Cidade da Moda - Bruno Peixoto Rodella

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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO | BRUNO RODELLA

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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ORIENTADOR: PROF. FELIPE CORRES MELACHOS UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CIDADE DA MODA

BRUNO RODELLA

SÃO PAULO JUNHO | 2016

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“ARQUITETURA NÃO É UM CURSO, É UM CAMINHO, PERCURSO. DENTRE TODAS AS ARTES, ESTA ME SATISFAZ, TIRA DE MIM TUDO O QUE SOU CAPAZ… ATÉ O QUE NÃO SOU ME FAZ! ” (EMANUEL SOUTO)

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AGRADECIMENTOS TFG_FINAL_BRUNO.indd 6

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Aos meus pais que sempre lutaram para me manter estudando e correndo atrás dos meus sonhos, minha mãe que sempre me motivou e me ajudou em todos os caminhos que decidi seguir, sempre me amparando nos momentos difíceis, ao meu pai por estar sempre disposto a me ajudar, pelas noites indo dormir mais tarde me ajudando nos projetos e por todos os ensinamentos. Ao amado Gustavo Marcolino, por me acompanhar neste último ano, aguentando meus momentos de stress, minhas ausências, e por todo apoio intelectual e manual. A todos os amigos que fiz nestes 5 anos, sejam eles da universidade ou fora dela, todos vocês contribuíram direta ou indiretamente para o meu desenvolvimento como ser humano e profissional em especial a Ana Caroline Cabral companheira de profissão por estar sempre disposta a me ajudar e por me ouvir diariamente, seja me lamentando ou pedindo conselhos. Ao meu orientador Felipe Melachos por toda a sua paciência, por me incentivar e me impulsionar a cada orientação, e principalmente por compartilhar todo o seu conhecimento comigo, com certeza aprendi muito com você, tenha certeza que a sua missão foi cumprida brilhantemente, obrigado !

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SUMÁRIO TFG_FINAL_BRUNO.indd 8

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO 10 CAPÍTULO 1- TEMÁTICA 14 1.1 MACRO TEMÁTICA -O que é a moda ? 15 1.2 A MODA E A ARQUITETURA 18 1.3 A MODA E A ARTE 22 1.4 TEMA-EQUIPAMENTOS CULTURAIS 26 1.5 OBJETO DE ESTUDO 28 1.5.1 LEGISLAÇÃO 30 1.6 RECORTE 31 1.6.1 RECORTE TEMPORAL 31 1.6.2 RECORTE GEOGRÁFICO - RUA AUGUSTA E FREI CANECA, SÃO PAULO, BRASIL 35 1.7 JUSTIFICATIVA 42 1.8 OBJETIVO 44 1.9 METODOLOGIA 45 CAPÍTULO 2- REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO 46 2.1 METODOLOGIA-OS SENTIDOS DA MODA (VESTUARIO, COMUNICAÇÃO E CULTURA). Renata Pitombo Cidreira,2005 47 2.2 O IMPERIO DO EFEMERO (A MODA E SEU DESTINO NAS SOCIEDADES MODERNAS) Gilles Lipovetsky (1989) 48 2.3 Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, Geraldo G. Serra 50 2.4 COMO SE FAZ UMA TESE EM CIENCIAS HUMANAS, Umberto Eco 51 2.5 Tese CCSP- Centro Cultural São Paulo: Um projeto revisitado, Luiz B. Telles 53 CAPÍTULO 3- ESTUDOS DE CASO 56 3.1 - Fábrica Aimer Fashion – Pequim, China 59 3.2 - Centro de Referência da Moda – Belo Horizonte, Brasil 67 3.3 - Espaço Conceito New Creators – São Paulo, Brasil 71 3.4 -Chanel Mobil Art Pavilion – Paris, França 77 3.5 -Centro Paula Souza e ETEC Santa Ifigênia – São Paulo, Brasil 85 3.6 -Galeria Metrópole – São Paulo, Brasil 95 3.7 -Conjunto Nacional – São Paulo, Brasil 103 3.8 -Lojas Colaborativas – São Paulo - Brasil 107 3.9 -Centro cultural São Paulo – São Paulo,Brasil 109 CAPÍTULO 4- PROJETO 116 CAPÍTULO 5- CONCLUSÃO 150 5- CONCLUSÃO 151 6- BIBLIOGRAFIA 153

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INTRODUÇÃO TFG_FINAL_BRUNO.indd 10

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11 O presente trabalho trata sobre moda e a construção de um equipamento urbano voltado totalmente para o tema. Moda não tem apenas uma definição ela pode ser analisada de diferentes aspectos como o social e o psicológico e moral, que serão abordados no desenvolvimento da monografia, além disso ela é um sistema em constante mudança, como veremos nos próximos capítulos. O trabalho mostra o crescimento da moda nos anos 90 no brasil, faz uma análise dos equipamentos culturais da cidade de São Paulo e sua localização na mesma, mostra a relação da moda com a arquitetura e o contexto em que a moda está inserida no mercado de trabalho. A cidade de São Paulo apesar do grande mercado de moda em constante crescimento não oferece um local em que todas as etapas de produção podem ser desenvolvidas no mesmo espaço. O equipamento proposto vem para solucionar essa grande deficiência da cidade na área de moda, colocando em único espaço uma infraestrutura que vai desde o desenvolvimento até a comercialização, com objetivo de preparar e desenvolver principalmente estudantes e jovens estilistas independentes, o local contará com funcionamento 24 horas. Através de uma análise histórica e da ocupação atual escolheu-se a Rua Augusta para implantação do projeto, o local desde sua origem tem a moda como marca principal, no seu comercio e no público que a frequenta, outro importante fator para a escolha do local é a intensa vida noturna principalmente no baixo Augusta, tendo em vista o funcionamento 24 horas do local. Para elaboração da monografia alguns autores foram mais utilizados como Gilles Lipovetsky e Renata Cidreira para pesquisas de moda, para o desenvolvimento do programa de necessidades foram feitas pesquisas com pessoas do meio da moda e entrevistas com professores de moda, além da leitura de diferentes teses e artigos voltados para diversos temas de interesse do trabalho.

Fonte: http://www.edgetrends.com/

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Fonte: https://3.bp.blogspot.com

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CAPÍTULO 1- TEMÁTICA TFG_FINAL_BRUNO.indd 14

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1.1 MACRO TEMÁTICA -O que é a moda ? Pode-se dizer que a moda surgiu em meados do século XV no início do renascimento europeu. A palavra moda oriunda deste período tem como significado costume e provém do latim modus que significa maneira. De maneira análoga a estes preceitos Lipovetsky define moda como um sistema em constante mudança como pode ser visto abaixo. Só a partir do final da idade média é possível reconhecer a ordem própria da Moda, a moda como sistema, com suas metamorfoses incessantes, seus movimentos bruscos, suas extravagancias. A renovação das formas se torna um valor mundano, a fantasia exibe seus artifícios e seus exageros na alta sociedade, a inconstância em matéria de formas e ornamentações já não é exceção, mas regra permanente: a moda nasceu (LIPOVETSKY, 1989, p. 23).

A variação da característica das vestimentas surgiu para diferenciar o que antes era igual, usava-se um estilo de roupa desde a infância até a morte, entretanto a partir da Idade Média, as roupas eram diferentes seguindo um padrão que aumentava segundo a classe social, houve até leis que restringiam tecidos e cores somente aos nobres. De acordo com CIDREIRA, 2005, a burguesia que não era nobre, mas era rica, passou a imitar o estilo nobre das roupas iniciando um processo de grande trabalho aos costureiros que a partir de então, eram obrigados a produzirem diferentes estilos para diferenciar os nobres dos burgueses o que nos leva a Herbert Spencer (1854) e a descoberta da submissão dos homens ás leis da aparência, ele foi o primeiro a entrever a moda, ou as conveniências da moda, como relação social, a tensão entre imitação e diferenciação social. Com a revolução industrial no século XVIII, o custo dos tecidos diminuiu bastante, em 1850 com a invenção das máquinas de costura o custo dos tecidos caiu ainda mais, a partir de então, até os mais humildes

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16 puderam comprar roupas melhores. Mesmo após a facilidade das confecções, as mulheres ainda eram privadas da modernidade continuando a usar roupas sob medida. A partir desta dificuldade, surgiu a alta costura que produzia diferentes estilos por meio de estilistas que inventavam tendências. Mesmo após essa popularização dos tecidos a moda até os dias hoje, de uma forma mais camuflada, ainda é usada para diferenciar classes sociais, como chama a atenção T. Veblen (1899), economista americano, na sua theorie de la classe de loisir para o caráter ostentatório do consumo de moda como fator de estratificação e segregação social.

Anos 40

Anos 20

Anos 30

Anos 80

Anos 60

Anos 50

Anos 70

Fonte: http://pessoasdoseculopassado.blogspot.com.br/ - modificado por Bruno Rodella

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17 Ainda no contexto social da moda para LIPOVETSKY (1989), as classes inferiores correm para imitar os outros que lhes são superiores, e estes, por sua vez partem em busca de algo novo que os diferencie, CIDREIRA (2005) alguns anos depois enfatiza esse pensamento analisando sociologicamente a moda, dizendo que a vestimenta ultrapassa sua função utilitária e implica outras funções de dinâmica social como a produção, a difusão, ou o consumo dos produtos da moda. A partir de Lipovetsky (1989) e CIDREIRA ( 2005) pode-se concluir que a moda, faz parte do contexto sócio-cultural, pois é um sistema com linguagem, símbolos e significados próprios. Ela expressa valores, idéias, hábitos, espaço, tempo, poder, costumes, tanto coletivos, quanto individuais. A moda pode ser analisada de diferentes aspectos, após um olhar social podemos partir para uma análise mais filosófica e moral, através de CIDREIRA (2005) essa abordagem vai preocupar-se pouco com a moda enquanto tal e focar no domínio do que é permitido e o que não é, a liberdade e a subjugação. Desse modo a vestimenta serve como pretexto aos moralistas para relembrar os princípios religiosos como os judaicos, muçulmanos e cristãos sobre os quais eles fundamentam suas interdições, tendo sempre o pudor, a higiene entre outros aspectos como razoes para implementação de tais proibições, pode-se tomar como exemplo a utilização do véu imposto as mulheres no mundo mulçumano que toma como álibi o pudor prescrito pela religião.

