Insurreiçom nº 14

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Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 14 · Outono de 2011

A realidade é teimuda. A crise estrutural capitalista vai progressivamnete forçando ao bloco de classes oligárquicas a mostrar as suas verdadeiras cartas. A burguesia está madurecendo que o tandem democracia ocidental/economia de mercado deixou de ser útil para perpetuar a atual hegemonia ideológica que impossibilite a revoluçom.

dessas banais teorias elaboradas em cómodos laboratórios universitários, nem paralisar polo medo difundido polos meios de desinformaçom de massas.

Jugoslávia e Iraque primeiro, Afeganistám e Honduras depois, Líbia agora, Palestina sempre, som alguns dos mais relevantes exemplos dessas absurdas teorias que pretendérom atrassar ainda mais o processo de recomposiçom das forças rebeldes e revolucionárias após a desfeita provocada no campo da esquerda mundial pola implosom do bloco soviético.

A combinaçom de todas as formas de luita segue sendo a única estratégia viável para construir um novo mundo alicerçado na igualdade e liberdade. A emancipaçom da imensa maioria de oprimidas e dos povos nom vai ser resultado de umha maioria aritmética parlamentar. Hoje recobra força e máxima atualidade -em plena promoçom mediática de bem intencionados, mas esterilizados modelos de transformaçom como o 15-M, a necessidade de dotar-se de umha estratégia revolucionária que conjugue partido comunista, organizaçom de massas e exército revolucionário. Sem o desenvolvimento dialético destes três instrumentos estamos condenados e condenadas à derrota, a voltar à escravidom e o empobrecimento, à perda dos mais elementares direitos e liberdades à que nos tenhem condenado o FMI, o Banco Central Europeu e o imperialismo. Seria um suicidio conhecer os riscos desse caminho, e conscientes do perigo da vertigem, continuar avançando temerariamente face o abismo.

Mas o imperialismo necessitou aprofundar no saque dos recursos energéticos e minerais, na apropriaçom de vastas zonas planetárias com enormes reservas de água e biodiversidade. Para justificar as agressons criou falsos inimigos e inventou osbsuros fenómenos sempre sob o manto do “terrorismo islámico”. Os povos, as mulheres e a classe trabalhadora em muitos pontos do mapa mundial nom se deixárom enganar pola charlataneria

O rearmamento constante da burguesia nom preságia ventos de paz. Seria umha ingenuidade que as futuras geraçons nunca entenderiam, e mesmo nom perdoariam, deixar-nos levar por plácidas e cómodas análises e irresponsáveis teorias pacifistas do gosto da maquinária repressiva e bélica do imperialismo. @s revolucionári@s queremos paz com justiça social, nom a paz dos cemitérios. Queremos bem-estar e felicidade para o povo. Mas também sabemos que devem ser conquistadas.

Na última década a brutal ofensiva militar imperialista contra diversos povos do mundo deixou nuas disparatadas análises da nova pseudoesquerda que, bem financiada polo sistema, teorizava sobre o fim da luita de classes e da dominaçom imperialista, contra os grandes relatos marxistas, a prol de ingénuas alternativas pacifistas.


Há uns dias, na sessom de início do novo julgamento na Corte Antiterrorista de Paris respondeu à pergunta do presidente do tribunal de qual é o seu trabalho: “Sou revolucionário profissional”. E à da cidadania: “Sou palestiniano”, lembrando que lhe tinha sido outorgada por Yasir Arafat. Numha recente entrevista ao diário venezuelano El Nacional reconheceu ter participado em centenares de operaçons militares contra interesses do imperialismo e o sionismo que provocárom entre 1.500 e 2.000 baixas. Apoio do governo venezuelano

O militante internacionalista de origem venezuelana Ilich Ramírez Sánchez, popularmente conhecido como Carlos, está sendo julgado em Paris sob acusaçom de açons terroristas polo Estado francés. Ilich Ramírez como militante de organizaçons revolucionárias palestinianas combateu ativamente durante a década de setenta e oitenta contra o imperialismo. Participou com a FPLP nalgumhas das mais audazes operaçons da guerrilha palestiniana. Em 1994 foi sequestrado no Sudám polos serviços secretos galos que o levárom ilegalmente para França. Em 1997 foi condendao a cadeia perpétua por França.

Vitória da resistência palestiniana sobre Israel

A perserveráncia da resistência popular armada à ocupaçom sionista da Palestina saldou-se com umha importante vitória política e militar. 17 de outubro um soldado judeu capturado há cinco anos por milicianos das Brigadas de Ezzeldin Al-Qassam foi intercambiado por 1.027 prisioneiras e prisioneiros palestinianos após um longo processo de negociaçons. Nem as pressons internacionais, nem a brutal invasom terrestre de dezembro de 2009 contra Gaza, denominada chumbo fundido, nem o bloqueio da franja, lográrom submeter a determinaçom do intercâmbio. Desta forma constata-se a decisiva importáncia da resistência armada à ocupaçom colonialista da Palestina polo estado terrorista israelita. Assim como a falácia de que os Estados nom negociam com “terroristas”.

Imperialismo quer tombar governo sírio Estados Unidos, as potências da UE e Israel, levam meses prepando a queda do governo de Al Assad. Sob justificaçom de violaçom de direitos humanos, o imperialismo pretende alterar o mapa político da área para implementar os planos expansionistas do sionismo, facilitar um ataque ao Irám e deste jeito ter via livre para o controlo dos recursos energéticos desta zona. Israel prepara ataque militar ao Irám Regime sionista prosegue preparativos e procura de apoios internacionais que permitam um ataque contra Irám. Sob a justificaçom de neutralizar o projeto nuclear iraniano o militarismo israelita -que sim possui armas nucleares, pretende impor a sua desordem internacional para assim perpetuar as suas genocidas políticas colonialistas sobre a Palestina. USA mutila cadáveres das suas tropas Na morgue da base militar de Dover é habitual mutilar os restos dos soldados ianques mortos em combate para assim facilitar o labor de embalsamento e introduçom nos ataúdes. Existência de restos misturados e perdidos em sacas plásticas também fôrom denunciados por familiares. Estas práticas exprimem a falta de dignidade do imperialismo com os seus soldados. Que farám pois com os do inimigo!!

