VOZEIRO DA ASSEMBLEIA COMARCAL DE NÓS-UNIDADE POPULAR DE VIGO
NÚMERO 3 · JULHO - AGOSTO - SETEMBRO DE 2012
SUMÁRIO
Entrevista Manuel Torrado de “Som das Mámoas” Conhecemos de perto este festival que nasceu da iniciativa e entrega dum grupo de jovens de Candeám. Página 2
Polícia Local dá liçons de racismo a crianças Umha exibiçom para escolares das tarefas repressivas da polícia serve para inculcar às crianças o ódio racial contra a comunidade cigana e divulgar tópicos racistas. Página 2
Há que municipalizar o transporte público A municipalizaçom do transporte público é prioritária e necessária para os interesses da cidade. Os vigueses e as viguesas nom podemos sofrer as consequências de umha nefasta gestom por parte da Cámara municipal e seguir pagando ano após ano o contínuo incremento do preço do bilhete. A municipalizaçom é a única alternativa viável para garantir os empregos e condiçons laborais das trabalhadoras e trabalhadores de Vitrasa, e para contarmos com um transporte eficaz, cómodo e a preços acessíveis para a imensa maioria da vizinhança. Atualmente, o transporte público viguês é gerido pola empresa Vitrasa S.A, que discrimina os bairros periféricos com frequências escassas e com linhas inoperativas e ineficaces para a populaçom. Esta empresa tem umha estratégia de funcionamento circular de caráter centralizado, de tal maneira que todas as linhas, independentemente da sua ubicaçom, tenhem como objetivo chegar ao centro da cidade, isolando e nom permitindo a comunicaçom histórica entre os bairros, favorecendo a sua desligaçom e fomentando o uso do centro da cidade como ponto de comunicaçom. Umha estratégia ineficaz, própria do desconhecimento das caraterísticas da cidade. Evidentemente, o Grupo Avanza, grupo empresarial ao que pertence VITRASA, impom está ges-
tom circular, beneficiando ao centro e castigando a periferia, repetindo a estratégia que funcionou bem em Saragoça ou Sória, mas evidentemente na nossa cidade nom serve. A concessom atual que Vigo tem com VITRASA durará até o ano 2019. A responsabilidade desta decisom emana do governo municipal tripartito formado por BNG, PSG-EG e PSOE que governavam em 1994 e que renovárom a concessom desta empresa privada para os vindouros 25 anos. Umha empresa que no ano 1994 reconheceu a sua nefasta gestom e prometeu que melhoraria o serviço nos próximos anos. Como consequência, o serviço foi melhorando “progressivamente”, mudando a cor dos autocarros e renovando a frota, em troco de um encarecimento, também progressivo, do preço do bilhete e o deterioramento das condiçons laborais das trabalhadoras/es. Hoje em dia, o transporte público está muito pior que no ano 1994 Os contínuos aumentos do preço do bilhete simples situa-no em 1,22 euros, o terceiro mais caro do Estado espanhol. Um preço que aumenta ano após ano por acima do IPC. Em 2012 subiu o preço quase 5% quando o IPC se situava em 2,5%, polo que esse incremento nom é justificável.
Mas a gravidade da situaçom está na política municipal do governo PSOE-BNG, a de Caballero e Santi Dominguez, que enriquecem mais a esta empresa privada oferecendo subsídios milionários. Em 2011 fôrom 9.4 milhons de euros os que saírom das arcas públicas viguesas e no ano 2012 som 10,4 milhons de euros os que recebérom em conceito de “ajuda” para o uso e fomento do transporte público, em lugar de oferecer umha alternativa real para o povo trabalhador viguês. Estamos a falar de umha empresa privada que tivo um ganho de 100 milhons de euros no ano 2010, tal como se reconhece publicamente no web do grupo, e que justifica o incremento do preço devido à contínua melhora do serviço recebido. Serviço que nom melhorou nos últimos 10 anos, serviço ineficiente, onde os autocarros nunca som pontuais, e que nom cobre as necessidades do povo trabalhador viguês. A vizinhança tem que parar este saqueio continuo à classe trabalhadora viguesa, temos que fazer propostas e dar soluçons, e o primeiro ponto passa por municipalizar o serviço do transporte urbano. Como a concessom com esta empresa privada finaliza em 2019 temos que criar um movimento popular para nom permitir, nem um ano mais, que sigam enriquecendo-se a conta nossa.
