Revista meta

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A VIDA TORTA DE MANÉ GRANDES VITÓRIAS E DERROTAS DE UM DOS MAIORES CRAQUES BRASILEIROS

O gigante Páris saint-Germain

San Siro

de sua origem até sua ascenção no futebol mundial

o estádio que move uma cidade

Ed.1 Julho 2013 R$12,00


Propag

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ganda

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Diretor de Redação Bruno Correia Redator-chefe Flávio Atoé

Projeto Editorial Bruno Correia Flávio Atoé Diogo Faim Projéto Gráfico Bruno Correia

Projeto Editorial Bruno Correia Flávio Atoé Diogo Faim Projéto Gráfico Bruno Correia


Editorial O esporte é um dos mais antigos meios de relação humana. Muito mais que um exercício de saúde, também é um vetor de desenvolvimento social em diversos campos. No último século o futebol se consolidou como o esporte mais praticado no mundo, atingindo todos os cantos da terra e influenciando milhões de geração em geração. A cada no que passa faz-se mais presente a aura do futebol nas cidades do mundo, mas poucos são os registros com a ótica voltada para o espetáculo e magia que o esporte gera para as pessoas. Nosso objetivo é contar a história, a paixão, e entender os diferentes ângulos além das quatro linhas que o futebol gera para a população, para a cidade, para a ideologia de milhões de pessoas. O que o time significa para seus fãs? O que um estádio representa para sua cidade? O que faz um ídolo? O futebol como estopim para manifestação popular? Tudo isso e um pouco mais para você na nossa primeiríssima edição! A Revista Meta traz a magia do futebol para o papel. Com imagens e registros mostramos a emoção, a angústia, a alegria, o gol. Trazemos nesta edição um pouco de tudo isso, convidamos você a viajar pelo mundo da bola e conhecer um pedaço de momentos, monumentos e religiões nascidos do futebol!

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NESSA EDIÇÃO 6

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entrelinhas 7

Gato por lebre

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Marca registrada

Como um pequeno time do interior entrou em uma disputa intenacional O visual dos maiores campeonatos do mundo

11 As mascotes das Copas

Conheça todos os personagens símbolo dos mundiais

Meio-campo 18 Garrincha

Vida e morte de um dos maiores craques do mundo

25 París Sainte-Germain

A trajetória do “Tesouro de Paris”, da criação aos dias atuais

39 San Siro

Nem só de moda vive a cidade de Milão

47 Derby africano

Conheça os números do maior clássico da África do Sul

49 O despertar do Brasil

O Despertar do país do futebol: Por quê agora?

55 Treinameto

Velocidade, técnica e ilusão: o Drible de Zinedine Zidane

Manto sagrado

57 Pumas-max

Detalhes e curiosidades do uniforme que é o bicho


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Entrelinhas

GATO POR LEBRE Empresário aplica golpe em italianos e leva Grêmio errado para disputar torneio interclube

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m 1997, o Grêmio vivia uma das melhores fases de sua história. O time gaúcho tinha sido campeão brasileiro no ano anterior e da Libertadores duas temporadas antes.Todo esse sucesso chamou a atenção na Europa e o clube passou a ser requisitado para disputar torneios na Europa. Organizadora do Troféu Cecchi Gori, a Fiorentina convidou o time gaúcho para disputar a competição juntamente com a Lazio. Mas os ingênuos italianos não contavam com o famigerado jeitinho brasileiro. Sem conseguir fechar com o Tricolor, um empresário levou o Grêmio Sãocarlense, de São Carlos (SP) para disputar a competição. Também enganados na história, os atletas do Sãocarlense, à época na se-

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gunda divisão paulista, tiveram que ouvir perguntas por Jardel, Paulo Nunes e outras estrelas do Tricolor antes da competição. Assim que o golpe foi descoberto, o empresário espertinho tratou de ir embora da Itália e deixou a delegação do Sãocarlense desamparada. Como já era tarde para mudar a situação, o Sãocarlense disputou a competição com partidas de apenas 45min contra a Fiorentina e a Lazio e até que não fez feio. No primeiro jogo perdeu para a equipe de Roma por 2 a 1, com direito a um gol de Signori, famoso atacante que havia sido vice-campeão mundial com a Itália em 1994. Na sequência, o time brasileiro perdeu para a Fiorentina por 1 a 0, com gol do brasileiro naturalizado belga Oliveira. Essa foi uma das maiores façanhas da história do Sãocarlense, clube extinto em 2005.


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Marca registrada Por Flávio Altoé / fotos de FIFA

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s humanos utilizam marcas desde a época das cavernas, marcando histórias e lendas nas paredes. O gado era e até hoje é marcado para se diferenciar de outos animais. Principalmente à partir da revolução industrial, onde diversas empresas se formaram, era necessário comunicar seus ideais visualmente e marcas foram elaboradas para elas. Hoje em dia somos bonbardeados por incontáveis logos no nosso cotidiano. Com o futebol não poderia ser diferente. Para começar, cada clube possui um escudo, que são suas assinaturas visuais. A maioria dos clubes é patrocinado por um fornecedor esportivo que também estampam suas marcas nas camisas, além do patrocinado master. Mas além dos clubes, os campeonatos (mais sérios) também possuem suas marcas. A Copa do Mundo possui uma marca para cada edição desde a primeira relizada no Uruguai em 1930. Na Copa da França, em 1998, começaram a estampar a marca nas mangas das seleções. Este detalhe também é seguido pelas Ligas Nacionais dos países da Europa. A marca nacional mais forte hoje em dia, é a da Barclays Premier League, a primeira divisão de futebol inglesa. Como quase todas as vertentes visuais inglesas, leva um leão e uma coroa juntos a uma bola. Mas mais do que um detalhe, a marca forma uma identidade, transparece os valores que se deseja passar, e no mundo globalizado de hoje, ajuda a se reconhecer e vender o campeonato em questão. A inglaterra possui 9 divisões de futebol, e claro, uma marca específica para cada uma delas. Quem não conhece a vinheta e a inconfundível marca da Uefa Champions League? Marca inclusive, que se estende às bolas utilizadas na competição, agregando valor e gerando um sentimento único com a competiçãoa. Qualquer amante de futebol no mundo, ao ouvir a música de abertura ou enxergar

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Marca da 1º divisão inglesa: o torneio é o que mais arrecada com vendas para a televisão.

Messi e Xavi na

Uniforme da ‘fúria’ no

Champions de 2006.

mundial de 2010.


Clubes ingleses estampam a marca da liga nos uniformes.

A marca mais conhecida e valiosa de torneios de futebol do mundo: As famosas estrelas da UEFA Champions League.

as famosas estrelas formando uma bola já se arrepia. São esses elementos combinados que ajudam na identificação e na prospecção do campeonato. Muitos brasileiros reclamam que quem é de fora do Brasil pouco ou nada sabe sobre nossos times e nossa liga. O Campeonato Brasileiro é o mais disputado do mundo e o único com mais 5 times grandes. É fácil dizer quem ganhará o campeonato espanhol, a taça quase sempre fica com Barça ou Real, na Itália, com Milan, Inter ou Juve, no Brasil é quase impossível definir um campeão antes de a bola rolar. Nosso campeonato também está mais poderoso, já não é raro vermos salários na casa do milhão, como de Ronaldinho e Neymar, que até pouco tempo estava no Santos. Temos uma liga mais poderosa hoje em dia, já somos capazes de segurar nossos craques mais tempo, temos grandes estádios com a chegada da Copa do Mundo... mas então o que falta para sermos reconhecidos? Primeiramente temos que vender o nosso peixe. Temos times, temos torcidas, temos craques, mas não temos um pacote fechado para exportar esse produto. A CBF não é nenhum exemplo de gestão, mas alguém poderia dar um toque para os altos executivos para começarmos pelo básico, já estamos em 2013 e não possuímos sequer uma marca para o Brasileirão, até campeonatos menos badalados como o dos EUA que só existe a 20 anos já possui uma marca a 20 anos. A cada ano redes de televisão, álbuns de figurinhas, revistas e sites inventam uma arte diferente para ilustrar o maior campeonato do país. Isso é algo impensável nos dias de hoje, já passou da hora para abordarem questões como essa e profissionalizarmos nosso futebol. Enquanto isso continuamos desconhecidos e babando pelos campeonatos mundo a fora... meta Julho 2013

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AS MASCOTES DA COPA DO MUNDO O MAIOR SÍMBOLO DAS COPAS É COM CERTEZA A TAÇA, O OBJETIVO DE TODAS AS SELEÇÕES DO MUNDO, MAS O QUE DÁ A IDENTIDADE DE QUATRO EM QUATRO ANOS SÃO SEUS SIMPÁTICOS MASCOTES

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sse ano foi apresentado o nome da mascote da Copa de 2014, que será realizada no Brasil. Já havia sido decidido que seria um tatu-bola, animal típico da fauna brasileira ameaçado de extinção. O bicho foi batizado de Fuleco, que, segundo a FIFA, é uma junção das palavras futebol e ecologia. A novidade deu o que falar: na imprensa, nas rodas de amigos e nas redes sociais, não faltam críticas à escolha do nome. A maioria delas é devido à semelhança do nome com a palavra “fuleiro”, que, no português popular, significa algo de baixa qualidade. O objetivo da FIFA é chamar a atenção das gerações mais jovens para o futebol. Por isso a preferência por personagens em desenho animado. A recomendação da Federação é que a mascote represente algo típico do país sede: um animal, uma planta, uma cor etc. A revista Meta reuniu todas as mascotes da história da Copa do Mundo nesta reportagem. Seis das 13 mascotes já criadas são bichos: dois leões, um leopardo, um galo, um cachorro e um tatu-bola.

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1966

1974

World Cup Willie (Inglaterra)

Tip & Tap (Alemanha Ocidental)

A mascote da Copa do Mundo foi inventada em 1966, quando o evento foi sediado na Inglaterra. O país adotou a figura de um leão jogando futebol para representá-lo, e fez o maior sucesso. Até uma música foi composta para ele, pelo artista escocês Lonnie Donegan. O leão é um símbolo típico do Reino Unido. Para reforçar o patriotismo, o bichinho veste uma camisa com a bandeira do país. A Copa do Mundo foi um dos primeiros eventos esportivos a adotar uma mascote. Para se ter uma ideia do pioneirismo do torneio, as tradicionais mascotes olímpicas só estrearam em 1972, nos Jogos de Munique. A adoção de uma mascote permitiu à FIFA um ganho extra de 2 milhões de dólares em publicidade e propaganda.

1970 Juanito Maravilla (México)

Contrariando o modelo inglês, em 1970 o México apresentou ao público a primeira figura humana a ser uma mascote de Copa do Mundo. Juanito Maravilla era um garotinho que vestia roupas com as cores do uniforme da seleção mexicana e usava um chapéu (sombrero) típico do país. Seu nome, diminutivo de Juan, é muito comum nos países de língua espanhola. Por ter aparecido ao público na primeira Copa do Mundo globalmente televisionada, Juanito fez ainda mais sucesso do que seu antecessor Willie. A inocência infantil estampada no rosto do garoto funcionou como um incentivador do fairplay: durante todo o torneio, nenhum jogador levou cartão vermelho na primeira Copa em que ele foi implementado.

