1. Turismo e Desenvolvimento Sustentável: relação entre conceitos
2. Requisitos e implicações
3. Do diagnóstico à avaliação
4. A importância da certificação
5. Exemplos de boas práticas
Foto: B ernard o Conde
1.1. D ESENVOLVIMENTO S USTENTÁVEL ECONOMIA
ECONOMIA ECOLOGIA
versus
AMBIENTE..?
E CODESENVOLVIMENTO
CONF. ESTOCOLMO 1972
Maurice Strong
“CRESCER SEM DESTRUIR”
Ignacy Sachs
D ESENVOLVIMENTO S USTENTÁVEL
D ESENVOLVIMENTO H UMANO S USTENTÁVEL
NÍVEIS: a) INDIVIDUAL b) COLETIVO
“HOMEM”
Relatório Brundtland 1987…
PNUD
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Resultado de diferentes dimensões
Conceito discutido por:
interdependentes:
1. Comunidade académica e científica 2. Representantes de Instituições 3. Sociedade civil 4. Organizações internacionais
S OCIEDADES S USTENTÁVEIS (Pedrini, 2006; Sato, 2001)
- Social e Cultural
- Económica - Política - Segurança - Ambiental
Processo que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades Relatório Brundtland (1987)
C OMPROMISSO DE S OLIDARIEDADE I NTERGERACIONAL
I NTEGRAÇÃO EQUILIBRADA DAS DIMENSÕES S OCIAL , C ULTURAL , E CONÓMICA E A MBIENTAL
ECONÓMICA - Regularidade e diversificação do rendimento
- Aumento de oportunidades - Bem-estar
SOCIAL E CULTURAL - Valorização cultural - Interação - Integração
AMBIENTAL - Preservação e manutenção de espaços - Conservação de espécies (ameaçadas e endémicas)
1.2. T URISMO
« I NDÚSTRIA DA P AZ « A TIVIDADE ECONÓMICA DINÂMICA E EM CRESCIMENTO « F AVORECE E POTENCIA NOVAS OPORTUNIDADES
« F LEXIBILIDADE E DIVERSIFICAÇÃO DE SEGMENTOS « F ENÓMENO SOCIAL E CULTURAL ( INTERAÇÃO SOCIAL E CULTURAL ) « E NQUADRAMENTO AMBIENTAL E SÓCIO - CULTURAL
« P RODUZ IMPACTOS SOCIOECONÓMICOS , CULTURAIS , AMBIENTAIS : POSITIVOS E NEGATIVOS
« R EQUER PLANEAMENTO E ACOMPANHAMENTO
Lazer Prazer Novas experiências Conhecimento
TURISTA OUTSIDER GUEST
Quotidiano Novas oportunidades Educação e formação Trabalho e rendimentos Melhoria das condições de vida
COMUNIDADE LOCAL INSIDER HOST
1.3. R ELAÇÃO ENTRE OS DOIS C ÓDIGO M UNDIAL DE É TICA PARA O T URISMO (OMT, 1999)
NOVAS RELAÇÕES Respeito Responsabilização COMUNIDADES
PARTICIPAÇÃO
TURISMO Promover mudanças qualitativas na vida das populações locais
EMPOWERMENT
TURISTA
SUSTENTABILIDADE
RESPONSABILIDADE
TURISTA
TURISMO +
SUSTENTABILIDADE
AMBIENTE
COMUNIDADES
Incremento dos rendimentos familiares
Responsabilização Respeito Equidade
Agentes Locais/Nacionais
Promoção individual e comunitária
Divulgação de elementos culturais de referência
TURISMO SUSTENTÁVEL
CULTURA Práticas Representações Identidades
AMBIENTE / NATUREZA Áreas Protegidas Fauna Flora
Criação de uma melhor relação Homem-Ambiente
Viajante/Turista
TURISMO SUSTENTÁVEL
SOCIAL
V IVÊNCIA
AMBIENTAL
E QUIDADE
V IABILIDADE
ECONÓMICA
Foto: B ernard o Conde
2.1. R EQUISITOS
Requisitos
D EFINIÇÃO E
AVALIAÇÃO DAS
IDENTIFICAÇÃO DOS
CARACTERIZAÇÃO DO
POTENCIALIDADES E DAS
CONSTRANGIMENTOS E
CONTEXTO
OPORTUNIDADES
DOS RISCOS
2.1.1. D EFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO AMBIENTAL • Áreas protegidas • Fauna • Flora
SÓCIO-CULTURAL • População local • Práticas culturais (tradicionais e outras)
