Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 16 · Primavera de 2012
A greve geral de 29 de março tivo um elevado seguimento na nossa Pátria. O proletariado galego aderiu em massa à jornada de luita, o transporte parou e o respaldo foi elevado no setor serviços e na administraçom. As manifestaçons fôrom multitudinárias, superando as expetativas mais optimistas. O clamor do povo trabalhador galego foi claro: há que mudar as políticas económicas e sociais que os governos do PPSOE tenhem implementado nos últimos anos seguindo as diretrizes impostas polos organismos imperialistas. Mas o governo de Mariano Rajói já manifestou por ativa e por passiva que nom vai realizar qualquer giro de 180º, que só atende as solicitudes do patronato, da burguesia e da troika. Horas depois da greve apresentou uns orçamentos restritivos, adiantou que vai seguir subindo impostos e cortando serviços sociais, e como sabe que a luita popular vai ir incrementando-se de forma paralela aos seus ataques tem anunciando que vai modificar novamente o Código Penal, mediante o endurecimento de penas para quem reivindica nas ruas os seus direitos. Sabíamos e sabemos que a greve geral era insuficiente para forçar umha mudança de rumo. Que o Capital só vai atender as demandas populares se estas se aprofundam e alargam numha estratégia de combate sustentado e permanente. É pois imprescindível convocar umha nova jornada de luita obreira, nacional e popular contra a reforma laboral, em defesa dos serviços públicos, contra o desemprego e a precariedade laboral, contra as pensons de miséria, em prol das liberdades democráticas e os direitos laborais.
A vindoura greve geral tem que ser de 48 horas, tem que paralisar integramente todos os setores produtivos, tem que ser combativa, tem que ser um nom unánime ao Capital. Mas as burocracias sindicais seguem inseridas na lógica da concertaçom, a conciliaçom e a estéril negociaçom com o governo de turno e o patronato. E os partidos da esquerda institucional centrados na agenda eleitoral das vindouras autonómicas. A dia de hoje as receitas que seguem emanando das direçons da esquerda domesticada carecem de qualquer fundamentaçom. Nom há saída no quadro do capitalismo. Este nem se pode reformar nem se pode melhorar. Há que mudar de modelo económico e social. A mudança nom será realizada polos obsoletos aparelhos políticos reformistas, nem será fruto de umha maioria aritmética eleitoral. A única maneira de evitar que a Galiza se converta numha reserva de mao de obra semi-escravagista, num país sem futuro, inviável economicamente, tal e como nos tem atribuído o imperialismo na divisom internacional do Trabalho, é mediante um processo revolucionário. A Revoluçom Socialista Galega é a única alternativa viável. Todo o resto som a mesma música com diferentes melodias. O movimento de libertaçom nacional e social de género no que se enquadra o Insurreiçom tem que acumular forças, aglutinar energias, somar povo ao seu projeto revolucionário. E isto só é fatível no combate popular. A luita é o único caminho.
Dimitris Christulas -farmacêutico retirado de 77 anos, após pagar o aluguer do apartamento no que vivia, chegou quarta-feira 4 de abril em metro à praça Sintagma de Atenas, diante do Parlamento grego.
Os meios de comunicaçom difundírom que as suas últimas palavras fôrom “Nom quero deixar dívidas a minha filha”.
Eram as nove da manhá e sob a proteçom de umha árvore e acompanhado polo barulho dos centos de pessoas que transitavam em horário de pico, tirou umha pistola do casaco e disparou um tiro
Mas a diferença dos centos de suicídios que se produzem anualmente no país mediterráneo, muitos provocados pola desesperaçom social gerada polas duras políticas neoliberais impostas pola troika
Dimiros Christulas levava no bolso umha nota explicando as razons do seu suicídio, enviando umha nítida mensagem à classe o b r e i ra g r e g a , e s p e c i a l m e n t e à juventude, que reproduzimos integramente. "O governo de Tsolakoglou* tem aniquilado toda possibilidade de supervivência para mim, que se baseava numha respeitável pensiom que eu tinha pagado pola minha conta (sem ajuda do Estado) durante 35 anos. Dado que tenho já umha idade que nom
na têmpora que lhe provocou a morte imediata.