Carlos Escarrá, atual Procurador Geral da República Bolivarina da Venezuela, declarou que “Ilich Ramírez nom é terrorista, só luitou por ideais”, sostendo que o novo juízo está amanhado. Também o Presidente Hugo Chávez respaldou o guerrilheiro venezuelano. Numhas declaraçons realizadas 7 de novembro definiu Ilich Ramírez quando combatia com o movimento de libertaçom palestiniano como “digno continuador das mais grandes luitas que desde aqui surgírom pola causa dos povos e a justiça dos povos”. Repatriaçom Insurreiçom adire o conjunto de entidades e organizaçons venezuelanas e do resto do mundo que solicitam a imediata repatriaçom de Carlos para a sua Pátria bolivariana.

Resistência Líbia

Sete meses demorou o imperialismo em conquistar Líbia. Durante este período os meios de desinformaçom construírom umha realidade fictícia, mentindo e manipulando sobre a natureza do governo da Yamahiriya e a situaçom do povo. Nom vamos aderir acriticamente a um regime que ao longo de quatro décadas caraterizou-se por permanentes oscilaçons e mudanças de rumo, que atraiçou a causa palestiniana, que abandonou à sua sorte a luitas que antes tinha apoiado, inclusive fornecendo informaçom aos inimigo, que procurou e ingenuamente logrou a conciliaçom com o imperialismo a base de múltiplas concessons. Porém há umha série de elementos indiscutíveis no referente aos índices internacionais de desenvolvimento da sociedade líbia, a anos luz do resto do continente africano, que a coaligaçom imperialista sob o mando da NATO agochou. Na Líbia nom houvo umha revolta popular. Houvo umha agressom militar imperialista em toda regra sob o manto da ONU. Após meses de implacáveis bombardeamentos e de intervençom militar direta sobre o terreno de tropas británicas e francesas para apoiar aos mal denominados rebeldes, Tripoli caiu e foi derrotado o regime gadafista. A televisada captura e brutal linchamento de Muamar el Gadafi com sodomizaçom incluida, a exposiçom até a purefaçom do seu cadáver e de outros dirigentes da Yamahiriya, os gritos de alegria de Hillary Clinton quando recebe a notícia, definem o caráter do novo regime implantado a sangue e fogo com apoio da delinquência local, do yihadismo e da burguesia liberal exilada em ocidente. Dezenas de milhares de mortes e destruiçom de boa parte das cidades e infraestruturas foi o preço pago para que Líbia passasse a converter-se numha colónia da NATO. Agora as multinacionais tenhem via livre para saquear o petróleo e o gás sem ter que negociar nem que compartilhar os lucros com o governo. Agora os Estados Unidos já podem transferir de Stuttgart (Alemanha) a base do comando da Africom criado em 2006 por Donald Rumsfeld. Porém, contrariamente ao que informárom os meios, pois na atualidade o silêncio carateriza o conflito, na Líbia livram-se intensos combates entre as forças parióticas e as ratas armadas e treinadas polo imperialismo. Para mais informaçom http://resistencialibia.info/


Piloto homenageado no Dia da Galiza Combatente Como cada ano desde 2001, NÓS-Unidade Popular assumiu o compromisso de alçar a bandeira da memória e o exemplo de luita revolucionária de tantos galegos e galegas que ao longo da nossa história tenhem afirmado os direitos do nosso digno povo trabalhador. Nesta ocasiom, o homenageado foi o guerrilheiro comunista José Castro Veiga, O Piloto, que durante longos anos fijo frente, de armas na mao, à ditadura criminosa do general Franco e à oligarquia que a sustentava. Nas terras que testemunhárom a sua luita, em Chantada, foi convocada esta nova ediçom do Dia da Galiza Combatente. A poucos metros donde jazem os restos do Piloto, assassinado em 1965 pola Guarda Civil espanhola, realizou-se um ato político com participaçom de vários oradores e oradoras, que coincidírom e defender o legado de luita e dignidade que representa. Antes disso, o historiador Xaquin Yebra e o ex-guerrilheiro antifranquista Francisco Martínez López, Quico, encabeçárom um roteiro até a área exata onde as forças repressivas franquistas assassinárom o guerrilheiro. Ato político Apresentado pola companheira Rebeca Bravo foi iniciado polo próprio Xaquín Yebra, que fijo umha breve síntese da trajetória do homenageado, lembrando que a atividade da guerrilha implicou a existência de umha importante rede de apoio popular que às vezes é esquecida. A mesma ideia foi confirmada por um protagonista em primeira pessoa de um militante do Exército Guerrilheiro da Galiza e Leom, Quico, incorporado na sua juventude às fileiras da resistência armada ao franquismo. Quico reafirmou a justeza da sua luita e apelou a manter aceso o facho da memória e das luitas populares contra o atual sistema e polo socialismo. Laura Guisantes em representaçom de BRIGA reivindicou igualmente o exemplo do Piloto, figura assumida como exemplar pola juventude revolucionária e independentista na Galiza, garantindo a continuidade da sua causa, que é de tantos e tantas jovens em terras galegas hoje. A poesia foi trazida a Sam Fiz de Asma por Alberte Momám e Verónica Martínez, que recitárom belos poemas carregados de sentimento e significado transformador galego e universal. A continuaçom Alberte Moço, porta-voz Nacional de NÓS-Unidade Popular, dirigiu um discurso mais centrado na atualidade polítical, umha atualidade que anuncia novas luitas de grande importáncia para a libertaçom nacional e social de género na Galiza. Afundida numha crise causada polo grande capital, Alberte Moço afirmou que a saída passa por um processo revolucionário que conduza à independência e ao socialismo, para o qual NÓS-UP nom duvidará em pôr em jogo todo o seu caudal e experiência militante. As palavras do companheiro Alberte Moço fôrom aplaudidas com entusiasmo polas pessoas concentradas ao pé do cruzeiro de Sam Fiz de Asma, que umha vez concluído o seu discurso se dirigírom ao interior do cemitério, depositando cravos vermelhos ao pé do túmulo do heróico guerrilheiro José Castro Veiga, O Piloto. O ato concluiu com os hinos da Internacional e da Galiza, com a música da gaita galega como acompanhamento solene.

