CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA CRIANÇAS AUTISTAS
Por Bruna Marçal
Nada é tão humano quanto entender as individualidades de cada um, e não fazer diferença disso.
1.3 PÚBLICO ALVO A forma como os Autistas (TEA), se manifestam em relação ao espaço criado exibe uma maneira diferente de ser vista:
1.1 O TRANSTORNO Os Transtornos Globais de Desenvolvimento são distúrbios mentais e de interações sociais que se manifestam em crianças logo em seus primeiros anos de vida. Essas crianças podem então desencadear o TEA - Transtorno do Espectro do Autismo, que está diretamente associado ás TGD’s, mas com algumas características específicas. O Autismo é uma desordem neurobiológica que causa dificuldades em determinadas áreas do desenvolvimento, como: a comunicação, a interação e o pensamento criativo. E podem se expressar através de outras dificuldades como padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como retração nos interesses e nas atividades.
JU 3. 3 MANIFESTAÇÃO COMUM: Percebem as informações que constituem o espaço de forma conjunta.
2
CONCEITUAÇÃO
MANIFESTAÇÃO AUTISTA: Essas informações relacionadas ao espaço são de forma fragmentada.
Singular: Exclusivo, único e ímpar. Está relacionado com o conceito da singularidade, ou seja, quando algo pertence a um indivíduo específico.
4
HISTÓRICO
AMBIÊNCIA
Criar espaços que promovam a inclusão social das crianças com TGD’s; Ÿ Elaborar um setor de tratamento de Equoterapia; Ÿ Propor um espaço que contempla as singularidades dos transtornos; Ÿ Projetar um espaço que se distingue dos existentes, com acessibilidade e conforto acústico. Ÿ
Primeira vez que foi citado o Autismo pelo pesquisador Eugen Bleuler para indicar a falta de contato entre indivíduo e realidade, os sintomas eram relacionados com esquizofrenia.
1908
Hans Asperger, também psiquiatra, estudava essas limitações, contudo, em indivíduos com desenvolvimento cognitivo e assim, surgiu a Síndrome de Asperger.
(...)
.1
TA ES
TÍSTI
2013
1944 Ano em que foi revertida essa nomenclatura pelo psiquiatra Leo Kanner, para autismo infantil, ele ainda associava a uma deficiência presente desde de o nascimento.
SINGULARIDADE
AMBIÊNCIA AMBIÊNCIA SINGULAR Percepção do espaço por meio de A forma única de compreender o texturas, sons, iluminação e cores. todo fraguimentado, tendo uma Espaço preparado para criar um meio composição de entendimento igual, físico, estético e psicológico. mas com percepção diferente.
3.2 OBJETIVOS E SP EC
1943
4
MANIFESTAÇÃO HIPOSENSÍVEL: Recepção dos estímulos sensoriais de forma amena e nula.
Todas as pessoas são diferentes. Crianças com autismo possuem diferenças aguçadas e perceptíveis, e tornando o modo de ver o mundo de um jeito singular. Como resposta a entender esta singularidade, a proposta de criar um espaço de convivência e tratamento especial ao Autismo e TGD, inclui na Arquitetura um novo jeito de projetar.
2.1 AUTISMO + ARQUITETURA
OS SENTIDOS SE MANIFESTAM DE FORMA CONFUSA
MANIFESTAÇÃO HIPERSENSÍVEL: Recepção dos estímulos sensoriais de forma excessiva.
A IV T CA
OS IC
TEMA
OBJETIVOS JUSTIFICATIVA
Proporcionar um centro de convivência e tratamento com atendimento cognitivo e terapêutico multidisciplinar, destinado a crianças e adolescentes que possuem TEA e TGD’s, fornecendo atividades e tratamentos específicos como, Equoterapia, funcionando como apoio ao ensino regular.
ÍF
1
Centro de convivência e tratamento que oferece atendimento cognitivo e terapêutico multidisciplinar para crianças diagnosticadas com Espectro do Transtorno Autista (TEA) e outros Transtornos Globais de Desenvolvivento (TGD).
3
ST IF I
CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA CRIANÇAS AUTISTAS
3.1 OBJETIVO GERAL
Enfim, o conceito de autismo foi denominado Transtorno do Espectro Autista (TEA) pelo Manual do Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V).
CA S 1 menina para cada 4 meninos é autista
NACIONAL REGIONAL MUNDIAL A população de Segundo a OMS (2007), No Brasil não há dados autismo no Sul do existem 70 milhões de exatos sobre o autismo. autistas diagnosticados Para a OMS estima-se 2 Brasil é de 170.000 e milhões. no Paraná 10.000. no Mundo.
1.2 A PERCEPÇÃO DOS SENTIDOS
Visão
Audição
Olfato
Tato
Paladar
Vestibular Proprioceptivo
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Acadêmica: Bruna Marçal Orientador: Jonathan Marques
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TERRENO - ÁREA DE ATUAÇÃO BRASIL PARANÁ SANTO INÁCIO
CAPELA DE ROMCHAMP - FORMA SENSORIAL - CORBUSIER
CURITIBA
ARTHUR CASAS
‘’ARQUITETURA PARA PESSOAS; PARA TODAS AS PESSOAS.’’ ESCOLA VIBEENG - ESQUADRIAS EM ESCALA DE CRIANÇAS
O bairro Santo Inácio está localizado no setor Norte de Curitiba, possui 2.266 domicílios, e é um bairro em que as zonas residenciais prevalecem. Possui comércios, serviços, parques, jardins, o parque Barigui, condomínios habitacionais, universidade e é localizado próximo ao bairro Santa felicidade, colonizada por italianos. Fonte: Dados IPPUC, Consulta 2019.