à Grécia-, Dimitris Christulas converteu está dura e irreversível decisom no seu último ato reivindicativo. Dimitros era um conhecido ativista de esquerda no seu bairro, comprometido com a causa da classe trabalhadora, que ao igual que centenares de milhares de reformados e reformadas viu como a sua pensom se reduziu à metade nos últimos anos por um governo entreguista e vende pátrias, submetido aos ditames da Alemanha, o FMI e a Comissom Europeia.
me permite recorrer à força –e a fé que se um grego pegara um Kaláshnikov, eu seria o segundo em fazê-lo– nom acho outra soluçom que pôr fim a minha vida desta forma digna antes de começar a remexer o lixo procurando comida para poder subsistir. Acho que os jovens sem futuro tomarám algum dia as armas e pendurarám boca abaixo os traidores a este país na praça Syntagma, ao igual que os italianos figérom com Mussolini em 1945 (na praça de Poreto de Milán)".
Nota *Fai mençom ao primeiro governo colaboracionista com o III Reich encabeçado polo general Georgios Tsolakoglu entre 30 de abril de 1941 e 2 de dezembro de 1942. Atualmente Grécia tem um governo de coaligaçom encabeçado por Lukás Papadimos –um alto funcionário do capitalismo internacional, que até há uns meses era vice-presidente do Banco Central Europeu-, configurado polo “socialdemocrata” PASOK, a direita de Nova Democracia e a extrema direita de LAOS. No seu texto Dimitris Christulas compara o atual governo grego com o que entregou o país aos nazis durante a II Guerra Mundial
Os vínculos entre crise económica e incremento das doenças mentais e os suicídios é umha evidência indiscutível. Só nos primeiros cinco meses de 2011 suicidárom-se 40% mais de gregos e gregas que no mesmo período de 2010, segundo fontes do Ministério de Sanidade. As pessoas reformados tenhem assistido a umha reduçom anual da sua pensom de 15% desde que se iniciou a crise. Com umha reforma média de 550 euros, e umhas despesas em medicamentos de 150 –a
que se calcula pode ver-se obrigado a desembolsar um pensionista com umha doença crónica, após desaparecerem os subsídios aos medicamentos– a liquidez para afrontar as despesas mínimas de manutençom nom atingem para ter umha vida digna: o litro de leite custa à volta dos 1,5 euros; quatro iogurtes, outro tanto; o IVA do gasóleo de aquecimento já está em 18%, e a taxa imobiliária encarece as faturas da contribuiçom e deixa sem luz em caso de falta de pagamento.
