( ÍNDICE )
4 5 6 8 11 14 17 18 20 22 24 27 30
Editorial Colaboradores Crônicas e Contos A arte da hipocrisia Educação e Formação A nova Reforma Ortográfica Desconstruindo a Arte Benjamin Button Mitologia Ele era a música Tecno+ Uma ótima chance para empresas brasileiras Embates e Debates Violência contra a mulher: uma introdução Fazendo Direito Os feriados e a tributação Imagem e Ação 4, 3, 2, 1... MP2 Músicas de Ano Novo Saúde e Beleza Entrando com o pé direito! Com Água na Boca Homens na cozinha? Que luxo!
( EXPEDIENTE ) Diretora de redação Tereza Machado Redatora-chefe Fernanda Machado Diretor de arte Chris Lopo Editores Chris Lopo, Fernanda Machado e Tereza Machado Projeto gráfico Bonsucesso Comunicação Diagramação Chris Lopo Jornalista responsável Thiago Lucas Imagens não creditadas Jupiter Images Projeto inicial Antônio Poeta
( EDITORIAL ) Amigos Leitores Um ano se foi, outro se inicia, o renovar das esperanças em concretizações de projetos algumas vezes adiados por diversos fatores. Recomeçar sem olhar para trás, abandonando mágoas, ressentimentos e derrotas. O ser humano é algo maravilhoso, só é considerado humano por sua imensa capacidade de adaptação ao meio. Que esta adaptação, sempre necessária, não se transforme em acomodação. Força, coragem para enfrentar os novos desafios. Que os nossos leitores possam contar com os bons ventos na viagem por 2009, sempre teremos o novo pela frente. Fernando Pessoa imortalizou: “Tudo é possível se a alma não é pequena”. Pensemos grande com os recursos que a vida nos dispõe. O novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reforçou nossa fé ao proferir antes de sua espetacular vitória: yes, we can!
Anunciantes anunciantes@revistadinamica.com
Leitores amigos, comecem o ano com este pensamento positivo e poderoso: sim, nós podemos!
O conteúdo das matérias assinadas, anúncios e informes publicitários é de responsabilidade dos autores.
Feliz 2009! Tereza Machado
Site www.revistadinamica.com Contato contato@revistadinamica.com Próxima edição 01 de fevereiro de 2009
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( COLABORADORES ) Chris Lopo
Liz Motta
(chris@revistadinamica.com) Gaúcho. Trabalha com web design desde 1997. Hoje é, além de web designer, designer gráfico, ilustrador e tenta emplacar sua banda de rock.
(lizmotta@revistadinamica.com) Baiana e historiadora. Especialista em políticas públicas, produz artigos sobre violência contra a mulher.
Fernanda Machado
Mario Nitsche
(fernanda@revistadinamica.com) Carioca. Cientista da computação e apaixonada por design. Trabalha em sua própria empresa de comunicação.
(marionitsche@revistadinamica.com) Curitibano, dentista por profissão, filósofo por opção. Publicou o livro Descanso do Homem em novembro de 2005.
Kiko Mourão
Priscila Leal
(kikomourao@revistadinamica.com) Mineiro de Belo Horizonte. Estudante de direito. Além de fazer estágio na área também trabalha com sua maior paixão: a música.
(priscila@revistadinamica.com) Carioca. Atriz e estudante de danças. Apaixonada pelo estudo da filosofia, da anatomia humana e de tudo que constitua o ser humano e suas possibilidades de expressão.
Liana Dantas
Tereza Machado
(liana@revistadinamica.com) Carioca. Estudante de jornalismo. Começou cursando Letras e hoje pensa na possibilidade de vender cosméticos.
(tereza@revistadinamica.com) Cearense. Professora universitária, psicopedagoga e consultora educacional.
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( CRÔNICAS E CONTOS )
A arte da hipocrisia Um olhar sobre a hipocrisia através dos tempos
Liz Motta Participação: Leonardo Motta
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egundo o dicionário Larousse da Língua Portuguesa (2005), hipocrisia significa: 1. o vício que consiste em aparentar uma virtude, um sentimento que não tem. 2. Fingimento, falsidade. 3. Falsa devoção; beatice. O termo hipocrisia deriva do latim hypocrisis e do grego hupocrisis que significam o desempenho do ator, posteriormente passou a representar o fingimento das pessoas, o ato de demonstrar aquilo que não sente ou acredita. Mediante esta breve conceituação do termo, conclui-se que o mundo está povoado de hipócritas; ou seja, quem, em algum momento da sua vida não utilizou o expediente da farsa em alguma situação? Pode soar 6 Revista Dinâmica
pesado, mas nas relações interpessoais a hipocrisia é um ingrediente inevitável, mediante a necessidade do ser humano em conseguir seus objetivos, que variam desde a negação de uma nota baixa quando ainda criança temendo o castigo materno, até as estratégias dos políticos nas plataformas eleitorais. Em se tratando de política, a hipocrisia tem um lugar de destaque. A política é a arte da conquista e manutenção do poder , principalmente através da oratória, conjugada a atuação daqueles que tencionam conquistar o eleitorado. Tornou-se comum não acreditar nas “promessas eleitorais”, a banalização do descumprimento verifica quanto os políticos desempenham apenas um papel e que o seu discurso, tão inflamado durante a campa-
nha, nada mais é do que palavras mortas. Contudo, alguns políticos utilizam-se da hipocrisia com mais freqüência que outros. Um exemplo cabal da dualidade provocada pela hipocrisia é um entrave que já se estende há anos numa capital nordestina; a atuação do prefeito num obstáculo com “soluções” diferentes - o PDDU, “a menina dos olhos” do atual governo municipal - é utilizado com dois pesos e duas medidas para questões indissociáveis: a preservação da Mata Atlântica e a conservação da vista da orla marítima; ou seja, ambas estão interligadas ao conceito de qualidade de vida. Ora, em relação à Mata Atlântica o prefeito liberou vários empreendimentos imobiliários à custa da derrubada de centenas de
( Crônicas e Contos )
árvores e outros espécimes da flora nativa; por outro lado, embarga um empreendimento já em funcionamento - leia-sê um shopping com várias lojas, cinemas e praça de alimentação - há mais de dez anos em prol dos resquícios de dunas que teimam em permanecer no local, demonstrando a hipócrita face de um político capitalista travestido de ambientalista. Destarte, a matriz das ações políticas é hipócrita, salvo raras exceções obviamente. Quando estendemos a discussão para o campo dos Direitos Humanos encontramos apêndices da hipocrisia em toda a História brasileira. Como esquecer as “boas intenções” dos jesuítas com a população indígena? Em nome da salvação o lema: sem lei, sem rei, sem fé (em relação aos índios) foi levado às últimas conseqüências, culminando no quase extermínio
de várias nações indígenas. Hoje em dia encontramos ações esparsas e isoladas do Estado a fim de “zelar” por um povo e uma cultura já deteriorados pela hipocrisia. Não podemos esquecer do pósabolição. Milhares de africanos e afro-descendentes largados à própria sorte depois do 13 de maio. Pensavam os escravocratas que se era a liberdade que queriam, a liberdade foi dada e ponto final. Nada mais, nenhum recurso, uma muda de roupa, um quilo de alimento. Hoje, as chamadas políticas compensatórias demonstram quanto a hipocrisia permeia nosso cotidiano. E assim é com os judeus pósholocausto, a fome e a miséria em vários países africanos – sem falar nas guerras civis. E não podemos esquecer dos desaparecidos na
Ditadura Militar, mas esses, esses continuam esquecidos. Se lermos qualquer livro de História com um olhar mais profundo e crítico encontraremos infindáveis exemplos da arte da hipocrisia. Porém, a História é dinâmica, processual e metamórfica – graças a Deus. A História é feita por nós, seres humanos, cidadãos e cidadãs que não dimensionam o poder decisório que temos no mundo. A tomada de consciência pode estar ao alcance das nossas mãos, mãos livres da hipocrisia. Vai uma dica: o ano de 2009 está apenas começando e nada melhor que uma boa reflexão para nortear nossas ações vindouras - Até que ponto a máscara da hipocrisia influi no nosso cotidiano? E, para além, por quanto tempo a utilizamos? Por horas? Por mandatos? Ou por toda uma vida?
