Humanização e Conforto Ambiental em Enfermarias Pediátricas

Page 1

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

1. IDENTIFICAÇÃO Aluno: Bruna Banharelli Silva Curso: Arquitetura e Urbanismo

Matrícula: 201502272296

CRA: 7,60

Unidade: Ribeirânia

Previsão de conclusão do curso: 2019 Orientador: Débora Rodrigues Cruz

CPF:049.140.196-55

Título do projeto de pesquisa: Humanização e Conforto Ambiental em Enfermarias Pediátricas Data do início do projeto de pesquisa: 08/2018 Período a que se refere o relatório apresentado: 08/2018 a 01/2019 Relatório: final (

)

parcial (X)

2. DESENVOLVIMENTO DO RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 2.1. RESUMO A hospitalização infantil revela-se como uma experiência dolorosa para a criança e seus familiares. Diversos sentimentos emergem dessa situação, provocando sofrimento e dor (RIBEIRO, PINTO, 2009). A socialização de cenários hospitalares bem como, utilização de estratégias de conforto ambiental, tem como objetivo descaracterizar a percepção geral dos usuários de que os hospitais são ambientes desumanos e sem distração, assim produzindo meios que asseguram uma relação melhor entre os usuários, como na convivência e na rotina entre funcionários, pacientes e acompanhantes. (ROSA, MERCÊS, SANTOS e RADUNZ, 2009.) Encontram-se muitas questões a serem enfrentadas visando um aperfeiçoamento no conforto ambiental hospitalar. Estudos como o de Oliveira (2012), demonstram que o ambiente arquitetônico não deve ser mais um componente estressante para os pacientes e acompanhantes, mas sim um ambiente que transmita tranquilidade. A arquitetura deve ser um auxílio para a comodidade de ambos, apresentando um lugar em que exista dignidade e conforto no decorrer do desenvolvimento de confrontação da enfermidade. Esta pesquisa tem o propósito de verificar a satisfação dos usuários nos espaços hospitalares em relação ao conforto ambiental e aos aspectos de humanização e como estes podem influenciar no bem-estar físico e psicológico de crianças e adolescentes, que carecem de estar por alguma etapa de suas vidas em ambientes hospitalares. Para alcançar tal propósito a metodologia será baseada na elaboração de entrevistas com os pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde, analisando conceitos e informações sobre sua Página 1 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO percepção em relação ao ambiente hospitalar. Serão abordados temas como iluminação e ventilação natural e atividades de recreação, de forma a demonstrar o quão importante essa transformação dos ambientes é para o bem-estar físico e psicológico da criança hospitalizada. Este projeto caracteriza-se como sendo uma Pesquisa Exploratória, com abordagem interdisciplinar e qualitativa que se apoia na literatura multidisciplinar do tema tendo como referência a Avaliação Pós-Ocupação. 2.2. RESULTADOS ALCANÇADOS / HIPÓTESES 2.2.1. HUMANIZAÇÃO: ALGUNS DE SEUS SIGNIFICADOS Humanizar significa “tornar humano, dar condição humana, humanizar”. É também definida como “tornar benévolo, afável, tratável” e ainda “fazer adquirir hábitos sociais polidos, civilizar”. Já humano, vem de natureza humana, significando também “bondoso, humanitário”. A solidariedade também está associada à humanização e como força motora está a pré-ocupação. A preocupação pelo outro, que é um ser vulnerável, articula-se de duas maneiras: o cuidado competente e o cuidado pessoal. O primeiro compreende os aspectos da corporeidade humana, e o segundo diz respeito ao cuidado que envolve afeto, sensibilidade – a compaixão (WALDOW, BORGES, 2011). Na área da saúde o termo “humanização” já é de amplo domínio público, mesmo que ainda exista resistência entre alguns profissionais de saúde em aceitá-lo, argumentando que a humanização é inerente a quem cuida de seres humanos (MELLO, 2008). Segundo a Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde (2003), humanização é o aumento do grau de co-responsabilidade na produção da saúde e de sujeitos; humanização diz respeito à mudança na cultura da atenção dos usuários e da gestão dos processos de trabalho. Tal entendimento do que é humanização perpassa as preocupações com o espaço hospitalar, visto que a pessoa que utilizará este ambiente deve ser a peça principal na definição de como ele deve ser. Assim, conhecer as necessidades e expectativas de tais usuários é vital para a concepção de ambientes que promovam seu bem-estar (VANCONCELLOS, 2004). Desde o fim da Segunda Guerra Mundial estudos relacionados ao comportamento humano e o ambiente construído começaram a surgir em diferentes campos do conhecimento, trabalhos como dos psicólogos Roger G. Barker e Robert Sommer, do antropólogo Edward Hall, do arquiteto Christopher Alexander e do urbanista Kevin Lynch já relacionavama aspectos das relações entre o ambiente e o comportamento, objetivando encontrar meios para transformar o ambiente construído em lugar satisfatório às necessidades humanas (BECHTEL, 1997). Página 2 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO Atualmente a influência do ambiente construído no processo de restabelecimento da saúde já é um tema bastante explorado e vem atraindo cada vez mais estudiosos. No campo da arquitetura hospitalar, Abdalla et al.(2004) defendem que, especialmente, o projeto de arquitetura de um Estabelecimento de Atenção à Saúde não deve apenas atender às normas vigentes, mas sim se preocupar com as necessidades tipicamente humanas, buscando atender diferentes valores de seus diversos usuários. 2.2.2. HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL A Organização Mundial de Saúde declara que “a saúde é um estado completo de bemestar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade”, sendo um direito fundamental de todo ser humano. No Brasil o Sistema Único de Saúde – SUS, é o instrumento organizacional indicado para gerir a saúde em todo o território, sendo assim: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e a ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988).

