La ra Hawthor n e
© Texto e Ilustração
Revisão
Impressão
Lara Hawthorne
Helder Guégués
Norprint, Artes Gráficas, S.A.
© Tradução
1ª Edição
Depósito Legal
Miguel Gouveia
Junho, 2014
376290/14
© Edição
ISBN
Bruaá editora
978-989-8166-22-7
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Lara Hawthor n e
No canto de um jardim, debaixo de troncos hĂşmidos e folhas caĂdas, vivia uma lesma chamada Herberto.
Como todas as lesmas, o Herberto passava os dias alegremente a comer alface atĂŠ a barriga nĂŁo aguentar mais e ser outra vez hora de dormir.
Um dia, depois de terem comido toda a alface que havia por ali perto, o Herberto e os seus amigos decidiram que s贸 havia uma coisa a fazer: partir em busca de mais alface.
Desta vez o Herberto resolveu ir sozinho e, algumas horas depois, atravĂŠs de umas plantas altas, reparou numa aranha que estava a tecer uma teia.
“Oh, que bela teia! Quem me dera poder tecer um padrão assim tão bonito com essa habilidade”, disse o Herberto. “Xô, xô!”, disse a aranha, gesticulando com a pata, “estás a estragar a minha obra-prima!”
O Herberto continuou o seu caminho, mas o Sol quente a brilhar lá no alto obrigou-o a refugiar-se num buraco ali próximo. A frescura debaixo da terra sabia bem, por isso avançou mais um pouco até encontrar uma colónia de formigas.
“Que grandes arquitectas que vocês são! Eu nunca conseguiria criar estes túneis tão complicados e tão bem construídos”, disse o Herberto. “Fora daqui, sua lesma!”, gritaram todas as formigas antes de o começarem a morder. O Herberto, sentindo-se um pouco ridículo e dorido, saiu dali o mais depressa que pôde.
Novamente cá fora, o Herberto cruzou-se com um escaravelho-bosteiro que empurrava uma bola feita de uma malcheirosa bosta de vaca. “Mas que fascinante escultura tu estás a fazer”, disse o Herberto. “Não vês que estou a trabalhar? Sai lá da frente!”, resmungou o escaravelho.
ISBN 978-989-8166-22-7