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( EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO )
A nova Reforma Ortográfica Você sabe escrever corretamente? Tereza Machado
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eus amigos leitores, já está em vigor a Nova Reforma Ortográfica que terá o prazo até 2112 para que todos se adaptem à nova realidade da Língua Portuguesa. Particularmente, acho que temos maiores problemas sérios a serem enfrentados, do que fazer uma outra reforma ortográfica (as anteriores foram em 1911 e 1971) que, a meu ver, em muitos casos irá dificultar o entendimento da leitura, só o contexto irá nos dizer que pronúncia dar àquela palavra. O Brasil é um país que aplica verbas em Educação insuficientes para todo o território nacional. Fazer esta Reforma em época de crise mundial cria uma despesa enorme 8 Revista Dinâmica
para mudar todos os livros didáticos e gramáticas. Isto não está adequado ao que se vê em outros países que fazem cortes em suas despesas, nós iremos aumentá-las por um acordo, que pelo menos poderia ser adiado, pois a crise não é nossa, é de todos os países. Não há mais o que fazer, a Lei está assinada desde a década de noventa, no século XX, colocada sua vigência a partir de 1º de janeiro de 2009. O ano começou bem, vamos todos ter que voltar a estudar, pois com certeza nem este texto estará completamente dentro das novas regras. Como professora de português, confesso certa resistência a retirar o trema da palavra lingüiça, por exemplo: como vou ler o “u” sem o
trema? É claro que deveria mudar a pronúncia. Bem, mas não adianta lamentar que a nossa língua vai ficar menos bela por causa de uma reforma que é feita para unificar a Língua Portuguesa falada em outros países de mesmo idioma. Na década de 1970, foi feita uma reforma ortográfica com Portugal e nós tiraríamos o acento diferencial e, em troca, Portugal tiraria a consoante muda como em “contacto”, passando a se escrever “contato”. Perguntem se realmente retiraram tal consoante? Na prática ainda há pessoas até hoje que ignoram tal regra em Portugal. Verão em um texto oficial a prova do que falo. Bem, vamos às informações sobre as mudanças que de agora em diante passam a vigorar:
( Educação e Formação )
MUDANÇAS
K, W, Y: O acordo incorpora definitivamente ao alfabeto usado na língua portuguesa as letras K, W e Y. HIATO “OO”: Não leva circunflexo o primeiro “o” do hiato “oo”. Exemplo: “enjoo”. ACENTO DIFERENCIAL: Não será mais usado para distinguir palavras homógrafas. Passam a ser grafadas da mesma maneira, por exemplo, para (verbo) e para (preposição). Exceção: “pôde” e “pode”. Facultativo: fôrma (substantivo) e forma (substantivo, verbo). CREEM: Não levam acento circunflexo as formas verbais creem, leem, deem, veem e seus derivados (descreem, releem, desdeem, reveem etc.). PAROXÍTONAS: Não levam acento agudo as vogais tônicas “i” e “u” das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo. Exemplos: “baiuca”, “feiura”, “baiuno”. TREMA: O uso do trema é completamente eliminado pelo acordo. CONSOANTES: São eliminadas as consoantes mudas ainda utilizadas no português falado fora do Brasil. Exemplos: “ação (em vez de acção)” e “ótimo (óptimo)”. DITONGOS: Não serão mais acentuadas as paroxítonas com ditongos abertos “ei” e “oi”, caso de “assembleia”, “ideia”, “heroico” ou “jiboia”.
É importante lembrar que o acento é mantido nas oxítonas, como “herói”. O texto oficial deixou dúvidas, porém, nos casos em que o ditongo está em paroxítonas terminadas em “r”, como “destróier”. A Academia Brasileira de Letras diz que vai manter em seu vocabulário ortográfico a acentuação nesses casos.
HÍFEN: São várias as dúvidas criadas pelo acordo. Entre elas, a suscitada pela regra que determina que ele não seja mais utilizado nos termos compostos “em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição”, uma norma que dá margem a interpretações subjetivas. A Academia Brasileira de Letras avisou que vai adotar uma interpretação literal do texto do acordo e suprimir o hífen apenas nos dois casos mencionados pelo documento: “pára-quedas” e “pára-quedista”, que passam a ser grafadas “paraquedas” e “paraquedista”. Fonte: Jornal O Globo (2 de janeiro de 2009)
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( Educação e Formação )
Ao escrever esse texto com as mudanças ortográficas, meu computador se rebelou, o corretor do editor de texto Word registrou como erro todas as palavras grafadas pela Nova Ortografia. Espero que, em breve, o Windows faça mais uma atualização. No site da Wikepédia, temos o seguinte trecho, escrito no português de Portugal: “A adopção da nova ortografia, de acordo com os dados da Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 (que se baseiam exclusivamente numa lista de 110 000 palavras da Academia das Ciências de Lisboa), irá acarretar alterações na grafia de cerca de 1,6% do total de palavras na norma euro-afroasiático-oceânica (em Portugal, PALOP, Timor-Leste e Região
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Administrativa Especial de Macau) e de cerca de 0,5% na brasileira.” (Nota da coluna: reparem como eles ainda escrevem a consoante muda, como foi citada neste artigo, anteriormente.) Li que o próprio Governo adiou as encomendas de livros e dicionários, para a Rede Pública de Ensino, de acordo com a nova Lei de Ortografia, aguardando o novo “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”, que ainda não foi editado, elaborado por uma equipe liderada pelo filólogo Evanildo Bechara, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Segundo a mídia, a nova edição ainda não saiu devido às dúvidas que a equipe encarregada da mu-
dança ainda encontra. Imaginem como nós, simples leitores, vamos enfrentar a mudança. Existem estudiosos da Língua, gramáticos, lingüistas (o meu corretor ainda não me permite retirar o trema, perdoem), filólogos, etimologistas que têm fundamentação suficiente para serem contra a Reforma, mas também há os que em nome de uma facilitação (?!) de união entre os povos que falam o Português possam ter uma mesma base ortográfica de comunicação. Enfim, está feito, leitores, espero que esta coluna possa ter contribuído para seu esclarecimento. Feliz 2009!
