Portfólio - Bruna Thalita de Palma Lopes

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Trabalho de Conclusão de Curso 2014 Universidade Estadual de Maringá Bruna Thalita de Palma Lopes Orientadora: Prof. Msc. Anelise Gadagnin Dalberto

A cidade de Maringá – PR possui um grande número de espaços públicos livres, praças, parques, etc., porém, a maioria deles apresenta problemática de apropriação. A presença de grande área destinada a espaços públicos livres em Maringá não significa grande número de espaços apropriados e/ou equipados para permanência e estes são espaços que constituem locais ligados à vida urbana, à vitalidade da cidade. A apropriação por parte da população é a garantia da vitalidade dos espaços públicos. Tratar a arquitetura como meio de vínculo entre as pessoas e o local seria uma forma de reestabelecer a apropriação de um espaço e promover experiências sociais e sensoriais. O Movimento Neoconcreto trata de abrir ao espectador a possibilidade de vivenciar o ato de contemplação e mudar a percepção da forma e a relação entre público e a arte. O movimento atingiu uma dimensão social ao estabelecer uma conexão direta com o público, transformando o espectador em participador da arte. A participação direta do espectador com a arte fortalece para que a disseminação da cultura e arte não esteja restrita a um público determinado, mas sim que busque novas consciências artísticas.

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Consulta à população para a escolha do projeto.

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Assim como a arte e cultura, os espaços públicos livres também não devem estar restritos a um público determinado e muito menos devem estar subutilizados. Sendo estes espaços lugares potenciais de apropriação pública e os mais acessíveis pelos cidadãos, são também os mais democráticos do espaço urbano. Em Maringá, apesar de apresentarem um papel importante na malha urbana, não possuem qualidade para ocupação. A arquitetura é uma forma de conectar o homem ao espaço, transformando-o em participador da arquitetura e, consequentemente, participador da cidade.

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IMPLANTAÇÃO VISTA SUPERIOR

1,046m 0,647m 0,40m 1,692m

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A proporção áurea é utilizada no projeto na formulação dos módulos de pilares da estrutura e mobiliário. Os módulos foram estruturados a partir de um módulo base constituído através da proporção áurea. A medida antropométrica do joelho ao pé (40cm), medida ideal para sentar, foi utilizada como o começo para os outros componentes do módulo base, estruturados também através do número de ouro. O mobiliário também faz uso desta medida inicial.

MÓDULO BASE ELEVAÇÃO

MÓDULO BASE PERSPECTIVA

Os módulos que se articulam entre si e dão forma à implantação através de pilares foram desenvolvidos a partir da subtração de barras do módulo base. O desenvolvimento dos módulos (pranchas 3 e 4) é representado através de A, B, C e D, sendo A o módulo com as subtrações de barras e D a solução final utilizada no MÓDULO BASE projeto. PERSPECTIVA

MÓDULOS SUBTRAÇÃO DE BARRAS barra a retirar

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barra a retirar barra de travamento

1 1

MÓDULO CENTRAL

B

C

D

A

B

C

D

MÓDULO DE APOIO 2

A

B

C

D

MÓDULO DE APOIO 3

A

B

C

D

MÓDULO DE APOIO 1

D

A

barra a retirar barra de travamento

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As peças utilizadas nos módulos central e de apoio seguem o padrão de peças da Layher. Elas não serão utilizadas diretamente da Layher, pois possuem diferença em relação ao comprimento de barras e postes, porém os outros componentes serão iguais. As peças, como as da Layher são em alumínio e as barras e postes possuem diâmetro igual a 48,3mm.