Desde a década 80, o tema sobre a humanização e conforto ambiental vem sendo discutido e colocado em prática em todo o mundo. No Brasil essa discussão ganhou força durante a década de 90 e vem sendo colocada em prática nos hospitais em geral. Em 2001, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar, envolvendo também a iniciativa privada na discussão. Em 2003, tal política mudou de nome para Política Nacional de Humanização, também conhecido como HumanizaSUS. A Política Nacional de Humanização dentre outros aspectos trata sobre a arquitetura hospitalar, referindo-se ao “tratamento dado ao espaço físico entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana” (BRASIL, 2009). O Ministério da Saúde descreve aspectos que o ambiente hospitalar deve proporcionar: O espaço que visa à confortabilidade focada na privacidade e individualidade dos sujeitos envolvidos, valorizando elementos do ambiente que interagem com as pessoas – cor, cheiro, som, iluminação, morfologia e garantindo conforto aos trabalhadores e usuários. O espaço usado como ferramenta facilitadora do processo de trabalho favorecendo a otimização de recursos, o atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo (BRASIL, 2009)

Nota-se desta forma a importância atribuída aos ambientes, considerando-os como fundamentais para a promoção do bem-estar dos usuários. No entanto, ainda existem hospitais que atendem de uma forma suscetível, sem estudos de humanização e sustentabilidade em ambientes Página 3 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO físicos que não trazem o conforto, a iluminação, a ventilação adequada. Esse fato vem sendo analisado junto com as inovações tecnológicas na medicina, os projetistas com suas obrigações como regularizar a qualidade dos ambientes, a flexibilidade exigida do projeto, exigências de normas técnicas a serem seguidas e com valores altos de instalações acabam acarretando no esquecimento ou apenas deixando de lado os conceitos ambientais que tal projeto deveria seguir (WALDOW, BORGES, 2011) As percepções gerais dos usuários sobre os hospitais são de locais tristes, sem esperança e com estruturas precárias, transmitindo a ausência de privacidade, momentos longos, intermináveis esperas em macas com filas e incertezas de seus diagnósticos é necessário socializar médicos e pacientes, visando amenizar esse transtorno. A relação médico-paciente deve basear-se num diálogo respeitoso, confiante e autenticamente interessado; deve ter caráter informativo, terapêutico e decisório, tomando o doente como sujeito digno da máxima atenção. Dessa forma, o sofrimento será humanizado, promovendo uma comunicação ética e reconhecendo a nobreza das relações interpessoais. (ABREU, 2018, p.121).

No caso de pacientes infantis, o cuidado com a humanização dos ambientes deve ser considerado de modo ainda mais sério, segundo Oliveira, Abdalla e Borges, (2012, p.45): Tratando especificamente do problema da criança e do adolescente no ambiente hospitalar, o Ministério da Saúde (BRASIL, 1990), considera criança “a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade”. Nesta etapa de vida, ambos estão em formação e desenvolvimento, tanto físico quanto psicossocial.

Para este público em especial, a ideia de transmitir uma imagem de um lugar receptivo, convidativo se mostram ainda mais importante. É necessário demonstrar que o hospital não é apenas um lugar com limitações e sim provar que as crianças podem ter uma representação interna mais próxima do seu “lar”, podendo continuar a ter uma vida normal como qualquer outra criança, tendo contato com salas de estudos, áreas de recreação, tecnologias e atividades ao ar livre. (OLIVEIRA, ABDALLA E BORGES, 2012.) O que se observa, portanto é que muitos hospitais pediátricos ainda não se adaptaram na organização em devidos espaços focados para cada tipo de faixa etária da criança e adolescente, assim acarretando uma experiência negativa dentro do hospital. Segundo Santa Roza (apud MITRE et. al., 2004), “a hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência potencialmente traumática”. Quando a criança e o adolescente passam por uma internação, o curso de seu desenvolvimento é modificado, bem como a sua maneira de vivenciar o mundo. (Ibid., p.46)

Segundo Abreu (2018) a humanização não pode ser vista como um “programa” a mais empregado aos vários serviços de saúde, e sim uma prática que envolve toda rede hospitalar. Os hospitais são lugares onde adultos e crianças estão passando por momentos difíceis, fragilizados e Página 4 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO dependem da ajuda dos profissionais e do próprio hospital para receber um conforto, aconchego, segurança e empatia. Para Corbella (2003) a arquitetura pode influenciar na evolução e no conforto do paciente através da criação de espaços pensados para seu bem-estar: A iluminação natural traz benefícios para a saúde, porque dá a sensação psicológica do tempo, tanto cronológico, quanto climático, no qual se vive. A luz artificial, necessária à noite e nos dias nublados, deve ser vista sempre como uma complementação e nunca como uma substituição natural. (página 03)

Neste contexto, temos uma grande referência, o arquiteto João Figueiras Lima (Lelé) que expressou suas ideias que envolvem a associação entre a arquitetura, natureza e obras de artes, como um dos princípios da humanização hospitalar, entendendo como a humanização se une com a beleza e a funcionalidade. Lelé também defendia a aplicação de estratégias de conforto ambiental ao utilizar a iluminação e ventilação naturais, ao elevar áreas do hospital evitando a sensação de ambientes herméticos, transformando-os em locais mais humanizados. Os arquitetos vêm buscando trazer para os hospitais a concepção da humanização de um modo que seja convidativa às pessoas, concluindo que os espaços serão modificados a partir da perspectiva dos usuários. (LUKIANTCHUKI, SOUZA, 2010). O uso da luz e da ventilação naturais em todos os ambientes – questão fundamental na obra de Lelé – garante, como afirma o arquiteto, a interação com a natureza e de proporcionar o bem-estar dos pacientes. Às usuais iluminação e ventilação artificial dos espaços herméticos de hospitais, opõem-se a variabilidade de luzes e a oscilação da ventilação natural ao longo do dia. Através do uso extenso de sheds, o arquiteto enseja não somente uma maior integração com o espaço natural, como também um importante artifício de combate à infecção hospitalar. Para evitar a incidência direta do sol e, consequentemente, um ganho excessivo de calor nos ambientes internos, os sheds são protegidos por venezianas. Ou seja, assim como no restante da edificação, Lelé alia em seus sheds a funcionalidade do edifício hospitalar à humanização deste espaço, tendo analogia com espaço familiar. (LUKIANTCHUKI, SOUZA, 2010).