9 DE SETEMBRO, 40 ANIVERSÁRIO DOS 16 DIAS DE GREVE EM VIGO
Campanha pola municipalizaçom do transporte público NÓS-UP organiza debates e edita um dossier analisando o papel de VITRASA e as alternativas ao modelo de transporte colectivo actual. Página 3
A igreja nom paga impostos A imensa fortuna da igreja fica isenta de impostos enquanto famílias obreiras caem na pobreça. Página 3
Abel Caballero usa carro oficial para fins pessoais A raiz de fotografias publicadas nos meios de comunicaçom aviva-se a polémica sobre o uso frudulento que os nossos governantes fam dos bens públicos. Página 3
Nesta, a nossa luita Artigo de opiniom de Eva Miranda sobre a atual relaçom de patriarcado e capitalismo. Página 4
FARO OBREIRO · Número 3 · Julho - Agosto - Setembro 2012
ENTREVISTA
“Criar um festival desde zero, com as amizades do bairro, é umha experiência que nengum de nós esquecerá jamais” Faro Obreiro entrevista Manuel Torrado, ativista cultural de Candeám e um dos promotores do festival de música “Som das mámoas” No mundo capitalista no que vivemos, onde a sociedade está adormecida e alienada polo sistema, o festival “Som das mámoas” é um oásis no deserto, um claro exemplo de vontade e de esforço popular, que tem mais valor acrescentado por ser realizado por jovens. Qual é o motivo do nascimento do festival? Umha das motivaçons do festival e descriminalizar a juventude, algo mui necessário nos tempos em que vivemos. A média de idade das pessoas que trabalhamos na organizaçom do nosso festival é das mais baixas que conhecemos. Isso pode parecer umha desvantagem em experiência, mas soubemos canalizar essa energia e potenciá-la em ilusom. Como exemplo de dificuldade, o ano passado o único meio de transporte com o que contávamos era umha moto. Estas adversidades figerom-nos crescer. Criar um festival desde zero, com as amizades do bairro, é umha experiência que nengum de nós esquecerá jamais. Assim mesmo, sempre gostamos da ideia de potencializar a relaçom entre a vizinhança, organizando atividades que favoreçam a convivência de experiências comuns. O Som das mámoas nom é simplesmente um festival de música. Na sua primeira ediçom, o ano passado, além de atuaçons musicais realizárom-se jogos populares, desportos, um jantar, obradoiros... provocando que a vizinhança participara e colaborara no festival. Como vos auto-organizades? A associaçom vicinal e a equipa de fútebol também formam parte do tecido que criastes? O primeiro ano, a organizaçom estava formada por um grupo de amizades, isto facilitou muito a comunicaçom. Reuniamo-nos semanalmente e tomávamos as decisons oportunas, criando, por exemplo, comissons de trabalho para as distintas atividades que aparecessem. Com a chegada da segunda ediçom o grupo cresceu e profissionalizou-se, o ambiente segue sendo imelhorável, mas é preciso usar ferramentas telemáticas para poder agilizar o fluxo de informaçom. A associaçom vicinal apoiou-nos desde o início facilitando a obtençom de autorizaçons e apoio logístico. A equipa
de fútebol facilitou as suas instalaçons para as atividades e a Comunidade de montes de Candeám já apostou polo projeto quando ainda era tinta sobre papéis.
