ESTA HISTÓRIA CONTEI-A EU! Workshop de Illustração para a Feira Gráfica Outubro 2019
Como era costume, Armando abriu o curral das ovelhas primeiro e depois o das cabras, sabia que uma das cabras estava prenha mas deixou-a ir com o rebanho na mesma, à tarde achou a cabra estranha e suja, mas como não tinha monjo de fora continuou como se nada fosse. No dia Seguinte o meu pai não levou a cabra, ficou no curral para dar à luz. No fim da tarde quando chegou a casa com as ovelhas, foi ver a cabra mas continuava tudo igual. Na manhã Seguinte o meu pai estava com a minha avó a ordenhar as ovelhas, e reparou que a cabra tinha uma teta mais pequena que a outra e comentou que achava que a cabra já tinha parido, mas não havia sinais de cabrito. No final do dia o meu pai voltava a casa com as ovelhas e recebeu um telefonema de um amigo de trásdo-outeiro a dizer que viu junto à ponte da barrosa um cabrito pequenino e muito fraco, o meu pai pegou logo no carro e foi até lá, mal chegou ao rio ouviu logo berrar, junto a margem lá estava o pequeno cabrito, provavelmente apenas vivo por ter mamado uma única vez. O meu pai nunca tinha visto um caso destes, nunca antes uma cabra abandonou assim o filho, preocupava-o que a cabra não reconhecesse o filho ao voltar a casa, mas mal o ouviu berrar foi logo ao encontro dele e lavou-o e deixou-o mamar. Hoje lá está ele, saudável, com os outros, o meu pai continua a perguntar o que terá acontecido nos dois dias que esteve desaparecido.