Estudos também têm mostrado a importância da promoção de atividades lúdicas em áreas de recreação dentro dos hospitais. Foram verificadas evoluções no bem-estar das crianças quando dispõem de tais atividades, enfatizando como os pacientes desde então ficaram mais calmos e relaxados, assim se aproximando cada vez mais dos acompanhantes e funcionários do local de convivência. Concluindo uma forma positiva para o enfrentamento da doença naquele momento de hospitalização (OLIVEIRA, et. al. 2009). Com base nos relatos acima, os autores concluem que: As atividades lúdicas, ao propiciarem situações de tomadas de decisão e autonomia, transformaram o ambiente hospitalar despersonalizado em um lugar mais previsível e controlável para a criança. Estes comportamentos favoreceram o enfrentamento das dificuldades oriundas da hospitalização e também aproximaram o ambiente do hospital da realidade cotidiana das crianças. Assim, possibilitaram um maior bemestar da criança reafirmando os achados de MOTTA e ENUMO, (2010). Página 5 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO O intuito do tema sobre humanização na arquitetura hospitalar pediátrica é relatar os atuais casos dentro de hospitais e a partir disso trazer soluções para uma humanização nas enfermarias pediátricas e para a arquitetura interna e externa, sempre priorizando o bem-estar dos pacientes, familiares e os profissionais da saúde (OLIVEIRA, ABDALLA E BORGES, 2012). O Brasil somente obteve avanço em relação à humanização da assistência à criança, após a publicação da Lei n° 8.069, em 1990, regulamentando o Estatuto da Criança e do Adolescente, que em seu Artigo 12 preconiza que os estabelecimentos de saúde deverão proporcionar condições para a permanência de um dos pais ou responsáveis, em tempo integral, nos casos de internação de criança ou adolescente. As políticas de humanização foram implantadas com o objetivo de melhorar a assistência prestada pelos serviços de saúde. Assim surgiram a Política de Humanização da Assistência Hospitalar, o Programa Mãe Canguru e o Hospital Amigo da Criança. Esses avanços vêm se intensificando devido aos esforços conjuntos do Ministério da Saúde e, principalmente, da sociedade. Dentro deste panorama, a humanização da assistência à criança hospitalizada busca atualmente envolver a família cada vez mais nos cuidados dispensados ao pequeno paciente. Os pais dessas crianças hospitalizadas, ao agirem como seus representantes legais, podem oferecer importante contribuição à assistência na identificação de falhas cometidas pelo sistema hospitalar que, invariavelmente, acabam por ocasionar um atendimento menos eficaz e errôneo, por isso a importância da escuta desses familiares. Hoje, a família é mais atuante e muito mais participante, tanto do planejamento como da assistência, por isso o cuidado humano à criança requer a interação com a sua família da forma mais integral possível. (VILLA, SILVA, COSTA FR, 2011.) Além desta importância, no contexto da avaliação da atenção hospitalar, os pais exercem papel fundamental na conjuntura da hospitalização infantil, na medida em que representam a referência fundamental da criança, enquanto mediadores da relação terapêutica, fonte principal de segurança e de carinho, além de apoio imprescindível ao enfrentamento desta situação desafiadora que é a doença e o internamento (VILLA, SILVA, COSTA FR, 2011). 2.2.3. IMPORTANCIA DO CONFORTO AMBIENTAL EM EDIFICIOS HOSPITALARES O conforto, etimologicamente, se origina do latim confortare, que significa fortificar, certificar, corroborar, conceder, consolar, aliviar, assistir, ajudar e auxiliar. O conforto pode assumir o significado de ato de confortar a si e de confortar o outro. O conforto é um estado de prazer e bem-estar. (ROSA, MERCÊS, SANTOS e RADUNZ, 2009.)

Para Rosa et. al. (2008), o ato de confortar tem valor para quem cuida e é cuidado oferecendo oportunidade de crescimento e realização. A conscientização a respeito desse processo promove novas percepções do ser/estar, como cuidador ou ser-cuidado, permitindo o desenvolvimento mútuo em direção a uma condição de vida mais saudável e integrada. Página 6 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO A condição hospitalar é de fundamental importância para a essência do objetivo projetual, dentre essas condições deve-se considerar a cor, a iluminação, o mobiliário, o conforto térmico e acústico, a sinalização adequada, as instalações elétricas e hidráulicas de qualidade, dentre outras. Ao se projetar um ambiente hospitalar, deve-se ainda, evitar a monotonia de cores e espaços, eliminando o que possa vir a prejudicar os pacientes e trabalhadores do local. É necessário que se projete com consciência, evitando os exageros estéticos, levando em consideração a sustentabilidade, composta por fatores econômicos, sociais e ecológicos. (BONI, SILVA, FORTUNA, 2018.)

Acredita que todo ser humano tem uma grande capacidade de adaptação às mais diferentes condições ambientais. Na maioria dos hospitais brasileiros, isso pode ser percebido, pois a maior deles não tem um projeto adequado, e ainda sim existe o atendimento. Nos hospitais, onde as condições de trabalho são muito estressantes e o atendimento é direcionado às pessoas com risco de morte ou em sofrimento profundo, não considerar a importância desses fatores ambientais pode desencadear mais estresse, seja tanto para pacientes e familiares como, para médicos e enfermeiros (GÓES, 2011). O projeto deve ser pensado também a partir do clima do local a ser implantado, aproveitando da melhor forma o que a natureza já ofereceu, como a luz natural e os ventos predominantes. E quando não é possível sanar todas as necessidades através da iluminação e ventilação naturais, utiliza-se a opção artificial, mas sempre como complemento aos modos passivos de iluminar e ventilar. A luz e a ventilação naturais criam ambientes dinâmicos, devido à sua variabilidade em intensidade e diversidade, importantes para estimular e melhorar a saúde dos pacientes (PERÉN 2006). Para Corbella (2003), uma pessoa está confortável em um ambiente quando se sente em neutralidade em relação a ele. No caso dos edifícios hospitalares, a arquitetura pode ser um instrumento terapêutico se contribuir para o bem-estar físico do paciente com a criação de espaços que, além de acompanharem os avanços da tecnologia, desenvolvam condições de convívio mais humanas. Miquelin (1992), lembra que o desconforto ambiental nos hospitais não pode ser um problema a mais nesses espaços, construídos para, muitas vezes, situações estressantes de atendimento associadas a pacientes com risco de vida ou sofrimento profundo. 2.2.4. UMA VISÃO GERAL DA AVALIAÇÃO PÓS OCUPAÇÃO

Página 7 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO A Avaliação Pós-Ocupação (APO), consiste em uma metodologia de avaliação do ambiente construído, que tem por objetivo fundamentar a programação de intervenções, reformas e, até mesmo criações de futuros projetos similares. Em uma APO são considerados os pontos de vista dos avaliadores/pesquisadores e dos usuários dos ambientes, focando no estudo dos valores necessidades e expectativas destes e seu bem-estar em relação ao espaço (ORNSTEIN, 1992). Por volta da década de 60, a constante ideia sobre a “conscientização do design” (SOMMER, 1979), deu início para um campo característico de estudos, mais conhecido como APO. Assim um interesse maior de compreensão, uma visão mais ampla e detalhada da execução do ambiente construído persuadiu em novas disciplinas em empenhar-se a analisar tanto com comportamento dos elementos construtivos (paredes, revestimentos, coberturas, entre outros) quanto à devida situação de uso em uma edificação ou conjunto edificado (STEVENS, 2003; DUARTE et al. 2005). Neste contexto, baseando-se no conceito da APO, os elementos fundamentais deste trabalho, encontram-se os aspectos físicos, comportamentais e funcionais, referentes às características técnico-construtivas de cada edifício, com base na funcionalidade e à dinâmica dos usuários no espaço com suas impressões com relação ao mesmo. No contexto acadêmico brasileiro, uma das principais aplicações dos resultados desse tipo de pesquisa tem sido o embasamento de novas propostas arquitetônicas, ou seja, como meio para ampliação do conhecimento sobre um tipo de objeto arquitetônico, de modo a fomentar a realimentação do ciclo projetual. Nesse sentido, a consolidação de bancos de dados na área é cada vez mais necessária e oportuna. (ELALI; VELOSO).