“Desde a humildade e com muita ilusom, temos a esperança de crescer para oferecer cada ano mais tempo de lazer” O vosso projeto nasce no meio da grande crise do capitalismo, o qual provoca que muitas empresas nom colaborem economicamente. Como vos financiades? tedes apoio institucional? Existem quatro pontos básicos na financiaçom do festival: patrocínios privados, merchandising, balcom e subsídios públicos. Na primeira ediçom o subsídios públicos nom chegárom nem a 10% do orçamento final. Economicamente dependemos muito do balcom e também dos patrocínios. O festival do ano passado foi um sucesso, o esforço e ilusom pudérom com a inexperiência. Como valorizades ser um dos principais festivais musicais de referência na comarca? A nossa introduçom no panorama festivaleiro foi muito positivo, já que o festival se organiza num lugar familiar para a maioria das viguesas (frente as instalaçons do Celta na Madroa), o que facilita a chegada da gente interessada em escuitar música em direto.Também é um fator determinante contar com umha parada de autocarro a escassos metros das instalaçons. Ainda assim pensamos que na comarca existem numerosos festivais dos que ainda podemos aprender muito. Desde a humildade e com muita ilusom, temos a esperança de crescer para oferecer cada ano mais tempo de lazer, para que a gente que se achegue desfrute desta festa tanto como nós.
Vindouro 1 de setembro tem lugar a segunda ediçom. O formato do festival continua a ser o mesmo? Pode-se adiantar algumha informaçom ou surpresa? O formato do festival seguirá sendo de umha só jornada, o 1 de setembro. Ainda assim este ano faremos atividades nos dias prévios. 14 de agosto, véspera de feriado, temos preparada umha apresentaçom em Redondela; haverá música em direto e esperamos poder oferecer algumha surpresa mais.Também temos pensado fazer umha apresentaçom também em Vigo, mas ainda nom esta fechada a data. No mês de agosto organizaremos um torneio de fútebol 7 de bares, com equipas formadas polos clientes habituais de cada estabelecimento. No dia do festival ofereceremos música em direto desde a manhá, com algumha surpresa incluída, teremos obradoiros, um jantar popular, torneios de chave e petanca, um encontro de fútebol, e estamos a trabalhar na possibilidade de incluir um campeonato de salto de bicicletas na modalidade de dirt e bmx. O objetivo e oferecer mais variedade sem perder a identidade que lhe queremos dar ao festival.
Polícia Local dá liçons de racismo às crianças viguesas A Polícia municipal de Vigo voltou protagonizar um novo episódio de racismo. No passado 19 de junho, num ato promocional do Concelho de Vigo, realizou-se umha exibiçom organizada pola polícia local para mais de um milhar de crianças de diferentes escolas da cidade. Esta jornada de exibiçom serviu para que os polícias locais puderam fazer simulacros ou acrobacias, ficando mais umha vez em questom a “austeridade” de Abel Caballero. Mas o grave do assunto nom é o mal-gasto de fundos públicos, senom o modus operandi de realizar o simula-
cro, representaçom de umha pequena obra teatral com um guiom racista para tentar assim mostrar a “agilidade” e a “rapidez” com a que os polícias locais respondem no “combate à delinquência”. Na simulaçom realizada polos agentes de segurança locais, aparecia umha pessoa com sotaque cigano que tenta roubar um carro na rua, sendo bloqueado, identificado e detido polos agentes. Este ato é umha mostra mais das atitudes racistas inoculadas neste corpo policial, fazendo burla e menosprezando a umha etnia, catalogando-a de ladrons, vagos, meliantes e mentireiros.
Voltou-se repetir outro repudiável episódio de violaçom das liberdades fundamentais, mas esta vez, de maneira premeditada e diante de um milhar de crianças, fomentando assim a discriminaçom étnica. A Assembleia Comarcal de NÓS-UP denunciou a atitude da polícia local e exigiu a imediata demissom de Carlos López Font, concelheiro de segurança e tránsito, e umha imediata retificaçom pública face o povo cigano.