( DESCONSTRUINDO A ARTE )
Benjamin Button Conto, baseado em frase de Mark Twain, ganha filme estrelado por Brad Pitt e dirigido por David Fincher
“A
Chris Lopo e Fernanda Machado
vida seria infinitamente mais feliz se nascessemos com 80 anos e fossemos chegando gradualmente aos 18”. Esta é frase que inspirou F. Scott Fitzerald a escrever para a revista Collier’s Weekly, em 1922, um conto sobre uma criança abandonada em um asilo, que possui aparência e saúde de uma pessoa com 80 anos de idade, que vai crescendo como qualquer pessoa, mas sua aparência e seu organismo vão rejuvenescendo aos poucos, como se o relógio estivesse contando as horas ao contrário. A produção O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case of Benjamin Button, Estados Unidos, 2008), que estréia dia 16
de janeiros nos cinemas brasileiros, é dirigida por David Fincher, que estreou em 1983 com o documentário The Beat of the Live Drum mas só conheceu o sucesso em 1992, com o longa Alien 3. Sua parceria com Brad Pitt vem de longa data. O primeiro trabalho da dupla foi o brilhante Seven, de 1995, que tinha Morgan Freeman como detetive Somerset e Kevin Spacey como o psicopata John Doe (tradução livre para “zé ninguém”). Em 1999 eles se encontraram novamente para rodar Clube da Luta, filme no qual Pitt é o alter ego de Edward Norton, cuja personagem é guiada por catálogos e que, inconscientemente, não aguenta mais esta vida e acha uma maneira de escapar de tudo.
Queenie, vivida por Taraji P. Henson, mostra o bebê Benjamin
Fincher também possui uma longa Revista Dinâmica 11
( Desconstruindo a Arte )
lista de vídeos musicais no seu curriculum, com produções para bandas sinistras como Nine Inch Nails e megastars como Madonna. Nesta nova produção, que conta com roteiro escrito por Eric Roth, o mesmo de Forrest Gump, ele mostra um lado até então desconhecido. Contracenando com Cate Blanchett e Tilda Winston, Pitt vive uma história inusitada, mas com um tratamento completamente real, sobre o que aconteceria se uma pessoa realmente fosse “abençoada” com o fato de rejuvenescer, ao invés de envelhecer. O filme começa quando Daisy, vivida por Blanchett, dá à sua filha, vivida pela atriz Julia Ormond, o diário escrito de Button, nascido em 11 de novembro de 1918, dia em que foi declarado o fim da Primeira Guerra Mundial. Suas memórias mostram que ele nunca se sentiu bem, independente de onde estivesse. Seu caso com Daisy tem um gosto amargo. Enquanto ela envelhece, ele se torna cada vez mais jovem. Eles, por um breve período, conseguem curtir o 12 Revista Dinâmica
Acima Benjamin jovem, precisando de ajuda para tomar banho, abaixo ele alguns anos mais tarde, ficando cada vez mais jovem
( Desconstruindo a Arte )
romance, enquanto o tempo deixa, enquanto eles possuem idades parecidas. Com a consciência de que este é um caso que nunca dará certo, e resolvem tomar rumos diferentes. Sutileza, esta é a palavra que resume o filme, cujos 166 minutos de duração passam num piscar de olhos. Pela parte técnica, os efeitos especiais são praticamente imper-
ceptíveis. Toda esta questão ficou por conta do supervisor de efeitos especiais Eric Barba, da Digital Domain, empresa responsável por Transformers, Speed Racer, Piratas do Caribe – No Fim do Mundo, e produções menores como Água Negra, este último dirigido pelo brasileiro Walter Salles, novamente demonstra que a era em que os efeitos deveríam saltar aos olhos não existe mais.
“Nascido sob circunstâncias incomuns” é como Benjamin descreve sua situação.
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( MITOLOGIA )
Ele era a música Melodias e o mundo dos deuses Mário Nitsche
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mensa, bonita que preenchia o todo com notas que faziam parte do corpo e alma de quem a ouvia. Morpheus era uma dimensão da música do universo que passando por ele o iluminava; não no sentido de deixá-lo longe e inacessível. Isso não. Ele estava ali, no momento, no mundo, junto com todos, tocando, cantado-a. Ele e sua harpa eram um e todos eram beneficiados, ficavam melhores e sentiam-se bonitos com a beleza das notas. Alguns rios mudavam seus cursos ao ouvi-lo. Os animais paravam. Mesmo as pedras absorviam o som da sua conexão com o universo.
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Morpheus era um músico no lato sentido da palavra. Um dia uma outra música aproximou-se dele por um desses caminhos que o imponderável tem para revelar aos que o consideram como um elemento vital no fazer decisões. Eurydice surgiu. Linda, gatíssima, gentil e encantadora. Uma mulher maravilhosa como há poucas no mundo. À música, acrescentou-se o amor na vida do músico. Ele ficou melhor, mais leve e feliz. Completaram-se. A música do universo e a música como mulher. Um casamento! Casaram-se. E logo depois do casamento, passeando com suas amigas
tocando em flores e verdes, como as mulheres gostam, ela sentiu uma picada. Nada de mais. Não doeu muito. Uma víbora. Esses répteis são extremamente desagradáveis uma vez que inoculam uma química que afeta os músculos respiradores principalmente. Depois da surpresa e do sentir-se mal, tudo virado de cima para baixo e da perda do pé de apoio, Eurydice viu-se passando pelos grandes e escuros portões do Hades. Ela era uma sombra. Morrera. Agora vivia entre as sombras num outro lugar. Para Morpheus ficou o desespero surdo, grande e um estado que raras pessoas chegaram a conhecer: o de total não consolo. O mundo mudou para ele. Continuou com sua música. Um dia, no meio da
( Mitologia )
saudade imensa e do vazio, sem a mulher amada, ele arquitetou um plano ousado. Não lhe faltava audácia. Fôra um dos heróis do navio Argos. Com a música ele iría ao Abismo, solicitar a volta de Eurydice. Assim pensou, assim começou a viagem. Nenhum homem até hoje foi tão longe por uma mulher. Morpheus não tocava com um objetivo. A música era o seu dom. Ele a tocava e cantava como expressão da sua vida, e quando passou pelos portões negros do Hades o cão Cerberus, o guardião, quedou-se maravilhado... Se não fosse pelo fato de ser horrível de feio, violento e com três cabeças, diria-se que naquele momento parecia um cãozinho de madame. A música permeou o Hades. A roda de Ixion parou e ele ouviu... Sisiphus descansou de carregar a imensa pedra ladeira acima para vê-la rolar abaixo de novo e viu-se leve e alegrado pelo som vivo. As
Fúrias choraram. As sombras que andavam de um lado para o outro sem um sentido para a vida – que não tinham – iluminaram-se. O hades ganhou um pouco do céu. Assim ele chegou em frente ao deus Hades. Fez o que mais sabia, cantou para ele e todos ali, explicando o motivo porque ele veio por um longo caminho com sua harpa. Foi mais ou menos assim. Deuses que comandam esse escuro E silencioso mundo. A vocês todos os nascidos de mulher Tem que vir. Todas as coisas amáveis, ao fim Descem aqui à vocês. Vocês são os devedores os quais Sempre são pagos. Por um pouco tempo ficamos na terra.