2.2.5 A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR O projeto de um hospital é visto como umas das instituições mais complexas, incluindo a analise arquitetônica, de engenharia e instalações. O hospital é uma instituição que tem como objetivo trabalhar com pessoas, evitar doenças, cuidar e reabilitar pacientes hospitalizados. Assim certas atividades feitas nesse ambiente requerem algumas instalações especificas, incluindo a importante de sempre ter uma manutenção diversificada, técnica e especializada. Em vista disso é considerável sempre trabalhar com a APO em um projeto hospitalar (PEDRO, RIBEIRO, 2006). Trabalhar com APO no ambiente hospitalar é um dos sistemas metodológicos de avaliação de funcionamento nos ambientes construídos, que elegem aspectos como o uso, manutenção e operação. Neste contexto pode-se classificar a APO com o conceito de: melhorar a qualidade de vida, motivar o conhecimento planejado sobre o ambiente e reações no comportamento. Segundo, Ornstein e Romero (1992): No ambiente construído interagem mais de seis mil variáveis, dentre fatores biológicos, sonoros, lumínicos, atmosféricos, térmicos e comportamentais. O Página 8 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO princípio da avaliação de desempenho está associado aos conceitos de desempenho, idade-limite e necessidades dos usuários. A avaliação de desempenho objetiva garantir a satisfação dos usuários, que se constitui em: segurança (estrutural,contra fogo e uso), conforto (térmico, acústico, visual, tátil e andropodinamico), estanqueidade, higiene adaptação ao uso, durabilidade e econômico. No Brasil a APO poderá estar voltada tanto para pesquisa quanto para consultoria. (PEDRO, RIBEIRO, 2006).

Pedro e Ribeiro (2006), descrevem os resultados de uma APO realizada na Santa Casa de Misericórdia de Lorena/SP”, onde foi possível destacar algumas falhas relacionadas à falta de uma boa acessibilidade para os deficientes físicos, crianças e idosos; sinalização e comunicação visual; informatização de ambientes; ergonomia; fluxos de circulação; reformas e alterações; organização e transferências de mobiliários, equipamentos e usuários, dentre outros aspectos comportamentais como a preparação dos funcionários para o atendimento ao paciente interno e externo. Desta forma, confirma-se a importância da APO ao evidenciar o quão importante é trabalhar a humanização e o conforto ambiental dentro de um ambiente hospitalar. (PEDRO, RIBEIRO, 2006). 2.2.6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para esta pesquisa optou-se por se utilizar dois instrumentos consagrados da Avaliação Pós-Ocupação (APO). Foram escolhidos, portanto: Wish Poem e Entrevista Estruturada. O Wish Poem ou Poema dos Desejos é um instrumento de pesquisa, caracterizado como um instrumento não estruturado e de livre expressão, que incentiva e se baseia na espontaneidade das respostas (RHEINGANTZ et al.,2009). O pesquisador solicita aos usuários de um determinado local que descrevam verbalmente, através de manuscritos ou expressem por meio de desenhos suas necessidades, sentimentos e desejos relativos ao edifício ou ambiente analisado. Na aplicação do instrumento, apresenta-se uma ficha ao usuário com uma frase aberta do tipo “Eu gostaria que o meu ambiente...”. Este deve responder de forma espontânea, sem preocupação com rimas ou desenhos elaborados. O método possibilita ampla liberdade para a manifestação dos anseios dos usuários, fornecendo informações que podem ser relevantes para o desenvolvimento de projetos similares, reformas ou ampliações. Recomenda-se que o pesquisador acompanhe a aplicação dos “poemas” e interaja com os respondentes, especialmente quando as respostas são traduzidas por desenhos a fim de identificar as observações e explicações relativas aos significados dos mesmos (RHEINGANTZ et al, 2009). Este instrumento será direcionado aos pacientes infantis. A Entrevista Estruturada caracteriza-se por ser aquela onde o entrevistador segue um roteiro previamente programado. Esta entrevista se diferencia de um questionário, pois nela o entrevistador deve estar presente e o formulário previamente preparado servirá de roteiro para a Página 9 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO conversação (RHEINGANTZ et al, 2009). A entrevista será direcionada aos acompanhantes e funcionários de saúde.

QUESTIONÁRIO 01: ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA Este questionário faz parte da metodologia de uma pesquisa de iniciação científica realizada no Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto. A abordagem da investigação é sobre o espaço físico em enfermarias pediátricas. O objetivo é entender as necessidades ambientais (infraestrutura física) considerando a arquitetura da edificação. A percepção dos pacientes, acompanhantes e funcionários faz parte da análise. Elaborar recomendações para melhorias dos locais pesquisados e também para projetos de arquitetura e urbanismo de enfermarias faz parte dos resultados esperados. Sua colaboração é muito importante! PARTE 1 – IDENTIFICAÇÃO 1 - HOSPITAL: 2 - ( ) ACOMPANHANTE ( ) PROFISSIONAL DE SAÚDE 3 - NOME (não serão divulgados): 4 - SEXO: ( ) FEMININO

( ) MASCULINO

5 - IDADE: ______ anos 6 – FORMAÇÃO PROFISSIONAL: 7 – QUANTO TEMPO ESTÁ NESTA INSTITUIÇÃO: PARTE 2 – ARQUITETURA HOSPITALAR (ASPECTOS FÍSICOS, LOCACIONAIS, AMBIENTAIS E URBANOS) 8 - NA SUA OPINIÃO A ARQUITETURA (ESPAÇO FÍSICO) DO HOSPITAL É: ACESSO:

( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOA; ( ) ÓTIMA

ENFERMARIA:

( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOA; ( ) ÓTIMA

CIRCULAÇÕES:

( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOA; ( ) ÓTIMA

REFEITÓRIO:

( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOA; ( ) ÓTIMA

SANITÁRIOS

( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOA; ( ) ÓTIMA

RECREAÇÕES:

( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOA; ( ) ÓTIMA Página 10 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO 9 - EXISTE UM LUGAR A SER DESTACADO POSITIVAMENTE? ( ) SIM; ( ) NÃO SE SIM, QUAL? ____________________________________________________________________ 10 – EXISTE UM LUGAR A SER DESTACADO NEGATIVAMENTE? ( ) SIM; ( ) NÃO SE SIM, QUAL? _____________________________________________________________________ PARTE 3 – ENFERMARIA 11 – DESENHE UM LAYOUT QUE VOCÊ PENSA SER O IDEAL PARA A ENFERMARIA PEDIÁTRICA

12 - DAS CARACTERÍSTICAS AMBIENTAIS, QUAIS VOCÊ CONSIDERA QUE MAIS INFLUENCIAM NO BEM-ESTAR DOS PACIENTES EM UMA ENFERMARIA? ( ) Iluminação ( ) Acústica ( ) Layout ( ) Ergonomia ( ) Temperatura 13 – EM RELAÇÃO À ILUMINAÇÃO NATURAL NOS AMBIENTES DO HOSPITAL VOCÊ CONSIDERA: ( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOA; ( ) ÓTIMA 14 – QUANTO AO MOBILIÁRIO, VOCÊ CONSIDERA: ( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOM; ( ) ÓTIMO

Página 11 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO 15 – EM RELAÇÃO À TEMPERTAURA DA ENFERMARIA PEDIÁTRICA, VOCÊ CONSIDERA: ( ) MUITO QUENTE ( ) QUENTE ( ) CONFORTÁVEL ( ) FRIO ( ) MUITO FRIO 16 – EM RELAÇÃO AOS SONS, VOCÊ CONSIDERA QUE A ENFERMARIA PEDIÁTRICA É: ( ) MUITO BARULHENTA ( ) BARULHENTA ( ) CONFORTÁVEL ( ) SILENCIOSA ( ) MUITO SILENCIOSA 17 – EM RELAÇÃO AOS ESPAÇOES DESTINADOS À RECREAÇÃO DOS PACIENTES INFANTIS, VOCÊ CONSIDERA: ( ) INSUFICIENTE; ( ) REGULAR; ( ) BOM; ( ) ÓTIMO 18 – DE DENTRO DA ENFERMARIA VOCÊ CONSEGUE VER A PAISAGEM EXTERNA: ( ) SIM ( ) NÃO

SE SIM, VOCÊ CONSIDERA ESSA PASISAGEM: ( ) MUITO BOA ( ) BOA ( ) RAZOÁVEL ( ) RUIM ( ) MUITO RUIM

SE NÃO, CONSIDERA ESTE UM FATOR IMPORTANTE? ________________________________________________________________________________ OBRIGADA PELA SUA CONTRIBUIÇÃO!

Página 12 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

QUESTIONÁRIO 02: POEMA DOS DESEJOS A questão abaixo é parte de uma pesquisa Iniciação Cientifica que está sendo realizada no Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, em que está sendo estudado o ESPAÇO FÍSICO das enfermarias pediátricas, de acordo com a percepção dos pacientes, acompanhantes e funcionários. Com esta pesquisa busca-se entender as suas necessidades em relação ao ambiente, de forma a elaborar recomendações para melhorias do local e também para projetos futuros. Sua colaboração é muito importante! Obrigada pela participação! VOCÊ É: ( ) PACIENTE ( ) ACOMPANHANTE ( ) PROFISSIONAL DA SAÚDE “Eu gostaria que este a enfermaria fosse...”

Página 13 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

OBRIGADA PELA SUA CONTRIBUIÇÃO!

2.2.7. COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA Por se tratar de uma pesquisa que envolve a área de saúde e tem como público alvo crianças e adolescentes, ela foi submetida à aprovação junto ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto (CEP), através do site Plataforma Brasil e recebeu parecer favorável (n° 2.797.421) no dia 02 de agosto de 2018. A partir deste parecer favorável junto a instituição de ensino, a pesquisadora entrou em contato com dois hospitais infantis da cidade: Maternidade Sinhá Junqueira e Hospital das Clínicas da USP. Após uma análise mais minuciosa sobre o atendimento oferecido pela Maternidade Sinhá Junqueira concluiu-se que esta não atendia essencialmente ao público alvo da pesquisa. Assim a pesquisadora entrou em contato com o Hospital das Clínicas da USP. Após o contato com o Hospital das Clínicas foi solicitado a pesquisadora a inclusão desta instituição como co-participante da pesquisa junto a Plataforma Brasil, sendo esta realizada e recendo parecer favorável para a pesquisa (n° 3.396.085) no dia 17 de junho de 2019. 2.2.8.. O HC CRIANÇA EM RIBEIRÃO PRETO O HC Criança, localizado no município de Ribeirão Preto, passou por grandes mudanças nos últimos tempos com um projeto de um novo edifício. Com esta nova proposta para o HC Criança, em 2015 se deu o início do atendimento ambulatorial nas novas instalações. O novo HC Criança, foi projetado com o intuito de oferecer um tratamento mais humanizado para os pacientes, crianças e adolescentes, o novo prédio fica localizado anexo ao Página 14 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP, no qual atualmente se tem 233 leitos e 72 consultórios e salas, subdividido em cinco pavimentos onde funciona: Ambulatórios, Enfermarias, Centro Obstétrico, UTI Neonatal, UTI Pediátrico, Alojamento Conjunto, CIREP (Centro de Cirurgia e Epilepsia) e o Departamento de Puericultura e Pediatria. Neste contexto, com o novo edifico disponibilizou um espaço considerável para as crianças e adolescentes e otimizou consequentemente o atendimento aos adultos e idosos no outro edifício.

