BAIRRO LISBONENSE

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>CALDAS DA RAINHA



Índice Caldas da Rainha

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Grande Hotel Lisbonense

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Portugal nos Anos 80

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Bairro Lisbonensse

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Informações

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Caldas da Rainha

Acredita-se que, em 1484, durante uma viagem de Óbidos à Batalha, a rainha D. Leonor, esposa de João II de Portugal,e a sua corte, tenham passado por um local onde várias pessoas do povo se banhavam em águas de odor intenso. Fazendo alto, a rainha indagou-lhes por que razão o faziam, uma vez que, naquele tempo, o banho não era comum, muito menos em águas de odor tão acentuado, sendo-lhe respondido que eram doentes, e que aquelas águas possuíam poderes curativos. A rainha quis comprovar a veracidade da informação e banhou-se também naquelas águas, de vez que também ela era doente (não existe unanimidade entre os autores com relação à natureza do mal: alguns autores afirmam que a rainha padecia de uma úlcera no peito, outros, problemas de pele, e outros ainda, que tinha apenas uma ferida no braço). De qualquer modo, de acordo com a lenda, a soberana curou-se e, no ano seguinte, determinou erguer naquele lugar um hospital termal para atender todos aqueles que nele se quisessem tratar.


Para apoiá-lo, a rainha fundou uma pequena povoação com 30 moradores, dandolhes benefícios, como não terem de pagar os seguintes impostos: jugada (antigo tributo que recaía em terras lavradias), oitavos, siza e portagem, privilégios que também se estendiam aos mercadores que viessem de fora para comprar ou vender. O desenvolvimento das Caldas da Rainha iniciou-se com Afonso VI de Portugal, que fez reconstruir e ampliar o hospital. Durante treze anos, até ao fim da sua vida, ele, a família real e a corte usufruíram anualmente das águas termais, o que permitiu à vila desenvolver-se. Caldas da Rainha atingiu o estatuto de vila em 1511. Apesar do desenvolvimento e prosperidade que conheceu na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, o Concelho das Caldas da Rainha foi criado apenas em 1821. Foi durante o século XIX que a vila conheceu o seu maior esplendor, com a moda das estâncias termais, passando a ser frequentada pelas classes mais abastadas que aqui buscavam as águas sulfurosas para tratamentos. Complementarmente, a abundância de argila na região, permitiu que se desenvolvessem numerosas fábricas de cerâmica, que converteram a então vila num dos principais centros produtores do país, com destaque para as criações de Rafael Bordalo Pinheiro iniciadas na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, entre 1884 e 1907. O crescimento demográfico vivido no século XIX prosseguiu no século XX, com a elevação da vila à categoria de cidade em 1927. Ao longo do tempo, outras artes além da cerâmica aqui prosperaram, como a pintura e a escultura, fazendo das Caldas da Rainha um centro de artes plásticas, onde se destacaram nomes como os de José Malhoa, António Duarte e João Fragoso. p. 4,5


Grand Hotel Lisbonense

Longe vão os tempos em que de Lisboa partiam carruagens rumo ao Grande Hotel Lisbonense, um majestoso edifício de três pisos, rodeado de arvoredo e de belos jardins, nas Caldas da Raínha. Também de Espanha vinha uma clientela numerosa que logo se fazia notar pela animação que gerava em seu redor. Muito procurado pela sua proximidade das termas, frequentadas desde o séc. XV, o Hotel Lisbonense constituiu um motivo de orgulho para os habitantes das Caldas já que contribuía para dinamização da vila. O Hotel Lisbonense abria portas entre Abril e Janeiro, sendo muito procurado pela elite cultural do início do século XIX, por escritores, artistas, aristocratas, membros da família real portuguesa e muitos visitantes de Espanha, com especial incidência nos meses de Verão. Outros hotéis, estalagens e casas particulares ficavam repletos de hóspedes com menos posses, mas igual vontade de aceder aos tratamentos, no mesmo período, numa sazonalidade imposta pelo funcionamento do próprio Hospital Real, logo ali ao lado, que ocorria entre Maio e Outubro de cada ano.


As Caldas começaram a atrair a nata da sociedade da Península Ibérica devido às suas características termais, tão em voga na Europa de finais do séc. XIX e início do séc. XX. Não admira pois que este emblemático hotel tenha sido o edifício mais representado em postais das Caldas da Rainha ao longo de muitos anos. Também a proximidade da praia, que se tornou uma moda quase em simultâneo com a vertente termal, favoreceu a procura desta unidade hoteleira, contribuindo para a dinamização do turismo local numa altura em que a combinação destes dois factores fazia já um enorme sucesso em destinos como Bath e Brighton, em Inglaterra. Quando o comboio abriu caminho até às Caldas, em 1887, o número de banhistas com destino às termas aumentou consideravelmente assim como o número de visitantes da Fábrica de Faianças onde, frequentemente, era possível ver o fundador e artista Bordalo Pinheiro em plena actividade. Infelizmente, com o passar dos anos as termas caíram em desuso, assim como os hotéis que a elas se associavam, sendo trocados pelas praias. As instalações do antigo Hotel Lisbonense foram-se degradando e nos anos 80 o edifício tornou-se devoluto.