Foucelhas

Homenagens a Martinho no primeiro aniversário do seu falecimento A comarca de Trasancos é cenário da homenagem popular ao guerrilheiro independentista José Manuel Sanmartim Bouça, Martinho. O primeiro tivo lugar Sábado 12 de novembro no cemitério municipal de Baralhobre, em Fene organizado por amizades e companheir@s. Incluiu umha intervençom de Antom Árias Curto, a leitura de um poema dedicado a Martinho por Augusto Fontám e, a continuaçom, o cantor ferrolano Manolo Bacalhau interpretou 'Traz um amigo também', de José Afonso. As pessoas presentes cantárom a Internacional e o Hino Nacional da Galiza. A jornada de homenagem continuou com um jantar de confraternizaçom num restaurante de Ferrol, para concluir com a projeçom do documentário 'Martinho: O sorriso insubornável dum guerrilheiro galego', da autoria de Augusto Fontám. A Fundaçom Artábria também tem organizada outra homenagem 26 de novembro onde para além das propostas de atividades, a jornada estará aberta às intervençons das pessoas que quigerem intervir na homenagem.

Henriqueta Outeiro


Sexta-feira 4 de novembro era assassinado, nas montanhas do Cauca, Alfonso Cano, Comandante em Chefe das FARC-EP, polo exército da oligarquia colombiana. Após anos de intensa perseguiçom promovida por mais de 7.000 soldados e polícias, empregando tecnologia ponta cedida polos Estados Unidos e Israel, foi cercado no departamento do Cauca , no sul-ocidente colombiano, e logo de safar de um brutal bombardeamento no seu campamento foi perseguido por unidades de comandos especiais das FAC. Capturado vivo foi executado tal como em 1967 figéram com o Che. Alfonso Cano tinha sido eleito Comandante em Chefe das FARC em março de 2008 logo da morte por causas naturais de Manuel Marulanda. Nos três anos e meio que comandou a mais importante organizaçom insurgente comunista colombiana, as FARC-EP incrementárom a sua capacidade de combate, assestando duros golpes ao inimigo, implementando a paulatina recuperaçom do terreno perdido após o repregamento táctico provocado polo ”Plano Colômbia”. Mas também foi Alfonso Cano quem logrou mediante a criaçom do Partido Comunista Clandestino Colombiano (PC3), e do Movimento Bolivariano pola Nova Colômbia, dotar à insurgência de umha influência de massas e consolidar espaços de confluência com as luitas populares que diferentes setores sociais desenvolvem na Nova Granada. A sua morte é um duro golpe para as FARC-EP, mas de modo algum provocará nem o colapso nem o início do fim do fim da luita guerrilheira como afirma a propaganda do regime narco-terrorista colombiano. As FARC-EP som um movimento enraizado no povo, com apoio de massas, um fenómeno social derivado de umhas causas que na atualidade nem mudárom nem desaparecérom. Tal como afirma José Antonio Gutiérrez em Santos: luz verde para a guerra suja na Colômbia “Em lugar de sucumbir perante a gigantesca ofensiva montada com milhares de milhons de dólares achegados polo governo dos EEUU para o Plano Colômbia, com tantos mais achegados para planos de “cooperaçom cívico-militar” e planos de assistência técnica que recebem de Israel ou dos EEUU, com um gasto militar sostido superior o 5% do PIB, com umha rede de informadores de dimensons mais próprias da Alemanha nazi que de umha suposta “democracia ocidental” (2 milhons de pessoas oficialmente

reconhecidas), com milhares de paramilitares realizando tarefas de milícia privada em praticamente todo o território, com bombardeamentos de proporçons bíblicas nos quais se lançam toneladas de bombas sobre a selva (nom é casual o nome de “Operaçom Sodoma”), com a colaboraçom militar dos governos “progressistas” da Venezuela e o Equador … com toda esta pressom militar, a insurgência, longe de ter sido derrotada, tem assimilado os golpes, tem readequado a sua estratégia e tem retomado, em vastas regions do país, a ofensiva”. Insurreiçom quer homenagear neste número a Alfonso Cano, paradigma do revolucionário comunista, todo um exemplo a seguir. Reproduzimos integramente os dous comunicados emitidos após a sua morte polas FARC onde manifesta que nem se vai desmobilizar nem render tal como solicita o governo terrorista de Juan Manuel Santos, assim como de umha série de organizaçons revolucionárias de diversas partes do planeta. Também reproduzimos integramente o comunicado dando a conhecer que o camarada Timoleón Jiménez foi escolhido novo comanadante em chefe.


Primeiro Comunicado das FARC-EP após morte de Alfonso Cano Delaraçom Pública Escuitamos da oligarquia colombiana e dos seus generais o anúncio oficial da morte do Camarada e Comandante Alfonso Cano. Ressoam ainda as suas alegres gargalhadas e os seus brindes de entusiasmo. Todas as vozes do Estabelecimento coincidem em que isto significa o final da luita guerrilheira na Colômbia. A única realidade que simboliza a queda em combate do camarada Alfonso Cano, é a imortal resistência do povo colombiano, que prefire morrer antes que viver de joelhos esmolando. A história das luitas deste povo está repleta de mártires, de mulheres e de homens que jamais dérom o seu braço a torcer na procura da igualdade e a justiça.

Nom será esta a primeira vez que os oprimidos e explorados da Colômbia choram a um dos seus grandes dirigentes. Nem tampouco a primeira em que o reemprazaram com a coragem e a conviçom absoluta na vitória. A paz na Colômbia nom nascerá de nengumha desmobilizaçom guerrilheira, senom da aboliçom definitiva das causas que dam nascimento o alçamento. Há umha politica traçada e essa é a que continuará. Morreu o Camarada e Comandante Alfonso Cano, caiu o mais fervente convencido da necessidade da soluçom política e a paz. Viva a memória do comandante Alfonso Cano! Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP Montanhas de Colômbia, 5 de novembro de 2011

Novo comunicado do Secretariado das FARC-EP

A queda em combate do Comandante Alfonso Cano

A morte em combate do Camarada e Comandante Alfonso Cano enluta o conjunto do movimento anti-imperialista mundial, todas as vítimas da exploraçom capitalista, o movimento universal polo socialismo, cada um dos povos que alçam bandeiras de soberania, dignidade e democracia. Aflige profundamente toda a gente boa do planeta, particularmente na América Latina, nas Caraíbas e na Colômbia. Também lacera em extremo as fibras mais nobres dos seus seres queridos. Para eles o nosso abraço solidário. Compartilhamos intensamente a sua pena, sabemos melhor que ninguém o que significa esta perda. Igual carinho adolorido estendemos às familias dos restantes combatentes que perecêrom nos mesmos factos. O seu sangue e as suas vidas inspiram-nos desde já futuras vitórias. As lágrimas de felicidade do Presidente Santos revelam que por obra dele caiu realmente um grande, um portento de homem, um revolucionário de tamanho histórico. Um formidável interlocutor do que havia que desfazer-se antes de qualquer tentativa de aproximaçom. Recolhemos a luva. Como Manuel e Jacobo, Alfonso sempre soubo ser um grande mestre. E aprendemos dele.