Depois, somos seus para sempre e sempre. Eu procuro alguém que veio para vocês Muito cedo. Rei, o botão foi colhido antes da flor desabrochar... Eu tentei agüentar a perda. Mas não pude. O amor era muito, muito grande. E há um modo de como as coisas no mundo São tecidas, mas ela foi retirada do tear muito cedo. Olhe, peço algo muito pequeno, Apenas que você empreste-a a mim – não me dê. Afinal ela, um dia, será de vocês quando O seu tempo de vida estiver completo. Ninguém ouvindo a música e a voz de Morpheus pode recusar nada a ele: “Arrancou lágrimas de aço que
Cena do filme “Amor além da vida”, de 1998 (PolyGram/Interscope/Metalfilmics)
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( Mitologia )
correram pelo rosto de Hades E fez o inferno doar o que o amor viera buscar”. Eles entregaram Eurydice a Morpheus... mas com uma condição: Ele, sob hipótese alguma, não deveria olhar para trás, para ela que o estaria seguindo até que ambos chegassem ao mundo em cima, na luz! Uma conditio sine qua non! Coisa de deuses... coisa de deuses... Começaram a caminhar. Passaram pelas imensas portas do Hades e tomaram o caminho que subia, subia, subia. Ele sabia que ela deveria estar logo atrás dele e fez tudo para não olhar. Não olhou. Depois de muito tempo estavam quase lá. O escuro estava virando um cinza. Quase. Com alegria indizível ele pisou no dia claro da vida aqui no sol. Virou-se feliz para o abraço... Choque! Muito cedo... ela ainda estava nas trevas! Correu para ela com os braços abertos para puxála. Inútil. Eurydice escorregou para as sombras e tudo que ele teve foi a voz da moça dizendo um “Adeus”. Tentou segui-la. Não deu. Foi negado a ele uma segunda entrada no Hades por estar vivo, mesmo com a música! Coisa de deuses... Morpheus foi forçado a ficar na terra sozinho numa desolação impossível de ser descrita. Afastou-se da companhia dos homens e andava pelos lugares ermos e selvagens da Trácia, sem conforto e muito triste. Sua lira era a sua grande amiga e ele a tocava o tempo todo. Maravilhas saiam 16 Revista Dinâmica
da desolação e solidão via música. A música contava o triste de um modo bonito. Sempre tocando. E as árvores, rochas e rios o ouviam felizes. Os rios mudavam... Todos eram suas companhias no silêncio.
pheus e Eurydice, depois da morte dele, não foi escrito que ele foi ao Hades, encontrou-a num grande abraço e os dois ficaram juntos – sem jogo de palavras aqui – para sempre!
Um dia um grupo de alouquiçados, bêbados e chapados, o achou e caíram sobre ele. Problemas pessoais e uma queda na bolsa de valores - o que sempre acontece, - os levaram a um estado de espírito agressivo. Morpheus, o músico, lutou com bravura, mas foi vencido, esquartejado ainda vivo. Horror. Jogaram sua cabeça no Rio Hebrus. Musas a acharam e a depositaram num santuário numa ilha. Elas procuraram seus membros que estavam espalhados e os enterraram aos pés do Olimpo. Daquele tempo para cá, dizem, os rouxinóis daquele sítio cantam muito mais suave e bonito do que os de outras paragens do mundo.
Coisa dos homens? Medo?
Assim o gentil aventureiro do Argos, o apaixonado pela mais linda mulher, Eurydice, deixou de andar sob o Sol. Pararam sua música... será? Perguntas. Porque será que num grande amor sempre acontece um desastre, uma coisa séria qualquer que o obsta? No mínimo, ciumeira dos mal amados e meio amantes. Porque será que numa relação medíocre ele fica muito e muito tempo no chove-e-não-molha, sem nada para dar uma melhorada; nem uma crise digna de nota? Coisa dos deuses? Porque será que no mito de Mor-
Tudo indica que a turma de Olimpo e muitos líderes religiosos são o problema. A vida deles numa torre de marfim fora da realidade os tornam felizes em colocar sobre nós pesos que eles nunca poderiam carregar. Dão com uma mão - coisa de deuses - e tiram o dobro do que temos na realidade com a outra. Parece que nós, os mortais, os que vivemos neste fantástico e misterioso mundo, que temos a nossa frente a vida, que amamos, nascemos, vivemos e um dia saltamos para a continuidade da grande aventura da Vida, somos os deuses! Alguma coisa em algum lugar da nossa história nos fez esquecer disso. Mas vamos aprender um pouquinho... A música de Morpheus, por pouco tempo, encantou o Hades, as sombras... Iluminou. O sol é nosso! Morpheus e Eurydice vivem e amam-se! E ele continua a tocar. É só ouvir... é só ter ouvidos para ouvir! Eles são a música!
( TECNO+ )
Uma ótima chance para empresas brasileiras FINEP e Ministério da Ciência e Tecnologia financiarão projetos inovadores em 2009 Chris Lopo
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sta matéria é para você, empreendedor: A FINEP, Financiadora de Estudos e Projetos, junto com o Ministério da Ciência e Tecnologia, disponibilizarão verbas para projetos inovadores de empresas brasileiras, por meio de incubadoras escolhidas pelo Programa Primeira Empresa Inovadora (PRIME). Mas como isso funciona? Simples. No primeiro ano, a verba será livre de taxação, pois será repassada em forma de bolsa. A quantia, R$ 120 mil, que será doada para cada empresa participante do programa, poderá ser utiliza-
da para contratação de pessoal, consultoria, compra de produtos e outros. A outra metade dos recursos será financiada em 100 vezes sem juros, através do Programa Juro Zero.
Área 1 – Tecnologias da Informação e Comunicação
O objetivo da FINEP é apoiar o desenvolvimento de projetos inovadores por empresas brasileiras. Neste caso, a grande questão é: quem pode participar?
Área 4 – Defesa Nacional e Segurança Pública
Empresas brasileiras (excluindo as sociedades simples), de qualquer porte, poderão participar. Os projetos terão o prazo de até 36 meses para serem concluídos e deverão estar de acordo com as seguintes áreas de conhecimento, descritos pelo programa:
Acesse o site oficial do FINEP, para mais informações sobre inscrição, prazos e documentos necessários para participar do programa: <www. finep.gov.br>.
Área 2 – Biotecnologia Área 3 – Saúde
Área 5 – Energia Área 6 – Desenvolvimento Social
Boa sorte!