Passárom já quarenta anos dos transcendentais acontecimentos que se desenvolvêrom ao longo daquele 1972 no nosso país. Acontecimentos que marcam um antes e depois no devir histórico da luita de classes na formaçom social em qual agimos e que conhecemos sob o nome de Galiza. Pode-se avaliar sem lugar a dúvidas que em essência, no fundamental, nestes quatro decénios só mudou a forma de dominaçom que emprega a burguesia para manter a sua posiçom privilegiada sobre a maioria social explorada, ontem sob a pressom da bota militar da ditadura fascista, e hoje, sob umha ditadura encoberta num regime parlamentar burguês com um chefe de Estado nomeado polo ditador genocida Franco. Naquele 10 de março de 1972 o capital demostrou a sua incapacidade para conter as demandas obreiras e populares utilizando o engano e o sofisma como ferramentas de dissuasom e tivo que recorrer à sua principal arma de defesa, a repressom fascista. Houvo dous irmaos de classe assassinados –Amador e Daniel– e dúzias de operári@s ferid@s dos estaleiros ferrolanos que reivindicavam melhoras nas suas condiçons de vida e de trabalho a peito descoberto e providos só de pedras para defender-se ante os fuzis da polícia de choque espanhola. O sangue derramado nas ruas de Ferrol tingírom de vermelho umha semente que meses depois começou a germolar no setembro viguês de luita proletária, onde se desenvolveu a greve geral mais importante na história da Galiza ao ficar paralisada a comarca durante quinze dias. A luita por um convénio digno para o setor da automoçom
foi mais além, nom se cingiu às meras reivindicaçons economicistas senom que se luitou por fazer dano ao sistema que explorava e oprimia ao povo trabalhador. A solidariedade com o proletariado viguês vinha de diferentes formas desde os distintos pontos da naçom: greves em Ferrol, cortes de tránsito nas principais entradas ao País, fornecimento de produtos de primeira necessidade desde Ourense, etc. A classe obreira galega começava a agir como tal, percebeu a sua própria singularidade, o proletariado reconhecia o seu quadro nacional de luita contra o capitalismo que afogava o modo de vida da grande maioria social. Assim, cada 10 de março celebramos o Dia da Classe Obreira Galega para continuar a formar a consciência do nosso ser social e nacional, o único sujeito político com capacidade para a transformaçom do atual estado de cousas cara a umha sociedade nova na que impere a justiça social. A década de 1970 supujo um ponto de inflexom para a autoorganizaçom do povo trabalhador galego desde parámetros nacionais e de classe. Umha parte importante dos obreiros mais destacados nas luitas de março e setembro do 72 fôrom os artífices dos denominados gérmolos sindicais do sindicalismo nacional e de classe, afastando-se do sucursalismo das centrais sindicais de ámbito estatal, que dariam lugar ao Sindicato Obreiro Galego em 1975. Mas nom só se praticava a autoorganizaçom nacional no campo obreiro, senom que também se dava no estudantil (a fundaçom de Estudantes Revolucionários Galegos foi em dezembro do 72), no associacionismo cultural, e incluso, na faceta
militar (a Frente Armada da UPG em 1974 comandada polo egrégio revolucionário Moncho Reboiras). A eclosom dum movimento nacional e de classe próprio assentou os alicerces do projeto vital a desenvolver para a nossa emancipaçom nacional e social de género, a Revoluçom Galega. As valiosas experiências de luita de rua, exercício da solidariedade, de confrontaçom entre classes irreconciliáveis, já formam parte do imaginário coletivo. Som válidas e necessárias na situaçom de crise sistémica do capitalismo que o conjunto do povo trabalhador galego está a sofrer na atualidade. Há que pôr em prática aquelas experiências ao calor da forja onde batem @s ferreir@s por um mundo melhor, sem opressores nem cadeias. Desde 1972 até 2012 estám encerrados quarenta anos de luita da classe obreira galega contra os seus inimigos de classe, a burguesia e os seus servis defensores. @s revolucionári@s galeg@s devemos manter acesso o facho de luita mostrando os exemplos da entrega militante dos luitadores e luitadoras que nos precedêrom, dar a conhecer a rebeldia expressada polo nosso povo a qual é continuamente negada pola historiografia espanhola e os seus meios propagandísticos de alienaçom que querem converter-nos num povo resignado e submisso. Há que conservar e seguir formando a consciência que acordou no 72 e fazê-la crescer com novas e originais achegas adequadas à atual realidade da luita de classes porque o combate pola única causa verdadeira na Galiza de hoje, a emancipaçom do povo explorado, continua mais vigente do que nunca.
O concelho limiao de Trás Miras semelha ser a opçom com mais possibilidades para que o Pentágono instale a base europeia de drones que atualmente está situado em Sigonella como base de provas. A saturaçom do espaço aéreo da base italiana onde já tivérom lugar diversos acidentes e fôrom patentes as dificuldades de operatividade durante a agressom militar a Líbia no ano passado, é a principal razom para mudar de emprazamento. Trás Miras encaixa no perfil que procura o complexo militar industrial imperialista pola situaçom geográfica estratégica para a conca mediterránea, golfo Pérsico e norte de África, e também polo seu espaço aéreo livre de passo de avions comerciais.
