CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO Humanização na Saúde
Bruna Banharelli Silva Orientadora: Alexandra Marinelli
CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO PEDIÁTRICO Humanização na Saúde
Ficha Catalográfica Elaborada por Matheus Felippe Tunis. CRB 8/8766
S586c
Silva, Bruna Banharelli Centro de Tratamento Oncológico Pediátrico: humanização na saúde / Bruna Banharelli Silva. – Ribeirão Preto, 2019. 95 f. : il. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Profa. Ma. Alexandra Marinelli. 1. Humanização. 2. Conforto ambiental. 3. Arquitetura hospitalar. 4. Saúde. I. Título. II. Alexandra Marinelli. CDD 720
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto, como parte dos requisitos para obtenção do Grau de bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Profa. Ma. Alexandra Marinelli. Ribeirão Preto-SP, 2019.
Figura 1- Atividade com a criança - Poema dos Desejos Fonte: acervo pessoal
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, por sempre guiar meus caminhos e me ajudar nos momentos mais difíceis. Agradeço meus pais, Rosemary e Edmilson que me proporcionaram uma educação de qualidade, por todo apoio e paciência durante essa caminhada, aos meus familiares e amigos presentes que me acompanharam nos momentos bons e difíceis. Ao meu companheiro e parceiro Norio Nomiyama Junior, homem admirável, que me acompanhou e me ajudou nestes anos de graduação, sempre me proporcionando o melhor. Gostaria de agradecer a amiga arquiteta Carolina Chedraoui, que foi de extrema importância na criação do meu projeto, obrigada pela ajuda e paciência. Agradecimento em especial para minha orientadora Alexandra Marinelli, que tive o prazer de conhecer no final do meu curso de graduação, que me acompanhou neste processo final do projeto, com muita paciência e dedicação. A todos, minha eterna gratidão por terem feito essa trajetória possível!
DEDICATÓRIA
“As cores trazem vida e a criança esperança.” (Bruna Banharelli)
Dedico este trabalho para todas as crianças e adolescentes que estão passando por um momento difícil de enfermidade. Dedico também a todos os profissionais da saúde que trabalham e se esforçam para garantir o melhor para cada criança.
Figura 2- Atividade com a criança - Poema dos Desejos Fonte: acervo pessoal
Para os africanos, ubuntu é a capacidade humana de compreender, aceitar e tratar bem o outro, uma ideia semelhante à de amor ao próximo. Ubuntu significa generosidade, solidariedade, compaixão com os necessitados, e o desejo sincero de felicidade e harmonia entre os homens. “O UBUNTU não significa que uma pessoa não se preocupe com o seu progresso pessoal. A questão é: o meu progresso pessoal está ao serviço do progresso da minha comunidade? Isso é o mais importante na vida. E se uma pessoa conseguir viver assim, terá atingido algo muito importante e admirável.” (Nelson Mandela)
A filosofia africana “UBUNTU” foi de extrema importância para o conceito e partido deste projeto.
SUMÁRIO
1
Módulo O1: 1. Apresentação 1.1 Tema 1.2 Problemas 1.3 Justificativas 1.4 Objetivos 1.5 Metodologia
5
Módulo O5: 5.1 Conceito e Partido 5.2 Memorial Descritivo e Justificativo 5.3 Pesquisa em Campo - HC Criança - RP 5.4 Setorização 5.5 Estrutura e Materialidade 5.6 Diretrizes Projetuais 5.7 Estudo Preliminar 5.8 Programas de Necessidades 5.9 Perspectivas 3D
2
Módulo O2: 2. Referencial Teórico 2.1 Humanizações e Alguns de seus Significados 2.2 História da Humanização nos Hospitais 2.3 História do Conforto Ambiental 2.4 Importânicia do Conforto Ambiental nos Edifícios Hospitalares 2.5 Uma experiência de ambientação de hospitais públicos no Rio de Janeiro
6
Módulo O6: 6. Referências Bibliográficas
3
Módulo O3: 3. Localização - Levantamento Morfológico da Área
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Módulo O7: 7.1 Anexo - Entrevistas HC Criança
4
Módulo O4: 4.1 Nemours Children’s Hospital - Orlando (EUA) 4.2 Hospital Infantil Teletón de Oncología 4.3 Hospital Infantil Nelson Mandela 4.4 Conclusão - Leituras Projetuais
Figura 3- Atividade com a criança - Poema dos Desejos Fonte: acervo pessoal
RESUMO O presente trabalho tem como principal objetivo trabalhar a importância do bem-estar de cada usuário dentro de um ambiente da área da saúde. Neste contexto foi pensado em trazer um conceito de humanização e conforto ambiental para desenvolver um Centro de Tratamento Oncológico Pediátrico, um lugar destinado não apenas para um tratamento quimioterápico, e sim um lugar que traga um espaço físico lúdico, confortavél e com atividades diversas para todos os usuários presentes no edifício. A metodologia é viabilizar a pesquisa em campo, bibliografia, estudo de caso, leituras projetuais e entrevistas com acompanhantes e profissionais da saúde. Assim, demonstrando como a arquitetura é importante para o espaço físico na saúde.
ABSTRACT The present work has as main objective to work the importance of the well-being of each user in a health environment. In this context it was thought to bring a concept of humanization and environmental comfort to develop a Pediatric Cancer Treatment Center, a place intended not only for a chemotherapy treatment, but a place that brings a playful, comfortable and diverse physical space for all users present in the building. The methodology is to enable field research, bibliography, case study, project readings and interviews with companions and health professionals. Thus, demonstrating how important architecture is to the physical space in health.
Figura 4- Atividade com a crianรงa - Poema dos Desejos Fonte: acervo pessoal
INTRODUÇÃO
1.
INTRODUÇÃO
A humanização na arquitetura da saúde vem sendo discutida desde o século XX, mas atualmente infelizmente não são todos os projetos hospitalares que focam na priorização dos espaços humanizados, nos dias de hoje existem hospitais projetados e executados com menos de 10 anos de uso que foram pensados apenas no partido técnica e não levando o conceito do conforto ambiental e a humanização para desenvolver o programa do hospital. A importância do ambiente físico hospitalar vem sendo reconhecida cada vez mais sobre o bem-estar dos usuários. Estudos retratam a relação do paciente-ambiente nos edifícios de saúde, mostrando as tendências do conforto ambiental que traz soluções como a iluminação e ventilação natural, consequentemente tornando os espaços humanizados e desenvolvendo um avanço no bem-estar do paciente. Antigamente quando o assunto se tratava sobre “arquitetura hospitalar” representava mais a importância do espaço do hospital com sua tecnologia, envolvendo apenas o profissional da saúde, onde era privilegiado o tratamento da doença e o paciente era apenas um ser passivo dentro do ambiente naquele processo. Atualmente em apenas alguns hospitais são priorizados a humanização, trazendo uma qualidade na evolução da saúde, passando a valorizar o paciente e suas necessidades integralmente, deste modo o pensamento da “arquitetura hospitalar” se desenvolve para “arquitetura da saúde”. (CADERNO EDIFICAÇÕES DE SAUDE, 2005)
É importante priorizar na arquitetura da saúde o conceito da humanização e do conforto ambiental nos espaços internos/externos, trazendo essa ligação entre o paciente-médico, neste sentindo dando um tratamento mais afetivo, mais humano e menos doloroso, evitando uma experiência negativa que o ambiente hospitalar traz.
A hospitalização infantil revela-se como uma experiência dolorosa para a criança e seus familiares. Diversos sentimentos emergem dessa situação, provocando dúvidas, angústias, sofrimento e dor (RIBEIRO, PINTO, 2009). Humanizar a medicina é prezar as necessidades do paciente, considerando suas vontades e necessidades. É evidente que no auxilio hospitalar, apresenta-se a ausência de comportamentos que evidenciem apreciação, compaixão, sentimentalidade e empatia. Diante disso, humanizar o apoio aos doentes acarreta tomar conta e tratar do paciente considerando-se um ser humano integral, presenciar e responder seus desejos, entendendo que na dor e no sofrimento, suas carências de apego e acolhimento aumentam (ABREU, 2018).
ARQUITETURA HOSPITALAR
ARQUITETURA DA SAÚDE
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Figura 5- Fonte: Google Imagens, Titulo Câncer
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Analisando a importância dessa fase do desenvolvimento em que as crianças se encontram faz-se muito necessário que a humanização esteja presente de forma a fazer diferença na saúde desse paciente, melhorando as características do ambiente e as relações entre todos que participam deste contexto. A socialização de cenários hospitalares bem como, utilização de estratégias de conforto ambiental, tem como objetivo descaracterizar a percepção geral dos usuários de que os hospitais são ambientes desumanos e sem distração, assim produzindo meios que asseguram uma relação melhor entre os usuários, como na convivência e na rotina entre funcionários, pacientes e acompanhantes. Encontram-se muitas privações para ser argumentadas e realizadas para um aperfeiçoamento no conforto ambiental hospitalar envolvendo todos os usuários. Sobre este panorama, estudos como o de Oliveira (2012), demonstram que o ambiente físico-arquitetônico não pode ser mais um componente estressante para os pacientes e acompanhantes. Dessa forma a arquitetura terá que auxiliar para a comodidade de ambos, apresentando um lugar em que exista apreço, dignidade e conforto no decorrer do desenvolvimento de confrontação da enfermidade.
O câncer é um grupo de doenças que tem em comum a proliferação descontrolada de células anormais. Na atualidade essa doença é uma das maiores causas de morbimortalidade infantil no Brasil, crescendo 1% ao ano. Existem vários tipos de câncer, porem os mais comuns são leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas, representando de 0,5% a 3% de todos os tumores na maioria da população. Atualmente alguns métodos obtidos pelo avanço na medicina como a quimioterapia, radioterapia e cirurgias, sendo assim diagnosticados precocemente, trazem 70% de possibilidade para a cura. A partir desse diagnostico a criança e sua família tem suas rotinas modificadas e o centro de tratamento oncológico passa a ser um lugar com grande frequência para seu tratamento, aumentando sua dor e sofrimento, interrompendo sua escolaridade e afastando-os de seus familiares e do convívio social, assim resultando em um estilo de vida que passa a ser longe de uma vida harmônica e saudável de uma criança. (SILVAl, CABRAL, CHRISTOFFEL, 2008)
Pensando nesse conceito da humanização, o partido será desenvolvido para um Centro De Tratamento Oncológico Pediátrico, onde crianças/adolescentes diagnosticados com o câncer terão um tratamento humanizado, visando para aquele espaço um conforto ambiental com iluminação e ventilação natural, integrando com áreas externas para todos os usuários presentes no Centro Oncológico. Esta pesquisa visa analisar e melhorar a situação da criança/adolescente no ambiente hospitalar, relatando como essa experiência pode trazer um período de angustia para a criança naquele espaço, se não for trabalhado e aplicado a importância da humanização nos espaços hospitalares.
1.3
JUSTIFICATIVA
1.1 HUMANIZAÇÃO NO CENTRO DE TRATAMENTO ONCOLOÓGICO PEDIÁTRICO
1.2 PROBLEMAS Um dos principais problemas atuais no país é falta de infraestrutura para os hospitais, e mesmo em funcionamento alguns não levam em consideração a importância de se ter um espaço humanizado e confortável, pensando em uma forma agradável de receber o paciente naquele espaço. É preciso ter prioridade em relação ao bem-estar da criança no hospital. Apesar de muita evolução no conceito humanizar na medicina ainda sim existem muitos hospitais não adaptados a essa ideia do conforto ambiental e do ambiente hospitalar humanizado.
Na saúde infantil é indispensável uma dedicação maior por parte dos profissionais de saúde para o desenvolvimento e o bem-estar destes pacientes. As crianças que frequentam os hospitais, passam períodos, muitas vezes indeterminados naquela mesma rotina, tornando-se cada dia mais afastadas de sua vida comum. Neste sentido, é necessário trazer essa experiência cotidiana para o ambiente hospitalar, fazendo com que ela se sinta em seu próprio lar com familiares e também poderem dividir o espaço com crianças da mesma faixa etária. Pesquisas realizadas em hospitais abordando o estudo da humanização, conforto ambiental e espaços de recreação como Bergan, Bursztyn, Santos e Tura (2009) e Oliveira, Abdalla e Borges (2012), demonstraram que mais da metade dos pacientes pediátricos internados são diagnosticados em casos crônicos como o câncer, sendo necessário longos períodos de internação. Neste sentido a humanização e o conforto ambiental se mostram essenciais para o bem-estar desses pacientes, conforme mostram os resultados obtidos nas pesquisas, onde mais de 90% das crianças responderam que o brincar é o que mais gostam de fazer dentro do hospital, como também 95% dos acompanhantes relatam que a organização e a reforma são importantes na humanização e no conforto hospitalar. Assim em conformidade com as propostas atuais de humanização dos ambientes de saúde e tomando como base os conceitos de percepção ambiental, este projeto pretende apontar as relações entre o ambiente construído e o bem-estar físico e psicológico de pacientes infantis dentro de um espaço pediátrico. (BERGAN et al., 2009)
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1
DEMONSTRAR A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR NO BEM-ESTAR FÍSICO E EMOCIONAL DOS PACIENTES INFANTIS;
2
CARACTERIZAR FÍSICO-ESPACIALMENTE O HOSPITAL PEDIÁTRICO, VERIFICANDO SUA FUNCIONALIDADE E AS SITUAÇÕES DE VIVÊNCIA DE SEUS USUÁRIOS;
3
AVALIAR SE AS CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICO-AMBIENTAIS DOS ESPAÇOS ESTUDADOS CONSIDERANDO OS ASPECTOS DE HUMANIZAÇÃO E DE CONFORTO AMBIENTAL;
ARQUITETURA PEDIÁTRICA ARQUITETURA HOSPITALAR
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CONFORTO AMBIENTAL
ESPAÇO HUMANIZADO
1.5 METODOLOGIA
OBJETIVOS (GERAL E ESPECÍFICOS)
1.4
Objetivo Geral: Desenvolver o projeto de um Centro de Tratamento Oncológico Pediátrico, buscando a prioridade do bem-estar do paciente levando até ele um ambiente confortável e humanizado. Visando mostrar a influência que a humanização na arquitetura hospitalar exerce na recuperação e no bem-estar dos pacientes infantis e acompanhantes. Para isso serão estabelecidos os seguintes objetivos específicos:
Neste projeto fundamenta-se em coletar referências e informações bibliográficas, estudos que ajudam a argumentar a importância de um espaço físico hospitalar com qualidade, desse modo elaborar um programa humanizado, lúdico e agradável para pacientes, cuidadores e profissionais de saúde para um novo Centro de Tratamento Oncológico Pediátrico. Através destes conceitos: humanizar e conforto ambiental será atestado um estudo experimental em campo dentro do HC Criança – FMRP de Ribeirão Preto, onde será abordado para todos os usuários, dois métodos de avaliação como o Poema Dos Desejos e um questionário de múltipla escolha, conseguindo analisar a carência de cada um, assim formando uma relação atual das necessidades e observando as particularidades do ambiente hospitalar. A partir desses resultados promoveremos estabelecer diretrizes para o novo edifício hospitalar pediátrico, ressaltando o conforto ambiental tanto quanto na humanização para uma qualidade melhor na rotina e saúde de cada usuário, assim auxiliando para a recuperação da autoestima destes pacientes, reduzindo ao máximo essa fase difícil de tratamento quimioterápico. Neste contexto criar um espaço físico que cative e proporcione um ambiente colorido, com atividades recreativas que fazem parte do dia-dia de uma criança comum, sempre exaltando a importância do “brincar” na vida de cada um e principalmente criar um espaço escolar para todas as faixas etárias presentes, dando a oportunidade de oferecer uma continuidade adequada na formação da criança e do adolescente.