Na sua vez de sediar a Copa do Mundo, a Alemanha seguiu o modelo mexicano de usar uma figura humana. Mas, dessa vez, foram escolhidas duas mascotes: O Tip e o Tap são dois garotos felizes, que provavelmente representam o fairplay entre as Alemanhas oriental e ocidental, que, apesar de separadas, participam juntas da competição esportiva.A camisa de um deles estampa a sigla WM, iniciais de Copa do Mundo em alemão; a do outro, o número 74, ano em que foi realizada a competição. A dupla passa a mensagem de união e amizade, repetida 32 anos depois na pele da mascote Goleo e sua amiga Pille, quando a Copa voltou a ser disputada na Alemanha.

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1978

1982

Gauchito (Argentina)

Naranjito (Espanha) A Espanha inovou na escolha de sua mascote. Foi a primeira vez que uma comida – a laranja – foi escolhida para representar o evento. A fruta típica do país usa um uniforme da seleção. O nome é o diminutivo masculino de “naranja”, a palavra espanhola para laranja. Assim como as anteriores mascotes mexicana e argentina, Naranjito carrega uma bola de futebol. A carismática frutinha acabou se tornando uma das mais populares mascotes das Copas do Mundo. Ganhou até o próprio programa de TV, transmitido na Espanha em rede nacional. “Fútbol en Acción” contava com a participação de outros dois personagens animados.

Na Copa da Argentina, a mascote escolhida também foi um garotinho. O nome é uma abreviação do termo “gaucho”, usado para designar o homem do campo nos países latino-americanos de língua espanhola. Não é coincidência: foi essa denominação que deu origem aos gaúchos brasileiros – todas as pessoas nascidas no Rio Grande do Sul. Assim como os nossos, os gauchos argentinos usam um chapéu característico, carregam um facão e exibem um lenço amarrado ao pescoço. A mascote foi bem aceita pelas crianças argentinas, mas virou alvo de críticas da população adulta, devido à semelhança à mascote mexicana de 1970 (ambos usam chapéus característicos de seus países e pisam em uma bola de futebol). O Gauchito logo ganhou um apelido pejorativo: “Playmobil dos Pampas”.

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1986 Pique (México) Na Copa do Mundo seguinte, o México seguiu a onda da Espanha, desvinculando-se totalmente de sua primeira mascote, Juanito. Colocou uma comida típica – a pimenta chili jalapeño – para representar o país. Pique veste um uniforme vermelho e branco, que, junto a seu corpo verde, contribui para formar as cores da bandeira do México. Para complementar o look mexicano, a pimenta usa bigode e veste um sombrero. O nome vem da palavra “picante”, que em espanhol tem o mesmo significado do português.


1990

1998

Ciao (Itália)

Footix (França)

1994 Striker (Estados Unidos) Os Estados Unidos escolheram uma mascote que não abriu margem para polêmicas: um cãozinho sorridente. O animal, que veste roupas com as cores da bandeira norte-americana, foi escolhido por ser o bicho de estimação mais comum no país. O objetivo era atrair um público maior ao esporte, que não é tão popular no país. Não deu certo: o cachorrinho pouco icônico não chamou a atenção da criançada, deixando os souvenires da Copa do Mundo encalhados nas prateleiras. Striker foi desenhado pelos estúdios Warner Brothers.

A mascote escolhida para representar a Itália, na Copa de 1990, quebrou o padrão “fofinho” usado desde o início da tradição. A figura ficou mais modernosa que suas antecessoras, parecendo um boneco feito de Lego, cuja cabeça era uma bola de futebol, pintado com as três cores da bandeira italiana. O nome Ciao é a palavra italiana usada para dar “oi” e “tchau”. Por seu design simples e marcante, trata-se de uma das mascotes mais icônicas das Copas do Mundo.

A França escolheu um galo, um de seus mais marcantes símbolos nacionais, para representar a Copa que sediou. Seu corpo é predominantemente azul, cor do uniforme francês. O nome é criativo: uma mistura de “football” com “Asterix”, o mais famoso personagem de desenho animado francês. O personagem foi o vencedor de um concurso promovido pela Federação Francesa de Futebol.

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2002

2010

Kaz, Ato e Nik (Coreia do Sul e Japão)

Zakumi (África do Sul) A Copa de 2002 foi a única da história cuja sede foi dividida entre dois países. Os organizadores inovaram também na mascote: pela primeira vez, foram usados três personagens. As criaturinhas futurísticas representaram a competição, realizada nos maiores polos tecnológicos do mundo, mas não foram bem aceitas pelo público. Isso devido à falta de identidade das mascotes, que não usavam nenhum assessório que as remetessem ao seu país de origem. Os nomes foram escolhidos por meio de uma votação pela internet, método que se repetiu em 2012, na escolha da mascote brasileira para o torneio de 2014.

2006 Goleo VI (Alemanha)

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Depois do futurístico trio oriental de 2012, a Alemanha voltou às origens ao escolher uma mascote pra lá de tradicional. Assim como os ingleses fizeram em 1966, os alemães, 40 anos depois, elegeram um leão para representar seu país.A diferença é que a mascote alemã é um bicho de pelúcia, não um desenho animado. O nome Goleo vem da junção de “gol” com “leo”, latim para leão. Goleo era acompanhado por uma bola falante, apelidada de “Pille”, palavra coloquial para “bola de futebol” em alemão. O fato de o leão não usar calças desagradou à parcela conservadora da população alemã. Mas, apesar da polêmica, Goleo foi eleito a mascote preferida da história das Copas pelos usuários do site oficial da FIFA.

A mascote da primeira Copa do Mundo realizada em um país africano foi um leopardo. O personagem tingiu os pelos de verde para se camuflar melhor no campo de futebol. Zakumi nasceu em 16 de junho de 1994, data em que a África do Sul se tornou uma república democrática. Simbolicamente, Zakumi representa a ainda adolescente democracia sul-africana, cheia de energia, mas que ainda tem muito a amadurecer. O nome também não é aleatório: ZA é a sigla oficial para África do Sul e KUMI é a palavra que designa o número 10 (ano em que o evento foi realizado) na maioria das línguas locais do país. O lucro obtido com estratégias de merchandising utilizando-se a mascote chegou aos 3 bilhões de dólares. A quantia é 1.500 vezes maior do que a arrecadada 44 anos antes, quando foi adotada a primeira mascote de Copa de Mundo.


2014 Fuleco (Brasil)

Fuleco. Este é o nome do tatu-bola, mascote da Copa-2014, que será realizada no Brasil. O resultado da votação popular, realizada pelo site da Fifa (Federação Internacional de Futebol), foi divulgado para o Brasil, em um programa televisivo. A palavra formada pela união de futebol e ecologia foi escolhida por 48% dos votos. Ao todo, foram computados cerca de um milhão e 700 mil votos.

Zuzeco (mistura de azul e ecologia) e Amijubi (união de amizade e júbilo) eram as outras opções de nome e ficaram com 31% e 21 % dos votos, respectivamente. Foi o departamento jurídico da Fifa quem escolheu esses três nomes como candidatos a batizar a mascote da Copa-14. Como regra na definição de todos os símbolos e nomes relacionados ao Mundial, a Fifa

precisa ter a garantia do registro das marcas nos cinco continentes. Por isso, os advogados da entidade fizeram uma varredura em departamentos de proteção a marcas e patentes pelo mundo. A lista inicial tinha 450 opções, nomes criados por uma agência publicitária brasileira. A empresa, que não teve o nome revelado, precisou pensar em opções que remetessem à ecologia, um pedido da Fifa. A entidade pretende usar o fato de o tatu-bola correr risco de extinção para associar o Mundial de 2014 à defesa do ambiente. O problema é que não poderiam ser nomes óbvios, justamente por questões de registro. No pedido à agência recrutada, a Fifa ressaltou a necessidade das opções serem distintas e únicas. Para chegar às três opções, o departamento jurídico da Fifa fez o pente-fino nos 450 primeiras nomes e concluiu que somente 13 poderiam ser registrados sem a oposição de ninguém. Essas foram apresentadas a uma comissão formada pelo ex-jogador Bebeto, membro do COL, pelo músico Arlindo Cruz, que canta o tema em homenagem à mascote, pela escritora Thalita Rebouças, pelo publicitário Roberto Duailibi e pela cantora Fernanda Santos. Eles classificaram seus preferidos do primeiro ao 13º. Ainda assim, o último passo foi dado pelo departamento jurídico da Fifa, que fez nova avaliação para definir as três opções mais votadas que poderiam ser registradas sem problemas. Então chegou às opções. A transformação do tatu em bola, como mecanismo de defesa, foi o gancho utilizado para mostrar à Fifa que seria interessante ter a espécie como mascote. meta Julho 2013

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Garrincha O craque torto que deu ao seu país grandes alegrias

Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico

e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho. Carlos Drummond de Andrade

POR BRUNO CORREIA FOTO ARCEVO HISTÓRICO

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uas pernas formavam um arco. A esquerda, onde a deformação era mais notável, tinha 6 centímetros mais que a outra. Já era um milagre que andasse. Inadmissível que jogasse futebol. É inacreditável que logo no segundo treino, torto e desajeitado nos seus dezenove anos, desse meia dúzia de dribles. Ao término do treino o próprio Nilton Santos recomendou aos dirigentes a contratação do jovem de pernas tortas. Seu primeiro jogo foi contra o Bonsucesso onde marcou três gols e o Botafogo venceu a partida por 6 x 3. A partir daí todos foram percebendo que Garrincha não era apenas um jogador habilidoso, era também um grande goleador. Assim se iniciou a grande trajetória desse ídolo. Cresceu como todo menino do interior. Feliz e despreocupado, tinha nas caçadas de passarinho, na pescaria e no “jogo de bola” o seu divertimento. Melhor, tinha seu universo. Amava, de fato, a liberdade. Ser livre como os passarinhos parecia o seu destino... por sinal, trágico destino. Garrincha, muitas vezes tratado como mito, também é um homem de carne e osso, que viveu seus sonhos e encantou a todos que acompanharam o seu futebol. Seus maiores objetivos eram “jogar bola” e “fazer sexo”. Fez sexo e fez muitos filhos. A sua mulher Nair lhe deu oito mulheres. A vida de Nair e Garrincha foi um conviver sem troca, a não ser nos momentos da procriação. Abandonada, virou mártir. Mas não deixou de exigir e receber tudo que pediu a Garrincha quando este a deixou para viver com Elza Soares. Foi correto com Nair, saindo de casa praticamente com nada. Não foi poupado pela imprensa, pelos fãs e pela sociedade conservadora, que via no seu ato um desrespeito à instituição familiar. Garrincha saiu de casa, mas não deixou de estar presente