http://revistadonna.clicrbs.com.br/

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1.2 A MODA E A ARQUITETURA

De acordo com Lipovetsky (2008), o vestuário foi a principal “referência” de moda nos séculos XIX e XX e continua como seu vínculo principal até os dias de hoje. Porém a moda, não está restrita ao vestuário, estando intimamente ligada à aparência, a sua lógica se estende para diversas áreas da sociedade atual como indústria automobilística, têxtil, decoração e para a arquitetura. Moda e arquitetura se aproximam não só porque se baseiam em formas, ou pela busca incessante de novidade, mas por se referenciarem em princípios e significados de um processo de construção que, embora diferente, tem como base o mesmo contexto histórico. Pensando a arquitetura como uma arte ou técnica, o arquiteto e urbanista Lúcio Costa (1995), considerava a construção como o princípio básico da arquitetura, não o simples construir desordenado, mas o construir de forma a “ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção” Desse modo pode-se concluir que arquitetura é um local concreto onde ocorrem relações humanas e sua importância se dá no fato de projetar ambientes que atenderam a necessidades especificas individuais e coletivas. Após uma análise do mundo da moda e da arquitetura é possível traçar algumas relações bem intimas entre as duas áreas. No início da década de 90 surgiu uma tendência comum tanto para “vestir” quanto para “morar”: o Minimalismo, que tinha como princípio a simplicidade dos traços e a sobriedade das cores, de acordo com Adolfo (2003) o Minimalismo foi “a primeira manifestação contemporânea de um novo conceito surgido a partir da união da arquitetura e da moda”, relacionados a linhas de formas e silhuetas, Adolfo (2003) cita um importante exemplo que comprova a associação entre moda e arquitetura na contemporaneidade. Trata-se de uma única peça desenvolvida para servir às duas áreas em conjunto É o “casaco lounge chair”( fig;1.2.2) de uma coleção de

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19 Moreno Ferrari, confeccionada em PVC, que depois de inflada transforma-se em uma poltrona. Outro ótimo exemplo de junção das duas áreas são os desfiles de moda onde a roupas deixaram de ser a única atração e passaram a competir com o cenário da passarela criado na grande maioria das vezes por cenógrafos e arquitetos, essa junção vai além do cenário das passarelas e se estende até as lojas onde o design das lojas é cada vez mais importante. Traçando um paralelo ao projeto que será desenvolvido, a cidade da moda, podemos encontrar uma outra relação entre a moda e a arquitetura, a mais clara e obvia, a construção de espaços específicos e adequados ao desenvolvimento da moda, sem estes ela não conseguiria se desenvolver.

Fig: 1.2.1 – Passarela Channel tra - Fonte: http://cdn.wallpaper.com A passarela do desfile da Channel para o Paris Fashion Week foi transformada em um supermercado com produtos que levavam o nome da marca.

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Fig: 1.2.2 – Casaco lounge chair Fonte: http://cdn.casaecia.clicrbs.com.br

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Fonte: http://www.flaviacarboni.com.br/

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“Moda é como arquitetura pura questão de proporção ” (COCO CHANNEL)

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1.3 A MODA E A ARTE Os grandes costureiros e estilistas sempre dialogaram com os artistas de seu tempo, de acordo com Cerejeira (2012), foi o francês Paul Poiret, o primeiro a promover essas trocas de modo sistemático, ainda nas primeiras décadas do século XX. Ele utilizou em suas criações estampas exclusivas de pintores como Raoul Dufy e ilustrações de artistas como Paul Iribe e Georges Lepape. Um outro nome fundamental da moda no século XX, Coco Chanel, trabalhou com Picasso, com os balés russos de Diaghilev, com Jean cocteau e muitos outros artistas. Essa postura, que se firma ao longo do século XX, traduz uma visão da moda como arte e do grande costureiro (ou do criador de moda) como um verdadeiro artista de vanguarda. A relação arte x moda pode ser classificada de 3 formas: 1-A Arte é fonte de criação para a moda O momento mais emblemático e de maior influência das artes plásticas sobre a moda ocorreu em 1965, quando Yves Saint-Laurent lançou a coleção Mondrian, baseada no quadro “Composição com vermelho, amarelo e azul” de 1921. Para além de uma simples estampa, o geometrismo de Mondrian transformava-se em vestido. 2- A Moda é fonte de criação para a arte Artistas como Andy Wharol, Joseph Beuys ou Louise Bourgeois servem-se de elementos do universo vestimentário como suporte na criação de obras de arte. 3- Wearable Art ou arte usável O artista concebe peças de roupa, acessórios, estampas como peças exclusivas, mas seu compromisso é com a criação artística, não com a moda. Nos últimos tempos pode-se observar um grande aumento de estilistas anunciando suas coleções inspiradas em obras de arte, o que reforça a importância de YSL e sua coleção Mondran.

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Fonte: http://fashionindustrybroadcast.com/

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Fonte: hhttp://acidbetty.com

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1.4 TEMA-EQUIPAMENTOS CULTURAIS A produção cultural presente em uma cidade ou em um local especifico está diretamente ligada ao conjunto de atividades econômicas desenvolvidas em seu território, bem como às características da estrutura social, dinâmica demográfica e à distribuição da população no espaço, ou seja de acordo com Bógus e Pasternak (2011) está ligada ao conjunto de fatores que fazem da cidade aquilo que ela é: ruas, avenidas, as histórias dos moradores e a bagagem cultural importada por eles, como atores dos processos de produção e reprodução da cidade, a presença do Estado como promotor e/ou regulador das atividades culturais, justificando a instalação de equipamentos pelas demandas e ofertas já existentes. Equipamentos culturais são locais de trocas e de disseminação da cultura, estes contribuem para democratizar a cultura e para integrar populações, tanto de áreas periféricas como centrais, pois oferecem aos cidadãos acesso a bens e serviços culturais. Por outro lado, segundo Botelho (20...), a vida cultural da população não é feita apenas pelas práticas tradicionais, as quais se preocupam os gestores culturais que administram os equipamentos da cidade, práticas ditas de elite (teatro, museus, bibliotecas, por exemplo), mas sim pelo recurso a equipamentos e produtos da indústria cultural, sobretudo eletrônicos. A partir das definições de equipamentos culturais por Bógus e Pasternak (2011) e Botelho (20...), pode-se concluir que não só equipamentos de formas físicas como teatros, cinemas, entre outros, podem ser considerados culturais, mas toda forma de expressão que integre populações e traga informação relevante a quem as recebe. Tabela 1.4.1- Equipamentos de cultura e lazer no Município de São Paulo

Fonte: Nakagawa, 2010 p 16; IBGE

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Figura 1.4.1 – Espacialização dos equipamentos de cultura em São Paulo

A partir da leitura do mapa (São Paulo, 2007) e através de Nakagawa (2010), conclui-se que os espaços de produção cultural incluindo as praças no município de são Paulo se concentram na porção do centro expandido mais especificamente na porção centro-sudeste com exceção dos parques, salas de cinema em shoppings e espaços multiculturais (SESC’s e CEU’s) que apesar de também estarem localizados nessas áreas estão presentes em outras porções do território. De acordo com Bógus e Pasternak (2011), São Paulo é uma cidade das cidades mais cosmopolitas da América latina e a mais cosmopolita do Brasil. Essa condição não se reflete, entretanto, nas políticas culturais responsáveis pela instalação de novos equipamentos culturais e pela democratização do acesso aos mesmos. A localização concentrada desses equipamentos na cidade tem seguido, mais recentemente, o caminho das novas centralidades, com a instalação de teatros, cinemas, casas de espetáculo e até mesmo parques públicos, em áreas de concentração do grande capital, cujo caráter de exclusividade destina-se ao consumo de uma parcela pequena e elitizada da população.

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28 Não do só pela sua localização, mas pelos preços cobrados por serviços de lazer e cultura pode-se notar o caráter segregador dos equipamentos. Isso restringe os espaços de sociabilidade e lhes confere um caráter de exclusividade e sofisticação. É fundamental a atuação do estado nas áreas mais pobres e afastadas da cidade promovendo a instalação de equipamentos culturas e incentivando todo tipo de atividade cultural. A inexistência de políticas culturais inclusivas reforça o quadro de carência dessas regiões.

1.5 OBJETO DE ESTUDO Tendo como pano de fundo a integração de um antigo teatro com um centro cultural voltado para moda na Rua Augusta e Frei Caneca, coração da moda e da diversidade na cidade, tem-se a edificação de um equipamento cultural singular. Singular porque, por um lado, pretende afirmar-se como uma nova centralidade da moda na cidade e, por outro lado, por materializar uma modalidade de instituição social e cultural que na sua configuração arquitetônica consagra as quadras abertas e a fluidez urbana, utilizando-se do conceito de 3º era da cidade. A Cidade da Moda como será chamada se define por centro de estudos, comércio e entretenimento voltado para moda, onde pessoas interessadas no assunto podem encontrar todo tipo de serviços e infraestrutura, tal edifício constitui desde um espaço para trabalho passando pela criação até o desenvolvimento como também para comercialização e exposição do trabalho. Além de profissionais e estudantes de moda o projeto abrange consumidores de moda e o público em geral com exposições, cursos e comercio a cidade da moda terá funcionamento 24 horas visando o público notívago e jovem frequentador da região onde será implantado. O programa de necessidades procura abranger e dar suporte para todo o universo da moda, desde o processo de criação e experimentação até a sua comercialização e exposição. Os grandes ateliês de costura serão equipados com mesas para corte, manequins, computadores entre outros equipamentos necessários para a confecção de um novo modelo, ainda na área criativa o centro contara com um grande ateliê voltado totalmente para modelagem, este interligado ao ateliê de costura. Para experimentação de novos tecidos e técnicas um laboratório foi pensado para dar suporte a este processo, passando para a comercialização e exposição o programa conta com a implantação de um novo modelo de lojas, chamadas de lojas colaborativas

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29 Tabela 1.5.1 - Programa de Necessidades – Quadro de áreas Setor