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( EMBATES E DEBATES )
Violência contra a mulher: uma introdução
A violência está colada na pele e na mentalidade e de tão arraigada gera conseqüências nefastas para todos que a vivenciam Liz Motta
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poiada pela explosão do feminismo nos anos de 1970, a História das Mulheres e as teorias feministas utilizam a abordagem de gênero para diferenciar os papéis sociais e culturais de homens e mulheres, suas inter-relações e comportamentos. As relações entre os sexos são geralmente marcadas pela violência, desigualdades e fundamentadas em uma sociedade de alicerce machista e regras definidas de moral e conduta submissa da mulher, tendo o homem primazia e liberdade em seus atos em detrimento da feminina. Erroneamente muitos/as acreditam que violência é uma agressão física que culmina ou não numa lesão que incapacita momentânea 18 Revista Dinâmica
ou definitivamente a vítima. A violência, na verdade, é um fenômeno multifacetado que muitas vezes passa despercebida por não ser compreendida em sua totalidade e nuances. O conceito que o filósofo Yves Michaud propõe traduz a versatilidade da violência. Há violência quando, numa situação de interação, um ou vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou várias pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e culturais. Ao analisar esta epígrafe, muitas mulheres se reconhecem nas palavras de Michaud visualizando o seu cotidiano de agressões baseado em uma suposta supremacia
masculina. A violência contra a mulher é um dos temas principais abordados nos estudos de gênero. Talvez, uma das questões mais polêmicas e de difícil estudo e erradicação para as diversas áreas do conhecimento. A violência está colada na pele e na mentalidade e de tão arraigada gera conseqüências nefastas para todos que a vivenciam. A violência contra a mulher é filha de uma sociedade repressora e fálica. As agressões se manifestam em diversas instâncias: humilhação, aprisionamento doméstico, exploração sexual, estupro, dilapidação patrimonial, agressões verbais e físicas e por fim, o femicídio. A sociedade é, por vezes, condescendente com estes crimes, mesmo porque muitos ocorrem no
( Embates e Debates )
interior do lar, no espaço privado, num ambiente onde, como se diz o ditado popular: “briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. A agressão contra a mulher, cometida por seus parceiros, está enraizada na cultura e no comportamento da sociedade. Existe certa aquiescência sobre o assunto, a situação é naturalizada à proporção que o convívio marital “legaliza” (...) atos de violência do homem contra a mulher com quem tenha tido uma relação de intimidade (esposa, concubina, noiva, excompanheira, ex-esposa, etc.) (...). Nesse sentido, o fato de conviver, ter convido, ou qualquer relacionamento emocional perfaz um atenuante do homem que agride a mulher, já que ele está alicerçado por valores sociais constituídos
em sociedades patriarcais desde os primórdios da humanidade. Esses valores trazem o homem como o ser biologicamente superior, racional, o “chefe da família”, “o provedor e protetor”; nas mãos dele estão o destino e a tutela de todos os membros da família, inclusive, se em alguma circunstancia houver a necessidade de uma liderança em uma esfera extra-familiar, a priori, um homem é escolhido para resolver qualquer situação, já que o determinismo biológico, apenas mais um instrumento de coerção da sociedade, eleja a força física como uma das causas para a superioridade masculina alijando a possibilidade de uma igualdade de gênero, posto que este determinismo condicione à mulher uma fraqueza corpórea e vulnerabilida-
de de emoções, não sendo capaz de resolver problemas ou tomar decisões. Assim, as regras sociais de exclusão da mulher tem se perpetuado ao longo dos tempos, sendo reforçadas por dogmas religiosos e morais mesmo quando, em nome da superioridade biológica e psicológica, o homem passe do insulto à agressão e da agressão ao assassinato da sua companheira. Assim, o femicídio é um dos crimes mais hediondos contra gênero, mas infelizmente acontece corriqueiramente na sociedade e muitas vezes, torna-se um dos matizes do cotidiano, um ato naturalizado e banalizado.
“A agressão contra a mulher, cometida por seus parceiros, está enraizada na cultura e no comportamento da sociedade”.
Revista Dinâmica 19
( FAZENDO DIREITO )
Os feriados e a tributação Como a paixão nacional do feriado influencia a pesada carga tributária Kiko Mourão
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nicia-se o novo ano. Muitos de nós estamos aproveitando as férias para o merecido descanso após um ano complicado, corrido e estressante. E é claro, a primeira pergunta, ou uma das primeiras, que as pessoas fazem no nascer de um novo ano é: Quantos feriados teremos no primeiro semestre? O prazer de ter um feriado que encurte a semana, que permita uma pequena viagem, ou até mesmo que garanta uns dias em casa, assistindo um filme ou lendo um bom livro é inquestionável.
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Entretanto, ultimamente, temos visto um aumento significativo de datas comemorativas nos quais se decreta um feriado. É dia disso, dia daquilo, enfim, como dizem por aí, até mesmo o famoso “dia de São Nunca” está virando feriado.
demasiadamente lenta. O excesso de feriados que se segue gera um atraso no andamento de vários setores, inclusive no judiciário, que tem que parar a sua pauta normal de serviços em função de feriados excessivos.
Não seria de todo ruim. Olhando pelo lado positivo, teremos mais dias para descansar, para reduzir os altíssimos níveis de irritação e cansaço. Mas apenas isso. Vejamos agora os aspectos negativos de tantos feriados.
Outro fator influenciado diretamente pelo excesso de folgas é a tributação. Se em um ano de 365 dias existirem cerca de 110 dias sem expediente, é possível imaginar quanto o Estado deixa de arrecadar. Para um estabelecimento comercial não significa nada, para uma pessoa, menos ainda. Mas, e para milhares de estabelecimentos e pessoas que juntos arrecadam impostos para o Estado? São
Primeiramente é sabido que no Brasil as coisas somente começam a “andar” após o Carnaval. E começam a andar de forma
( Fazendo Direito )
milhões e milhões de reais jogados fora com feriados excessivos. É óbvio que não existe a pretensão de se retirar do calendário feriados já conhecidos, como a páscoa e demais feriados cristãos, ou datas de aniversário dos municípios, ou de acontecimentos históricos, mesmo por que, retirá-las do calendário seria descabido. O que se pretende é que não seja decretado feriado em qualquer dia do ano. Ora, não será espantoso se surgir o dia que Dom Pedro II aprendeu a falar “papai”, ou algo do gênero. Os feriados não podem ser decretados de forma leviana e abusiva. Um dos reflexos do excesso de
feriados é a pesada carga tributária brasileira, da qual muitos reclamam. Bem, é possível perceber o motivo de tão elevada carga tributária. De alguma maneira o Estado precisa compensar os milhões e milhões que perdeu em arrecadação nos dias de São Nunca que são decretados por aí. E mais. Dizem que a justiça é lenta, que o poder público é lento, que tudo é lento. Então resta uma pergunta: Não seria mais rápido sem tantos feriados desnecessários? É um feriado aqui, outro ali, e o ano passa, e nossos problemas ficam pendentes. Melhor seria que fossem mantidos os feriados realmente históricos, religiosos, comemorativos, enfim,
os já tradicionais. Não é possível saber se a carga tributária diminuiria. Mas é possível garantir que os que andam mais rápido chegam primeiro. Isso quer dizer que o Brasil poderia crescer muito mais se sua pauta de serviços não fosse constantemente atrasada pelo “dia da última tosse do Marechal Deodoro”. Enquanto não se toma nenhuma providência, continuaremos pagando altíssimos impostos e atrasando o nosso trabalho. Pelo menos dá pra aproveitar e ver um filme legal. Enquanto isso, “São Nunca” que nos ajude.