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quando necessário. Não foi um bom pai, e isso não se deve ao seu insaciável desejo sexual, mas sim, e desde muito cedo, ao seu gosto pela bebida. . A década de 60 é a era do apogeu e, paradoxalmente, a do princípio da decadência. É também o período em que Garrincha vive o único amor de sua vida. A chegada de Elza em sua vida é um momento mágico, e a Copa de 1962 é, sem dúvida, a copa do amor. Garrincha prometeu a copa para Elza Soares e a ela a ofereceu, depois de sua maior atuação como jogador. Não se pode esquecer que Mané jogou por dois no Chile. Pelé se contundiu logo no início da competição e Garrincha ocupou o espaço deixado pelo companheiro e continuou ponta-direita. Fez tudo que precisava fazer no seu posto e foi ainda infernizar a vida dos zagueiros como centro-avante, meia-esquerda, etc., etc. Estava como nunca motivado, Era o Garrincha estimulado pelo homem Manuel dos Santos, cujo coração transbordava de felicidade pela aproximação de sua nova musa. Tudo o que parecia mais uma aventura espetacular de Garrincha, no entanto, passou a ser um dos mais belos casos de amor do século XX. Indiscutivelmente, o verdadeiro amor de Garrincha foi por Elza Soares. Ela foi, além de sua grande parceira, um suporte nos seus momentos de embriaguez e depressão. Nunca lhe faltou como companheira e com ele ficou até os momentos em que o alcoolismo o transformou em um homem violento Entre a história e a lenda, entre o Garrincha de dezenove anos do Botafogo e o de 38 do Olaria, acentuou-se dramaticamente a linha que separa a realidade da ficção. É a mesma linha que divide quase vinte anos de glórias e humilhações, de baixezas e desprendimento, de heroísmos e ingenuidade. É a linha que Mané, com seus dribles impossíveis e sua imaginação de criança, jamais respeitou.


Troca de carinhos com sua segunda esposa, Elza Soares

A ESTRELA “[...] o pequeno Garrincha não teve patinete, velocípede ou pistola d’água como muitas crianças do seu tempo. Também nunca o obrigaram a usar roupinha de marinheiro. Em compensação, teve todas as peladas com que sonhou e mais algumas. Nos anos 40, quando o futebol era como uma segunda natureza para toda a Nação, o kit de sobrevivência de qualquer menino brasileiro incluía a bola. Mas só os meninos ricos tinham acesso às maravilhosas bolas Superball, de couro marrom, número cinco, que eram usadas nos jogos de verdade. Os outros precisavam improvisar. A primeira bola que Garrincha chutou era de meia, feita com uma meia velha de seu tio Mané Caieira, recheada com pano e papel de embrulho e costurada na boca. Havia ainda as bolas de bexiga e Garrincha chegou a fabricar a sua, soprando uma bexiga de cabrito e dando nó na tripa. E também não era de couro a primeira bola que ganhou”.

O futebol mudou muito nas últimas décadas, as equipes eram formadas pelo goleiro, os zagueiros, a “linhamédia” e os avantes. Com pequenas variações isso se manteve até o chamado “carrossel holandês” da Copa de 74. A partir de então as variações foram infinitas e todos nós nos acostumamos com a idéia de que um camisa 7 pode ser zagueiro ou “meio-campista”. Mané Garrincha, no entanto, foi camisa 7, o grande especialista da ponta-direi-

ta. Nos tempos em que brilhava a Estrela Solitária do Botafogono seu peito, às suas costas estava um reluzente 7 a indicar sua posição: ponta-direita. E, como ele, quantos foram os camisas 7 famosos. A partir daí... Não hámais pontas-direitas, surgiram os alas, os laterais ofensivos, etc., etc...Talvez o livro de Ruy Castro Estrela Solitária – um Brasileiro chamado Garrincha – tenha, acima de tudo, o papel de contar para as novas gerações que houve uma históriabem diferenciada do nosso mundo futebolístico e até,

Garrincha em um jogo pela seleção brasileira meta Julho 2013

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Assim como Pelé, ganhou 2 copas do mundo pela seleção, em 58 e 62

PODE-SE DIZER, QUE HOUVE NO FUTEBOL BRASILEIRO UMA ÉPOCA A.G. E OUTRA D.G., ISTO É, ANTES E DEPOIS DE GARRINCHA

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pode-se dizer, que houve no futebol brasileiro uma época a.G. e outra d.G., isto é, antes e depois de Garrincha, Manuel dos Santos– o Mané Garrincha –, figura emblemáticade nosso futebol vencedor e da nossa marcaregistrada de jogar. Havia, ao mesmo tempo, seriedade e respeito pelos adversários, irreverência e um pouco de deboche. E quandoa “coisa” estava muito preta para a equipebrasileira – nos campeonatos sul-americanos ou mundiais – sempre se podia esperar um lance de genialidade de um de nossos jogadores e, numa jogada individual, o problema se resolvia. Garrincha foi um desses gênios que deu vitórias ao Botafogo e à nossa seleção por não seguir as recomendações dos treinadores ou por ousar com suas jogadas sempre genialmente iguais e que desconcertavam qualquer “João” que o marcasse.

Seu primeiro jogo profissional foi contra o Bonsucesso onde marcou três gols e o Botafogo venceu a partida por 6 x 3. A partir daí todos foram percebendo que Garrincha não era apenas um jogador habilidoso, era também um grande goleador. Durante a sua permanência no Botafogo marcou 242 gols em 614 jogos, tornando-se o terceiro maior artilheiro do clube em todos os tempos. Foi campeão mundial pelo Brasil em 58 e 62. Garrincha pelas suas magníficas apresentações passou a ser chamado de Alegria do Povo. Os dribles de Garrincha levaram o Botafogo ao Título Carioca em 57 na vitória de 6 x 2 sobre o Fluminense. Na copa de 58 de pois do empate contra a Inglaterra, Nílton Santos, Bellini e Didi exigiram a escalação de Garrincha contra a União Soviética. Em poucos minutos, Garrincha mudou toda a história do jogo. O Brasil venceu por 2x0, gols de Vavá, mas o grande herói foi Garrincha. O Brasil foi campeão do mundo em 58 e bi quatro anos depois, em Santiago do Chile. Nesta Copa, Pelé saiu no segundo jogo contra a Tchecoslováquia e não voltou mais a jogar no campeonato. Então Garrincha foi ponta, artilheiro, marcando gol de cabeça, de pé esquerdo e de falta. Mesmo com febre, desmantelou a mesma Tchecoslováquia, agora na final, por 3x1. Em sua volta ao Rio, arrasou o Flamengo na final em que o Botafogo chegou ao bicampeonato carioca de 1961 e1962.

EM FAMÍLIA A triste sorte de Garrincha, nessa época, não chegou a surpreender ninguém. João Saldanha, técnico do Botafogo em 1957, ano em que Garrincha ganhou seu primeiro campeonato pelo time, lembra o episódio do “tal de Nílton Santos” como sintoma muito claro de sua alienação e do que estava para acontecer. Garrincha, diz ele, não é um poeta: “É um primitivo, um matuto, meio índio,


meio selvagem, criado num submundo de miséria e ignorância, um lugar atrasado onde nem o trem parava”. Esse fim de mundo, Pau Grande, não tinha cinema, nem cartório, nem mais nada. Mané Garrincha nasceu ali, quarto filho de uma família numerosa e marcada pela tragédia. O pai, guarda, morreu de cirrose. Uma irmã, Teresa, morreu aos catorze anos de barriga d’água. Outra, ao cair de um caminhão num dia de festa, e o filho desta, agora com dezesseis anos, perdeu uma perna quando caiu de um trem. Garrincha estudou até o segundo ano primário e, como todo mundo no lugar, foi trabalhar na fábrica. Carregava carrinhos de pano enquanto sua namorada, Nair, já era qualificada como

GARRINCHA É CONSIDERADO POR MUITOS O JOGADOR MAIS IMPORTANTE DAS COPAS, SUPERANDO ATÉ PELÉ

Pelé e garrincha se abraçam antes de um confronto entre seus times

tecelã. Ela lhe dava cigarros, frutas, amendoim. Ele deu o troco que podia dar e os dois se casaram em 1953 (ele com dezenove, ela com dezesseis anos) já com a primeira filha encomendada. Além de Teresa, viriam outras sete para encher a casa de três quartos, sala, cozinha e banheiro, presente da fábrica quando Garrincha ganhou a primeira Copa.

SACO SEM FUNDO Nem sempre a vida foi tão dura para dona Nair (sua primeira esposa) e suas filhas. Garrincha, como tantos personagens famosos e folclóricos, literalmente nadava em dinheiro em 1958, quando veio da Suécia campeão do mundo. Bebeu para valer (cachaça e batida de limão) em Pau Grande, jogou pelada com Suingue e Pincel e entrou no armazém de seu Joaquim com uma sacola de dinheiro, pagando em dólar todas as contas em atraso dos moradores de Pau Grande. Mais tarde, ao procurar um banco, levava a mala de lona que ganhara da companhia aérea e de dentro dela tirou pacotes de dinheiro amarrados com barbante e notas remendadas com esparadrapo. Havia cheques de mais de um ano idade e Garrincha contou que foram encontrados entre os brinquedos de suas filhas. Era um louco, deliciosamente irresponsável. Quando perdeu a forma passou a ser apenas irresponsável. As histórias sobre o que Garrincha deixou que lhe roubassem formam o saco sem fundo de sua infeliz vida financeira. Não parecia preocupar-se com isso, na época. Tinha amigos, contava com eles. Em 1959, por exemplo, o Botafogo não queria pagar-lhe 80.000 cruzeiros velhos por mês porque um dos diretores do time, engenheiro, dizia que nem ele ganhava tanto, embora também não fosse um Garrincha na sua profissão. O Botafogo pagou 78.000 cruzeiros. Os dois restantes saíram dos bolsos do técnico Saldanha e de Renato Estelita, responsámeta Julho 2013

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O famoso drible e arrancada. A alegria do povo

vel pela política de profissionalismo que manteve no clube jogadores como Garrincha, Nílton Santos, Didi e Amarildo. Nas vésperas da Copa de 1962, dirigentes do Botafogo apressaram a renovação de seu contrato, antes que ele se valorizasse. Deram a Garrincha 120.000 cruzeiros velhos de ordenados, 3 milhões em luvas e um terreno sem valor em Saquarema. Radiante, ele chegou a agradecer ao clube pelo grande negócio.

A DECADÊNCIA Ele já era campeão carioca pelo Botafogo duas vezes (em 1957 e 1961), ganhou o Torneio Rio-São Paulo em 1962, além das duas copas. Era a época em que o Botafogo considerava “normal, da personalidade dele”, que Garrincha fosse

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a Pau Grande jogar pelada com amigos. Quando o joelho começou a doer, depois de 1963, o Botafogo reclamou pelos longos períodos que Garrincha passava em tratamento. Foi operado meniscos naquele ano e, como o médico era de fora, o clube não quis pagar. No ano seguinte, com os jogadores “come e dorme” (os que moram no clube e treinam sem grandes esperanças de chegar a algum lugar), perdera o posto de titular e era multado em 50% do salário por se recusar a excursionar pelo interior (“Se não sou titular no Maracanã, não sou titular em nenhum outro lugar”, defendia-se ele). Já era chamado de “moleque” no próprio boletim do clube, numa nota assinada pelo diretor de propaganda. Da lenda, então,

restava só a lembrança. Garrincha já saíra das gírias esportivas para as manchetes dos jornais de escândalo, encantados com a notícia de que ele deixara a mulher e oito filhos em Pau Grande para viver com a cantora Elza Soares (com quem casou em 1966, na embaixada da Bolívia), e as notícias sobre suas dívidas cresciam como só os rumores sabem crescer. Não bastava, assim, que Garrincha não tivesse nada. Era necessário que ele, quase derrotado, ainda ficasse devendo.

