Revista Portuária - 20 Dezembro 2016

Page 1

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 1


2

• Dezembro 2016 • Economia&Negócios


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 3


Sumário

28 Prestação de contas

Contas em ordem sem aumentar impostos fazem Santa Catarina ter um feliz fim de ano

4

13 Turismo

22 Aperte o cinto

Aproveite as peculiaridades das praias da Costa Verde e Mar neste verão

Itens da ceia de Natal estão em média 10% mais caros que no ano passado

16 E-commerce

36 Porto de Itajaí

20% dos consumidores devem fazer as compras de Natal pela Internet

Caso Câmara aprove, Marcelo Salles será o novo superintendente do complexo

19 Em 2017

40 Sustentabilidade

Itajaí poderá contar com Centro de Armazenamento e Distribuição para reduzir despesas

Condomínio de Itajaí terá garagens projetadas para abastecer carros elétricos

• Dezembro 2016 • Economia&Negócios


EDITORIAL

ANO 15  EDIÇÃO Nº 202 Dezembro 2016 Editora Bittencourt Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600

O que esperar de

Direção Carlos Bittencourt direcao@bteditora.com.br Diagramação: Solange Alves solange@bteditora.com.br Capa: Leandro Francisca Redação: jornalismo@revistaportuaria.com.br Contato Comercial Rosane Piardi - 47 8405.8776 comercial@revistaportuaria.com.br Sônia Anversa - 47 8405.9681 direcao@bteditora.com.br Para assinar: Valor anual: R$ 300,00 A Revista Portuária não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores. www.revistaportuaria.com.br twitter: @rportuaria

Comercial para todo o Brasil

VIRTUAL BRAZIL Ltda +55 48 3233-2030 | +55 48 9961-5473 MAIL: paulo@virtualbrazil.com.br SKYPE: contatos@virtualbrazil.com.br

O

ano de 2016 chega ao fim em tom de “graças a Deus” para trabalhadores e empresários de inúmeros setores. Foi um ano de recessão e, apesar de perspectivas positivas para alguns especialistas, outros acreditam que 2017 será ainda pior. A recuperação, como concordam muitos, só virá após novas eleições. Nunca na história recente do país, política e economia caminharam tão juntas. Toda e qualquer ação no Planalto tem impactado a economia nacional e o modo como os países ricos nos veem. Resta torcer para que as medidas neste fim de 2016 e início de 2017 sejam minimamente prejudiciais. A reforma previdenciária, por exemplo, é o principal motivo de controversa entre governo Temer e população. Na tentativa de reaver a convicção do contribuinte, que agora perde as esperanças de se aposentar com saúde, o ministro da Defesa Raul Jungmann informou sobre um projeto de lei complementar com mudanças nas regras previdenciárias para os militares. A proposta está em discussão e deve ser enviada à Casa Civil no início do ano. Uma forma de agradar a maior parte do contribuinte, que questiona justamente esses casos de aposentadorias milionárias como causador de rombo na previdência. O ministro adiantou que não está descartada a proibição ao acúmulo de pensão e aposentadoria, como previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, enviada ao Congresso Nacional. “Não queremos nenhum privilégio, apenas que se reconheça as especificidades. Tudo está na mesa. Não há nada excluído da agenda”, afirmou Jungmann em entrevista. O ministro nega, contudo, que a participação dos militares no déficit da Previdência seja de R$ 32,44 bilhões. Pelo sim, pelo não, novamente é o povo quem vai esperar e pagar para ver. •

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 5


BC Convention presta contas e planeja edição 2017 do projeto Visite Balneário Camboriú e Região

A vice-presidente do Convention Bureau, Margot Rosenbrock Libório, o CEO do Beto Carrero World, Rogério Siqueira, e a diretora da Secretaria de Turismo de Blumenau, Luisa Helena Siqueira Borda

A

primeira edição do projeto Visite Balneário Camboriú e Região organizada pelo Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau está se aproximando do fim aprovada pelos participantes e considerada um case de sucesso. Neste mês, os participantes do projeto se reuniram com a equipe do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau no Didge Steakhouse Pub. Na ocasião foi apresentada a prestação de contas e já foram iniciados os planos para 2017, que ainda dependerão do apoio do novo governo municipal. A vice-presidente do BC Convention, Margot Rosenbrock Libório, apresentou o resultado preliminar do Visite BC e Região, exaltando os números e o alcance do projeto. Através das ações, 40 empresas participaram da divulgação conjunta em seis países (Brasil, Peru, Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai) e 14 cidades, realizando 22 ações de marketing promocional. Ao longo da reunião, Margot lembrou o quanto esse ano foi de aprendizado para todos, considerando que foi a primeira vez que a entidade esteve à frente de uma ação desse porte. “Aprendemos na prática, com a experiência e vamos levar muitas destas vivências para 2017. Um ponto bem importante foi termos conseguido estreitar laços com as Embaixadas Brasileiras presentes nos países do Mercosul, que certamente poderão ser contatos preciosos para o futuro”, disse. Entre as ações previstas para 2017 destacam-se a participação mais ativa em eventos nacionais em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Salvador, Recife e João Pessoa, reforçar o mercado de Buenos Aires (participando de eventos além da FIT), realizar um grande evento de capacitação em Córdoba e 6

• Dezembro 2016 • Economia&Negócios

workshops em cidades ainda não visitadas em 2016, como Mendoza, Salta e Tucumán, além de seguir participando de eventos referências: FIT, Fitpar e Fiexpo. Também foi lembrada a necessidade de intensificar o contato e parcerias com a Embratur, Santur, Embaixadas e companhias aéreas, além de começar a planejar a possibilidade de atrair o mercado colombiano. O diretor-presidente do Beto Carrero World e presidente do Conselho Estadual de Turismo de Santa Catarina, Rogério Siqueira, também esteve presente na reunião e exaltou o quanto fez a diferença e foi positiva a parceria público-privada do projeto Visite BC e Região, já que ele contou com o apoio dos governos municipais de Balneário Camboriú e Blumenau. “Isso é uma tendência e gera negócios extremamente positivos”, comentou. Ele falou também sobre a variedade que a região possui, enfatizando os roteiros gastronômicos e a rota da cerveja, fugindo do turismo sol e mar. “O sul é referência de qualidade e serviço, mas não podemos parar, precisamos sempre querer melhorar. Precisamos sonhar juntos todos os dias e não só no verão. A temporada é importante, mas não podemos viver esperando apenas por ela. Por isso é necessário que divulguemos a região o ano todo. O verão não pode ser o nosso único objetivo”, completou. Rogério disse ainda o quanto o Beto Carrero World se sente honrado, feliz e orgulhoso em participar desse projeto junto de Balneário e Blumenau. Duas cidades que, segundo ele, sempre apoiaram o parque temático. A diretora da Secretaria de Turismo de Blumenau, Luisa Helena Siqueira Borda, agradeceu o apoio que Balneário e o Beto Carrero deram ao município e disse que para ela o projeto foi um grande aprendizado.•


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 7


8

• Dezembro 2016 • Economia&Negócios


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 9


Artigo

Cuide da sua mente neste fim de ano

E

Por Eduardo Shinyashiki Palestrante, consultor organizacional, conferencista nacional e internacional e especialista em Desenvolvimento das Competências de Liderança aplicadas à Administração e Educação. Mestre em neuropsicologia e autor de livros famosos

stamos perto do fim de 2016! Além da organização das festas, normalmente esse é o período em que as pessoas se dedicam para colocar as finanças em ordem e planejar as férias e o próximo ano. Todas essas coisas são importantes, mas há algo extremamente necessário nesta época, que muitas pessoas deixam de lado: a organização da mente. Quem não chega aos últimos meses do ano cansado, com a cabeça cheia de reflexões sobre o ano que fica para trás e ansioso sobre o que está por vir? É uma mistura de sensações positivas e negativas que varia de indivíduo para indivíduo, mas normalmente inclui alívio, satisfação, alegria, medo, ansiedade, frustração, entre muitos outros. Por isso, independentemente do estado atual, neste período é preciso diminuir o ritmo, desacelerar o pensamento e reorganizar a mente para vivenciar tudo de maravilhoso que 2017 pode oferecer. Fazer uma análise produtiva sobre alguns pontos do ano que se encerra pode ajudar a enxergar as nossas deficiências e acertos no quesito realização, fazendo-nos compreender melhor os acontecimentos para redirecionar nossas atitudes e pensamentos em busca de novas conquistas. Separei seis itens que podem ajudar na realização desta autoanálise. Veja:

Propósitos: pergunte para si mesmo o que efetivamente realizou dos propósitos estabelecidos no início do ano; Ações: verifique quais ações funcionaram e quais não deram certo na conquista dos objetivos; Foco: analise suas metas e verifique se elas permanecem no próximo ano. Caso elas não façam mais parte dos planos, redirecione o foco; Competências: identifique quais conhecimentos precisam ser aprimorados e quais as competências e aptidões a serem fortalecidas para a conquista dos antigos ou novos objetivos; Pensamento: pense sempre no seu objetivo e imagine como será quando ele for alcançado. Isso ajuda a fixá-lo na mente e evita eventuais desânimos em relação aos desafios encontrados no percurso; Acertos: mesmo que algo não tenha saído como previsto, em muitas coisas com certeza você acertou. Relembre esses acertos e comemore os resultados conquistados. Por meio desta análise, você perceberá que é possível traçar - de novo e de forma diferente - os melhores caminhos para a realização de sonhos, metas e planos. Consciente disso, a sua mente irá relaxar e você estará pronto para construir o 2017 que você merece!•

A coaching Márcia Leite trouxe uma reflexão sobre a Felicidade no Trabalho Novembro Dezembro 2016 2016 • • Economia&Negócios Economia&Negócios 10 •• Dezembro 10


Vontade dos filhos influencia 54% dos pais na hora das compras de Natal

C

om a crise econômica limitando os gastos do brasileiro neste Natal, os presentes mais modestos e as lembrancinhas devem ser os protagonistas deste fim de ano. Mas como explicar para as crianças as restrições financeiras da família? Um estudo realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 53,8% dos pais admitem que seus filhos participam do processo de decisão das compras de presentes de Natal, seja em conjunto com os pais (40,5%) ou por decisão exclusiva das próprias crianças (13,3%). Em 42,3% dos casos, os presentes são escolhidos unicamente pelos pais. A pesquisa

revela ainda que entre as mães, é mais comum que a criança escolha sozinha o presente (18,4%, contra 8,6% dos homens), enquanto para os pais, a escolha compartilhada entre criança e adulto ganha espaço (48,4% dos homens contra 31,9% das mulheres). Para o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o 'não' como resposta precisa ser assimilado pelos filhos como algo natural na educação dentro de casa. “O pai ou a mãe que satisfaz todas as vontades das crianças, sem levar em conta a realidade financeira da família, acaba desenvolvendo filhos sem limites, que vão acumular ao longo da vida diversas frustrações para lidar com situações negativas.

Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC

Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 11


Os pais que falam de maneira transparente e dão bons exemplos, conseguem criar adultos mais bem preparados, não apenas financeiramente, mas também para os desafios da vida”, explica o educador. Em caso de frustração, 49% das crianças exigem presente em outra ocasião O estudo do SPC Brasil também procurou saber o que acontece se o presente recebido não agradar o gosto do filho. De acordo com quase metade (49,1%) dos pais entrevistados, a frustração é compensada com a promessa de que a criança ganhará o presente desejado em outra ocasião. Em 34,2% dos casos, os filhos ficam tristes e frustrados, mas logo se esquecem do pedido ou não pedem outro presente no lugar. Há, no entanto, casos mais extremos: 0,9% dos pais ouvidos no levantamento relataram que, em situações assim, seus filhos geralmente choram, fazem birra e até chantageiam na esperança de ganhar o presente desejado. “Muitas vezes os pais são movidos pelo sentimento de culpa, preferindo sacrificar suas finanças a ter de lidar com a frustração das crianças. Esse é um erro grave, pois o desequilíbrio no orçamento pode vir a afetar toda a família. O recomendável, portanto, é sempre comprar um presente de Natal que corresponde à realidade financeira da família”, diz Vignoli. Para minimizar a frustração das crianças, os especialistas do SPC Brasil recomendam que os filhos façam uma lista de presentes com opções variadas de preços, tamanhos e marcas, dando ao pai ou a mãe a liberdade de escolher uma das opções sugeridas. “Dessa maneira, os filhos percebem que essa não é uma decisão exclusiva deles, mas que precisa ser feita em acordo com os adultos, que são os responsáveis pela gestão financeira da casa”, diz o educador.

12 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

6% dos pais vão atrasar contas para presentear filhos no Natal O levantamento também revela que para satisfazer a vontade dos filhos no Natal, com a compra de brinquedos e presentes, 6,1% dos pais acabam tomando atitudes extremas, como deixar de pagar alguma conta, sacrificando as finanças da casa. Entre indivíduos das classes C, D e E, o percentual sobe para 8,1%. Neste fim de ano, as contas básicas, como água, luz e telefone (2,9%), cartão de crédito (2,0%) e impostos de início de ano (1,2%) serão as mais atrasadas com essa finalidade. “Substituir um compromisso financeiro por uma dívida ou pela compra de um bem que não é essencial, é o típico mau exemplo que alguns pais acabam praticando. Pais com a vida financeira organizada influenciam os filhos a se tornarem adultos com o orçamento em dia. Os consumidores devem ter cautela para não extrapolarem o limite de seus orçamentos em meio à atmosfera festiva e de consumo que marcam o período natalino”, orienta Vignoli. Metodologia A pesquisa ouviu 600 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal. A margem de erro é de no máximo 4,0 p.p, respectivamente. A uma margem de confiança de 95%.•


Cinco tipos de praias da Costa Verde & Mar

A

temporada de Verão chega com tudo neste fim de ano e diversos visitantes pegam a estrada rumo ao litoral catarinense. Na Costa Verde & Mar os turistas encontram praias para diferentes propostas: com opções para toda a família, para quem curte uma aventura, para aqueles que não dispensam uma prática esportiva, para os amantes do surfe ou até mesmo para quem só quer relaxar. Confira o que a região reserva para os seus dias de folga:

Tranquilas – são infinitas as opções de praias com águas rasas e calmas na Costa Verde & Mar. O visitante encontra locais quase sem ondas e com ampla faixa de areia em que é possível brincar com as crianças com conforto e tranquilidade como a Praia Central de Balneário Piçarras; Para a prática esportiva – se você prefere os esportes aquáticos como o stand-up, remo, caiaque, natação, entre outros, a Costa Verde & Mar reserva áreas com ondulação leve e correnteza suave como as praias do Cascalho ou a Armação do Itapocorói, em Penha e a praia do Píer em Porto Belo. E lembre-se dos seus equipamentos de segurança.

TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES 30 anos transportando com agilidade e rapidez

Economia&Negócios 13 Economia&Negócios • • Dezembro Dezembro 2016 2016 • • 13


Para mergulhar – quem busca o litoral para explorar as belezas do oceano, encontra na Costa Verde & Mar locais de mergulho guiado, como a Ilha do Arvoredo em Bombinhas, e passeios náuticos para todas as idades. Durante a temporada, a oferta é ainda maior, aproveite!

Para relaxar - temporada de verão na Costa Verde & Mar é sinônimo de mais circulação de turistas, mas para quem quer momentos de descanso à beira-mar, há praias mais retiradas, com baixa procura de banhistas, como a Grossa, em Itapema, que exige que o banhista percorra uma trilha até chegar à areia. Quer saber mais detalhes das opções ou a localização destas praias? Confira no www.costaverdemar.com.br

:: Fique de olho no mar

Surfe – na Costa Verde & Mar há praias reconhecidas no cenário do surfe nacional com opções para quem está em todos os níveis, desde o iniciante até os mais experientes, como por exemplo, a Praia Central ou o Gravatá, em Navegantes, ou a Praia Brava, em Itajaí. Dezembro 2016 2016 • • Economia&Negócios Economia&Negócios 14 •• Dezembro 14

Independentemente se você ou sua família escolheram praias com águas calmas, médias ou mais turbulentas, lembre-se sempre de ficar atento. Para garantir um passeio tranquilo, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina dá algumas orientações: - nunca perca as crianças de vista; - escolha ambientes monitorados e banhe-se num raio de 200 metros do posto de guarda-vidas. - observe a cor das bandeiras: verde risco baixo de afogamentos, amarelo o risco é médio e vermelho é risco alto. - mesmo que você saiba nadar bem, observe e avalie o local escolhido para mergulho; - opte por locais rasos e sem correnteza; - se notar que está sendo arrastado, fique calmo, nade para o lado (e não para o raso) e grite ou acene por socorro; - não tente salvar vítimas de afogamento sem estar habilitado. Neste caso, lance um objeto que ajude a vítima a flutuar e chame por socorro; - utilize colete salva-vidas ao invés de objetos flutuantes; - não entre na água após ingerir bebidas alcoólicas, alimentos ou se estiver com mal-estar; - evite os costões e, caso caminhe sobre pedras, observe a ondulação para não ser atingido; - antes de mergulhar, certifique-se da profundidade.


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 15


Cresce percentual de consumidores que farão compras de Natal e fim de ano pela Internet

P

assa de 16% para 20% o total de consumidores que realizarão suas compras de Natal e fim de ano via e-commerce, em 2016, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a pesquisa nacional Hábitos de Consumo da Boa Vista SCPC. Entre os respondentes que farão as compras pela internet, 56% sentem-se seguros em realizar compras pela internet; 32% muito seguros e apenas 8% sentem-se inseguros em realizar este tipo de transação. Dos entrevistados, 13% consideram alta a probabilidade de fraude nas compras que farão pela internet. 56% acham que é média a probabilidade de ocorrência de fraudes e 28% acreditam que é pequena a chance de ocorrer algum problema neste sentido, optando por fazer as compras por este canal. No sudeste, 22% dos consumidores farão suas compras de Natal e final de ano pela Internet. Destes, 90% sentem-se seguros em realizar este tipo de transação e, 31% deles dizem ser de média, baixa ou nenhuma as chances de ocorrer uma fraude via internet. Já quando a análise é feita por classe social, 43% dos respondentes das classes AB consideram alta a probabilidade de ocorrer fraude ao realizar compra pela Internet, já os respondentes das classes C e DE, acreditam que há um risco médio, com 57% e 60%, respectivamente. Sobre a pesquisa A pesquisa Hábitos de Consumo para o Natal e Final de Ano, da Boa Vista SCPC, teve por objetivo identificar a pretensão de compra do

16 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

consumidor para o Natal de 2016 e final de ano, o valor pretendido para as compras dos presentes, a forma como o consumidor pretende utilizar o 13º salário, e as expectativas para 2017 quanto à economia brasileira e a situação financeira pessoal. A Boa Vista SCPC utilizou a metodologia quantitativa para realização da coleta das informações, por meio de pesquisa eletrônica via internet, ao longo do período de 17 a 28 de outubro de 2016. O universo da pesquisa é representado por consumidores que buscaram informações e orientações no site Consumidor Positivo da Boa Vista Serviços: www.consumidorpositivo.com.br. A amostra é aleatória e representativa do universo: 2013 (1.139), 2014 (1.041), 2015 (890), 2016 (766).•


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 17


Investir em empresas menores como fornecedores pode reduzir custos

A

maneira de se fazer negócios tem mudado com o passar do tempo. Hoje é necessário preparação e competência para fazer um acordo justo e que beneficie os envolvidos. Para facilitar este processo, grandes organizações têm investido em pequenas ou médias empresas, e até mesmo estimulado novos empreendimentos, para que consiga materiais de qualidade, com um custo mais baixo. O estímulo à inovação nestes momentos, surge como uma alternativa muito interessante, pois é a partir desta decisão que a empresa pode ganhar um espaço no mercado, ainda não explorado. “As grandes empresas estão buscando alternativas para estimular a inovação. Uma delas são os spin-offs, projetos inovadores que surgem dentro de uma grande empresa, porém, acabam ganhando uma identidade própria por meio da constituição de uma nova empresa. Sendo que esta está ligada a organização de origem, mas com maior autonomia para desenvolver seus projetos”, afirma o professor de empreendedorismo do Instituto Superior de Administração e Economia (Isae), Erlon Labatut.

