PROJETO ARQUITETÔNICO 6 CAU - UFC 2018.2
Os projetos aqui apresentados foram desenvolvidos pelos alunos da disciplina de Projeto Arquitetônico 6 e enviados para a publicação após a conclusão do semestre 2018.2. A diagramação dos projetos foi realizada pelos monitores de graduação, a partir do material enviado pelos alunos. O conteúdo das imagens e textos dos projetos é responsabilidade de seus autores.
EIXO CURRICULAR PROJETO ARQUITETÔNICO DAUD-UFC
PROJETO ARQUITETÔNICO 6 Universidade Federal do Ceará Centro de Tecnologia Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Design Eixo Curricular de Projeto Arquitetônico TG0067 2018.2 Professor Responsável pela Disciplina Bruno Melo Braga Monitores de Graduação Francisco Lucas Costa Silva Frederico Leite Gonçalves
Alunos Turma 1 . Alexandre Pinheiro Mendonça, Ana Lívia Ferreira da Costa, Gabriel Guedes Ferreira de Souza, Gustavo Figueiredo Brandolim, Ingrid Caroline Veríssimo Pitta Pinheiro, Isabel Martins Lemos, Janaína Gil Pessoa Pinheiro, Julia Cordeiro Frota Saldanha, Lethícia Lima Ribeiro, Letícia Campos Dias, Lídia Fonteles Pinto, Luana Barros Fernandes, Lucas Felício Marques Lage, Marina Saraiva Oliveira, Morganna Rangel Silva de Oliveira, Natália Dias Praxedes, Patrícia Chagas da Costa, Raissa Bruna do Vale Parente, Thainara Alice F. Barbosa de Aguiar, Virgínia E. Vasconcelos do Nascimento. Turma 2 . Amanda Torres Montezuma, Ana Caroline Dias Alves, Carlos Bruno Oliveira Rocha, Carolina Lima Freitas, Caroline Milena Coutinho Veras, David Aragão Vaz, Emanoel Alves Cavalcante, Francisco Ferreira Jacinto Júnior, Jamille Cavalcante de Paula, Janette Cristina Almeida Santos, Ligia Harumi Yukawa Borges, Lynda Joana Passos Moreira, Lucas Alves Ângelo, Nágela Thalita de Sousa, Pedro Gabriel de Sousa Lima, Rafael Mourão Fiuza, Sylyanne Braz de Lima, Thaís Brígido Cardoso Nogueira, Thaís Matos Moreno. Trabalhos publicados
Fortaleza Março de 2019
Projeto Arquitetônico 6 Março 2019
Sobre o ensino de projeto: dois problemas e uma experiência
Bruno Melo Braga Frederico Leite Lucas Costa pág. 6
Centro de Especialidades Médicas José de Alencar (CEMJA)
Excelsior Hotel
Edifício Carneiro
1.
1.
1.
Ana Lívia Costa Morganna Rangel Virgínia Elaine pág. 16
Letícia Dias Lucas Felício pág. 36
Alexandre Mendonça Gabriel Guedes Raissa Parente pág. 56
2.
2.
2.
Jamille Cavalcante Thaís Brígido
Emanoel Alves Nágela Sousa
pág. 24
pág. 44
Amanda Montezuma Carolina Lima Thaís Moreno pág. 64
Edifícios R. Visconde Saboya
Edifício Jangada
Edifício Ventura
Banco do Estado de São Paulo (BANESPA)
1.
1.
1.
1.
Gustavo Brandolim Janaína Gil Ingrid Pitta pág. 76
Isabel Lemos Lídia Pinto
David Vaz Janette Santos
Ana Caroline Alves Ligia Harumi
pág. 88
pág. 101
pág. 113
Sobre o ensino de projeto: dois problemas e uma experiência Bruno Melo Braga Frederico Leite Lucas Costa
1. Dois problemas Atualmente, percebe-se duas abordagens no ensino de projeto nos cursos de arquitetura e urbanismo no Brasil: uma mais voltada ao desenvolvimento profissional em sua capacitação técnica aos moldes do que demanda o mercado de trabalho, e outra com viés focado na formação universitária com ênfase no aperfeiçoamento intelectual e no progresso científico. Apesar de distintas, tais posturas deveriam ser complementares, e não antagônicas, situação que acabou se configurando ao longo da trajetória de ensino de projeto arquitetônico no Brasil. A primeira postura remonta ao surgimento dos primeiros cursos de arquitetura e urbanismo no país, quando os professores de projeto eram aqueles que dispunham de uma relevante produção não acadêmica, ou seja, eram profissionais com uma prática ativa de escritório. Por um lado, essa postura do docente é desejável, pois o deixa familiarizado com o ato de projetar no contexto real, mas, por outro, esse perfil de profissional muitas vezes não possui o hábito de pesquisar e estudar questões mais teóricas, o que acaba por torná-lo demasiado prático e pragmático em sala de aula. O costume de reproduzir em sala o chamado ‘modelo de escritório’, em que o professor apresenta uma demanda de programa, previamente formulado, para os alunos desenvolverem com base em orientações, muitas vezes inclinadas à linha de pensamento do docente, tornou-se bastante comum ao longo do século XX.
1. Popper, Karl, “The Logic of Scientific Discovery”. London: Hutchinson & Co., 1959. 2. Malard, Maria Lucia, “Alguns problemas de projeto ou de ensino de arquitetura”, in: Malard, Maria Lucia (org.), Cinco textos sobre arquitetura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005, p. 90.
3. Picon, Antoine, “A arquitetura e o virtual: rumo a uma nova materialidade”, in: Sykes, A. Krista (org.), O campo ampliado da arquitetura: antologia teórica (1993-2009). São Paulo: Cosac Naify, 2013, p. 213.