O FIM Os últimos suspiros foram um espelho de todo o pós-auge. Findado o período de glórias, em meados de 1962, 1963, deu-se início à decadência. Um dos


PRINCIPAIS PASSOS DO CRAQUE

Bota-fogo

614

Flamengo

15

Corinthians

Brasil

20

60

partidas

partidas

partidas

partidas

245

4

13

16

gols

gols

gols

gols

É considerado por muitos o maior jogador da história do time, 95% de seus jogos foram pelo Bota-fogo

Bi-campeão mundial, perdeu apenas 1 jogo pela seleção, jogando ao lado de Pelé o Brasil nunca sofreu uma derrota.

MANUEL. GARRINCHA JAMAIS SERÁ ESQUECIDO. DE QUALQUER FORMA, UM TRISTE FIM PARA QUEM ERA CHAMADO DE “A ALEGRIA DO POVO”

maiores ídolos da história deste país fraquejou. Garrincha tirou a própria vida sem cometer suicídio. Parou num adversário mais duro que qualquer marcador. O único capaz de contê-lo. Na dividida com o álcool sobrou para Mané. Manuel Francisco dos Santos cumpriu os últimos anos de vida pobre. Quase esquecido. Agonizou na cachaça mergulhado numa condição de vida precária. Seus últimos dias foram todos regados a álcool, perambulando de bar em bar pela vizinhança, em Bangu, onde morava numa casa alugada pela Confederação Brasileira de Futebol. Bebeu

do domingo, 16, até 19 de janeiro de 1983: uma quarta-feira mais cinza que qualquer outra. O corpo sucumbiu aos excessos. Ficou a história. Eterna. Não há vício. Desleixo que consiga apagar. Manuel definhou praticamente invisível. Manuel. Garrincha jamais será esquecido. De qualquer forma, um triste fim para quem era chamado de “a alegria do povo”. O mundo ficou mais triste. Sem a irreverência, o sorriso puro de Mané. Hoje, os dribles desconcertantes são apenas boas lembranças. E quantos foram. Mané tinha o dom de fazer a bola sorrir. meta Julho 2013

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Le Trésor de Paris Da criação até os dias atuais, o “Tesouro de Paris” move de milhares a milhões de torcedores pelo mundo. A história peculiar em trajetória ascendente faz do Paris Saint-Germain um dos times mais carismáticos da atualidade.

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P

aris,

12 de Agosto de 1970. É fundado o Paris Saint-Germain. Em seus 43 anos de história, o PSG passou por altos e baixos, mas as oscilações do futebol não diminuíram a influência do clube sobre o futebol francês, nem sobre o futebol mundial. Entretanto, talvez mais relevante do que a pre-

O PSG é fruto da iniciativa de 20.000 cidadãos parisienses mobilizados para que a capital tivesse uma grande equipe sença no esporte, seja o papel da equipe na realidade parisiense, a começar por sua fundação, fruto de uma iniciativa de vinte mil cidadãos mobilizados para que Paris tivesse uma grande equipe. Vale ressaltar a presença de jogadores brasileiros, como Raí, Romário e Ronaldinho Gaúcho, que marcou a trajetória do

time. Reflexos são o website oficial do clube estar disponível nos idiomas Francês, Inglês e Português, apenas; além de o elenco atual contar com cinco brasileiros – sendo cinco a cota de jogadores não europeus por partida –, e o Diretor de Futebol do clube ser ninguém menos do que o tetra-campeão Leonardo.

Fondation PSG Fora dos gramados, um dos trabalhos mais relevantes do Paris Saint-Germain é a Fondation PSG, uma fundação integrada à política esportiva do clube que visa consolidar o clube da capital na região de Ile-de-France, utilizando todos os seus recursos na área da ação social.

Beckham recebe crianças de hospital local A Fondation PSG convidou 15 crianças do centro hospitalar de Poissy Saint-Germain para assistirem ao treinamento da equipe. Elas foram agraciadas ainda com a visita de Nasser Al Khelaïfi e David Beckham.

Os comandados de Carlo Ancelotti, que retornaram de Barcelona na noite de ontem, se apresentaram esta quinta-feira à tarde no centro de treinamentos. Os trabalhos foram observados de perto por um grupo de 15 jovens torcedores, convidados pela Fondation PSG. Oriundas de Île-de-France, região administrativa onde está localizada Paris, as crianças puderam assistir ao treinamento da equipe profissional do PSG e ainda receberam a visita de Nasser Al Khelaïfi, presidente do clube e da Fundação, que os convidou para assistir a

Segundo o Presidente Nasser Al-Khelafi, “a Fondation PSG favoriza a implementação do clube em Ile-de-France e o aproxima dos cidadãos da região. É um trabalho realizado todos os dias e que estabelece laços estreitos com as várias esferas do futebol e comunidade locais. Mas, acima de tudo, é um projeto que ultrapassa as fronteiras do esporte e do futebol...

uma partida no Parc des Princes. Para alegrar ainda mais o dia dos torcedores mirins, quem também apareceu foi o craque David Beckham. O inglês deu presentes a cada um deles, incluindo camisas autografadas, e posou para uma foto com o grupo. Foi um momento único para os meninos, que guardarão o encontro na memória para sempre, como destacou o jovem Aboucabar: “Vivi

...demonstrando a importância que têm para o clube ações nos campos da educação, da solidariedade e do respeito das diferenças”

um sonho, é fantástico os jogadores dedicarem esse tempo para nós.” Em seguida, o grupo teve a chance de cruzar com os demais jogadores, que já haviam terminado o treinamento e autografaram cartões e camisetas.

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Linha do tempo

1990–2000 A temporada 1990/91 foi crucial para o Paris Saint-Germain. Nos bastidores, o clube buscou apoio externo para lidar com sérias dificuldades financeiras. Depois de se tornar uma associação por decisão da Assembleia Geral do dia 13 de dezembro de 1990, o PSG concluiu um acordo com a prefeitura de Paris e o Canal Plus em maio de 1991, passando, então, a ser uma sociedade anônima com fins esportivos presidida por Pierre Lescure. Já a presidência da Associação PSG foi assumida por Bernard Brochand. A sociedade anônima e a associação nomearam Michel Denisot como vice-presidente adjunto da entidade. Logo depois, ele passaria a presidente-adjunto. Modernizado e dirigido pelo experiente treinador Artur Jorge, o PSG voltou a ter ambição. O time traçou como objetivo principal e imediato a classificação para um torneio continental. A estratégia deu certo, o clube ganhou força e fez uma brilhante temporada 1992/93, chegando à semifinal da Copa da UEFA, conquistando a Copa da França e sagrando-se

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vice-campeão francês. A ótima fase do PSG continuou na temporada 1993/94, com a conquista do bicampeonato nacional e um novo recorde de partidas invictas na primeira divisão francesa (27). Em março de 1993, o clube conquistou uma histórica vitória por 4 a 1 sobre o Real Madrid no jogo de volta das quartas de final da Copa da UEFA. O futuro da equipe parisiense se mostrava promissor. Para a temporada 1994/95, o PSG contratou o técnico Luis Fernandez, jogador emblemático do clube durante os anos 1980. A equipe logo mostrou a sua força na Liga dos Campeões da UEFA, acumulando dez partidas sem derrota. No entanto, o time caiu nas semifinais diante do então campeão Milan, após seduzir os torcedores europeus e eliminar equipes de prestígio como Barcelona e Bayern de Munique. O bom desempenho entusiasmou os Bleu et Rouge, que conquistaram a primeira edição da Copa da Liga e venceram a Copa da França pela quarta vez na sua história.

O PSG comemorou o seu 25º aniversário na temporada 1995/96 em busca de novos desafios. Depois de três semifinais consecutivas, a ambição do clube era vencer uma competição continental pela primeira vez. Após passar por Celtic, Parma e La Coruña na Recopa Europeia, a equipe francesa chegou a Bruxelas no dia 8 de maio de 1996 para enfrentar o Rapid Viena, da Áustria, na final. Os parisienses conquistaram o seu primeiro título europeu ao vencerem a partida por 1 a 0, gol de Bruno Ngotty. A temporada 1996/97 foi marcada pela chegada do treinador brasileiro Ricardo Gomes, auxiliado por Joel Bats na comissão técnica. Apesar do rejuvenescimento da equipe, o PSG conseguiu chegar novamente à final da Recopa, disputada contra o Barcelona de Ronaldo. Além disso, o clube terminou o Campeonato Francês na 2ª colocação, classificando-se para a Liga dos Campeões. Em 1997, o clube passou por uma mudança no seu quadro de acionistas. Após um aumento de capital que reforçou a sua posição financeira (Assembleia Geral Extraordinária de 21 de abril de 1997), a entidade passou a ser controlada pelo Canal Plus (56,7% das ações), a Associação PSG (34%) e pessoas físicas minoritárias (9,3%). Na temporada 1997/98, o PSG foi eliminado antes das quartas de final da Liga dos Campeões, dado o ritmo de jogos, com pouco tempo de recuperação. No Campeonato Francês, o clube também realizou uma campanha sem brilho. Mesmo assim, o ano terminou com dois troféus levantados pelo capitão Raí: a Copa da França e a Copa da Liga. Passagem inesquecível do brasileiro. A temporada seguinte foi de mudanças dentro do clube. Após sete anos como presidente, Michel Denisot passou o cargo a Charles Bietry, que exercia a presidência do departamento esportivo do PSG desde 1992. O ex-diretor do departamento de esportes do Canal


Plus nomeou como técnico da equipe principal o ex-jogador Alain Giresse, que integrara o famoso quadrado mágico da seleção francesa ao lado de Michel Platini, Jean Tigana e Luis Fernandez. A eliminação prematura ainda na primeira fase da Recopa Europeia e um início de Campeonato Francês difícil derrubaram o treinador, substituído em novembro por Artur Jorge e Denis Troch, cuja missão era fazer o clube voltar a crescer. Um mês depois, Bietry transmistiu a presidência a Laurent Perpere, então diretor financeiro do Canal Plus, que nomeou Jean-Luc Lamarche, ex-Lens, como diretor esportivo do PSG. No entanto, a equipe não conseguiu voltar ao topo e, após a dupla eliminação na Copa da França e na Copa da Liga, Artur Jorge deixou o cargo em meados de março. Ele foi substituído por Philippe Bergeroo, que até então era responsável pela preparação de goleiros e havia sido membro da comissão técnica da seleção da França campeã do mundo em 1998.