APOIO

Nucleo Criativo

APOIO

Nucleo Educacional

APOIO

Nucleo Expositivo

Social

APOIO

Pav. Jardim

Administrativo / Tecnico

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Ambientes Laboratorio experimental Laboratorio Hibrido Ateliê Modelagem Ateliê de costura Estudio Fotografico Sanitário Unisex + PNE Deposito / Acervo Laboratorio de pesquisa Biblioteca Salas de aula de desenho Salas de aula livre Salas de aula teorica Auditorio Sanitário Unisex + PNE Deposito Area de exposiçoes Area de esposiçoes fotograficas Espaço para desfiles Backstage Sanitário Unisex + PNE Bar + Sky Bar Livraria de moda Café Loja colaborativa Praça Area de Eventos + Apoio

Quantidade 2 1 2 2 2 3 6 1 1 5 6 1 1 4 1 1 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1

Area total 530 250 440 620 225 108 351 217 517 371 426 25 680 113 20 275 123 275 90 62 600 232 100 200 243 926

Lotação maxima 110 50 100 100 50

Praça de convivencia e exposição intinerante

1

667

130

1 1 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (127 vagas) Sub-Total (m²) circulação area total (m²)

36 45 21 51 30 16 16 30 33 33 23

Sanitário Unisex + PNE Secretaria ( atendimento ) Sala de Coordenação Sala de reunião Sanitário Unisex Almoxarifado Sala de TI Copa Vestiario Masculino Vestiario Feminino Enfermaria Caixa d'agua deposito de lixo Estacionamento Bicicletario

23 3080 12123 3796 15919

2 60 110 100 110 40 254 2 55 25 180 25 100 45 30 50 50 190

20 9 21 2 4 22

5 2 2053

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30 onde o criador do produto aluga uma pequena área da loja ‘boxes” onde expõe seus produtos para venda. A área para desfiles e exposições poderá ser usada para diferentes tipos de eventos, além da área de eventos localizada no pavimento jardim. O centro contara com uma área de suporte e desenvolvimento de profissionais oferecendo cursos e palestras ao público interessado, para estes processos existiram salas de aulas e uma área de suporte aos professores, além de um auditório com capacidade para 254 pessoas. Além do núcleo criativo e educacional o centro conta com toda área administrativa e de suporte técnico como pode ser visto na tabela 1.5.1.

1.5.1 LEGISLAÇÃO Tabela 1.5.1.1 – Legislação

Área do terreno: 4.755 m² Área total do programa: 15.919 m² Coeficiente de aproveitamento: 3,3

Conforme podemos observar na tabela 1.5.1.1 não será utilizado um coeficiente de aproveitamento máximo, essa escolha tem objetivo de criar uma grande área de circulação, integração e convivência para todo o público da cidade da moda e frequentador da região, principalmente durante a noite já que o centro terá funcionamento 24hrs. A média utilização do terreno busca a criação de um “oásis” horizontal para região que já tem uma grande densidade

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1.6 RECORTE 1.6.1 RECORTE TEMPORAL Moda no brasil a partir dos anos 90, abertura do mercado internacional e surgimento dos primeiros cursos superiores. De acordo com SOUZA, (20...), pode-se falar que a década de 90 inicia-se em 1989, com a queda do muro de Berlim, isto acarretou não só o fim da Guerra Fria como também o triunfo do sistema capitalista e o fim da União Soviética, concluída no final de 1991. Naquele momento começou a falar-se em globalização e passou a ser o assunto discutido em salas de aula e de conhecimento da grande massa, de fato, isto se deve, sobretudo as novas tecnologias como a internet, os novos sistemas de computador (Windows, Linux) e o maior acesso à redes de TV a cabo (a primeira instalada no Brasil em 1990). A tecnologia passa de fato a fazer parte da vida das pessoas, outro fator responsável pela ideia de globalização foi a maior integração entre os mercados internacionais e a abertura para produtos estrangeiros como no caso do Brasil no governo de Collor. Durante os anos 90 a economia do Brasil se abre para os produtos importados, a criação do Plano Real ratificado no governo de Itamar Franco, há também a união do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai no MERCOSUL. Igualmente na América do norte também é formado um bloco econômico, O NAFTA (Tratado Norte Americano de Livre Comércio), entre Estados Unidos, México e Canadá. A abertura das importações no Brasil no início de 1990, foi um fator crucial para a rua Oscar Freire atingir o seu potencial cosmopolita. Com ela, a rua começou a receber as maiores grifes do planeta, a partir daí, virou endereço obrigatório dos maiores estilistas brasileiros e se transformou em um reduto de grifes, hotéis, restaurantes e cafés de primeira linha. A moda da década de noventa se manifestou com grande liberdade na forma com que as pessoas se vestiam. Ela é marcada pela diversidade de estilos e individualidade, cada pessoa sempre estará em busca de um estilo próprio, um conceito que foi herdado da época passada foram os grupos anti moda, ou seja, tribos urbanas, que deu assim o surgimento do grunge originário da América do Norte, as Dragquens, os Clubers,

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Fonte: http://blog.monjua.com.br/

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34 entre outros. As novas gerações deixavam de adotar novas modas padronizadas. A roupa passou a ser vista como elemento de criação, com muitas possibilidades de expressar seu individualismo. A preocupação ecológica teve reflexos na moda dos anos noventa. Vários estilistas incorporaram a preocupação e denunciavam à agressão a natureza. A aceleração do ritmo do aquecimento global foi motivo de preocupação para o planeta, e a moda trata de traduzir esses anseios. Surgindo assim novas fibras ecológicas, meios de fabricação menos agressivos e as pessoas passam a não se preocupar apenas com o preço e a beleza das peças, mas também com a forma com que foram produzidas. Na tecnologia têxtil, a microfibra evoluiu muito, sugerindo tecidos de alto desempenho tecnológicos, os chamados tecidos inteligentes. De acordo com M.Sc. Pires (2002), no Brasil, antes da instituição dos cursos superiores de moda pelas escolas, o brasileiro que desejasse aprender sobre o assunto, era obrigado a viajar. No momento em que grandes mudanças aconteciam na economia, sinalizando a necessidade de medidas urgentes diante da crise, o setor têxtil e de confecção decidiu criar os primeiros cursos técnicos no Brasil e dez anos mais tarde em 1988 colaborou para o surgimento dos primeiros cursos superiores, na cidade de São Paulo, surgiu o primeiro curso superior de moda do Brasil da Faculdade Santa Marcelina, FASM, seguido pela Universidade Anhembi Morumbi, UAM, (1990); Universidade Paulista, UNIP (1991); Centro de Educação em Moda, Senac-Moda, (1999) Estes fenômenos foram evidenciados nos estudos de Prado e Braga (2011),como pode ser visto abaixo.: Foi a partir da década de 1990 que as primeiras gerações de estilistas e profissionais de moda graduados nas escolas pioneiras do país chegaram ao mercado. Criar moda deixava de ser, finalmente, resultado de oportunidade fortuita, vocação ou talento nato de alguns poucos, para se tornar área de formação profissionalizada, com metodologias e técnicas próprias. As novas gerações de estilistas formados em escolas encontraram um mercado confeccionista mais bem estruturado, mas ainda profundamente marcado pela tradição da copia e da imitação da moda estrangeira. Lenta e gradualmente, o setor passou a absorver profissionais de criação de moda, já os entendendo como elementos fundamentais para agregar maior valor de design e identidade a seus produtos.

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35 1.6.2 RECORTE GEOGRÁFICO - RUA AUGUSTA E FREI CANECA, SÃO PAULO, BRASIL A implantação do projeto será feita em um terreno que faz a transposição das Ruas Augusta e Frei Caneca, na região central da cidade de São Pauo. Esta região pode ser evidenciada pelo mapa e fotos abaixo.

Fonte Link Augusta

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Comércio de moda na Rua Augusta - Foto Bruno Rodella

Rua Augusta-Foto: Jairo Magalhaes – CC BY 2.0 via Flickr

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37 De acordo com Lara Deus (2013) a Rua Augusta não foi sempre palco de bares e festas frequentado por jovens de classe média. Antigamente um local de compras da elite paulistana. Os jovens sempre estiveram presentes no cotidiano da Rua Augusta, quando a via foi aberta em 1891 logo apareceram colégios em seu entorno, em seguida os cinemas de bairro surgiram como uma opção de lazer da região, muitas vezes frequentados por estudantes. A rua foi projetada com o principal objetivo de ligar o centro à Avenida Paulista, já que seu declive era mais suave do que outras alternativas, como a Rua Consolação, facilitando a caminhada. O tempo passou e o povoamento da região fez com que edifícios de mais de um pavimento começassem a tomar conta da via. Na década de 50, a opção arquitetônica que prevaleceu foi pelo edifício de uso misto, aqueles com estabelecimentos comerciais no térreo e moradias nos demais andares. Esta escolha foi crucial para todo o resto da história da rua. Em um primeiro momento, a configuração propiciou que o comércio de alto luxo surgisse e que as elites se apropriassem do local como centro de compras, atualmente, os estabelecimentos do térreo dos prédios ainda são utilizados pelo comércio e também por restaurantes, bares e baladas. No fim dos anos 60, o congestionamento de carros e pessoas e o aumento da criminalidade afastaram as camadas mais abastadas, que migraram para os shoppings centers e para Rua Oscar Freire um cruzamento da augusta. Em decorrência da desvalorização imobiliária, muitas destas construções deram espaço a prostíbulos, predominando de meados da década de 70 até o início dos anos 2000 A evolução dos transportes públicos da Augusta também denota a mudança: de bondes a burro à chegada da Linha 4-Amarela do Metrô, passando pelos bondes elétricos, ônibus elétricos, e pela priorização de carros individuais. A partir dos estudos de Zimmermann (2014), de 2005 em diante as casas noturnas surgiram e iniciaram o processo de atração dos atuais frequentadores, o que foi suficiente para tirar a Rua Augusta da obscuridade e transformá-la em um dos principais palcos da juventude de classe média paulistana. Este cenário de intensa agitação cultural está promovendo o fenômeno de valorização dos imóveis da região, com a construção de novos prédios e até a demolição de algumas construções antigas. Em ocasiões especiais, de preferência aos sábados, a Augusta era fechada, transformando-se em um

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38 boulevard com mais de 3 mil metros de extensão e 18 travessas, cortada por uma das avenidas mais importantes da cidade, a Paulista. No entorno, os jovens frequentavam cinemas como o Paulistano, o Majestic, atual espaço Itaú de cinema, o Picolino e o Astor, localizado no conjunto nacional, confeitarias como a Metro e a Yara, bares como o Escócia e o Chez Moi, lanchonetes como o Frevo e o Frevinho, o Lancaster e o Hot Dog, boates como a Bilboquet.