Os USA estám empregando drones na agressom contra a Síria, no combate à insurgência afgá nesse país e também no Paquistám. Igualmente emprega esta arma contra o Irám que há uns meses –em dezembro de 2011- capturou um sofisticado drone (um RQ-170 Sentinel) na sua fronteira sul, assim como em boa parte da geografia do globo para espiar e combater forças populares e governos nom submetidos ao imperialismo. Som já milhares o número de vítimas geradas por esta arma do século XXI.
estám em construçom, e mesmo já em período de prova, novos modelos muito mais letais. Está o espia Wasp III, que já emprega a USAF, e que pesa meio quilo e mede menos de 30 centímetros. Atinge os três quilómetros de altura e vai equipado com cámaras e um localizador GPS. Também está em desenvolvimento o Nano Hummingbird, cuja envergadura é de 16 centímetros e pesa 18 gramas. Só se precisa de duas pessoas para operar um drone: um piloto e um técnico de sensores. Ambos trabalham de forma remota, desde bases que podem estar no mesmo país do que descola a aeronave ou nom. A maior base de drones, da Força Aérea dos USA, está no deserto de Nevada. Os pilotos de drones nom se exponhem ao inimigo, como o fam os soldados de infanteria que entram em combate.
A luita obreira nom é delito
Segundo fontes jornalisticas da imprensa burguesa galega a operaçom já conta com o visto e praz do construtor Northrop Grumman que analisárom sobre o terreno as idóneas condiçons de Trás Miras. O Ministério espanhol de Defesa já assinou um acordo com a NATO para integrar-se no programa AGS (Alliance Ground Surveillance), o que dá luz verde para o projeto de Trás Miras.
Bases em meio mundo Os Estados Unidos contam com bases de drones em Etiópia, ilhas Seychelles e Camp Lemonnier, em Djibouti. Também tem construído umha em Katroun, cidade situada a mil quilómetros ao sul de Trípoli (Líbia). A estas quatro de caráter “secreto” há que acrescentar as de Afeganistám e Paquistám. O governo Obama tem previsto construir novas bases em diferentes pontos do planeta. Além de Trás Miras tenhem em projeto instalar umha base nas ilhas Cocos, ou Keeling, um território sob soberania australiana configurado por 27 ilhas de coral e dous atolons, com uns 600 habitantes. Situadas no meio do océano Índico, a metade de caminho entre a Austrália e Sri Lanka som o ponto chave para a vigiláncia do mar da China.
Recentemente o governo narco-terrorista colombiano solicitou aos Estados Unidos estas armas para combater as guerrilhas revolucionárias que combatem esse regime oligárquico. Diversas fontes consideram que já operam desde as bases militaeres que tem na Colômbia.
Também o sionismo emprega drones no seu combate contra as organizaçons patrióticas e revolucionárias palestinianas.
Umha arma letal contra os povos em luita Os drones son pequenas computadoras com asas. Podem ser programados para gravar vídeo, para espiar conversas e atacar objetivos lançando mísseis. Som computadores letais. Em 10 anos, os USA passárom de ter 50 a 7.000, atesourando 70% das existências mundiais. Nos últimos anos, o Pentágono tem reservado umha partida anual de 5.000 milhons de dólares para comprar estas aeronaves. Os dous modelos mais comuns som o Predator e o Reaper. O Predator usa-se, sobre todo, para reconhecimento, embora pode ir cargado com dous mísseis Hellfire. Mede 8 metros de longo. Atinge os 217 quilómetros por hora e tem umha autonomia de 700 quilómetros. Cada modelo custa 14 milhons de euros.
bono 2 euros
Atualmente os Estados Unidos reconhecem que contam com bases de drones em Edwards e Maryland (USA), em Catar e na ilha de Guam, no Pacífico.
