações destinadas à atividade de lazer, as quais implicam em concentração de pessoas e veículos, níveis altos de ruídos e padrões viários especiais. Relações de usos: boliche, cancha de bocha, cancha de futebol, centro de recreação, colônia de férias, piscina pública, ringue de patinação, sede sócio recreativa, sede esportiva e sociedade cultural (clube)."
Público-alvo Escolhe-se uma escala de projeto que atenda tanto moradores locais quanto público de bairros vizinhos e outras regiões de Curitiba, além de turistas e artistas.
Av.
MERCADO MUNICIPAL CAPÃO RASO
ia
TERMINAL DO CAPÃO RASO
síl Bra
R. André João Gasparin
R. Francisco Ader
R. Catarina Scotti
R. Dep. Waldemiro Pedroso
202,76m
0
20
40
80
LOTE 02 A=8.721,54m²
19 4,8 6m ãs Pa uli na s
125,04 m
Atotal = 36.262,99m²
2,9km (7min) Linha Verde 3,4km (8min) T. Pinheirinho
Pe
Irm
R.
Área total = 36.262,99m² (unificação de 2 lotes)
dro
Bo
R.
Av. Rep
R. João Bonat
ública A
rgentin
a
LOTE 01 A=27.541,45m²
Acessos e testadas: Av. República Argentina Rua Catarina Scotti Rua Irmãs Paulinas 25°29'35.5"S 49°17'33.0"W
na t
160m
ESCOLA GRACE
edro
R. P
rico
Amé
fonte: autoral (2022).
Vizinhança: - áreas habitacionais - áreas comerciais/serviço
fonte: DITTMAR (2006).
fonte: Archdaily.
O crescimento também embasa a justificativa ao relacioná-lo com o cenário tendencial da área, tendo em vista que esta se encontra em um Eixo Estrutural, cujo zoneamento concede liberdade de altura e alto coeficiente de aproveitamento. Para valorização imobiliária da área e interesse de futuros empreendimentos para ocupação do entorno e dos vazios, o projeto atuaria como um polo de atração, criando uma centralidade no bairro. Em 20 ou 30 anos, pode-se prever que a diretriz do Eixo Estrutural é capaz de implicar um adensamento na Av. República Argentina, criando cânions urbanos e ilhas de calor. Assim, considerando aspectos ambientais, salienta-se a necessidade de permeabilidade, com um intervalo entre altos edifícios que serviria como lazer e área verde dos futuros moradores, além dos já existentes. Construir um edifício único no terreno aproveitando o potencial dos parâmetros legais não traria a mesma expansão no entorno, já que sozinho não seria capaz de gerar uma grande valorização imobiliária. Assim, com o adensamento da área, fomenta-se a dinâmica das extremidades dos eixos estruturais, integrando o que se busca na proposta do novo zoneamento de Curitiba.
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Terreno para Intervenção
18
Anteriormente, o terreno de intervenção foi garagem para ônibus acompanhada por edificações de apoio, as quais ficaram abandonadas por alguns anos. A partir de 2012, parte do terreno passou a ser estacionamento de veículos, principalmente atendendo o antigo Shopping Popular, onde em 2020 se inaugurou o Mercado Municipal. Hoje, a área se encontra ocupada por vegetação e com pequena parte voltada para estacionamento de veículos, que atende usos variados do bairro. Com o passar dos anos, observa-se que, apesar de haver uma lenta ocupação no entorno, reduziram-se algumas áreas permeáveis.
CENTRO
2012 - 2018
2010 - 2011
fonte: Google Earth.
2019 - 2022
fonte: Google Earth.
inserção urbana
Contexto Urbano l Terreno, Entorno e Conexões
fonte: Google Earth.
Avenida Linha Verde (eixo estruturante metropolitano)
Avenida Marechal Floriano Peixoto (eixo estru turante )
BAIRRO PORTÃO
BAIRRO GUAÍRA
BAIRRO LINDOIA
BAIRRO FANNY
BAIRRO NOVO MUNDO
SENTIDO CENTRO
BAIRRO NOVO MUNDO
TERMINAL CAPÃO RASO Av en i (ei da R xo ep es úb tru lic tu a A ra rg nt en e s ti ul) na
MERCADO MUNICIPAL
ÁREA DE INTERVENÇÃO
SENTIDO SUL ATÉ A AV. LINHA VERDE (BAIRRO PINHEIRINHO)
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
BAIRRO ÁGUA VERDE
19
Análise da Paisagem Local
inserção urbana
Guias Amarelas LOTE 01 - IF: 83.604.001
LOTE 02 - IF: 83.604.012
0
20
40
fonte: autoral (2022).
160m
80
Com a visita ao terreno, observou-se o uso para estacionamento e a movimentação de terra gerada, a presença das araucárias, a pavimentação e largura dos passeios, a declividade baixa com a porção mais elevada no centro e os taludes nas testadas gerados pelo estacionamento.
fonte: Prefeitura de Curitiba.
Zoneamento I Eixo Estrutural - Via Central USO
PERMITIDOS
Habitação Unifamiliar (1) (8)
OCUPAÇÃO
PERMISSÍVEIS
-
COEF. DE ALTURA APROV. (pavimentos) (CA)
PORTE (m²)
TAXA DE OCUPAÇÃO (%)
RECUO (m)
TAXA DE PERMEAB. (%)
BÁSICO
BÁSICO
BÁSICO
Mín.