LE COBUSIER
REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS
6.1 CRITÉRIOS DE ESCOLHA DO TERRENO
6
Arquitetura para pessoas; Arquitetura funcional; Arquitetura contemporânea; Modernismo; Arquitetura singular.
ALEJANDRO ARAVENA
5
5.1 LINHAS DE PENSAMENTO
O terreno 2 - R. João Batista Dallarmi possui desníveis mais afastados, começando com a sua referência de nível na curva de nível da rua, sendo melhor para acessos com acessibilidade, e sem complicações. Possui apenas uma testada de 97,18 metros, e os fundos e as laterais direcionados para uma grande área de preservação permanente de bosque nativo relevante. Os usos de predominância no entorno é de residencial, de um zoneamento ZR-2, com alguns comércios e serviços pequenos, vários locais com áreas vazias, sem muitos movimentos e ruídos, e tipologias de até 3 pavtos. Existem dois centros de educação em seu entorno, isso pode servir de auxílio na implantação do projeto.
CALÇADA - RUA
RN = +980
N = +975
N = +972
N = +967
N = +965
FUNDOS
6.2 ANÁLISES DE CONDICIONANTES s/ escala
verão
PARÂMETROS DA CONSTRUÇÃO R. JOÃO BATISTA DALLARMI, Nº 824 ZONEAMENTO Zr2. ZONA RESIDENCIAL 2 AT DO LOTE 16.600 M² TX DE PERMEABILIDADE MÍNIMO 25% (4.150,00) TX DE OCUPAÇÃO MÁXIMO 50% (8.300,00) COEF. DE APROVEITAMENTO 1,0 ALTURA PERMITIDA CONE DA AERONÁUTICA 1.061,00 M REF. DE NIVEL 980,20 M
INGULAR
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Acadêmica: Bruna Marçal Orientador: Jonathan Marques
Terreno
Zr2
Seviços e Comércios
Cultural
Educacioanal
Legenda
Vazio
Mapa de usos e zoneamnto
Hidrografia
Vazio
Terreno
A rampa ativa é uma referência de atividade lúdica e divertida, para o projeto auxiliará no contato com texturas, alturas e outras crianças. O mesmo se aplica as modulações de coberturas que auxiliam no conforto das crianças e esquadrias previamente pensadas para a escala das crianças.
Edificado
Legenda
Residencial
COMUNID. SWEETWATER SPECTRUM - ARQUITETURA PARA SINGULARIDADES
Linha - sentido terminal
s/ escala
Sistema viário - local
Acessib. e equipamentos Sistema viário - colet. 1
Legenda
Terreno
de de da da do
Mapa de cheios e vazios
Através de buscas de referências Arquitetura sensorial, temos os recortes volumes criados através da fachada e iluminação natural, da capela Ramchamp, e St. Edward; que auxilia na ativação desenvolvimento sensorial e psico.
JARDIM DE INFÂNCIA KM - RAMPA ATIVA PÁTIOS INTERNOS
inverno
UNIV. DE ST. EDWARD - ILUMI. SENSORIAL - ARAVENA
2|3
7
DIRETRIZES PROJETUAIS
7.1 CONCEPÇÃO DO PARTIDO
7.3 MEMORIAL JUSTIFICATIVO
A singularidade do projeto parte de estímulos de sentidos criados nos espaços, e na composição entre eles. O espaço como auxiliador do desenvolvimento sensorial dos autistas, ou de suas singularidades.
A proposta do projeto foi dividir a edificação em 3 blocos, com setores diferentes, criando cada área para uma atividade específica. A definição exata do que e para que serve o ambiente ajuda muito no entendimento dos autistas. As circulações, esquadrias, modulações e direcionamento dos ambientes foram pensados através da base do conforto psicológico. O sistema estrutural foi relacionado a sistemas leves e de ventilação, como Shed e pilares de aço.
A LÓGICA DE COMPOSIÇÃO SE DÁ POR DUAS FORMAS:
1° Entendimento das partes, para que em segundo plano seja posspivel um compreender do todo;
2° As partes não se
AMBIÊNCIA
7.6 PROGRAMA
SINGULAR
diferenciam por cores, mas por formas, espaçamentos, volumes e atividades.
* croqui de desenho inicial
7.2 PLANO DE OCUPAÇÃO
7.4 CONFORTO PSICOLÓGICO
fase 1
SINGUL RA AR
- Adequação de blocos ao terreno - Estreitamento de blocos
- Criação de vazios - Conexão entre blocos - Redução de formas rígidas
fase 3
- Inserção de elementos estéticos - Consolidação do volume - Integração com araucárias existentes no terreno.
3 2 T Legenda
fase 2
aspectos físico- psicológicos
TU TE UI ARQ
s/ escala
Soluções técnicas construtivas e de materiais adotadas no projeto favoráveis ao bem estar físico e psicológico, criando ambiência. * Circulações curvas sensoriais, *Tons de azul (cor do autismo) e madeira.
7.5 FLUXOGRAMA E USOS
Fluxo e usos Circ. vertical - escadas Circ. vertical - elevador Fluxo público Fluxo serviço
FL UX OS
3 2 T E
US O
A R AM G PR O
S
Fluxo privado comum
INGULAR
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