Depois de salvar o clube do rebaixamento ao final da temporada, Bergeroo começou a trabalhar com a equipe que ele mesmo havia montado. Foram trazidos bons reforços, mas a temporada anterior deixara vestígios e as ambições do PSG foram revistas. Os jogadores de Bergeroo começaram bem, e um verdadeiro time foi surgindo. O apetite cresceu e o Paris Saint-Germain

se classificou para a Liga dos Campeões. As contratações fizeram os torcedores terem esperanças para a temporada seguinte, a primeira do século XXI.

2000–2001

2001–2002

Anelka, Luccin, Dalmat: a nova geração do futebol francês tinha tudo para levar o PSG ao topo. Depois de um início bem sucedido, especialmente sob a liderança da excelente dupla de atacantes formada por um Laurent Robert cheio de vigor e um Anelka aproveitando todas as oportunidades, o PSG acabou tropeçando no meio da temporada. Depois de uma derrota por 5 a 1 em visita ao Sedan, no início de dezembro, o técnico Philippe Bergeroo foi substituído por Luis Fernandez. O nome do treinador espanhol já vinha sendo gritado nas arquibancadas do Parc de Princes há alguns jogos. Ao chegar, ele dispensou alguns jogadores e contratou outros. Entre eles, o jovem espanhol formado no Barcelona Mikel Arteta, o zagueiro da seleção argentina Mauricio Pochettino e Didier Domi, de volta ao clube onde iniciou a carreira. Seis meses mais tarde, o PSG terminava o Campeonato Francês em 9º lugar. Durante o verão europeu, o time conquistou uma inesperada vaga na Copa Intertoto, graças à desistência de alguns clubes espanhóis. Vale destacar ainda a boa campanha parisiense na Liga dos Campeões da UEFA, interrompida, no entanto, pela infeliz virada sofrida contra o La Coruña. Mesmo assim, Fernandez conseguiu reunir uma equipe ambiciosa e unida ao qual se juntariam novos jogadores, como Cristóbal, Aloísio, Heinze e, principalmente, Ronaldinho Gaúcho O craque brasileiro defenderia as cores do PSG no campeonato do ano seguinte. Depois de 3 temporadas sem títulos, clube e torcida tinham sede de vitória.

Com a ascensão do craque Ronaldinho (13 gols e sete assistências na sua primeira temporada na França) e uma defesa forte (a melhor do campeonato, com 24 gols sofridos), o time da capital classificou-se para a Copa da UEFA ao terminar o Campeonato Francês na 4a colocação. Após o fracasso da sua política de rejuvenescimento da equipe, o técnico Luis Fernandez investiu em jogadores talvez um pouco menos conhecidos, mas de um profissionalismo inquestionável. No vestiário parisiense, a mudança foi radical, com o espanhol Cristóbal e os argentinos Heinze e Pochettino trazendo o rigor e o bom humor necessários para um grupo em plena renovação. No entanto, as atuações do PSG nas diferentes competições foram um pouco decepcionantes. O time deixou escapar a vaga nas oitavas de final da Copa da UEFA; na Copa da França, caiu nas quartas de final. Já na Copa da Liga, a equipe parisiense foi eliminada nas semifinais. Outra decepção foi o ataque formado por Aloísio e Alex. A antiga dupla infernal, que atingiu o seu auge no Saint-Étienne, não conseguiu encontrar o entrosamento que a fazia penetrar nas defesas adversárias. Apesar disso, a temporada foi boa no Campeonato Francês e o PSG conseguiu atingir o seu principal objetivo, que era a vaga na Liga dos Campeões da UEFA. Ronaldinho terminou o ano com a conquista do título de campeão mundial com a Seleção Brasileira, deixando o torcedor parisiense otimista para a próxima temporada.

Para Ronaldinho Gaúcho, a passagem pelo PSG foi possivelmente o maior trampolim de sua carreira, tanto pela exposição internacional quanto pelo amadurecimento em campo meta Julho 2013

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2002–2003

2003–2004

2004–2005

Todo

Após uma temporada discreta, em que uma equipe promissora terminou apenas na 9ª colocação do Campeonato Francês, reformulou-se a diretoria. As esperanças de reação foram depositadas na dupla formada pelo presidente Francis Graille e pelo técnico Vahid Halilhodzic, que assumiu o comando do Paris Saint-Germain com a missão de estabilizar o clube, tanto dentro quanto fora de campo. Com a transferência de Ronaldinho para o Barcelona, os novos dirigentes reforçaram o time com nomes de peso. Pauleta veio do Bordeaux, enquanto Sorín chegou por empréstimo. Formada a equipe titular, o PSG passou a contar com um flanco esquerdo argentino, no qual Heinze e Sorín conquistariam os torcedores pela insaciável sede de vitória. À direita, Fabrice Fiorèse faria uma grande temporada, enquanto no ataque Pauleta anotaria 18 gols ao lado de Danijel Ljuboja. Embora os torcedores tenham ficado apreensivos com a saída de Ronaldinho, a temporada 2003/2004 terminou com o melhor desempenho do PSG em quase dez anos. O clube conquistou a Copa da França ao vencer o Châteauroux por 1 a 0 na final e ficou em segundo lugar na Ligue 1, três pontos atrás do Lyon. O objetivo então passou a ser a continuidade desse belo início de trabalho, mas as saídas de Déhu ao final da temporada e, mais tarde, de Fiorèse, além da decisão de não exercer o direito de compra de Sorín, lançaram uma nuvem de incerteza sobre o Parc des Princes.

Após a fantástica primeira temporada do novo PSG, comandado pela dupla Graille-Halilhodzic, todos esperavam um segundo ano igualmente vencedor para o clube, mas as expectativas foram rapidamente frustradas. O trabalho do técnico Halilhodzic passou a ser questionado quando o time terminou a sexta rodada do Campeonato Francês na zona de rebaixamento. A saída de jogadores importantes, como Déhu, Heinze, Sorín e Fiorèse, deixou no elenco parisiense um grande vazio, que as novas contratações tiveram dificuldades para preencher. Ao longo da temporada, porém, os resultados positivos apareceram. Na memória dos torcedores ficaram a vitória espetacular por 2 a 0 sobre o Porto, então campeão europeu, assim como o sétimo e o oitavo triunfos consecutivos contra o rival Olympique de Marselha, pelo Campeonato Francês e pela Copa da Liga. Como sempre, o Paris Saint-Germain não vacilou nos grandes duelos, mas isso não foi suficiente para salvar a temporada. Prejudicado pelo constante confronto entre dirigentes e torcedores, o ano logo se transformou em pesadelo para os jogadores. Com o time estacionado na parte inferior da tabela, o técnico Laurent Fournier foi chamado para salvar o clube do coração e rapidamente começou a somar bons resultados. Eliminado de todas as competições, o PSG fechou o Campeonato Francês na metade superior da classificação. O 9º lugar não foi suficiente para garantir uma nova participação do clube em competições continentais, mas deixou os dirigentes otimistas para a temporada que estava por vir.

PSG no alto da Ronaldinho se adaptou muito bem ao futebol francês e foram feitas contratações criteriosas para suprir as carências do time. No entanto, a temporada foi catastrófica. Diversos problemas internos agitaram a vida no clube, que viveu altos e baixos em 2002/2003. Na 13ª rodada do campeonato nacional, a equipe poderia inclusive ter assumido a liderança. No fim, terminou na 11ª colocação — o pior desempenho do Paris Saint-Germain em 15 anos. Em março, o time conseguiu evitar que a crise se agravasse ainda mais ao receber o Troyes no Parc des Princes. Descontente com os resultados, a torcida estava em greve. Após meia hora de bola rolando, o PSG perdia por 2 a 0. Uma calorosa discussão ecoou no estádio e deu início à volta por cima do Bleu et Rouge, que acabou vencendo por 4 a 2. Na final da Copa da França, última chance de classificação para um torneio continental, o clube perdeu para o Auxerre por 2 a 1 no Stade de France após a expulsão de Hugo Leal, autor do gol. Mesmo nos momentos mais delicados, porém, a equipe se superou diante dos principais adversários. Bordeaux, Auxerre, Monaco e Lyon sucumbiram à pressão parisiense no Parc des Princes. Contudo, o que ficou na memória do torcedor foram as três vitórias sobre o rival Olympique de Marselha, uma delas em pleno Estádio Vélodrome, a primeira em quase 20 anos. No total, o PSG marcou oito gols, sofrendo apenas um do arquirival marselhês. mundo via o

tabela,

Apostando em nova diretoria, os apaixonados pelo clube da capital francesa esperavam que ele renascesse das cinzas para que a temporada 2003/2004 não se parecesse a nenhuma outra 32

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2005–2006

2007–2008

2008–2009

No início da temporada, o objetivo do PSG era terminar entre os três primeiros colocados da Ligue 1, ambição que se verificou de acordo com os resultados dos primeiros meses de competição. Após uma estreia de gala contra o Metz no Parc des Princes (4 a 1), o Paris Saint-Germain chegou a liderar o campeonato na quarta rodada. Até novembro, a equipe manteve-se entre os três primeiros. Infelizmente, porém, alguns resultados negativos, sobretudo fora de casa, lançaram o time de Laurent Fournier tabela abaixo durante dois meses. O presidente do clube, Pierre Blayau, tomou então a decisão de trocar de treinador durante o recesso de fim de ano, na esperança de ver a equipe reagir no segundo turno do campeonato. As rédeas do PSG foram confiadas a Guy Lacombe, que, apesar da 9ª colocação na Ligue 1, levou os Rouge et Bleu à final da Copa da França contra o Olympique de Marselha. Com um triunfo por 2 a 1 sobre o favorito ao título, o clube da capital conquistou o torneio pela sétima vez na sua história, superando o Saint-Étienne (6) no ranking de maiores vencedores da Copa da França e garantindo, de quebra, o direito de disputar a Copa da UEFA na temporada seguinte.

Após uma temporada difícil, o PSG só pensava em dar a volta por cima. O começo de campeonato, no entanto, não correspondeu às expectativas, com o time somando apenas quatro pontos nas cinco partidas iniciais. A primeira vitória viria apenas na sexta rodada, com um 2 a 0 sobre o Le Mans fora de casa, resultado que permitiu ao PSG tomar fôlego antes de iniciar a sua longa briga contra o rebaixamento. Incapaz de superar os adversários no seu próprio estádio, o clube teve de esperar até o dia 13 de janeiro para recompensar o apoio incondicional dos torcedores com um triunfo por 3 a 0 sobre o Lens. Unidos em torno do técnico Paul Le Guen, os jogadores não se furtariam a enfrentar as dificuldades, erguendo a cabeça a cada novo tropeço. Curiosamente, enquanto viviam situação delicada no Campeonato Francês, os Rouge et Bleu brilhavam nos outros dois torneios nacionais, chegando a conquistar a Copa da Liga contra o Lens. O título daria impulso à incrível reação final do PSG na Ligue 1. Nas últimas quatro rodadas, a equipe somou oito pontos em 12 possíveis, fechando a campanha com uma notável vitória sobre o Sochaux. Garantido na primeira divisão e classificado para a Copa da UEFA, o PSG poderia ter fechado a temporada com o título da Copa da França, mas perdeu na final. A chegada de um novo presidente, C. Villeneuve, e de grandes reforços para a equipe, como os experientes Makelele e Giuly, bem como os promissores Hoarau e Sessegnon, anunciavam o início de uma nova era na capital francesa.