Mín.
Mín.
Mín.
1
2
-
50
10
25 (2)
-
A = 36.262,99m²
30m
15m
Usos Habitacionais
A=450m²
fonte: Mapa Zoneamento IPPUC (2022).
LEGENDA
Simulação esquemática conforme legislação (sem a inserção urbana)
EE - EIXO ESTRUTURAL
OUTRAS VIAS
ZR4 - ZONA RESIDENCIAL 4
VIA PRIORITÁRIA
ARRUAMENTO
VIA SETORIAL 1
VIA CENTRAL
VIA COLETORA 1
VIA EXTERNA
VIA COLETORA 2
Usos Não Habitacionais
Habitação Coletiva (3) Habitação Institucional (3) Habitação Transitória 1 3)
-
4 (4) (7)
Livre
-
Térreo e 2º pav. 100% Demais pav. = 50% (5)
Comércio e Serviço Vicinal (8)
-
-
2
200
50
Comunitário 1 e 2 (3) Comércio e Serviço Vicinal, de Bairro e Setorial (3)
Indústria Tipo 1 (6)
Comunitário 3 4 (7) (3) 145.052m² -
AFASTAMENTO DAS DIVISAS (m)
-
Livre
-
-
200
LOTE PADRÃO (testada x área) Mín.
Para o embasamento comercial atender o Plano Massa. Para os demais pavimentos H/6, contado do embasamento, atendido no mínimo de 2,50m.
(3)
(2)
10
25 (2)
-
Térreo e 2º pav. 100% 36.262,99m² Demais pav. = 50% 18.131,49m² (5)
(3)
(2)
Para o embasamento comercial atender o Plano Massa. Para os demais pavimentos H/6, contado do embasamento, atendido no mínimo de 2,50m.
-
-
-
-
15x450
Observações fonte: adaptação da tabela do Zoneamento (2022). (2)- Atender regulamentação específica. (3)- Deverá ser implantado o plano massa conforme regulamentação específica. (5)- Nos terrenos onde houver limitação de altura da edificação, em função do cone da aeronáutica, com subutilização do potencial, poderá, a critério do Conselho Municipal do Urbanismo - CMU, ser ampliada a taxa de ocupação, respeitados os afastamentos mínimos das divisas. (7)- Para as edificações de uso misto o coeficiente será igual a 4 (quatro).
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
A = 36.262,99m²
20
TOPOGRAFIA
R.
0 fonte: autoral (2022).
200m
ASPECTOS ANTRÓPICOS
to
V
i olp
100
200m
0, 0 93 934,0
933,0
932,0
931,0
930,0
lin as
93 5
,0
929,5
tina
Pa u
rgen
ãs
0, 0
R. André João Gasparin
R. Francisco Ader
R. Catarina Scotti
+-
+1,50
+
0,00
+-
+
Pe dro
Sentido fluxos de veículos Fluxo intenso Fluxo intermediário Fluxo leve Passeio: pedra (2,40m)
+3,50
Bo
na
t
Insolação Ventos predominantes
+-
R.
R. João Bonat
+5,00
dr Pe R.
r
mé
oA
ico
+-
R. Dep. Waldemiro Pedroso
t da
.
r Ve R.
Passeio: paver (1,20m) Passeio: paralelepípedo (1,50m) fonte: autoral (2022).
L
0
25
50
100
O terreno apresenta vegetação rasteira de forração, algumas áreas pavimentadas da antiga ocupação e árvores pontuais, além de 3 araucárias. O entorno possui arborização importante para visuais, com grande quantidade de araucárias a leste. A insolação é pouco prejudicada pelo baixo gabarito dos edifícios do entorno imediato, assim como os ventos predominantes de leste não são afetados por outras barreiras físicas.
na s
na s uli Pa ãs
Irm
R. Antônio Gasparim
ública A rgentina
Av. Rep
R.
Transporte público: alimentador
a od
de
50
+3,50
corte longitudinal esquemático - terreno
fonte: autoral (2022).
ília
P
ico
r
mé
oA
.A er
25
+6,50
+3,00
O
Pontos de ônibus Pontos de referência Volume fluxo de pessoas
na t
r ed
A área apresenta vias que se conectam a diversas áreas da cidade, atuando como corredores viários de alta capacidade e corredores de transporte coletivo e apresentando suporte físico para comércio e serviço de bairro, onde há mais pessoas e ruídos. Os fluxos leves de veículos se direcionam às áreas residenciais. Os acessos contam com os três tipos de fluxos. Acessos ao terreno Ruídos
V R. 0
+6,00
corte transversal esquemático - terreno
ras
+3,50
R.
V
Vo
eo Ad
.B
Transporte público: expresso, interbairros, linha direta e alimentador
0,00
Bo
. er
200m
100
+
+5,00
A = 36.262,99m²
Pe dro
50
-
R.
ília
ras
R. João Bonat
to da
lpi
Av
.B
Av
R. Catarina Scotti +1,50
Transporte público: expresso, interbairros, linha direta e alimentador
25
+6,50
+0,50
uli
R. André João Gasparin
R. Dep. Waldemiro Pedroso
A
8% a 15% 16% a 30%
ASPECTOS NATURAIS
Transporte público: linha direta e expresso
R. Francisco Ader
0
0% a 2% 2% a 7%
925,0
ico
Pa
100
r mé
R.