“Enquanto não se toma nenhuma providência, continuaremos pagando altíssimos impostos e atrasando o nosso trabalho”.
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( IMAGEM E AÇÃO )
4, 3, 2,1...
Uma contagem regressiva feita não só para o fim do ano, mas também para os especiais! Liana Dantas
N
ão importa o canal, estarão todos de branco. Aí você pensa: é o sindicato dos açougueiros? Dos pipoqueiros? Dos pais e mães-de-santo? Nãããão! É o “espírito de Reveillon” que invade a TV, dizem! Ué, só existem espíritos brancos? Vamos ter de rever isso aí, pois é gente pulando, cantando e apresentando atrações cantantes e pulantes de... branco! Quem vai tratar da nossa labirintite? Hã? O fim de ano traz tanta “loucura, loucura, loucura” que um apresentador judeu faz oferenda pra Iemanjá (!!) todos os anos de branco, claro, cor da rainha do
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mar. Será que a explicação está aí? As emissoras de TV acham que Iemanjá vai protegê-los e aumentar sua audiência? Mistéééério. A verdade é que nós estamos grogues de tanta comida européia sobrecarregando nossas veias sanguíneas e sem energia para fazer nada. Os especiais de Natal se foram, esgotaram o que restou de concentração vinda do fígado. Agora chegou a vez dos “especiais de Ano Novo”. Quero dizer, não são de Ano Novo propriamente, mas são especiais que envolvem os contratados da emissora de TV, um mix de teatro de revista mais circo encruado de mensagens positivas e repetitivas para o ano que virá. Ou são atrações que “ensaiam” para entrar na grade de programação do
ano que vai vir (coitado deste inocente), como por exemplo o caso mais famoso de “A Diarista” (Rede Globo), que nasceu de um desses especiais de fim de ano. Em 2008, para nos afortunar com “maravilhas”, os especiais Nada Fofa (na verdade, nada engraçada ) e Aline (Ana Júlia,Heloisa mexea-cadeira) que veio direto dos quadrinhos para te enpentelhar no conforto do seu lar (Aline nos quadrinhos de Adão Iturrusgarai é legal, só para esclarecer). Contudo, Xuxa, a rainha, este ano deu a impressão que estava decidida que iria fazer de tudo para chamar atenção: “Xuxa e as Noviças” foi dirigida por Wolf Maia, numa adaptação de uma peça da década de 80, dirigida pelo mesmo. Capri-
( Imagem e Ação )
chou na bizarrice, parabéns! A Record entrou na disputa com seu especial “Os Óculos de Pedro Antão”, adaptação do conto de Machado de Assis. Um luxo de contratar a produtora Contém Conteúdo (ê nomezinho) e o diretor artístico da mesma, Adolfo Rosenthal, para arranjar tudo. Só que... er, então, alguém assistiu? Mandem e-mails (liana@revistadinamica.com) contando, a colunista agradece! Ok, damos um desconto às adaptações de contos e de peças, pois movimentam a cultura nacional, pelo menos tentamos acreditar. Mas e os programas (ainda traje branco) que relembram tudo que passou em 2008? Tudo que você quer mais é esquecer! Uma verdadeira tortura. O pior - porque sim, leitores, pode piorar! - é quando dão “troféus” premiando as pessoas que se destacaram no ano.
Para quê? Não seria menos constrangedor só mostrar a imagem da pessoa no telão? É tanta gente para premiar que, quando o premiado dá índices de que está tentando se emocionar, a mando do assessor talvez, após receber o troféu, o apresentador quase empurra a pessoa para fora do palco! O mais indicado desses programas de retrospectiva é o “Especial Tv ‘Ok, ok’ Fama”, pela Rede TV!. Indicado para quando abrir a champanhe ou um coisa mais alternativa como água com gás e gotículas de limão (porque a crise está aí, minha gente!), vão estar passando (segue o release): “as principais revelações das celebridades, os casamentos badalados, os polêmicos flagras nacionais e internacionais, as separações bombásticas, os maiores micos e um resumo das caracterizações com das celebridades no quadro ‘Transformação’”. Genial? É pouco! Fica a dica para quem não quer se irritar com
“divas” do axé com padres famosos se esgoelando para pronunciar coisas como “Sai do chão, galera” em dó maior!? A Rede Globo, com investimento total nas minisséries, no dia 5 de janeiro de 2009, começa com a mais polêmica de todas, sobre a cantora Maysa: “Maysa - Quando fala o coração”, escrita por Manoel Carlos. Se Maysa já era bem dramática, juntando a Manoel Carlos... temos que rezar para não virar um épico “emo”! Começar o ano emo, é um pouco demais. No mais, desejo a todos os leitores que tirem ótimas risadas dos especiais pitorescos de fim de ano. Falando na linguagem do tema desta coluna, que este ano que começou nos traga mais canais de gente bacana e elegante como uma TV de tela plana, e que a antena só pegue coisas boas para o coração!
Cena da minissérie “Maysa - Quando fala o coração”, da Rede Globo
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( MP2 )
Músicas de Ano Novo Escolhemos 7 músicas para ajudar você a encarar o início de 2009!
Fernanda Machado e Liana Dantas
Sabemos que é sempre difícil começar qualquer início de ano novo. Pensando nisso, separamos as 7 músicas para dar coragem de encarar os próximos 365 dias que virão. Além de 7 ser um número cabalítisco, espiritual e clássico, vai ajudar a dar um pontapé no mauolhado chamado preguiça e cair em 2009!
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Pata Pata Artista: Miriam Makeba Essa vai tirar seu pai que ainda está jogado no sofá ! Música de 1959, que foi relançada em 1967 nos EUA, tornando a primeira canção e cantora sul-africana a se destacar mundo afora. Pata Pata é a prova crucial de que não se precisa entender uma palavra para se jogar e sair dançando! Aqui no Brasil a versão/solução para o idioma difícil foi o clássico “Tá com pulga na cueca, já vi, vou tirar!”.
Funplex Artista: B-52’s É quase que uma obrigação ter uma música do B-52’s em toda comemoração, perfeita para iniciar o ano! Ainda mais com este nome, Funplex, faixa-título do novo disco da banda que voltou em 2008. E em 2009 prometem fazer shows por aqui, mais precisamente em março. Vá ensaiando!