Após duas temporadas difíceis, durante as quais o PSG precisou lutar contra o rebaixamento, era hora de o clube dar a volta por cima. Para isso, a estratégia foi aliar contratações criteriosas à manutenção das referências do time. Jogadores experientes como Giuly e Makelele receberam a companhia de revelações do Campeonato Francês. E a decisão logo se revelou acertada, já que a campanha do Paris Saint-Germain foi bem melhor que as anteriores. O objetivo estabelecido no início da temporada era firmar definitivamente a equipe parisiense na porção superior da tabela, e ao mesmo tempo tentar a classificação para uma das competições continentais. No entanto, as declarações da diretoria e do técnico Paul Le Guen permaneceram modestas, já que clube e torcida lembravam dos maus resultados dos dois anos precedentes. Na Copa da Liga, o time foi eliminado na semifinal pelo Bordeaux, que meses mais tarde se sagraria campeão nacional. Na Copa da UEFA, os parisienses caíram nas quartas de final diante do Dínamo de Kiev. Já no Campeonato Francês, embora a equipe capitaneada por Makelele tenha lutado pelas primeiras colocações até a metade do segundo turno, o clube acabou terminando na sexta colocação de um certame bastante disputado. Em 2009/2010, o PSG disputaria a Ligue 1 e as duas copas nacionais sob o comando de um novo treinador. O contrato de Le Guen não foi renovado e o técnico deu lugar a Antoine Kombouaré, de volta a Paris para levar o clube ao sucesso.

A chegada de novos acionistas e do CEO Alain C. mudariam a história do PSG

A campanha de 2008 começou de vento em popa; o bom ambiente no seio de um elenco de qualidade possibilitou que o PSG chegasse longe em todas as competições de que participou meta Julho 2013

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2009–2010

2010–2011

Depois de ver a classificação à Liga Europa escapar por tão pouco, o PSG estava determinado a voltar às competições continentais já nesta temporada. Para isso, contratou G. Coupet, M. Erding e C. Jallet, enquanto Antoine Kombouaré assumiu o comando. O primeiro mês de campeonato nacional foi quase perfeito. Após quatro rodadas, o PSG ocupava a vice-liderança da Ligue 1. Contudo, uma derrota em visita ao Monaco e um empate com o Lyon na capital frearam a ascensão do clube. Pouco a pouco, o time de Kombouaré se instalou na zona intermediária da tabela e não conseguiu manter o ritmo dos primeiros colocados, embora tenha registrado belas vitórias. O clube chegou à pausa de inverno na 8ª posição. Janeiro seria um mês decisivo para as ambições do PSG, com partidas importantes pelo Campeonato Francês e o início da Copa da França. Na Ligue 1, o clube deu adeus às suas pretensões após perder nas visitas a Lille (3x1) e Lyon (2x1) e sucumbir por 1 a 0 diante do Mônaco. No entanto, o time seguiu fazendo bela campanha na segunda competição mais prestigiada do país. Após eliminar o Auxerre nas quartas de final em pleno Estádio Abbé Deschamps, a equipe azul e vermelha garantiu presença na grande decisão, disputada no Stade de France. No dia 1º de maio, o PSG derrotou o Monaco graças a um gol de Guillaume Hoarau na prorrogação. Este foi o oitavo título da Copa da França da história do Paris Saint-Germain. Com a conquista, o clube também se classificou para a Liga Europa. Na temporada 2010/2011, marcada pelo aniversário de 40 anos da equipe, o PSG disputará o Campeonato Francês, as duas copas nacionais e a Liga Europa, sempre com a meta de brigar pelas vagas da França nas competições continentais e de representar com orgulho as cores do clube.

Após

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meta Julho 2013

do pelo título com Lille, Olympique de temporada 2009/2010 o Paris Saint-Germain voltou Marselha, Lyon e Rennes, o PSG desenao cenário continental graças ao triunfo volveu um futebol vistoso que regularna Copa da França e se mostrou am- mente foi citado como exemplo. Não bicioso no ano do seu 40º aniversário. faltava quase nada para que a equipe da O técnico Antoine Kombouaré e a di- capital faturasse uma vaga na Liga dos retoria do clube montaram a equipe fa- Campeões da UEFA, mas infelizmente o zendo contratações inteligentes. Pouco elenco reduzido não segurou o ritmo da aproveitado no Lyon, Mathieu Bodmer longa temporada (65 partidas oficiais) e foi o primeiro reforço a assinar com a terminou ao pé do pódio. equipe parisiense, seguido pelo brasi- Pela Copa da Liga, o clube mostrou raça leiro Nenê, que havia brilhado com o nas quartas de final contra o Lyon e, joMonaco, e pelo lateral esquerdo Siaka gando fora de casa, arrancou uma bela Tiéné. A pré-temporada foi realizada na vitória por 2 a 1 na prorrogação. Em secidade de Aix-les-Bains e o time viajou guida, nas semifinais, sucumbiu pela difeà Tunísia para a disputa da Supercopa da rença mínima diante do Montpellier. Na França (derrota nos pênaltis diante do Liga Europa, o PSG chegou às oitavas de final depois de se classificar na chave de Olympique de Marselha). A temporada começou bem, com uma Sevilla e Borussia Dortmund, com duas vitória por 3 a 1 sobre o Saint-Étienne e vitórias sobre o time espanhol (por 1 a a classificação na Liga Europa, conquis- 0 na Espanha e 4 a 2 em Paris) e dois tada graças a triunfos por 2 a 0 e 4 a 3 empates (1x1 e 0x0) com o Dortmund, contra o Maccabi de Tel Aviv. Porém, os vencedor do campeonato alemão na planos de Kombouaré precisaram ser temporada. Por fim, de volta ao cenário revistos após uma dura derrota por 3 nacional, o PSG só não faturou a nona a 1 no campo do Sochaux. O treinador Copa da França da sua história graças a titularizou o goleiro Edel, reposicionou um golaço de Obraniak para o Lille na Sylvain Armand ao lado de Mamadou final, perdida por 1 a 0. Sakho na zaga, escalou Chantôme Brigando pelo título com Lille, Olympique e Makelele juntos na intermediária e de Marselha, Lyon e Rennes, o PSG contou com o retorno em estado desenvolveu um futebol vistoso que de graça de Giuly pela direita. As regularmente foi citado como exemplo mudanças tiveram efeito imediato. Com 4 a 0 sobre o Arles-Avignon, o Quarto colocado do Campeonato PSG deu início a uma série de oito jo- Francês, finalista da Copa da França, segos sem derrota, instalando-se no topo mifinalista da Copa da Liga e classificado da classificação do campeonato nacional entre os 16 melhores clubes do contie praticamente garantindo presença na nente na Liga Europa, o Paris Saint-Germain encerrou 2010/2011 classificado Liga Europa. O time também embalou na Ligue 1 e, para as mesmas quatro competições. O depois da vitória por 2 a 1 no clássico fim da temporada também ficou marcacontra o Olympique de Marselha pela do pela chegada de um novo investidor 12ª rodada, nunca mais saiu do grupo catariano com participação acionária de dos cinco primeiros colocados. Brigan- 70%, ao lado da Colony Capital. uma

apagada,


2011–2012 Com nova diretoria, o PSG se preparou para viver uma temporada marcada pelo espírito de renovação. O primeiro indício das mudanças foi a contratação do brasileiro Leonardo, que deixou o cargo de técnico da Inter de Milão para se tornar diretor de futebol do clube.

Após seis vitórias seguidas no Campeonato Francês, a série foi interrompida no final de novembro pelo Nancy. No entretempo, a campanha iniciada nas oitavas de final da Copa da Liga terminou logo no primeiro adversário, com a derrota por 3 a 2 e a eliminação diante do Dijon. Para piorar, o PSG amargou um duro revés contra o Olympique, mas a fase ruim foi revertida pouco antes da pausa de inverno. Preocupados com o clube, os acionistas contrataram um dos técnicos mais respeitados do futebol europeu: Carlo Ancelotti. No começo de fevereiro, com um triunfo de 3 a 1 sobre o Evian, Ancelotti chegou à quinta vitória consecutiva desde que assumiu o comando, tornando-se o primeiro treinador do clube a conseguir o feito. Com o desempenho, a equipe passou a brigar

O primeiro indício das mudanças foi a contratação do brasileiro Leonardo, que deixou o cargo de técnico da Inter de Milão para se tornar diretor de futebol do Paris Saint-Germain E o novo homem forte do time não demorou a mergulhar no trabalho. Em poucas semanas, jogadores de seleção chegaram à capital francesa. Além de Blaise Matuidi, Kevin Gameiro e Jérémy Ménez, foram trazidos talentos em potencial ou confirmados como Javier Pastore e Diego Lugano. O PSG estava cada vez mais preparado para se lançar no exercício 2011/2012. Os novos reforços do clube estrearam no Parc des Princes no dia 6 de agosto de 2011, por ocasião da rodada de abertura do Campeonato Francês, contra o Lorient. Contudo, a falta de entrosamento custou caro aos parisienses, que caíram por 1 a 0 no seu primeiro teste em casa. Mas o tropeço foi rapidamente corrigido, a começar pelo cenário europeu, validando a vaga na fase de grupos da Liga Europa. Com os 2 a 1 sobre o Valenciennes em Paris, a campanha do PSG deslanchou em definitivo. Os homens do técnico Antoine Kombouaré, acumularam triunfos sobre Toulouse, Montpellier e Nice. O domínio do clube no campeonato nacional se confirmou no começo de outubro no Parc des Princes, com a vitória e a liderança da competição.

pelo pódio com o Montpellier. No final de março, porém, o time foi ligeiramente freado por duas derrotas no espaço de dez dias. Eliminados nas quartas de final da Copa da França com a derrota diante do Lyon, os comandados de Ancelotti em seguida perderam do Nancy pelo Campeonato Francês. Mas a equipe provou ter recursos nas últimas rodadas da competição, e nada melhor que um clássico vencido por 2 a 1 no Parc des Princes em festa para entrar na reta final com o pé direito. Contudo, o Montpellier acompanhou o ritmo imposto no alto da tabela, e o destino da taça só foi decidido na última rodada. No dia 20 de maio, Thiago Motta e os companheiros fizeram a sua parte impondo-se no gramado sintético do Lorient por 2 a 1. No entanto, o Montpellier ficou com a taça ao vencer o Auxerre fora de casa. Com o ataque mais produtivo da competição — 75 gols em 38 rodadas —, o PSG terminou no segundo lugar do pódio, a três pontos do campeão francês. Com isso, conquistou a classificação direta para a próxima UEFA.

