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ECONOMIA
FORA DA CAIXA
❚ GOVERNO Valor das isenções em 2017 é três vezes o rombo nas contas públicas e quase duas vezes o déficit da Previdência Social
PA O L A C A R VA L H O >>E-mail para esta coluna: p a o l a c a r v a l h o . m g @ g m a i l . c o m
Trabalho aos 50 anos A população brasileira com idade entre 50 e 60 anos saltará de 23,8 milhões em 2020 para 32,4 milhões em 2040, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesta mesma base de comparação, aqueles entre 60 e 70 anos passarão de 16,5 milhões para 25,2 milhões. Estamos falando de um contingente adicional de 17,3 milhões de trabalhadores maduros no mercado de trabalho nas próximas duas décadas. É bem mais do que a soma de todos os desempregados hoje no Brasil, de todas as idades: 13,7 milhões. Mais do que nunca, é preciso inserir a faixa etária dos “enta”, pessoas com idade a partir dos 40, no ecossistema de inovação, apresentando a tecnologia não como uma barreira, mas sim como uma oportunidade de emprego e renda. Google, Booking, Airbnb, Uber, Waze, WhatsApp, Facebook, Instagram, Spotify, Netflix, Nubank… Se todas essas empresas surgiram em menos de 20 anos, imagina o que poderia acontecer nos próximos 20? Bom, nem é mais possível imaginar, já que a velocidade das transformações na era digital, diferentemente da era industrial, é exponencial. O futurista norte-americano Peter Diamandis afirma que veremos mais progressos na próxima década do que foi apresentado no último século. Portanto, as possibilidades serão muitas para quem estiver aberto a novidades.
PARA MADUROS 1 A startup MaturiJobs criou uma plataforma que conecta pessoas acima de 50 anos com oportunidades de trabalho, seja no mundo corporativo ou não. Hoje, são 78 mil brasileiros cadastrados. Desde a sua criação, há dois anos, cerca de 670 empresas já usaram a ferramenta, 900 vagas foram publicadas e 400 profissionais contratados. “Também damos suporte para quem quer se segurar sozinho, com ações voltadas para autônomos e empreendedores”, afirma Mórris Litvak Jr, CEO e responsável pela tecnologia.
PARA MADUROS 2 Em parceria com a Escola de Livre Aprendizado (ELA), o MaturiJobs realiza encontro aberto em Belo Horizonte, na quinta-feira, para quem quer conhecer outros profissionais maduros dispostos a fazer negócios, se atualizar, criar parcerias e conexões. Será no P7 Criativo (Av. Afonso Pena, 4.000), entre as 18h e as 21h30. Inscrições no site bit.ly/3EncontroMJBH. Valor: R$ 30. Mais informações em www.maturijobs.com.
DIVULGAÇÃO CIRANDA MORAIS
Não podemos mudar aquilo que não reconhecemos a existência. As portas de vidro são as barreiras invisíveis que afastam as mulheres da tecnologia. A conscientização sobre isso é o primeiro passo para mudar o futuro das mulheres nesse setor
Subsídio do governo soma R$ 354,8 bilhões Brasília e Rio de Janeiro – Em seu quarto ano de déficit primário, o governo federal concedeu R$ 354,8 bilhões em subsídios em 2017. O valor é quase o triplo do rombo de R$ 124,401 bilhões registrado no ano passado nas contas do Governo Central, que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social. É ainda quase duas vezes o valor do rombo da Previdência Social no ano passado, de R$ 182,45 bilhões. Embora o valor seja vultoso, o Ministério da Fazenda destacou que vem fazendo diversos ajustes para diminuir esses gastos. Em 2017, os subsídios corresponderam a 5,4% do PIB. Dois anos antes, essa relação era de 6,7% do PIB. “É preciso continuar implementando esses ajustes, diante da premente necessidade de alcançar um superávit primário que torne a dívida pública brasileira sustentável”, diz documento divulgado pelo Ministério. O relatório defende ainda que a “reforma dos subsídios” seja implementada com prioridade semelhante à da re-
forma da Previdência e tenha continuidade no próximo governo. “É fundamental que se continue o processo de redução desses gastos públicos, implantado neste governo, para que as contas públicas brasileiras voltem a ser sustentáveis”, diz. Do total de subsídios registrados no ano passado, R$ 84,3 bilhões foram concedidos por meio de benefícios financeiros e creditícios, que são aqueles em que o governo desembolsa uma parte dos juros para ajudar o tomador do crédito (como ocorreu no Programa de Sustentação do Investimento, o PSI), ou em que acaba permitindo financiamentos a juros menores do que o governo próprio paga para emitir dívida no mercado (o chamado subsídio implícito). A parte mais significativa, R$ 270,4 bilhões, foi concedida via gasto tributário, quando o governo abre mão de receitas em favor de alguma política. É o caso dos regimes especiais de tributação, como o Simples Nacional, a Zona Franca de Manaus e a desoneração da folha