Saúde Artista: Rita Lee Esta é clássica em qualquer época! Faixa-título do disco de 1981, considerada o pré da moda de apertar botão do “dane-se” . Mas aperte também o play e é só seguir com a letra saudando o novo ano!
Ain’t Got No/i Got Life Artista: Nina Simone Sempre nos momentos que mais precisamos, Nina Simone manda seu recado. Esta canção de 1968 começa como todo e qualquer começo, em tom de reclamação: ela dizendo que não tem nada, não tem sapato, não tem vida. E no fim ela já está dizendo: ei, pera lá,o que estou fazendo aqui, então? Eu tenho minha alma, eu tenho meus seios, eu tenho minha liberdade, tenho minha vida e ninguém pode tirar isso de mim. Com a mão descendo a lenha no piano, é uma chuva de energia! Revista Dinâmica 25
The Fear Artista: Lilly Allen Uma menina que fala palavrões, mas propõe uma reflexão das valorizações atuais como magreza, celebridades, um tema pesado ou chato de se falar com a melodia super fofa, que você pode ouvir tomando champanhe (ou qualquer outra coisa) que sobrou e também fazer dancinhas sem que ninguém note que você está meio alta(o). Este single é do novo cd “It’s not me, it’s you” que sai em fevereiro de 2009.
Samba-enredo de sua preferência Artista: Vários Ah, não pode faltar! Mesmo que você abomine, faz parte da segunda parte da festa (onde mostramos todos nossos segredos mais obscuros) um samba-enredo! Os clássicos até anos 80, lógico, quando Clóvis Bornay estava com vivo e com saúde – fazendo o carnaval ter algum propósito. Todo mundo sabe um pedacinho da letra de algum e até grandes inimigos fazem as pazes nessas horas!
Do Leme ao Pontal Artistas: Tim Maia Do disco “Tim Maia”, de 1986. Seja lá o que você fizer, sempre acabe bem: acabe ouvindo Tim Maia!
Para 2009, a lista de shows internacionais cresce a cada dia: Radiohead, Kraftwerk, Iron Maiden, Simply Red... Mas como a crise econômica serve de desculpa para aumento de preços de tudo, é melhor começar a guardar algum dinheiro para comprar os ingressos, que estão caros desde 2000 e alguma coisa. Nosso sonho é que, em 2009, os valores dos ingressos e dos discos baixem para que possamos desfrutar ainda mais de música. Feliz Ano Novo! 26 Revista Dinâmica
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( SAÚDE E BELEZA )
Entrando com o pé direito! Quem vai levar você por novos caminhos em 2009 merece atenção especial: seus pés Priscila Leal
O
s estudiosos o consideram a parte mais tipicamente humana da anatomia do homem. São 26 ossos formando 33 articulações a nos promover flexibilidade, amortecimento e sustentação para qualquer caminho a ser trilhado. Fetiche para muitos, inspiração para poetas como Pablo Neruda: “(...) Mas se amo os teus pés / É só porque andaram / Sobre a terra e sobre / O vento e sobre a água, / Até me encontrarem.” O pé, como raízes a nos manter o equilíbrio, ou como asas a nos levar para onde nossos
sonhos alcançarem. A medicina oriental atribui aos pés a cura para diversos males de todo o corpo, pois há neles pontos reflexos que correspondem a cada órgão. A correlação entre os pés e o restante do corpo pode ser percebida facilmente até mesmo no calçar de um torturante sapato apertado, quando inconscientemente compensamos a dor, tencionado outra parte do corpo, normalmente ombros, mandíbulas e fronte. Os pés são diariamente sobrecarregados, por isso para escolher um bom sapato, conforto deve ser a
premissa maior: flexibilidade da sola, material macio, bico amplo e salto em torno de três centímetros são características que podem evitar muitas dores. Além disso, reserve para essa tarefa um momento no final da tarde, pois é quando os pés estão um pouco mais inchados. Assim você tem a garantia de que seu pé estará harmonicamente distribuído no sapato em qualquer situação. Para a compra de tênis e palmilhas avulsas, é interessante consultar previamente um ortopedista a fim de identificar sua maneira de pisar e indicar o modelo ideal. A tecnologia já nos permite amenizar determinados desvios ósseos e consequentemenRevista Dinâmica 27
( Saúde e Beleza )
te, prevenir futuros problemas de joelho e coluna. Imprescindível para a saúde dos pés, o cuidado com os instrumentos de pedicure requer muita atenção. Se infectados, esses materiais podem transmitir micoses e doenças como AIDS e Hepatite. O ideal é que cada um possua seus próprios objetos (desde alicate e lixa, até o pau de laranjeira) e que eles sejam rigorosamente de uso individual. Se isso não for possível, certifique-se de que alicates e tesouras permaneceram na estufa de esterilização por no mínimo duas horas e que os outros materiais sejam descartáveis. É fundamental que as unhas sejam cortadas em formato quadrado e não ultrapassem o limite dos dedos. Cantos arredondados aumentam as chances de encravamento e unhas compridas acumulam resíduos de poluição. Outro facilitador para unhas encravadas pode ser o uso constante de sapatos fechados, por isso, procure alternálos com modelos abertos. Além
disso, a higienização dos sapatos deve ser periódica. Um bom hábito é colocar os sapatos em uma área ventilada antes de guardá-los. Os calos e o engrossamento da pele são uma defesa do organismo ao atrito, seja com o solo ou com o próprio sapato. Esse processo torna a área mais resistente e protegida, mas o excesso de células mortas pode ser retirado com o uso semanal de uma lixa fina em movimentos suaves após o banho, quando a pele está mole. Cuidado com exageros. Deixar a pele muito sensível acarretará o efeito contrário; em reação, como uma espécie de cicatrização, ela vai engrossar ainda mais. Certamente a constante hidratação mantém os pés macios e resistentes a formação de calos. Porém, na matemática: tempo para o creme hidratante pós-banho + dia-a-dia atarefado, o resultado é justamente eles ficando para depois. Se você, ao contrário da maioria, é extremamente cuidadoso com seus
pés, escolhe um bom calçado e nunca os deixa sem hidratação, responda rapidamente a uma pergunta: na praia, seus pezinhos também recebem um banho de filtro solar? Pois é, não há como escapar! Seja qual for a parte do corpo, se está exposta ao sol, precisa da proteção de um bom filtro solar indicado ao seu tipo de pele. Alguns produtos caseiros e cuidados habituais podem ser grandes aliados: • Para fazer uma esfoliação natural, misture fubá (dê preferência ao de grãos maiores e não ao refinado) e mel em consistência de pasta e aplique nos pés com movimentos circulares para ativar a circulação. O fubá pode ser substituído por aveia em flocos. É importante lembrar que a receita deve ser preparada na hora do uso para o melhor aproveitamento das propriedades dos ingredientes. • Para evitar contaminações, nunca fique descalço em banheiros públicos e não use calçados de
Produtos para os pés também podem ser achados em farmácias e supermercados
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( Saúde e Beleza )
outras pessoas, mesmo familiares. • Ao usar tênis, não se esqueça das meias; prefira as mais macias e de algodão, pois absorvem melhor a transpiração. • Não utilize o mesmo calçado por mais de dois dias seguidos. Modelos diferentes requerem distribuição de peso diferente, por isso a mudança evita a sobrecarga em um único ponto dos pés. Além disso, a cada vez que você os calça, eles
ficam úmidos e se não há tempo para secar, tornam-se ambiente para bactérias e fungos, causando odor. • O escalda-pés, antigo segredo de relaxamento, pode ser feito com a imersão dos pés, por 15 minutos, em uma bacia com água morna e vinagre, que tem efeito calmante e antiinflamatório. Enxágüe e fique atento também à secagem entre os dedos para evitar a propagação de fungos e bactérias.