ãs
50
Ve
Irm
25
de
r. A
lpi Vo
ro
d Pe R.
R.
0
to
a od
t
200m
eo Ad
lpi
o oV
fonte: autoral (2022).
Interações verdes Visuais de fora para dentro
+/+-/- Visuais de dentro para fora Pontos de referência Araucárias Maciços arbóreos Vegetação rasteira
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
12
11
na
93
dr
Bo
Irm
Pe
R.
18
mé oA
Pe dro
R.
o ric
Comercial Serviço Uso misto Residencial Religioso Vazios urbanos Pontos de referência Limite Eixo Estrutural Maiores nº pavimentos Diretriz cicloviária
aclive +3,50
R.
ca A
8
na t
R. João Bonat
ntin a
Bo
4
6
0,00
epú blic aA rge
Pe dro
declividades:
936,0
epúb li
as uli n Pa ãs Irm R.
R.
8
8
+5,00
935,0
+6,50
aclive
Av. R
rgentina ública A Av. Rep
+3,50
R. Catarina Scotti +1,50
R. Antônio Gasparim
R. Antônio Gasparim
0,00
R. Dep. Waldemiro Pedroso
+
13
8
ília
5
R. João Bonat
A = 36.262,99m²
,0
ras
+1,50
930
.B
+5,50
R. André João Gasparin
R. Francisco Ader
5,0
R. Catarina Scotti
,0
930
92
ília
ras
.B
Av
R. Dep. Waldemiro Pedroso
,0
Av
5
A área e o entorno possuem baixa declividade. Os aclives vindos de oeste e de leste convergem para o ponto mais alto do entorno dentro do terreno. O terreno possui desnível de 6,50m do ponto mais baixo (curva 929,5), a oeste na testada da Av. República Argentina, para o mais alto (curva 936,0), no centro do terreno.
935
Av. R
12 R. André João Gasparin
R. Francisco Ader
O entorno apresenta diversidade de uso do solo. No eixo da Av. República Argentina, alternam-se usos comerciais e de serviço, além de alguns usos mistos. Fora do perímetro estrutural, o uso habitacional ganha destaque, com casas menores e edifícios pontuais com maiores alturas (a leste e sul), contrastando com o predomínio de 2 a 3 pavimentos. Ademais, nota-se a quantidade considerável de vazios urbanos com variadas dimensões.
R. Antônio Gasparim
USO DO SOLO
inserção urbana
Inventário
21
O L 12
ras
0
Limite Eixo Estrutural Maiores nº pavimentos
Fluxo intenso Fluxo intermediário Fluxo leve
rgentina
Falta de sombreamento para caminhabilidade
8
+3,50
R.
Pe
dro
6
Bo na
r
ed
P R.
mé oA
+-
Futuro atendimento de lazer e cultura para áreas residenciais do entorno
i olp V o
t
Interações verdes Visuais de fora para dentro
R.
+/+-/- Visuais de dentro para fora Vegetação rasteira
Insegurança dos vazios urbanos e áreas muradas
o
12
Insolação Ventos predominantes
Araucárias Maciços arbóreos
Necessidade de barreiras para ruídos da Escola Grace
8 ric
18
Possíveis interações verdes com o entorno
8
t
11
Baixa declividade facilitando a acessibilidade
+ +-
Av. Rep ública A
R. Antônio Gasparim
13
+5,50
8
+-
+0,00
+
5
R. João Bonat
LEGENDA
Religioso Vazios urbanos Pontos de referência
+
Potencial para conexão leste e diretriz cicloviária
ília
Potencial futuro para conexão com região sul de Curitiba e diretriz cicloviária
+-
+1,50
+
Uso noturno de comércio e serviços bem reduzido, causando insegurança
Pontos de ônibus Volume fluxo de pessoas Sentido fluxos de veículos
R. Catarina Scotti
-
Necessidade de prever sistemas de drenagem devido à baixa declividade
Uso misto Residencial
.B
R. Dep. Waldemiro Pedroso
Falta de sombreamento nos passeios para o pedestre e pouca arborização nas vias
Acessos ao terreno Ruídos
Equipamentos urbanos articuladores e atrativos no entorno (turismo)
5 Av
Necessidade de barreiras para ruídos do fluxo de veículos, principalmente provindos da Av. República Argentina
R. Irmãs P
Insegurança do pedestre com fluxo de ônibus no terminal
Comercial Serviço
R. André João Gasparin
R. Francisco Ader
Potencial futuro para valorização e ativação dos grandes vazios urbanos do entorno
aulinas
Comércios e serviços proporcionam fluxos e "olhos na rua", atraindo maior público
a od de
Ve
fonte: autoral (2022).
POTENCIALIDADES - Amplitude visual para o terreno e fácil acesso asfaltado por três testadas; - Localização estratégica em região abastecida de forma satisfatória pela infraestrutura existente na cidade (educação, saúde, esgoto e água); - Conexão com centro da cidade e bairros periféricos com demanda.