REFERÊNCIANDO
A relação médico-paciente deve basear-se num diálogo respeitoso, confiante e autenticamente interessado; deve ter caráter informativo, terapêutico e decisório, tomando o doente como sujeito digno da máxima atenção. Dessa forma, o sofrimento será humanizado, promovendo uma comunicação ética e reconhecendo a nobreza das relações interpessoais. (ABREU, 2018, p.121).
Podemos afirmar que humanizar é um ato que está presente na rotina da maioria das pessoas, engradecendo a importância da compaixão entre os entes queridos e amigos que fazem parte da história de vida de cada um, porem mesmo assim ainda possuem infinitas maneiras de pratica-la, algumas delas a solidariedade, tornar algo humanitário, enaltecer as coisas simples que são os verdadeiros valores da vida. É ter uma evolução mental sobre os dois tipos de cuidados: o cuidado competente que tende de acontecer em locais de serviço e o cuidado pessoal que significa envolver sentimentos do que é importante para você. Independente do real significado de ambos, a humanização vem para mostrar que é possível ter uma junção dos dois tipos, através do trabalho com suas obrigações
consegue-se transmitir o afeto, junto com um espaço harmonioso trazendo a sensação do acolhimento, do conforto para aquela criança que passa a ter sua rotina familiar e escolar interrompida. (WALDOW, BORGES, 2011) Assim simplificando este conceito:
“Humanizar significa “tornar humano, dar condição humana, humanizar”. É também definida como “tornar benévolo, afável, tratável” e ainda “fazer adquirir hábitos sociais polidos, civilizar”. Já humano, vem de natureza humana, significando também “bondoso, humanitário”. Humanizar é estar coerente com os valores. Solidariedade também está associada à humanização e como força motora está a pré-ocupação. A preocupação pelo outro, que é um ser vulnerável, articula-se de duas maneiras: o cuidado competente e o cuidado pessoal. O primeiro compreende os aspectos da corporeidade humana, e o segundo diz respeito ao cuidado que envolve afeto, sensibilidade – a compaixão. (WALDOW, BORGES, 2011)
Segundo a revista Brasileira de Enfermagem foi publicado: Por isso discutir “humanização” na enfermagem é falar de seu instrumento de trabalho: o cuidado, que “se caracteriza como uma relação de ajuda, cuja essência constitui-se em uma atitude humanizada”, apoiando o cuidado numa relação inter-humana. (CORBANI, BRÊTAS, MATHEUS, 2009.)
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HUMANIZAÇÕES: ALGUNS DE SEUS SIGNIFICADOS
O conceito de humanização na medicina associa-se com o valorizar, dialogar, distinguir a necessidade do paciente. As percepções gerais dos usuários sobre os hospitais são de locais tristes, sem esperança e com estruturas precárias, transmitindo a ausência de privacidade, momentos longos, intermináveis esperas em macas com filas e incertezas de seus diagnósticos. É necessário socializar médicos e pacientes, visando amenizar esse transtorno.
2.2
HISTÓRIA DA HUMANIZAÇÃO NOS HOSPITAIS O termo humanização vem aparecendo na primeira década do século XXI com bastante frequência na literatura de saúde, e isso parece ser uma consequência das recentes recomendações do Ministério da Saúde que propõe uma Política Nacional de Humanização. As bibliografias a respeito desse tema permitiram distinguir o conceito de humanização que deverá ser utilizado neste trabalho. Desde a década 90, o tema sobre a humanização e conforto ambiental vem sendo discutido e colocado em prática em todo o mundo, porém no Brasil, ainda existem hospitais que atendem de uma forma suscetível, sem estudos de humanização e sustentabilidade em ambientes físicos que não trazem o conforto, a iluminação, a ventilação adequada. Esse fato vem sendo analisado junto com as inovações tecnológicas na medicina, os projetistas com suas obrigações como regularizar a qualidade dos ambientes, a flexibilidade exigida do projeto, exigências de normas técnicas a serem seguidas e com valores altos de instalações acabam acarretando no esquecimento ou apenas deixando de lado os conceitos ambientais que tal projeto deveria seguir. (WALDOW, BORGES, 2011)
A Política Nacional de Humanização (PNH) brasileira foi instituída em 2003 buscando pôr em prática os princípios do SUS. A intenção era produzir mudanças nos modos de gerir e cuidar, além de estimular a construção de processos coletivos para promoção da autonomia de profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si.
O conceito de humanização na medicina associa-se com o valorizar, dialogar, distinguir a necessidade do paciente. As percepções gerais dos usuários sobre os hospitais são de locais tristes, sem esperança e com estruturas precárias, transmitindo a ausência de privacidade, momentos longos, intermináveis esperas em macas com filas e incertezas de seus diagnósticos. É necessário socializar médicos e pacientes, visando amenizar esse transtorno.
A relação médico-paciente deve basear-se num diálogo respeitoso, confiante e autenticamente interessado; deve ter caráter informativo, terapêutico e decisório, tomando o doente como sujeito digno da máxima atenção. Dessa forma, o sofrimento será humanizado, promovendo uma comunicação ética e reconhecendo a nobreza das relações interpessoais. (ABREU, 2018, p.121).
Assim demonstrando que este ato não deve ser aplicado apenas para os enfermos e sim envolvendo todos usurários do ambiente como o acompanhante e o funcionário da saúde. É um ato de humanidade que envolve a questão dos sentimentos gerados por cada um deles independente em qual posição se encontra o ser humano naquele momento dentro daquele ambiente.
Figura 6- Fonte: Google Imagens, Titu-
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lo Atendimento Humanizado
No caso de pacientes infantis, a humanização deve ser considerada de modo ainda mais sério, segundo Oliveira, Abdalla e Borges, (2012, p.45): Tratando especificamente do problema da criança e do adolescente no ambiente hospitalar, o Ministério da Saúde (BRASIL, 1990), considera criança “a pessoa até doze anos de idade incompletos e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade”. Nesta etapa de vida, ambos estão em formação e desenvolvimento, tanto físico quanto psicossocial.
O que se observa, portanto é que muitas enfermarias pediátricas ainda não se adaptaram na organização em devidos espaços focados para cada tipo de faixa etária da criança e adolescente, assim acarretando uma experiência negativa dentro do hospital.
Para este público em especial, a ideia de transmitir uma
imagem de um lugar receptivo, convidativo se mostram ainda mais importante. É necessário demonstrar que o Centro de Tratamento Oncológico Pediátrico não é apenas um lugar com limitações e sim provar que as crianças podem ter uma representação interna mais próxima do seu “lar”, podendo continuar a ter uma vida normal como qualquer outra criança, tendo contato com salas de estudos, áreas de recreação, tecnologias e atividades ao ar livre e neste contexto mantendo mais aproximação com seus familiares. Segundo Abreu (2018, p.121) a humanização não pode ser vista como um “programa” a mais empregado aos vários serviços de saúde, e sim uma prática que envolve toda rede hospitalar. Os hospitais são lugares onde adultos e crianças estão passando por momentos difíceis, fragilizados e dependem da ajuda dos profissionais e do próprio hospital para receber um conforto, aconchego, segurança e empatia. Para Corbella (2003) a arquitetura pode influenciar na evolução e no conforto do paciente através da criação de espaços envolvendo a tecnologia para o convívio humano.
Segundo Santa Roza (apud MITRE et. al., 2004), “a hospitalização na infância pode se configurar como uma experiência potencialmente traumática”. Quando a criança e o adolescente passam por uma internação, o curso de seu desenvolvimento é modificado, bem como a sua maneira de vivenciar o mundo. (Ibid., p.46)
Além do mais, segundo Corbella (2003) a iluminação natural traz benefícios para a saúde, porque dá a sensação psicológica do tempo, tanto cronológico, quanto climático, no qual se vive. A luz artificial, necessária à noite e nos dias nublados, deve ser vista sempre como uma complementação e nunca como uma substituição natural.
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A humanização em ambientes hospitalares vem sendo discu-
tida desde a década de 1990, e desde então vem melhorando e evoluindo a hospitalização infantil. Neste contexto, temos uma grande referência, o arquiteto João Figueiras Lima (Lelé) que expressou suas ideias que envolvem a associação entre a arquitetura, natureza e obras de artes, como um dos princípios da humanização hospitalar, entendendo como a humanização se une com a beleza e a funcionalidade. Lelé também defendia a aplicação de estratégias de conforto ambiental ao utilizar a iluminação e ventilação naturais, ao elevar áreas do hospital evitando a sensação de ambientes herméticos, transformando-os em locais mais humanizados. Os arquitetos vêm buscando trazer para os hospitais a concepção da humanização de um modo que seja convidativa às pessoas, concluindo que os espaços serão modificados a partir da perspectiva dos usuários. (LUKIANTCHUKI, SOUZA, 2010). O uso da luz e da ventilação naturais em todos os ambientes – questão fundamental na obra de Lelé – garante, como afirma o arquiteto, a interação com a natureza e de proporcionar o bem-estar dos pacientes. Às usuais iluminação e ventilação artificial dos espaços herméticos de hospitais, opõem-se a variabilidade de luzes e a oscilação da ventilação natural ao longo do dia. Através do uso extenso de sheds, o arquiteto enseja não somente uma maior integração com o espaço natural, como também um importante artifício de combate à infecção hospitalar. Para evitar a incidência direta do sol e, consequentemente, um ganho excessivo de calor nos ambientes internos, os sheds são protegidos por venezianas. Ou seja, assim como no restante da edificação, Lelé alia em seus sheds a funcionalidade do edifício hospitalar à humanização deste.
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1 Figura 7- Quarto da Clínica Oncostar com iluminação artificial. (Fonte: CLÍNICA ONCOSTAR TEM DIFERENTES CENAS DE ILUMINAÇÃO PARA CONFORTO DO PACIENTE. Disponivel em <https:// mingroneiluminacao . com . br / clinica - oncostar - tem - diferentes - cenas - de -iluminacao-para-conforto-do-paciente/>, acessado em 30/05/2019)
2 Figura 8- Quarto do Centro de Oncologia Infantil Princess Máxima / LIAG architects com quartos de iluminação natural. (Fonte: Centro de Oncologia Infantil Princess Máxima / LIAG architects. Disponivel em <https://www.archdaily.com.br/br/912899/centro-de-oncologia-infantil-princess-maxima-liag-architects>, acessado em 30/05/2019)
Através da proposta de atividades lúdicas oferecidas em áreas de recreação dentro dos hospitais, foram verificadas, a partir disto uma evolução no bem-estar da criança, enfatizando como os pacientes desde então ficaram mais calmos e relaxados, assim se aproximando cada vez mais dos acompanhantes e funcionários do local de convivência. Concluindo uma forma positiva para o enfrentamento naquele momento de hospitalização. (OLIVEIRA, et. al. 2009). Com base nos relatos acima, os autores concluem que:
As atividades lúdicas, ao propiciarem situações de tomadas de decisão e autonomia, transformaram o ambiente hospitalar despersonalizaste em um lugar mais previsível e controlável para a criança. Estes comportamentos favoreceram o enfrentamento das dificuldades oriundas da hospitalização e também aproximaram o ambiente do hospital da realidade cotidiana das crianças. Assim, possibilitaram um maior bem-estar da criança reafirmando os achados de MOTTA e ENUMO, (2010).
O intuito do tema sobre humanização na arquitetura hospitalar pediátrica é relatar os atuais casos dentro de hospitais e a partir disso trazer soluções para uma humanização nas enfermarias pediátricas e para a arquitetura interna e externa, sempre priorizando o bem-estar dos pacientes, familiares e os profissionais da saúde. (OLIVEIRA, ABDALLA E BORGES, 2012.) O Brasil somente obteve avanço em relação à humanização da assistência à criança, após a publicação da Lei n° 8.069, em 1990, regulamentando o Estatuto da Criança e do Adolescente, que em seu Artigo 12 preconiza que os esta¬belecimentos de saúde deverão proporcionar condições para a permanência de um dos pais ou responsáveis, em tempo integral, nos casos de internação de criança ou adolescente.
As políticas de humanização foram implantadas com o objetivo de melhorar a assistência prestada pelos serviços de saúde. Assim surgiram a Política de Humanização da Assistência Hospitalar, o Programa Mãe Canguru e o Hos-pital Amigo da Criança. Esses avanços vêm se intensificando devido aos esforços conjuntos do Ministério da Saúde e, principalmente, da sociedade. Dentro deste panorama, a humanização da assistência à criança hospitalizada busca atualmente envolver a família cada vez mais nos cuidados dispensados ao pequeno paciente. Os pais dessas crianças hospitalizadas, ao agirem como seus representantes legais, podem oferecer importante contribuição à assistência na identificação de falhas cometidas pelo sistema hospitalar que, invariavelmente, acabam por ocasionar um atendimento menos eficaz e errôneo, por isso a importância da escuta desses familiares. Hoje, a família é mais atuante e muito mais participante, tanto do planejamento como da assistência, por isso o cuidado humano à criança requer a interação com a sua família da forma mais integral possível. (VILLA, SILVA, COSTA FR, 2011.) Além desta importância, no contexto da avaliação da atenção hospitalar, os pais exercem papel fundamental na conjuntura da hospitalização infantil, na medida em que representam a referência fundamental da criança, enquanto mediadores da relação terapêutica, fonte principal de segurança e de carinho, além de apoio imprescindível ao enfrentamento desta situação desafiadora que é a doença e o internamento. (VILLA, SILVA, COSTA FR, 2011.)
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2.3
HISTÓRIA CONFORTO AMBIENTAL
O conforto ambiental traz a sensação de bem-estar completo tanto físico como mental, é aquele conforto ótimo, com o clima interior agradável para os ocupantes da edificação. Para obter uma garantia de 100% de conforto dentro do hospital é preciso trabalhar em 4 tipos: o conforto térmico; conforto visual; conforto e o conforto olfativo. Através das bibliografias desse tema entendemos o quanto o conforto ambiental é fundamental em ambientes hospitalares.
O conforto, etimologicamente, se origina do latim confortare, que significa fortificar, certificar, corroborar, conceder, consolar, aliviar, assistir, ajudar e auxiliar. O conforto pode assumir o significado de ato de confortar a si e de confortar o outro. O conforto é um estado de prazer e bem-estar. (ROSA, MERCÊS, SANTOS e RADUNZ, 2009.)