A segunda posição se torna mais evidente desde a criação dos programas de pós-graduação e a consequente instituição da pesquisa científica no campo de arquitetura e urbanismo, e ainda pelo estabelecimento do regime de dedicação integral dos professores, que possibilitou um aprofundamento nas questões inerentes ao ensino. No entanto, por ser mais recente, essa investigação ainda tem pouco rebatimento nas faculdades brasileiras, onde as disciplinas de projeto arquitetônico são as que possuem a pesquisa e consequente produção teórica menos desenvolvida. Nesse contexto, a disciplina de projeto, na maior parte dos casos, se resume a situações-problema a serem resolvidas pelos alunos sob a orientação do professor, que exerce uma avaliação crítica e indica o quanto determinado projeto atende (ou não) aos requisitos técnicos e teóricos. Esta estrutura é análoga ao esquema proposto por Karl Popper em suas investigações sobre a lógica da pesquisa científica(1), e pode ser interpretada como um exercício de “arquitetura por tentativa e eliminação de erros, tal qual um cientista faz ciência”(2). Essa metodologia, aliada ao caráter reprodutivista que ainda vigora no ateliê, ocasiona um déficit no processo de atividade projetual. Com relação à situação-problema, há um foco excessivo no programa de necessidades, em que as premissas se concentram em atender tão somente uma lista de ambientes e áreas. Isso se traduz em ingênuas tentativas de resolução do problema espacializadas em esquemas de planta baixa e especulações volumé-
tricas, o que expressa a falta de clareza no processo de concepção presente neste tipo de abordagem. Esta condição é potencializada com o incremento dos meios digitais ao projeto arquitetônico, o qual passa a prescindir de uma sequência processual (partido, estudo preliminar, anteprojeto, executivo) devido à “exploração labiríntica das possibilidades quase infinitas proporcionadas pela máquina”(3). Uma situação que pode exemplificar essa difusão, característica da informatização do processo, é uso de softwares BIM (Building Information Model), nos quais o exercício de projeto perpassa diferentes escalas simultaneamente, tornando ainda mais impreciso o percurso projetual. Por fim, a avaliação crítica a cargo do professor se caracteriza mais como uma relação cliente/arquiteto, ratificando a simulação de uma prática profissional, em que o que mais importa é o resultado e não o processo. Dessa maneira, faz-se pertinente refletir sobre duas questões principais acerca do ensino de projeto, de forma a propor uma alternativa mais focada na formação do que no treinamento do estudante: o foco excessivo no programa de necessidades e a ausência de metodologias claras do processo de projeto.
7
Imagem: 1. O processo de pesquisa em projeto explanado por Maria Lucia Malard, análogo ao que propõe Karl Popper em “A Lógica da Pesquisa Científica”, e a dupla problemática envolvida. Esquema elaborado pelos autores.
A lógica da pesquisa científica
Processo de pesquisa em projeto
Problema
Situação problema
Foco excessivo no programa
Tentativas de solução
Hipóteses de projeto
Ausência de metodologia clara
Eliminação das soluções erradas
Avaliação crítica
Simulação da profissão
Karl Popper
Maria Lucia Malard
aspectos estéticos, tecnológicos e funcionais
relação cliente/arquiteto
4. Leupen, Bernard, “Frame and generic space : a study into the changeable dwelling procceding from the permanent”. Rotterdam: 010 Publishers, 2006.
2. Uma experiência A fim de aplicar os questionamentos levantados em uma experiência prática, a disciplina de Projeto Arquitetônico 6 do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará estruturou-se a partir dessa dupla problemática. O cronograma dividiu-se em dois momentos: um primeiro dedicado apenas a uma apropriação da metodologia proposta para a disciplina e um segundo de aplicação desta em um contexto real, mas deixando para o aluno decisões fundamentais do problema a ser resolvido, como definição da área de intervenção e programa a ser elaborado. Esta estrutura está em vigor na disciplina desde o segundo semestre de 2017, e atualmente está na terceira turma de alunos. A turma 2018.2 iniciou suas atividades com reflexões teóricas relativas ao tema da flexibilidade na arquitetura. Assim, ocorreram aulas expositivas sobre o tema, contextualizando-o historicamente através de definições e exemplos práticos, e foram disponibilizadas bibliografias sobre o tema. Esta etapa consistiu em exercícios de aplicação desta teoria (Imagem 2), a partir de cinco torres genéricas distintas, mas com mesmo volume construído, de forma a ampliar as possibilidades vislumbradas a partir de cada ‘tipo’ edifício, bem como de relacionar mais diretamente com os diferentes edifícios a serem trabalhados posteriormente na disciplina. Assim, os estudantes determinaram as camadas das edificações, como propostas por Bernard Leupen (2006): estrutura, pele, cenário,
serviços e acessos(4). Após definidas as camadas de cada volume, os estudantes apresentaram seus resultados à classe. Posteriormente, as equipes trocaram de “edifícios” e tiveram que intervir no trabalho já desenvolvido pelos colegas. O objetivo desta etapa era exercitar a atividade de projeto lidando com pré-existências e desviando o foco do programa e do lugar. A primeira pré-existência foi o volume recebido para incorporar as camadas da edificação, que permitiu atenção completa à materialidade. A segunda, e mais delicada, préexistência foi intervir no trabalho de colegas e alterar camadas já definidas, simulando a ação de criação em reformas e reabilitações de edifícios. Dessa forma, os estudantes tiveram a chance de priorizar outros aspectos essenciais ao edifício a partir da definição das camadas e da posterior alteração das mesmas, obtendo definições espaciais de qualidade independente de programa. É importante observar a resistência que alguns estudantes tiveram em se desvencilhar da determinação do programa e do lugar. Visto que essa disciplina é a última da sequência de seis Projetos Arquitetônicos, é compreensível a dificuldade em experimentar metodologias que questionem o costume vigente nos ateliês, da mesma forma a importância de fazê-lo também é evidenciada. Em seguida à fase de exercícios, foi apontado como tema a ser explorado os vazios construídos do Centro de Fortaleza. Oito edifícios foram selecionados dentro do bairro representando desde 9
Imagem: 2. Exercícios da primeira etapa, com foco na reflexão teórica e nos procedimentos metodológicos. Bruno Melo Braga.