O Repaer, conhecido como “caçador assassino”, mede 11 metros. Pode ir carregado com os mísseis Hellfire e com bombas guiadas por laser. Atinge os 370 quilómetros por hora e tem umha autonomia de 1.800 quilómetros em voo. Cada modelo custa 37 milhons. Estes som os drones convencionais. Porém
Umha macro-base no coraçom da Límia Embora formalmente a base de Trás Miras estaria sob mando operativo do Exército do Ar espanhol a instalaçom militar estaria controlada polos Estados Unidos e a NATO. As instalaçons que se projetam construir nos vindouros anos contariam com um aeródromo com cinco quilómetros de pista, um centro de mando para processar a informaçom facilitada pola aeronaves, um polígono industrial, umha base secundária da NASA, a base europeia do programa Bams, umha base para a UAV do exército espanhol e também umha base de UAV da Junta para vigiláncia e guarda-costas. A construçom da base custaria mais de 250 milhons de euros e albergaria milhares de soldados ianques.
Evitemos base ianque na Galiza A instalaçom militar numha comarca tam deprimida como esta zona da Límia, envelhecida e despovoada, vai contar com o apoio dos setores populares sob a justificaçom da criaçom de postos de trabalho. As notícias já espalhadas pola imprensa burguesa falam da criaçom de 7.000 postos de trabalho diretos e 20.000 indiretos, no que é umha clara exageraçom que procura facilitar o apoio social e evitar oposiçom popular.
A base de Trás Miras situa a Galiza no epicentro da estratégia militarista dos Estados Unidos pondo em perigo a nossa segurança ao converter-nos em cúmplices dos crimes imperialistas, e portanto no alvo de legítimas açons de represália contra os ataques que tenham sido organizados desde ai.
controlar a luita popular emancipaçom e libertaçom.
nossa
que nom cumpre o empraçamento de Huelva, que mesmo linda co Parque de Doñana”.
A base ocuparia terrenos de Trás Miras e Sarreaus, à beira de um espaço protegido de alto valor ecológico, a poucos quilómetros de umha zona de proteçom de ambas.
A instalaçom de umha base ianque em Trás Miras reforçará a ocupaçom militar estrangeira do nosso País, a militarizaçom da Límia e da Galiza, o incremento do controlo social da dissidência popular, basicamente das organizaçons revolucionárias e independentistas, por parte das agências de espionagem norte-americanas que destinarám centenares de agentes para
De momento tem sido NÓS-UP a única força política que tem manifestado de forma explícita umha rotunda oposiçom a este projeto militarista. Pois em março de 2011, o daquela senador do BNG José Manuel Pérez Bouza, solicitou em Madrid a base para Trás Miras “porque segundo parece é o único que cumpre com todos os requisitos que precisa a empresa para levar a cabo este projeto. Algo
O agora ex-militante do BNG afirmava que o Governo devia ser “justo em questons deste tipo porque do contrário teremos a sensaçom de que a Galiza sempre perde quando se trata de captar projetos que podem gerar postos de trabalho e dinamismo económico em Ourense e na Galiza”. Igualmente solicitava a necessidade de que as “três organizaçons políticas atuemos como umha só voz neste tema, e despossuídos de práticas partidistas. Quando há que defender os interesses de Galiza devemos aunar forças”.
Perante as alarmantes notícias aparecidas nalguns meios de imprensa, destacando a possibilidade da instalaçom em território galego de umha base da USAF de avions nomtripulados, NÓS-Unidade Popular quer manifestar que: 1- A instalaçom de bases militares estrangeiras em território galego é um ataque intolerável à nossa soberania, mas também à segurança do nosso território, porquanto o converte num objetivo estratégico no caso de confronto militar. 2- A utilidade principal dos chamados avions nom-tripulados por parte dos EUA tem sido a da prática da espionagem e do assassinato de civis e militares em conflitos bélicos, mas também em países onde nom existe umha situaçom de guerra declarada, violando sem qualquer recato as convençons internacionais. Com a construçom desta base, a Galiza passaria a ser umha das principais plataformas a partir das quais atua a maior organizaçom terrorista do mundo: o exército dos EUA. 3- O apelo que se fará por parte de algumhas instáncias em relaçom à criaçom de postos de trabalho como argumento para defenderem esta instalaçom militar é umha mostra da degradaçom moral e da plena submissom aos ditados do militarismo imperial norte-americano. A nossa Pátria necessita soberania para poder resolver os graves problemas económicos e sociais que padece, derivados da dependência política que padece por parte do Estado espanhol.
