Um nome para o cão

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Um Nome para o C達o Escrito e ilustrado por Ivan Chermayeff





Um Nome para o C達o Uma conversa entre uma rapariga e um rapaz escrita e ilustrada por Ivan Chermayeff


Para o Wally

Com os agradecimentos a Art Beach, da Chermayeff & Geismar & Haviv, que ajudou a montar este pequeno livro, e à minha mulher, Jane Clark Chermayeff, que colaborou com tantas boas ideias.

© Texto e Ilustração Ivan Chermayeff

Revisão Helder Guégués

Design Gráfico Ivan Chermayeff

© Tradução Miguel Gouveia

© Edição Bruaá editora

Impressão Norprint, Artes Gráficas S. A.

1.ª Edição Outubro, 2013

Depósito Legal 365131/13

ISBN 978-989-8166-19-7

Todos os direitos reservados.

t . +351 938 649 027 f . +351 211 454 939

bruaa@bruaa.pt www.bruaa.pt

BRUAÁ EDITORA R. José da Silva Fonseca, 47 3080-140 Figueira da Foz


Tudo começou com o Bogie. Nome de um horrível Scotch terrier que tentava morder todos os estafetas que se atrevessem a aproximar-se da minha porta. O Bogie chamava-se Bogie, porque encontrei Strathbogie num mapa da Escócia, e fazia-me lembrar Humphrey Bogart. O Bogie (não é Bogey) costumava esconder-se debaixo da mesa quando chegava a casa. Eu detestava o Bogie. Os cães começam com alcunhas. Os melhores nomes vêm das crianças, que dizem o que sentem e pensam sobre cães, gatos, amigos, pais ou seja o que for. O bom das crianças é que não se regem por regras tontas. O diálogo imaginário deste livro começa ao ouvir o meu filho Sam, então com três anos de idade, numa conversa com o seu amigo Chase, enquanto comiam umas sandes de queijo. O resto das “conversações” é feito de pedaços daqui e dali que me fui lembrando e anotando. Quem me dera ter escutado mais. Parafraseando Yogi Berra: “Pode-se ouvir muito apenas escutando.” Este é um livro para nos lembrar que sempre que se compra um cão, um cavalo, um gato ou um peixe, deve-se deixar sempre o nome para as crianças. Nem que seja um peluche. O ursinho do Sam foi baptizado Puff, o que não deixa de ser um nome estranho e misterioso para um urso (e, no que a nomes diz respeito, muito difícil de superar.) IC


“Vamos dar um nome ao cão.” “Já tenho vestido para o nosso casamento.” “E eu tenho um casaco novo azul.” “Espero que seja preto. O noivo tem de usar preto.”



“Que género de cão? Qual é o nome dele?” “Chuvisco.” “Esse é um nome triste para um cão. Podemos antes chamá-lo Babas ou Pintas? Estes são nomes de cães alegres.” “Não! Eu não gosto de pintas.”


“E que tal Carocha?” “Então vamos chamá-la Volkswagen.” “Ela não é uma ela. Ela é um ele.” “Está bem, então pode ser Madonna.” “Não gosto dele. E se fosse Toupeira?”


“Chocolate é melhor.” “Hoje não!” “Jorge?” “Não sei.” “Então é pequenote. E que tal Farrusca?” “Não quero saber se ela é Branca ou Preta, não a quero dentro de casa.”



“E se fosse Perdigoto ou Pulguento? Se eu usar o meu casaco novo, podemos chamá-lo Sério Sarilho.” “Isso é nome de cavalo.” “O meu pai disse-me que era um bom nome e ele tem sempre razão.”







ISBN 978-989-8166-19-7


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