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Ibrahimovic, Ibracadabra Apresentado como um verdadeiro astro diante da Torre Eiffel, em julho do ano passado, Ibra não demorou a corresponder às expectativas dos torcedores. Com dois gols em seu primeiro jogo na Ligue 1, e alguns lances de genialidade, o sueco imprimiu sua assinatura no que viria a ser uma campanha histórica para o povo Rouge et Bleu. Capaz de manter o alto nível com uma regularidade impressionante, Ibra fez atuações extraordinárias que empurraram a equipe também na Liga dos Campeões, torneio que reúne os campeões da Europa, como Barcelona e Bayern de Munique. Resultado: considerado o melhor jogador da temporada pela torcida. “Foi sem dúvida uma das melhores (temporadas) da minha carreira. Estou muito feliz de ter conquistado um título aqui. Se isso não tivesse acontecido, não estaria dizendo essas coisas. No ano passado, ganhei o prê-

mio de artilheiro do Campeonato Italiano (pelo Milan), mas repeti várias vezes que a temporada não tinha sido boa, porque eu não tinha conquistado nenhum título. Quando sou campeão, sinto como se fosse uma recompensa por todos os meus esforços...”, declara o atacante.

David Beckham se aposenta no PSG Astro dentro e fora dos gramados, o inglês D. Beckham anunciou sua aposentadoria dos gramados. Aos 38 anos, o meia decidiu pendurar as chuteiras ao fim da atual temporada, no Paris Saint-Germain, com conquista do Campeonato Francês. O inglês começou sua carreira em 92, e conquistou diversas prêmios desde então, como títulos em quatro países, além de eleição como o segundo melhor do mundo, por duas vezes. Considerado um símbolo sexual, Beckham seduziu o público feminino e atraiu mais fãs para o mundo da bola ao longo de sua carreira. Além disso, foi um frequente lançador de moda em relação a novos penteados. Essa exposição à mídia internacional lhe rendeu um patrimônio de 612,5 milhões de Reais. Beckham também usou sua imagem mi-

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diática para a caridade. O meia recebeu o título de embaixador do Unicef, em 2005, para ajudar no desenvolvimento dos programas esportivos da entidade. Em sua apresentação no PSG, Beckham afirmou que doaria todo seu salário para uma instituição de caridade em Paris que cuida de crianças.

“...sinto que esta é a hora certa para encerrar a minha carreira”

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gols

artilheiro


2013 romântico em Paris Capitão Thiago Silva e Sakho comemoram conquista da Ligue 1 com a torcida.

O

2013 tem sido recompensador PSG, diante dos investimentos feitos após a compra do clube pelo empresário catariano Nasser Al-Khelaïfi. Com duas rodadas de antecipação, o time de Paris conquistou o Campeonato Francês 2013. Em 38 jogos, foram 25 vitórias, 8 empates, 5 derrotas, saldo de gols de 46 positivo, e o prêmio de artilharia isolada da competição Diante de tamanha conquista, o torcedor não se conteve e marcou presença nas ruas da capital francesa no dia 13 de maio de 2013, em festa que durou por horas a fio. O título faltava na sala de troféus há 19 anos, quando o brasileiro Raí e Cia fizeram campanha brilhante, com apenas três derrotas em toda a temporada. O PSG também fez ótima participação na Liga dos Campeões da Europa; porém, com 6 vitórias em 10 jogos, a equipe foi eliminada nas quartas de final pelo também gigante Barcelona, após dois empates e pa tida na Liga dos Campeões. Somada aos bons resultados está a chegada do técnico Blanc Laurent, gerando altas expectativas para as próximas competições. ano de

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Por Flávio Altoé / fotos wikipedia.org

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Além do Fashion Milão não é apenas a cidade da moda. Ela também é lar do maior estádio da Itália, palco de duas das maiores potências do futebol e dos maiores shows de música no país da pizza.

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Catedral Duomo di Milano, centro da capital

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ilão é lembrada como uma das capitais mundiais da moda. Não é por menos, afinal está no país de grifes famosas como Empório Armani, Gucci, Prada e tantas outras. A cidade foi fundada pelo povo celta antes de Cristo, e à partir daí foi conquistada pelo romanos, pelos austríacos, pelos espanhóis e por Napoleão em 1805. Foi nessa época, durante o período romântico, por grande influência francesa, que Milão se tornou um importante centro de cultura na Europa. Vários rtistas, compositores e importantes figuras literárias convergiram para a cidade que fervilhava ideias. Foi no século XIX que se iniciaram as altas costuras para as mulheres da corte, dando início ao mercado da moda. Hoje em dia Milão é a terceira cidade mais populosa da Europa, com 7 milhôes de habitantes em sua área metropolitana. É um importante centro industrial e cultural, possui o maior PIB da Itália e o terceiro maior da Europa. Por conta disso, a cidade está entre as dez mais caras do mundo. A cidade é conhecida mundialmente como a capital do design, com maior influência global no comércio, na indústria, música, desporto, literatura, arte e mídia, tornando-se uma das cidades mais importantes na atualidade. Ela tem um rico patrimônio cultural, gastronomia riquíssima (o panetole vem de lá) e o shopping mais antigo do mundo, a Galleria Vittorio Emanuele na Piazza Duomo, construído para atender os anseios da alta burguesia da cidade no final do século 18.

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Foi também nessa época que fundaram dois clubes mundialmente famosos, Associazione Calcio Milan e Football Club Internazionale Milano, ou simplesmente Milan e Inter. Juntos possuem 43 títulos italianos, 7 Champions League e 4 Mundiais Interclubes. Fazem parte dos 10 times mais ricos do mundo. Debutam o maior clássico da Itália, com uma rivalidade de quase 100 anos. Seus unuformes são quase idênticos, diferenciando-se apenas pelas cores. Porém não possuem um estádio próprio, dividem o maior do país, o lendário San Siro.

Siro n a S dio or tiva á t s O e joia esp idades é a a das c olitas m op de u cosm do. s mai o mun d

Poster de divulgação na década de 20.


Vista do estádio na final da Copa da Itália de 1978

Como toda grande cidade, Milão também tem grandes times de futebol. Inter e Milan são conhecidos mundialmente, e possuem uma das maiores riquezas do futebol. A casa desses gigantes está a altura deles, é o maior estádio da Itália. O estádio San Siro foi construído a mando do então presidente do Milan, Piero Pirelli e foi inaugurado em 1926. Seu nome é o mesmo do bairro onde se encontra, situado a 6km do centro de Milão. No jogo inaugural os anfitriões não deram muita sorte e levaram 6 x 3 de seu maior rival, a Inter de Milão. A capacidade naquela época era para 35mil espectadores, uma enorme capacidade para aquele momento do futebol. Em 1935 o estádio foi comprado pela prefeitura da cidade de Milão que encomendou sua primeira grande reforma, devi-

do a públicos cada vez maiores para o futebol, aumentando a capacidade para 55mil lugares. À partir de 1947, a Internazionale começou a mandar seus jogos no estádio, pois o equipamento já se encontrava nas mãos do estado, enfurecendo os torcedores do Milan nessa época. Em 1980 o estádio é rebatizado de Giuseppe Meazza, grande ídolo dos dois times da cidade e campeão mundial pela seleção italiana na década de 30, falecido no ano anterior. O maior público registrado foi de 150mil espectadores, número apenas superado pelos públicos de até 200mil pagantes em alguns jogos no Maracanã. O lendário estádio de Milão é um dos raros a já terem sediado jogos de duas Copas do Mundo, 1934 vencida pelos anfitriões, e a de 1990 pela Alemanha.

Vista atual do San Siro que é o terceiro maior estádio da Europa.

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Torcidas de Inter e Milan em mais um clássico entre as duas equipes.

MEIO A MEIO O estádio San Siro foi construíco pelo Atlético Clube Milan, no mandato do então presidente Piero Pirelli. Seu maior rival, a Inter de Milão, mandava seus jogos na extinta Arena Civiva da cidade. Anos mais tarde, em 1947, o Milan não estava conseguindo administrar o estádio de maneira que lhe rendesse frutos devido a uma má gestão. Então o cluve decidiu por vender o equipamento para a prefeitura de Milão. A prefeitura então, convidou Inter a mandar seus jogos no estádio que era bem melhor do que a Arena onde jogava. No começo os toredors milanistas não ficaram nada satisfeitos com a his-

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tória mas tiveram que engolir a seco e hoje as duas torcidas dividem o estádio e nunca houveram grandes incidentes. Desde quando começaram a chamá-lo de Giuzeppe Meazza, os torcedores da Inter evocam o estádio desta maneira pois Giuzeppe conquistou mais títulos por eles do que pelos torcedores rossoneros, que continuam a chamá-lo de San Siro até os dias de hoje. Apesar de terem a maior rivalidade da Itália, nunca houveram conflitos entre as duas torcidas por dividirem o mesmo espaço. E o modelo de dupla gestão junto ao governo vem funcionando muito bem a mais de meio século. Um mode-

lo semelhante de gestão, no Brasil, vem sendo tratado pelo consórcio vencedor do Maracanã com Flamengo e Fluminense. Há muito tempo se discute uma parceria entre os dois times, que não possuem um estádio, de dividirem o “maior do mundo”, mas inicialmente a ideia era de eles serem os donos e não “sócios” de uma empresa privada. Por enquanto as negociações seguem emperradas, pois obviamente a empresa deseja levar a maior parte dos lucros, aldo entorno dos 80%, ofuscando os verdadeiros atores do espetáculo que são os times. No San Siro é diferente, os times recebem cerca de 70% da renda.


Está em Milão? Visite >> Museu San Siro www.sansiromuseo.com.it Piazzale Angelo Moratti, 20151 Milano, Itália

Como chegar

Linhas de ônibus 10, 22, 23, 25, 40, 41. Linha de metrô Leste ou pelo Bondinho terreno.

Horário de visita todos os dias, das 10h às 18h

Preço

museu 30 euros; museu+tour 45 euros.

Giuzeppe Meazza aos 26 anos, quando atuava pela Inter.

Camisas usadas por Roberto Baggio nos dois clubes, em destaque no acervo do museu do estádio.

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O ÚLTIMO DESFILE DO REI PELÉ Giuzeppe Meazza, ou San Siro, tem um capítulo de dar inveja a muito estádio famoso por aí. Recebeu o último jogo oficial de Pelé pela Seleção Brasileira no amistoso entre Brasil x Itália em 1977. O jogo marcava a despedida do Rei com a amarelinha em jogos oficiais. A torcida italiana esgotou todos os ingressos para a partida. Pelé já havia jogado no San Siro em outra oportunidade. Em 1963 to Mundial Interclubes foi disputada entre Milan e Santos. Nessa época a taça era decidida em dois jogos, o primeiro foi realizado na Itália e o time da casa levou a melhor ganhando por 4x2, Pelé descontou para os santistas. A partida de volta foi realizada no Maracanã e o Santos conseguiu reverter o mesmo placar levando a decisão par auma terceira partida onde se consagrou bicampeão mundial. Voltando a partida da foto, Pelé não marcou gols, mas jogou bem e o Brasil venceu os anfitriões por 3x1. A torcida não se importou com o resultado, afinal, quantos tiveram a sorte de ver o melhor jogador da história atuando?