o completo abandono até apenas a subutilização de determiadas partes. Cada equipe foi sorteada com um edifício com o qual deveriam investigar sua reabilitação ligada às temáticas da flexibilidade, verticalidade e uso misto. Partindo do edifício existente, as equipes analisaram o vazio construído e seu entorno imediato, a fim de definir e justificar suas diretrizes projetuais. Coube às equipes realizar um diagnóstico da área, com o foco que lhes fosse mais pertinente, e a partir desse entendimento da área traçar suas diretrizes de ação: área de intervenção, programas e estratégias projetuais. Ao redor de questões centrais gerais, foram colocadas pelas equipes questões específicas muito diversas que encaminharam as investigações.
caminho, não uma resposta estrita, à dupla problemática explanada, entendendo projeto tanto como atividade prática quanto como pesquisa e formação.
A partir dos resultados, é possível tirar duas conclusões. Primeiro, a variedade de propostas reflete a importância da posição ativa dos estudantes frente ao processo de projeto, uma vez que coube a eles definições primordiais e não apenas a espacialização de um programa já definido, o que potencializa o papel do arquiteto como agente ativo na construção das cidades. Segundo, a importância de se trabalhar com as limitações do existente, tanto por levantar a exigência de um entendimento da forma arquitetônica existente e das possíveis ampliações e reformas, como por se tratar um tema urgente às grandes cidades, saturadas em crescimento e repletas de vazios construídos com grandes potenciais de ativação. Nesta publicação estão reunidas algumas propostas da turma de 2018.2 como registro de um possível 11
Centro de Especialidades Médicas José de Alencar (CEMJA) Construído na década de 1950 para ser a sede da Fênix Caixeral, uma associação de empregados do comércio fundada em 1891, o prédio passou a pertencer ao Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), depois Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e mais recentemente ao Sistema Único de Saúde (SUS). Localizado no cruzamento das ruas Guilherme Rocha e General Sampaio, em frente à praça José de Alencar, o prédio do Centro de Especialidades Médicas José de Alencar encontra-se fechado à espera de reforma desde 2013.
Imagem: 3. CEMJA. Fortaleza Nobre.
13
15
1. Ana Livia Costa Morganna Rangel VirgĂnia Elaine
O URBANO
17
Isometrica 1
Isometrica 2
ESTRUTURA + FIXOS Na fase anterior, a estrutura do novo edifício havia sido alocada em módulo de 1,20m. Entretanto, para melhorar o diálogo entre as estruturas nova e antiga, reconstruímos a proposta de intervenção, alocando a estrutura a partir da linha de pilares de concreto atualmente existentes no CEMJA. O novo edifício foi pensado em estrutura metálica, que só aparece na fachada principal através da cobertura leve, pousada sobre o edifício.
WC Acessível, Shaft e Lixo
Circulação suspensa metálica sobre os jardins
Circulação Vertical
Torre de banheiros
Ampliação do Subsolo e criação de taludes ajardinados para melhorar conforto
Estrutura e Fxos CEMJA ESTRUTURA + FIXOS O novo edifício segue a lógica estrutural do CEMJA também na definição dos pés direitos, garantindo a conexão novo x antigo em todos os pavimentos. A alteração de alturas ocorre apenas para a criação da curva de visibilidade do auditório, o que não interfere em sua acessibilidade.
Circulação Vertical
Volume Caixa d’ água
Banheiros, Shaft e Lixo
Estrutura e Fxos Anexo pa6
prof bruno braga
ana lívia costa | morganna rangel | virgínia elaine
ESTRUTURA + FIXOS Na fachada posterior do CEMJA é colocada uma linha de pilares para criação de varandas, ampliando o espaço interno do edifício existente. Essas varandas conectam-se visualmente à coberta, criando um volume em L que se engasta sobre o CEMJA. Toda a estrutura do novo edifício foi alocada a partir daí, conectando o novo ao existente através de passarelas que atravessam o jardim entre os dois.
Intervenções executadas em estrutura metálica cor grafite. Contraste novo x existente
Vigas I e C em aço, pilares circulares, lajes steel deck embutidas.
Manutenção da estrutura original em concreto
Pilares novos alocados na mesma linha dos pilares pré-existentes.
Estrutura e Fxos Conjunto pa6
prof bruno braga
ana lívia costa | morganna rangel | virgínia elaine
19
15
PLANTA TÉRREO LEGENDA
11 7
12
entrada/saída
4 8
PILARES EXISTENTES: ESTRUTURA DE CONCRETO
10
13 6
PILARES NOVOS: ESTRUTURA METÁLICA
acesso
5 3
CRECHE
10
3 4
4 2
2
1
FARMÁCIA CEMJA 1. 2. 3. 4.
10
14
Recepção/espera Diretoria Sala de reuniões Coordenação pedagógica/secretaria Wc meninas Wc meninos Refeitório Elevador comum Elevador para maca Salas de aula Parquinho Torre lixo Torre shaft Casa de gás Lixo
5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15.