pola
A Límia, como boa parte das comarcas do interior da Galiza, está sobre-empobrecida por um modelo de “desenvolvimento” dependente submetido aos ditames de organismos alheios, como a Uniom Europeia, que provocárom a destruiçom da sua economia agro-gadeira. A soluçom a sua grave situaçom passa por um plano integral e endógeno económico, nom por convertê-la na quinta base militar de avions nom tripulados dos Estados Unidos. 4- A esquerda independentista e socialista galega, afirmando-se nas suas convicçons anti-imperialistas e antimilitaristas, nom pode mais que manifestar a sua mais profunda oposiçom à instalaçom no concelho de Trás Miras, na comarca da Límia, desta base militar e anuncia que, no caso de este projeto for avante, vai opor-se ao seu funcionamento com todos os meios ao seu alcance. 5- A mobilizaçom social é imprescindível para evitar que a Galiza se converter numha plataforma de agressom aos povos do mundo por parte do Pentágono, a NATO e o exército espanhol. Direçom Nacional de NÓS-UP Galiza, 20 de fevereiro de 2012
iniciativa antes das palestras da Escola de Formaçom que nesta ocasiom se intitulava “Olhando para a América insurgente”. A primeira foi ministrada polo dirigente estudantil José Miguel Ramos, e a segunda por Carlos Morais, secretário-geral de Primeira Linha. José Miguel analisou a atual situaçom e orientaçom da revoluçom cubana após sintetizar a história contemporánea da ilha. Carlos Morais avaliou a atual situaçom da esquerda latinoamericana e caribenha logo de realizar um percorrido histórico da luita de classes e anti-imperialista desde o século XIX até a atualidade.
Guardia civil irrompe polo quarto ano consecutivo na EF Os corpos repressivos do Estado interrompêrom de novo polo quarto ano consecutivo o transcurso da Escola de Formaçom de BRIGA e AGIR. Quando na manhá do sábado vários veículos com participantes no encontro juvenil se dirigia a Compostela desde o vizinho concelho de Teu, três veículos da Guardia Civil ordenárom a detençom dos carros à margem da estrada para identificar todas as pessoas que iam dentro deles. As entidades estudantil e juvenil do MLNG realizárom no concelho de Teu, na comarca de Compostela, nos dias 30, 31 de março e 1 de abril, a nona ediçom do encontro formativo e de convívio da juventude revolucionária galega. Um roteiro polas branhas compostelanas do Sar foi a primeira
Sexta-feira 23 de março o centro social Lume! de Vigo comemorou o Dia do direito universal dos povos à rebeliom armada, com umha homenagem a Alfonso Cano. Comandante em Chefe da guerrilha revolucionária colombiana após o falecimento de Manuel Marulanda e assassinado 4 de novembro do ano passado polo estado narco-terrorista de Manuel Santos. Após umha ceia revolucionária com ementa colombiana tivo lugar um ato onde se incidiu nas origens do 26 de março e na figura de Alfonso Cano, dando leitura a um conto e poesias farianas.
Com esta prática repressiva a Guardia Civil pretende atualizar o seus ficheiros alegais de jovens rebeldes sob a coartada de um “controlo de segurança cidadá” em plena estrada. Este tipo de condutas demonstram mais umha vez que sobra polícia, sobra guardia civil, e sobram efetivos mantidos a costa do povo trabalhador.