As suas ideias e a sua genial conduçom som parte do arsenal ideológico, político e militar das FARC-Exército do Povo. Ninguém poderá jamais arrebatar-no-lo. O seu talento e atividade revolucionária crescerom e madurecêrom à par da nossa história. Nos dias de Marquetália militava já nas fileiras da juventude comunista. Até a sua morte em combate, nada pudo distraí-lo da luita. Completou cinquenta anos contínuos de tropel contra o regime, signados por umha profunda capacidade de análise e umha invejável coerência ideológica e política. Bogotano singelo e de fino humor, dirigente estudantil e de bairro, antropólogo dos tempos duros da Universidade Nacional, audaz militante clandestino, será eterno exemplo do intelectual comprometido até a morte. Os seus inimigos do império e a oligarquia jamais se cansarám de tentar desdebuxar a sua obra com ruins expedientes. Ao lado do seu perfil político, o Camarada Alfonso Cano demonstrou possuir umha elevada capacidade militar. Soubo conduzir primeiro os comandos conjuntos Central e Ocidental e depois todas as FARC, até o nível que hoje em dia aterra o militarismo fascista da Colômbia. Eles sabem muito bem o que representamos as FARC. A expressom real da organizaçom e a

luita indobregável contra a globalizaçom capitalista. Somos um povo armado que denuncia e combate o caráter terrorista da sua democracia de mercado. Milhares e milhares de mulheres e homens que marchamos compactos no caminho a construir umha naçom e um mundo sem opressores. As reservas petroleiras da Colômbia, ao ritmo que pensam extrair, estarám esgotadas por completo nos próximos quatro anos. Pretendem-nos embruxar com a ideia de que para entóm terá-se achado suficiente crude para outros tantos. O nosso destino é aforrar com o nosso crude as existências imperiais, e pagar com os rendimentos os créditos para a infraestrutura funcional do saque. Obviamente os créditos serám fornecidos pola banca internacional. E para consegui-los, o país deverá comprometer-se a realizar grandes e crescentes cortes ao bem-estar social dos colombianos. Reformas tributárias, ao regime de pensons, laboral, em saúde e educaçom. Semelhante arremetida avança agora a toda máquina no Congresso da República. O TLC e a abertura indecente ao investimento estrangeiro ameaçam levar por diante o mais valioso do património humano, ambiental e


económico do país. Gigantescos projetos auríferos, carboníferos, turísticos, agroindustriais, bioenergéticos e agropecuários, entre outros, além de espoliar as nossas riquezas, espremerám impunemente a mao de obra em graus intoleráveis. Acha-se em acelerada execuçom um modelo de desenvolvimento inequitativo e antipatriótico, produto das manipulaçons tecidas polo palácio presidencial e os distintos ministérios, aprovados à força polo poder legislativo e declarado exequível polas cortes, que nom leva em conta no mais mínimo a opiniom do povo colombiano nem a dos seus mais imediatos afetados. E a tal modelo, começado a construir décadas atrás com a violenta estratégia paramilitar, é apresentado como a salvaçom económica do país, as locomotivas que nos levarám avante. Nele fundem-se os mais caros interesses do capital transnacional e da corrupta classe dirigente colombiana, que cresce com somas fabulosas após cada acordo e contrato celebrados. Nom existem na Colômbia espaços de discussom que tenham a capacidade de influenciar ou determinar de algum modo as decisons ligadas ao modelo de desenvolvimento. Como ficou demonstrado nas recentes eleiçons locais, os partidos políticos fôrom diluídos em mesquinhas lideranças pessoais corruptas e carentes de princípios. As forças políticas que poderiam

discutir o modelo estám minadas. Só duas formas de luita se oponhem a ele de modo corajoso e teimoso. A luita de rua em marchas e protestos, e a luita guerrilheira nas montanhas. As recentes disposiçons sobre segurança cidadá aproximam a primeira delas da delinquência e atribuem-lhe penas de prisom. Em simultáneo, exige a desmobilizaçom aos alçados sob a ameaça da aniquilaçom total. Tal é o quadro em que toma corpo o desesperado afám por render as FARC-EP. Sabemos muito bem quais som os propósitos do Presidente Santos: enriquecer ainda mais aos mais ricos e afundir ainda mais na miséria os mais pobres. É, em conseqüência, de cardinal importáncia estendermos as pontes necessárias para fortalecer, unificar e defender as duas formas de luita vigentes. Mobilizaçom de massas e luita guerrilheira estám chamadas a convergir num feixe estratégico, a soluçom política o conflito que se livra na Colômbia. A guerra nom é mais que a determinaçom imperial e oligárquica de fechar todos os caminhos da oposiçom aos seus planos de espoliaçom, a maça com que as classes dominantes esperam esmagar a inconformidade. A resistência heroica da insurgência colombiana, tal como a voz em alto do povo mobilizado no protesto, nom podem cessar com um falso apelo à negociaçom e ao consenso. Qualquer tentativa

de desmovimentar a luita popular sem a concertaçom de soluçons que erradiquem as suas causas estará chamado ao fracasso. Nom pode haver paz com repressom e fame. As FARC-EP rendemos sentida homenagem à memória do nosso Comandante Alfonso Cano. Polo nosso povo e por ele, comprometemo-nos a persistir na procura da soluçom política até atingir umha paz democrática com dignidade e justiça social. A voz de estudantes, trabalhadores, camponeses, comunidades indígenas e negras, desempregados, pensionistas, mulheres e classes médias abafadas tem que ser escuitada e atendida na Colômbia. Com o camarada Alfonso lembramos aos ilusos: “Desmovimentar-se é sinónimo de inércia, é entrega cobarde, é rendiçom e traiçom à causa popular e ao ideário revolucionário que cultivamos e luitamos polas transformaçons sociais, é umha indignidade que leva implícito umha mensagem de desesperança ao povo que confia no nosso compromisso e proposta bolivariana”. Comandante Alfonso Cano!!! Morrer pola Pátria é viver para sempre!!! Secretariado do Estado Maior Central das FARCEP Novembro de 2011

insurgenciafariana.blogspot.com

Comunicado do KKE

Ao Estado Maior Central e ao Secretariado do Estado Maior Central das FARC-EP Estimados

camaradas:

nengum esforço de calúnia. A aboliçom da opressom e da exploraçom é umha necessidade histórica. Nom a podem evitar nem a agressividade imperialista crescente na América Latina, nem a colaboración colaboraçom em aumento entre os estados burgueses da regiom para reprimir os movimentos populares.