10
9
1
RUA GENERAL SAMPAIO
1. 2. 3. 4.
2
Farmácia Elevadores comuns Torre lixo Torre Shaft
acesso
RUA GUILHERME ROCHA
Planta Térreo
0
5
10
PLANTA 2º PAV LEGENDA
1
5
PILARES EXISTENTES: ESTRUTURA DE CONCRETO PILARES NOVOS: ESTRUTURA METÁLICA
2
3
4
7
6
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Espera pacientes Sala de exames/laudo Exames gerais Densitometria óssea Raio x EGC/ Ultrassom Copa/DML
jardineiras
1
CONSULTÓRIOS 1. 2. 3. 4. 5.
Recepção/espera Descontaminação Consultórios Copa/DML Aconselhamento
Planta 3º Pavimento
3
3
3
3
3
3
2
RUA GUILHERME ROCHA 0
5
10
1
3
5
4
3
3
3
3
RUA GENERAL SAMPAIO
EXAMES
CORTE AA
BARRILETE
REFEITÓRIO/MIRANTE
ADMINISTRAÇÃO
TERRAÇO / CAFÉ
CONSULTÓRIOS
LABORATÓRIOS
CONSULTÓRIOS
EXAMES
POSTO DE SAÚDE
TERAPIA OCUPACIONAL
FARMÁCIA
CRECHE
SERVIÇOS
Corte AA
0
5
10
5
10
CORTE BB
TERRAÇO / CAFÉ BARRILETE
LABORAT.
LABORATÓRIOS
EXAMES
EXAMES TERAPIA OCUPACIONAL
AUDITÓRIO
CRECHE
CRECHE
Corte BB
0
5
0
10
21
PERSPECTIVAS
pa6
prof bruno braga
ana lĂvia costa | morganna rangel | virgĂnia elaine
CTIVAS
PELE Jardineiras em calha U
FACHADA OESTE
Pele interna em chapa metรกlica
Brise metรกlico cor grafite
23
2. Jamille Cavalcante Thaís Brígido A disciplina tem como objetivo propor intervenções em edifícios históricos vazios ou subutilizados no Centro de Fortaleza a fim de dar um novo uso. Dessa forma, é proposto um projeto de intervenção no Centro de Especialidades Médicas José de Alencar (edifício desativado após incêndio). O edifício tem grande potencial por ser localizado na frente da Praça José de Alencar, Theatro José de Alencar e a presença intensa do comércio local na área. Diante disso, a equipe buscou transformá-lo em uma extensão do teatro com foco em fortalecer a prática cultural e artística, fornecendo assistência e complementando as atividades exercidas no teatro além de estimular o movimento noturno na região. Diante disso, tentamos espacializar todo o programa cultural no CEMJA, porém devido a malha estrutural existente (extensa modulação de pilares) não seria possível a construção das salas, pois precisa-se de vão livres e fluidos. Por tanto, foi necessário anexar o terreno ao lado (subutilizado) para construção do novo edifício com as salas culturais e no CEMJA foi espacializado a parte administrativa e financeira. Na escala urbana, priorizamos pelo térreo livre nos dois edifícios, com o CEMJA, edifício de intervenção e o Theatro José de Alencar no mesmo nível da
praça José de Alencar a fim de expressar ainda mais a ideia de continuidade. A paginação original da praça foi mantida e reproduzida estimulando, por meio da paginação, o uso de diferentes acessos ao edifício e de diferentes locais, estimulando novas formas de enxergar o centro e de se apropriar do espaço público. Na escala do edifício, ressaltamos que a intervenção foi feita preservando a fachada original do edifício e estrutura. Devido a grande diversidade de pavimentos tipos, todo o seu interior foi modificado (exceto o subsolo) com a criação de módulos espaciais que poderão ser replicados nos pavimentos de acordo com as necessidades. Todavia, no anexo buscamos realizar um contraponto com a criação de um edifício novo contrastando com o edifício antigo, com o uso de materiais diferenciados tais como vidro, madeira, estrutura metálica, embora relembrando alguns elementos, como brises verticais e bloco retangular. Diante do que foi exposto, acreditamos que respeitamos o edifício histórico e sua importância para a cidade criando um contexto urbano e arquitetônico com comunicação entre si além de estimular a apropriação da população nos espaços públicos.