Cinema Paulistano

Cinema Majestic

A Rua Frei Caneca recebeu o nome em homenagem a Joaquim da Silva Rabelo (1779-1825), o frei Joaquim do Amor Divino, frei Caneca, orador, político, jornalista e poeta. Segundo a Folha de São Paulo (2003), a rua ganhou destaque em 2003, quando um segurança do Shopping Frei Caneca teve atitudes homofobias contra um casal de homens que se beijava no interior do centro comercial. Com essa situação a comunidade gay organizou um "beijaço" gay, onde 2.000 participantes beijaram-se ao mesmo tempo. A partir deste ano a rua ganha bares e boates destinadas a esse público. Atualmente a rua e a região do Baixo Augusta fazem parte do roteiro gay da cidade por causa de seus bares e boates, diversos lançamentos imobiliários estão a ser lançados na via, o que causa um "boom" imobiliário. Além dos bares a rua abriga o Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro Casa de Dante, a Escola de Atores Wolf Maya, o shopping frei caneca, a Paróquia do Divino Espírito Santo e praticamente todos os órgãos que atuam na Justiça Federal na Capital, evidenciando desta força a sua diversidade

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Fonte: http://blog.presspass.com.br/

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Rua Augusta-Foto: Jairo Magalhaes – CC BY 2.0 via Flickr

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1.7 JUSTIFICATIVA O projeto trará para região uma grande infraestrutura cultural valorizando a moda e toda a sua diversidade, grande marca da rua onde está implantada, a abertura de uma grande quadra ligando duas ruas trará não só uma nova forma de se pensar a cidade como maior segurança para quem frequenta o lugar podendo utiliza-lo também como passagem. A escolha da rua Augusta está ligada não só ao fato de ser um palco da diversidade e liberdade dos jovens como também por seu histórico no mundo da moda, o trecho da Avenida Paulista a rua Estados Unidos, como pode ser visto no mapa 1.7.1, abriga muitas lojas tanto alternativas como as grandes marcas de luxo, brasileiras e internacionais. O lado do centro conhecido como baixo augusta, local da implantação do projeto, é caracterizado não só pelo comercio de moda alternativo como por equipamentos culturais como cinemas, teatro, casas de shows e festas caracterizando a vida noturna da região, importante para o funcionamento 24hrs do projeto.

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Legenda

Comercial e Corporativo Residencial Equipamentos Urbanos Edifícios mistos Pontos de relevância para moda Principais Vias Áreas Verdes

Figura 1.7.1: Mapa de Uso e Ocupação do Solo Fonte: Bruno Rodella

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1.8 OBJETIVO O presente trabalho para conclusão do curso de arquitetura e urbanismo, tem como tema central a moda, objetivando sua transformação para arquitetura. A escolha foi feita pois o autor tem simpatia e familiaridade com o assunto além de sentir a necessidade de um equipamento voltado para a moda na cidade. A partir da análise dos equipamentos culturais na cidade de São Paulo percebeu-se a deficiência de um equipamento voltado para moda, esta área não tem muito suporte para desenvolvimento de novos profissionais o que nos leva a criação deste centro totalmente voltado para moda. O objetivo do projeto é integrar o grande mundo da moda em um só lugar, trazendo um espaço inédito para profissionais, estudantes e admiradores. O projeto facilitara o processo de criação e comercialização para novos profissionais e estudantes que ainda não possuem um espaço próprio de trabalho, além de uma grande área de convivência, cultura e aprendizagem para todos os interessados em moda. O partido arquitetônico tem o objetivo de trazer maior segurança ao local além de dar um respiro a região extremamente edificada.

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1.9 METODOLOGIA O presente trabalho utilizou referencias de diferentes textos como consultas em livros de CIDREIRA, Renata Pitombo. Os sentidos da moda: vestuário, comunicação e cultura. São Paulo: Annablume, 2005 e LIPOVETSKY, Gilles. O Império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Cia. Das Letras, 1989. Consulta de trabalhos acadêmicos como:NAKAGAWA, Carolina Teixeira – Reflexos sociais e impactos territoriais: tipologias e espacialização dos equipamentos de cultura e lazer. São Paulo, dissertação de mestrado apresentada â FAU-USP, 2011 e CUNHA, JAIME JR. – Edifico metrópole: um diálogo entre arquitetura moderna e cidade. São Paulo, dissertação de mestrado apresentada â FAU-USP, 2007 Consulta de periódicos como Revista Nexos: Estudos em Comunicação e Educação. Especial Moda/ Universidade Anhembi Morumbi – Ano VI, nº 9 (2002) – São Paulo: Editora Anhembi Morumbi.e Revista Arquitetura e Urbanismo.

Consulta a mapas da cidade de São Paulo no site da prefeitura da cidade:

- Subprefeitura da Sé (2004) - Mapa digital da cidade (2004)

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Além de Entrevistas com a professoras do curso de Moda da Universidade Anhembi Morumbi.

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CAPÍTULO 2- REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

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2.1 METODOLOGIA-OS

SENTIDOS DA MODA (VESTUARIO, COMUNICAÇÃO E CULTURA). Renata Pitombo Cidreira,2005 “ O corpo, a pele, na sua nudez apenas, não tem existência possível. O organismo não é aceitável a menos que seja transformado, coberto de signos. O corpo só fala quando é vestido de artifícios “(Borel,1999). O livro apresenta uma visão da moda, em relação ao corpo do ser humano em sua forma mais natural, desde o nascimento, lidando com as culturas ocidentais e orientai apresentando fatos, pensamentos e afirmações, de especialistas no assunto, que engloba comportamento humano, tendências e culturas. Segundo a visão apresentada pela autora, a moda pode ser caracterizada por diversos fatores, entre eles: Econômico, etnológico, técnico e talvez até mesmo linguístico. Por muito anos a moda teve um papel de segregação social, eram hábitos ostentatorios de consumo, que dividia a sociedade, pelo que era vestido, e também pelo modo como se comportavam. Em algumas culturas, a moda serve para diferenciar doutrinas de religiões, como cristões, muçulmanos, judeus; Esses hábitos, utilizam as vestimentas como ferramenta de identificação , e controle .Essa culturas religiosas , tem como principal objetivo separar o feminino , do masculino , e em sua maioria tem uma visão submissa da mulher que se reflete diretamente nas roupas .Em algumas culturas as cores , tem a função de expressar os sentimentos de quem as veste , como por exemplo : O preto , geralmente representa , o luto , o pêsame e sentimento de perda. Em um ponto todos os especialistas parecem concordar, a moda exerce uma função social onde separa grupos, pontos de vista, tribos urbanas, politicas. e movimenta diretamente a economia . Por estar em constante evolução, lançando novas tendências, a moda tem grande poder econômico, passando pelos grandes estilistas, até chegar nas “fast Fashions” mais acessíveis, esses conceitos, muitas vezes distorcidos e comercializados de forma agressiva, geram produção e renda, movimentando a economia de forma crescente.

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48 Sempre oscilando como um movimento de autoafirmação, e definição de uma personalidade e estilo, aliando tendências comerciais, e justificando altos valores na economia das nações, a moda, segue conquistando seu espaço em meio a crises, sendo cada vez mais versátil e mutável, e em constante evolução, conquistando cada vez mais espaço, relevância e mercado. A moda vive numa constante dança de passos, alternando, arte, representação e comercio.

2.2 O IMPERIO DO EFEMERO

(A MODA E SEU DESTINO NAS SOCIEDADES MODERNAS) Gilles Lipovetsky (1989) O livro tem como principal objetivo do autor, passar o conceito de moda, política, cultura e economia, apresentando ideais. O autor apresenta sua visão dos anos 70, onde a sociedade vivia dividida em vários grupos políticos, com visões e objetivos completamente distintos. Nesse jogo de poder o autor apresenta sua visão socialista, que tem como principal ideal, o foco de informar o leitor, e apresentar fatos e visões da época, se mostrando sempre atual, em seu objetivo. Ele afirma que o nascimento da moda aconteceu no final da idade média. Basicamente, o que conhecemos hoje como conceitos da moda, surgiu nessa época, afim de segregar civilizações, já que os adornos, artifícios e exageros, faziam parte da monarquia e do clero, se refletindo na arquitetura, no comportamento social, e cada vez mais nas vestimentas, nessa época o mais significava poder, riqueza e consequentemente posição social. No decorrer dos séculos, a moda servia principalmente como função hierárquica, de caracterizar as pessoas, e suas posições sociais, desde a monarquia, passando pelo clero, os artesãos, artistas de teatro, até chegar aos humildes trabalhadores rurais. Pincelando várias décadas onde a moda foi se auto afirmando, como afirmação de um estilo individualista, o autor chega a alta costura, fazendo uma crítica indireta, aos renomados estilistas contemporâneos, que acharam na moda uma fonte de renda, um mercado econômico vasto de possibilidades, e deixaram para trás

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49 ideais, caindo sempre na obsolência e na mesmice da imitação. O autor nos apresenta uma visão, dos anos 50 e 60, resumindo em alguns fatos, a era de ouro da moda, onde a criação se mostra importante, e o papel da moda, se torna ainda mais social, com o crescente movimento feminista. A influência da moda francesa no mundo, é imensa, desde Maria Antonieta, até renomados estilistas como Dior, e Yves Saint Lauren, o respeito por esse movimento, e o reconhecimento, são afirmados ainda mais nessa década. O autor reforça o conceito de sociedade consumista , que passou a ser alimentado , no decorrer dos anos , e faz até uma análise da sociedade oitentista , e uma projeção dos anos 90 , onde as grandes marcas ganharam mais evidencia ainda com a publicidade , direta , agressiva e cada vez mais invasiva , mostrando as garras , e conquistando novos públicos para marcas já consolidadas .Nessa parte o autor abrange não só o mercado da moda , e sim o mercado de consumo em geral , pincelando marcas do nosso dia a dia , grandes marcas de produtos eletrônicos , que nessas décadas se tornaram também marcas de desejo de consumo , trazendo status para quem as possuía. O autor fecha sua análise, defendendo que a moda em geral, faz parte da construção social, e que acaba se auto copiando, de décadas em décadas. A moda segue exercendo sua função econômica, social, pessoal e política, buscando sempre renovação, que acaba sempre fazendo referência a algum movimento passado. Desde o seu nascimento, até os dias de hoje, a moda nunca perdeu sua força, pelo contrário, sempre se reinventou, e acompanhou o desenvolvimento da humanidade, algumas tendências passaram mais rápidas que outras, porem todas elas tiveram alguma importância, na formação do que conhecemos hoje como moda.