Hoje comemoram-se quatro anos da desapariçom física do nosso Comandante Manuel Marulanda Vélez. Todos os frentes e colunas farianas, todos os guerrilheiros e milicianos bolivarianos, milhares de revolucionários de América e do mundo, obreiros, camponeses e gentes do comum, lembramos hoje o imortal condutor da guerra popular colombiana. A sua memória é umha constante em cada acionar da nossa organizaçom revolucionária. Ele foi o principal arquiteto de cada umha das etapas dela, desde as suas afastadas origens como resistência de massas no agreste Tolima da violência chulavita, até a sua consolidaçom como um verdadeiro Exército do Povo na luita por atingir o poder político e pô-lo ao serviço das maiorias nacionais e da construçom da Nova Colômbia. Génio em Marquetália, génio em Riochiquito, génio nos Llanos, invencível diretor da resistência ao Plano Patriota, fijo morder o pó da derrota a mais de quatro geraçons de Generais apátridas que adiantárom a guerra suja contra o nosso povo, defendendo interesses antinacionais. O camarada Manuel representou em si mesmo a umha geraçom inteira de camponeses que se atrevérom a responder à violência oficial consuetudinária e a levantar-se contra umha ordem e um regime político injusto. No seu abraço profundo com Jacobo Arenas encarnou-se a necessária aliança obreirocamponesa e o horizonte comunista que Marulanda acolheu com a sabedoria da sua raizame labrega. A identidade com o seu povo ratificou-se na adopçom do seu nome de guerra: o camponês Pedro Antonio Marín converteu-se num Manuel Marulanda,
redivivo em homenagem o camarada obreiro antioquenho torturado até a morte polo regime conservador laureanista. Contam já numerosos escritos, de pena fariana e alheia, que Manuel, sendo ainda um novel comandante das nascentes FARC, dedicou-se ao estudo sistemático dos clássicos da estratégia guerreira e do marxismo-leninismo. A consciência da importáncia de estes saberes para o desenvolvimento da luita colombiana converteu-no em um erudito da revoluçom, mas nom por vao capricho livresco, senom para o desenvolvimento efetivo de umha tática e estratégia para a revoluçom colombiana. A estatura militar que atingiu foi tal, que um dos seus mais acérrimos adversários, o general Álvaro Valencia Tovar, em gesto galhardo, descreveu-no desta maneira: "Tirofijo é o guerrilheiro mais hábil que tem produzido o país, (...) Tirofijo é a figura mais importante que tem produzido a guerrilha no mundo, guardadas as proporçons com Ho Chi Min ou qualquer de eles, combatentes guerrilheiros, ideólogos comunistas que assumírom o liderado como chefes revolucionários e nom como guerrilheiros. O mesmo general Giap de Indochina nom se lhe compara. Tirofijo é em realidade um mestre da guerra de guerrilhas pura. (...) Tirofijo é militar combatendo. E se ele se complementa com um homem como Jacobo Arenas, pois chega a ser o binómio de ouro da guerrilha" (do livro: Sueños y Montañas de Arturo Alape). Questionador permanente da realidade circundante, nunca promoveu a disciplina a paus, senom que foi um defensor acérrimo da verdadeira disciplina comunista, a plenamente consciente. Os que tivemos o
gosto e a honra de conhecê-lo podemos dar testemunha do seu caráter democrático como condutor de guerrilhas: o comandante Manuel confiava na direçom coletiva, no debate produtivo, no diálogo e a construçom desde a base. Embora a inquina com a que a imprensa oficial o tratou, e do osco talante guerreirista que lhe adjudicárom, o comandante máximo das FARC-EP foi sempre um amigo da paz. Lançou múltiplas mensagens de diálogo e reconciliaçom à institucionalidade oligárquica do nosso país em procura de umha saída política civilizada o conflito, sem que fora nunca escuitado a consciência polos verdadeiros responsáveis desta guerra tam prolongada. Hoje, a quatro anos