Potencial futuro para conexão com região norte de Curitiba
r. A
0
25
50
100
200m
DEFICIÊNCIAS - Dificuldade de interação com usos da área a sul, tendo em vista a parte murada do terreno; - Inseguranças da área no período noturno; - A área não é atendida pelo abastecimento de gás natural da Compagás.
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Insolação na maior parte do terreno durante todo o dia
inserção urbana
Diagnóstico
22
O programa se subdivide em dois eixos principais: cultura e lazer, alternando entre ambientes externos e internos e atendendo objetivos expositivos e educativos. Teve por base a pesquisa conceitual e tecnológica e os casos referenciais estudados, além da influência de atividades externas como visitas a museus e a parques de Curitiba e de outras cidades. Também se considerou a implementação da parceria público-privada para conceder tanto acessibilidade quanto estrutura ao espaço, com setores adequados de apoio.
programa de necessidades
Justificativa do Programa
Setor Cultural Expositivo e Educativo Setor Social e de Lazer Setor Serviço Setor Administrativo Setor Infraestrutura
PORTARIA nº80 de 2013 I Áreas não computáveis - ESCADAS DE SEGURANÇA (PRESSURIZADAS, ENCLAUSURADAS, A PROVA DE FUMAÇA OU PROTEGIDAS). - SACADAS, BALCÕES, VARANDAS OU VARANDAS TÉCNICAS DE USO EXCLUSIVO DA UNIDADE ATÉ 10,00M². - POÇOS DE ELEVADORES. - CASA DE MÁQUINAS, CAIXA D’ÁGUA E BARRILETE. - CENTRAIS DE GÁS, ELÉTRICA E DE AR CONDICIONADO. - PISO TÉCNICO COM PÉ-DIREITO MÁXIMO DE 2,00M. - SUBSOLO(S), DESTINADO(S) A ESTACIONAMENTO. Observações da tabela: Estações são edificações pontuais para conceder identidade que dão vida e apoio aos caminhos, conectando usos. São de duas tipologias: alimentação (apoio) e estações de arte (exposições ou imersões temporárias). O espaço interativo/recreativo seria especialmente para o público infantil, com atividade lúdica ao ar livre. As salas internas de ateliês e oficinas de arte atenderiam turmas de 40 pessoas cada, totalizando 120 pessoas. A área administrativa seria voltada para a organização de exposições, ocupações das galerias e das salas educativas, além do cuidado das áreas externas. Na área construída computável, somaram-se 20% de circulação. Para cálculo de estacionamento, foi considerado 30%.
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Programa de Necessidades (interno e externo)
23
RESERVATÓRIOS ÁGUA CONSUMO DE ÁGUA POR TIPO DE USO
CONSUMO (LITROS/DIA)
USO Parques e Áreas Verdes
POR UNIDADE m²
2
Fonte: adaptação e recorte da tabela de NUNES (2006), LABEEE, PROCEL EDIFICA, ELETROBRAS, INMETRO.
2 litros por dia por m² (considerando 2 dias) 2 x 2 dias x aprox. 30.000m² de área de terreno = 120.000 litros
40% reservatório superior = 48.000 litros (8 caixas d'água de 6.000 litros + 12.000 litros de reserva de incêndio calculada abaixo = 10 caixas d'água de concreto moldado in loco)
+
60% reservatório inferior = 72.000 litros (12 caixas d'água de concreto moldado in loco de 6.000 litros)
Conforme a classificação retirada da tabela de aplicabilidade dos tipos de sistemas em função da ocupação/uso do CSCIP-CB/PM/PR, o sistema necessário é tipo 2, categorizado como hidrante. TABELA DE VOLUME MÍNIMO DA RESERVA DE INCÊNDIO
Até 2.500m²
Acima de 2.500m² até 5.000m²
Tipo 1
5m³
8m³
12m³
18m³
25m³
35m³
Tipo 2
8m³
12m³
18m³
25m³
35m³
48m³
Tipo 3
12m³
18m³
25m³
35m³
48m³
70m³
Tipo 4
28m³
32m³
48m³
64m³
96m³
120m³
Tipo 5
32m³
48m³
64m³
96m³
120m³
180m³
12m³ = 12.000 litros
Fonte: adaptação da tabela do NPT 022.
Comunitário 2 - Cultura: - 1 VAGA/12,50M² DA ÁREA DESTINADA AO PÚBLICO (ESPECTADORES): Considerando ambientes internos que teriam espectadores: galerias (1.000m²) + pavilhão (1.000m²) + estações de arte (40m²) = 2040m² = 163 vagas. Observação: como afirmado acima, os ambientes externos aos espectadores (exposições e anfiteatro/palco aberto) se enquadrariam como parque. Comunitário 2 - Lazer: - 1 VAGA / 80,00M² DA ÁREA CONSTRUÍDA ADMINISTRATIVA (204m²): 3 vagas.
166 VAGAS NO TOTAL: VAGAS IDOSOS (5%): 8 vagas. (2,40x5,00m) VAGAS GESTANTES (2%): 3 vagas. (2,40x5,00m)
ÁREA DA EDIFICAÇÃO Acima de Acima de Acima de 10.000m² até 20.000m² até 5.000m² até 20.000m² 50.000m² 10.000m²
CÁLCULOS (PRÉ-DIMENSIONAMENTO):
- MÁX. 30% VAGAS REDUZIDAS (2,20x4,50m): 50 vagas.