ECONÓMICO • Atividades diretas • Atividades indiretas
2.1.2. A VALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES E DAS OPORTUNIDADES
A MBIENTAIS
C ULTURAIS
H ISTÓRICAS
2.1.3. I DENTIFICAR CONSTRANGIMENTOS E RISCOS
E STRUTURAIS
C ONJUNTURAIS
2.2. I MPLICAÇÕES ALOJAMENTO OUTROS SERVIÇOS
Diretas TRANSPORTE
RESTAURAÇÃO
COMÉRCIO
I MPLICAÇÕES ANIMAÇÃO
CONSTRUÇÃO
ARTESANATO
PESCAS
Indiretas
AGROPECUÁRIA
DIMENSÃO
Enquadramento ambiental e sócio-cultural
TEMPO Segmentos e diversificação
Nº reduzido Turistas
ATITUDES Preocupação com a rentabilidade (retorno)
T URISMO S USTENTÁVEL VALORES
RESULTADOS Valorização sócio-cultural
Vocação ambiental e conservacionista
POTENCIAIS CONFLITOS: T URISMO Preservação conservação
ambiental com de flora e fauna necessidades sócioeconómicas das populações locais que dependem da natureza Interesses turísticos ações conservacionistas Bem-estar e hedonismo do turista necessidades do desenvolvimento comunitário
D ESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
C ONSERVAÇÃO
Foto: B ernard o Conde
D IAGNÓSTICO
PLANEAMENTO ANÁLISE SWOT
ESTUDOS DE IMPACTO
M ONITORIZAÇÃO
ACOMPANHAMENTO AVALIAÇÕES INTERCALARES REAJUSTAMENTOS
A VALIAÇÃO
AVALIAÇÃO GLOBAL E SETORIAL POR ATIVIDADES REAJUSTAMENTOS
Foto: B ernard o Conde
Eco-Hotel - certificação ambiental pouco burocrática, visa facilitar a iniciação de uma política eficaz de proteção ambiental. Permite obter a certificação ISO 14000. Aplicase a hotéis, restaurantes, albergues, parques de campismo e outros alojamentos.
Green Tourism Business Scheme (GTBS) - sistema de certificação ambiental de “turismo verde”(custo-eficácia do negócio, gestão ambiental, resíduos, transportes, responsabilidade social e biodiversidade)
Green Globe 21 (GG21) - baseia-se na Agenda 21 e nos princípios acordados na Cimeira do Rio. Certifica empresas e comunidades tendo em conta um nível standard. Existem quatro Green Globe 21: para as empresas; para as comunidades; para a área do Ecoturismo Internacional; para avaliar o design e a construção
Biosphere Responsible Tourism Certification - Instituto de Turismo Responsável (ITR) partilha a visão da Organização Mundial de Turismo (WTO) na certificação para melhorar os serviços turísticos, promovendo benefícios ambientais e desenvolvimento sócio-económico CARTA DO TURISMO RESPONSÁVEL + Responsible Tourism System
http://www.biospheretourism.com/ REQUISITOS: - Preservação do património natural, cultural e paisagístico - Desenvolvimento económico e social das comunidades locais - Contributo da empresa para a promoção da qualidade de vida dos funcionários - Preservação ambiental incluindo conservação - Satisfação dos clientes
VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO: . Diminuição dos consumos específicos de energia, matérias primas e recursos naturais . Redução de riscos e de impacto ambiental . Melhoria da imagem perante a opinião público . Facilidade no acesso a mercados que requerem certificação . Melhoria da competitividade face a concorrentes não certificados . Pedagogia
DIFICULDADES: .
Cumprimento dos requisitos legais
.
Sensibilização/formação interna para a necessidade de adaptar hábitos e comportamentos
.