2.2.9. PESQUISA DE CAMPO A pesquisa de campo foi uma pesquisa exploratória, apoiada na literatura multidisciplinar do tema e em estudos de campo, relacionados em referência as técnicas e instrumentos APO. Nesta pesquisa, a APO buscou por uma avaliação comportamental, priorizando a percepção de todos os usuários ao analisar o ambiente hospitalar. O objeto de análise deste estudo foi o Hospital HC Criança, no município de Ribeirão Preto. Assim foi iniciada a pesquisa de campo em 3 dias, sendo realizada na enfermaria pediátrica do HC Criança no 4º andar do edifício, entre os dias 24 e 25 de julho de 2019. A APO foi estruturada em duas partes: A aplicação de um questionário de múltipla escolha destinado aos acompanhantes e profissionais da saúde e para as crianças/adolescentes foi aplicado o Poema dos Desejos. Juntamente nestes 2 dias de visita também foi possível realizar uma visita exploratória e leituras espaciais no ambiente hospitalar. Durante a visita foi analisado os ambientes do 4º andar, assim realizando um levantamento dos aspectos físicos-espaciais daquele pavimento, tais como sensação de conforto, privacidade, dimensionamento, mobiliários e layout. Com a visita aos ambientes, como os quartos dos pacientes, refeitórios, banheiros e salas de recreação, junto com os relatos dos usuários foi possível fazer um levantamento de suas experiencias e a rotina de cada um. Deste modo, foi possível ter uma percepção maior ao aplicar as questões fechadas, de múltipla escolha, onde os entrevistados atribuíram conceitos para o ambiente em que se encontravam. O questionário foi de apenas um único modelo para todas as categorias de adultos entrevistados, sendo o mesmo trabalho relativamente com as crianças/adolescentes. E por último, o Poema dos Desejos aplicado apenas às crianças. Foi levantado um total de 64 questionários respondidos, sendo 39 acompanhantes, 25 profissionais da saúde, bem como 12 desenhos realizados por crianças/adolescentes no poema dos desejos, durante os dois dias de visita ao HC Criança. Página 15 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO Assim foi possível descrever alguns relatos mais comentados entre os acompanhantes, profissionais da saúde e das crianças/adolescentes. De todos os entrevistados apenas um acompanhante era homem, o restante eram mulheres (mães e avós) dos pacientes. Foram visitas realizadas de ótimo aproveitamento, com uma boa recepção dos usuários em si principalmente os funcionários, onde alguns consideravam de grande importância a aplicação do questionário, uma vez que são pessoas que passam a maior parte de seu tempo todos os dias dentro do ambiente hospitalar. Durante a aplicação do questionário semiestruturado, notou-se a resistência ou mesmo a dificuldade de alguns acompanhantes ao se depararem com a questão número 11, onde pedia-se para desenhar um layout ideal para enfermaria. Cerca de 72% optaram por não desenhar, 7% optaram por escrever ou fazer algumas anotações do que mudaria naquele ambiente e apenas 10% desenharam. D E S E N H E U M L AYO U T Q U E V O C Ê P E N S A S E R O I D E A L PA R A A E N F E R M A R I A P E D I ÁT R I C A :

NÃO DESENHOU

ESCREVEU DESENHOU 0%

10%

20%

30%

40%

50%

(Gráfico de análise – questionário dos acompanhantes)

Também foi notado dificuldade na compreensão da questão número 12, onde os entrevistados eram questionados sobre algumas características ambientais e quais delas poderiam considerar que mais influenciavam no bem-estar dos pacientes de uma enfermaria. Dentre as 5 características abordadas, as alternativas “layout” e “ergonomia” se mostraram de difícil compreensão para os entrevistados, que desconheciam o que significava cada uma.

Página 16 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO CARACTERÍSTICAS QUE MAIS I N F L U E N C I A M N O B E M - E S TA R D O PA C I E N T E : ACOMPANHANTES

PROFISSIONAIS DA SAÚDE

ÓTIMA BOA REGULAR INSUFICIENTE 0%

10%

20%

30%

40%

50%

(Gráfico de análise – questionário dos acompanhantes/profissionais da saúde)

Já com a participação dos profissionais da saúde, também envolvendo as questões do questionário, a questão número 11, que envolvia desenhar um layout, cerca de 40% optaram por não desenhar, 48% escreveram e apenas 12% desenharam.

D E S E N H E U M L AYO U T Q U E V O C Ê P E N S A S E R O I D E A L PA R A A E N F E R M A R I A P E D I ÁT R I C A :

48%

NÃO DESENHOU ESCREVEU

PROFISSIONAIS DA SAÚDE

40% 12%

DESENHOU 0%

10%

20%

30%

40%

50%

(Gráfico de análise – questionário dos profissionais da saúde)

Assim, os assuntos e questões mais abordadas entre os funcionários da saúde, foi a importância de rever as alturas de louças sanitárias e mobiliários para as crianças, a localização dos Página 17 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO postos de enfermagem mais pertos e com uma melhor visão para os quartos, a importância de se ter visores em cada porta do quarto da enfermaria para uma melhor localização de cada paciente. Nesta visita foi perceptível o interesse dos acompanhantes em saber mais sobre o assunto, assim praticamente de todas as pessoas abordadas, 95% aceitaram participar do questionário. Houve uma dificuldade maior com as crianças/ adolescentes para a participação do Poema dos Desejos que envolviam desenhos à mão livre. Devido a maioria dos pacientes encontrados na internação nos dias das visitas serem recém-nascidos e/ou com idades entre 1 a 4 anos, que são faixas etárias que ainda não possuem um desempenho exato de desenho e entendimento da atividade. Com isso foi obtido no total de 12 desenhos realizados no Poema dos Desejos, atingindo crianças entre 8 e 12 anos e alguns adolescentes de 15 e 16 anos. Os acompanhantes relataram a satisfação com os profissionais da saúde, mencionando o cuidado, carinho e paciência com os pacientes. O principal assunto entre eles em suas descrições, foi a importância da mudança para o atual edifico do HC Criança, alguns acompanhantes relataram sobre o antigo departamento que ficava localizado no 7º andar no edifício antigo. Suas descrições e experiências neste antigo andar, revelam insatisfação em relação ao número de 7 pacientes que dividiam o mesmo quarto, além dos acompanhantes. Estes acompanhantes também relataram que o local antigo, era um lugar com pouca luz e muito calor e não havia ar condicionado. Depois dessa mudança para o edifício novo, foi perceptível um aumento na satisfação, onde 70% dos usuários descrevem “agora estamos no céu, neste novo andar”. Também uma das fisioterapeutas relatou o melhoramento advindo com a mudança, segundo a qual, no edifício antigo, o principal problema era o calor. Neste contexto foi possível analisar durante a aplicação dos questionários, os argumentos utilizados por algumas pessoas que descreveram a importância das áreas de recreação para as crianças e adolescentes. Através da realização de alguns desenhos no Poema dos Desejos, feito por adolescentes foi perceptível a falta de recreação destinado a eles, como programas de atividades para os jovens dentro daquele ambiente. Em outros casos, foi possível notar através dos desenhos, o desejo de realizar atividades na área externa do hospital, a necessidade de um local para correr, brincar de pipa, futebol e etc. Neste contexto, foi analisado através de alguns desenhos realizados no Poemas dos Desejos a importância de se ter um programa de atividades, um local adequado para recreações, assim trazendo o máximo possível um ambiente familiar, confortante e lúdico.