2.4 IMPORTÂNCIA DO CONFORTO AMBIENTAL EM EDIFÍCIOS HOSPITALARES Para Rosa et. al. (2008), o ato de confortar tem valor para quem cuida e é cuidado oferecendo oportunidade de crescimento e realização. A conscientização a respeito desse processo promove novas percepções do ser/estar, como cuidador ou ser-cuidado, permitindo o desenvolvimento mútuo em direção a uma condição de vida mais saudável e integrada.
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A condição hospitalar é de fundamental importância para a essência do objetivo projetual, dentre essas condições deve-se considerar a cor, a iluminação, o mobiliário, o conforto térmico e acústico, a sinalização adequada, as instalações elétricas e hidráulicas de qualidade, dentre outras. Ao se projetar um ambiente hospitalar, deve-se ainda, evitar a monotonia de cores e espaços, eliminando o que possa vir a prejudicar os pacientes e trabalhadores do local. É necessário que se projete com consciência, evitando os exageros estéticos, levando em consideração a sustentabilidade, composta por fatores econômicos, sociais e ecológicos. (BONI, SILVA, FORTUNA, 2018.) Acredita que todo ser humano tem uma grande capacidade de adaptação às mais diferentes condições ambientais. Na maioria dos hospitais brasileiros, isso pode ser percebido, pois a maior deles não tem um projeto adequado, e ainda sim existe o atendimento. Nos hospitais, onde as condições de trabalho são muito estressantes e o atendimento é direcionado às pessoas com risco de morte ou em sofrimento profundo, não considerar a importância desses fatores ambientais pode desencadear mais estresse, seja tanto para pacientes e familiares como, para médicos e enfermeiros (GÓES, 2011).
O projeto deve ser pensado também a partir do clima do local a ser implantado, aproveitando da melhor forma o que a natureza já ofereceu, como a luz natural e os ventos predominantes. E quando não é possível sanar todas as necessidades através da iluminação e ventilação naturais, utiliza-se a opção artificial, mas sempre como complemento aos modos passivos de iluminar e ventilar. A luz e a ventilação naturais criam ambientes dinâmicos, devido à sua variabilidade- em intensidade e diversidade, importantes para estimular e melhorar a saúde dos pacientes, de igual modo brindam o conforto ambiental necessário para a recuperação (PERÉN 2006). No Brasil os hospitais atendem de uma forma precária, esses hospitais surgem sem estudos de sustentabilidade e humanização, em ambientes que foram projetados sem levar em consideração o conforto, a iluminação, a ventilação, as cores e o local que foi implantado. (BONI, SILVA, FORTUNA, 2018.)
O presente relatório traz o consolidado do 1º Ciclo 2017 da Pesquisa de Satisfação dos Usuários dos Hospitais Universitários Federais ligados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Trata-se de dados gráficos referentes aos questionários aplicados entre os dias 02 de Maio a 23 de Junho de 2017. A Pesquisa de Satisfação dos Usuários dos Hospitais Universitários Federais é uma iniciativa da Ouvidoria Geral da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
Figura 9- Fonte: Google Imagens, Título: Arquitetura na Saúde.
Para Corbella (2003), uma pessoa está confortável em um ambiente quando se sente em neutralidade em relação a ele. No caso dos edifícios hospitalares, a arquitetura pode ser um instrumento terapêutico se contribuir para o bem-estar físico do paciente com a criação de espaços que, além de acompanharem os avanços da tecnologia, desenvolvam condições de convívio mais humanas. Miquelin (1992), lembra que o desconforto ambiental nos hospitais não pode ser um problema a mais nesses espaços, construídos para, muitas vezes, situações estressantes de atendimento associadas a pacientes com risco de vida ou sofrimento profundo. Figura 10- PESQUISA DE SATISFAÇÃO DOS USUÁRIOS DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS. Fonte: <https://www.ebserh.gov.br/sites/default/files/ouvidoria/2018-12/1%C2%BA%20Ciclo-2017.pdf>
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2.5 Uma experiência de ambientação de hospitais públicos no Rio de Janeiro
O Instituto Desiderata é uma forte referência que trabalha a importância da ambientação nos espaços físicos oncológicos para crianças e adolescentes, com o método de fortalecer as políticas públicas, trazendo um tratamento de qualidade para pacientes infanto-juvenis diagnosticados com o câncer precocemente em hospitais públicos. “Aquário Carioca” inaugurado com o conceito de trazer um ambiente humanizado para influenciar o clima hospitalar, diminuindo a experiência negativa da rotina da criança e ajudando a ter mais chances de cura. Investindo em um ambiente acolhedor, lúdico e agradável para o paciente, acompanhantes e profissionais da saúde. Este projeto teve a ideia de modificar as salas de quimioterapia do Hospital Federal dos Servidores do Estado baseada na ideia de transformar em um imenso fundo do mar. Alguns projetos importantes do Instituto Desiderata além do Aquario Carioca, teve o Submarino Carioca que transformaram estes ambientes trazendo novos cenários adequados para cada faixa etária com a ajuda do voluntario cenógrafo e designer Gringo Cardia.
Figura 11- Fonte: PDF Instituto Desiderata
Figura 12- Fonte: PDF Instituto Desiderata
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2.6 AQUÁRIO CARIOCA
O PROJETO AQUÁRIO CARIOCA FOI INAUGURADO NO ANO DE 2007 NO HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO. APLICANDO UM CENÁRIO MAGICODOFUNDODOMAR.
Figura 13 (Humanização em Oncologia Pediátrica – Aquário Carioca/ Fonte: INSTITUTO DESIDERATA Rio de Janeiro 1a edição 2015)
Figura 14 (Humanização em Oncologia Pediátrica – Aquário Carioca/ Fonte: INSTITUTO DESIDERATA Rio de Janeiro 1a edição 2015)
O CONCEITO DO PROJETO POR GRINGO CARDIA: “Os espaços abraçados pelo projeto Aquário Carioca são humanizados com uma cenografia de forte relação com o fundo do mar, símbolo de aconchego e recolhimento. Elementos lúdicos como peixes motorizados, corais cenográficos, jogos e equipamentos de áudio e vídeo recriam um imaginário infantil e promovem empatia entre a criança e o espaço. Ao entrar na sala de espera a criança se depara com uma paisagem surpreendente: uma praia de cores vibrantes, areia radiante e gaivotas pendentes. Ali, brinquedos, livros e até computadores criam interação entre os pacientes e ajudam a amenizar a apreensão dos que esperam para serem atendidos. No salão de quimioterapia são utilizados tons menos vibrantes - azuis e verdes marítimos trazem paz e tranquilidade para a realização do tratamento. A escolha e a incorporação destas cores aos salões de quimioterapia provêm de um estudo de cromoterapia aliado à uma pesquisa de campo, feita com profissionais da área, acerca da condição psicológica dos pequeninos pacientes, e de seus pais.”
Figura 15 (Humanização em Oncologia Pediátrica – Aquário Carioca/ Fonte: INSTITUTO DESIDERATA Rio de Janeiro 1a edição 2015)
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2.7 SUBMARINO CARIOCA - TOMÓGRAFO TRANSFORMADO Esse projeto teve o partido de propor um espaço mais alegre e convidativo para a criança, afim de tranquilizar no período de realizar os exames, evitando aquela sensação de desconforto e medo e familiarizando com o ambiente com molduras e desenhos deixando a criança interatida. Segundo estudos do (Instituto Desiderata Rio De Janeiro 1ª Edição, 2015), a criança passa por essa experiência de exames realizados como no tomógrafo 925 vezes por ano. Figura 16 (Humanização em Oncologia Pediátrica – Submarino Carioca/ Fonte: INSTITUTO DESIDERATA Rio de Janeiro 1a edição 2015)
O CONCEITO DO PROJETO POR GRINGO CARDIA: (...). Neste ambiente – a sala de tomografia – busca-se adentrar no interior do corpo humano para investigar, examinar e diagnosticar a criança. Nossa intenção (...) é minimizar esta severidade em torno do exame. Assumindo o aparelho como uma invasão – porém benéfica e lúdica – pensamos em trabalhar o tomógrafo como um grande submarino, como estética e como símbolo. Assim como o aparelho que procura desvendar o interior do corpo humano, o submarino se adentra pelas profundezas dos mares e dos oceanos. Toda a sala é um grande e profundo oceano, o espaço tornasse acolhedor para o paciente e a máquina se torna um grande brinquedo, facilitando assim o procedimento médico. Sons do oceano e luzes teatralizadas e suaves ajudam a criar a ambientação; acessórios fixados no aparelho como luzes piscando e um periscópio com movimento, que gira no aguardo do paciente, completam a alegre máquina. Se necessário, o mecanismo pode ser desligado para dar início ao exame – que dura cerca de 20 segundos. Luzes de serviço estarão disponíveis para comodidade do médico, se ele precisar de uma visão do paciente sem interferência de cor.”
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Figura 17 (Humanização em Oncologia Pediátrica – Submarino Carioca Planta Baixa/ Fonte: INSTITUTO DESIDERATA Rio de Janeiro 1a edição 2015
“ANTES E DEPOIS DA AMBIENTAÇÃO NO HEMORIO” Através dessas mudanças na ambientação dos espaços, realizou-se uma pesquisa avaliando o projeto Aquário Carioca em uma unidade hospitalar especializada em hemoterapia e hematologia no estado do Rio de Janeiro as percepções dos usuários: Esta pesquisa foi realizada com o objetivo analisar os efeitos positivos que o novo Aquário Carioca trouxe para a rotina dos usuários como pacientes, cuidadores e profissionais. Com base nos dados apresentados pelo Instituto Desiderata junto com a equipe Hemorio é visivelmente perceptível como a humanização naquele ambiente foi importante para integrar os pacientes com o ambiente físico. Os Profissionais da saúde responderam algumas perguntas para analisar os dados obtidos com o novo espaço: Sentimentos relacionados ao tratamento: 1- Quando o profissional atende um paciente que está se sentindo feliz. Houve um aumento de quase 20% após a humanização. 2- Quando o profissional atende um paciente se sente impotente com a resposta (nunca) obteve uma queda de quase 18 % após a humanização. Em relação a atenção/cuidado para os adolescentes após a ambientação: O profissional da saúde interage com os pacientes e familiares respondendo às suas dúvidas: de 80% para 97,1%; os pacientes fazem perguntas sobre a doença: de 26,7% para 40,0%.
É importante ressaltar o conceito lúdico, como é importante para a ambientação dos espaços, que visa mais ao divertimento que a qualquer outro objetivo dentro daquele ambiente. Através destes resultados obteve-se um grande aumento na percepção dos usuários em um ambiente organizado: Antes 3,3% para 94,3%; ambiente acolhedor 58,6% para 85,7%; ambiente bonito/alegre: 3,6% para 94,3% e ambiente confortável de 20,7% para 85,7%. A percepção das crianças com os sentimentos relacionados ao tratamento: Quando vem para o tratamento, você se sente triste? Antes da transformação do ambiente humanizado apenas 28,6% responderam NUNCA, porem após a ambientação essa porcentagem aumentou para 55,6%; quando vem para o tratamento você se sente com dor? A resposta NUNCA antes foi de 57,1% e após subiu para 77,8%; quando é a sua vez de ser atendido pelos médicos e enfermeiros você, você vai mal-humorada? Antes 28,6% após 55,6%; quando é a sua vez de ser atendido pelos médicos e enfermeiros, você não quer ir? Antes 28,6% após 77,8%. É importante focar nessa última questão que mostra exatamente como a humanização faz a diferença na vida do paciente, o espaço humanizado e confortável traz essa relação de atenção, carinho e acolhimento entre médico-paciente, resultando para a criança uma relação de confiança e autoestima. Com base nas respostas sobre a interação/comunicação foi possível perceber que as crianças sem o ambiente humanizado tinham o costume de se distrair e brincar mais com o seu cuidador, é perceptível que as crianças não se interagiam com outras crianças dentro daquele ambiente, a partir do momento que estiveram dentro do Aquário Carioca passaram a ter mais contato uma com as outras, facilitando e progredindo o seu tratamento dentro daquele espaço.
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O Instituto Desiderata realizou por último uma pesquisa de satisfação sobre os ambientes novos realizados no Rio de Janeiro, Aquário Carioca, Hospedaria Juvenil e Submarino Carioca, envolvendo usuários e profissionais da saúde. Esta pesquisa foi coordenada pelo Instituto Paulo Montenegro que tem como objetivo avaliar os impactos da ambiência nos projetos para profissionais, pacientes e cuidadores que frequentam os espaços por meio de consulta participativa de opinião.
Figura 19- (Humanização em Oncologia Pediátrica- dados obtidos na pesquisa/ Fonte: INSTITUTO DESIDERATA Rio de Janeiro 1a edição 2015)
Figura 18- Humanização em Oncologia Pediátrica- dados obtidos na pesquisa/ Fonte: INSTITUTO DESIDERATA Rio de Janeiro1a edição 2015)
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Este questionário foi respondido pelos cuidadores e por alguns pacientes em minoria, variando a idade de 12 até 50 anos os participantes. É perceptível a satisfação e como valorizam a qualidade e o atendimento dos profissionais da saúde junto com a a integração de atividades de lazer e distração para o paciente. Eles refletem o que é importante ser melhorado destacando a ação de agilidade tanto na marcação de consultas como no atendimento ao paciente e a importância do espaço físico.
Nestes gráficos evidenciam que que a ambientação no espaço faz toda a diferença na experiência no dia-dia de cada usuário, sendo ele profissional, paciente ou cuidador é visivelmente que em média 87% dos usuários estão satisfeitos com a ambientação e a evolução nos atendimentos e procedimentos.
LOCALIZANDO...
LOCALIZANDO
3.
Figura 20 Mapa Estado de São Fonte: Site Prefeitura de Sertãozinho
Paulo
LIMITE MUNICIPAL - SERTÃOZINHO/SP
Figura 22 Mapa Cidade Sertãozinho Fonte: Site Prefeitura de Sertãozinho
Com uma população de aproximadamente 110.000 habitantes, Sertãozinho está localizada a nordeste do Estado de São Paulo, na região de Ribeirão Preto. Distante 325 quilômetros da Capital do Estado é uma das cidades mais importantes da região. Embora conte com um significativo parque industrial é principalmente conhecida em todo o Brasil por ser grande produtora de açúcar e álcool merecendo, por isso, grande projeção.