Exprimimos o nosso mais profundo pêsame e a nossa solidariedade pola morte do Chefe do Secretariado do Estado Maior Central, camarada Alfonso Cano, quem caiu em combate com o exército governamental, apoiado polo imperialismo norteamericano. O camarada Cano toma um posto de honra entre os milhares de combatentes, sindicalistas, dirigentes políticos, obreiros, camponeses e jovens que nos últimos anos tenhem dado a sua vida por umha nova Colômbia.

Solicitamos que transmitam a todos os camaradas e combatentes das FARC-EP o nosso mais sincero pêsame e os nossos calurosos saúdos.

Os objetivos da luita nom se podem ocultar por nengumha perda,

Seçom de Relaçons Internacionais do KKE

O Partido Comunista da Grécia é solidário com a luita pola justiça social que livram as FARC-EP e o movimento popular em geral. Apoiamos que as FARC-EP sejam reconhecidas como força beligerante e sejam retiradas de imediato da lista da Uniom Europea de organizaçons terroristas, e polo avanço do intercâmbio humanitário.

es.kke.gr


Comunicado de Primeira Linha

Alfonso Cano morreu combatendo pola paz com justiça social numha nova Colômbia Primeira Linha manifesta a profunda dor das comunistas galegas pola morte do comandante Alfonso Cano. O nosso partido quer transmitir ao conjunto do povo trabalhador colombiano, ao Estado Maior Central das FARCEP, a todas as unidades guerrilheiras e milícias bolivarianas, ao Partido Comunista Clandestino Colombiano, ao Movimento Bolivariano pola Nova Colômbia, a familiares, amizades e seres queridos, o mais sentido pésame por esta perda. Alfonso morreu combatendo no coraçom do seu país, defendendo a única causa pola que vale a pena entregar a vida: a emancipaçom humana. Faleceu com 63 anos de idade e toda umha intensa e exemplar trajetória vital ao serviço da segunda independência, plena soberania nacional e libertaçom social do povo colombiano. Morreu como antes figérom Tánia, o Che e Camilo Torres, como Martín Caballero e Jorge Briceño, como o Piloto e Moncho Reboiras, como Abelardo Colaço e Lola Castro, combatendo coerentemente sem trégua o capitalismo. A queda em combate do comandante em chefe das FARC-EP no dia de onte nas montanhas do Andes colombianos é umha má notícia para o povo colombiano e para qualquer revolucionári@. Mas contrariamente ao exprimido polo máximo responsável do estado terrorista colombiano, estamos convencidas que a morte de Alfonso Cano nom vai provocar nengum início do final da insurgência porque as razons que provocárom o seu acionar quase meio século depois da sua fundaçom em Marquetália continuam intactas, porque as causas que gerárom o conflito político-militar em 1964 seguem inalteráveis. A propaganda do imperialismo e da sua indústria mediática já prognosticáram este cenário após a morte de Raúl Reyes, Iván Ríos e Manuel Marulanda no fatídico março de 2008. Está plenamente demonstrada a falácia da tese da rendiçom e desmovimentaçom que confunde desejos com realidade. “O golpe mais contundente dado em toda a sua história” em palavras do genocida Santos pode ser umha boa manchete jornalística mas nom passa de ser puro ilusionismo da oligarquia militarista. Colômbia é um regime narcoparaterrorista amparado polos USA. A oligarquia que converteu esta naçom numha imensa fossa comum, num dos países com maior número de deslocad@s (perto de 5 milhons), com mais de 250 mil pessoas desaparecidas e perto de 200

mil assassinadas, 7.500 pres@s polític@s, 68% da populaçom na miséria, mais de 2.500 sindicalistas assassinados na última década, poderá celebrar durante dias o parte de “vitória” de Juan Manuel Santos, mas sabe que a dia de hoje é inviável qualquer vitória militar sobre as guerrilhas e a luita de massas que desenvolvem estudantes, camponeses, afrodescententes e proletariado. O incremento do acionar militar da guerrilha e os contundentes golpes infringidos ao exército oligárquico, o incremento da luita de massas e a maciça abstençom nas fraudulentas eleiçons municipais do passsado domingo, confirmam o fracasso da intervençom imperialista na Colómbia após mais de umha década da implementaçom do “Plano Colómbia” promovido polos USA que, com sete bases no território, conta com o apoio militar direto de Israel e Gram Bretanha. A morte de Alfonso Cano deve ser interpretada em chaves estritamente políticas. Pretende fechar qualquer possibilidade de diálogo e entendimento, de saída negociada a décadas de confrontaçom armada entre a oligarquia e as FARC-EP. Com a morte de Alfonso Cano nas verdes montanhas selváticas do Cauca trunca-se a possibilidade ofertada polas FARC-EP -como genuína expressom de partido comunista em armas- de sentar umhas mínimas bases que facilitem um entendimento. A oligarquia renegada e pró-ianque demonstra mais umha vez que nom é possível umha normalizaçom da vida política colombiana mentres houver umha confrontaçom entre classes sociais. A sua intençom é exterminar violentamente qualquer expressom de vontade revolucionária. A eliminaçom física do egrégio revolucionário procura reavivar a baixa moral dum exército colombiano duramente fustigado nos últimos meses polas colunas guerrilheiras que avançam firmes e decididas cara a vitória. Primeira Linha manifesta a solidariedade internacionalista da Galiza rebelde e combativa com a exemplar luita revolucionária que com coragem e perserveráncia livram as FARC-EP nas montanhas, campos e cidade de Colômbia. Estamos convencid@s que este revés nom alterará o curso da história e que o camarada que releve a Alfonso Cano na máxima responsabilidade da direçom colegiada das FARC-EP avançará um chanço mais no caminho da vitória. Por Alfonso nem um minuto de silêncio, toda umha vida de combate! Até a vitória sempre comandante Alfonso Cano! Viva a Revoluçom Colombiana! Comité Central de Primeira Linha Galiza, 5 de novembro de 2011