18 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

Outra forma de estimular novos negócios é por meio das startups. Por este canal, é possível criar um novo mercado, além de ter soluções inovadoras para a própria empresa. “O apoio pode surgir de diversas formas, não necessita ser investindo dinheiro, mas pode acontecer através da promoção de eventos de programação e de capacitação”, coloca Labatut. A relação entre fornecedores acaba sendo diferente quando há essa aproximação de uma grande empresa. Assim, o empreendimento que está surgindo, ou crescendo, acaba tornando-se uma importante parceria para quem está investindo. Uma das vantagens são novas soluções desenvolvidas especialmente para aquela empresa. “Normalmente não existe uma exclusividade, mas a preferência de ter acesso primeiro pode ser um diferencial relevante em um cenário de rápidas mudanças como o que vivemos hoje. Em algumas situações a grande empresa atua como uma investidora adquirindo parte da startup”, finaliza Labatut.•


Prefeito eleito de Itajaí aceita sugestão para criação do Centro de Armazenamento e Distribuição Municipal

Representantes de todas entidades e prefeito eleito

“N

Da esquerda para a direita - prefeito eleito, presidente ACII, presidente OAB e presidente do OSI

ós queremos fazer e precisamos fazer”, afirmou o prefeito eleito de Itajaí Volnei Morastoni, durante a reunião com líderes das principais entidades da cidade na sede da Associação Empresarial de Itajaí (ACII). Ele referia-se à centralização das compras municipais, bem como seu armazenamento e logística. Ele reafirmou o compromisso com esta visão inspirado pelo exemplo do Centro Integrado de Armazenamento e Distribuição (Ciad) de Blumenau. “Nós desejamos implantar isso já no início (do mandato) lançando um novo edital para licitação. Nós precisamos ter começo, meio e fim para buscar estes objetivos”.

Os objetivos citados por Morastoni englobam a centralização de todas as compras, contemplando não somente três secretarias, mas toda a estrutura administrativa do município. O planejamento de tal evolução será alinhavado por um Grupo de Trabalho, composto por integrantes da futura gestão e entidades do município, Observatório Social de Itajaí, Associação Empresarial de Itajaí, Intersindical, Sincadi, Sindicont, Centerlojas e CDL de Itajaí. Após a reunião, os líderes destas entidades chegaram a um consenso de que – para otimizar a representatividade junto ao GT – foi designado o representante do Observatório Social, Sr. Paulo Sabatke Filho, como responsável.

Saiba como está sendo construída esta proposta Uma comitiva formada por representantes do Observatório Social de Itajaí, Observatório Social de Itapema, Associação Empresarial de Itajaí (ACII), Intersindical, Sincadi, Sindicont, Centerlojas, CDL de Itajaí e o prefeito eleito Volnei Morastoni foi recepcionada pelo empresário Marcos Greuel, da Sincros Consultoria, de Blumenau, e pelo prefeito Napoleão Bernardes com um objetivo específico: conhecer o Centro Integrado de Armazenamento e Distribuição (Ciad) daquela cidade. Criado e implantado em 2014, o Ciad reduziu custos por meio da inteligência logística e dar suporte às três principais secretarias da administração municipal: educação, saúde e Assistência Social. Atualmente, o centro gera resultados anuais próximo de R$ 1 milhão economizados. Localizado em um ponto estratégico da Blumenau, o Ciad submete ao controle de qualidade e recebimento os produtos, materiais ou alimentos que são armazenados e depois distribuídos em quantidades exatas compatíveis à demanda de cada órgão. •

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 19


20 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 21


Produtos da ceia de Natal sobem 10,19% e presentes aumentam 4,23% em média

A

cesta de produtos para a ceia do Natal deste ano subiu 10,19%, de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). O resultado supera a inflação média de 6,76%, acumulada nos últimos 12 meses medida em novembro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV. Entre os itens com maior aumento de preço, destaque para azeite (17,52%), vinho (16,95%) e frutas frescas (16,91%). O economista André Braz, coordenador do IPC do FGV/Ibre, disse que como se espera uma inflação para o ano abaixo de 7%, a alta de 10,19% é real. “Quer dizer que esses produtos já vão pesar nos orçamentos comprometidos pela crise que a gente atravessa. O consumidor vai ter que usar, mais do que nunca, sua criatividade, para botar o mínimo na ceia”. Braz avaliou que ao fazer as compras para o Natal, o consumidor não terá nenhum alívio. Vai perceber o efeito dos aumentos recentes. “Ainda que a inflação esteja cedendo agora, com as taxas recuando, isso ainda é um desafio porque os alimentos acumulam uma

22 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

gordura muito grande do tempo em que estavam subindo de preço e as famílias estão com a carteira vazia, porque tem muita gente desempregada”. Ele diz que há um efeito da recessão na ceia de Natal. Presentes A pesquisa da FGV mostra, em contrapartida, recuo nos preços dos presentes no período de 12 meses. A média dos preços ficou em 4,23%, índice que está abaixo da inflação. Isso se explica, segundo Braz, porque entre os presentes há muitos bens duráveis que são adquiridos financiados. “Ninguém está se comprometendo no longo prazo com essa taxa de juros alta, até porque está com medo de perder o emprego, quem ainda pode financiar, e não tem capacidade de pagar um produto influenciado por uma taxa de juros desse tamanho. Isso diminuiu muito o consumo de eletroeletrônicos”, explicou. Com isso, os preços não tiveram como avançar. Apesar disso, o economista não aconselha os consumidores


do roupas e calçados, cujos preços evoluíram 3,77% entre dezembro de 2015 e novembro deste ano. “Dá para a gente presentear com coisas que cabem mais no bolso e não precisam de financiamento de longo prazo”.

que não se prepararam para comprarem bens duráveis neste momento. “Está mais na época da gente economizar dinheiro”. A recomendação é que deem preferência a bens que não ocupam muito espaço no orçamento, como vestuário, por exemplo, incluin-

Expectativas A Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgada também hoje pela FGV, indica melhora na intenção de compras de Natal dos brasileiros, embora em patamar ainda fraco em termos históricos: 57,7% dos consumidores pretendem gastar menos do que no ano passado, contra 5,4% que tencionam gastar mais. Em 2015, os percentuais alcançaram 61,5% e 5,6%, respectivamente. De acordo com a FGV, o preço médio real previsto para os presentes de Natal subiu 12%, passando de R$ 91,42 para R$ 102,35, de 2015 para 2016. Os itens mais procurados, segundo a FGV, são roupas e brinquedos, citados, respectivamente, por 43,9% e 20,9% dos consumidores. Agência Brasil

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 23


Artigo

Marcas lutam diariamente para impactar as pessoas

S

*Por Lucas Saad Fundador e diretor da consultoria saad branding+design (www.saad-studio.com), de Curitiba (PR), é consultor e especialista em branding

2016 • Economia&Negócios Dezembro 2016 • Economia&Negócios 24 • Outubro

egundo pesquisas, temos contato com aproximadamente 2 mil marcas em um dia “comum” e menos de 300 delas ficam em nossa memória. Por isso, essas marcas brigam tanto por um pequeno espaço na vida das pessoas. Com tantos pontos de contato, sejam eles digitais ou físicos, e com tantas experiências proporcionadas diariamente por elas, acabamos sempre estabelecendo relações com aquelas que mais conseguimos nos identificar. Hoje, tudo acontece muito rápido e está sempre em constante mudança, o ser humano precisa ser mutável, flexível e dinâmico. E as marcas precisam acompanhar isso. A partir daí começou uma evolução que trouxe a dinâmica da contemporaneidade às marcas, deixando de utilizar apenas sua forma básica, simétrica e regular, e passando a considerar variações dentro de seus sistemas de identidade, criando marcas dinâmicas ou flexíveis. Tais mudanças tornaram as marcas mais humanizadas, mais parecidas com as pessoas e menos com as corporações. Se o consumidor muda e se transforma para se adaptar à rapidez da vida contemporânea, assim também devem ser com as marcas, se adaptando à vida de seus diferentes públicos, plataformas, veículos e pontos de con-

tato. As variações no design são o ponto de partida para as identidades dinâmicas, porém não são as únicas, uma vez que uma marca dinâmica também pode ser mutável em outros aspectos de sua identidade, como, por exemplo, a identidade verbal. São logotipos, slogans e até nomes que aceitam variações de cor, forma, tamanho, mensagens, etc. Nas identidades dinâmicas, a falta de padronagem é “regra”, mas devemos ficar atentos, já que nesses casos, a regra é estrategicamente manipulada para proporcionar o reconhecimento das marcas em suas diversas versões. Quase paradoxais, as identidades dinâmicas favorecem o reconhecimento e pregnância das marcas pelos seus consumidores, que não dependem de um único elemento para identificar suas lovemarks, mas contam com uma rede de manifestações que as representam de forma plural e coesa. Existem grandes exemplos de identidades dinâmicas de marcas como a MTV, a AOL e, inclusive, a marca dos Jogos Olímpicos de Londres. Desta forma, as marcas dinâmicas estabelecem um diálogo mais direto e personalizado com seus consumidores, criando relacionamentos genuínos e duradouros. Elas são como costumamos dizer, as verdadeiras “marcas que dialogam”.•


Prêmio Líderes de Santa Catarina reconhece empresários de destaque nacional

R

epresentantes das principais empresas de todo o Estado prestigiaram a primeira edição do Prêmio Líderes de Santa Catarina 2016, promovido pelo LIDE SC. O evento na Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), reconheceu em dez diferentes categorias quem mais se destacou ao longo do ano. O Prêmio Líderes é o mais importante reconhecimento concedido pelo LIDE e, pela primeira vez, ocorreu em Santa Catarina. Foram considerados critérios como crescimento, inovação, responsabilidade social e iniciativas empreendedoras, além de indicações

do Comitê de Gestão do LIDE SC para a escolha dos 30 indicados. “Nosso Estado é um exemplo para o restante do país, ainda mais em um ano como o que tivemos. O Prêmio é um reconhecimento para quem busca fazer a diferença, superando as dificuldades e agraciando os catarinenses que ultrapassam fronteiras com comprometimento e dedicação”, destaca o presidente do LIDE SC, Wilfredo Gomes. A cerimônia recebeu mais de 300 convidados para prestigiar a entrega dos troféus nas categorias Agronegócio, Indústria, Imobiliário, Serviços, Tecnologia e Inovação, Turismo, Varejo, Empresa Revelação, Empresário do Ano e Personalidade Destaque. O governador Raimundo Colombo, representado pelo secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni, recebeu uma homenagem especial entregue pelo grupo de líderes empresariais pelas ações comandando o Estado. Os premiados Líder em Agronegócios: Aurora Alimentos. Líder na Indústria: Portobello. Líder em Serviços: Flex Contact Center. Líder no Setor Imobiliário: Lumis. Líder em Tecnologia e Inovação: Neoway. Líder em Turismo: Parque Vila Germânica. Líder em Varejo: Angeloni. Empresa Revelação: Engie. Empresário do Ano: Jorge Freitas. Personalidade Destaque: Gustavo Kuerten.