Figura 21 Mapa Cidade de Sertãozinho Fonte: Google Maps
Sertãozinho limita-se ao Norte, com Jardinópolis e Pontal; a Oeste, com Jaboticabal e Pitangueiras; ao Sul, com Barrinha e Dumont; e, a Leste, com Ribeirão Preto, dela distando apenas 21 quilômetros. Possui uma Estação Rodoviária com movimento diário de aproximadamente 180 ônibus. Além das estradas municipais e vicinais, Sertãozinho é servida por importantes rodovias estaduais: a SP-330 (Rodovia Atilio Balbo, que liga Sertãozinho a Ribeirão Preto); a SP-322 (Rodovia Armando de Sales Oliveira, apelidada Rodovia da Laranja, que vai de Sertãozinho a Bebedouro); a SP-312 (Rodovia Carlos Tonani, que se estende de Sertãozinho até Borborema); todas proporcionam interligação com as principais rodovias do Estado: a Via Anhanguera e a Via Washington Luiz e com o Estado de Minas Gerais
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MACROZONEAMENTO
A área escolhida para o pojeto é classficada como Zona Mista. Assim no entorno é possível visualizar lotes residenciais integrados com lotes comerciais, entre duas avenidas principais na cidade de Sertãozinho. Figura 23 Mapa Cidade Sertãozinho Fonte: Site Prefeitura de Sertãozinho
Restrições Legais Jardim Cajuba - Zona Mista 2 (ZM2) Macrozona Urbana
Recuos (metros)
Ocupação máx.
80%
Frente (até 2 pav)
zero ou dois
Aproveitamento
1,5
Frente (2 até 4 pav)
4,00
Gabarito máx.
8
Fundo (2 até 4 pav)
2,00
Permeabilidade
3%
Lateral (2 até 4 pav)
1,50
Tabela 1- Tabela de Restrições Legais Fonte: Acervo pessoal; dados retirados site prefeitura sertãozinho
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Figura 24- Levantamento Morfológico Fonte: acervo pessoal
Através da fundamentação teórica, foi possivél levantar diretrizes importantes para a escolha do terreno. Os aspectos estudados induzem a escolher um local de zona mista, assim mantendo um equilíbrio entre residenciais e comércios, onde ambos são importantes para o futuro projeto. Localizado em duas grandes Avenidas é de total facilidade para o acesso do futuro edifício. O terreno fica localizado no bairro Cajuba ficando a 6 minutos de distância do Centro de Sertãozinho, em um raio de 400m se encontra farmácias, supermercados, restaurantes e academia ao ar livre. Figura 25- Levantamento Morfológico Fonte: acervo pessoal
Figura 26- Levantamento Morfológico Fonte: acervo pessoal
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Figura 28- Levantamento Morfológico
Figura 29- Levantamento Morfológico
Fonte: acervo pessoal
Fonte: acervo pessoal
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Figura 27- Levantamento Morfológico Fonte: acervo pessoal
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Figura 30- Levantamento Morfológico
Figura 31- Levantamento Morfológico
Figura 32- Levantamento Morfológico
Fonte: acervo pessoal
Fonte: acervo pessoal
Fonte: acervo pessoal
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FOTO F
O MAPA FIGURA FUNDO
permite através dessa técnica de identificar os cheios e vazios uma análise melhor da área de intervenção, indicando a projeção de edificação nos lotes. Estudando este mapa é possivel analisar o bairro Cajubá como uma área mais nova com bastante lotes disponíveis. Área Ocupada Área de Projeto Área não Ocupada
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145m
Mapa 1 - Figura Fundo Acervo Pessoal
Uma área de 7.237,34m², com calçadas seguindo um padrão de 2,50m de largura. Assim podendo analisar um terreno livre de declividade na topografia
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NO MAPA USO DO SOLO
é possivel analisar a predomominância na área, classificando de que maneira está sendo usado cada lote. Assim identificando uma área de intervenção mista, com dominação em lotes residênciais e nas Avenidas do entorno do terreno que são Av. Egisto Sichieri e Av. Affonso Trigo com o foco na área comercial.
Residencial Comercial Serviços Institucional Estacionamentos/Aluguel Área do projeto Área Verde Mapa 2 - Uso do Solo Acervo Pessoal 0 10
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MAPA CARACTERÍSTICAS FÍSICAS A direção média horária predominante do vento em Sertãozinho varia durante o ano. O vento mais frequente vem do leste durante 9,8 meses, de 5 de fevereiro a 29 de novembro, com porcentagem máxima de 50% em 10 de abril. O vento mais frequente vem do norte durante 2,2 meses, de 29 de novembro a 5 de fevereiro, com porcentagem máxima de 38% em 1 de janeiro.
Mapa 3 - Características Físicas - Acervo Pessoal
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Gráfico 1 Gráfico Região de Sertãozinho. Fonte: Site Weather Spark
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O MAPA GABARITO indica o número de pavimentos em cada lote, assim pode-se analisar que a área de intervenção escolhida é predominantemente baixa, classifcando os edifícios entre 0 e 2 pavimentos, ajudando no conforto ambiental como uma boa iluminação natural e ventilação natural. 1 pavimento 2 pavimentos Lote Vazio Área Verde
Mapa 4 - Gabarito Acervo Pessoal 0 10
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Figura 34 Gráfico Região de Sertãozinho. Fonte: IBGE
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NO MAPA HIERARQUIA FISÍCA
é possivel analisar que o terreno escolhido fica entre duas grandes Avenidas importantes que conectam a cidade que distribuem o restante do transito para as vias coletoras para dentro dos bairros. Vias Principais Vias Coletoras Área Verde
Av. Affonso Trigo
Mapa 5 - Hierarquia Física Acervo Pessoal 0 10
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Av. Antonio Paschoal
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NO MAPA DE VEGETAÇÃO
é possivel ver as áreas verdes no entorno da área escolhida algumas utilizadas com academias ao ar livre e praças públicas. O fato do terreno estar localizado entre duas avenidas foi de ótima escolha pois entre elas possui os canteiros centrais com árvores, o que ajuda bastante para o conforto climático no entorno do edifício. Vegetação Área do Projeto
Mapa 6 - Vegetação Acervo Pessoal
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CONEXÃO DOS BAIRROS
Jd. Guido Dominici
Jd. Parque dos Ipês
Conj. Habitacional Antonio Mazer
Jd. Cajubá
Jd. Athenas
Jd. Brasília Jd. Recreio Jd. Nova Sertãozinho
Mapa 7 - Conexão Bairros Acervo Pessoal 0 10
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O terreno está localizado no Jd. Cajubá, em seu entorno é possivel analisar vários lotes vazios. No levantamento morfológico consegue ter uma análise que são bairros novos na cidade e um deles destinado à Conjuntos Habitacionais. 43
CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICO
Figura 35 Gráfico Região de Sertãozinho. Fonte: IBGE
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Figura 37 Gráfico Região de Sertãozinho. Fonte: IBGE
Figura 36 Gráfico Região de Sertãozinho. Fonte: IBGE
Figura 38 Gráfico Região de Sertãozinho. Fonte: IBGE
REFERÃ&#x160;NCIAS PROJETUAIS
4.1 NEMOURS CHILDREN’S HOSPITAL - ORLANDO (EUA) FICHA TÉCNICA
O projeto de 192000 m² e $260 milhões inclui uma quadra de entrada ajardinada, 95 leitos e 76 salas de exame, emergência, uma central de energia e um estacionamento. É possível acomodar ainda 32 leitos e 24 salas de exame. O plano diretor antecipa a expansão de espaço hospitalar e ambulatorial, bem como escritórios médicos adicionais e instalações de apoio e pesquisa. A paleta de materiais externos inclui sistemas de pré-moldados, terracota, painéis de metal e vidro. Uma combinação de materiais de acabamentos especiais e alto desempenho dão aos espaços internos uma estética simples e moderna, enquanto o mobiliário colorido e as ilustrações gráficas pontuam o espaço. A cor da iluminação de realce dos quartos pode ser escolhida pela criança, criando uma dinâmica na fachada do edifício - um lembrete artístico das crianças recebendo cuidados.
ARQUITETOS: STANLEY BEAMAN & SEARS LOCALIZAÇÃO: ORLANDO, FL, EUA ÁREA:192000 M² ANO DO PROJETO: 2012
O novo hospital é uma prova do termo "ambiente de cura" - evocando uma qualidade de afirmação da vida para tranquilizar os pais e encantar as crianças.
A filosofia do hospital abraça crianças "em todo o contínuo": da infância à idade adulta, Nemours se preocupa com crianças com condições crônicas, bem como diagnósticos médicos complexos e doenças fatais. O hospital é destinado a tranquilizar e inspirar, encorajar e divertir - e o investimento em paisagismo reflete o entendimento de Nemours do papel da natureza na vida de uma c r i a n ç a . Figura 33/38 NEMOURS CHILDREN’S HOSPITAL - ORLANDO (EUA) Fonte: Archidaily
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4.2 Hospital Infantil Teletón de Oncología
Arquitetos: Sordo Madaleno Arquitectos Localização: Querétaro, México Area: 13735,0 m2 Projeto do ano 2013
A Fundação Teletón, desde 1999, realizou uma grande tarefa para atender crianças com deficiência e com os mesmos ideais, o Hospital Infantil de Oncologia Teletón (HITO) foi projetado para apoiar crianças com câncer, atendendo ao chamado de uma das principais causas de morte no México. O conceito arquitetônico é baseado em uma cadeia de células com diferentes movimentos, que representam o princípio da regeneração celular. Cada uma dessas células é representada por um volume arquitetônico, no total 9, no qual todo o projeto é desenvolvido, que juntos tem uma forma curva.
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Figura 40/42 Hospital Infantil Teletón de Oncología. Fonte: Archidaily
Na fachada cada volume joga com uma inclinação diferente e tem uma série de reforços verticais que funcionam como colunas estruturais eliminando qualquer coluna interna também disse reforços tem a função de proteger a insolação e destacar o movimento de cada volume de uma linguagem de plástico que se segue com a identidade arquitetônica do CRIT.
4.3 Hospital Infantil Nelson Mandela Arquitetos: GAPP, John Cooper Architecture, Ruben Reddy Architects, Sheppard Robson Localização: Joanesburgo, África do Sul Arquiteto Responsável Sheppard Robson Área: 29.900 m² Ano do projeto: 2016 O hospital inclui instalações especializadas para o tratamento de doenças cardiovasculares, neurológicas, hematológicas, oncológicas, endócrinas, metabólicas e renais. O projeto também apresenta instalações para cirurgia pediátrica, ao mesmo tempo em que apoia a pesquisa acadêmica pediátrica e o treinamento.
Um elemento-chave do briefing foi a construção de um hospital que oferecesse tratamento de saúde infantil de alta qualidade em um ambiente natural de cura. Este foco na conexão com a natureza moldou a forma do projeto e foi um ponto de partida para a criação de ambientes acolhedores e seguros para as crianças e seus pais. O premiado projeto não abrigou todos os departamentos em um único edifício "caixa", o que muitas vezes resulta em plantas muito profundas onde os pacientes e a equipe têm pouco contato com o mundo exterior. Após uma extensa pesquisa, ficou claro que os corredores compridos, institucionais e sem janelas devem ser evitados, em favor de uma planta que se conecte ao ambiente natural. Ao dividir o volume do edifício em seis elementos, o projeto apresenta uma escala humana e reconhecível que é reconfortante e familiar para as crianças. Além disso, afastando-se do caráter institucional, cada ala tem torções sutis da linguagem projetual comum para dar-lhe uma identidade distinta;por exemplo, a cor das paredes com brises horizontais mudam a cada departamento, e são sempre vibrantes. Figura 25/28 Hospital Infantil Nelson Mandela Fonte: Archidaily
Figuras 43/47 HOSPITAL INFANTIL - NELSO MANDELA Fonte: Archidaily
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CONCLUSÕES - Leituras Projetuais AS leituras projetuais foram de extrema importância para as diretrizes do projeto. Assim, conseguindo trazer para o projeto as cores nas áreas externas e internas, podendo trabahar com adesivos criativos que integram com o ambiente, envolvendo o paciente. Com as grandes aberturas utilizando os brises para trabalhar o conforto ambiental, neste contexto integrando áreas externas com o edifício como jardins centrais, trazendo mobiliários para um conforto melhor. Figura 48 NEMOURS CHILDREN’S HOSPITAL - ORLANDO (EUA) Fonte: Archidaily
Figura 50 HOSPITAL INFANTIL - NELSO MANDELA Fonte: Archidaily
Figura 49 NEMOURS CHILDREN’S HOSPITAL - ORLANDO (EUA) Fonte: Archidaily
Figuras 51 HOSPITAL INFANTIL - NELSO MANDELA Fonte: Archidaily
Figura 52 Hospital Infantil Teletón de Oncología. Fonte: Archidaily
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ARQUITETURA
5.1 CONCEITO O conceito do projeto é trazer a essência da relação entre paciente e espaço físico. Assim trabalhando o programa do projeto de uma forma mais humanizada, trazendo a importância do conforto ambiental para todos os usuários presentes no CTO Pediátrico.
PARTIDO O partido é trazer um Centro de Tratamento Oncológico Pediátrico na cidade de Sertãozinho/Sp, destinado para crianças oncológicas. Assim trabalhando no edifício com a humanização no interior com ambientes lúdicos e atividades de recreação integrando com o exterior e trabalhando com com grandes aberturas utilizando brises para uma melhoria na iluminação e ventilação natural.
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5.2 MEMORIAL O presente projeto fica localizado na cidade de Sertãozinho/SP, no bairro Jardim Cajubá. Este bairro é classificado como Zona Mista(ZM2), onde foi possível classificar a área como uma ampla diversidade de residências, comércios e serviços gerais, ainda que através do mapa figura fundo é possível ver um bairro com muitas áreas ainda não ocupadas. O lote escolhido para o projeto está localizado entre duas avenidas importantes na cidade de Sertãozinho, como a Avenida Egisto Sichieri e Avenida Affonso Trigo, ambas com grande fluxo de veículos e pedestres. O lote possui uma área de 7.237,34m², com calçadas seguindo um padrão de 2,50m de largura. Assim podendo analisar um terreno livre de declividade na topografia com apenas uma curva de nível, o que foi um fator de grande importância para as diretrizes do projeto. Neste contexto, foi possível elaborar o projeto, a implantação com seus acessos da melhor forma, se adequando as características do bairro. O edifício possui apenas dois pavimentos, não com a intenção de se destacar na área, mas sim de agregar, conectar-se, ser convidativo com um edifico lúdico que não transmita a ideia de ser apenas um centro de tratamento oncológico pediátrico e sim um ambiente agradável, recreativo e divertido. Os principais acessos foram definidos através do fluxo das vias, assim foi definido os acessos aos visitantes e paradas rápidas de pacientes pelas avenidas, os acessos de serviços gerais e funcionários ficaram do outro do lado lote nas Ruas João Mosssin e Rua José Tresmechin.
O programa de necessidades foi pensado e elaborado com o conceito da humanização e conforto ambiental, sempre pensando na situação delicada de cada paciente como também qualidade de espaço e conforto para todos os funcionários. Através deste programa é possível identificar que ele não está voltado apenas para o tratamento oncológico pediátrico, ele oferece um setor no pavimento térreo como uma medicina interativa, onde é proposto consultórios de outras especialidades como um apoio para o paciente e seu familiar e atividades recreativas para as crianças com acesso para a área externa.
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Figura 53 Pespectiva 3D Projeto CTO Pediátrico.