primeiralinha.org

Comunicado dos Grupos de Combatentes Populares

Alfonso Cano conviçom e firmeza Qual criminal avessado, o carniceiro Santos, levanta como troféu final o cadáver de Alfonso Cano, pretendendo desmoralizar a guerrilha e as forças sociais e políticas que se mantenhem combatendo com diversas formas de luita a política de submissom e assassinato. A morte do comandante guerrilheiro, chefe das FARC-EP constitui um golpe mas

nom a culminaçom de umha organizaçom política e militar que tem sabido conter a arremetida neoliberal e guerrerista do imperialismo e a burguesia colombiana. Assassinárom o comandante, o homem com visom tática e estratégica, o revolucionário, o defensor da vida dos de a pé e o intransigente luitador contra os carrascos dos povos na Colômbia. Sim, assassinárom a Alfonso Cano mas nom as suas ideias que perdurarám no tempo, germinará nas planícies, montes, nos currunchos, caminhos dos povos, nas aulas universitárias, em fábricas, campos e na


mente dos jovens que pugnam pola liberdade e a democracia, por assaltar o poder e construir o socialismo. Nom é umha elegia, nem um culto à personalidade, é um reconhecimento à firmeza de princípios, à persistente ratificaçom da necessidade e vigência da luita armada, contrária à ideia dos burgueses, socialdemocratas e oportunistas que predicam a inutilidade da luita guerrilheira no século XXI. É valorizar que a experiência e a bagagem cultural lhe permitírom dar continuidade ao mando e ao legado de Manuel Marulanda, soster, a mobilidade, manobra e confrontaçom burlando o Estado, as forças repressivas e as bases militares estadounidenses, isto ratifica a sua

conviçom como chefe e a vitalidade que mantenhem as FARC-EP. A morte de um revolucionário por contraditório que pareza é pola vida e para a vida, porque luitamos pola paz que só se atinge vencendo política e militarmente ao sistema capitalista. A nossa solidariedade com a chefatura e os combatentes das FARC-EP, adiante na incansável luita para derrotar os inimigos dos povos do mundo. Equador, novembro 2011

gcp-ecuador.host22.com

Comunicado do ELN

Comunicado público do Exército de Libertaçom Nacional O Exército de Libertaçom Nacional de Colômbia, exprime o seu profundo sentimento de solidariedade, com todas as mulheres e homens da Organizaçom irmá das FARC, assim como com a família, do Comandante Alfonso Cano, caído em desigual combate, passado 4 de novembro. Comunicamos aos revolucionários e povos da Colômbia e o mundo, a nossa dor feita fortaleza e conviçom revolucionária, pola perda que sofre a insurgência colombiana. Nada estranho é cair em combate, que a nossa presença física acabe no caminho, nas mais diversas circunstáncias; esta eventualidade assumimo-la com enteireza e nada deterá a nossa luita polos ideais da paz, o bem-estar, a felicidade do nosso povo e a soberania da Naçom. Somos parte do povo levantado em armas que confronta a mais sinistra maquinária de guerra e de terror da oligarquia colombiana. Somos forças guerrilheiras com meio século de vida, desenvolvida ao calor da confrontaçom com os inimigos dos despossuídos e graças ao respaldo popular, à nossa vontade de luita e firmeza nas conviçons revolucionárias. O Comandante Alfonso Cano, seguirá recorrendo as ruas e os caminhos que o vírom eregir-se como condutor revolucionário, junto a Manuel Marulanda Vélez, Jacobo Arenas, Camilo Torres Restrepo, Manuel Vásquez Castaño, Manuel Pérez Martínez, e tantos outros quadros revolucionários das nossas estruturas guerrilheiras, de

outras organizaçons guerrilheiras que tenhem passado por este complexo caminho da luita revolucionária e tantas outras filhas e filhos do povo, que tenhem dado a sua vida desde distintos espaços sociais, luitando pola Justiça e a Equidade Social, pola democracia, a Soberania e a Paz. A história da nossa pátria tem demonstrado, que neste tramo do caminho, tem-se acrisolado um número significativo de quadros, que tenhem sabido e sabem colocar-se à altura das circunstáncias, para assumir as responsabilidades de quem caem na luita, para continuar o seu exemplo. Nem o povo nem os revolucionários nos deixamos enganar polas mensagens confusionistas dos exponentes da classe dominante, nem amedrentar polas ameaças dos guerreristas que onte como hoje se jactam de efémeros triunfos. O caudal da luita popular e revolucionária acrescenta cada dia, no protesto e na luita popular e no combate político-militar da insurgência. Todo o que outros luitadores nom logram acabar, fica-nos como tarefa: continuar a luita polo triunfo da causa revolucionária e popular. Comandante em Chefe Alfonso Cano, com o teu exemplo seguiremos adiante! Colômbia para os trabalhadores! Nem um passo atrás libertaçom ou morte! Montanhas de Colômbia Comando Central do Exército de Libertaçom Nacional 7 de novembro de 2011

eln-voces.com

Comunicado do PC de Chile

Comunicado público do Partido Comunista de Chile O Partido Comunista de Chile exprime o seu profundo pesar pola morte em combate do companheiro Alfonso Cano, primeiro comandante das FARC–EP, a maos do exército colombiano, respaldado financieira e logísticamente polo aparelho militar do imperialismo norteamericano. A morte do camarada Alfonso Cano é umha vitória pírrica para os setores guerreristas da Colômbia, já que a história tem demonstrado reiteradamente que a queda de um dirigente, por mais relevante que seja o posto que este ocupe, nom significa a morte do movimento quando as causas que dérom origem continuam plenamente vigentes porque, en palavras de Salvador Allende, “nom se detenhem os processos sociais nem com o crime nem com a força”.