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 25


26 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 27


O ano do sufoco,

mas com as contas em dia

Governador comemora caixa equilibrado deste ano graças a medidas como a renegociação da dívida com o Tesouro e fala da contribuição itajaiense para redução de despesas Karine Mendonça

U

m ano duro, com sucessivos abalos políticos e uma situação econômica sombria. O malabarismo do governo estadual para fechar as contas fez de Santa Catarina um oásis em meio a este cenário de tantas incertezas: orçamentos zerados, obras em andamento e impostos congelados. “Vamos encerrar o ano bem”, comemora Raimundo Colombo mantendo os pés no chão, pois os desafios do por vir já desejam a todos um “feliz ano novo”. Desde 2015 já se percebia que os próximos 12 meses seriam pesados. O jeito foi tomar algumas atitudes corajosas para segurar

28 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

as contas. Uma das mais importantes ressaltadas por Colombo é a reforma da previdência. Foi aprovado o aumento da contribuição dos servidores públicos de 11% para 14%, sendo reajustado 1% ao ano até 2018. Foi ainda estabelecido um teto máximo de R$ 5,7 mil para aposentadoria, sendo que o servidor que desejar se aposentar com o atual salário, deverá contribuir com um fundo complementar. Com estes ajustes, o déficit que até então era de R$ 3,4 bilhões e deveria saltar para R$ 4 bi, recuou para R$ 3,1 bi.


Renegociação da dívida pública A renegociação da dívida do Estado com o Tesouro Nacional era outra folga urgente no orçamento. Colombo reclama que o parcelamento estava gerando juros astronômicos. Foi então que Santa Catarina recorreu ao Supremo Tribunal Federal e conseguiu parcelar a dívida a juros simples em parcelas menores e não com juros compostos como tinha determinado o Tesouro Nacional. O caso remonta a 1998, quando União e Estado firmaram contrato de refinanciamento da dívida pública catarinense vigente à época: R$ 4 bilhões. Até hoje, o Estado pagou cerca de R$ 13 bilhões e ainda deveria mais de R$ 8 bilhões. “Santa Catarina foi corajosa e precursora. Com a renegociação conseguimos uma forma importante de cerca de R$ 700 milhões”, conta Colombo.

Fechar o ano bem “Vamos fechar o ano bem e nós fizemos uma coisa essencial:

não aumentamos impostos”, comemora o governador. Num comparativo com outros estados, Santa Catarina mantém a carga tributária congelada e tem atraído, inclusive, o interesse de grandes industrias para se instalar aqui. O ICMS da energia elétrica no Rio de Janeiro, por exemplo, subiu de 32 para 34%, enquanto em Santa Catarina os esforços são para manter o imposto em 25%. Rio Grande do Sul e Paraná subiram para 30%. Prova da competitividade tributária catarinense é o anúncio da construção de uma nova fábrica da General Motors, em Joinville. Com investimento superior a R$ 1 bilhão, a cidade catarinense vai concentrar toda a fabricação de motores da GM no Brasil. As obras iniciam em janeiro e o parque fabril deve iniciar as atividades em 2018. Está projetada a produção de 280 mil motores por ano, com o emprego de 449 trabalhadores. Atualmente, a capacidade produtiva da GM é de 120 mil motores e 200 mil cabeçotes.

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 29


Bacia de evolução Um dos principais reflexos da crise política e econômica em Itajaí são as obras paradas da nova Bacia de Evolução – os portos de Itajaí e Navegantes juntos correspondem por quase 80% de todo o comércio exterior do Estado. O investimento de mais de R$ 300 milhões foi dividido entre os governos estadual e federal, contudo, a verba de Brasília não tem sido liberada. Para que as obras de dragagem já iniciadas não se percam, os engenheiros que acompanham a obra recomendaram é necessário fazer um molhe provisório para fazer a contenção e evitar o assoreamento. São necessários R$ 22 milhões. “Estive em Brasília e o ministro garantiu este recurso. Temos que começar logo, a situação do porto é muito grave”, comenta Raimundo Colombo, mas sem uma data para que o recurso seja liberado. A obra completa demanda a retirada das guias correntes do molhe sul, junto ao Saco da Fazenda, para que sejam executadas

30 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

as obras da nova bacia de evolução (480 metros de diâmetro), retirada de parte dos espigões transversais do molhe norte (groins) e dragagens da área da nova bacia e para o alargamento do canal de acesso. Com a nossa bacia de evolução, haverá abertura para entrada de navios com até 335 metros de comprimento, sendo que o limite hoje é de 305 metros. O complexo é composto pelo Porto público, os terminais APM Terminals em Itajaí e a Portonave em Navegantes, além de outros quatro terminais privados. A estrutura corresponde à segunda maior movimentação de contêineres do país e as empresas relacionadas a 70% da arrecadação do ISS, Imposto sobre Serviço, de Itajaí, cerca de R$ 14 milhões. Estudos do setor apontam que a cada 500 mil contêineres movimentados em um ano, são gerados R$ 825 milhões. Ao mês, são cerca de R$ 69 milhões circulando entre as duas cidades.


Detentas como braço da economia A Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Itajaí e a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania firmaram convênio que pretende atuar em duas frentes de trabalho: reduzir gastos públicos e conceder um direito penal. É a contratação de detentos para trabalharem em obras públicas. A ação iniciará com apoio de uma equipe de 20 detentas do regime semiaberto do Presídio de Itajaí, aptas ao trabalho que será prestado na limpeza e roçada das 42 unidades escolares da região e de trechos de cinco rodovias estaduais. Segundo o secretário regional da ADR, Gaspar Laus, o trabalho das detentas iniciará na Escola de Educação Básica Nilton Kucker, de Itajaí, e será implantado gradativamente em outras unidades. “A iniciativa da ADR Itajaí é muito importante para o processo de ressocialização e para a redução de custos”, salientou Colombo. Entretanto, a contratação também representa economia com contratos de terceirização, já que os valores pagos são inferiores aos de uma contratação normal. Os salários são

depositados em um fundo específico para resgate após a conclusão da pena. Em todo o Estado, são 19 mil detentas inseridas no sistema prisional, sendo que 10 mil estão trabalhando. A atribuição de trabalho e remuneração é um direito do preso, garantido pela Lei de Execução Penal, e prevê a redução de um dia de pena a cada três dias trabalhados. A remuneração é de um salário mínimo e a carga horária será de seis horas diárias.•

Rua Manoel Vieira Garção, 10 – Sala 204 - Esq. Dr. José Bonifácio Malburg Cep: 88301-425 – Centro- Itajaí – SC – Edifício PHD Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 31


Turismo de férias eleva expectativas do setor aéreo

A

recessão econômica que o país vem enfrentando atualmente reflete na procura por passagens aéreas desde o ano passado, quando o setor sofreu perdas significativas no número de passageiros, e este ano não tem sido muito diferente. Dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), revelam que tanto a oferta quanto a demanda dos voos diminuíram consideravelmente nos últimos meses. Os brasileiros pensam cada vez menos em viajar, pesquisas mostram que os gastos com viagens são os primeiros a serem cortados do orçamento neste momento de crise. Diante disso, as companhias apostam suas fichas na época de maior demanda turística no Brasil – as férias de verão – para reverter o quadro desfavorável e alavancar as vendas. Muitas já estão se programando e estimam atender um número alto de passageiros durante a alta temporada. O período do recesso escolar, somado às festas de fim de ano, movimenta o setor entre dezembro e fevereiro e impulsiona um grande número de turistas a cada ano. Mesmo num momento de crise muitas famílias ainda viajam para rever os parentes, celebrar o Natal e réveillon ou até mesmo por lazer, tornando assim o fluxo de passageiros muito maior que o habitual e estimulando as vendas das companhias aéreas. Ano de retração É inegável que o setor tem amargado os efeitos negativos do cenário econômico conturbado em que o país se encontra. Indicadores apontam que as operadoras que realizam voos domésticos tiveram juntas uma queda de quase dois pontos percentuais no número de passageiros no último ano. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), somente no primeiro semestre do ano a venda de assentos caiu cerca de 18% – foram 4,7 milhões de assentos a menos em comparação com 2015.