da sua desapariçom física, enquanto as FARC-EP confrontamos em titánica luita a embestida furiosa do imperialismo norte-americano, dos seus aliados británicos e sionistas, e dos seus lacaios crioulos, rendemos-lhe homenagem a Manuel, ao nosso insigne comandante da guerra de guerrilhas móveis, sabendo que somos partícipes da sua mais grande obra na luita pola construçom de umha Nova Colômbia, democrática, popular e socialista. Por isso somos FARC-Exército do Povo. Os filhos e as filhas de Marquetália gritamo-lo aos quatro ventos: Contra o imperialismo, pola Pátria! Contra a oligarquia, polo Povo! Camarada Manuel Marulanda Vélez: Presentes e combatendo! Até a vitória! Secretariado do Estado Maior das FARC-EP Montanhas da Colômbia, 26 de março de 2012
Edita: Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano Tiragem: 1.000 exemplares Encerramento de ediçom: 10 de abril de 2012 Blogue: www.ccb-galiza.org Co-e: info@ccb-galiza.org
mentres a sociedade se encontre dividida em classes, mentres exista a exploraçom do homem polo homem. Mas para rematar com esta exploraçom nom é possível prescindir da guerra, que desencadeiam sempre e em todas partes as classes exploradoras, dominantes e opressoras. Há guerra e guerras. Está a guerra aventureira, que serve aos interesses dumha dinastia e ao gosto dumha banda de salteadores, que satisfaz as ambiçons dos heróis do ganho capitalista. E está a guerra –a única legítima na sociedade capitalista– contra os opressores e escravizadores do povo. Só os utopistas e os filisteus podem condenar por princípio semelhante guerra". A direçom política e militar na luita de massa do povo Proletari nº7, 27 de junho (10 de julho) de 1905
“Quem admitir a luita de classes nom pode menos que admitir as guerras civis, que em toda sociedade de classes representam a continuaçom, o desenvolvimento e o recrudescimento –naturais e em determinadas circunstáncias inevitáveis– da luita de classes. Todas as grandes revoluçons o confirmam. Negar as guerras civis ou esquecê-las seria cair num oportunismo extremo e renegar da revoluçom socialista”. O programa militar da revoluçom proletária Escrito em setembro de 1916
"A socialdemocracia nunca considerou a guerra, e tampouco a considera agora, desde um ponto de vista sentimental. Condena sem reservas as guerras como meio bestial para resolver os conflitos da humanidade, sabe que as guerras serám inevitáveis
"Mas a insurreiçom armada é um aspeto especial da luita política, submetido a leis especiais, que devem ser profundamente analisadas. Karl Marx exprimiu esta verdade dum modo tangível ao escrever que "a insurreiçom armada é, como a guerra, umha arte". Marx destaca entre as regras mais importantes desta arte as seguintes: 1. Nom jogar nunca à insurreiçom e, umha vez começada, saber firmemente que há que levá-la a cabo. 2. Há que concentrar no lugar e no momento decisivos forças muito superiores, porque do contrário o inimigo, melhor preparado e organizado, aniquilará aos insurretos. 3. Começada a insurreiçom, deve-se proceder com a maior energia e passar obrigatória e incondicionalmente à ofensiva. "A defensiva é a morte de toda insurreiçom armada". 4. Há que esforçar-se por surpreender ao inimigo, há que aproveitar o momento no qual as suas tropas estiverem dispersas. 5. Há que esforçar-se por obter triunfos diários (mesmo poderia dizer-se a cada hora, se se tratar dumha cidade), ainda que fossem pequenos, mantendo por cima de todo a "superioridade moral". Marx resume as aprendizagens de todas as revoluçons, no que à insurreiçom armada se referir, citando Danton, o maior mestre de tática revolucionária que se conheceu até hoje: audácia, audácia, sempre audácia". Conselhos dum ausente Escrito em 8 (21) de outubro de 1917 Publicado 7 de novembro de 1920 no Pravda nº 250
Telmo, Miguel
liberdade!