Página 18 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

(Figura1: Poema dos Desejos/ paciente Fonte: Acervo pessoal)

(Fugura2: Poema dos Desejos/ paciente Fonte: Acervo pessoal)

Mobiliários Este foi um dos assuntos mais comentados durante as visitas pelos os usuários, alguns comentam que após a mudança para o novo andar do Hc Criança, foi de grande melhoria, principalmente para os acompanhantes, ainda sim algumas mães com mais tempo na instituição, comentam sobre as poltronas e berços para os bebês, são mobiliários que vieram do antigo andar e veem como algo que poderia melhorar o quesito conforto. Ainda assim, através dos questionários respondidos foi perceptível também o desagrado dos profissionais da saúde, que relatam não ter um local para descanso, e os mobiliários que usam durante o trabalho poderiam melhorar.

(Figura 3: Poema dos Desejos/ paciente

(Fugura 4: Poema dos Desejos/ paciente

Fonte: Acervo pessoal)

Fonte: Acervo pessoal)

Página 19 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO Q UA N T O A O M O B I L I Á R I O , VOCÊ CONSIDERA: ACOMPANHANTES

PROFISSIONAIS DA SAÚDE

ÓTIMA BOA REGULAR INSUFICIENTE 0%

10%

20%

30%

40%

50%

(Gráfico de análise – questionário dos acompanhantes/profissionais da saúde)

Recreações

Foi relatado pelos usuários, tanto acompanhantes quanto profissionais da saúde a satisfação com alguns programas realizados no 4º andar do HC Criança, como a terapia ocupacional. A mãe de um paciente, que desde os 5 meses de vida foi internado, conta que através da terapia ocupacional seu filho, hoje aos 4 anos de idade, aprendeu a engatinhar e a andar, mesmo em um ambiente hospitalar. Da mesma maneira foram mencionados outros programas positivos, como a sala de leitura e as atividades pedagógicas. Nestas atividades as crianças desenvolvem pinturas em telas, e para aqueles pacientes que não estão autorizados a se locomover, estes recebem pranchetas com desenhos e atividades escolares para manterem a dinâmica de ensino em suas rotinas.

(Figura 5: Poema dos Desejos/ paciente

(Fugura 6: Poema dos Desejos/ paciente

Fonte: Acervo pessoal)

Fonte: Acervo pessoal)

Página 20 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

(Figura 7: Sala Pedagoga, atividades de pintura Fonte: Acervo pessoal)

(Figura 8: Área de recreação/recepção dos pacientes Fonte: Acervo pessoal)

Um dos lugares mais comentados positivamente foi a área da recepção onde apresenta um espaço de recreação para as crianças, um ambiente com playgrounds e principalmente muito comentado sobre as grandes aberturas no entorno, considerando o espaço com a melhor vista do HC, descrevendo um lugar com mais contato com a paisagem externa e contato com a luz solar que é de grande importância.

(Figura 9: Área de recreação/recepção dos pacientes

(Figura 10: Área de recreação/recepção dos pacientes

Fonte: Acervo pessoal)

Fonte: Acervo pessoal)

Página 21 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

E M R E L A Ç Ã O A O S E S PA Ç O S D E S T I N A D O S À R E C R E A Ç Ã O D O S PA C I E N T E S I N FA N T I S , VOCÊ CONSIDERA: ACOMPANHANTES

PROFISSIONAIS DA SAÚDE

ÓTIMA BOA REGULAR INSUFICIENTE 0%

10%

20%

30%

40%

50%

(Gráfico de análise – questionário dos acompanhantes/profissionais da saúde)

Quartos

Acompanhantes mais antigos no hospital, relataram o quão importante foi a mudança para o novo edifício, os mesmos relataram vários problemas no 7º andar do edifício antigo, e consideram a decisão de se compartilhar apenas dois leitos (dois pacientes) por quartos, como um dos pontos principais, promovendo assim, um espaço mais reservado e confortável para todos os usuários. A questão estética lúdica do ambiente também foi bastante comentada, como um conceito que seria de grande importância ser aplicado em todos os ambientes dos quartos para uma distração, um aconchego melhor para o paciente. Algumas mães também relataram a importância de um layout melhor distribuído dentro dos quartos das enfermarias, pois segundo elas, há necessidade de mais espaço para armários. Descrições sobre as janelas, que apesar de garantirem uma boa iluminação natural, mas não é possível a abertura das mesmas, os acompanhantes ressaltam a necessidade de ter a opção de abertura das esquadrias para uma ventilação natural melhor dentro do ambiente. Conforme comentado acima, alguns usuários aceitaram fazer o desenho da questão 11 do questionário, que pedia para desenhar um layout para enfermaria, neste contexto ficou nítido a percepção dos acompanhantes dentro do ambiente e a percepção dos profissionais da saúde.

Página 22 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

(Figura 11: Questão 12/ Resposta Acompanhante )

(Figura 12: Questão 12/ Resposta Acompanhante)

(Figura 13: Questão 12/ Resposta Acompanhante

As imagens acima são da questão 12, que pede para o usuário desenhar qual seria o layout ideal para a enfermaria pediátrica, com isso é possível ver em suas anotações, a percepção da falta de armários para os acompanhantes presentes em cada quarto, uma cama para cada acompanhante ao lado do leito da criança e com mesas para refeição para cada acompanhante.

Já os profissionais da saúde com sua percepção e experiencia do dia-dia, veem o layout ok, mas com algumas faltas na parte técnica em procedimentos para os enfermeiros. Outros pensaram também além do quarto e sim em uma distribuição melhor de cada setor.

Página 23 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

(Figura 14: Questão 12/ Resposta Profissional da saúde )

(Figura 15: Questão 12/ Resposta Profissional da saúde)

(Figura 16: Questão 12/ Resposta Profissional da saúde)