32 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

A demanda por voos nacionais acumulou 14 meses de retração no terceiro trimestre desse ano, segundo dados da Abear, e a procura por viagens internacionais nas companhias brasileiras também vem recuando nos últimos meses. A crise econômica, inflação e alta do dólar são fatores que fazem com que os brasileiros viagem menos e as companhias se veem obrigadas a reduzir a oferta de assentos. Para Francisco Lobo, especialista no setor de milhas aéreas, o enxugamento dos voos levou, consequentemente, ao aumento das tarifas, que se mantiveram acima da média esse ano. “A baixa demanda e redução da oferta elevam os custos e inviabilizam, muitas vezes, o resgate dos pontos, fazendo com que o passageiro opte por outros meios ou adie um pouco mais a viagem”. Mercado aéreo doméstico As atenções das companhias aéreas brasileiras estão voltadas para o território nacional. Diante dos baixos índices de turistas estrangeiros e previsões negativas nessa área, é pouco provável que aumentem as buscas por voos internacionais, além disso, com a alta do dólar e as dificuldades financeiras que muitas famílias atravessam em decorrência da atual situação econômica do país e o encolhimento do mercado, grande parte das pessoas optam por destinos nacionais, por isso, as empresas estão reforçando suas frotas de aviões e abrindo novos horários e rotas, criados, especialmente, para atender a alta demanda esperada nesse período. Para se ter ideia as principais operadoras já somam juntas cerca de 8 mil voos extras confirmados para operarem durante o verão e mais de 60 rotas novas já estão prestes a começar a funcionar para atender alguns trechos que ainda não possuem escalas diretas. Fonte: Cash Milhas


Por que o THC deve ser excluído da base de cálculo dos tributos na importação?

A

atividade de movimentação de mercadorias nas instalações dentro do porto, tais como o recebimento, a conferência, o transporte interno, a abertura de volumes para conferência aduaneira, a manipulação, a arrumação e entrega, assim como o carregamento e a descarga de embarcações, quando realizados por aparelhamento portuário, é conhecido como trabalho portuário de capatazia. Esse serviço é prestado pelo próprio Porto e remunerado pelo importador, sendo o valor da remuneração destacado na Declaração de Importação (DI) como THC, compondo automaticamente, no cálculo realizado pelo Siscomex, a base de cálculo do Imposto de Importação (II) e, por consequência, dos demais tributos, onerando, dessa forma, o custo da importação. A inclusão desse valor na base de cálculo dos tributos na importação tem como base o artigo 4ª, § 3°, da Instrução Normativa n° 327/2003 da Receita Federal, que permitiu que o valor cobrado pelos portos para realização do serviço de capatazia fosse considerado para fins de tributação, ampliando por uma via oblíqua a base de cálculo dos tributos.

Diz-se que esse alargamento da base de cálculo se deu por via inadequada porque simplesmente aconteceu por um ato administrativo da Receita Federal, sem que representasse a vontade do legislador. Com efeito, a Constituição Federal de 1988 impõe que a instituição ou aumento de tributo se dê exclusivamente através de lei – que é ato de exclusiva competência do Poder Legislativo. Assim, como o Acordo de Valoração Aduaneira – que possui a qualidade, no sistema jurídico brasileiro, de lei – estabelece uma limitação na composição da base de cálculo dos tributos na importação, excluindo do cálculo as despesas havidas após a chegada do navio no porto – o THC é uma delas –, é evidente que a exigência é indevida. Nesse sentido, os Tribunais de todo o país, entre os quais o Tribunal Regional Federal da 4ª Região e o Superior Tribunal de Justiça, têm reconhecido o direito das empresas importadoras a excluir da base de cálculo dos tributos na importação a despesa com THC. Para tanto, com o objetivo de garantir essa desoneração da sua atividade econômica, as empresas interessadas devem ingressar com mandado de segurança.•

:: Kim Augusto Zanoni Bacharel em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) - 2011. Curso de extensão e intercâmbio em Direito e Ciências Sociais pela Université de Nantes (França) - 2009/2010. Analista em Comércio Internacional pelo Centro Europeu - 2013 Pós-graduado em Direito Empresarial e Advocacia Empresarial pela Universidade Anhanguera - 2013/2014. Pósgraduando em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET) - 2014/2015. Advogado atuante nas áreas Tributária, Aduaneira e Societária em nível administrativo e contencioso. Sócio do escritório Silva e Silva Advogados Associados.

Economia&Negócios 33 Economia&Negócios • • Dezembro Dezembro 2016 2016 • • 33


PortosdoBrasil

Portonave ultrapassa a movimentação total do ano passado

O

desempenho do Terminal Portuário de Navegantes tem atingido bons números. Com o fechamento do mês de outubro, a Portonave registrou 755.426 TEUs movimentados de janeiro a outubro de 2016, superando 679.789 TEUs – total do ano passado inteiro. Na comparação entre os 10 primeiros meses, houve um crescimento de 38% na movimentação em 2016, comparado com o mesmo período de 2015, onde foram movimentados 548.289 TEUs. O mês de outubro foi o melhor em movimentação de contêineres da história do Terminal, com 86.082 TEUs, o que contribuiu com o resultado. A movimentação acima de 86 mil TEUs se deve também ao trabalho de uma equipe de profissionais capacitados, que vem atingindo média de produtividade de 37,7 mph (movimentos por hora) por equipamento em 2016. A renovação e manutenção por mais um ano das linhas do terminal reforçam os diferenciais da Portonave de produtividade e qualidade na prestação dos serviços. A câmara frigorífica, Iceport, apresentou também resultados

Dezembro 2016 2016 • • Economia&Negócios Economia&Negócios 34 •• Dezembro 34

positivos. A movimentação de janeiro a outubro está 60% acima do mesmo período de 2015, com 380.579 toneladas movimentadas. lidera movimentação de carnes congeladas em SC Em 2016, a Portonave consolidou-se como líder na exportação de carne de suínos, bovinos e aves em Santa Catarina e assegurou a segunda posição no mercado brasileiro. Atualmente, o terminal opera cerca de 21% de toda carne congelada exportada pelo Brasil. A oferta de linhas, a infraesturtura da Portonave e da área retroportuária e a câmara frigorífica são vantagens que contribuem para o atendimento e fidelização dos clientes de carga reefer. Apesar do cenário de exportação não ser o mais positivo, dada a forte alta nos custos dos insumos das rações e queda no preço de venda, há boas perspectivas. Abertura dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira pode elevar a produção e aumentar a demanda de exportação para o país.•


PortosdoBrasil

TCP investe R$ 25 milhões em sistema de TI Navis

A

TCP (empresa que administra o terminal de contêineres de Paranaguá) implantou um novo sistema integrado de operação portuária com objetivo de aumentar a produtividade do terminal, reduzir custos e melhorar a interface com seus clientes. A empresa adotou o Navis N4, líder de mercado no Brasil e no mundo, e reconhecido por ter uma solução completa para terminais portuários. O investimento total na implantação do sistema foi de aproximadamente R$ 25 milhões. A migração para o novo sistema deve-se à evolução da infraestrutura e dos processos do Terminal de Contêineres de Paranaguá. “O Navis é o sistema de operação mais utilizado no mundo e deve gerar aumento de eficiência e produtividade para o Terminal. Com isso, o terminal poderá integrar as informações portuárias no sistema, gerando ainda mais agilidade e confiabilidade ao trabalho desenvolvido pela TCP”, explica o CFO da TCP, Alexandre Rubio Teixeira Pinto. De acordo com o executivo, a modernização no sistema de gestão segue o plano do crescimento do Terminal, que prevê o aumento da capacidade de 1,5 milhão de TEUs para 2,5 milhões de TEUs até 2018. “A TCP conseguirá melhorias sobre o sistema anterior, além de otimizar a gestão de pátio com a automação de processos, promovendo a alocação mais eficiente dos caminhões que transportam os contêineres entre os equipamentos e navios, e a melhor segregação

dos contêineres no pátio”. “Para que a TCP conquiste sua substancial meta de crescimento, um sistema como o N4 é fundamental para proporcionar mais eficiência e otimização operacional para o terminal”, afirma Martin Bardi, diretor Senior de Operações da empresa na América Latina. “Estamos orgulhosos pela oportunidade de trabalhar com a TCP. Queremos trabalhar conjuntamente com a empresa para garantir que nossa tecnologia terá um impacto positivo nas operações do terminal”. Diego Neufert, gerente de TI da TCP, destaca que a escolha do novo sistema foi feita com a supervisão de uma consultoria internacional, e levou em consideração a capacidade que o Navis tem de acompanhar o crescimento futuro do terminal e serviços com foco no cliente. “A TCP tem a intenção de oferecer ao cliente o melhor serviço possível e, sendo assim, entendemos que investir na otimização operacional é um fator imprescindível. Trata-se de um sistema que permite a customização interna por parte da equipe de Tecnologia da Informação da TCP, sendo facilmente adaptável às nossas necessidades”, enfatiza. Hoje, o Navis N4 está presente em 14 terminais no Brasil e 316 terminais pelo mundo. O novo sistema teve a implantação concluída no início de outubro e já se encontra em operação.•

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 35


PortosdoBrasil

Marcelo Salles assume a superintendência do Porto de Itajaí no ano que vem

M

arcelo Werner Salles volta ao comando do Porto de Itajaí. Engenheiro de Portos e Vias Navegáveis e servidor de carreira do porto público desde 1989, Salles é um dos primeiros nomes confirmados para o governo de Volnei Morastoni (PMDB). Marcelo Sodré vai ocupar, além do cargo de vice-prefeito, a diretoria geral do Semasa. A Lei Orgânica de Itajaí estabelece que a Câmara Municipal aprove as nomeações relacionadas ao Porto e Semasa. Portanto, para a posse de Salles ser efetivada logo no início de 2017, os atuais vereadores precisam validar a nomeação feita pelo novo prefeito. Um ofício foi enviado ao prefeito Jandir Bellini (PP) e à Câmara de Vereadores para acelerar o trâmite. Para a Revista Portuária, Salles contou que o primeiro desafio será se inteirar de todos os trâmites e organizar as ações estratégicas.