O novo ano chegou! Junto a ele, a manutenção das conquistas dos anos passados, algumas metas antigas que ficaram por realizar e novos caminhos que nos surpreenderão a serem percorridos como desafios e inspirações. Cuidar de seus “instrumentos de correria” vai garantir que você sempre comece seus dias com o pé direito... E o esquerdo, lindos!
“Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”.
Receita de Ano Novo
Carlos Drummond de Andrade
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( COM ÁGUA NA BOCA )
Homens na cozinha? Que luxo! Mudança de paradigma: homem na cozinha, sim!
Colaboração: Clarissa Leal
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ocê chega em casa cansada depois de um dia de trabalho daqueles e enquanto sobe o elevador ou caminha em direção a porta fica só imaginando o quanto seria perfeito tomar um longo e relaxante banho e dormir para sempre... Mas logo em seguida a realidade cai sobre suas doces ilusões: fazer o jantar, dar comida para as crianças, verificar se elas terminaram os deveres, se tomaram banho, se já escovaram os dentes, se o cachorro não morreu de fome ou sede... E então, você adentra seu lar – doce – lar e tudo parece um conto de fadas, as crianças limpas e alimentadas, o jantar posto na mesa a sua espera e o cachorro vivo, todo feliz abanando o rabinho. Ai, ai, que sonho de homem! Nos dias de hoje, em todo o mundo as mulheres conquistaram mui-
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tas coisas, mas poucas são aquelas que têm o luxo de dizer que seus parceiros dividem as tarefas dentro e fora de casa igualmente. Quantas podem chegar em casa e ter a certeza de que não terão que tirar o palitó e vestir o avental? E quantas se dividem entre trabalhar fora, ser mãe, dona de casa e esposa sem deixar de ser mulher? É, meninas, conquistamos o mundo, mas dentro de casa, ou pelo menos na maioria das casas, continuamos como os nossos pais... Ok, ok, não tão igual aos nossos pais. Muitos homens vêm mudando sua postura diante deste dilema das famílias modernas, mesmo que suas contribuições na maioria das vezes se limitem aos rebentos quando estes existem, mas e a roupa suja, a poeira nos móveis, a cozinha sem o jantar? Quantos dos maridos modernos e contribuidores entram por livre e espontânea
vontade na cozinha e preparam para suas esposas cansadas o jantar? Ou, quantos destes, após o jantar dizem “querida, pode deixar que hoje, a louça é minha”? Ah se eles soubessem o quão sexy é um homem de avental e colher de pau na mão... E mais do que isso, o quão delicioso é saborear uma refeição feita com carinho e amor especialmente pra você e quão prazeroso pode ser um jantar romântico feito por ele que será com certeza seguido de uma linda noite de amor... Pensando nisso, uma receitinha para encantar, aproximar e doutrinar seu parceiro a ser um homem dos sonhos. Fácil, simples e deliciosa. Homens, atrevam-se! Mulheres, aproveitem!
( Com Água na Boca )
Massa al sugo supremo Ingredientes
Modo de preparo
500g de massa (penne, fusilli ou qualquer outra massa curta)
Cozinhe a massa em uma panela com bastante água, seguindo o tempo de cozimento recomendado pelo fabricante na embalagem e reserve. Bata a cebola no liquidificador e depois peneire a fim de retirar toda a água liberada. Reserve a água. Leve a cebola batida ao fogo alto com três colheres de sopa de azeite e deixe dourar. Acrescente a polpa e deixe ferver por 2 minutos. Adicione, então, a água da cebola e deixe ferver por mais um minuto. O molho deve apresentar uma textura encorpada, mas sem chegar a ser um creme, assim
3 caixas de polpa de tomate (de preferência tradicional sem tempero) 2 cebolas grandes 2 molhos de cheiro-verde picados 100g queijo amarelo (prato ou suíço) cortado em cubos Azeite extra-virgem Sal a gosto
se necessário acrescente mais água aos poucos. Despeje o macarrão na panela e deixe ferver por mais 2 minutos e então acrescente os cubos de queijo e deixe em fogo brando até que os cubos comecem a desmanchar. Mexa sempre delicadamente. Apague o fogo e aguarde alguns minutos até que o molho não esteja mais fervilhando e acrescente o cheiro-verde picado, deixando um pouco para a decoração. Sirva em um refratário bem bonito, salpicando o cheiro-verde restante por cima.
Torta de chocolate superfácil Ingredientes
Modo de preparo
1 pacote de biscoito de chocolate sem recheio 2 latas de leite condensado 2 colheres de sopa de achocolatado em pó 2 colheres de sopa de cacau em pó 1 barra de chocolate ao leite Leite 1 cálice (de licor) de rum
Adicione ao leite o rum. Passe os biscoitos no leite para que fiquem um macios, mas sem deixar que eles desmanchem. Numa vasilha, misture o leite condensado, o cacau em pó e o achocolatado. Homogeneíze bem o creme. Corte a barra de chocolate ao meio. Uma metade reserve e a outra corte em cubinhos e acrescente ao creme de chocolate. Leve ao forno médio (210°C) por 20 minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Leve a geladeira até o momento de servir. Revista Dinâmica 31
Bonsucesso Comunicação: “nós inventamos o pingo no “S”” Ou você acha que só o “i” e o “j” tinham pingo? Então você acha que já sabe tudo? Lógico que não! E nós também! Mas fazemos de tudo para ir além. Tudo com liberdade e criatividade. Então, basicamente temos: 1.
2.
3. O pingo no “S”
Nossa missão Levar sua marca a um novo patamar, através de estudos e utilização de diferentes meios, como a criação de web sites, desenvolvimento de identidade visual, material gráfico e audiovisual, facilitando o processo de comunicação entre empresa e cliente. Além disso, fazer parcerias com empresas que não tenham um setor de criação formado, mas que queiram atrair clientes em potencial e produzir trabalhos na área de design e publicidade. Nossos serviços Trabalhamos com mídia impressa, criação de peças gráficas para revistas, outdoors, comunicação visual e diagramação. Fora do papel trabalhamos com criação de sites dinâmicos, hotsites e conteúdo multimídia. E, finalmente, criamos conteúdo audiovisual, que vai desde peças publicitárias para TV até produção de documentários e vídeos musicais.
...E você achando que a vida era difícil.
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