Portifólio Bruna Arruda/2016

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AF AU

A CASA DO MIES


Esta é uma revista de arquitetura e urbanismo, que aborda temas de diferentes épocas. Indo desde a origem da arquitetura moderna, tratando de Mies Van Der Rohe, arquiteto conhecido pela disseminação do International Style, e por sua arquitetura minimalista. Possui uma ilustração inicial de uma casa imaginada com as caracterísicas marcantes de Mies; um trecho que fala especificamente de uma de suas obras mais famosas: a Residência Farnsworth e suas particularidades. A revista traz também nomes de uma arquiteta nova no mercado que tem se destacado em sua forma de criar, e de um escritório que também é visto com um enorme destque: NUVEM arquitetura e urbanismo. Além disso, há uma matéria especial que conta sobre o patrimônio histórico arquitetônico no Brasil, mostrando o projeto de intervenção para o edifício IPHAN (São Paulo) feito pelo escritório citado. Finalizando com o projeto ganhador do concurso de arquitetura e paisagismo para um parque local de 3km de extensão, produzido também pela arquiteta já citada, Bruna Arruda.


A CASA ÍCONE DE MIES VAN DER ROHE A casa Farnsworth foi construída em 1951, nos EUA, pelo arquiteto Mies Van Der Rohe. O volume de vidro faz com que a casa conecte-se perfeitamente com a natureza, trazendo equilíbrio e harmonia. A casa de um pavimento consiste em oito pilares de aço que suportam as estruturas da cobertura e do piso. Entre os pilares aparecem grande panos de vidros de piso a teto, rodeando toda a casa, abrindo os ambientes à paisagem circundante. Mies propõe que a casa seja implantada no terreno sutilmente elevada. Desta forma a paisagem pode entrar na residência, com suas formas mais puras, quase que completamente aberta. As principais características do projeto são a transparência causada pelo intenso uso da vedação em vidro, a fluidez dos espaços e a indefinição do que é externo (público) e interno (privado). Seu desenho é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. A residência traz a marca de “International Style” na qual a arquitetura prima pelo racionalismo, utilização de uma geometria clara, e materiais modernos, com sofisticação e elegância na concepção de espaços austeros, que são características marcantes nas obras minimalistas do arquiteto.

Farnswoth House (Plano, EUA – 1951) Mies Van Der Rohe – A casa no inverno. O ambiente em tons de cinza e branco faz com que a arquitetura praticamente se camufle na paisagem.

“A natureza, também, deve viver sua própria vida. Nós devemos estar conscientes em não rompê-la com a cor das nossas casas ou equipamentos internos. Ao contrário, nós deveríamos atentar a trazer natureza, casas e seres humanos a uma maior unidade.” _Mies


Farnswoth House (Plano, EUA – 1951) Mies Van Der Rohe – A casa no outono. A paisagem em tons de amarelo e laranja, faz com que a percepção da casa mude, tornando-se mais acolhedora e alegre.

Farnswoth House (Plano, EUA – 1951) Mies Van Der Rohe – A casa é margeada pelo Rio Fox, que em suas cheias periódicas proporciona um ambiente completamente diferente do que é visto nas outras estações. Desta vez, não é o branco da neve, e nem o alaranjado das folhas secas, e sim a água, e a beleza do rio que entra na arquitetura desta residência.

O interior da casa também pode ser muito peculiar. Sendo quase totalmente aberta, a tranquilidade da paisagem tem influência direta nos ambientes internos. Inclusive os mobiliários projetados especialmente para esta residência, conversa com o ambiente de forma harmoniosa.

“O longo caminho do material através da função até ao trabalho criativo tem apenas um objetivo - criar ordem a partir da confusão desesperada do nosso tempo. Temos de ter ordem, colocando cada coisa no seu devido lugar e dando



CONCURSO IPHAN-SP/2015

Este projeto é de um edifício anexo ao IPHAN, um edifício eclético de São Paulo, situado na avenida Angélica, bairro de Santa Cecília, reconhecido como patrimônio histórico. Por ser classificado como patrimônio, optamos por intervir no edifício o mínimo possível. Para isso, o novo edifício projetado contará com uma conexão para o antigo edifício

EXPOIPHAN2015

saindo do andar da biblioteca, por meio de uma passarela em estrutura metálica, que chegará no primeiro pavimento do IPHAN, no lugar de uma pequena varanda. Desta forma os visitantes interessados somente na biblioteca podem acessá-la diretamente do prédio do IPHAN, que conta também com um elevador para todos os pavimentos.

CENTRO UNIVERSITARIO SENAC PROJETO DE ARQUITETURA-PATRIMÔNIO PROJETO: ANEXO IPHAN

O novo anexo terá cinco pavimentos (subsolo, térreo e três pavimentos), seu acesso se dará pelo elevador ou pela escada presentes em todos os andares, formando o eixo estrutural que sustenta o prédio. O edifício possuirá fachada frontal inclinada e de vidro, enquanto que as outras três serão fachadas cegas. A frente do prédio será voltada para o jardim de arvores centenárias, de forma a acrescentar a natureza no seu espaço e trazer mais luz natural para os ambientes. Todas as salas foram pensadas para uma maior liberdade na disposição do layout conforme necessidade, e os pavimentos que requerem um maior controle da luminosidade natural, possuirão uma tela metálica que possibilita este controle.

ARQUITETOS: BRUNA ARRUDA JC GONÇALVES TÁBATTHA TOMAZ ORIENTADORES: KATIA PESTANA RALF FLORES


PARQUE JURUBATUBA PARQUE DAS ESTAÇÕES

CONCURSO 007 - PARQUE JURUBATUBA

Projeto pensado para a várzea esquerda do Rio Pinheiros, voltada ao bairro de Interlagos. Uma área de 3km de extensão, com grande possibilidade de aproveitamento. Possui um grande piscinão verde em formato triangular, que auxilia na despoluição da água, e se torna um local de interesse, pois se situa na cota mais alta, com vista panorâmica para o parque e o Rio. O partido do projeto foi tirado do formato triangular do piscinão, desta forma a proposta é ligar caminhos permeáveis e impermeáveis através de grandes triângulos. A questão principal é que o parque sirva de suporte e agrade principalmente a população que reside este lado do Rio, à medida que se torna um ambiente de lazer e área verde, essenciais para uma boa condição de vida. Além disso também foram propostas conexões que ligam os dois lados do Rio, para pessoas, para ciclistas, e uma passarela maior que faz a conexão com a estação jurubatuba da CPTM. Os passeios mais largos permitem a permanência e terminam em piers que avançam sobre o rio. O parque possui vegetação e os pisos impermeáveis setorizados pelas estações do ano, sendo trabalhados os tipos de árvores nativas e as que florescem em cada estação (primavera, verão, outono e inverno), além da diferenciação das cores e tonalidades escolhidas para representar as estações. Com cores frias para o inverno, quentes para primavera e verão, e tons pastéis para o outono.


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