Ainda no pavimento térreo pensando na rotina do funcionário, foi pensado e elaborado dois blocos como o administrativo e o de serviços/apoio. Ambos oferecem sanitários para os funcionários, devido à sua extensão foi pensado na questão de se locomover. Na área administrativa, local onde as pessoas ficam mais tempo sentadas durante o dia de trabalho, foi pensado em cada sala e o corredor principal de circulação para funcionários, com aberturas grandes podendo ter contato com a área externa e em um espaço reservado com copa e área de descanso para os todos os funcionários.
O primeiro pavimento foi designado para o salão quimioterápico e a farmácia, com a principal ideia no programa de necessidades, foi tirar da criança aquela sensação ruim de medo que ao subir para o andar de cima já não seria só diversão. Neste contexto foi elaborado no programa ao sair do elevador social um acesso para um pequeno mirante, onde é possível ver toda área externa do Centro Oncológico, em seguida foi pensado em um mezanino com uma área de espera podendo ter uma visão ampla da parte da recepção principal localizada no pavimento térreo. Ainda que a criança já esteja no pavimento da quimioterapia, ela passará por uma outra sala destinada como uma brinquedoteca, onde terá computadores e vídeo games destinados para os adolescentes e uma atividade de salão de beleza, onde poderão elaborar perucas e brincar. Após a sala de brinquedoteca foi pensado em uma passarela de vidro onde a criança vai continuar tendo um contato com a área externa para enfim chegar no salão quimioterápico. O salão da quimioterapia foi pensado em um ambiente mais conectado, que faça com o que as crianças, adolescentes e acompanhantes tenham mais contato uns com os outros. Algumas cabines foram separadas devido a cada necessidade do paciente, todas as poltronas são voltadas para o lado externo com um jardim interno e claraboias na cobertura, assim trazendo o máximo possível de conforto e de visualização externa. A solução volumétrica foi pensada desde o início como um edifício com blocos soltos, porem bem distribuídos, “brincando” com a ideia de gira-los e ao mesmo tempo conecta-los com a área de circulações em passarelas de vidro. A ideia estrutural foi pensada em uma composição de materiais, trabalhando com a estrutura metálica e concreto. Os pilares foram elaborados com um material misto para mais resistência e vigas metálicas devido a alguns vãos grandes no projeto. Usando a laje protendida, o material da laje é de concreto protendido, assim ajudando a manter a forma volumétrica, auxiliando na ideia de balanço do volume do primeiro pavimento no salão quimioterápico.
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5.3 PESQUISA EM CAMPO - HC CRIANÇA, Ribeirão Preto/SP A pesquisa de campo dentro do HC Criança, foi uma pesquisa de Iniciação Científica realizada no ano 2018/2019, abordando o tema: Humanização e Conforto Ambiental em Enfermarías Pediátricas. A pesquisa de campo foi uma pesquisa exploratória, apoiada na literatura multidisciplinar do tema e em estudos de campo, relacionados em referência as técnicas e instrumentos APO. Nesta pesquisa, a APO buscou por uma avaliação comportamental, priorizando a percepção de todos os usuários ao analisar o ambiente hospitalar. O objeto de análise deste estudo foi o Hospital HC Criança, no município de Ribeirão Preto. Assim foi iniciada a pesquisa de campo em 3 dias, sendo realizada na enfermaria pediátrica do HC Criança no 4º andar do edifício, entre os dias 24,e 25 de julho de 2019/ 25 de agosto/2019. A APO foi estruturada em duas partes: A aplicação de um questionário de múltipla escolha destinado aos acompanhantes e profissionais da saúde e para as crianças/adolescentes foi aplicado o Poema dos Desejos. Juntamente nestes 2 dias de visita também foi possível realizar uma visita exploratória e leituras espaciais no ambiente hospitalar. Foi levantado um total de 64 questionários respondidos, sendo 39 acompanhantes, 25 profissionais da saúde, bem como 12 desenhos realizados por crianças/adolescentes no poema dos desejos, durante os três dias de visita ao HC Criança.
Assim, os assuntos e questões mais abordadas entre os funcionários da saúde, foi a importância de rever as alturas de louças sanitárias e mobiliários para as crianças, a localização dos postos de enfermagem mais pertos e com uma melhor visão para os quartos, a importância de se ter visores em cada porta do quarto da enfermaria para uma melhor localização de cada paciente. Neste contexto, foi analisado através de alguns desenhos realizados no Poemas dos Desejos a importância de se ter um programa de atividades, um local adequado para recreações, assim trazendo o máximo possível um ambiente familiar, confortante e lúdico.
- Mobiliários
Este foi um dos assuntos mais comentados durante as visitas pelos os usuários, alguns comentam que após a mudança para o novo andar do Hc Criança, foi de grande melhoria, principalmente para os acompanhantes, ainda sim algumas mães com mais tempo na instituição, comentam sobre as poltronas e berços para os bebês, são mobiliários que vieram do antigo andar e veem como algo que poderia melhorar o quesito conforto. Ainda assim, através dos questionários respondidos foi perceptível também o desagrado dos profissionais da saúde, que relatam não ter um local para descanso, e os mobiliários que usam durante o trabalho poderiam melhorar.
Figura 54- Pesquisa em Campo Fonte: Acervo Pessoal
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Gráfico 2- Dados Levantados - Questionário Semi-estruturado Fonte: Acersvo Pessoal
Gráfico 3- Dados Levantados - Questionário Semi-estruturado Fonte: Acersvo Pessoal
Foi relatado pelos usuários, tanto acompanhantes quanto profissionais da saúde a satisfação com alguns programas realizados no 4º andar do HC Criança, como a terapia ocupacional. A mãe de um paciente, que desde os 5 meses de vida foi internado, conta que através da terapia ocupacional seu filho, hoje aos 4 anos de idade, aprendeu a engatinhar e a andar, mesmo em um ambiente hospitalar. Da mesma maneira foram mencionados outros programas positivos, como a sala de leitura e as atividades pedagógicas. Nestas atividades as crianças desenvolvem pinturas em telas, e para aqueles pacientes que não estão autorizados a se locomover, estes recebem pranchetas com desenhos e atividades escolares para manterem a dinâmica de ensino em suas rotinas. Um dos lugares mais comentados positivamente foi a área da recepção onde apresenta um espaço de recreação para as crianças, um ambiente com playgrounds e principalmente muito comentado sobre as grandes aberturas no entorno, considerando o espaço com a melhor vista do HC, descrevendo um lugar com mais contato com a paisagem externa e contato com a luz solar que é de grande importância.
Crianças fazendo atividades de recreação do HC Criança. (Figura 56: Área de recreação/recepção dos pacientes Fonte: Acervo pessoal)
Essa pesquisa foi fundamental para as diretrizes do projeto, assim trazendo uma experiência de campo para soluções importantes para o projeto, como trazer o ambiente lúdico para os espaços mais frequentados pelas crianças/adolescentes e o conforto ambiental para todos os usuários do edifício. Crianças fazendo a atividada da pesquisa - POEMA DOS DESEJOS (Figura 57: Área de recreação/recepção dos pacientes Figura 55- Pesquisa em Campo Área de recreação/recepção dos pacientes Fonte: Acervo Pessoal
Fonte: Acervo pessoal)
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5.4 SETORIZANDO
SETOR 1:
SETOR 2:
No setor 1, fica localizada entrada principal do edifício para os visitantes. O espaço está destinado para uma recepção ampla com brinquedoteca, já trazendo uma distração, divertimento para as crianças no ambiente. Além dos Sanitários disponiveis, foi pensado em um refeitório com uma cafeteria dando acesso ao jardim central do edifício. Ainda no setor 1 foi possível trazer uma cozinha compartilhada, com a intenção de trazer uma atividade integrada para os acompanhantes dos pacientes. O setor 2, foi o ambiente mais pensado para o bem-estar da criança ali dentro do edifício, ele traz a área da Medicina Interativa, onde foi inserido consultórios como oncologista, nutricionista, fonodiaulogia, assitêncial social e terapia ocupacional. Como também salas para atividades recreativas para as crianças, todas com acessos para a área externa, onde também ocorre atividades. Esse espaço foi criado na intençaõ de tirar a percepção da criança e do acompanhante que aquele edifício seria apenas destinado para um tratamento oncológico, assim neste contexto trazendo a ideia de um apoio para ambos usuários.
SETOR 3 SETOR 2
SETOR 1
SETOR 3:
O setor 3 é a área administrativa, onde tem sua entrada principal para todos os funcionários do edifício, assim foi pensado em sanitários para os funcionários, sala de reunião, direção, tesouraria, coordenação e uma área de recepção para possível entrada de visitas. Assim o espaço mais interessante deste setor é a área de descanso com a copa, criado para um melhor conforto do funcionário com acesso a uma área externa verde.
SETOR 1 SETOR 4
Figura 58- Planta Setorizada Fonte: Acervo Pessoal
GSPublisherVersion 0.89.100.100
SETOR 4:
58
O setor 4 é área onde acontece todos os tipos de serviços e apoios para a estrutura do edifício, assim trazendo vestiários para o uso de todos os funcionários, salas de resíduos para entradas e saídas de carga e descarga, depósitos de limpeza, rouparia e uma sala para recebimento de lanches que são destinados para o andar de cima na área da quimioterapia.
PAVIMENTO TÉRREO
SETOR 5:
SETOR 7
SETOR 5
O setor 5, fica localizado no primeiro pavimento do edifício, com um mezanino que fica integrado com a recepção do pavimento térreo, este setor possui uma recepção destinada apenas para os pacientes oncológicos com uma sacada na área externa e uma sala de atividades com interações para todas as idades, crianças e adolescentes, trazendo uma área de computação, video-games e um mini salão de beleza, onde os pacientes podem “brincar” com perucas e maquiagens. Junto com este setor possui uma passarela toda de vidro com vista para o entorno externo e jardins centrais.
SETOR 6:
O setor 5, é onde acontece o procedimento da quimioterapia, o principal ambiente onde recebe os pacientes. Esta área foi pensado em trazer o máximo possivel de integração com todos os usuários ali, assim pensando na melhor posição das poltronas, todas possuem uma vista para os jardins internos, sempre pensando no bem-estar do paciente, com disponibilidade de tv’s, video-games para cada um. Neste setor foi pensado também em uma sala de emergência com para um paciente que precise de mais privacidade no momento. Além disso, os sanitários, uma copa e um consultório oncológico.
SETOR 7:
O setor 7, localizada a farmácia do edifício é um setor com entrada permitida apenas para os funcionários. Onde acontece toda parte de montagem, fracionamentos, preparo e distribuição para o medicamento da quimioterapia.
SETOR 6
Figura 59- Planta Setorizada Fonte: Acervo Pessoal
PRIMEIRO PAVIMENTO
59
5.5 ESTRUTURA E MATERIALIDADE A materialidade do edifício foi pensado no conforto térmico e econômico para o projeto. Assim, foi defino trabalhar com vigas metálicas e pilares mistos (aço e concreto) para melhor encaixe com as vigas. A laje escolhida foi a de EPS pré-moldada, uma laje que traz o material de isopor, ótimo para uma melhor sensação térmica do edifício.
Figura 60 Pilar Misto - Aço e Concreto Fonte: Programa de Pós-Graduação em estruturas e construção civil.
Figura 61 Pilar Misto - Aço e Concreto Fonte: Programa de Pós-Graduação em estruturas e construção civil.
60
PILAR- MISTO (AÇO-CONCRETO) VANTAGEM: RELAÇÃO AS ESTRUTURAS DE CONCRETO: -Possibilidade de dispensa de formas e escoramentos. -redução do peso próprio e do volume da estrutura -aumento da precisão dimensional da construção
DETALHAMENTO DA LAJE EPS PRÉFigura 62 Laje pré-moldada Fonte: site Isotrel
-MOLDADA
RELAÇÃO AS ESTRUTURAS DE AÇO: -redução considerável do aço -redução das proteções contra incÊndio
estrutural e corrosão
AS LIGAÇÕES MISTAS (PILAR E VIGA E LAJE): Uma ligação é denominada mista quando a laje de concreto participa da transmissão de momento fleto de uma viga mista para um pilar ou para outra viga mista do vão adjacente. Numa viga mista com ligação mista o peso do perfil de aço é reduzido em, aproximadamente 8%, em relação ao peso do perfil da viga mista simplismente apoiada.
PESPECTIVA DA LAJE EPS PRÉ-MOLDADA Figura 63 Laje pré-moldada Fonte: site Isotrel
Algumas paredes no projeto, como o setor de medicina interativa, setor admistrativo e setor da farmácia, foi escolhido as paredes de Drywall, assim trabalhando com os 3 tipos que são:
Figura 64 DETALHE PAREDE DRYWALL -
- Verde (RU): com silicone e aditivos fungicidas misturados ao gesso, permite a aplicação em áreas úmida. - Rosa (RF): resiste mais ao fogo por causa da presença de fibra de vidro na fórmula. Por isso, vai bem ao redor de lareiras e na bancada do cooktop. - Branco (ST): é a variedade mais básica (Standard), amplamente empregada em forros e paredes de ambientes secos. Neste contexto, podendo trabalhar futuramente com mudanças nos espaços em cada setor. Para melhor distrivuição dos ambientes.
Fonte: VivaDecoraPro
Para aproveitar as grandes aberturas nor jardins internos, na área externa de medicina interativa, recepção e refeitório foi usado brises verticais móveis, assim o usuário podendo escolher sua posição para seu conforto em cada ambiente.
Brises de madeira: -Oferecem maior conforto térmico e visual -Se destacam na questão estética -São sustentáveis com o uso da madeira de demolição -Redução da temperatura em locais quentes -Diminuição de gastos com climatização e iluminação -Mais beleza para a fachada e ambientes. Figura 65 Brise Vertical de Madeira Fonte: VivaDecora
Figura 66 - Claraboia Atrium Fonte: VivaDecora
A claraboia atrium foi utilizada nos jardins internos do edifício, no setor 2 da medicina interativa, onde ficam os consultórios para uma se obter uma visão mais ampla no interior do setor e nos jardins internos na área da quimioterapia, para uma melhor sensação de conforto visual e térmico para os pacientes.
61
5.6 DIRETRIZES PROJETUAIS Este projeto tomou de base para um realizar um ambiente humanizado, lúdico e confortável trazendo o máximo possível para o paciente uma sensação boa de estar naquele ambiente se sentindo em casa. Humanizar: o conceito para criar espaços com mais harmonia, trabalhando com cores de uma forma agradável e trabalhando métodos que envolvam uma boa relação com médico-paciente e paciente-acompanhante. Conforto Ambiental: trouxe soluções importantes para uma boa iluminação e ventilação natural, trabalhando com aberturas em brises, janelas com grandes vão de luz e integrando com mobiliários adequados com alturas ideais e o conforto necessário para todos os usuários. Interno e externo: Incluir uma área verde ao entorno do Centro Oncológico, assim integrando o paciente com o externo, com passeios e atividades recreativas. POEMA DOS DESEJOS: Um trabalho de pesquisa em campo desenvolvido no Hc da Criança de Ribeirão Preto. Onde se aplicou dois questionários, um que trabalha com a criança através de desenhos e o outro como um questionário semi-estruturado de multipla-escolha relatando a satisfação dos usuários dentro do ambiente.