RESERVATÓRIOS INCÊNDIO
TIPO DE SISTEMA
Foram analisados parâmetros para estacionamento tanto no uso de Comunitário 2 - Cultura quanto no Comunitário 2 - Lazer. Tendo em vista que o projeto se enquadra na categoria de parque e que os elementos ao ar livre não abarcam os usos específicos de Comunitário 2 - Lazer, descritos na Portaria nº80/2013 de Curitiba, considerou-se apenas o que diz respeito aos espectadores das áreas edificadas voltadas à cultura.
Acima de 50.000m²
VAGAS PNE (segundo Decreto Municipal nº 1021/2013): = 4 vagas e mais 1 vaga para cada 50 vagas mínimas necessárias. (3,50m x 5,00m) Além do veículo particular, considera-se que grande parte do público se locomove por outros modais, como o ônibus, a bicicleta ou a pé. Por isso, busca-se valorizar a conexão com o terminal e com as áreas residenciais do entorno, além de dispor bicicletário.
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Para facilitar o pré-dimensionamento, realizaram-se os cálculos abaixo, tendo por base a NBR 5626, a NBR 9077 e a NPT 022.
programa de necessidades
PORTARIA nº80 de 2013 I Vagas de Estacionamento
Cálculo Prévio Reservatórios
24
GUARITA
ACESSO PRINCIPAL
ESTACIONAMENTO ABERTO PÚBLICO + BICICLETÁRIO
LOJA/SALA COMERCIAL SALA DE DADOS
BILHETERIA SANITÁRIOS FEM. E MASC. + PCD
ESCRITÓRIO GERÊNCIA/DIRETORIA
SALA DE REUNIÃO ALMOXARIFADO
ÁREAS TÉCNICAS
ATELIÊS DE ARTE INTERATIVOS
SALAS OFICINAS DE ARTE
EXPOSIÇÕES AO AR LIVRE
OFICINAS DE ARTE AO AR LIVRE
PAVILHÃO/ÁREA DE EXPOSIÇÕES/EVENTOS
DEPÓSITO GERAL
JARDINS TEMÁTICOS E PERCURSOS
ESPAÇO INTERATIVO /RECREATIVO
DML GERAL
COPA E ESTAR FUNCIONÁRIOS SANITÁRIOS E VESTIÁRIOS FEM. E MASC. + PCD
AMBULATÓRIO
ESPAÇO DE ACERVO
ESTACIONAMENTO ABERTO FUNCIONÁRIOS + BICICLETÁRIO
GALERIAS E PERCURSOS ESTAÇÕES DE ARTE ENTRE PERCURSOS
DML
ACESSO VEÍCULOS SERVIÇO
ACESSO SERVIÇO
ANFITEATRO/ PALCO ABERTO
RECEPÇÃO
BISTRÔ DEPÓSITO DE INSUMOS SECOS
SANITÁRIOS FEM. E MASC. + PCD
DEPÓSITO DE INSUMOS ÚMIDOS
ÁREA DE EXPURGO CENTRAL DE GÁS
DEPÓSITO DE BEBIDAS DOCA
ACESSO CARGA SERVIÇO
PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO
ESTAÇÕES DE ALIMENTAÇÃO ESTARES/ PERMANÊNCIAS
Setor Cultural Expositivo e Educativo Setor Social e de Lazer Setor Serviço Setor Administrativo Setor Infraestrutura
Fluxo interno público Fluxo externo público Fluxo interno funcionários Fluxo externo funcionários Áreas externas
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
ACESSO VEÍCULOS PÚBLICO
programa de necessidades
Organograma l Fluxograma (interno e externo)
25
INÍCIO DA CONCEITUAÇÃO
CENÁRIOS PASSEIO
PERCURSOS
PROMENADE VISÃO SERIAL
ESTÍMULOS
DINAMICIDADE
Refletiu-se sobre o termo "promenade", diretamente associado à prática de caminhar/passear, na ideia de que o percurso é um ato de descobrir o espaço. Está relacionado tanto à arquitetura quanto a outras categorias artísticas, como a dança e o teatro, por exemplo. A caminhabilidade, como forma de arte simbólica e autônoma, possui a capacidade de promover transformações e diálogos na paisagem por meio de uma dinâmica que mobiliza todo o corpo. É uma constante leitura e escrita de cenários, permeado por uma construção de significados temporais e contextuais, os quais compõem ambiências. O projeto, como alternância entre "espaços de estar" e "espaços de ir", conceitos também refletidos no livro "Walkscapes: O caminhar como prática estética", de Francesco Careri (2013), busca se orientar pelo intercâmbio entre o corpo (indivíduo) e o espaço (ambiente), com base em estímulos sensoriais e em transições dinâmicas, explorando a visão serial e o "lado inconsciente do espaço". Portanto, buscase o foco na paisagem, a partir da qual a arquitetura se molda.
INTERPRETAÇÃO
diretrizes do projeto
Diretrizes do Projeto
APREENSÃO
APROPRIAÇÃO
"O caminhar condiciona a vista e a vista condiciona o caminhar a tal ponto que parece que apenas os pés podem ver." - Robert Smithson
OBJETIVOS GERAIS
CONECTIVIDADE (ANTRÓPICO X NATURAL)
DIRETRIZES PROJETUAIS Articulação e valorização do entorno como potencial futuro e uso de vazios urbanos. Propor blocos interligados morfologicamente e espacialmente, do externo ao interno. Propor ambiências de percursos que integrem cultura e lazer em "espaços de ir".