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2.3 Pesquisa em Arquitetura e Urbanismo, Geraldo G. Serra A principal ideia do autor Geral G. Serra, é tentar reunir em um livro, as informações necessárias para os alunos de Arquitetura e urbanismo formarem os dados de pesquisa Para o TFG. Trabalhando como orientador por mais de 30 anos, o autor tem a intenção de organizar as ideias, as necessidades, e informações necessárias, que um aluno precisa reunir, para obter êxito em seu trabalho de conclusão de curso. Em seu primeiro tópico sobre a pesquisa cientifica, o autor afirma que é necessário ter e absorver conhecimento, mostrar interesse em conhecer a origem, o início das coisas, isso tem um papel fundamental para o resultado final. Já em “ Especificidade do campo da arquitetura e urbanismo “, o autor abrange todas as infinitas opções da área, apresentando e confrontando frases de mestres como Le Corbusier, e Vitruvios , dois mestres com pensamentos , personalidades e épocas diferentes , que ao mesmo tempo que se completam , acabam também confrontando as ideias um do outro. Ainda nesse capitulo o autor também grifa a importância da arquitetura e urbanismo no mundo, e como essas duas palavras, podem ter distintos significados, para diferentes épocas e culturas. No capítulo “ Colocando o problema, o autor aborda talvez o tema que mais assuste os estudantes, que é a justificativa da criação do seu projeto, os meios que ele usara para a realização do mesmo, e quais os fatores, normas e procedimentos que o limitam, e como eles podem ser contornados. Em “ A Base Empirica “ Geraldo G. Serra, relembra a importância dos estudos de caso, e como é necessário, ter exemplos reais e concretos, para que possamos ter base na conclusão de um projeto. Trilhando um longo caminho desde a idealização de um projeto, passando por pesquisas de terreno, estudo de caso, até finalmente chegar em avaliação de desempenho, e construção de conclusões. O autor forma um completo

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51 manual, com as principais ferramentas, que um aluno de Arquitetura e Urbanismo precisa para formular com êxito sua tese de conclusão de curso. Usando toda sua experiência na área, referencias de profissionais de todas as épocas, e principalmente traçando uma visão concreta e realista sobre o tema, o autor desempenha um importante papel, na vida do estudante, mostrando caminhos a serem seguidos, para as mais distintas e singulares áreas de especificação. Sendo uma conclusão técnica, teórica, visando arquitetura, ou abrangendo o urbanismo, a base é basicamente a mesma, e o que vai diferenciar uma conclusão de outra, é com certeza o empenho do aluno, e principalmente as bases que ele utiliza para concretizar seu projeto. “ A ciência é um processo continuo de desenvolvimento do conhecimento sobre o real e sobre nós mesmos. Em consequência, como já se viu anteriormente, suas conclusões são sempre provisórias, ou seja, as proposições que a constituem são verdadeiras até que uma nova proposição a negue, englobe ou substitua. (...)” O autor, conclui o livro, com o capitulo “ Formando Conclusões”, onde aborda abertamente o fato de que andamos em constante mudanças, e que todas as pesquisas são necessárias, entender o passado ajuda, a formar um presente mais concreto. Todas as teorias, suposições e teses, são completamente mutáveis, e se renovam de tempos em tempos, com novos fatos que concluem novas soluções. Por isso a pesquisa é o mais importante, é a base que justifica a criação de qualquer tese ou estudo.

2.4 COMO SE FAZ UMA TESE EM CIENCIAS HUMANAS, Umberto Eco

“ Houve tempo em que a universidade era uma universidade de escolha. A ela só tinham acesso os filhos dos diplomados. Salvo raras exceções, quem estudava tinha todo o tempo à sua disposição (...) Mas a universidade italiana é hoje uma universidade de massas, a ela chegam estudantes de todas as classes(...)”

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52 O autor Italiano Humberto Eco, apresenta em seu livro uma sensível visão, voltada para orientar alunos de ciências humanas, sobre como desenvolver uma tese concreta. Já em sua introdução, o autor deixa claro, que o livro é dedicado principalmente, para estudantes que possuem outras tarefas além de estudar, seja trabalho, ou outras causas, o autor justifica a escrita do livro, apontando também a deficiência das atuais instituições de ensino, onde o professor orientador, acaba por orientar diversos alunos, com diferentes estilos de trabalhos.

No decorrer dos capítulos, o autor defende principalmente, a organização das ideias, e planejamento.

Pede para que o aluno faça um cronograma, onde consiga organizar seu tempo, e seus objetos de estudo, conseguindo assim manter o foco, nas tarefas mais difíceis, porém, não esquecendo das demais partes que consistem sua tese, aplicando uma importância igualitária ao estudo no geral. O autor define tese, como um trabalho datilografado, onde o aluno trata um problema relacionado a área com que pretende se formar. Afirma também que uma tese é um trabalho de estudo aprofundado, onde o aluno precisa construir uma análise crítica de um estudo, uma solução e finalizar com uma conclusão do caso estudado.

O autor apresenta quatro regras obvias no desenvolvimento de uma tese

“ (...) 1) Que o tema corresponda ao interesse do candidato(...) 2) Que as fontes que recorre sejam acessíveis(...)3) Que as fontes que recorre sejam manuseáveis(...) 4) Que o quadro metodológico da investigação esteja ao alcance da experiência do candidato(...)” Dito isso o autor apresenta diversos métodos de estudos onde inclui organização e aplicação das ideias e objetos de estudo. Fontes e citações que devem ser consideradas, até chegar em conclusão, bibliografia, créditos e finalização. Com a construção de diversos capítulos, o autor auxilia o aluno no estudo e na pratica de uma dissertação de tese, e prepara o estudante de forma metódica e organizada, desde a escolha do tema, passando por sua justificativa, estudos de caso, bases de estudos, e desenvolvimento da ideia.

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53 “ Queria concluir com duas observações: fazer uma tese significa recrear-se e a tese é como um porco: não deita nada fora (...)” O autor conclui o livro , lembrando aos leitores que é preciso em principal se identificar com o tema abordado , acreditar e defender a ideia para qual se disserta a tese . Organização, pesquisa, foco, identificação e conclusão, são os principais pontos defendidos pelo autor para obter sucesso ao executar uma tese em ciência humanas, o livro cumpre seu papel e traça uma linha de estudo a ser seguida pelo aluno.

2.5 Tese CCSP- Centro Cultural São Paulo: Um projeto revisitado, Luiz B. Telles

O trabalho tem como proposta a recomposição e o entendimento do processo de projeto de Centro Cultural São Paulo , desenvolvido entre 1975 e 1982, durante o período de ditadura militar no Brasil.(...)” O autor Luiz B. Telles, desenvolve em sua dissertação de mestrado, para a instituição de estudo Universidade Presbiteriana Mackenzie, apresentando uma pesquisa aprofundada, de seu objeto de estudo o Centro Cultural São Paulo. O prédio inicialmente tinha como uso, abrigar uma biblioteca de nível estadual, fazendo com que os leitores tivessem contato direto com as obras, usando como base, projetos de bibliotecas internacionais, o projeto do edifício se mostrava complexo desde sua idealização, o que mobilizou diversos arquitetos, a fazer parte de seu projeto de criação. No decorrer do processo de criação do projeto, as pessoas envolvidas, se deram conta da importância de um centro de cultura, onde o cidadão poderia ter contato direto com a arte, em sua forma mais pura, e algumas modificações foram feitas, e o que era para ser uma grande biblioteca pública, acabou se tornando um dos maiores centros culturais da América Latina.

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54 O Centro Cultural São Paulo, tem uma participação muito importante na história do Brasil. Na época da ditadura militar, era completamente proibido qualquer manifestação que fosse contra o governo da época. E se tratando de arte, essa expressão caminhava junto com a política, que ia contra toda essa sombra causada pela opressão militar. Quase todas as propostas de implantação do edifício, a justificativa de seu uso, e o modo como os arquitetos envolvidos com o projeto enfrentavam as críticas, era sempre barrado pelos governantes da ditadura, o projeto ficou parado por anos, e só tomou corpo após a revolução que derrubou a ditadura no Brasil. A comoção contra a censura, tomou proporções nacionais, artistas de todos os segmentos, lutaram unidos para que a liberdade de expressão fosse defendida. Eram atores e atrizes, do cinema e do teatro, cantores populares, escritores, colunistas, jornalistas, arquitetos, diretores e toda uma nação unida, marchando em militância, defendendo a liberdade de expressão, que até então era massacrada pela censura militar. Era evidente a necessidade da criação de um espaço voltado para a arte e cultura em geral, onde o cidadão tivesse o contato com toda essa explosão do movimento artístico. E foi nessa época que o projeto do Centro Cultural São Paulo realmente tomou forma, e ganhou mais força e apoio. Em 1982, o Centro Cultural São Paulo foi inaugurado, trazendo assim todo esse contato com a arte que o paulistano merecia e lutou tanto para conseguir. “A escolha do tema do presente trabalho deu-se pela importância e significado do Centro Cultural – o primeiro edifício pensado e construído para abrigar um centro cultural na América Latina – Como local para atividades e como espaço na cidade de São Paulo(...)” O autor conclui sua tese justificando a escolha de seu objeto de estudo, mostrando toda a importância, histórica, cultural e social do Centro Cultural São Paulo, que hoje é um dos principais pontos de lazer e cultura na cidade de São Paulo e referência nacional e internacional.

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Fonte: https://upload.wikimedia.org

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CAPÍTULO 3- ESTUDOS DE CASO TFG_FINAL_BRUNO.indd 56

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Fonte: Archdaily

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3.1 - Fábrica Aimer Fashion – Pequim, China

O projeto inicial pretendido pela Aimer em 2004, previa um complexo fabril com área de 14.000 m² que abrigasse espaços convencionais de armazenamento, fabricação e um dormitório de 300 pessoas com funções individuais, com o rápido crescimento da Aimer na China, as lideranças rapidamente previram a importância de atualizar seu projeto, mudando de um negócio focado em produção para uma marca da indústria da moda. Para reforçar essa imagem da marca foi solicitada ao escritório responsável, Crossboundaries Architects, para acrescentar um escritório de pesquisa e desenvolvimento, um centro de distribuição de 23.000 m², um espaço para exposição de seus produtos e uma loja para a comercialização dos mesmos~, totalizando um total de 53.000 m² inaugurado em 2014. O projeto reuniu todas as funções sob o mesmo teto com o objetivo de otimizar o terreno, resultando em um edifício retangular isolado que apresenta força e autoridade ao público. O edifício foi cortado criando um vazio interno, no nível 13m foi disposto um deck de madeira, o espaço público duplo que atravessa o térreo e o deck permite a circulação do ar horizontalmente e verticalmente ao longo da fachada curva.