de pagamento das empresas – que o governo tenta reverter, mas enfrenta forte resistência do Congresso Nacional. De 2003 a 2015, a proporção dos subsídios em relação ao PIB mais que dobrou, saindo de 3% para 6,7%. Isso, segundo a Fazenda, contribuiu para a deterioração das contas públicas ao longo desse período. No ano passado o governo registrou o quarto déficit consecutivo e já projeta novos rombos até 2021. As contas não voltarão ao azul antes disso. “Há ainda muito o que fazer. Contudo, com as mudanças recentes na política de crédito dos bancos públicos, aprovação da Taxa de Longo Prazo (TLP), reformulação de programas, como ocorreu no Fies, maior rigor na concessão de gastos tributários e a ação interministerial em curso de implantação de Comitê de Monitoramento e Avaliação dos Subsídios (CMAS), espera-se que a queda observada no montante de gasto com os subsídios tenha continuidade neste e nos próximos anos”, diz a Fazenda.
A CAMINHO DE LONDRES O Departamento de Comércio Internacional do Reino Unido (DIT, na sigla em inglês) organiza missão para empresas de tecnologia da América Latina participarem da London Tech Week, entre 11 e 17 de junho. O representante do DIT em BH, o cônsul Thomas Nemes, está determinado em aumentar o número de empresas mineiras em solo britânico. Em parceria com o escritório de advocacia Nabas International Lawyers, fundado e dirigido pela brasileira Vitória Nabas, referência em imigração e negócios para a comunidade brasileira na região, promoverá encontros paralelos de networking no país. Inscrições em https://lnkd.in/dW_4PmA.
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NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO
A necessidade de financiamento do governo atingiu R$ 450,8 bilhões em 2016, ou 7,2% do Produto Interno Bruto (PIB) naquele ano, conforme calculado pelas Contas Nacionais Trimestrais, segundo a publicação Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo 2016, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2015, a necessidade de financiamento do governo atingiu R$ 517,6 bilhões, ou 8,6% do PIB. “Em 2016 o resultado foi influenciado principalmente pela queda das despesas líquidas com juros, que passaram de R$ 505,3 bilhões em 2015 para R$ 375,1 bilhões em 2016. Esta redução foi mais do que suficiente para compensar um ritmo de crescimento menor das receitas de impostos e contribuições sociais (4,6% e 4,9%, respectivamente) e o avanço das despesas com benefícios sociais (13,6%)”, diz a nota do IBGE. O resultado operacional líquido também ficou negativo em R$ 459 bilhões em 2016.
Missão para reabrir mercado JOSÉ CRUZ/ABR – 22/3/17
Ribeirão Preto e Brasília – O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que uma nova missão brasileira seguirá aos Estados Unidos, na próxima semana, para tentar reabrir o mercado norte-americano à carne in natura do país. O mercado está fechado desde junho de 2017, após a constatação de abscessos em cortes dianteiros de bovinos, uma reação à vacina contra a febre aftosa. À época, Maggi previa a retomada do comércio até o fim do ano passado, o que não ocorreu. “Creio que é a última missão nossa, pois todos os documentos e questionários pedidos foram respondidos e a bola está com os Estados Unidos. Espero que essa viagem técnica resolva os problemas e minha expectativa é de que até o fim deste semestre a gente volte a exportar carne in natura para os Estados Unidos”, afirmou o ministro durante visita à 25ª Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Ainda sobre questões do comércio exterior, Maggi afirmou que a possível retirada da tarifa de importação de etanol importado, de até 20%, “não está em pauta neste momento”, e voltou a criticar a suspensão de frigoríficos para a exportação de carne de frango à União Europeia (UE), válida a partir de 15 de maio.