25
VISTA A 01
02
0
VISTA B
VISTA A
1 PROCESSO PROJETUAL
CESSO PROJETUAL
L
02
02
03
03
VISTA B
2 VISTA B
03
03
04
04
3
04
4
Fonte: pr
Fonte: produzido pelas autoras
Fonte: produzido pelas autoras
INTERVENÇÃO- INTERVENÇÃO URBANA ANTES DA INTERVENÇÃO
DEPOIS DA INTERVENÇÃO
IGREJA DO PATROCÍNIO
ESTACIONAMENTO
EDIFÍCIO PARA INTERVENÇÃO
FAIXA ELEVADA
CEMJA METRÔ
METRÔ GALERIA PEDRO JORGE
TEATRO JOSÉ DE ALENCAR
PRAÇA JOSÉ DE ALENCAR
PROCESSO- USOS PROCESSO- USOS
SHOPPING CENTRAL
PROCESSO- USOS CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO INTEGRAÇÃO COM A PRAÇA VERTICAL JOSÉ DE ALENCAR
INTEGRAÇÃO COM A PRAÇA JOSÉ DE ALENCAR
FAIXA ELEVADA
CIRCULAÇÃO VERTICAL CIRCULAÇÃO VERTICAL
Fonte: produzido pelas autoras
CIRCULAÇÃO VERTICAL
INTEGRAÇÃO COM A PRAÇA JOSÉ DE ALENCAR TER
TER
RAÇ
RAÇ
O
ADTE MRINR IASÇTO RAÇ ÃO ADAD MM INIINS ITSRT ARÇAÃÇ SAL OÃO ADAS MINDE ISTAUL RAÇA ALI ÃO SAMLEN ASTAÇ DE ÃO AU LA A ALI H ME NTA E ROC MÇ ER ÃO H L UI
AG
RU
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MIN
IST
AD
RAÇ
MIN
RAÇ
AS
ALI
DE
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RU
U
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OC
ER
RM
E ILH
TER
RAÇ
SAM
PAI
ERA
LA
ÇÃO
RUA
GEN
ÃO
AU
NTA
AG
A
CH
ÃO
IST
SAL
RO
RAL
RUA
O
AD
LS
AM
O
PAI
O
GEN
ERA
LS
AM
PAI
O
O
TMEÚRS RICAAÇ O DA CO RPO MÚNÇA SIC SA A RTÍ CO STI R DCAOS COPOS A NÇ RPO RT A S A ÍSTIC RTÍ OS CO STI RPO CO SA S RTÍ STI CO S
27
ACESSO SERVIÇO IGREJA DO PATROCÍNIO C ACESSO
A
B
ACESSO PRINCIPAL
SOBE ACESSO VEÍCULOS
Pavimento Térreo 0 Fonte: produzido pelas autoras IGREJA DO PATROCÍNIO
A
B
Terraço 0
5
10
Fonte: produzido pelas autoras
0
5
10
INTERVENÇÃO- CORTE BB
Fonte: produzido pelas autoras
Corte BB
INTERVENÇÃO- CORTE CC
Fonte: produzido pelas autoras
Corte CC 0
5
10
29
31
Excelsior Hotel O Hotel Excelsior foi construído em 1931 na esquina das ruas Guilherme Rocha e Major Facundo, fazendo parte do conjunto edificado da Praça do Ferreira. Possuindo oito pavimentos, é considerado o primeiro edifício vertical de Fortaleza. Atualmente, encontra-se parcialmente ocupado: no térreo há lojas e alguns pavimentos superiores possuem salas ocupadas por usos diversos.
Imagem: 4. Hotel Excelsior, 1939. Period Paper.
33
35
1. Letícia Campos Lucas Felício
VISTA AÉREA
INTRODUÇÃO
EXCELSIOR
MIDIATECA
COLIVING
O CONJUNTO
37
1
SUBTRAÇÃO DO ACESSO SECUNDÁRIO
DEMOLIÇÃO
Subtração Acesso Segundário ENTORNO
ODUÇÃO
DUÇÃO
2
Uniformização da Fachada Oeste
REFERÊNCIAS
ENTORNO PARTIDO
PROPOSTA INTRODUÇÃO
5
REFERÊNCIAS
PROPOSTA
PARTID
6
TERRAÇO
TERRAÇO
Terraço Existente ENTORNO
CONSTR
Terraço Construção REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO PROPOSTA
ENTORNO PARTIDO
REFERÊNCIAS
PROPOSTA
PARTID
3
4
4º e 5º PAV.
DEMOLIÇÃO
Demolição Divisões Internas ENTORNO
INTRODUÇÃO
4º e 5º PAV.
Vigas Metálicas
REFERÊNCIAS
ENTORNO PARTIDO
PROPOSTA INTRODUÇÃO
7
REFERÊNCIAS
PROPOSTA
8
ADIÇÃO PELE NA FA
TERRAÇO
RESULTADO FINAL
Terraço Coberta INTRODUÇÃO
ENTORNO
Pele na Fachada Oeste REFERÊNCIAS
PROPOSTA INTRODUÇÃO
ENTORNO PARTIDO
REFERÊNCIAS
PROPOSTA
39
PLANTA GERAL DO TÉRREO
MI ACE DI SS AT O EC A
A
ACESSO COLIVING
Planta Térreo
ACESSO EXCELSIOR
INTRODUÇÃO
EXCELSIOR
MIDIATECA
COLIVING
A
0
O CONJUNTO 5 10
CORTE AA
COBERTA COM ESTRUTURA EM TRELIÇA METÁLICA DETALHE 1
PÉ DIREITO DUPLO
PÉ DIREITO DUPLO
Corte AA
INTRODUÇÃO
EXCELSIOR
MIDIATECA
COLIVING
O CONJUNTO 0 5
10
Planta Excelsior Primeiro Pavimento
Planta Excelsior Segundo Pavimento
Planta Midiateca Primeiro Pavimento
Planta Midiateca Primeiro Pavimento
Planta Coliving Primeiro Pavimento
Planta Coliving Primeiro Pavimento DETALHE
COBERTA COM ESTRUTURA EM TRELIÇA METÁLICA
PILAR METÁLICO
PLACAS AFIXADAS NA LAJE
Detalhe Coberta INTRODUÇÃO
EXCELSIOR
MIDIATECA
COLIVING
O CONJUNTO
41
PERSPECTIVA 1
EXCELSIOR
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
EXCELSIOR
MIDIATECA
COLIVING
MIDIA
O CONJUNTO
PERSPECTIVA 4
ATECA
COLIVING
INTRODUÇÃO
EXCELSIOR
O CONJUNTO
MIDIATECA
COLIVING
O CONJUNTO
43
2. Emanoel Alves Nágela Sousa Os centros urbanos das grandes metrópoles brasileiras vivenciam, a partir da década de 1970, um massivo processo de esvaziamento de sua população. Com o crescimento do perímetro urbano e o consequente surgimento de novas centralidades nas cidades, o centro histórico tem sido abandonado tanto pela população de baixa renda, que impedida de de ter acesso à moradia pelo mercado formal passa a habitar as periferias da cidade em favelas e assentamentos precários, quanto pela população de média e alta renda, que habita bairros onde condomínios fechados e auto suficientes passam a surgir. Como consequência desse processo, o centro torna-se degradado e suas infraestruturas urbanas bastante consolidadas, passam a ser subutilizadas. Com base no diagnóstico, propomos a criação do Cuca-Centro, com instalações que suportem a demanda das necessidades locais como: escola de artes e ofícios, escola de artes, espaço esportivo, habitação social e uma melhor integração com o comércio local.