36 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

Uma das demandas que ele já pontua como mais urgente é com relação à competitividade do Porto. “O porto vem sofrendo muito. Precisamos recuperar nossa posição de mercado e agregar novos mercados. Para isso precisamos finalizar as obras pendentes”, comenta. De formação técnica, Salles tem 56 anos e quase três décadas dedicadas à área portuária. Ele já esteve à frente da superintendência do Porto de Itajaí, em 2008, no lugar de Wilson Rebelo, durante a primeira gestão de Morastoni. Salles também traz no currículo a experiência como inspetor fiscal dos Portos de Imbituba e São Francisco do Sul; administrador do Porto de Laguna; diretor geral do Porto de São Francisco do Sul; administrador e diretor executivo do Porto de Itajaí por 16 anos; e diretor de Acessos Aquaviários da Secretaria de Portos da Presidência da República – SEP/PR.•


PortosdoBrasil

Porto de Imbituba é Certificado em Responsabilidade Social pela Alesc Fotos: Eduardo Guedes (Agência AL)

A

SCPAr Porto de Imbituba foi reconhecida com o Certificado de Responsabilidade Social 2016, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). A sessão solene no Plenário Osni Régis condecorou 93 instituições catarinenses que in-

cluem a responsabilidade socioambiental em suas políticas de gestão, promovendo o bem-estar da comunidade onde atuam e a preservação do meio ambiente. A SCPar faz parte do seleto grupo de quatro empresas públicas homenageadas. Para o presidente do Porto de Imbituba, Rogério Pupo Gonçalves, "este reconhecimento é reflexo do investimento contínuo que a empresa tem realizado na relação Porto/Cidade, uma preocupação que vai além de nossa atividade fim e é fundamental para a autossustentabilidade do negócio e o desenvolvimento consciente da região onde atuamos”. A outorga do certificado também contou com a presença de membros do Conselho de Administração, diretoria, gerência e demais funcionários do Porto de Imbituba. Ano de conquistas Este é o terceiro reconhecimento que o Porto de Imbituba recebe em 2016 por sua atuação socioambiental. A conquista do Certificado de Responsabilidade Social da Alesc chega para somar-se a dois prêmios que a empresa foi condecorada em agosto: o Troféu Onda Verde, do Prêmio Expressão de Ecologia, e o Prêmio Empresa Cidadã ADVB/SC, na categoria Preservação Ambiental.•

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 37


PortosdoBrasil

Portonave conquista mais dois prêmios Projetos de preservação ambiental e melhoria de qualidade de vida dos colaboradores foram os contemplados

C

omo resultado de um trabalho desenvolvido há nove anos e que se torna referência no Estado, a Portonave celebrou a conquista de mais dois prêmios no mês de novembro. Na área ambiental, a empresa foi a vencedora do 18º Prêmio Fritz Müller, da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) de Santa Catarina, na categoria Controle de Poluição Atmosférica, com o case “Eletrificação dos guindastes RTG da Portonave: um projeto de redução de emissões e preservação do meio ambiente”. Na área de gestão de pessoas, o Terminal foi um dos agraciados com o Prêmio Ser Humano, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH – Seccional SC, com o case “Programa Saúde em Equilíbrio”. O Terminal Portuário, empresa líder de mercado no Estado desde 2010, respondendo por 55% da movimentação de contêineres, busca alinhar o seu crescimento ao desenvolvimento sustentável. Prova disso é o projeto de eletrificação dos transtêineres (RTG na sigla em inglês), guindastes que fazem o movimento do contêiner do caminhão para o pátio de armazenagem e vice-versa. Com a implantação do sistema Busbar System [barramento de transporte de energia], os 18 equipamentos do Terminal passaram a ser alimentados com energia elétrica e não mais com geradores a diesel. Um ganho para o meio ambiente e também para a produtividade do Terminal. A troca do diesel por energia elétrica reduziu em 98% a emissão de gases poluentes dos RTGs e em 62% o consumo de diesel da Portonave. O Saúde em Equilíbrio é um programa que trata de qualidade de vida para os colaboradores da Portonave. A empresa tem buscado alternativas para oferecer um ambiente de trabalho mais saudável com a proposta de interligar as ações já existentes e outros programas que atendem às demandas prioritárias da saúde ocupacional, ou seja, ações voltadas à saúde física e mental, que visam trabalhar: controle da obesidade e sobrepeso; gerenciamento do estresse; incentivo à prática de atividades físicas. Os resultados vêm surpreendendo e transformando a vida dos colaboradores. Esta é a terceira vez que a Portonave vence o Fritz Müller e a segunda vez que a empresa é uma das ganhadoras do Prêmio Ser Humano. O prêmio Fritz Müller, que reconhece os principais projetos e trabalhos na área ambiental desenvolvidos em Santa Catarina, é uma homenagem ao famoso naturalista alemão Johann Friedrich Theodor Müller, que viveu por muitos anos em Blumenau e foi reconhecido mundialmente por seus estudos relacionados ao meio ambiente. Já o Prêmio Ser Humano reconhece estudantes, profissionais e empresas públicas e privadas que tenham contribuído de forma relevante para a evolução da prática de gestão de pessoas e de projetos socioambientais, visando promover o desenvolvimento humano e das organizações. •

38 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios


Planejamento estratégico pode mudar a cara de 2017 Ricardo Silva/ Photuspress

Edina Esmeraldino, life e executive coach e analista comportamental

M

uitas pessoas estão contando os dias para que termine 2016 de tantos que foram os percalços dos últimos 11 meses. Impeachment, casos comprovados de lavagem de dinheiro, atentados terroristas na Europa, crise econômica com diversas empresas fechando suas portas, algumas categorias negociando salários para baixo, com o objetivo de não perder o emprego, e a pergunta que fica é: como será 2017? Como será para quem, tem seu próprio negócio? Como será para quem é funcionário? As incertezas são tantas que as pessoas ficam até desmotivadas a fazer um planejamento. “Será que todos os infortúnios pelos quais passamos são resultado das ações de terceiros? Você pode ficar surpreso, mas em tudo que nos acontece temos a nossa parcela de responsabilidade”, declara a life e executive coach e analista comportamental, Edina Esmeraldino. A profissional trabalha com processos de coaching e explica que a ferramenta tem por objetivo trabalhar o desenvolvimento humano e o estabelecimento de metas. Planejamento estratégico Empresas que desejam crescer em 2017 e mesmo os profissionais que estão desmotivados com os últimos acontecimentos, segundo Edina, devem fazer um planejamento equilibrado, focado em crescimento e investir a sua energia na consolidação das suas metas. “Quem fica se

lamentando não tem tempo e nem energia para mudar as coisas”, avisa. Edina aconselha que quando as pessoas forem fazer uma avaliação de 2016, ponderando os pontos positivos e negativos, não se frustrem pelas coisas que ainda não aconteceram. “O planejamento é importante, porém, não é garantia de se alcançar tudo no período desejado. Quem alcançou 80% das metas está no caminho certo. Agora é focar e manter as metas não alcançadas em 2017.” Entendendo o planejamento: Importância: para atingir qualquer objetivo é necessário saber o que se pretende alcançar. Sem planejamento, a empresa pode tomar um rumo que não é o desejável. Resumidamente, o planejamento envolve sonhar o futuro e buscar as ferramentas necessárias para torna-lo realidade. Planejamento da empresa x planejamento pessoal: ao planejar as novas diretrizes para a empresa, a pessoa não pode cometer o erro de misturar as suas metas com as do negócio. Primeiro, pense no que você, pessoalmente, deseja para sua vida. Para depois elaborar metas para a empresa que não comprometam esses sonhos. Por exemplo, se você planeja ter um filho nos próximos dois anos, o planejamento da empresa precisar contar com uma ação que vise procurar um sócio ou profissional que possa substituí-lo por um tempo. Por fim, para garantir que as ações do planejamento estão sendo cumpridas é necessário estabelecer metas e indicadores que provem que ele está funcionando. Pergunte-se: “o que dentro da realidade da minha empresa prova que eu atingi determinado objetivo?”. E, a partir dessas metas, defina as métricas. Nessa parte do planejamento, de acordo com Edina, muitos empreendedores acabam se enrolando ou por colocarem metas e indicadores que não condizem com a realidade da empresa ou por confundirem os reais significados de objetivo, meta e ação. Um exemplo fácil para entender como deve funcionar: imagine que você chegou à conclusão de que precisa depender menos dos grandes clientes. Então, seu objetivo será ampliar a grade de clientes, buscando os de porte médio e pequeno. Não depender de um único cliente dá mais qualidade e tranquilidade ao empreendedor. Os objetivos são sempre mais qualitativos. A meta aqui então seria ter um número X de clientes e que nenhum deles represente mais de 20% do faturamento. Por fim, as ações serão buscar novos clientes em um determinado segmento, ou numa nova região geográfica e até investir em publicidade. “Por mais que a rotina seja extenuante, é importante avaliar o planejamento de tempos em tempos E mãos a obra porque 2017 já está batendo na porta”, enfatiza.• Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 39


ColunaMercado

Idealizadores do Condomínio Riverside recepcionam convidados diariamente

O

mais novo e exclusivo condomínio residencial de Itajaí está de portas abertas para receber você. Localizado no Rio do Meio, o Condomínio Riverside tem conceito baseado em bem-estar, além de ser a solução para quem quer morar com tranquilidade sem abrir mão de inúmeras opções de lazer. Diariamente, uma equipe atende no local com plantão de vendas. Os próprios idealizadores do empreendimento fazem parte dessa equipe e fazem questão de receber os visitantes. Depois de conhecer o Riverside e conversar com eles sobre tudo o que a região oferece é praticamente impossível não querer ficar para sempre. O Riverside é composto por 41 unidades, cujos tamanhos

40 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

variam entre 360 e 600 m² e as vendas já iniciaram. O empreendimento fica na rua Benjamin Dagnoni, 2991, Rio do Meio, Itajaí. Ruas pavimentadas, energia com fiação subterrânea e sistema de abastecimento próprio de água, integram a estrutura básica do empreendimento. As áreas comuns, prontas e decoradas, começarão a ser entregues nos próximos meses quando devem chegar também os primeiros moradores. O condomínio oferece uma completa estrutura de spa e fitness, incluindo academia, pilates, sala de massagem, sauna, beauty room, ofurô, dinning room e terraço para eventos mais intimistas. Além de piscina, piscina indoor aquecida, toboágua, salão de festas, meeting point, cantina, pool pub e vários outros atrativos. •


ColunaMercado One Office terá garagens projetadas para abastecer carros elétricos em Itajaí