Pelé na saída do campo, últimas memórias com a amarelinha.

O LENDÁRIO SHOW DE MARLEY Nem só de futebol vive o San Siro. Sendo o maior de todos da Itália, é parada obrigatória para grandes shows da música no país. Seus 81.000 lugares somados ao espaço do campo o tornam uma ótima arena para espetáculos. Nomes como Bob Dylan, David Bowie, U2, Rolling Stones, Duran Duran e tantos outros já tiveram o privilégio de tocar sua música nele. Mas a primeira apresentação no San Siro só veio a ocorrer em 1980, e foi justamente uma apresentação histórica. O

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Bob Marley inaugurou o San Siro para shows de música e deteve o recorde de maior público do mundo por 10 anos.

lendário rei do reaggae, Bob Marley foi o primeiro a ter essa honra, em seu único show na Itália. Uma multidão de mais de 100 mil pessoas se aglomerou por todos os cantos do campo e das arquibancadas para prestigiar o cantor e sua banda, os Wailers. Este show em Milão fez parte da turnê europeia do CD “Uprising” que continha hits como “Could you be Loved” e “Redemption Song”. O show na cidade italiana é até hoje lembrado como legendário, foi um recorde absoluto de público para qualquer banda do mundo até então, não à toa foi o escolhido o estádio para sediá-lo.


Mais de 100.000 fãs lotam o San Siro para ver a único show de Bob Marley na Itália.

O show na Itália foi o mais emblemático na turnê Europeia.

Bob Marley & the Wailers eram simplesmente a banda em turnê mais importante daquele ano e o álbum “Uprising” bateu todas as paradas de sucesso no continente europeu. Foi um período de máximo otimismo na carreira de Marley. Após a turnê europeia, a banda fez dois shows nos Estados Unidos. No segundo show Bob passou mal no palco e duas semanas depois veio o triste diagnóstico que ele estava com câncer. A doença teria sido decorrente de um ferimento infeccionado no dedão do pé,

que ele teria sofrido em 1977, durante uma partida de futebol em Londres Os médicos aconselharam-no a amputar o dedo, porém Marley recusou-se a fazê-lo devido à sua filosofia rastafári, de que o corpo é um templo que ninguém pode modificar (motivo pelos quais os rastas deixam crescer a barba e os dreadlocks). Ele também estava preocupado com o impacto da operação em sua dança; a amputação afetaria profunBob Marley em sua damente sua carreira no momento em mehor fase que se encontrava no auge. meta Julho 2013

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Der Afric

m m e Qu

O clássico da África do Sul entre Orlando Pirates e Kaizer Chie fs é um dos mais acirrados do mundo do futebol. Partidas entre as duas equipes sempre contam com casa cheia nos estádios da Copa de 2010, SoccerCity e Greenpoint. Felizmente quase nunca há confrontos.>>

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Empates


rby cano

mais ven ceu

Gols

O time dos Chiefs foi criado à partir de um dissidente do Or lando Pirates que não concordava com a política aplicada no clube. Ele fundou o Kaisers em 1970 para jogos amadores e amistosos, porém 5 anos depois o time havia se profissionaliza do e por suas origens, virou o grande rival do time dos piratas.

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Multidão de 30mil manifestantes marchando em direção ao Congresso Nacional em Brasília.

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O despertar O despertar do do do futebol país país do futebol O Brasil parou com o início da Copa das Confederações. O Brasil parou com o início da Copa das Confederações. Mas não parou por estar sediando o evento e sim pela inMas não parou por estar sediando o evento e sim pela insatisfação popular com a má administração do dinheiro púsatisfação popular com a má administração do dinheiro público por parte do governo em todos os níveis de serviço. blico por parte do governo em todos os níveis de serviço. Por Flávio Altoé / foto Allan Mendes Por Flávio Altoé / foto Allan Mendes

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Este não é um movimento contra a seleção brasileira nem contra a Copa do Mundo. É um movimento contra a corrupção e todos os seus absurdos.

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Brasil vive um momento histórico, pela primeira vez recebe uma Copa das Confederações, uma nova Copa do Mundo e debuta uma Olimpíada... As taxas de desemprego são as menores em toda a sua história, a economia vai bem obrigado, nunca houve tanto otimismo com um país que caminha para sua modernização. Será? Uma onda de protestos se inicia em São Paulo contra o aumento da tarifa de ônibus que subia de R$3,00 para R$3,20. Parece pouco, mas para a maioria da população, que necessita do ônibus para ir ao trabalho, além dos 20 centavos fazerem muita falta, o aumento soa como a gota d´água num copo que já estava transbordando há muito tempo. As pessoas pagam muito caro por um serviço precário, ônibus lotados, atrasados, sem segurança, a um preço abusivo que estava por aumentar. Milhares sairam às ruas da capital paulista para protestar por seus direitos, mas foram duramente reprimidos pela ação de uma polícia completamente despreparada. Na era das redes sociais, vídeos das manifestações e da truculência da PM de São Paulo rodaram todo o páis. Muitos se revoltaram e viram o

estado como um inimigo comum, um inimigo que não confrontavam desde à época das diretas já, ou dos caras pintadas do Collor, e se uniram à causa não apenas pelo aumento das passagens, mas pelo descaso com a educação, pelo descaso com a saúde, pelos altos impostos e o retorno zero que recebem. As manifestações tomaram o Brasil. em duas semanas houveram protestos em mais de 50 cidades, contabilizando um total de 1 milhão de pessoas nas ruas. O movimento é criticado por muitos por ser difuso, não possuir uma reinvidicação específica. Entrei muitas já citadas está a principal, a corrupção, e advinda desta, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. O povo se indigna, e com toda a razão, por terem sidos gastos mais de 30 bilhões de reais entre estádios e obras para a realização do mundial. As perguntas que ficam são óbvias: mas então tínhamos todo esse dinheiro o tempo todo? Por quê ele não é utilizado em escolas, hospitais, infra estrutura? Aonde esse dinheiro é aplicado? Vamos deixar os governantes gastá-lo em estádios de futebol para inglês ver? Não vai ser tão fácil assim. E justo no país dofutebol, onde o meta Julho 2013

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29 bilhões de reias foram gastos com a Copa até o momento. Por ano o Brasil perde cerca de 50 bilhões em corrupção.

futebol além de trazer alegrias, também é usado para o mal, encobrindo fatos mais importantes para a sociedade, dessa vez não foi apenas o pão e circo que a elite queria, mas o querosene que fez inflamar a insatisfação popular com anos de descaso da política. Justo na semana em que se aumentam as passagens, é realizada a Copa das Confederações, onde o mundo se volta para o Brasil, com um número de telespectadores beirando o bilhão. A copa foi posta de lado, e os gastos fraudulentos feitos pelo governo para a construção dos estádios, e a indignação com a postura da FIFA de suprimir as leis do nosso país e ficar com todo o lucro do torneio deram ainda mais ânimo as manifestações por inúmeras cidades. Logo no país do futebol, o futebol nunca foi tão importante, pois querendo ou não ele está diretamente relacionado com o “acordar do gigante”, Por ser algo tão popular a Copa dominou o noticiário e as falcatruas do governo ficaram mais aparentes. A culpa não é da Copa,

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falcutruas sempre houveram, porém são jogadas para debaixo do tapete, sempre. Já com o maior evento do mundo, fica difícil de esconder tudo. Eis então que o futebol, mesmo sem querer, ajudou a tirar o brasileiro do conforto de casa e ir para as ruas gritar por um país melhor. Muitos veem o futebol, neste momento, como o vilão da história, mas a verdade é que o futebol é e sempre foi uma vávula de escape, de escape para a alegria, para a confraternização, o problema do futebol é com aqueles que o manipulam para tirar vantagens pessoais, sejam vantagens políticas ou monetárias. O esporte não é o vilão da história, mas foi o catalizador para uma das maiores revoluções na história do Brasil, nunca se viu tanta gente por todo o país reclamando pelo básico, o básico que deveriam receber em troca de absurdos impostos. O gigante acordou, os políticos que se cuidem, pois daqui para frente o Brasil não será mais o mesmo curral com o qual estavam acostumados.


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Jogando como Zinedine

Zidane

Para os amantes do futebol, há televisões cada vez maiores, transmissões digitais, estádios mais elaborados e mais diversão. Para os praticantes que também são amantes do esporte, há treinamento e conhecimento técnico. E para quem os leva a sério, há glória.

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m parceria com a STR Skill Training, Meta traz um treinamento a cada edição, e neste mês, o objetivo é executar o movimento consagrado pelo craque francês Zinedine Zidane, no qual o atacante recebe a bola com uma perna, engana o marcador jogando-a para o lado, e então o tira da jogada transferindo-a para a outra, finalizando com um toque de

primeira. Pela velocidade e precisão do movimento, o Zidane desorientava seu marcador e tabelava com facilidade, criando espaço para o chute. Recomenda-se praticar em dupla ou com paredão, em 5 séries de 6 tentativas, cada. Esse treino também melhora a capacidade de raciocínio do jogador, pois exige ação espontânea na aplicação em jogo.

Passo 1 Aqui é onde você fará o marcador ir para o lado errado. Se quiser que ele vá para a direita, ponha seu pé direito em cima da bola e role para a direita; caso queira que ele vá para a esquerda, faça o oposto.

Passo 2 Use a parte interna do pé escolhido para tocar a bola para o outro pé. É importante que você nem faça força para isso.

Passo 3 Agora você criou espaço. Passe a bola de primeira, e já corra para tabelar e continuar a jogada, ou chutar e marcar o gol.

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Manto Sagrado

Pumas-Mex: Presença inconfundível dentro de campo

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ste é o manto sagrado do Pumas, time da cidade do México fundado em 1954. O time representa a Universidade Nacional Autônoma do México e é dirigido por diversas personalidades universitarias e empresários. O Pumas é um dos times mais tradicionais do país centro-americano, tendo conquistado 7 ligas e 3 Copas da Concacaf que é a Libertadores da América do Norte. Sua indumentária é inconfundivel, é o únio time em que o escudo não é bordado ou

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estampado, mas sim o próprio uniforme. Veja acima o símbolo do time, ele não representa apenas a figura de um puma, mas as linhas que formam seus olhos e sua boca também formam a ltra “u” de universitário, e também a forma de uma taça, representando o triunfo máximo do esporte. O triãngulo que serve de fundo também tem um significado, ele sugere os três pilares fundamentairs da universidade mexica, o ensino, a investigação e a difusão de cultura.

No uniforme, o escudo é ampliado e o desenho do puma e seus significados viram próprio design da camisa dando um tom interessante a peça e formando um ideia original no mundo do futebol. O fornecedor de material esportivo do time não poderia ser mais emblemático. A alemã Puma fornece o material do time desde 1995, diferentemente de outros times que patrocina, onde seu desenho é quase sempre muito genérico, com o Pumas a empresa captricha a cada ano.


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