45
47
TÉRREO
Pavimento Térreo
2 PAVIMENTO
2º Pavimento 0
5
10
CORTE TRANSVERSAL/ANEXO
Corte Transversal
CORTE LONGITUDINAL
Corte Longitudinal 0
5
10
49
51
Edifício Carneiro O edifício Carneiro foi construído em 1965 na esquina das ruas Sena Madureira e Visconde de Saboia, em frente à Praça dos Leões, e possui térreo mais quatro pavimentos. O projeto destinava-se, originalmente, para o uso residencial, o que faria dele o primeiro edifício residencial vertical de Fortaleza. Porém, a população à época não incorporou a nova tipologia, e ele acabou tendo, desde então, uso comercial, tornando-se pioneiro na mudança de uso em edifício vertical. Encontra-se parcialmente ocupado, com estacionamento no térreo e algumas salas comerciais nos pavimentos-tipo.
Imagem: 5. EdifĂcio Carneiro. Arquivo Nirez.
53
55
1. Alexandre Mendonรงa Gabriel Guedes Raissa Parente
57
RECORTE QUADRA EXISTENTE 0
5
10
Recorte quadra existente
PROCESSOS RECORTE SUBTRAÇÕES 0
5
10
Processos de subtração
PROCESSOS RECORTE ADIÇÕES 0
Processos de adição
5
10
Edifício Carneiro
Edifício Ovelha
Intervenção com plugins
Estrutura
Pele
Cenário
59
RESULTANTE RECORTE FASE 1 PLANTA TÉRREO
0 1 1 1 2
1 1 1
3
4
1 2 entrada
o berçário a ia social 8
9
rocas berçário nte restaurante o e estar po 1 ria tipo 1 tipo 2 tipo 3 tipo 4 tipo 5 po 2 Estudo
6
7
5
10
11
11
Fase 1 Planta Térreo
tiuso o e Espera cia Social ração 0 5 10 RESULTANTE RECORTE FASE 1 PLANTA 1º PAV.
12
13
1 2 entrada
o berçário a ia social
rocas berçário nte restaurante o e estar po 1 ria tipo 1 tipo 2 tipo 3 tipo 4 tipo 5 po 2 Estudo
14
Fase 1 Planta Primeiro Pavimento
tiuso o e Espera cia Social ração 0 5 10 RESULTANTE RECORTE FASE 1 PLANTA 2º PAV.
17 18 19 15
16 20
15 20 22 21
1 2 entrada
o berçário a ia social
rocas berçário nte restaurante o e estar po 1 ria tipo 1 tipo 2 tipo 3 tipo 4 tipo 5 po 2 Estudo
24 23
Fase 1 Planta Segundo Pavimento
tiuso o e Espera cia Social ração 0
5
10
5
10
RESULTANTE RECORTE FASE 1 CORTE BB
0
5
10
Corte AA
RESULTANTE RECORTE FASE 1 CORTE CC
0
5
10
0
5
10
Corte BB
Corte CC
61
63
2. Amanda Montezuma Carolina Lima Thaís Moreno Torna-se fundamental compreender aqui que a disciplina visa a intervenção em edifícios históricos vazios no centro justamente como um contraponto ao cenário já configurado da cidade. Dessa forma, o projeto de intervenção no edifício Carneiro, constitui-se dentro desse contexto e buscou se aprofundar em três eixos criados pela equipe no sentido de oferecer mais do que uma moradia, mas um complexo que forneça assistência e promova uma ativação urbana noturna para o centro da cidade, sendo os eixos: morar, trabalhar e cuidar. Diante disso, especializamos o programa de necessidades no próprio edifício Carneiro - entendendo-o como um núcleo - e nos edifícios ao lado que, antes eram usados como estacionamentos. O programa foi espacializado de forma a potencializar o máximo de vida urbana no local, onde pessoas de diferentes rendas possam utilizá-lo de diferentes maneiras e em diferentes horários. E dentro do conceito de ativação urbana, priorizamos na espacialização do programa, a utilização de diferentes acessos ao edifício, tentando criar diferentes travessias e formas de enxergar (e usufruir) do centro por sob novas perspectivas. Isto feito, a forma do edifício foi evoluindo e se modificando conforme também já foi visto em etapas anteriores. É interessante, dentro desse
processo, ressaltar que a intervenção foi feita tendo como premissa preservar ao máximo da fachada original do prédio, entendendo-o como um edifício de interesse histórico, mas mudando, todavia, todo o seu interior. Em toda a intervenção que se segue ao redor do Carneiro, nos edifícios próximos, buscamos realizar um contraponto, pois utilizamos materiais diferenciados no intuito de mostrar o contraste do antigo com o novo. Materiais estes que possuem uma mesma linguagem entre si aplicados no complexo como um todo. Dessa maneira, acreditamos que conseguimos ‘’respeitar’’ o edifício histórico dentro das nossas premissas e criar um contexto ao seu redor que tenha uma comunicação com ele e entre si. Como forma de compreender esse processo como um todo, acreditamos que o resultado do projeto se configura como um edifício urbanizado o qual cada detalhe foi pensado com cuidado dentro do contexto de onde está inserido.