Formalização e celeridade dos licenciamentos
Foto: Bernardo Conde
Elementos de caracterização de São Tomé e Príncipe LOCALIZAÇÃO ÁREA
ILHAS CLIMA
PAISAGEM
FLORA
FAUNA MARINHA
FAUNA FLORESTAL
África Central Golfo da Guiné 1.001 km² 260 km de costa São Tomé Príncipe Ilhéu das Rolas Ilhéus desabitados Tropical húmido Relevo acidentado Costa abrupta; Praias Montanhas; Floresta Savana; Ecossistemas fluviais e de mangal Flores tropicais (rosa de porcelana, bico de papagaio, bordão macaco) Orquídeas endémicas Plantas medicinais Árvores centenárias Tartarugas marinhas (Caretta caretta; Chelonia mydas; Eretmochelys imbricata; Dermochelys coriácea; Lepidochelys olivacea) Baleia; Golfinhos Tubarão; Tunídeos; Crustáceos Macaco; Lagaia Aves endémicas Répteis (“cobra preta”) Insectos
T URISMO EM CONTEXTO INSULAR : BASE PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL 1. Manter um equilíbrio entre os sistemas ambientais, socioeconómicos e culturais 2. Contribuir para que a população local possa obter fonte regular de recursos complementares às actividades tradicionais 3. Promover a diversificação das actividades económicas 4. Facilitar o intercâmbio entre as culturas 5. Promover a participação comunitária
SEGMENTAÇÃO (Natureza, Cultural, Solidário)
Programas orientados para o TURISMO RESPONSÁVEL ENVOLVIMENTO dos diferentes stakeholders Atividades de LAZER em contacto com a NATUREZA Valorização da AUTO-APRENDIZAGEM Participação em ações de PRESERVAÇÃO (limpeza, catalogação…) Colaboração em PROGRAMAS CONSERVACIONISTAS (tartaruga marinha, papagaio cinzento africano, …)
SENSIBILIZAÇÃO comunitária e de agentes turísticos EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PROGRAMA INTEGRADO DE PROTEÇÃO DA TARTARUGA MARINHA
AUTOR: MARAPA
Organização
Financiamento
Apoio
AUTOR: SEATURTLE.ORG
JALÉ ECOLODGE
Foto: B ernard o Conde
MANGROVE TOUR Rio Malanza, remador e canoa tradicional
Foto: B ernard o Conde
Ilha do Príncipe: RESERVA DA BIOSFERA, UNESCO (2012) 1. reconhecimento da ilha como um "local de excelência" 2. modelos de gestão das áreas protegidas, fundamentados na articulação com as diferentes atividades humanas, incluindo tradicionais 3. "espaço de aprendizagem" na promoção do Desenvolvimento Sustentável
Zonamento da Reserva
1º Hotel em África com certificação Biosphere Responsible Tourism (Instituto de Turismo Responsável) Grupo HBD (Here Be Dragons) investimento de Mark Shuttleworth
PROJETOS COMPLEMENTARES
a) Water & Recycle (redução do uso do plástico - 25.000 garrafas - nas comunidades com entrega de 400 garrafas térmicas e de uso múltiplo) b) Helping Children Survive and Thrive in São Tomé and Principe (melhoria nutricional das crianças da ilha)
c) Ensino de inglês nas comunidades d) Recuperação de atividades tradicionais / agrícolas nas roças (Sundy e Paciência)
I NSTRUMENTOS DE POLÍTICA DE TURISMO RESPONSÁVEL
C ONSERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL
D ESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL DA ILHA DO
P RINCIPE
C ONSERVAÇÃO AMBIENTAL
• Plano de ação • Parceria com Governo Regional e Associações locais
• Integração na cultural local • Reabilitação patrimonial
• Estímulo a atividades económicas tradicionais diversificadas • Ação responsável com os funcionários
• Gestão e controlo de energia, água e resíduos • Apoio à conservação de espécies • Limpeza de trilhos
S ATISFAÇÃO DOS CLIENTES E ENVOLVIMENTO NO TURISMO RESPONSÁVEL
• Comportamento responsável dos turistas in loco • Disponibilização de informação sobre o destino
… ?