O terrorismo de Estado é umha realidade indesmentível que tem cobrado e segue cobrando a vida de centenares de milhares de colombianos. Colômbia segue sendo dos países com um dos mais altos índices de violaçons dos direitos humanos no mundo. Por trás da fachada de um regime “democrático”, o exército e os paramilitares seguem sendo os instrumentos por meio dos quais a oligarquia, terratenentes, as transnacionais e o narcotráfico se fam donos do país e subjugam ao seu povo. Na Colômbia, o conflito armado perdura já por mais de 50 anos durante os quais as reiteradas tentativas por esmagar às forças populares beligerantes tenhem fracasado sem excepçom. Nengumha morte aproximará a paz para Colômbia: este profundo anelo do seu povo só será posível quando se abram caminhos para superar os graves conflitos que em primeiro termo lhe dérom início, sem ingerência externa, com a participaçom do conjunto do povo colombiano.


O assassinato do comandante Alfonso Cano demostra que o governo de turno na Colômbia nom busca, nem tem interesse em desenvolver um processo de paz e volta a transitar polo mesmo vieiro dos seus antecesores: agudizando o confronto armado e fazendo prevalecer os interesses de quem impulsionam, desde dentro e fora do país, a guerra como forma de proteçom dos seus privilégios, relegando os direitos e necessidades do povo colombiano en funçom disso.

organizaçons sociais e políticas democráticas vencerám o regime de terror que só é capaz de soster-se em base à continuidade e profundizaçom da guerra e o terrorismo de Estado. Esse dia, no que triunfe a paz, a justiça e a equidade como base de umha nova história para Colombia, será o triunfo do comandante Alfonso Cano e tantos outros luitadores sociais que tenhem entregado a sua vida na defesa de esses valores.

Mas, mais cedo que tarde, os/as colombianos/as, as suas

Santiago de Chile, 9 de novembro de 2011

pcchile.cl

Comunicado do MCB

Comunicado público do Movimento Continental Bolivariano Movimiento Continental Bolivariano, perante a recente queda em combate do nosso camarada, Comandante das FA R C - E P A l f o n s o C a n o , membro da Presidência Coletiva do MCB, manifesta: Golpeados por este facto, unimo-nos aos sentimentos de dor e pesar dos povos do mundo e das organizaçons revolucionárias do continente. Nom cabe dúvida, a América insurgente, rebelde, e bolivariana perdeu a um dos seus mais grandes luitadores, o herói revolucionário, parido da dor fratricida da indomável Colômbia de Marulanda, que lhe sucedeu no alto mando das FARC-EP. O seu exemplo de dignidade e conseqüência, a sua entrega polas causas dos pobres do campo e da cidade, situam-no no umbral mais alto da escala da humanidade, no monte dos mais recordados filhos da Pátria Grande, cuja pegada resiste o passo do tempo e o ignominioso festival da mentira e a calúnia. Às FARC EP, ao seu Secretariado, aos seus Blocos, Frentes e guerrilheirada, vai o nosso abraço bolivariano e fecundo, cheio de solidariedade; mas também cheio de força e coragem, pois hoje mais que nunca devemos alçar as bandeiras, que Alfonso enarbolou durante toda a sua vida.

Ao Partido Comunista Clandestino colombiano, ao Movimiento Bolivariano pola Nova Colômbia, às Milícias Bolivarianas, a sua Juventude e ao povo colombiano em pé de luita pola nova independência e a verdadeira democracia, dizemos que junto a Manuel, Bolívar e o Che, ALFONSO VIVE! E VIVIRÁ PARA SEMPRE nas luitas dos povos do continente e do mundo, por a sua libertaçom do jugo imperialista e a opressom do sistema capitalista, hoje estremecido pola pior crise da sua história. Em todas essas criaçons heroica do povo colombiano, como no nosso MCB, está a achega incomensurável do talento, a dedicaçom e o sacrifício deste grande construtor e condutor de forças transformadoras. Nas bandeiras do Movimiento Continental Bolivariano, o seu exemplo como o de tod@s @s grandes heróis e heroínas do continente, iluminarános e guiará face um futuro de libertaçom continental e construçom da Grande Pátria grande, socialista e bolivariana. Juramos Vencer e Venceremos!!! Em Bolívar encontramo-nos tod@s! Narciso Isa Conde Presidencia Coletiva doMovimento Continental Bolivariano Carlos Casanueva Troncoso Secretario Executivo do Movimento Continental Bolivariano A Nossa América, novembro de 2011

abpnoticias.com


Timoléon Jiménez novo comandante em chefe das FARC-EP Aos guerrilheiros das FARC-EP Às milícias bolivarianas Camaradas: A 4 de novembro, caiu em combate o comandante das FARC Alfonso Cano nas montanhas do Cauca do município de Suárez. Desde fazia dous anos era perseguido por umha matilha de mais de 7.000 homens guiados por tecnologia militar de ponta e uma flotilha de avions e helicópteros, sob as ordens de assessores militares estadounidenses, mercenários israelenses e o alto comando militar. Os guerrilheiros das FARC sentimo-nos orgulhosos de que o comandante caia luitando no campo de combate e morto como morrem os verdadeiros chefes militares, os heróis do povo, os valentes. Mostrando com o seu grito de guerra e com o chumbo, com seu exemplo, que assim morrem os homens e as mulheres cabais, consequentes com o que pensam, e que juraram pola justiça e a dignidade do povo, luitar até as últimas consequências. Este é o exemplo que levarám galvanizado sempre na consciência os guerrilheiros das FARC que juraram vencer, e vencerám. Nom há morte mais formosa que a que surge luitando pola liberdade, por uma causa altruísta, coletiva, enxergando no seu sonho, como Alfonso, a Nova Colômbia, a da dignidade humana, a do emprego, a da educaçom e a saúde gratuitas, a da

soberania do povo, da terra para os camponeses, da morada para os que carecem dela, umha pátria nova, socialista, justiceira, bolivariana, propulsora da concreçom no continente de umha Grande Naçom de Repúblicas fraternas. Esses pobres analistas e políticos medíocres, bajuladores do poder, que hoje falam do derrubamento das FARC ante a morte do comandante, som tam ignorantes que nem sequer merecem o gesto de nosso desprezo. Nom foi esquartejado o mito de Alfonso Cano, como afirmam perdidos na bebedeira de seu triunfalismo. Nom conseguirom advertir que a imagem de Alfonso caído em combate na vereda Chirriaderos cresce como arquétipo e é motivo do mais alto orgulho fariano e de um povo que foi capaz de produzir comandantes luminosos. Estám tam perdidos, que ainda celebram a morte do mais fervente partidário da soluçom política e da paz. A moral do guerrilheiro fariano sempre cresce na adversidade, porque é de estirpe bolivariana e marulandiana. Aqui há consciência, anseio incandescente de combate e de vitória. Todo pola dignidade de um povo, pola sua liberdade. Perdem o seu tempo, alucinam, os que sonham com a claudicaçom e desmobilizaçom da guerrilha. Crescerá a torrente sonora do protesto e da mobilizaçom popular que hoje assusta a oligarquia neoliberal que lacera a soberania com a sua política de "segurança", que contra a