65
1 Edifício Carneiro original
3 Inclusão de passarela e de segundo andar no edifício anexo (em azul).
2 Aberturas laterais e retiradas de estacionamentos
4 Abertura no edifício anexo ao lado e aumento dos seus pavimentos.
5
Centro Social
Edifício Carneiro
Espaços públicos para circulação Espaço Gastronômico Espaços de atendimento para moradores de rua Restaurante popular Espaço para guardar carrinho de catadores de lixo / ambulantes Espaço para convivência
Bar / Restaurante Administração Espaço para exposições Espaço de cursos de capacitação Biblioteca comunitária Terraço / Café
Hotel Social
Centro de Convivências
Salas multiuso Espaços de convivência Estacionamento acessado pelo subsolo
Bar Restaurante Espaços de convivência
DIFERENTES POSSIBILIDADES DE AGRUPAMENTOS
MÓDULO INDIVIDUAL
MÓDULO DUPLO E ACESSÍVEL 6m
Módulo individual
6m
4m
4m
3m
4m
Módulo duplo
Módulo acessível
67
RUA VISCONDE SABÓIA
A REIR
SSO ACE OCIAL EL S
ADU
HOT
RUA
AM SEN
RUA
A MA SEN
DUR
EIRA
RUA VISCONDE SABÓIA
SSO ACE OCIAL EL S
HOT
ACESSOS AO EDIFÍCIO ACESSOS VERTICAIS SERVIÇOS
ACESSOS AO EDIFÍ
ACESSOS VERTICA SERVIÇOS
Pavimento Térreo
1º Pavimento 0
5
10
CENTRO SOCIAL CENTRO DE CONVIVÊNCIAS HOTEL SOCIAL
Corte Longitudinal
PISCINA SALA ATENDIMENTO 04
CIRCULAÇÃO
DOCA
EST. CARRINHOS
Corte Transversal 0
5
10
69
71
EDIFÍCIOS R. VISCONDE SABOYA A Rua Visconde Saboya é abundante em estabelecimentos comerciais de varejo e distribuidoras, o que lhe confere a onipresença de caminhões que estebelecem o controle de fluxo de automóveis e o enclausuramento das calçadas. Os edifícios aqui estudados se camuflam nessa paisagem de comboio. O conjunto tem o térreo ocupado por lojas de materiais de construção e os andares superiores desocupados.
Imagem: 6. EdifĂcios R. Visconde Saboya. Google Earth.
73
75
1. Gustavo Brandolim Ingrid Pinheiro JanaĂna Gil
01
CRUZAMENTO VISCONDE SABOYA X GOVERNADOR SAMPAIO
77
EVOLUÇÃO FORMAL
Quadra - Situação Existente
Quadra situação existente EVOLUÇÃO FORMAL
Quadra - Estacionamentos
Estacionamentos eliminados EVOLUÇÃO FORMAL
Quadra - Proposta Final
Praça proposta Novo percurso Intra-quadra
Anexos propostos Comércios
Edificação proposta Abrigo Emergencial
Resultado final
Cenários
mais coletiva
nteriores eram de ente precários em ambientes eram
nsferir “potencial” após a criação das da estruturação da ensionamento dos mais coletivas - e s de serviço.
Serviços
CAMADA SERVIÇOS
Ventilação precária e os fossos Como já mencionado, um problema recorrente no centro é a falta de recuos laterais nas edificações, o que não seria diferente nos edifícios estudados. Essa característica foi determinante na distribuição dos ambientes e principalmente dos serviços. Com a “limpeza” na planta, abrimos melhores condições de ventilação e iluminação. Essas áreas foram atribuídas principalmente às áreas de permanência - os quartos coletivos - enquanto toda a área à sudoeste permaneceria sem ventilação e pegando o sol da tarde, que acabaram atribuídas aos serviços. Diante disso, foram locados os consultórios médicos e escritórios de apoio jurídico de forma que recebam o máximo de luz, ambientes climatizados que teriam maior eficiência com as proteções solares propostas como pele. Já no miolo do prédio, entre os dois fossos, estão a cozinha coletiva, os banheiros coletivos e as lavanderias - que dentre todas as áreas - foram pensadas para menor permanência.
Planta esquemática
Planta esquemática
Dormitórios coletivos (Espaços de permanência)
Espaços coletivos de estadia curta (Lavanderia, cozinha e banheiros coletivos)
Pele
Acessos
Proteção oscilante Módulo opaco
s distintos
modernização das modular com 3
as de parede; basculantes para
em associada ao composta por um
giro aprox.: 180°
CAMADA CIRCULAÇÕES
Nova circulação principal e corredores-varanda Uma questão muito específica do centro da cidade é a insalubridade dos edifícios que não possuem recuos laterais, causando sempre uma situação de sufocamento e pouca circulação de vento e iluminação no interior dos edifícios. Adjunto a isso, surge o agravante de que, pela idade dos edifícios, eles não possuem rotas de fuga, e consequentemente circulações verticais preparas para isso. Considerando inicialmente a demolição de parte do edifício 130 Devido a sua localização mais a leste- para melhorias na ventilação. Essa intervenção funcionaria como uma ampliação do poço, porém percebemos a possibilidade de anexar uma nova circulação localizada de tal forma a cumprir os requisitos de acesso para todas as partes do edifício. A escolha da passarela foi, de certo modo, para impedir que o bloco se fechasse e para que ainda se tivesse uma vaga lembrança dos poços, melhorando a questão da iluminação e ventilação. Após a ampliação do poço, criou-se uma espécie de pátio interno, onde foram pensadas varandas que dão acesso a todas as partes do Módulo esquadria edifício. Por conseguinte, essas varandas ainda foram pensadas como áreas Basculantes + janela principal de convivência coletivas, dissipando em alguns pavimentos o que seria o refeitório.