ESCALA HUMANA (SEGURANÇA E ACESSIBILIDADE)
Propor ambiências que favoreçam a permanência e o encontro dos usuários em "espaços de estar". Propor infraestrutura verde para permeabilidade de superfícies, já que entorno possui baixa declividade.
QUALIDADE DE VIDA (BEM-ESTAR E LAZER) QUALIDADE DA PAISAGEM (IDENTIDADE E INFRAESTRUTURA)
Valorizar araucárias preexistentes e topografia do terreno. Permeabilidade na passagem do interno para o externo e vice-versa. Estratégias de conforto ambiental, principalmente no eixo acústico, para ambientes internos e externos. Uso do aço para dar variedade de morfologias aos elementos construídos, além da obra rápida e limpa.
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
"O caminhar, mesmo não sendo a construção física de um espaço, implica uma transformação do lugar e dos seus significados. (...) O caminhar produz lugares" (CARERI, 2013, p. 51).
26
PLANO MASSA QUANTITATIVO
PLANO MASSA QUALITATIVO
A nível de estudo e de análise, considerando o terreno e os parâmetros máximos de uso e ocupação do solo, simula-se uma ocupação de um grande edifício no terreno, mesmo que seja uma prática inviável construtivamente na região. Com o coeficiente de aproveitamento de 4, permite-se construir um máximo de 130.138m². No térreo e no 2º pavimento, seria utilizada toda a área do terreno (36.263m²). Já nos demais 4 pavimentos possíveis, 50% da taxa de ocupação seria respeitada - cada um com 18.131,50m². Percebem-se diversas desvantagens, como dimensionamento incompatível com entorno, prejuízos na ventilação e iluminação, desconsideração da topografia e da permeabilidade, altura mediana (não atingindo o objetivo do zoneamento devido à grande área do terreno), dentre outras. Esses fatores endossam ainda mais os argumentos utilizados na justificativa da escolha do terreno e do projeto no eixo da paisagem.
O foco é a paisagem, onde as edificações se fundem e se camuflam, com passagens permeáveis e fluidas. Influências das referências foram determinantes, como o palco e as praças vegetadas do Millenium Park, as folies e acessos do Parc de La Villette, as galerias e os jardins temáticos do Intituto Inhotim e o espaço educacional e interativo do SESC Pompeia.
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4 pavimentos (50%) R.
térreo + 2 pav. (100%)
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A
Não há recuos e afastamento das divisas respeitado nos pavimentos acima da base.
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t
80m
Setor Cult. Expositivo/Educativo Setor Social e de Lazer Setor Serviço Setor Administrativo Setor Infraestrutura
percursos principais
acessos principais pedestres
araucárias existentes
percurso exposições
acesso secundário pedestres
preservação de árvores existentes e barreira de ruídos e visuais
percursos secundários (galerias, jardins e permanências) conexões externas área construída (blocos) conforme cor dos setores manchas de espaço aberto conforme cor dos setores
A = administração AP = anfiteatro/palco aberto av = áreas verdes B = bistrô E = exposições e = estações
acesso veículos e serviço travessia elevada
infraestrutura verde para drenagem (ponto + baixo)
praças de acesso impermeáveis com bicicletários mudança sentido da via
áreas permeáveis para delimitação, segurança e transições
sentidos viários atuais
eg = área externa galeria ep = área externa pavilhão ED = educacional (ateliês e oficinas) EST = estacionamento (púb. e func.) G = galerias IR = interação/recreação
ponto central (visual, percursos e palco)
IR = interação/recreação J = jardins temáticos O = oficinas ao ar livre P = pavilhão PA = praça de alimentação SI = serviço e infraestrutura
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
eg
av
J
as
6 pavimentos
E
Pa
ALTURA (livre)
av
E
G
E
ãs
36.263m² e 18.131,50m²
J
e
Irm
TO (100% e 50%)
rgentin a
130.138m²
ública A
CA (4)
e
eg
G
E
uli n
IR
E
Av. Rep
36.263m²
J
av
e
ÁREA TOTAL DO LOTE
estudo volumétrico
Estudo Volumétrico/Viabilidade
27
Alteração no sentido da R. Pedro Bonat para facilitar o retorno/contorno da quadra do fluxo do público que vem pela Av. República Argentina
Área externa do pavilhão conectando bloco e área de oficinas educativas e proporcionando bom visual a sul Unidade morfológica entre blocos dos setores: permeabilidade visual e leveza
Acesso de veículos pela R. Irmãs Paulinas, a qual possui leito carroçável maior, possibilitando a entrada sem congestionamento ou conflitos viários
nas mãs Pauli
O
eg
E
P
B E
e
J
av
J
G
SI
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O
n Bo
Anfiteatro/palco aberto acompanhando topografia e integrando praça de alimentação e percursos principais
ED
av
EST
ep
ro
Bistrô com terraço jardim que inclina ao ponto central mais alto
e
d Pe
Jardim temático englobando maior araucária existente e concedendo bom visual ao acesso
A
R.