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Espaço de armazenamento

Centro de distribuição

Centro de conferencias

Circulação interior

Deposito principal de materiais

Hall / espaço de eventos

Área técnica Planta do terreo. Fonte: Archdaily

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Museu Aimer

Loja

Planta do 1ยบ Pavimento. Fonte: Archdaily

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Oficina de trabalho Escritรณrio de pesquisa

Deposito de material Loja

Oficina de corte

Planta do 2ยบ Pavimento. Fonte: Archdaily

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Oficina de trabalho Escritรณrio de pesquisa Terraรงo Comum

Deposito de material

Oficina de costura Planta do 3ยบ Pavimento. Fonte: Archdaily

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Oficina de trabalho

Escritório de pesquisa

Oficina reservada

Oficina de examinação

Oficina de costura

Oficina de layout

Planta do 4º Pavimento. Fonte: Archdaily

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A entrada pública recebe os visitantes em um saguão de 12 m de pé direito, que também funciona como espaço de eventos podendo abrigar até desfiles da marca ao lado ainda no térreo funciona o centro de conferências que abriga eventos ligados à indústria além de toda a área de produção, em um primeiro pavimento acima do saguão e centro de conferencias estão a loja e o museu Aimer, nos pavimentos acima estão localizados a área de escritórios que compartilham um deck de madeira comunal com as áreas de produção, criando uma área de convivência interna entre administração e produção, otimizando os tempos de comunicação.

Saguão e espaço de eventos Fonte: Archdaily TFG_FINAL_BRUNO.indd 65

Escadas de acesso as lojas e museu Fonte: Archdaily 03/06/2016 02:29:50


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Fonte: http://www.cazadoresdebibliotecas.com/

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3.2 - Centro de Referência da Moda – Belo Horizonte, Brasil

O Centro de Referência da Moda - CRModa - ocupa uma das mais belas edificações da cidade. O prédio neogótico, em estilo manuelino, construído em 1914 e tombado pelo IEPHA – MG (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) e pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte Em um século de existência, sediou importantes instituições histórico-culturais de Belo Horizonte, como o Conselho Deliberativo da Capital, a Biblioteca Municipal, a primeira rádio da cidade, as aulas inaugurais da Escola de Arquitetura da UFMG, a Câmara Municipal, o Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães e o Museu da Força Expedicionária Brasileira e em 2012 o CRModa.. O Centro de Referência da Moda, tem o objetivo de mobilizar o mundo da moda, promovendo debates, estudos, desfiles, exposições, seminários e cursos. O espaço centraliza várias ações de apoio a estudantes universitários de moda, professores, estilistas, profissionais do comércio, indústria e comunidade em geral. A ideia do espaço é ser um marco do setor na capital mineira, com o objetivo de registrar os acervos da cidade, e resgatar a memória material e imaterial ligada ao Design de Moda.

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68 Dotado de duas salas para exposição, salão de música, auditório com capacidade para 47 pessoas, biblioteca com aproximadamente 3.700 volumes, espaço para leitura e acesso gratuito à Internet, além do amplo e diversificado acervo especial sobre moda, com luxuosos vestidos de gala, fraques e finas lingeries, até extravagantes chapéus, trousses, luvas e outros acessórios,

Fonte: http://www.cazadoresdebibliotecas.com/

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Fonte: https://catracalivre.com.br

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Fonte: Archdaily

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3.3 - Espaço Conceito New Creators – São Paulo, Brasil

O espaço conceito de 180m² para novos criadores, inaugurado em 2014, tem como objetivo inseri-los dentro do mercado da arte, arquitetura, moda e design. De acordo com Motiro arquitetos (2014), escritório responsável, o projeto consistia em transformar uma casa de vila tradicional em Pinheiros em um espaço versátil que pudesse compatibilizar harmonicamente todos os seguimentos que a loja virtual já existente oferecia. O local abriga um espaço de vendas, área de exposições e uma área de trabalho com ateliê de costura. Os principais materiais usados no projeto foram o concreto e aço, houve a preocupação em manter algumas características de materiais do projeto original, adequando a ampliação feita no térreo e criação do pavimento subsolo. Disposto em 3 pavimentos o local apesar do tamanho reduzido consegue abrigar funções e necessidades básicas para o desenvolvimento de novos criadores principalmente na área de moda e design.

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Fonte: Archdaily

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Fonte: Archdaily

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Fonte: Archdaily

Área de exposições

Planta Subsolo

Área de vendas Escritório Acesso

Planta Térreo

Ateliê de costura Área de trabalho

Planta 1º Pavimento Plantas Fonte: Archdaily

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Fonte: Archdaily

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Fonte: http://simbiosisgroup.net/

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3.4 -Chanel Mobil Art Pavilion – Paris, França

De acordo com Zakia, Silvia (2012), o Mobil Art Pavillion, inaugurado em 2008, projetado por Zaha Hadid sob encomenda da Chanel, tem o objetivo de fazer uma exposição itinerante em que 20 artistas trabalharam a partir da famosa bolsa matelassada da grife. O Pavilhão já passou por Tóquio, Hong Kong, nova York e mais recentemente em 2011 foi doado pela Chanel para no instituto do Mundo árabe em Paris, outro importante marco da arquitetura moderna projetado pelo arquiteto Jean Novel, localizado as margens do rio Sena. O pavilhão é formado por dois volumes que se conectam logo na entrada de acesso do público. O primeiro, corresponde a uma área de 100 m² e funciona como anexo técnico, já o segundo, com uma área de 600 m² é propriamente o espaço de exposições que é dinâmico, complexo e fluido e integra sistemas naturais e artificiais em tecnologias de ponta. No seu interior um pátio central é banhado pela luz zenital filtrada por uma superfície de material translúcido. Ao analisar o design e a forma como os espaços foram pensados podemos notar que o próprio pavilhão pode roubar a atenção do público para si próprio quando a proposta é evidenciar as peças em exposição.

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Planta Baixa Fonte https://farm8.staticflickr.com

Vista Lateral Fonte https://farm3.staticflickr.com

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Vista Frontal Fonte http://img.archilovers.com/

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Fonte http://www.artigo.com/

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Fonte http://www.architectsjournal.co.uk/

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Fonte http://www.cnepaper.net/

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Fonte http://www.artribune.com/

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Fonte: arcoweb.com.br

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3.5 -Centro Paula Souza e ETEC Santa Ifigênia – São Paulo, Brasil

De acordo com Adilson Melendez (2013) atendendo à demanda da instituição, foram desenhados dois prédios independentes, um institucional e o outro para uma escola técnica de nível médio com uso voltado para o ensino de gastronomia e hotelaria, definido com a obra já em andamento, o que implicou na readequação do projeto. Implantados nas laterais menos extensas do lote, ambos têm estrutura de concreto armado, lajes nervuradas e pilares aparentes que mostram as influências da moderna arquitetura brasileira, com inserções de elementos metálicos. Estes aparecem, por exemplo, no mezanino do hall do edifício institucional e na cobertura com telhas perfuradas que arremata e dá unidade ao conjunto. Com subsolo, térreo, mezanino e cinco pavimentos de plantas livres (estes com balanços nas laterais mais extensas), o edifício que tem acesso pela rua dos Andradas é ocupado pela administração do Centro Paula Souza. Mais estreito, o térreo tem pé-direito duplo na parte mais próxima da praça interna e, na outra metade, compartilha o espaço com o mezanino. Nos fechamentos envidraçados, foi usado uma cortina/brise de aço inox. Mais amplo, o programa da escola resultou numa planta mais diversificada, à qual foram incorporadas partes do único edifício remanescente da antiga quadra. O acesso principal, pela rua General Couto de Magalhães, abre-se, de um lado, para o setor de convivência

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86 e a praça, ambientes fluidos e de grandes áreas livres. A outra metade do pavimento é ocupada pelo auditório, antecedido pelo foyer de pé-direito duplo que marca a esquina onde as ruas General Couto de Magalhães, Washington Luís e do Triunfo se encontram. No mezanino compartilham espaço os laboratórios de idiomas, a livraria/biblioteca e a área de convivência, está posicionada sobre uma laje recortada que ora se projeta, ora se recolhe sobre a praça e traz uma vibrante dinâmica ao conjunto. É nessa cota que se dá a única conexão (por passarela suspensa) entre o edifício institucional e o didático. No terceiro piso começam a se estruturar, em blocos laminares afastados, os laboratórios das técnicas gastronômicas e hoteleiras, que possuem circulação externa. Biblioteca e quadra arrematam, na mesma cota, a outra extremidade.

Fonte: Arcoweb

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Fonte: Arcoweb

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Fonte: Arcoweb

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Fonte: Arcoweb

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Fonte: http://saopaulo.sp.gov.br/

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Fonte: Arcoweb

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Fonte: Archdaily

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Fonte: http://www.urbanarts.com.br/

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3.6 -Galeria Metrópole – São Paulo, Brasil

Em 1959 sob a iniciativa da companhia santista de administração e comercio (incorporadora) e da Sociedade Comercial e Construtora S.A (construtora) foi organizado um concurso fechado para escolha do projeto arquitetônico do conjunto de prédios “máximos”. O terreno do concurso era localizado na esquina da avenida São Luiz com a Rua Dom José Gaspar, propriedade de Flavio Antônio Noschese, Heloisa Helena Coelho Pereira Noschese e Danilo Noschese. Para este concurso foram convidados quatro arquitetos que deviam responder com uma proposta de um edifico misto com uma galeria comercial no térreo, estes arquitetos eram David Libeskind (1928), Gian Carlo Gasperine (1926), Jorge Wilheim (1929), Salvador Candia (1924-1991), com exceção de David Libeskind que optou por não participar do concurso, os outros três enviaram suas propostas e sob a análise da comissão julgadora composta por membros das empresas promotoras foi dado empate entre os projetos de Gian Carlo Gasperine e Salvador Candia. Segundo Gasperine, no processo de julgamento a comissão ficou em dúvida entre a sua proposta e aquela apresentada pelo arquiteto Salvador Candia, por terem as duas um conceito básico muito semelhante. A solução do impasse foi sugerida pelo próprio Gasperine, ao sugerir que o projeto fosse desenvolvido em parceria pelos dois arquitetos finalistas.