Planta esquemática Anexo da nova circulação
79
Planta Geral do TĂŠrreo
0
5
10
Planta Geral do Primeiro Pavimento
0
5
10
CORTE AA
Desnível entre os edifícios
Um grande problema foi o desnível de aproximadamente 20 centímetros entre os dois edifícios, ocasionado por uma diferença no pé direito do térreo. O problema foi resolvido com pequenas rampas.
Corte AA
0
5
10
Corte BB
0
5
10
81
VISTA
03
VISTA DA VISCONDE SABOYA
10
MURAIS ARTÍSTICOS PRAÇA PROPOSTA
83
Edifício Jangada A construção do Edifício Jangada, em 1948, foi mais uma prova da consolidação de um futuro destinado à verticalização da cidade. A filial da Prudência Capitalizações em Fortaleza foi a primeira de uma séria realizada em outras capitais do Norte e Nordeste. A Companhia Prudência ocupou o térreo, prestando serviços de atendimento ao público através de duas grandes lojas; o primeiro andar servia à instalação de seus escritórios e o último pavimento era reservado à hospedagem da diretoria e convidados. Os demais pavimentos destinavam-se à locação pública.
Imagem: 7. Edifício Jangada. ANDRADE, Margarida. Fortaleza em perspectiva histórica (1810- 1933). São Paulo, 2012.
85
87
1. Isabel Lemos Lidia Pinto
o jangada o
89
Proposta de intervenção no entorno
edifício jangada cenários iniciais Cenário existente -
Térreo e mezanino destinados ao Hospedagem diretoria público em geral Pavimentos de salas comerciais para alugar Terraço destinado a pequenos Salas Comerciais eventos
Escritório da Companhia galeria de serviços escritório da companhia salas comerciais
Galeria de Serviços hospedagem de diretoria
edifício jangada cenários propostos Cenário proposto -
Térreo e mezanino destinados ao Eventos público em geral Pavimentos de salas comerciais para alugar Terraço destinado a pequenos Salas Comerciais eventos
restaurante coworking galeria de serviços
Restaurante Coworking
salas comerciais eventos
Galeria de Serviços
91
Planta TĂŠrreo
Planta Pavimento Tipo
Planta Terraço
edifĂcio jangada coberta
Detalhe Coberta Galeria
93
95
Edifício Ventura O Edifício Ventura foi construído na década de 1950 na esquina das ruas Major Facundo e Castro e Silva, próximo ao Passeio Público, e possui oito pavimentos. O projeto orignalmente era de uso comercial, com quatro salas por pavimento. De traços Art Déco, o edifício encontra-se subutilizado atualmente, com apenas uma loja funcionando no pavimento térreo.
Imagem: 8. Edificio Ventura, 1952. Arquivo Nirez.
97
99
1. David Vaz Janette Santos
101
1
CIRCULAÇÕES E SERVIÇOS EXISTENTES
LOTES DO ANEXO PROPOSTO
2 NOVO VOLUME DE SERVIÇOS E CIRCULAÇÕES VERTICAIS
3 ANEXO DESTINADO A ATIVIDADES COMERCIAIS: GALERIA E COWORKING
4
NOVO USO AO EDIFÍCIO VENTURA
103
ANEXO PROPOSTO
ED. VENTURA
ANEXO PROPOSTO
Pavimento Térreo
ED. VENTURA
ANEXO PROPOSTO
ED. VENTURA
ANEXO PROPOSTO
6º/7º Pavimento
ED. VENTURA
0
5
10
+31,66m +29,36m
+25,11m +21,96m +18,84m +15,71m +12,60m +9,47m +6,36m +3,40m
Corte Longitudinal
+31,66m +29,36m
+25,11m +21,96m +18,84m +15,71m +12,60m +9,47m +6,36m +3,40m
Corte Transversal
105
107
Banco do Estado de São Paulo (BANESPA) De autoria desconhecida, a sede do Banco do Estado de São Paulo foi inaugurada em 1970 na capital cearense, Localizado na esquina das ruas Major Facundo e Senador Alencar, o prédio possui 14 pavimentos, além de um subsolo. O BANESPA perdeu sua função original ainda nos anos 1990, transformando-se então em mais um estacionamento no Centro de Fortaleza. Mais recentemente, o prédio, que passou por alguns processos judiciais com relação ao funcionamento do estacionamento, encontra-se totalmente abandonado,
Imagem: 9. Banco do Estado de São Paulo (BANESPA). Michaela Alves.
109
111
1. Ana Caroline Alves Ligia Harumi
113
processo
processo
processo
_ expansão
_ expansão
_ expansão
1
2
3
processo _ programa
Housing First é um método inovador que visa trazer dignidade e oportunidade à população em situação de rua através de moradia e uma gama de serviços de suporte.
abrigamento em casa própria
alfabetização financeira
capacitação
terapia
reconexão familiar
inclusão comunitária
_ camadas Camadas
esso
amadas
ssos
estrutura
serviรงos e acessos
estrutura
cenรกrios
serviรงos e acessos
pele
cenรกrios
pele
115
corte 3 corte 2
corte 1
corte 3
Pavimento TĂŠrreo
corte 2
laje impermeabilizada i= 1%
corte 1
2Âş Pavimento 0
5
10
sta
proposta
corte 3
Corte 1
Corte 3
proposta
Corte 2
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PROJETO ARQUITETÔNICO 6 2018.2 Organizadores Bruno Melo Braga Frederico Leite Lucas Costa
Fonte Dosis Número de páginas 120 Formato A5