Figura 67 Fonte: Acervo Pessoal
PRIMEIRA IDEIA CROQUI
62 Figura 68-Fonte: Revista Família, Como avaliar o desenvolvimento de uma criança pelos desenhos que ela faz
5.7
ESTUDO PRELIMINAR
Figura 69: Imagem Ilustrada Implantação. Fonte: Acervo Pessoal
Figura 70: Imagem Ilustrada Perspectiva Volumétrica. Fonte: Acervo Pessoal
Figura 71: Imagem Ilustrada Perspectiva Volumétrica. Fonte: Acervo Pessoal
Figura 72: Imagem Ilustrada Perspectiva Volumétrica. Fonte: Acervo Pessoal
63
5.8
PROGRAMA DE NECESSIDADES
64
QUANTIDADE 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SETOR 2
ÁREA m² 127,90 32,90 4,82 4,82 30,92 47,23 85,51 20,83 24,34 4,25 3,97 17,39 15,99 15,11 14,60 15,44 15,08 15,20 20,19 28,54 31,06 8,46 17,64 16,89 21,66 17,42 23,24 19,53 12,08 9,08 11,15 21,07 3,77 18,96 17,88 5,62 2,29
SETOR 3
AMBIENTE Recepção Principal/ Sala de Espera Brinquedoteca Sanitário PNE (Feminino) Sanitário PNE (Masculino) Sanitário Família Cozinha Compartilhada Refeitório Café Sala de Espera (ambulância) Sanitário PNE Sanitário PNE Sanitário Família Sala de Leitura Assistência Social Sala de Atividades Copa/Funcionários Oncologista Nutricionista Fonoaudiologia Terapia Ocupacional Hall/ Entrada de Funcionários Controle de Acessso/ Funcionários Sanitários Funcionários/Masculino Sanitários Funcionários/Feminino Sala de Reuniões Copa/Funcionários Área de Descanso/ Funcionários Direção Coordenação Arquivo Tesouraria Recepção Sanitário Visita Almoxarifado Higienização/ Estacionamento Carrinhos Diluição Germicidas Antecâmara
SETOR 1
PROGRAMA DE NECESSIDADES
PAVIMENTO TÉRREO PRIMEIRO PAVIMENTO TOTAL CIRCULAÇÕES ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA
S
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
SETOR 7
SETOR 4 SETOR 5
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
17,01 16,95 5,68 18,19 5,16 12,83 7,46 4,30 4,64 10,97 11,93 8,73 15,13 34,12 41,58 9,04 1805,15 1065,23 2870,38 550,75 3.421,13
Tabela 2 - Programa de Necessidades Acervo Pessoal
SETOR 6
18,96 17,88 5,62 2,29 3,20 7,15 19,07 24,32 24,22 18,09 3,96 3,63 15,96 14,77 39,57 38,00 50,41 58,17 25,35 64,92 29,10 258,84 19,14 9,13 4,44 4,44 9,47 17,01 16,95 5,68 18,19 5,16 12,83 7,46 4,30 4,64 10,97 11,93
TOR 7
Almoxarifado Higienização/ Estacionamento Carrinhos Diluição Germicidas Antecâmara Lavagem Chefia Recebimento/ Guarda Lanches Roupa Suja + DML Roupa Limpa Resíduo Reciclado Resíduo Químico Depósito de Material de Limpeza Resíduo Comum Resíduo Infectante Vestiário Feminino Vestiário Masculino Mezanino/ Sala de Espera Área de Atividades Hall/ Elevador Área Externa Verde Corredor Circulação de Pacientes Salão Quimioterápico Posto de Enfermagem Serviço de Enfermagem Sanitário PNE Sanitário PNE Copa Oncologista Box de Emergência Sanitário PNE Utilidades Depósito de Material de Limpeza Recebimento/Inspeção Área de Quarentena Sanitário Funcionário Depósito de Material de Limpeza Supervisão Armazenamento de Quimioterápicos
Oncologista Box de Emergência Sanitário PNE Utilidades Depósito de Material de Limpeza Recebimento/Inspeção Área de Quarentena Sanitário Funcionário Depósito de Material de Limpeza Supervisão Armazenamento de Quimioterápicos Antecâmara Lavagem Fracionamento Quimioterápicos Montagem Distribuição
65
ORGANOGRAMA SALÃO QUIMIOTERÁPICO
ÁREA DE ATIVIDADES PRAÇA RECREATIVA acesso principal
MEDICINA INTERATIVA
RECEPÇÃO
ÁREA VERDE FARMÁCIA
ADMINISTRAÇÃO
SERVIÇOS/APOIO
acesso funcionários
CARGA E DESCARGA
66
CAFÉ/REFEITÓRIO
FLUXOGRAMA
ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIOS
MEDICINA INTERATIVA
ADMINISTRAÇÃO
ÁREA VERDE
ACESSO FUNCIONÁRIOS
PRAÇA RECREATIVA
RECEPÇÃO
ACESSO
SERVIÇOS/APOIO CAFÉ/REFEITÓRIO
ESTACIONAMENTO
CARGA E DESCARGA
FARMÁCIA
SALÃO QUIMIOTERÁPICO
ÁREA DE ATIVIDADES
PACIENTES FUNCIONÁRIOS
67
RUA JOSÉ TRESMECHIN Elev. B Elevação
302,29 m2
17,49 m2
ESPELHO D'AGUA
ENTRADA AMBULÂNCIA
19,53 m2
23,24 m2
12,08 m2
2,91 m2
3,77 m2
RI CHIE O SIC GIST IDA E AVEN
RUA JOAO MUCCI
21,66 m2
ESTACIONAMENTO FUNCIONÁRIOS
15,99 m2 17,39 m2
15,44 m2
14,60 m2
20,19 m2
4,25 m2
36,93 m2
14,92 m2
3,97 m2
20,97 m2
21,07 m2
9,08 m2
15,08 m2
15,11 m2
16,89 m2
15,20 m2
13,47 m2 11,15 m2
17,64 m2
8,46 m2
23,79 m2
CAIXA ELEVADOR
ESPELHO D'AGUA
30,44 m2
5,38 m2
CASA DE MAQUINAS
ESPELHO D'AGUA
50,27 m2
31,06 m
CASA DE MAQUINAS
34,14 m2
2
CAIXA D'ÁGUA
24,60 m2
C Elev.
Elev. A
CAIXA ELEVADOR
18,96 m2
19,07 m2
CAIXA D'ÁGUA
ESTACIONAMENTO CARGA/ DESCARGA
19,55 m2
35,25 m2
149,02 m2
4,77 m2
17,88 m2
2,29 m2
5,62 m2
20,83 m2 7,15 m2
24,22 m2
3,20 m2
4,81 m2 4,82 m2
47,32 m2
18,09 m2
3,63 m2 3,96 m2
30,90 m2
17,01 m2
39,57 m2
15,96 m2
18,26 m2
38,00 m2
14,77 m2
D Elev.
AV. AFFONSO TRIGO
IMPLANTAÇÃO HUMANIZADA 68
Figura 73 - Implantação Ilustrativa Fonte: Elaborada pelo autor
ESTACIONAMENTO VISITANTES
A2 A1
ÁREA MEDICINA INTERATIVA
302,29 m2 + 0,10
ACESSO FUNCIONÁRIOS
4,01
ÁREA VERDE
+ 0,00
3,86
COPA 17,49 m2 + 0,10
5,80
+ 0,10
ÁREA DE DESCANSO/ FUNCIONÁRIOS
4,53
4,17
23,24 m2 + 0,10
SANITÁRIO FAMILIA
A3
3,74
SALA DE LEITURA 15,99 m2
Ref.
DIREÇÃO 19,53 m2
3,99
A3
+ 0,10
+ 0,10
SANITÁRIO/ VISITA
5,06
3,91
CONSULTÓRIO FONOAUDIOLOGIA
4,09
3,96
20,19 m2 + 0,10
SANITÁRIO PNE 4,25 m2
3,77 m2 + 0,10
3,89
+ 0,10
+ 0,10
CIRCULAÇÃO 36,93 m2
+ 0,10
ÁREA MEDICINA INTERATIVA
2,29
2,91 m2
+ 0,10
4,78
CIRCULAÇÃO
COORDENAÇÃO 12,08 m2
15,44 m2
+ 0,10
4,45
21,66 m2
COPA/ FUNCIONÁRIOS
Ref.
SALA DE REUNIÕES
SALA DE ATIVIDADES 14,60 m2
3,91
+ 0,10
3,91
4,53
3,91
4,69
3,91
17,39 m2
+ 0,10
+ 0,10
3,11
SANITÁRIO PNE 3,97 m2
+ 0,10
+ 0,10
TESOURARIA 11,15 m2
3,73
ONCOLOGISTA 15,08 m2
NUTRICIONISTA 15,20 m2
+ 0,10
+ 0,10
+ 0,10
3,99 3,99 TERAPIA OCUPACIONAL PARTICULAR 13,47 m2 + 0,10
ÁREA VERDE
20E(0,18 m) 19P(0,29 m)
S
17,64 m2
4,31
+ 0,10
D
SALA DE ESPERA AMBULÂNCIA
5,55
4 3 2 1
S
+ 0,10
34,14 m2
2,90
CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS 24,60 m2
1,80
+ 0,10
2,14
+ 0,10
D
31,06 m2
20E(0,17 m) 19P(0,29 m)
10
11
13
12
14
16
15
17
19
18
9
30,44 m2
ELEVADOR DE SERVIÇO/ CIRCULAÇÃO VERTICAL
6 5
49,81 m2
19
2,64
7
HALL/ CIRCULAÇÃO
18
4,81
8
17
CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS
ENTRADA DE FUNCIONÁRIOS
+ 0,10
16
+ 0,10
15
13,55
23,79 m2
14
DML 5,38 m2
20
GUICHE
13
20
+ 0,10
12
8,46 m2
11
CONTROLE DE ACESSO/ FUNCIONÁRIOS
10
3,59
8
7
6
5
4
3
3,11
2
+ 0,10
1
SANITÁRIO DE FUNCIONÁRIOS (MASCULINO)
3,37
3,11
ASSINTÊNCIA SOCIAL 15,11 m2
16,89 m2
9
2,92
+ 0,10
+ 0,10
3,85
+ 0,10
9,08 m2
14,92 m2
3,95
+ 0,10
ACESSO AMBULÂNCIA
21,07 m2
ARQUIVO
SANITÁRIO DE FUNCIONÁRIOS (FEMININO)
20,97 m2
CIRCULAÇÃO
RECEPÇÃO
ACESSO FUNCIONÁRIOS
TERAPIA OCUPACIONAL EM GRUPO
ELEVADOR SOCIAL/ CIRCULAÇÃO VERTICAL
+ 0,10
ACESSO CARGA E DESCARGA
Ref.
3,11
12,82 RECEBIMENTO/ GUARDA DE LANCHES
ALMOXARIFADO 18,96 m2
19,07 m2
JARDIM CENTRAL
+ 0,10 + 0,10
149,02 m
2
6,17
6,13 BRINQUEDOTECA 32,90 m²
9,92
CARRINHO
+ 0,10
2
5,28
+ 0,10
+ 0,10
ANTE CAM. 2,29 m2 + 0,10
SERVIÇOS/ APOIO
3,95
CAFÉ 20,83 m2
3,96
7,15 m2
+ 0,10
+ 0,10
5,62 m2
CHEFIA ROUPA LIMPA 24,22 m2
ACESSO CARGA E DESCARGA
ACESSO PRINCIPAL
35,25 m2
17,88 m
+ 0,10
6,13
RECEPÇÃO 127,90 m²
HIGIENIZAÇÃO/ ESTACIONAMENTO CARRINHOS
DILUIÇÃO DE GERMICIDAS
4,77 m
3,60
2
CIRCULAÇÃO
DML
2,00
4,09
+ 0,10
CARRINHO
CARRINHO
19,55 m2
+ 0,10
LAVAGEM 3,20 m2 + 0,10
9,91 SANITÁRIO PNE MASCULINO 4,81 m2
COZINHA COMPARTILHADA
SANITÁRIO PNE FEMININO 4,82 m2
+ 0,10
47,32 m2
+ 0,10 + 0,10
RESIDUO RECICLADO 18,09 m2
TROCADOR
8,43
6,13 8,48
A4
+ 0,10
REFEITÓRIO
A4
ACESSO CARGA E DESCARGA
+ 0,10
ROUPA SUJA
+ 0,10
DML 3,63 m2 RESÍDUO QUÍMICO 3,96 m2
+ 0,10
1,95
SANITÁRIO FAMILIA 30,90 m2 + 0,10
VESTIÁRIO FEMININO
CIRCULAÇÃO 17,01 m2
39,57 m
+ 0,10
2,60
+ 0,10
RESÍDUO COMUM 15,96 m2 + 0,10
2
5,55
VESTIÁRIO MASCULINO
ÁREA VERDE 18,26 m2
38,00 m2 + 0,10
6,13
2,41
ACESSO ACESSO ACESSO CARGA E DESCARGA CARGA E DESCARGA CARGA E DESCARGA
+ 0,10
2,00
RESÍDUO INFECTANTE 14,77 m2 + 0,10
A2
A1
N
GSPublisherVersion 0.89.100.100
0.
Pavimento Térreo Escala: 1:100
A2
A1
4,99
6,03
ARMAZENAMENTO DE QUIMIOTERAPICOS
6,03
A3
LAVAGEM
CAPELA
15,13 m2
11,93 m
SUPERVISÃO 10,97 m2
A3
2
2,20
Ref. Ref.
FRACIONAMENTO QUIMIOTERAPICOS
2,51
Ref.
BANCADA
34,12 m2
1,98 DML 4,64 m2
SANITÁRIO ANTECÂMARA
4,30 m
8,73 m2
2
2,35
32,77 m2
Ref.
CIRCULAÇÃO
3,45
ÁREA DE QUARENTENA 7,46 m2
PRATELEIRA GUICHE
4,96
41,58 m2
Ref.
RECEBIMENTO/ INSPEÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
12,27 m2 + 3,55
+ 3,55
DML 5,03 m2
DML 5,16 m2 + 3,55
UTILIDADES 14,88 m2
+ 3,55
DML 6,04 m2
2,59
SANITÁRIO PNE 5,68 m2
+ 3,55
+ 3,55
HALL/ CIRCULAÇÃO
25,35 m2 29,39 m2
CARRINHO P/ TRANSPORTE
CARRINHO P/ TRANSPORTE
9,04 m2
FARMÁCIA
ELEVADOR DE SERVIÇO/ CIRCULAÇÃO VERTICAL
Ref.
MONTAGEM
PRATELEIRA
+ 3,55
ÁREA EXTERNA 64,92 m2 35,27 m2
ELEVADOR SOCIAL/ CIRCULAÇÃO VERTICAL 29,17 m2
+ 3,55
CIRCULAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS
BOX DE EMERGÊNCIA DE QUIMIOTERAPIA 16,95 m2
30,44 m2 + 3,55
Ref.
CIRCULAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS 14,32 m2
+ 3,55
COPA 9,47 m2
4,37
4,52
4,37
+ 3,55
ONCOLOGISTA 17,01 m2 + 3,55
2,17
3,89
MEZANINO SALA DE ESPERA 51,10 m2
9,92
+ 3,55
5,07
SANITÁRIO PNE
4,44 m2
SALÃO QUIMIOTERÁPICO
258,84 m2 + 3,55
BANCADA
POSTO ENFERMAGEM 19,14 m2
+ 3,55
+ 3,40
SANITÁRIO PNE
4,44 m2
3,46
+ 3,55
ÁREA DE ATIVIDADES 58,68 m2
CIRCULAÇÃO DOS PACIENTES
+ 3,55
JARDIM
9,13 m
+ 3,55
3,10
29,10 m2 SERVIÇO DE ENFERMAGEM 2
+ 3,55
A4
A4
3,74 JARDIM
JARDIM + 3,40
A2
A1
N
GSPublisherVersion 0.89.100.100
1.
Primeiro Pavimento Escala: 1:100
A2
A1
S
A3
D
A3
CAIXA ELEVADOR
CASA DE MAQUINAS
3062.43
CAIXA D'ÁGUA
Área de Manutenção +8,21
D
S 9
8
10
7
11 12 13 8
14
7
15
2
16
16 17 18 19 20
D
3062.43
15
3
14
5 4
20E(0,17 m) 19P(0,29 m)
6
13
1 S
CAIXA ELEVADOR
17
CAIXA D'ÁGUA
CASA DE MAQUINAS
12
S
11
3 2 1
CASA DE MAQUINAS
10
4
9
5
CASA DE MAQUINAS
20E(0,17 m) 19P(0,29 m)
6
CAIXA ELEVADOR
18 19 20
D
CAIXA ELEVADOR
CAIXA D'ÁGUA
CAIXA D'ÁGUA
Área de Manutenção +8,21
A4
A4
Inclinação i:12%
A2
A1
N
GSPublisherVersion 0.89.100.100
2.
Cobertura 1:100
1,80
2,14
A2 A1
12,82
A3
6,17
A3
BRINQUEDOTECA 32,90 m²
9,92
RECEPÇÃO 127,90 m²
149,02 m2
ACESSO PRINCIPAL
+ 0,10
+ 0,10
506,51 m2
5,28
A1
9,91 SANITÁRIO PNE MASCULINO 4,81 m2
COZINHA COMPARTILHADA
SANITÁRIO PNE FEMININO 4,82 m2
+ 0,10
47,32 m2
A2
A4
+ 0,10
3,96
CAFÉ 20,83 m2 A4
GSPublisherVersion 0.90.100.100
ELEVADOR SOCIAL/ CIRCULAÇÃO VERTICAL
+ 0,10 + 0,10
Planta de Situação 8,48
8,43
REFEITÓRIO
TROCADOR
+ 0,10
SETOR 1
SANITÁRIO FAMILIA 30,90 m2 + 0,10
RECEPÇÃO - 127,90m² BRINQUEDOTECA - 32,90m² SANITÁRIO PNE FEMININO - 4,82m² SANITÁRIO PNE MASCULINO - 4,82m² SANITÁRIO FAMÍLIA - 30,92m² COZINHA COMPARTILHADA - 47,23m² REFEITÓRIO - 85,51m² CAFÉ - 20,83m²
5,55
ÁREA VERDE 18,26 m2
1
Pavimento Térreo - Setor 1 Escala: 1:100
1:500
A2 A1
ÁREA MEDICINA INTERATIVA
A3
A3
302,29 m2 + 0,10
821,96 m2
A1
3,99
A2
A4
3,74
SALA DE LEITURA 15,99 m2
A4
SANITÁRIO FAMILIA
+ 0,10
+ 0,10
4,45
5,06
COPA/ FUNCIONÁRIOS 15,44 m2
3,91
SALA DE ATIVIDADES 14,60 m2
3,91
+ 0,10
Planta de Situação
CONSULTÓRIO FONOAUDIOLOGIA
4,09
3,96
Ref.
+ 0,10
3,91
3,91
3,91
17,39 m2
20,19 m2 + 0,10
SANITÁRIO PNE 4,25 m2
ÁREA MEDICINA INTERATIVA
2,29
CIRCULAÇÃO 36,93 m2
+ 0,10
+ 0,10
+ 0,10
TERAPIA OCUPACIONAL EM GRUPO
SANITÁRIO PNE 3,97 m2
14,92 m2 ASSINTÊNCIA SOCIAL
ACESSO AMBULÂNCIA
15,11 m2
3,73
+ 0,10
3,95 ONCOLOGISTA 15,08 m2
NUTRICIONISTA 15,20 m2
+ 0,10
+ 0,10
+ 0,10
3,85
+ 0,10
3,99
SETOR 2
3,99 TERAPIA OCUPACIONAL PARTICULAR 13,47 m2
Sala de Espera (ambulância) - 24,34m² Sanitário PNE - 4,25m² Sanitário PNE - 3,97m² Sanitário Família - 17,39m² Sala de Leitura - 15,99m² Sala de Atividades - 14,60m² Copa/ Funcionários - 15,44m² Oncologista - 15,08m² Nutricionista 15,20m² Fonoaudiologia - 20,19m² Terapia Ocupacional - 28,54m²
3,37
+ 0,10
ÁREA VERDE
4,31
5,55
SALA DE ESPERA AMBULÂNCIA 23,79 m2 + 0,10
HALL/ CIRCULAÇÃO 50,45 m2 + 0,10
GSPublisherVersion 0.90.100.100
1,80
2,14
2,90 ELEVADOR SOCIAL/ CIRCULAÇÃO VERTICAL
2
Pavimento Térro - Setor 2 Escala: 1:100
1:500
A2 A1
A3
ACESSO FUNCIONÁRIOS
373,20 m2
COPA 17,49 m2 + 0,10
5,80
DIREÇÃO 19,53 m2 + 0,10
3,86
4,01
ÁREA VERDE
ÁREA DE DESCANSO/ FUNCIONÁRIOS
4,53
4,17
23,24 m2
Ref.
+ 0,00
A4
7,90 m2
A4
GSPublisherVersion 0.90.100.100
A3
+ 0,10
4,69
4,53 SALA DE REUNIÕES 21,66 m2
2,91 m2
+ 0,10
SANITÁRIO/ VISITA
A2
A1
4,78
+ 0,10
CIRCULAÇÃO
COORDENAÇÃO 12,08 m2
3,77 m2 + 0,10
3,89
+ 0,10
Planta de situação
1:500
21,07 m2 + 0,10
2,92
ARQUIVO
9,08 m2 + 0,10
3,11
16,89 m2 + 0,10
+ 0,10
TESOURARIA 11,15 m2
SANITÁRIO DE FUNCIONÁRIOS (MASCULINO)
3,59
+ 0,10
3,11
SANITÁRIO DE FUNCIONÁRIOS (FEMININO) ACESSO AMBULÂNCIA
CIRCULAÇÃO
RECEPÇÃO
20,97 m2
3,11
17,64 m2
CONTROLE DE ACESSO/ FUNCIONÁRIOS
+ 0,10
8,46 m2 + 0,10
2,64 4,81
ACESSO FUNCIONÁRIOS
+ 0,10
ENTRADA DE FUNCIONÁRIOS 31,06 m2 + 0,10
CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS
30,44 m2
DML 5,38 m2
13,55
ELEVADOR DE SERVIÇO/ CIRCULAÇÃO VERTICAL
GUICHE
34,14 m2
CIRCULAÇÃO FUNCIONÁRIOS
+ 0,10
24,60 m2 + 0,10
3
Pavimento Térreo - Setor 3 Escala: 1:100
SETOR 3 Hall de Entrada (Funcionários) - 31,06m² Controle de Acesso (Funcionários) - 8,46m² Sanitário Funcionário (Masculinoo) - 17,64m² Sanitário Funcionário (Feminino) - 16,89m² Sala de Reuniões - 21,66m² Copa Funcionários - 17,42m² Área de Descanso (Funcionários) - 24,23m² Direção - 19,53m² Coordenação - 12,08m² Arquivo - 9,08m² Tesouraria - 11,15m² Recepção - 21,07m² Sanitário Visita - 3,77m²
A2
Corte
Corte
A1 ALMOXARIFADO
A3
A3
Corte
Corte
35,25 m2
DML 4,77 m2
CIRCULAÇÃO
19,55 m2
CARRINHO
CARRINHO
ROUPA SUJA
CARRINHO
18,96 m2
19,07 m2
ACESSO CARGA E DESCARGA
ACESSO CARGA E DESCARGA
RECEBIMENTO/ GUARDA DE LANCHES
HIGIENIZAÇÃO/ ESTACIONAMENTO CARRINHOS 17,88 m2 360,29 m2
A2
Corte
3,20 m2
A1
5,62 m2
LAVAGEM
Corte
SERVIÇOS/ APOIO
ACESSO CARGA E DESCARGA
A4
ANTE CAM. 2,29 m2
DILUIÇÃO DE GERMICIDAS
Corte 7,15 m2
A4
CHEFIA ROUPA LIMPA 24,22 m2
Corte
GSPublisherVersion 0.89.100.100
Ref.
Planta de situação RESIDUO RECICLADO 18,09 m2
SETOR 4 DML 3,63 m2
ACESSO ACESSO ACESSO CARGA E DESCARGA CARGA E DESCARGA CARGA E DESCARGA
RESÍDUO QUÍMICO 3,96 m2
VESTIÁRIO FEMININO
CIRCULAÇÃO 17,01 m2
39,57 m2
RESÍDUO COMUM 15,96 m2
VESTIÁRIO MASCULINO 38,00 m2
RESÍDUO INFECTANTE 14,77 m2
Pavimento Térreo - Setor 4 4
Escala: 1:100
Almoxarifado - 18,96m² Higienização - 17,88m² Diluição Germicidas - 5,62m² Antecâmera - 2,29m² Lavagem - 3,20m² Chefia - 7,15m² Recebimento/ Guarda Lanches - 19,07m² Roupa Suja + DML - 24,32m² Roupa Limpa - 24,22m² Resíduo Reciclado - 18,09m² Resíduo Químico - 3,96m² DML - 3,63m² Resíduo Comum - 15,96m² Resíduo Infectante - 14,77m² Circulação - 17,01 m² Vestiário Feminino - 39,57m² Vestiário Masculino - 38,00m²
1:500
A2
RECEBIMENTO/ INSPEÇÃO
A1
+ 3,55
25,35 m2 + 3,55
ÁREA EXTERNA 64,92 m2 35,27 m2
ELEVADOR SOCIAL/ CIRCULAÇÃO VERTICAL 29,17 m2
+ 3,55
A3
A3
Ref.
DML 5,03 m2
29,39 m2
ELEVADOR DE SERVIÇO/ CIRCULAÇÃO VERTICAL
DML 6,04 m2 HALL/ CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS
30,44 m2
ONCOLOGISTA
A4
A4
GSPublisherVersion 0.89.100.100
MEZANINO SALA DE ESPERA 51,10 m2
9,92
+ 3,55
A1
A2
5,07
Planta de Situação
1:500
ÁREA DE ATIVIDADES 58,68 m2
CIRCULAÇÃO DOS PACIENTES
+ 3,55
+ 3,55
3,10
29,10 m2
JARDIM
SETOR 5 Mezanino/ Sala de Espera - 51,10m² Área de Atividades - 58,68m² Área Externa Verde - 64,92m² Hall Elevador - 25,35m² Corredor Circulação de Pacientes - 29,10m²
5
Primeiro Pavimento - Setor 5 Escala: 1:100
A2
DML 5,16 m2 + 3,55 A1
UTILIDADES 14,88 m2
+ 3,55
+ 3,55
CIRCULAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS
BOX DE EMERGÊNCIA DE QUIMIOTERAPIA 16,95 m2
30,44 m2
A3
A3
+ 3,55
Ref.
CIRCULAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS 14,32 m2
Ref.
+ 3,55
COPA 9,47 m2
4,37
4,52
4,37
+ 3,55
ONCOLOGISTA 17,01 m2 + 3,55
2,17
3,89
A1
A2
A4
SANITÁRIO PNE
A4
GSPublisherVersion 0.89.100.100
SANITÁRIO PNE 5,68 m2
4,44 m2
+ 3,40
SALÃO QUIMIOTERÁPICO
258,84 m2 + 3,55
BANCADA
POSTO ENFERMAGEM 19,14 m2
+ 3,55
Planta de Situação
SANITÁRIO PNE
4,44 m2
3,46
+ 3,55
JARDIM
SERVIÇO DE ENFERMAGEM
9,13 m2 + 3,55
3,74
SETOR 6 Salão Quimioterápico - 258,84m² Posto de Enfermagem - 19,14m² Serviço de Enfermagem - 9,13m² Sanitário PNE (2) - 4,44m² Copa - 9,47m² Oncologista - 17,01m² Box de Emergência - 16,95m² Sanitário PNE - 5,68m²
JARDIM + 3,40
6
Primeiro Pavimento - Setor 6 Escala: 1:100
1:500
A2
A1 Ref.
A3
ARMAZENAMENTO DE QUIMIOTERAPICOS
LAVAGEM
CAPELA
15,13 m2
SUPERVISÃO 10,97 m2
11,93 m2
Ref.
Ref.
FRACIONAMENTO QUIMIOTERAPICOS
Ref.
A4
BANCADA
A4
34,12 m2
SANITÁRIO
A2
A1
DML 4,64 m2
ANTECÂMARA
8,73 m2
4,30 m2
32,77 m2 Ref.
CIRCULAÇÃO
N
ÁREA DE QUARENTENA 7,46 m2
PRATELEIRA GUICHE
Planta de Situação
41,58 m2
Ref.
DISTRIBUIÇÃO CARRINHO P/ TRANSPORTE
RECEBIMENTO/ INSPEÇÃO
12,27 m2
FARMÁCIA
SANITÁRIO PNE 5,68 m2
DML 5,03 m2
DML 5,16 m2 UTILIDADES 14,88 m2
29,39 m2
CARRINHO P/ TRANSPORTE
9,04 m2
ELEVADOR DE SERVIÇO/ CIRCULAÇÃO VERTICAL
Ref.