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96 A volumetria do Edifício Metrópole e centro metropolitano de compras, nome original da galeria, configurase por um corpo vertical posicionado sobre o alinhamento do terreno na esquina da Rua Dom José Gaspar e Avenida São Luiz e um corpo horizontal que se estende por todo o perímetro do lote e avança na forma de terraços, sobre o espaço aéreo do passeio público. No interior do corpo horizontal o projeto se resolve com caráter de atividades públicas com uma galeria comercial e uma sala de cinema e no corpo vertical estão as atividades de caráter privado que equivalem aos conjuntos comerciais para uso de escritórios. O dimensionamento do Núcleo central, agrega cinco caixas de elevadores, uma sequência de escadas e quatro conjuntos de sanitários e copa, permitindo a divisão do pavimento em até quatro conjuntos comerciai, cada um com sua área de apoio, ao todo o andar apresenta 550 m² e 425 m² de área útil.

Planta do andar tipo (sem escala) - edifício Fonte: Acervo Aflalo & Gasperine Arquitetos

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Comercial Corporativo Circulação Cinema

Planta do andar térreo (sem escala) – Passeio São Paulo Fonte: Acervo Aflalo & Gasperine Arquitetos

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Comercial Corporativo Circulação Planta da 1º sobreloja (sem escala) – Passeio Londres Fonte: Acervo Aflalo & Gasperine Arquitetos

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Cinema

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Comercial Corporativo Circulação Cinema Planta da 2º sobreloja (sem escala) – Passeio Paris Fonte: Acervo Aflalo & Gasperine Arquitetos

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Comercial Corporativo Circulação Planta da 3º sobreloja (sem escala) – Passeio Capri Fonte: Acervo Aflalo & Gasperine Arquitetos

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Cinema

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Comercial Corporativo Circulação Planta do 1º subsolo (sem escala) – Passeio Nova York Fonte: Acervo Aflalo & Gasperine Arquitetos

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Cinema

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Fonte: www.cultura.sp.gov.b

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3.7 -Conjunto Nacional – São Paulo, Brasil

De acordo com Viegas (2013) para a realização do Conjunto Nacional, José Tjurs, dono do grande terreno que antes era a mansão da família de Horácio Sabino, contratou alguns arquitetos para apresentar ideias sobre o projeto entre eles David Libeskind, então com 26 anos. Ele pretendia construir um hotel e um centro comercial para exposições de indústrias. Na época, em 1955, a Avenida Paulista era inteiramente residencial e a Rua Augusta já era o centro comercial onde estavam as lojas chiques, dessa forma o conjunto nacional seria uma extensão da Rua Augusta. O projeto era característico da arquitetura brasileira daquela época, com ênfase no terraço-jardim e nos pilotis. Foi proposta a continuidade do passeio público coberto por todo o conjunto, gerando espaços de uso coletivo, a composição arquitetônica era basicamente formada por duas lâminas: uma horizontal, para uso comercial, que ocupava toda a área do terreno, e outra, vertical, de apartamentos. Separando as duas lâminas, havia os pilotis que se apoiavam sobre o terraço-jardim que serve de cobertura de toda a área comercial. Além dos pilotis, nesse terraço foram projetados um salão de festas e uma cúpula geodésica de alumínio, novidade na época, para abrigar o conjunto de rampas e elevadores do hall central.

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104 Em 1957 o Conjunto Nacional recebeu seu primeiro estabelecimento, o sofisticado Restaurante Fasano, que um ano depois mudou-se para o mezanino, onde se realizavam os famosos “jantares dançantes”, e o requintado jardim de inverno, logo eleito o melhor e o mais elegante salão de festas da cidade, com capacidade para duas mil pessoas, o Fasano era palco obrigatório dos grandes nomes da música internacional que visitavam São Paulo. O setor comercial, uma área de 61.354.5142 metros quadrados, foi destinado a um centro de compras e serviços, considerado o primeiro shopping center da América Latina e o maior da América do Sul. Atualmente, o Conjunto Nacional é dividido entre o prédio “horizontal”, onde funcionam os estabelecimentos comerciais, e o complexo residencial, localizado no edifício Horsa. O centro comercial abriga a mega unidade da Livraria Cultura, academia, casa de câmbio, drogarias e lojas, além de duas salas do Cine Livraria Cultura – que funciona onde estavam as antigas instalações de outro histórico cinema de São Paulo, o Cinearte. No Conjunto também funciona uma unidade da Caixa Cultural, onde ocorrem exposições e apresentações de dança e teatro. O Volume horizontal que abriga o setor comercial contem 5 acessos, o volume vertical contem 3 acessos dois para as salas comerciais e escritórios ( Horsa I e Horsa II ) e um para o uso residencial (Ed. Guayuiá ), além da garagem no subsolo.

Programa/Funções Fonte: http://pt.slideshare.net/marysato/conjunto-nacional-32756544?related

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Planta tĂŠrreo (sem escala) Fonte: http://pt.slideshare.net/marysato/conjunto-nacional-32756544?related=1

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Fonte: https://farm3.staticflickr.com/

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3.8 -Lojas Colaborativas – São Paulo - Brasil

Lojas colaborativas são estabelecimentos que alugam espaços para produtores independentes comercializarem suas peças é um conceito ainda relativamente novo, mas vem crescendo e já tem conquistado lojistas de diversas regiões, além de avançar em outros nichos, como o de vestuário, como é o caso da Cazanostra no Rio de Janeiro, o estabelecimento que também recebe eventos de gastronomia e de artes plásticas, tem a moda como carro-chefe a Cazanostra tem contrato com cerca de 25 estilistas independentes, que pagam entre R$ 200 e R$ 500 para utilizar os espaços. Em São Paulo, mercado pioneiro nesse tipo de loja, já tem pelo menos cinco, espalhadas na região central e em Pinheiros. A Endossa, a pioneira do segmento no Brasil, tem duas lojas em São Paulo na Rua Augusta e no Centro Cultural São Paulo e mais duas Franquias em Curitiba e Brasília, ela recebe todo tipo de produto desde vestuário, acessórios de moda até artigos para casa. Além da Endossa na própria Rua Augusta esta localizada a Cada Qual que segue o mesmo conceito da irmã pioneira, a De Tudo Um Pouco que tem seu forte em artigos home made, acessórios e decoração e O Augusta Arts que une Moda, design, gastronomia, shows, festinhas e muita intervenção artística, se difere das outras lojas na rua, trazendo um conceito artsy às lojas colaborativas. Além dos boxes de diversas marcas - roupas à artesanato.

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Fonte: https://spcity.com.br/

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3.9 -Centro cultural São Paulo – São Paulo,Brasil

A história do CCSP começa na década de 70, quando especulações começaram a partir de um terreno doado. Terreno esse, entre a Av. 23 de Maio e Rua Vergueiro, que foi uma consequência de desapropriações causadas pela construção do metrô. Em 1973, Miguel Colassuono criou o Projeto Vergueiro, o qual tinha como objetivo urbanizar o local e construir hotéis, escritórios, uma biblioteca pública e um shopping center. Além disso, o projeto tinha um prazo de cinco anos para o término das obras. Após dois anos, o projeto foi cancelado por Olavo Setúbal, pois a licitação para as obras havia vencido, fazendo com que pagassem a indenização ao consórcio Prounb. Como restou apenas a biblioteca pública do primeiro projeto, uma comissão de estudos (bibliotecários, professores e o arquiteto Aron Cohen) foi iniciada. A partir disso, a comissão teve a ideia de construir uma biblioteca moderna, na qual o material seria de acesso livre para as pessoas, deixando claro que, a partir daquele momento, a ideia seria expor a informação ao público e não mais guarda-la. Em 1976, Eurico Prado, um arquiteto, venceu a concorrência aberta e as obras iniciaram dois anos depois. Em seguida, o prefeito Reynaldo Barros transformou o projeto de biblioteca pública em um centro cultural multidisciplinar, similar ao Georges Pompidou (fundado em 1977 em Paris), já que Mário Chamie, secretário municipal de cultura, dizia que um estabelecimento como aquele seria ideal para aquela localização. Além disso, diziase que o local era demasiadamente grande para ser uma biblioteca. Portanto, foi decidido que a instituição contaria com exposições, teatro, concertos, cinema, ateliês e espaço para recitais, deixando os arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Telles, como responsáveis pelo projeto. Diante disso, iniciou-se uma pesquisa, para que as pessoas pudessem entender como era o acesso à informação em um país como o Brasil e qual era seu significado.

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110 Dessa forma, o objetivo da obra era facilitar o encontro das informações que seriam disponibilizadas no centro cultural com o público. Assim sendo, nenhum padrão pré-estabelecido foi seguido, e a arquitetura focou nas diversas entradas e caminhos, além das amplas dimensões. A construção do Centro Cultural São Paulo iniciou nos últimos anos da ditadura no Brasil e sua promessa de evitar a divisão e valorizar o aspecto multidisciplinar gerou controvérsias. Luiz Telles disse: “Ficávamos de prontidão, para ver com o que iam implicar. Não que fôssemos subversivos, os outros é que eram retrógrados”. Sendo assim, iniciou-se uma discussão do projeto nos meios de comunicação, já que ocorreram alguns problemas técnicos na construção, além de contar com ideias inovadoras. Portanto, para que o projeto final ficasse pronto, foram realizados diversos experimentos e pesquisas. Foram utilizados materiais como: concreto, tijolo, aço, tecido e acrílico. Devido às estruturas mistas, algumas ideias foram modificadas e foram implantadas novas técnicas, deixando o projeto mais artesanal. Emilie Chamie, esposa de Mário, criou o logotipo do estabelecimento durante a construção. No logotipo havia a representação de uma junção de curvas que, segundo Emilie, era a partir das estruturas do prédio. ras do prédio.