R. Ir
Conexão com terminal (norte-sul) e com áreas habitacionais (leste-oeste)
J
PA av
AP
e
av
G G
E
eg
eg
av
R. C
Área de interação/recreação com elementos formais que dialoguem com o usuário e a ativem a rua
E
IR
ata
rina
Sco
E
e
tti
Re Av.
Esculturas (arte ambiental) alternadas no eixo das exposições e
e
e
e
e
av
J
pú
a blic
Árvores de médio porte como barreiras dos ruídos da escola, além de outras que bloqueiam ruídos das vias Pavilhão como mirante para a área e com vão livre no térreo, em que a praça de alimentação e os percursos dão continuidade ao espaço aberto embaixo
e
eg
G
Estacionamento na área menos nobre do terreno (a sul), possibilitando valorização do pedestre (usuário principal) nas demais faces
ina ent
Arg
Infraestrutura verde no ponto mais baixo do terreno para escoamento da água, atuando como uma bacia de retenção/lagoa fluvial - sistema de armazenamento que mantém uma lâmina de água permanente Equilíbrio oposto = 2 galerias + 2 jardins temáticos a nordeste e a sudoeste, utilizando o ponto alto e o ponto baixo do terreno
Estações de arte e de alimentação distribuídas em em malha/grid regular
Praças secas de acesso opostas (lesteoeste) que conectam áreas de maior fluxo de pessoas e edifícios do entorno
Travessia elevada para acesso seguro ao pedestre na praça de entrada de maior fluxo (esquina)
inclusão diretriz cicloviária na Av. Rep. Arg.
fonte: autoral (2022).
espaço interativo/recreativo: planos, materiais, água
referências de desenho
anfiteatro: iluminação e estações cúbicas, leves treços permeáveis e translúcidas
jardim temático com permanências integradas
fontes: Pinterest e autoral (2022).
percursos áreas externas galerias e pavilhão
percursos acima da edificação
LEGENDA
percurso exposições percursos secundários (galerias, jardins e permanências) conexões externas área construída (blocos) conforme cor dos setores manchas de espaço aberto conforme cor dos setores
acessos principais pedestres
araucárias existentes
acesso secundário pedestres
preservação de árvores existentes e barreira de ruídos e visuais
acesso veículos e serviço travessia elevada praças de acesso impermeáveis com bicicletários mudança sentido da via sentidos viários atuais
infraestrutura verde de drenagem ponto central (visual, percursos e palco) áreas permeáveis para delimitação, segurança e transições
A = administração AP = anfiteatro/palco aberto av = áreas verdes B = bistrô E = exposições
e = estações eg = área externa galeria ep = área externa pavilhão ED = educacional (ateliês e oficinas) EST = estacionamento (púb. e func.) G = galerias
IR = interação/recreação J = jardins temáticos O = oficinas ao ar livre P = pavilhão PA = praça de alimentação SI = serviço e infraestrutura
SETORES
percursos principais
CÓDIGOS
perspectiva Setor Cult. Expositivo/Educativo Setor Social e de Lazer Setor Serviço Setor Administrativo Setor Infraestrutura
EIXO 3 l TFG pesquisa I Briani Helena de Souza Britto l 2022
Administração próxima ao acesso e infraestrutura + serviço com face para estacionamento, conectados ao pavilhão e ao bistrô
estudo volumétrico
Estudo Volumétrico/Viabilidade
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBGRÁFICAS EIXO 1 CULLEN. Gordon. Paisagem Urbana. Col. Arquitetura e Urbanismo. Edições 70, Lisboa, Portugal, 1971. DUARTE, F. Crise das matrizes espaciais: arquitetura, cidades, geopolítica, tecnocultura. São Paulo: Perspectivas, FAPESP, 2002. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. Tradução de Carlos S. Mendes Rosa. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2000. DANCOURT, Daisy. FINN, Saoirse. What is the evidence on the role of the arts in improving health and well-being?. World Health Organization (“Organização Mundial da Saúde – OMS). Regional Office for Europe, 2019.
EIXO 2 ALESSANDRI CARLOS, Ana Fani. Espaço-Tempo na Metrópole: A fragmentação da vida cotidiana. São Paulo: Editora Contexto, 2001. CHING, F. D. K.; SHAPIRO, I. M. Edificações sustentáveis ilustradas. Tradução Alexandre Salvaterra. Porto Alegre. Ed. Bookman, 2017. DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e cultura popular. São Paulo: Perspectiva, 2000. HARDT. Letícia. Elaboração de projetos paisagísticos. Curitiba, 2000. LIMA, Valéria. AMORIM, Margarete Cristiane de Costa Trindade. A importância das áreas verdes para a qualidade ambiental das cidades. Revista Formação, 2006. MACHADO, Evelise Cardozo. DE BARROS, Dalmo Arantes. Jardim Sensorial: o paisagismo como ferramenta de inclusão social e educação ambiental. Blumenau: Extensão Tecnológica, 2020. MARTINS, Jéssica Hagedorn Vallejo. Parques urbanos de Curitiba: sustentabilidade urbana e mercado imobiliário. Matinhos: UFPR, 2019. MASCARÓ, Lucia; MASCARÓ, Juan Luís. Vegetação Urbana. 3. ed. Porto Alegre: Masquatro Editora, 2010. PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele: a arquitetura e os sentidos. Tradução técnica: Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2011. RIBEIRO, Isaías da Silva. Arquitetura de museu-parque: os pavilhões expositivos do Instituto Nhotim. Natal, 2016. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 2015. DECRETO MUNICIPAL nº 1021: Estabelece normas para estacionamento ou garagem de veículos. 2013.