2 2

BARRA HORIZONTAL LAYHER

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BARRA DIAGONAL LAYHER

4 9 8 6 3

Os quatro furos pequenos na roseta posicionam as barras horizontais em ângulos retos. Os furos grandes permitem o alinhamento das ROSETA COM horizontais e diagonais ENCAIXES no ângulo requerido. LAYHER

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12 11

PEÇAS DOS MÓDULOS PADRÃO LAYHER COM ALTERAÇÕES

POSTE COM ROSETAS FIXAS LAYHER

12 5

MÓDULO CENTRAL

6 1

7

1

MÓDULO DE APOIO 1

7 2 1

1 6 1

9

5 7 9 12 3 1

3 2

3

3

4 4

4 11

3 3

3

3

4

7

8

4

4

11

4

8 4 1

1

1

1 1

2

2 12

11

2 1

11

7

2

2 9

3

2

2

3

7

3

12 10

3

3

10

11

1 1 11

4

4 4

4

1

3 12

4

4 4

11

2

3

3

MÓDULO DE APOIO 2

11 1

MÓDULO DE APOIO 3

4

11

1

1 11

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A lógica de implantação baseia-se em um módulo central e outros três módulos de apoio (1, 2 e 3) ao redor deste. Esta conformação se repete de acordo com a implantação que favoreça o local de intervenção. O posicionamento dos MÓDULO DE módulos deve respeitar APOIO 3 a conformação base e o tamanho dos trilhos metálicos que os MÓDULO conectam. CENTRAL

3 ++= 3 MÓDULO DE APOIO 1 MÓDULO DE APOIO 2

VISTA SUPERIOR

1. Trilho de 3m 2. Trilho de 4m

2 22 2

1

1

2

MÓDULO DE APOIO 3

MÓDULO CENTRAL

1

CONFORMAÇÃO BASE - TRILHOS METÁLICOS VISTA SUPERIOR VISTA SUPERIOR

MÓDULO DE APOIO 1

MÓDULO DE APOIO 2

PERSPECTIVA ISOMÉTRICA

DIRETRIZES PARA O SOMBREAMENTO

Estrutura + trilhos

Sombreamento móvel

Sombreamento móvel + fixo

Sombreamento fixo

PERSPECTIVAS ISOMÉTRICAS DOS SOMBREAMENTOS

Sombreamento móvel

Sombreamento fixo

Sombreamento móvel + fixo

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MOBILIÁRIO 1 (MÓBILIÁRIO BASE) ISOMÉTRICA

+=

MOBILIÁRIO 2 ISOMÉTRICA

MOBILIÁRIO 3 ISOMÉTRICA

+=

A

fim de proporcionar um conforto de apropriação ao usuário, foram desenvolvidos mobiliários e estes foram dispostos pela estrutura e pelo espaço público onde ela está instalada, formando um fluxo e direcionamento do usuário até ao pavilhão.

PERSPECTIVA DO MOBILIÁRIO NA PRAÇA RAPOSO TAVARES

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O

projeto baseia-se na mobilidade da estrutura, através da arquitetura efêmera e na aproximação com a população através de um pavilhão como incentivo de apropriação de espaços públicos livres. O estudo preliminar como conceito da proposta foi apresentado à população e esta o reconheceu como a figura árvore. A proposta foi desenvolvida a partir de uma estrutura estável de pilares e cobertura, mas o reconhecimento da figura árvore pela população foi apropriado no projeto. A árvore constitui-se como identidade urbana na paisagem de Maringá. O homem apropria-se deste elemento como resgate de uma paisagem natural. Essa identificação da população com este elemento fortalece o vínculo entre público e o projeto. O projeto utiliza a proporção áurea a fim de reforçar a aproximação da população com a estrutura efêmera. Presente no elemento árvore, nas pessoas, assim como na natureza em geral e na vida, a proporção áurea reforça a sensação de identificação devido a essa familiaridade que ela causa no ser humano. A forma radial criada pelo sombreamento da estrutura também fortalece o conceito. Há uma interação direta entre público e estrutura através de cordas e mobiliário que movimentam os planos de sombreamento e podem ser manipulados pelos usuários. O pavilhão, que seria de iniciativa pública do município, será acompanhado de um evento cultural e artístico durante a sua montagem, onde ocorrerá também intervenção na estrutura através de “live painting” nos planos de tecido dos módulos de apoio.

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