O

s carros elétricos ganharam força nos últimos anos graças aos inúmeros estudos das montadoras para a produção destes modelos. Paralelamente, especialistas dizem que no futuro as garagens deverão estar adaptadas para receber carros, bicicletas e motos elétricas. Apostando nesta perspectiva – já que a maioria dos fabricantes de veículos está investindo em motores elétricos – a Construtora RabelloZanella está construindo em Itajaí o One Office, edifício corporativo preparado para receber os veículos do futuros. Com o poder de eliminar a emissão de gás carbônico, um dos grandes responsáveis pelo aquecimento global, estes veículos também são mais econômicos e silenciosos em relação aos carros com motor a combustão. De acordo com os diretores da RabelloZanella, engenheiros Rodrigo Castanheira Rabello e Valdair Zanella, “investir em um empreendimento com infraestrutura pra recarga de carros elétricos é ter a certeza de apostar em um imóvel preparado para o futuro”. As vagas especiais contam com sistema de recarga coletivo e cobrança individual. A RabelloZanella acredita que o dono de carro elétrico merece essa vantagem. Em todos os projetos da empresa

são levados em conta ações de sustentabilidade, já que tecnologia e sustentabilidade são duas grandes bandeiras da construtora. “Sempre estaremos unindo essas duas forças na construção dos nossos projetos”, acrescentam os engenheiros. Sobre o One Office Localizado na avenida Marcos Konder, região central de Itajaí, o One Office terá 16 andares, sendo oito pavimentos de escritórios e quatro pisos de garagem, além da cobertura duplex exclusiva e três salas térreas com mezanino. Ao todo, serão 52 salas comerciais com opções de conjuntos com 26 (salas de 36 a 68) e 60 metros quadrados. O projeto inclui ainda exclusivo design na fachada em pele de vidro bronze termo acústico. A sacada aberta e personalizável incorpora a necessidade habitual de familiarizar o ambiente de trabalho. “Como o mercado de negócios em Itajaí está em ascensão, trazendo empresários mais exigentes, o One Office traz o que há de mais moderno e sofisticado para acompanhar essa nova necessidade do mercado”, completam.•

Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 41


Artigo

Comércio exterior: o que esperar de 2017

A

Por Milton Lourenço Presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www. fiorde.com.br

Dezembro 2016 • Economia&Negócios 42 • Novembro

pesar das tintas embotadas que alguns analistas têm pintado o cenário para o Brasil em 2017, em razão da crise política entre o Congresso e o Poder Judiciário e até da pouca governabilidade que transparece das ações do mandato-tampão do presidente Michel Temer, para o comércio exterior brasileiro as perspectivas não seriam tão turvas assim. Uma das razões para essa análise mais otimista é a fase de conclusão em que se encontram as negociações para a assinatura de um acordo comercial do Mercosul com a União Europeia (UE), depois de alguns avanços e muitos retrocessos desde 1998, quando tiveram início as tratativas, passando depois por uma paralisação de 12 anos. Como se sabe, o interesse europeu neste acordo de comércio deve-se, em grande parte, ao Brasil. Afastada a questão política, que nascia da pouca credibilidade que os governos anteriores passavam para o bloco europeu, o atual governo mostrou-se mais prático e decisivo nas negociações, facilitando a contrapartida por parte do bloco europeu. Um exemplo disso é o estudo divulgado pela Comissão Europeia que mostra que a Europa terá importantes ganhos se o acordo com o Mercosul vier a ser assinado, inclusive no setor agrícola, a maior fonte de preocupação dos governos europeus, que, a princípio, temem a abertura de seus mercados para a concorrência externa. Diz o estudo que os europeus, até 2025,

ampliariam em 29 bilhões de euros as suas compras de produtos agrícolas, metade das quais seria procedente das nações que formam o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Já as exportações do Mercosul para a UE aumentariam 14 bilhões de euros em dez anos, ou seja, haveria um salto de 24% nas exportações do bloco sul-americano para o europeu. O que se espera é que essas negociações avancem em 2017. O outro ponto de preocupação para os analistas do comércio exterior brasileiro é o possível comportamento do governo Trump, a partir de janeiro. Mas, seja como for, é preciso levar em consideração que o Brasil, ao contrário do México e da Colômbia, não é extremamente dependente da política externa dos EUA, embora aquele país seja o principal destino das exportações dos manufaturados brasileiros. O prejuízo maior para o Brasil aconteceria se os EUA adotarem regras mais rígidas para a importação de produtos agrícolas. Além disso, obviamente, o Brasil não faz parte das prioridades dos EUA e esse status não deverá ser alterado sob o governo Trump, que deverá se preocupar mais com mudanças em tratados como Nafta, com Canadá e México, TPP, que responde por 40% do Produto Interno Bruto (PIB) global, e TTIP, que envolve a UE. Tudo, porém, não passa de especulações e o mais provável é que as relações comerciais entre Brasil e EUA sigam sem maiores turbulências. •


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 43


ColunaMercado Jorge Neves é eleito presidente e segue no comando do Sindipi pelos próximos três anos

O

armador Jorge Neves segue para o segundo mandato a frente do Sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi). Ele assumiu a presidência do sindicato em outubro de 2015, depois que foi deflagrada a Operação Enredados, que acabou com a saída do presidente na época, Giovani Monteiro. Durante este período, Jorge Neves teve como um dos principais desafios reestruturar a imagem da entidade junto à comunidade, associados e lideranças políticas. Para o novo mandato, o presidente tem como plano de trabalho agilizar as questões relacionadas às licenças de pesca. Segundo ele, é importante que essa questão seja resolvida no Estado de SC, e não em Brasília, como acontece hoje. " Até agora o superintendente da secretaria da pesca e o governo aceitaram. Nós estamos juntos

44 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios

para melhorar a situação", pontuou. Outro ponto relevante citado pelo presidente é relacionado às pesquisas para o setor. Jorge Neves voltou a afirmar que o Sindipi quer fazer pesquisa, quer contribuir para a área, juntamente com os técnicos de cada área para preservar o peixe, o pescador, o armador e a indústria. A eleição para a escolha da nova diretoria do Sindipi foi realizada no dia 30 de novembro e contou com a participação de uma chapa liderada pelo armador Jorge Neves no cargo de presidente e como vice-presidente Maria Elena Vitali. Conforme o estatuto do sindicato, quando a eleição conta com apenas uma chapa apta a concorrer ao pleito, o processo deve ser concretizado por meio de aclamação dos associados, o que aconteceu durante uma assembleia no auditório da entidade. •


ColunaMercado

Maersk Line adquirirá a Hamburg Süd

A

Maersk Line e o Grupo Oetker chegaram a um acordo para que a Maersk Line compre a empresa de transporte marítimo de contêineres alemã, Hamburg Süd. A aquisição será submetida a um acordo final e a aprovações regulatórias. A Hamburg Süd é sétima maior empresa de transporte marítimo de contêineres do mundo e lidera as rotas Norte e Sul. A companhia opera 130 navios de contêineres, conta com uma capacidade de 625 mil TEU (contêineres de 20 pés), possui 5.960 empregados em mais de 250 escritórios em todo o planeta e oferece seus serviços por meio das marcas Hamburg Süd, CCNI (com sede no Chile) e Aliança (com sede no Brasil). Em 2015, a Hamburg Süd contou com uma receita de US$ 6,726 bilhões, sendo US$ 6,261 bilhões resultado de suas operações de transporte de contêineres. “Hoje é um novo marco na história da Maersk Line. Estou muito satisfeito de termos conseguido um acordo com o Grupo Oetker para a aquisição da Hamburg Süd, uma companhia muito bem gerida e altamente respeitada, com marcas fortes, colaboradores dedicados e clientes leais. A Hamburg Süd complementa a Maersk Line e, juntos, podemos oferecer aos nossos clientes o melhor dos dois mundos, principalmente nas rotas entre Norte e Sul”, diz Søren Skou, CEO da Maersk Line e do Grupo Maersk. “Estamos orgulhosos de nos juntar à líder de mercado global Maersk Line. Além de ganharmos acesso a uma rede e sistemas superiores, continuaremos com a marca e com o modelo de negócios da Hamburg Süd, oferecendo soluções para nossos armadores e consignatários. Ao unirem forças, tanto a Maersk quanto a Hamburg Süd fortalecerão seus portfólios de produtos e posições de custos, para o benefício de seus clientes”, diz o Dr. Ottmar Gast, Presidente do Conselho Executivo do Grupo Hamburg Süd. “Abrir mão de nosso engajamento com a armação após uma propriedade de 80 anos sobre a Hamburg Süd não foi uma decisão fácil para a minha família. Estamos muito confiantes, entretanto, que escolhemos o melhor parceiro possível. A Maersk irá preservar e fará a Hamburg Süd crescer com toda a organização e sua força de trabalho altamente dedicada: serviços logísticos de alta qualidade e confiabilidade aos nossos clientes”, diz Dr. August Oetker, Presidente do Conselho Consultivo da Dr. August Oetker KG, a holding que administra o Grupo Oetker. Em 22 de setembro de 2016, a Maersk Line havia anunciado que

ampliaria seu market share organicamente e por meio de aquisições. “A aquisição da Hamburg Süd está em linha com nossa estratégia de crescimento e irá aumentar os volumes tanto da Maesk Line quanto da APM Terminals”, diz Søren Skou. A Hamburg Süd e a Aliança permanecerão como marcas separadas e continuarão a servir seus clientes por meio de seus escritórios locais. “A Hamburg Süd e a Aliança possuem posições de valor competitivas e atrativas para seus clientes, as quais nós queremos preservar e proteger. Queremos manter nosso toque pessoal e o engajamento que as marcas oferecem a seus clientes. Ou seja, os clientes da Hamburg Süd e da Aliança continuarão a ser clientes da Hamburg Süd e da Aliança no futuro," diz Søren Skou. Na rede combinada, os clientes da Hamburg Süd e da Maersk Line terão acesso aos serviços dedicados ponto-a-ponto oferecidos pela Hamburg Süd nas rotas Norte e Sul, assim como à flexibilidade e ao alcance oferecido pela rede global da Maersk Line. Além disso, a rede combinada permitirá que a Maersk Line desenvolva novos produtos, com mais escalas diretas e tempos de trânsito menores. “Nossa rede combinada oferece oportunidades animadoras para desenvolvermos novos produtos e explorarmos sinergias operacionais. Os clientes da Hamburg Süd e da Maersk Line se beneficiarão de mais escolhas e melhores produtos, ” conclui Søren Skou. A aquisição está sujeita a uma due diligence satisfatória, a um acordo final e à aprovação regulatória de países como China, Coreia, Austrália, Brasil, EUA e União Europeia. A Maersk Line trabalhará de perto com as autoridades e espera que o processo regulatório dure até o final de 2017. Até lá, a Hamburg Süd e a Maersk Line continuarão com os negócios normalmente. Com a aquisição, a Maersk Line terá uma capacidade de operação de contêineres de cerca da 3,8 milhões de TEU (3,1 milhões TEU) e uma capacidade de Market Share de 18,6% (15,7%). A frota combinada consistirá em 741 embarcações de contêineres, com uma idade média de 8,7 anos (9,2 anos). O acordo com a Hamburg Süd não terá impacto financeiro em 2016. A Maersk Line espera comunicar mais detalhes após a aprovação do acordo de compra e venda esperado para o início do segundo trimestre de 2017. A Maersk Line espera concluir a transação no final de 2017.• Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 45