Instalações

Um dos ambientes mais comentados como necessitando de melhorias, são os banheiros para os acompanhantes e a necessidade de serem separados dos banheiros dos pacientes. Foi notável o descontentamento sobre os espaços e sobre sua localização distante dos leitos. Os banheiros utilizados para banhos, pelos acompanhantes, são os mesmos para todos usuários presentes no refeitório. A área do refeitório não é utilizada por todos os acompanhantes, alguns informaram que preferem realizar suas refeições no quarto para não saírem de perto dos filhos. Os acompanhantes que Página 24 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO utilizam este ambiente relatam ser espaço amplo, conhecido também como a sala de conforto, um ambiente agradável.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS WALDOW, V. R.; BORGES, R. F. Cuidar e humanizar: relações e significados. 2011. ABREU, C. Bioética e Gestão em Saúde. Curitiba: Intersaberes, 2018. OLIVEIRA, J. S. Humanização em Saúde: arquitetura em enfermarias pediátricas. 2012. 197f. Dissertação (Mestrado em Ambiente Construído) –Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012. Disponível em: <https://www.ufjf.br/ambienteconstruido/files/2012/03/DISSERTA%C3%87%C3%83O-JulianaSimili-de-Oliveira-2012.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2018. SOUZA, G. B.; LUKIANTCHUKI, M A. Humanização da arquitetura hospitalar. Arquitextos, s.l., Ano 10, mar.2010. Disponivel em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.118/3372>. Acesso em: 09 abr. 2018. RIBEIRO, C. R.; PINTO JUNIOR, A. A. A representação social da criança hospitalizada: um estudo por meio do procedimento de desenho-estória com tema. Rev. SBPH, Rio de janeiro, v. 12, n. 1, p. 31-56, jun. 2009. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151608582009000100004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 27 abr. 2018. BERGAN, C.; BURSZTYN, I.; SANTOS, Mauro C. O. e TURA, L. F. R. Humanização: representações sociais do hospital pediátrico. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v.30, n.4, p.656-661, out./ dez. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472009000400011>. Acesso em: 30 abr. 2018. MOTTA, A. B. e ENUMO, S. R. F. Brincar no hospital: estratégia de enfrentamento da hospitalização infantil. Psicologia em estudo, Maringá, v.9, n.1, jan./abr. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141373722004000100004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 25 abr. 2018. Villa LLO; Silva JC; Costa FR; et al. A percepção do acompanhante sobre o atendimento humanizado em unidade de terapia intensiva pediátrica. Rev Fund Care Online. 2017 jan/mar; 9(1):187-192. DOI: http:// dx.doi.org/10.9789/2175-5361.2017.v9i1.187-192 BITENCOURT, Fábio. Espaço e Promoção de Saúde: a contribuição da arquitetura ao conforto dos ambientes de saúde. Saúde em Foco/Informe epidemiológico em Saúde Coletiva. Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Nº 23 issn 1519-5600. Rio de Janeiro, Julho, 2002. p. 35 a 46. BONI, C; SILVA, C. R; FORTUNA, T. C. conforto ambiental hospitalar na perspectiva dos hospitais da rede sarah Kubistchek. Contemporânea: Revista Unitoledo: Arquitetura, Comunicação, Design e Educação, v. 03, n. 01, p.74-88, jan/jun. 2018. Página 25 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO OLIVEIRA, L. D. B; GABARRA, L. M.; MARCON, C., SILVA, J. L. C.; MACCHIAVERNI, J. A brinquedoteca hospitalar como fator de promoção no desenvolvimento infantil: relato de experiência. Revista Bras Crescimento Desenvolvimento Hum, s.l.,v.19, n.2, p. 306-312, 2009. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/jhgd/article/view/19920/21997. Acesso em: 25 abr. 2018.

SAMPAIO, A. V. C. F.; CHAGAS, S. S. Avaliação de conforto e qualidade de ambientes hospitalares. Gestão & Tecnologia de Projetos, São Paulo, v.5, n.2, p. 155-179, nov. 2010. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/view/50990>. Acesso em: 09 abr. 2018. DEL RIO, Vicente, RHEINGANTZ, Paulo Afonso, ORNSTEIN, Sheila Walbe (coord.). Clínica São Vicente: considerações sobre sua Arquitetura. UFRJ-FAU-PROARQ, Rio de Janeiro: Cadernos do PROARQ, n.5, 1998. RHEINGANTZ, Paulo Afonso; AZEVEDO, Giselle Arteiro; BRASILEIRO, Alice; ALCANTARA, Denise de; QUEIROZ, Mônica. Observando a qualidade do lugar: Procedimentos para a avaliação pós-ocupação. Rio de Janeiro: PROARQ/FAU-UFRJ, 2009. PEDRO, Joyce Mayra Ferreira; RIBEIRO, Gislene Passos. Sistemática de apo – avaliação pósocupação do edificio irmandade da santa casa de misericórdia de lorena/sp. Universidade do Vale do Paraíba: Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento –IP&D, 2006.

2.3. DIFICULDADES ENCONTRADAS PARA A EXECUÇÃO DA PESQUISA 2.4. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES As metas e atividades propostas pelo cronograma foram cumpridas dentro dos prazos estabelecidos. 3. AUTOAVALIAÇÃO DO ALUNO Considero uma grande oportunidade de fazer essa pesquisa, estudando um tema que sempre tive um interesse desde quando participei dos doutores do riso em Ribeirão Preto, tive uma experiência muito boa e hoje através de muitos artigos e livros estudados vejo uma evolução de aprendizagem e uma noção maior de como é importante o estudo da arquitetura da saúde. 4. PARECER DO ORIENTADOR Todo o cronograma da pesquisa foi devidamente cumprido pela discente pesquisadora, sobretudo a partir de revisões efetuadas a partir do relatório parcial de pesquisa. Página 26 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO Breve parecer: A presente pesquisa apresentou um corpo teórico-conceitual rico, cujas análises foram bem estruturadas pelo corpo textual que a discente responsável por esta iniciação científica apresentou. A aluna demonstrou um interesse profícuo em cada uma das etapas do plano de trabalho apresentado no projeto de pesquisa original, as cumpriu adequadamente. Por fim, salientase a ampliação do conteúdo bibliográfico lido pela discente pesquisadora ao longo do desenvolvimento da pesquisa, que foi essencial para que houvesse um entendimento mais afinado das questões teórico-conceituais que envolveram a importância do conforto ambiental e da humanização de ambientes hospitalares, bem como o aprendizado de metodologias de pesquisa em campo. Ribeirão Preto, 31 de agosto de 2019, Profa Débora Rodrigues Cruz

5. PARECER DO COMITÊ INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (CIIC) Atribuir para os tópicos abaixo notas de 1 a 5 com a seguinte equivalência: 5 = muito bom; 4 = bom; 3 = regular, 2 = fraco; 1= insuficiente. 5

4

3

2

1

Etapa cumprida no relatório apresentado Plano de trabalho original apresentado no início da pesquisa (aplica-se no caso de relatório parcial)

A evolução do projeto permite prever sua conclusão dentro do prazo previsto? Sim [

]

Não [

],

Comente no espaço abaixo

Avaliação do CIIC: [ ] Relatório recomendado - [ ] Relatório não recomendado Breve justificativa: Data e nome do parecerista.

Data e nome do parecerista

Página 27 de 28


CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE RIBEIRÃO PRETO

Página 28 de 28


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.