FARO OBREIRO · Número 3 · Julho - Agosto - Setembro 2012
Campanha em prol da municipalizaçom do transporte público
A igreja católica nom paga impostos Apesar de contar com incalculáveis recursos económicos e da opulência na que vivem os seus membros, as pessoas e organizaçons adscritas à seita católica estám isentas do pagamento da maior parte dos impostos que se aplicam a trabalhadoras e trabalhadores. Nem IRPF, nem IVA, nem IBI, nem contribuiçom municipal, nem imposto de doaçons e sucessons. A igreja fica à margem das taxas que afogam cada ano às famílias trabalhadoras. Em Vigo a igreja possui propriedades por valor de 45,9 milhons de euros. Apesar de acumular semelhante fortuna e de se beneficiar dos serviços públicos igual que qualquer outra, esta organizaçom nom paga um só céntimo em conceito de impostos.
Novo caso de violência machista no bairro do Castro O bairro do Castro viveu um novo episódio de violência machista como consequência da falta de soluçons e a mesma falta de interesse real por parte das instituçons para a aplicaçom de mecanismos efetivos contra a violência machista nas suas múltiplas manifestaçons.
A Assembleia Comarcal de NÓS-UP de Vigo continua a desenvolver a campanha para denunciar os nefastos efeitos para a classe trabalhadora da privatizaçom do transporte urbano.
A Assembléia Comarcal de NÓS-Unidade Popular de Vigo condenou este lamentável ato de violência machista num conunicado no que afirma: “somos conscientes de que a soluçom nom chegará enquanto nom derrubemos o sistema capitalista
Nas últimas semanas, desenvolvérom-se os primeiros atos informativos da campanha nas paróquias de Beade e Candeám, onde Iago Moreno, Responsável Comarcal da Unidade Popular, explicou de maneira didática as vantagens da municipalizaçom. Junto aos diferentes suportes agitativos, a Assembleia Comarcal da Unidade Popular elaborou um dossier para acompanhar a campanha, e que está disponível na rede em formato de fácil leitura.
Concelho de Vigo apoia campanha espanholista no futebol
Abel Caballero emprega o carro oficial para uso pessoal Nos últimos meses Abel Caballero vem protagonizando diversas polémicas relacionadas com uso dos carros oficiais. A notícia saltou quando o alcaide foi fotografado utilizando o transporte que pagamos todas as viguesas e vigueses para assistir a umha manifestaçom e para abandonar a mesma, enquanto o devandito carro esperava estacionado numha zona pedonal. Pouco tempo depois a polémica voltava à imprensa ao serem publicadas novas fotografias do carro utilizado por Caballero estacionado ilegalmente em lugares reservados a pessoas com mobilidade reduzida.
e patriarcal no que vivemos, e por isso, animamos a todas as mulheres a dar os passos necessários para combaté-lo mediante a auto-organizaçom e a denúncia”.
Estes pequenos incidentes que conseguírom saltar o filtro dos meios de comunicaçom som apenas a ponta do icebergue dum problema profundo que padecem todas as instituiçons políticas do corrupto regime espanhol. A utilizaçom de fundos e recursos públicos para uso pessoal é a norma tal e como podemos comprovar a diário ao sérem destapados as trapaças da classe política. A raiz destes factos levantárom-se vozes exigindo um maior controlo e fiscalizaçom sobre a utilizaçom dos carros oficiais. A reivindicaçom fai-se extensível a todos os bens públicos que estám a pagar as trabalhadoras e trabalhadores.
Em plena ofensiva contra direitos e conquistas da classe trabalhadora, o aparelho de Estado emprega os espetáculos desportivos para anestesiar a capacidade de luita obreira e popular. Assim, o Concelho de Vigo instalou um ecrám gigante no parque de Castrelos com motivo da final da Eurotaça.
A dia de hoje desconhece-se o importe exato do gasto destinado a este fim, já que ainda nom foi publicado, mas é lamentável o uso de fundos públicos para financiar a alineaçom mediática e a espanholizaçom social.
NÓS-UP participou na mobilizaçom em defesa do setor naval viguês A esquerda independentista participou com cortejo próprio na mobilizaçom sindical de 12 de maio na defesa do setor naval viguês. “O capitalismo é o terrorismo”, “Trabalho temporário terrorismo patronal”, “PSOE-PP a mesma merda é”, “Telmo Varela liberdade”, “A soluçom, a Revoluçom” “Obreiro em paro patrom colgado” fôrom algumhas das palavras de ordem lançadas no cortejo da Unidade Popular.