Colômbia e sua gente, favorece o investimento e os interesses das transnacionais. Que comecem a tremer os usurpadores do poder que até hoje se negárom a pagar a imensa dívida social contraída com o povo. A indignaçom está percorrendo o mundo no meio da crise sistémica do capital. Podem estar certos que nom poderám deter o fogo insurgente contra a tirania, pola paz, e que a guerrilha aumentará a sua marcha para a vitória com as bandeiras do Movimento Bolivariano despregadas ao vento, com o povo. Queremos informar-los de que o camarada Timoleón Jiménez, com o voto unánime dos seus camaradas do Secretariado, foi designado, a 5 de novembro, novo comandante das FARCEP. Garante-se assim a continuidade do Plano Estratégico para a tomada do poder para o povo. A coesom dos seus comandos e combatentes, como dizia Manuel Marulanda Vélez, continua sendo um dos mais importantes valores das FARC. Comandante Alfonso Cano: os seus princípios no campo militar e político serám seguidos à risca. VIVA A MEMÓRIA DO COMANDANTE ALFONSO CANO! JURAMOS VENCER, E VENCEREMOS. Secretariado do Estado Maior Central das FARCEP Montanhas da Colômbia, novembro de 2011


Galiza-Venezuela: a solidariedade é a ternura dos povos

Crónica da II Brigada Galega Moncho Reboiras na Venezuela Bolivariana

3 de setembro regressou da Venezuela a delegaçom galega em missom internacionalista que conheceu em primeira mao o processo de construçom de poder popular liderado polo Comandante Chávez nesta naçom caribenha. Esta segunda iniciativa internacionalista promovida conjuntamente pola AGARB e o Movimento Continental BolivarianoCapítulo Galiza, organizou umha delegaçom composta por militantes de diversas frentes de intervençom do MLNG quem pudérom diagnosticar o atual estado de saúde da Revoluçom Bolivariana que está a fazer frente ao imperialismo ianque e ao poder das oligarquias

regionais, e além disso dar a conhecer projeto político da militáncia comunista e independentista que viajárom desde a Naçom Galega. A programaçom da agenda atividades tembém contou com a inestimável ajuda d@s camaradas do MCB na Venezuela, que soubérom sintetizar os aspetos mais salientáveis da realidade política e social da via venezuelana ao socialismo para facilitar à delegaçom galega a extraçom das múltiplas conclusons sobre este grande processo de mudança.

Intensa agenda de atividades A agenda programada polas entidades organizadoras desta visita internacionalista foi facilitada pola militáncia da esquerda revolucionária venezuelana que acompanhou em todo momento a nossa brigada. A apertada programaçom caraterizou-se polos múltiplos encontros realizados com diversos setores do movimento popular que estám envolvidos no processo revolucionário e com os quais se intercambiárom impressons e experiências sobre cada um dos marcos nacionais de luita. Estas fôrom, entre outras: - Frente Alfredo Maneiro, composto por militáncia que trabalha em direçom a realizar projetos de economia comunal. - BravoSur, movimento juvenil revolucionário de vocaçom latinoamericana com militáncia em diversos países ao sul do rio Bravo (o que separa México dos EUA). - Frente Nacional Comunal Simón Bolívar, organizaçom política de massa da esquerda revolucionária. - Frente Alfredo Lobera, estudantado revolucionário do Estado de Aragua. - Relaçons internacionais do PSUV. - Acampamento Bolivariano, projecto popular informativo. - Partido Comunista da Venezuela. Nos vinte oito dias de estadia no país que viu nascer o líder independentista Simón Bolívar, @ s integrantes da brigada internacionalista pudérom determinar com detalhe os diversos aspetos da realidade política e social da Revoluçom Bolivariana liderada por Chávez, declarada de caráter socialista desde o ano 2003, um ano depois do golpe estado auspiciado pola direita venezuelana e o imperialismo gringo. A farsa propagandística promovida na Galiza através dos grandes meios de manipulaçom informativa como representam El Mundo, El País ou MEDIASET-España, nom tem base real e verídica algumha para sustentar todos os argumentos destinados a desvirtuar e combater o sistema político de poder popular que está a ser construído na Venezuela de inícios do século XXI. A participaçom popular na vida política palpa-se com grande intensidade na rua, em especial com a construçom do projeto do poder comunal, os conselhos comunais, estruturas assembleares reguladas por lei e reconhecidas na atual Constituiçom bolivariana que constituem o principal expoente da fase do processo revolucionário venezuelano, caraterizado pola dialéctica de duplo poder entre poder popular e poder institucional dentro do espartilho do modo de produçom capitalista.

Objetivos cumpridos A segunda BGMR avalia muito positivamente toda a experiência recolhida ao longo da sua estadia na República Bolivariana de Venezuela porque permitiu adquirir umha boa muniçom de argumentos com os que combater toda a farsa propagandística contrarrevolucionária que promovem os colegas dos escuálidos na Galiza. Há umha revoluçom que está a ser protagonizada polo povo explorado que nom quer receber mais miséria da burguesia renegada da sua Pátria nem do imperialismo mais arrogante. Por outra parte, também serviu para dar conhecer diversos aspetos da Naçom Galega e da nossa luita nacional com a realizaçom de várias palestras arredor da figura que deu nome à Brigada, com um emotivo ato em Maracaibo no dia 12 de Agosto, ou sobre a história do movimento independentista galego. A curiosidade da esquerda venezuelana sobre o atual ambiente de mobilizaçom social que percorre vários países da Europa e do norte de África também propiciou algumha palestra sobre o movimento d@s indignad@s e o papel do sindicalismo e do partido revolucionário na atualidade.

crónica completa em ccb-galiza.org


Edita: Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano Tiragem: 1.000 exemplares Encerramento de ediçom: 18 de novembro de 2011 Blogue: www.ccb-galiza.org Co-e: info@ccb-galiza.org


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