ColunaMercado

Infraero apresenta potencial de negócios em aeroportos do PR e SC para empreendedores

A

Infraero realizou no início de dezembro o Voo de Negócios para os aeroportos da empresa nos estados do Paraná e Santa Catarina. Essa é uma iniciativa da estatal para se aproximar de empresários, agências de publicidade e eventos e associações comerciais interessados em abrir um negócio nos aeroportos. O aeroporto de Navegantes foi apresentado como gerador de uma receita comercial de R$ 6,5 milhões (até outubro deste ano) e com movimentação de passageiros de 1,5 milhão de passageiros em 2015. Sete aeroportos tiveram suas oportunidades de negócios comerciais apresentadas ao mercado: Curitiba/São José dos Pinhais, Londrina, Bacacheri, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Navegantes, Joinville e Criciúma/Forquilhinha. Apesar de terem perfis diferentes, esses terminais têm oportunidades de investimentos em lojas e quiosques nos segmentos de alimentação, varejo, serviços e ações eventuais, além de espaços publicitários. Fora do terminal, contam com áreas externas capazes de receber empreendimentos de maior porte, como hotéis, centros comerciais, exploração de hangares e postos de abastecimento, por exemplo. “Os aeroportos da Infraero são grandes centros de negócios, com várias possibilidades de investimento. É possível termos negócios para os passageiros nos terminais, além de hangares e concessão para empresas auxiliares de transporte aéreo que atendem as companhias, sem falar na gama de serviços em áreas externas, como hospedagem, eventos, centros comerciais, entre outros”, afirma o diretor Comercial e de Logística de Cargas da Infraero, José Cassiano Ferreira Filho. Outro fator que indica o potencial de negócios desses aeroportos é a geração de empregos e riquezas pela aviação no Paraná e em Santa Catarina. De acordo com o estudo Voar Por Mais Brasil, feito pela

Dezembro 2016 2016 • • Economia&Negócios Economia&Negócios 46 •• Dezembro 46

Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), os dois estados geraram 374,8 mil empregos na aviação, com R$ 17,6 bilhões em riquezas geradas no ano passado. Ainda de acordo com os dados da associação, o paranaense faz 0,49 viagem por ano, enquanto o catarinense faz 0,43. Esses números se aproximam da média brasileira, que de acordo com a Abear é de 0,47 viagem por ano. Cabe destacar que dos 13 aeroportos presentes nos dois estados, oito são administrados pela Infraero e participarão do Voo de Negócios. Juntos, eles tiveram uma movimentação de 16,1 milhões de embarques e desembarques de passageiros, de acordo com dados da estatal. Confira a seguir as principais informações apresentados no Voo de Negócios: :: CURITIBA/SÃO JOSÉ DOS PINHAIS – AFONSO PENA - Quantidade de pontos comerciais: 185; - Pontos comerciais disponíveis: 90; - Segmentos atendidos: alimentação, varejo, serviços, publicidade e ações eventuais. - Receita comercial: R$ 46,3 milhões até outubro de 2016; - Potencial para empreendimentos em áreas externas: mega loja, concessionária de veículos, centro empresarial e hotel; - Potencial para empreendimentos em áreas operacionais: centro de manutenção de aeronaves de grande porte e área para posto de abastecimento interno; - Movimentação de passageiros em 2015: 7,2 milhões de embarques e desembarques.


ColunaMercado :: BACACHERI - Quantidade de pontos comerciais: 3; - Pontos comerciais disponíveis: em análise; - Segmentos atendidos: alimentação, serviços, publicidade e ações eventuais. - Receita comercial: R$ 6,1 milhões até outubro de 2016; - Potencial para empreendimentos em áreas externas: em análise; - Potencial para empreendimentos em áreas operacionais: operação e exploração de hangar; - Movimentação de passageiros em 2015: 92,8 mil. :: LONDRINA – GOVERNADOR JOSÉ RICHA - Quantidade de pontos comerciais: 25; - Pontos comerciais disponíveis: 6; - Segmentos atendidos: alimentação, varejo, serviços, publicidade e ações eventuais. - Receita comercial: R$ 6,9 milhões até outubro de 2016; - Potencial para empreendimentos em áreas externas: espaço para eventos, locadora de veículos, lanchonete, publicidade e recreação, - Potencial para empreendimentos em áreas operacionais: operação e exploração de hangar; - Movimentação de passageiros em 2015: 1 milhão. :: FOZ DO IGUAÇU/CATARATAS - Quantidade de pontos comerciais: 85; - Pontos comerciais disponíveis: 27; - Segmentos atendidos: alimentação, varejo, serviços e ações eventuais. - Receita comercial: R$ 9 milhões até novembro de 2016; - Potencial para empreendimentos em áreas externas: em análise; - Potencial para empreendimentos em áreas operacionais: em análise; - Movimentação de passageiros em 2015: 2 milhões. :: FLORIANÓPOLIS/HERCÍLIO LUZ - Quantidade de pontos comerciais: 66; - Pontos comerciais disponíveis: 4; - Segmentos atendidos: alimentação, varejo, serviços, publicidade e ações eventuais.

Não deixe sua empresa vulnerável. Controle de jornada de trabalho agora é lei. (1.510/09) Adquira seu relógio ponto e evite transtornos com seus funcionários. É seguro para eles, e confiável para você.

- Receita comercial: R$ 34,4 milhões até outubro de 2016; - Potencial para empreendimentos em áreas operacionais: operação e exploração de hangar; - Movimentação de passageiros em 2015: 3,7 milhões. :: NAVEGANTES/MINISTRO VICTOR KONDER - Quantidade de pontos comerciais: 59; - Pontos comerciais disponíveis: 9; - Segmentos atendidos: alimentação, varejo, serviços, publicidade e ações eventuais. - Receita comercial: R$ 6,5 milhões até outubro de 2016; - Potencial para empreendimentos em áreas externas: estacionamento, hotel; - Potencial para empreendimentos em áreas operacionais: operação e exploração de hangar; - Movimentação de passageiros em 2015: 1,5 milhão. :: JOINVILLE/LAURO CARNEIRO DE LOYOLA - Quantidade de pontos comerciais: 32; - Pontos comerciais disponíveis: 11; - Segmentos atendidos: alimentação, varejo, serviços, publicidade e ações eventuais. - Receita comercial: R$ 3,9 milhões estimados para 2016; - Potencial para empreendimentos em áreas externas: edifício garagem, hotel e complexo logístico; - Potencial para empreendimentos em áreas operacionais: operação e exploração de hangar; - Movimentação de passageiros em 2015: 519 mil. :: CRICIÚMA/FORQUILHINHA – DIOMÍCIO FREITAS - Quantidade de pontos comerciais: 11; - Pontos comerciais disponíveis: 1; - Segmentos atendidos: alimentação, varejo, serviços, publicidade e eventos. - Receita comercial: R$ 1,6 milhão até outubro de 2016; - Potencial para empreendimentos em áreas externas: em análise; - Potencial para empreendimentos em áreas operacionais: em análise; - Movimentação de passageiros em 2015: 519 mil.•

Endereço: Rua José Gall, 790 | Telefone: 47 3348.3903 atendimento@sigmatech.inf.br | www.sigmatech.inf.br 47 Economia&Negócios • • Dezembro Dezembro 2016 2016 • • 47 Economia&Negócios


ColunaMercado

Agência Propaga reforça posicionamento da marca em nova campanha

A

Agência Propaga, de Itajaí, acaba de lançar uma campanha institucional que marcará sua comunicação em 2017. Com a proposta “Se você liga para experiência, envolvimento e resultado, você ainda não sabe, mas vai acabar ligando pra gente". A criação reforça a essência do trabalho que a agência desenvolve há 21 anos e a importância da contratação dos trabalhos da agência em busca de resultados práticos. De acordo com Marco Antônio Guerreiro Chaves, diretor da Propaga, para ilustrar o potencial que a agência tem de alavancar o negócio de seus clientes, a agência apostou em uma linguagem lúdica. “Na TV, a peça principal segue os pontos principais da contratação da Propaga”, disse. Já o spot para rádio, se aproveita do humor para chamar atenção na repetição do numero do telefone da Propaga. “O foco está na busca da empresa em oferecer e desenvolver soluções para ajudar os empreendedores a colocar seus negócios em movimento, independentemente do tamanho ou segmento”, acrescenta. Dezembro 2016 2016 • • Economia&Negócios Economia&Negócios 48 •• Dezembro 48

Com mais de duas décadas de atuação no mercado, a Propaga é a agencia de publicidade pioneira na região em planejamento estratégico de comunicação, buscando como foco principal o resultado em vendas de produtos e serviços. A agência participa e auxilia nas decisões estratégias do cliente. Mídias onde está sendo veiculada Televisão - VT de 30s Radio -Sport 30s Revistas Jornais Outdoor Painel LED - vt 10s Cinema - vt 10s Google Ads Facebook Ads (https://www.facebook.com/AgenciaPropaga)


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 49


50 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios


Economia&Negócios • Dezembro 2016 • 51


52 • Dezembro 2016 • Economia&Negócios


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.