Fonte: https://arcowebarquivos-us.s3.amazonaws.com

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111 Em maio de 1982, a lei de criação do Centro Cultural São Paulo estabelecia: “planejar, promover, incentivar e documentar as criações culturais e artísticas; reunir e organizar uma infra-estrutura de informações sobre o conhecimento humano; desenvolver pesquisas sobre a cultura e a arte brasileiras, fornecendo subsídios para as suas atividades; incentivar a participação da comunidade, com o objetivo de desenvolver a capacidade criativa de seus membros, permitindo a estes o acesso simultâneo a diferentes formas de cultura; e oferecer condições para estudo e pesquisa, nos campos do saber e da cultura, como apoio à educação e ao desenvolvimento científico e tecnológico”. O projeto inaugurou em 13 de maio de 1982. O secretário Mário e o prefeito Reynaldo receberam diversos convidados, entre eles: participantes da obra e público em geral.

Planta Piso Flavio de Carvalho esc. 1:250 Fonte: Acervo Centro Cultural São Paulo

Circulação

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112 A intenção do centro cultural era agregar toda a população de8,5 milhões de habitantes (a maioria da periferia) e fornecer um local com diversos gêneros culturais, onde todos tinham acesso. Mário Chamie disse que “durante dois anos, dez meses e um dia pelas manhãs, tardes e madrugadas adentro, trabalhou-se na construção desse espaço”. Para ele, era necessário que, em um só espaço, houvesse todos os tipos de culturas e manifestações, dizendo que “toda essa igualdade cultural brasileira que é feita justamente das diferenças”.

Circulação

Planta Piso Caio Graco esc. 1:250 Fonte: Acervo Centro Cultural São Paulo

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Planta Espaรงo Ademar Guerra esc. 1:200 Fonte: Acervo Centro Cultural Sรฃo Paulo

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Planta Adoniran Barbosa esc. 1:150 Fonte: Acervo Centro Cultural São Paulo

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115 O programa do projeto tem objetivo de integrar grandes áreas e formar espaços multidisciplinares, essa integração é feita através das múltiplas possibilidades de entradas e caminhos criados através das grandes rampas, o programa prevê uma grande cobertura verde que permite aos usuários a apreciação da cidade. A estrutura do projeto foi uma inovação para época usando diversos matérias como aço, concreto, acrílico, tijolo e tecido.

Planta Sala Paulo Emilio esc. 1:100 Fonte: Acervo Centro Cultural São Paulo

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CAPÍTULO 4- PROJETO TFG_FINAL_BRUNO.indd 116

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Subsolo

O subsolo terá estacionamento tipo valet com capacidade para 127 vagas, o público alvo do projeto não possui a característica da utilização de carros, o subsolo tem o objetivo apenas de suporte, além disto a região já é bem abastecida por estacionamentos, no subsolo também está localizado o auditório com capacidade para 254 pessoas, um rasgo na laje foi criado para criar ventilação e luz ao subsolo além de uma área de jardim que atende ao subsolo e ao térreo.

Programa 1 - Estacionamento 2- Deposito de Lixo 3 - Vestiário Masc. 4 - Vestiário Fem. 5 - Carga e Descarga 6 – Jardim 7 – Auditório + Foyer

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120 Térreo O pavimento térreo tem como principal característica a transposição entre as ruas Augusta e Frei Caneca, proporcionando a abertura de uma grande quadra, trazendo uma área não só de passagem, mas também de convivência para o público que frequenta a região, este espaço contara com totens para exposições itinerantes fazendo com que os visitantes ou pessoas que utilizem o local somente como passagem tenham uma experiência cultural, tornando a passagem mais prazerosa. Além da transposição entre as ruas na fachada da Augusta temos o teatro Augusta localizado ao lado do terreno e que será incorporado ao projeto neste mesmo lado um bar com estilo underground interligado a loja colaborativa chama o público para dentro do local, o térreo conta também com a biblioteca que pode ser utilizada pelo público em geral interligado a ela uma livraria com foco em moda e artes, além destes no térreo também estão localizados o café na fachada da rua Frei Caneca, os estúdios fotográficos e área de exposições fotográficas que se abre junto com as lojas colaborativas para grande praça central, dando movimento a mesma. Programa 1 – Livraria 2 –Biblioteca 3 – Café 4 – Estúdios Fotográficos 5 – Exposição Fotográfica 6 – Praça central 7 – Loja Colaborativa 8 – Bar 9 – Teatro Augusta incorporado

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1º Pavimento – Andar Jardim

Este pavimento tem como característica principal rasgar o bloco de prédios criando uma grande área aberta, ele conta com 3 principais áreas, o espaço para eventos que pode abrigar desfiles de moda, festas entre outros tipos de eventos, a praça de convivência que contara com os totens para exposições itinerantes assim como o térreo, e o sky bar que será uma continuação do bar no térreo criando um espaço de contemplação da rua augusta e interligando através de uma passarela o teatro augusta e o prédio residencial localizado acima do teatro, criando uma área de lazer aos moradores do prédio. Programa 1-

Espaço de eventos

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Praça de Convivência

3-

Sky Bar

4-

Prédio Residencial interligado.

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2º Pavimento

No segundo pavimento estão localizados os laboratórios experimentais, voltados para teste de novos materiais, técnicas, texturas entre outros trabalhos, o laboratório de pesquisa equipado com computadores e mesas de trabalho e o laboratório hibrido que tem o objetivo de integrar todo o público frequentador do local, estudantes, estilistas, artistas entre outros, criando uma interação de trabalhos e pessoas, interligado por uma passarela está o espaço destinado a desfiles. Programa 1 - Laboratório de experimentação 2 – Laboratório de pesquisa 3 – Laboratório Hibrido 4 – Espaço para desfiles

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3º Pavimento

No terceiro pavimento estão os ateliês, um voltado para modelagem de materiais e roupas e o outro com foco na costura, junto a eles estão as salas de aula dividas em sala de desenho, teóricas e salas livres que podem ser utilizadas para qualquer tipo de aula em qualquer configuração, no mesmo pavimento ligado por passarela está o espaço destinado a exposições. Programa 1 – Ateliê de costura 2 – Ateliê de Modelagem 3 – Salas de aula Livres. 4 – Salas de aula de desenho. 5 – Espaço de exposições

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4º Pavimento O quarto pavimento possui a mesma configuração do terceiro com exceção da área de exposições que neste é destinada ao administrativo do local e trocando uma sala de desenho por uma sala de aula teórica.

Programa 1 – Ateliê de costura 2 – Ateliê de Modelagem 3 – Salas de aula Livres. 4 - Salas de aula Teórica. 5 – Salas de aula de desenho. 6 – Administrativo

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130 Cobertura

Na cobertura estão localizadas a casa de maquinas dos elevadores e a caixa d’agua de cada prédio, além de estar fixada a grande cobertura metálica que abriga as passarelas e escadas rolantes.

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CAPÍTULO 5- CONCLUSÃO TFG_FINAL_BRUNO.indd 150

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5- CONCLUSÃO

O trabalho teve como objetivo criar um espaço único e que de apoio total a pessoas que trabalham se interessam e consomem moda, ao desenvolver o projeto o objetivo foi criar um local que conversasse com a riqueza da diversidade da região onde está inserido se preocupando em acolher todos os seus visitantes. O partido adotado tem como principal característica a abertura da grande quadra onde está inserido, fazendo a transposição entre duas ruas, tornando o local mais seguro e rico culturalmente, além da característica 100% pública do local. A escolha da região se deu não só pelo seu histórico na moda, mas também por toda a riqueza cultural e de diversidade que ela apresenta. O trabalho fala de moda e traça um paralelo a diversidade a alma do projeto é fazer com que todas as pessoas que frequentem o lugar sintam-se representadas e acolhidas, livres de qualquer preconceito assim como a moda deve ser.

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CAPÍTULO 6- BIBLIOGRAFIA TFG_FINAL_BRUNO.indd 152

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6- BIBLIOGRAFIA CIDREIRA, Renata Pitombo. Os sentidos da moda: vestuário, comunicação e cultura. São Paulo: Annablume, 2005 LIPOVETSKY, Gilles. O Império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Cia. Das Letras, 1989. Costa, Lucio. Considerações sobre arte contemporânea. Registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995 NAKAGAWA, Carolina Teixeira – Reflexos sociais e impactos territoriais: tipologias e espacialização dos equipamentos de cultura e lazer. São Paulo Dissertação de mestrado apresentada â FAU-USP, 2011 e CUNHA, JAIME JR. – Edifico metrópole: um diálogo entre arquitetura moderna e Revista Nexos: Estudos em Comunicação e Educação. Especial Moda/Universidade Anhembi Morumbi – Ano VI, nº 9 (2002) – São Paulo: Editora Anhembi Morumbi www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/subprefeituras/index.php?p=8978 au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/237/conjunto-nacional-de-david-libeskind-302145-1.aspx www.archdaily.com.br/br/769776/paula-souza-center-spadoni-aa-plus-pedro-taddei-arquitetos-associados www.archdaily.com.br/br/771693/sede-da-markafonom-habif-architecture http://www.fau.usp.br/disciplinas/tfg/tfg_online/tr/131/a008.html http://www.belohorizonte.mg.gov.br/local/atrativo-turistico/artistico-cultural/centro-de-referencia-da-moda-crmoda https://arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/pedro-taddei-e-francisco-spadoni-etec-santa-ifigenia-e-centro-paulasouza-sao-paulo Merlo, Marcia e Navalon, Eloise – Processos projetuais para a criação em Design de Moda: pesquisas teóricas e referenciais, 2007, São Paulo Carvalho, Ana Paula e Fernandes, Carla – Processo de criação através de Yohji Yamamoto, 2012, São Paulo. Eco, Humberto. Como fazer a sua tese em ciências humanas, Lisboa: Editora presença, 1980. www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquiteturismo/06.069/4585 Adolfo, G. Idéias e Afins nos Máximos Detalhes. Caderno Almanaque, 2003

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“MEU TRABALHO NÃO TEM IMPORTÂNCIA, NEM A ARQUITETURA TEM IMPORTÂNCIA. PARA MIM O IMPORTANTE É A VIDA, A GENTE SE ABRAÇAR, CONHECER AS PESSOAS, HAVER SOLIDARIEDADE, PENSAR NUM MUNDO MELHOR, O RESTO É CONVERSA FIADA.” (OSCAR NIEMEYER)

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