Ministro da Agricultura espera retomada das exportações de carne in natura para os Estados Unidos
AÇO Já o presidente Michel Temer criticou a decisão do Estados Unidos de sobretaxar o aço e o alumínio brasileiro. Em entrevista à NBR, Temer afirmou que a decisão não foi “útil” e deixou em
aberto a possibilidade do Brasil recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). O presidente admitiu, no entanto, as chances de aceitar as chamadas cotas impostas pelos norte-americanos. “Nós exportamos muito aço inacabado. Há uma tendência de aceitar as chamadas cotas que os Estados Unidos estão pleiteando (para o aço brasileiro). Isso ainda
Incentivo à inovação Com o objetivo de incentivar empresas que tenham projetos inovadores para o setor de transporte e logística, o Conecta – impulso a startups, parceria entre a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o BMG UpTech, investirá em 50 empresas. O programa é voltado para a inovação, com o intuito de melhorar a qualidade do transporte no Brasil, com aproveitamento de oportunidades decorrentes das transformações tecnológicas. As inscrições terminam no próximo dia 15 e os interessados podem se inscrever no link: http://conecta.cnt.org.br.
está em estudo. O mesmo vale para o alumínio”, afirmou Temer. “Não sei se vamos levar isso para a OMC ou não, mas por enquanto produtores não querem perder essas exportações. Não foi útil essa decisão norte-americana, tanto que foi adiada. Quem sabe (essa decisão) seja adiada até o final do mês e nós possamos negociar melhores condições”, acrescentou.
■ O PROGRAMA
TRANSPORTES ■ A afirmação é de CIRANDA MORAIS, que apresentou nesta semana a She’s Tech, movimento iniciado em Belo Horizonte que visa fortalecer a presença feminina no setor de tecnologia, no palco do Tech SuperWomen Summit, em São Francisco, na Califórnia, Vale do Silício.
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A parceria busca projetos nos segmentos aéreo, aquaviário, ferroviário e rodoviário, incluindo todo o entorno, como saúde, educação, bemestar e fintech, entre outros. Há ainda, projetos de aprimoramento da gestão do setor transportador. O aporte financeiro destinado às empresas selecionadas será de até R$ 460 mil para cada, além de aceleração internacional no Vale do Silício, nos Estados Unidos, mentorias de alto nível e capacitação dos gestores na Fundação Dom Cabral (FDC), considerada a melhor escola de negócios da América Latina e 12ª do mundo, de
acordo com ranking do jornal britânico Financial Times. O objetivo do Conecta é encontrar startups maduras, podendo ser empresas nacionais e internacionais, que desenvolvam projetos capazes de promover a superação de desafios, além de benefícios para toda a cadeia de transporte e logística do país. A expectativa é de que o projeto possa impactar todov o setor transportador, que hoje corresponde a um universo de mais de 200 mil empresas, dois milhões de caminhoneiros e taxistas autônomos e mais de três milhões de empregados.
O Conecta será desenvolvido em aproximadamente seis meses, da seguinte forma: 1 – Start: processo de seleção por meio de entrevistas on-line com 100 empresas. Fase eliminatória 2 – Fase 1: até 50 startups a R$ 20 por cada e valuation de R$ 1 milhão. Duração: um mês (um encontro presencial) 3 – Fase 2: até 25 startups a R$ 210 por cada e valuation de R$ 3,5 milhões. Duração: quatro meses (serão oito encontros presenciais de três dias cada, sendo que um será dedicado à Fundação Dom Cabral) 4 – Fase 3: até 5 startups a R$ 230 por cada e valuation de R$ 5,7 milhões. Duração: um mês em aceleração nos Estados Unidos Observação: na 1ª fase, a startup que comprovar o recebimento de investimento no valuation superior a R$ 3 milhões ficará dispensada de ceder equity de 2% e ainda receberá o recurso.