MONTAGEM
PRATELEIRA
CIRCULAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS
BOX DE EMERGÊNCIA DE QUIMIOTERAPIA 16,95 m2 CIRCULAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS 14,32 m2
30,44 m2
N
GSPublisherVersion 0.89.100.100
A3
7
Primeiro Pavimento - Setor 7 Escala: 1:100
SETOR 7 Farmácia (Montagem) - 41,58m² Distribuição - 9,04m² Utilidades - 14,88m² DML - 5,16m² Recebimento/Inspeção - 12,27m² Área de Quarentena - 7,46m² DML - 4,64m² Sanitário - 4,30m² Supervisão - 10,97m² Armazenamento de Quimioterápicos - 11,93m² Antecâmara - 8,73m² Fracionamento Quimioterápico - 34,12m² Lavagem - 15,13m²
1:500
GSPublisherVersion 0.90.100.100
A
Elevação Escala: 1:200
B
Elevação Escala: 1:200
GSPublisherVersion 0.90.100.100
C
Elevação Escala: 1:200
D
Elevação Escala: 1:200
Concreto +9,26 Cobertura
1,00
+8,05 Forro Monolítico de Gesso
Brise Vertical de Madeira
+7,05 Primeiro Pavimento
Parede Drywall Verde (RU) 0,15cm
3,50
Laje Pré Moldada
Forro Monolítico de Gesso
Forro Monolítico de Gesso
3,55
+3,55
0,16
Primeiro Pavimento
2,14
3,23
Parede Alvenaria 0,20cm
0,00
0,00 Pavimento Térreo
Corte
A1
Escala: 1:100
+11,74 Caixa d'água
Laje Pré-Moldada 0,16cm +9,26 Cobertura
1,00
+8,05 Forro Monolítico de Gesso
+7,05
3,50
Primeiro Pavimento
+3,55
3,23
0,16
Primeiro Pavimento
0,00 Pavimento Térreo
A2 PILAR MISTO AÇO
.
CONCRETO
Corte Escala: 1:100
Telha Sanduiche
Pilar Perfil I Misto +9,26
Laje Pré-Moldada EPS 0,16cm
Cobertura
Parede DryWall (Verde RU) 0,15cm
Forro Monolítico de Gesso
Pilar de Madeira
+8,31
+7,05
Parede de Alvenaria 0,20cm
3,50
Primeiro Pavimento
1,00
Forro de Gesso +3,55
3,23
2,14
3,23
4,55
0,32
Primeiro Pavimento
0,00 Pavimento Térreo
Corte
A3
Escala: 1:100
+9,26 Cobertura +8,05
+7,05 Primeiro Pavimento
Laje Pré-Moldada 0,16cm +3,55 Primeiro Pavimento
D-03
3,39
3,23
4,29
5,34
3,20
0,00 Pavimento Térreo
Corte Escala: 1:100
Ferro de Travamento a cada 50 cm
Laje Pré-Moldada (Área Quimioterapia)
B16
concreto maciço
Vigota Pré-Moldada
concreto maciço
A4
3,20
Projeção Beiral Ferro de Travamento de Berial
D-03
Det.
1:50
5.9 PERSPECTIVAS EXTERNAS Fachada Frontal - Entrada e estacionamento (visitantes)
Figura 74 - Fachada Frontal Fonte: Elaborada pelo autor
69
Fachada Lateral - Entrada e SaĂda de Ambulância
Figura 75 - Fachada Lateral Fonte: Elaborada pelo autor
70
Fachada Posterior - Entrada de Funcionรกrios e ร rea de Carga e Descarga
Figura 76 - Fachada Posterior Fonte: Elaborada pelo autor
71
Fachada Lateral - Jardim Central
Figura 77 - Fachada Lateral Fonte: Elaborada pelo autor
72
Figura 78 - Recepção Fonte: Elaborada pelo autor
SETOR 1 - Recepção e Brinquedoteca
SETOR 1 - Recepção e Brinquedoteca
PERSPECTIVAS INTERNAS
Figura 79 - Recepção e brinquedoteca Fonte: Elaborada pelo autor
73
74
SETOR 2 - Corredor Consultórios
SETOR 1 - Recepção Figura 81 - Brinquedoteca Fonte: Elaborada pelo autor
SETOR 1 - Brinquedoteca
Figura 80 - Recepção Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 82 - Corredor Consultórios Fonte: Elaborada pelo autor
SETOR 2 - Hall de Espera SETOR 2 - Corredor Consultรณrios
Figura 83 - Hall de espera Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 84 - Corredor Consultรณrios Fonte: Elaborada pelo autor
75
SETOR 2 - Consultório Oncológico
Área Externa - Praça
Figura 85 - Consultório Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 87 - Praça Recreativa Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 86 - Sala de Leitura Fonte: Elaborada pelo autor
76
SETOR 2 - Sala de Leitura
SETOR 2 - Medicina Interativa
Figura 88 - Ă rea Medicina Interativa Fonte: Elaborada pelo autor Figura 89 - Ă rea Medicina Interativa Fonte: Elaborada pelo autor
SETOR 2 - Medicina Interativa
77
SETOR 2 - Medicina Interativa
Figura 90 - Ă rea Medicina Interativa Fonte: Elaborada pelo autor
SETOR 2 - Medicina Interativa
Figura 91 - Ă rea Medicina Interativa Fonte: Elaborada pelo autor
78
SETOR 1 - Jardim Central e Cafeteria
SETOR 1 - Jardim Central
Figura 92 - Jardim Central Fonte: Elaborada pelo autor
79
SETOR 6 - Salão Quimio
SETOR 6 - Entrada Quimio
Figura 94 - Salão Quimioterápico Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 96 - Salão Quimioterápico Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 95 - Salão Quimioterápico Fonte: Elaborada pelo autor
80
SETOR 6 - Salão Quimio
SETOR 6 - Salão Quimio
Figura 97 - Salão Quimioterápico Fonte: Elaborada pelo autor
SETOR 6 - Salão Quimio Figura 98 - Salão Quimioterápico Fonte: Elaborada pelo autor
81
SETOR 5 - PASSARELA Figura 100 -Área de Atividades Fonte: Elaborada pelo autor
82
SETOR 5 - ÁREA DE ATIVIDADES
Figura 99 - Passarela Fonte: Elaborada pelo autor
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, C. Bioética e Gestão em Saúde. Curitiba: Intersaberes, 2018. BERGAN, C.; BURSZTYN, I.; SANTOS, Mauro C. O. e TURA, L. F. R. Humanização: representações sociais do hospital pediátrico. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v.30, n.4, p.656-661, out./ dez. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472009000400011>. Acesso em: 30 abr. 2019. BITENCOURT, Fábio. Espaço e Promoção de Saúde: a contribuição da arquitetura ao conforto dos ambientes de saúde. Saúde em Foco/Informe epidemiológico em Saúde Coletiva. Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Nº 23 issn 1519-5600. Rio de Janeiro, Julho, 2002. p. 35 a 46. BONI, C; SILVA, C. R; FORTUNA, T. C. conforto ambiental hospitalar na perspectiva dos hospitais da rede sarah Kubistchek. Contemporânea: Revista Unitoledo: Arquitetura, Comunicação, Design e Educação, v. 03, n. 01, p.74-88, jan/ jun. 2018. DEL RIO, Vicente, RHEINGANTZ, Paulo Afonso, ORNSTEIN, Sheila Walbe (coord.). Clínica São Vicente: considerações sobre sua Arquitetura. UFRJ-FAU-PROARQ, Rio de Janeiro: Cadernos do PROARQ, n.5, 1998. INSTITUTO DESIDERATA. Humanização em Oncológica Pediátrica: uma experiência de ambientação de hospitais públicos no Rio De Janeiro/ Instituto Desiderata,- Rio de Janeiro: O Instituto, 2015, 68 f. : il. Color. ISBN: 978-8561279-06-6 LIMA, J. Arquitetura: uma experiência na área da saúde. Romano Guerra Editora, 2012. LOMARDO, L. L. B; ROSA, L. Z; FONTES, M. Z; TEIXEIRA, R. F. Caderno de boas práticas: eficiência energética em edificações brasileiras/ IAB/ RJ, Eletrobrás PROCEL, Rio de Janeiro: IAB/RJ: Eletrobrás, 2005, 16p.
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APÃ&#x160;NDICES
7 .PESQUISA - VISITA EM CAMPO HC CRIANÇA RP A pesquisa de campo foi uma pesquisa exploratória, apoiada na literatura multidisciplinar do tema e em estudos de campo, relacionados em referência as técnicas e instrumentos APO. Nesta pesquisa, a APO buscou por uma avaliação comportamental, priorizando a percepção de todos os usuários ao analisar o ambiente hospitalar. O objeto de análise deste estudo foi o Hospital HC Criança, no município de Ribeirão Preto. Assim foi iniciada a pesquisa de campo em 3 dias, sendo realizada na enfermaria pediátrica do HC Criança no 4º andar do edifício, entre os dias 24 e 25 de julho de 2019 e 25 de agosto/2019. A APO foi estruturada em duas partes: A aplicação de um questionário de múltipla escolha destinado aos acompanhantes e profissionais da saúde e para as crianças/adolescentes foi aplicado o Poema dos Desejos. Juntamente nestes 2 dias de visita também foi possível realizar uma visita exploratória e leituras espaciais no ambiente hospitalar. Durante a visita foi analisado os ambientes do 4º andar, assim realizando um levantamento dos aspectos físicos-espaciais daquele pavimento, tais como sensação de conforto, privacidade, dimensionamento, mobiliários e layout. Com a visita aos ambientes, como os quartos dos pacientes, refeitórios, banheiros e salas de recreação, junto com os relatos dos usuários foi possível fazer um levantamento de suas experiencias e a rotina de cada um. Deste modo, foi possível ter uma percepção maior ao aplicar as questões fechadas, de múltipla escolha, onde os entrevistados atribuíram conceitos para o ambiente em que se encontravam. O questionário foi de apenas um único modelo para todas as categorias de adultos entrevistados, sendo o mesmo trabalho relativamente com as crianças/ adolescentes. E por último, o Poema dos Desejos aplicado apenas às crianças. Foi levantado um total de 64 questionários respondidos, sendo 39 acompanhantes, 25 profissionais da saúde, bem como 12 desenhos realizados por crianças/adolescentes no poema dos desejos, durante os dois dias de visita ao HC Criança Assim foi possível descrever alguns relatos mais comentados entre os acompanhantes, profissionais da saúde e das crianças/adolescentes. De todos os entrevistados apenas um acompanhante era homem, o restante eram mulheres (mães e avós) dos pacientes. Foram visitas realizadas de ótimo aproveitamento, com uma boa recepção dos usuários em si principalmente os funcionários, onde alguns consideravam de grande importância a aplicação do questionário, uma vez que são pessoas que passam a maior parte de seu tempo todos os dias dentro do ambiente hospitalar. . 90
Figura 101 -Visita HC Criança Fonte: Acervo Pessoal
Figura 102 -Visita HC Criança Fonte: Acervo Pessoal
Mobiliários Este foi um dos assuntos mais comentados durante as visitas pelos os usuários, alguns comentam que após a mudança para o novo andar do Hc Criança, foi de grande melhoria, principalmente para os acompanhantes, ainda sim algumas mães com mais tempo na instituição, comentam sobre as poltronas e berços para os bebês, são mobiliários que vieram do antigo andar e veem como algo que poderia melhorar o quesito conforto. Ainda assim, através dos questionários respondidos foi perceptível também o desagrado dos profissionais da saúde, que relatam não ter um local para descanso, e os mobiliários que usam durante o trabalho poderiam melhorar. Figura 103 - Questão Questionário Semi-estruturado Fonte: Acervo Pessoal
Figura 104 - Questão Questionário Semi-estruturado Fonte: Acervo Pessoal
Figura 105 -Atividade Poema dos Desejos Fonte: Acervo Pessoal Figura 106 -Atividade Poema dos Desejos Fonte: Acervo Pessoal
Figura 108 -Atividade Poema dos Desejos Fonte: Acervo Pessoal
Figura 107 -Atividade Poema dos Desejos Fonte: Acervo Pessoal
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Recreações Foi relatado pelos usuários, tanto acompanhantes quanto profissionais da saúde a satisfação com alguns programas realizados no 4º andar do HC Criança, como a terapia ocupacional. A mãe de um paciente, que desde os 5 meses de vida foi internado, conta que através da terapia ocupacional seu filho, hoje aos 4 anos de idade, aprendeu a engatinhar e a andar, mesmo em um ambiente hospitalar. Da mesma maneira foram mencionados outros programas positivos, como a sala de leitura e as atividades pedagógicas. Nestas atividades as crianças desenvolvem pinturas em telas, e para aqueles pacientes que não estão autorizados a se locomover, estes recebem pranchetas com desenhos e atividades escolares para manterem a dinâmica de ensino em suas rotinas. Instalações Um dos ambientes mais comentados como necessitando de melhorias, são os banheiros para os acompanhantes e a necessidade de serem separados dos banheiros dos pacientes. Foi notável o descontentamento sobre os espaços e sobre sua localização distante dos leitos. Os banheiros utilizados para banhos, pelos acompanhantes, são os mesmos para todos usuários presentes no refeitório. A área do refeitório não é utilizada por todos os acompanhantes, alguns informaram que preferem realizar suas refeições no quarto para não saírem de perto dos filhos. Os acompanhantes que utilizam este ambiente relatam ser espaço amplo, conhecido também como a sala de conforto, um ambiente agradável
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Figura 108 -Visita HC Criança Fonte: Acervo Pessoal
Figura 109 -Visita HC Criança Fonte: Acervo Pessoal
Quartos
Figura 110 - Questão Questionário Semi-estruturado Fonte: Acervo Pessoal
Figura 111- Questão Questionário Semi-estruturado Fonte: Acervo Pessoal
Figura 112- Questão Questionário Semi-estruturado Fonte: Acervo Pessoal
Acompanhantes mais antigos no hospital, relataram o quão importante foi a mudança para o novo edifício, os mesmos relataram vários problemas no 7º andar do edifício antigo, e consideram a decisão de se compartilhar apenas dois leitos (dois pacientes) por quartos, como um dos pontos principais, promovendo assim, um espaço mais reservado e confortável para todos os usuários. A questão estética lúdica do ambiente também foi bastante comentada, como um conceito que seria de grande importância ser aplicado em todos os ambientes dos quartos para uma distração, um aconchego melhor para o paciente. Algumas mães também relataram a importância de um layout melhor distribuído dentro dos quartos das enfermarias, pois segundo elas, há necessidade de mais espaço para armários. Descrições sobre as janelas, que apesar de garantirem uma boa iluminação natural, mas não é possível a abertura das mesmas, os acompanhantes ressaltam a necessidade de ter a opção de abertura das esquadrias para uma ventilação natural melhor dentro do ambiente. Conforme comentado acima, alguns usuários aceitaram fazer o desenho da questão 11 do questionário, que pedia para desenhar um layout para enfermaria, neste contexto ficou nítido a percepção dos acompanhantes dentro do ambiente e a percepção dos profissionais da saúde. As imagens ao da questão 12, que pede para o usuário desenhar qual seria o layout ideal para a enfermaria pediátrica, com isso é possível ver em suas anotações, a percepção da falta de armários para os acompanhantes presentes em cada quarto, uma cama para cada acompanhante ao lado do leito da criança e com mesas para refeição para cada acompanhante.
Já os profissionais da saúde com sua percepção e experiencia do dia-dia, veem o layout ok, mas com algumas faltas na parte técnica em procedimentos para os enfermeiros. Outros pensaram também além do quarto e sim em uma distribuição melhor de cada setor.
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RibeirĂŁo Preto, 2019.