// Vozeiro da Assembleia Comarcal de Vigo de NÓS-Unidade Popular // Correio eletrónico: faroobreiro@nosgaliza.org Rouxinol 16, rés-do-chao (36205 - VIGO) // Telefone: 637 18 78 51 // Encerramento da ediçom: 17 de julho de 2012 // Distribuiçom gratuita FARO OBREIRO e NÓS-Unidade Popular nom partilham necessariamente a opiniom dos artigos assinados // Permite-se a reproduçom total ou parcial dos artigos
Nesta, a nossa luita Som mulher, mas também como outras tantas mulheres podo ser trabalhadora, desempregada, mae, filha, lésbica, companheira, luitadora, revolucionária, feminista... mas lamentavelmente também explorada, discriminada, insultada, invisibilizada, afastada, carente de direitos, etc... e todo isso é hoje em dia o que somos e sofremos milhares de mulheres galegas como tu e coma mim. Durante décadas, a influência do movimento feminista e a luita das mulheres por alcançar os seus próprios direitos e a sua emancipaçom, nom só a nível internacional senom também no nosso país e na nossa cidade, sempre fôrom obstaculizados, silenciados e ridiculizados polo sistema e polos meios de comunicaçom ao serviço do Capital. Nesta a nossa luita, a luita na que ninguém vai fazer nada por nós, excepto nós como mulheres, nom pode permitir-se o descanso nem trégua, nom podemos permitir as migalhas que o sistema e o Patriarcado nos estám a oferecer, através de leis de falsa igualdade, de cortes dos nossos direitos e endurecimento da reforma laboral que atenta especialmente contra a juventude e as mulheres. Ademais, no caso das galegas, afeta-nos ainda mais como habitantes de umha Naçom oprimida por Espanha. No caso da comarca de Vigo, destacamos trabalhos e setores maioritariamente ocupados por mulheres que recebem nefastas condiçons laborais, como som: o setor serviços, o conserveiro, a sanidade e a dependência. Nom devemos esquecer nem desligar desta luita a uniom indivisível entre o nosso género e a nossa classe. O capitalismo, de forma indissolúvel, emprega o patriarcado como arma para que fiquemos na casa como incubado-
EVA MIRANDA // Militante da Assembleia Comarcal de NÓS-UP de Vigo
ras, com o pretexto de que há que fomentar a família; como mao de obra barata de pessoas dependentes, já que quase nom há recursos destinados à sua atençom; porque já nom podo decidir sobre o meu próprio corpo, nem aborto livre nem gratuíto; porque conciliar a vida familiar e laboral é impossível, se tenho a sorte de trabalhar, aguarda mulher! que já haverá algumha lei o algum subsídio que fomente e bonifique, por parte do Estado, as empresas, o emprego a jornada parcial e contratos eventuais para as mulheres (já que o mercado laboral, oferecerá ao homem umhas condiçons melhores que as tuas). Querem que sejamos submissas, que levemos a carga da casa, da família, do sistema, que recomponhamos, em resumo, a força de trabalho.
A todo isto devemos acrescentar o maltrato físico, verbal e psicológico por ter que aturar a frustraçom do homem respeito à situaçom social-económica atual, e os impedimentos que temos as mulheres à hora de organizar-nos, criar espaços, mobilizaçons e reivindicaçons próprias. Esta inaniçom de direitos que estamos a padecer é resultado do ADN desta sociedade patriarcal que arrasta de forma congénita os costumes do passado, para segui-las inoculando no presente através de umha sociedade machista e “moderna e amável”, mas igualmente devastadora para nós. Esta situaçom, obriga-nos a seguir percorrendo um caminho de luita que temos que fazer entre todas, a organizar-nos, a rebelar-nos e conseguir a nossa emancipaçom nacional e social de género.