GERAIS https://www.gazetadopovo.com.br/pino/arte-na-cidade-panorama-geral-do-cenario-cultural-de-curitiba/ https://www.plural.jor.br/colunas/arte-em-movimento/quando-a-arte-invadiu-as-ruas-de-curitiba-os-encontros-de-arte-moderna/ http://livros01.livrosgratis.com.br/cp038311.pdf https://www.gazetadopovo.com.br/haus/estilo-cultura/roteiro-de-10-murais-incriveis-para-conhecer-em-curitiba/ https://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u4183.shtml http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2002-11-22/curitiba-e-declarada-capital-americana-da-cultura https://curtacuritiba.com.br/2018/08/28/curitiba-capital-que-mais-vai-ao museu/#:~:text=A%20pesquisa%20Cultura%20nas%20Capitais,%2C%20no%20ranking%20com%2038%25. https://www.culturanascapitais.com.br/ http://www.zildafraletti.com/artistas https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/indice-de-area-verde-passa-para-645-m2-por-habitante/25525 https://www.areasverdesdascidades.com.br/2003/11/beneficios-das-areas-verdes-urbanas-e.html https://issuu.com/3d3comunicacao/docs/pscb2014 https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/pesquisa-mostra-que-turismo-de-lazer-dobrou-em-curitiba/52413 https://treinamento24.com/library/lecture/read/210990-o-que-e-um-espaco-cultural https://www.archdaily.com.br/br/968606/paisagens-sensoriais-um-jardim-didatico-e-experimental-na-sicilia https://catracalivre.com.br/viagem-livre/13-incriveis-museus-ceu-aberto-ao-redor-do-mundo https://www.archdaily.com.br/br/923739/o-que-levar-em-conta-para-melhorar-o-conforto-acustico
PROJETOS
https://www.archdaily.com.br/br/01-160419/classicos-da-arquitetura-parc-de-la-villette-slash-bernard-tschumi https://arquitetandoblog.wordpress.com/2009/04/16/bernard-tschumi-parc-la-villette-paris/ http://www.tschumi.com/projects/3/# https://prezi.com/vu5q4uvocwjv/parc-la-villette/ https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi https://spcity.com.br/sesc-pompeia-arquitetura/ https://www.youtube.com/watch?v=1rqi7-gaSfc&ab_channel=AnaBaronceli https://www.archdaily.com.br/br/tag/parque-millenium https://donaarquiteta.com.br/millennium-park/ https://www.inhotim.org.br/institucional/sobre/ https://www.revistamuseu.com.br/site/br/noticias/nacionais/7742-28-12-2019-projeto-do-instituto-inhotim-amplia-repertorio-cultural-de-grupos-vulneraveis.html https://artsandculture.google.com/streetview/inhotim/ugEcCOCZkq1_4A?hl=pt br&sv_lng=-44.2188001394141&sv_lat=-20.12396623579023&sv_h=330.7515888561197&sv_p=-9.868654125252263&sv_pid=6O6d8dFawd97EwRBp2oGWQ&sv_z=1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E WEBGRÁFICAS EIXO 3 DITTMAR, Adriana Cristina Corsico. Paisagem e Morfologia de Vazios Urbanos: análise da transformação dos espaços residuais e remanescentes urbanos ferroviários em Curitiba – Paraná. 2006. 254. Dissertação de Mestrado (grau de Mestre em Gestão Urbana) – PUCPR, Curitiba, 2006. CARERI, Francesco. Walkscapes: O Caminhar como prática estética. São Paulo Gustavo Gili, 2013. ABNT NBR 5626: Instalação predial de água fria. 1998. NPT 022 : Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate à incêndio. 2015. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. 2001. https://erwincorporadora.com.br/blog/beneficios-de-viver-no-bairro-capao-raso-em-curitiba/ https://www.chavesnamao.com.br/melhores-bairros/pr-curitiba/capao-raso/ https://populacao.net.br/qual-e-maior-capao-raso_ou_novo-mundo_em-curitiba_pr.html https://www.chavesnamao.com.br/melhores-bairros/pr-curitiba/novo-mundo/ https://www.curitiba.pr.gov.br/locais/terminal-capao-raso/637 https://www.curitiba.pr.gov.br/locais/terminal-pinheirinho/1248 https://paranainterativo.pr.gov.br/ http://mapa.compagas.com.br/ Imagens Pinterest https://br.pinterest.com/pin/763289836858907714/ https://br.pinterest.com/pin/763289836858862027/ https://br.pinterest.com/pin/763289836858862004/ https://br.pinterest.com/pin/763289836858861977/ https://br.pinterest.com/pin/763289836858861706/ https://br.pinterest.com/pin/763289836858861876/ https://br.pinterest.com/pin/763289836858861685/
"Que outra coisa o pintor ou o poeta poderia expressar senão seu encontro com o mundo?" - Maurice M. Ponty. "Se a arte existe em complemento à vida, vivenciá-la é também uma necessidade" - Gazeta do Povo.