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Portugal nos anos 80

Portugal entou nos anos 80 e ficou marcado por divers acontecimentos, ao que nos fazem ver a realidade do país na atualidade. Acontecimentos estes, de ordem política e social e que marcaram a sociedade portuguesa. Como principais acontecimentos, temos a re-eleição a Presidente da República de António Ramalho Eanes (1980-1986). Em 1982, introduziu-se uma Constituição mais moderada... Onde? Mário Alberto Nobre Lopes Soares é eleito pela coligação entre o Partido Socialista e o PSD. O Governo cai, devido ao diferendo entre o Partido Socialista e o PSD durante a candidatura presidencial em 1983. Carlos Lopes ganha a Medalha de Ouro na Maratona dos Jogos Olímpicos em Los Angeles em 1984. Aníbal António Cavaco Silva e o PSD eleito com a coligação do Partido da direita CDS (1985-1987). Em 1986, Mário Alberto Nobre Lopes Soares é eleito Presidente da República (1986-1996). Foi o primeiro presidente civil em mais de 60 anos. É altura de novas mudanças, 1 de Janeiro 1986, Portugal adere à Comunidade Europeia. Re-eleição de Aníbal António Cavaco Silva e do PSD (19871991). 1988 Rosa Mota ganha a Medalha de Ouro na Maratona dos Jogos Olimpicos de Seoul


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Bairro Lisbonense

É um pequeno bairro, que surgiu nas emediações do antigo Grande Hotel Lisbonense, dái o nome Bairro Lisbonense. Este Bairro surge nos ano 80 e vem crescendo ao longo dos anos. Tem como característica principal, os frontões triangulares, que estão presentes em toda a arquitectura do bairro. A aquitectura nesta época, atravessava uma linha pós moderna. Após a injeção de capital no país, com a entrada de Portugal na CEE, a construção civil em portugal cresceu desenfreadamente, o que fez, com que este bairro tenha traços nas contruções muito parecidas. Este é um bairro muito agradável, com uma vantagem de estar ao pé de tudo e ao mesmo tempo não estar directamente no centro da cidade. A facilidade de estar perto de tudo, faz com que se possa, deslocar sem a utilização de um automóvel, bem como também aproveitar para um passeio. Com o crescimento do bairro, hoje temos um centro comercial, um parque infantil, esplanadas, um hotel, restaurantes e muito mais, que você pode vir conhecer.


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Como chegar

Avião Caldas da Rainha fica a 90 quilómetros do aeroporto internacional da Portela. Para além do serviço de táxis, pode também optar pela rede de autocarros Expresso. Carro A auto-estrada do Oeste (A8) é a principal via de acesso ao Concelho das Caldas da Rainha. Se optar por evitar a auto-estrada, tem como alternativa a estrada nacional Nº1. Autocarro A rede de Expressos é uma alternativa viável para quem quer chegar rapidamente à cidade das Caldas da Rainha. A viagem tem a dura cerca de uma hora. Comboio A viagem de comboio, tem a duração de cerca de duas horas com partida na estação de Entrecampos em Lisboa, e chegada na estação de comboios da cidade das Caldas da Rainha.

Onde ficar

Sana Silver Coast No centro das Caldas da Rainha, com 80 quartos e 8 suites, restaurante, bar e café esplanada, o mais recente hotel nas Caldas da Rainha pretende ser um espaço de referência na zona oeste e centro do país, oferecendo diferentes soluções para as mais variadas necessidades de alojamento e restauração. Av. D. Manuel Figueira Freire da Câmara 2500-184 Caldas da Rainha Tel. 262 000 600 www.silvercoast.sanahotels.com


Onde comer

Restaurante Ribatejana R. Fernando Ponte e Sousa Tel. 262 832 690 Restaurante Tulipa Rua Belchior de Matos Tel. 262 842 309 Café Galerias Rua Belchior de Matos 10 B Tel. 262 842 811 Café do Zé Rua São João Deus 1 Tel. 262 824 869 Café Rosa Av.Dom Manuel Figueira Freire Câmara, 1 Tel. 262 843 672

O que fazer

Parque D. Carlos I Antigo jardim de apoio ao Hospital das Termas, o Parque D. Carlos I, autêntico pulmão de Caldas da Rainha, conta com extenso arvoredo e relvado. Desde a sua inauguração, em 1892, que é tido como um tradicional passeio público da cidade, quer pela sua vertente lúdica. Museu José Malhoa O Museu localiza-se no coração do Parque D. Carlos I, possui um óptimo acervo de pintura, escultura, medalhística e cerâmica do último quarto do séc. XIX e início do séc. XX. O sector de pintura tem um importante conjunto de obras de José Malhoa, a par de diversos outros autores. O núcleo de cerâmica centra-se na obra de Rafael Bordalo Pinheiro. Vivaci Caldas da Rainha O Centro Comercial, que apresenta 60 lojas, 14 restaurantes, cinco salas de cinema, hipermercado e parque de estacionamento.

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BAIRRO LISBONENSE


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