Revista Portuária - Anuário Intermodal 2019

Page 1

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

1


QUALIDADE MÁXIMA + RESPEITO COM O MEIO AMBIENTE + EQUIPE CAPACITADA + I MPA CT OS S O C I AI S PO S I T I VO S =

2

ANUÁRIO ANUÁRIO

Qualidade certificada ISO 9001

MARÇO, 2019

Gestão Ambienta


EXCELÊNCIA COM SUSTENTABILIDADE

al certificada ISO 14001

Saúde e Segurança das Pessoas certific 3 MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO


#padrãoportonave

cada OHSAS 18001

Segurança Portuária certificada ISPS Code MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

4


EDITORIAL

E

m segundas posições no Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), atrás somente de Brasília; e no Ranking de Competitividade dos Estados, que tem São Paulo na liderança; Santa Catarina continua como um destino cobiçado pela maioria dos brasileiros. E os quesitos que o colocam nessa posição de destaque não são apenas geográficos e climáticos, mas incluem também a qualidade de vida e as múltiplas opções para quem deseja começar ou expandir os negócios. De colonização europeia, o estado é um dos menores do país com relação a sua extensão. Ocupa uma fatia de apenas 1% do território brasileiro e tem aproximadamente 7 milhões de habitantes. No entanto, apresenta um dos maiores Produto Interno Bruto (PIB) do país. Historicamente, se diferencia nos aspectos tecnológicos, produtivos, no comércio exterior e na geração de empregos, por apresentar desempenho superior à média brasileira. Estudos da Federação das Indústrias de Santa Cataria (Fiesc) mostram que entre as 27 unidades da Federação, o estado tem a 11ª maior população e a sexta economia. Com relação ao PIB per capita, também mantém a sexta posição. Ainda é o 4º maior parque industrial do Brasil e tem uma cadeia produtiva diversificada e inovadora, com ampla sinergia com os setores agropecuário, de comércio e serviços. São esses diferenciais que fazem com que Santa Catarina mantenha-se acima da média brasileira e posicione-se como um dos estados mais promissores em termos de crescimento e desenvolvimento econômico. E é todo esse potencial que, mais uma vez, a Revista Portuária – Economia & Negócios leva para a 25ª edição da Intermodal South America, a maior feira da América Latina, com a veiculação do Anuário 2019 no evento, de 19 a 21 e março, em São Paulo. A publicação traz uma radiografia da economia e da indústria catarinenses, com destaque à infraestrutura portuária do estado, que está entre as melhores do Brasil. Mostra ainda uma completa estatística dos portos e planilhas com os principais indicadores sociais e econômicos. É a Revista Portuária participando ativamente em mais uma edição da Intermodal, afinal, o veículo participa há mais de duas décadas como parceiro expositor do evento.

5

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

EXPEDIENTE

ANUÁRIO 2019 Diretor Carlos Bittencourt carlos@bteditora.com.br Coordenação de Jornalismo Joca Baggio jornalismo@bteditora.com.br Capa Leandro Franscica Projeto Gráfico Leandro Francisca Comercial Sônia Bittencourt 47 . 98405.9681 Críticas e sugestões Fone: 47 . 3344.8600 direcao@bteditora.com.br Impressão Tipotil Indústria Gráfica Site revistaportuaria.com.br

Publicação BT Editora Rua Anita Garibaldi, nº 425 Centro Itajaí - 47 . 3344.8600 bteditora.com.br A revista não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores. Nem muito menos pelo crédito e fotos inseridas nas páginas dos nossos anunciantes.


SUMÁRIO

6

APRESENTAÇÃO Santa Catarina, um estado ímpar

14

ECONOMIA

Trajetória de crescimento marca a história de SC

24

56

INDÚSTRIA

INFRAESTRUTURA

Diversidade garante a solidez da economia catarinense

Os modais do comércio exterior em Santa Catarina

64

INFRAESTRUTURA

Portos de SC são destaque no cenário nacional

50

INDICADORES SC apresenta altos índices de competitividade

82

ESTATÍSTICAS Números dos portos catarinenses em 2018

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

6


A P R E S E N TAÇ ÃO

SANTA CATARINA

UM ESTADO ÍMPAR Localização estratégica, boa infraestrutura, mão de obra de qualidade e elevados indicadores socioeconômicos fazem do estado um dos melhores da Federação para investimentos

Foto: Divulgação

O

estado de Santa Catarina está situado em um dos pontos mais estratégicos da América do Sul e é cortado pela BR 101, a principal artéria do modal rodoviário. O fato de ser uma das menores unidades da Federação com relação a sua extensão, de pouco mais de 1% do território brasileiro, com cerca de 7 milhões de habitantes; não limita o seu desenvolvimento. Santa Catarina apresenta um dos maiores Produto Interno Bruto (PIB) do país e, historicamente, se diferencia nos aspectos tecnológicos, produtivos, no comér-

7

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

cio exterior e na geração de empregos, por apresentar desempenho superior à média brasileira. Santa Catarina está localizada na região Sul do Brasil e tem como vizinhos os estados do Paraná e Rio Grande do Sul, com quem mantém fortes relações econômicas e similaridade nos quesitos cultural e social. Mais ao Norte, a proximidade com São Paulo e Rio de Janeiro, aproxima o estado dos grandes centros urbanos e produtivos brasileiros. No Oeste catarinense, além de fazer fronteira com a Argentina, SC está próxima do

Paraguai, Chile e Bolívia, o que favorece a atividade turística, principalmente com relação ao ingresso de visitantes do Mercosul. A capital, Florianópolis, encontra-se a 705 km de São Paulo, a 1.144 km do Rio de Janeiro e a 1.673 km de Brasília. Entre os centros internacionais, destaca-se a proximidade com Buenos Aires (Argentina, 1.850 km), Assunção (Paraguai, 1.350 km), e Montevidéu (Uruguai, 1.360 km). Segundo a Federação das Indústrias de Santa Cataria (Fiesc), entre as 27 unidades da Federação, o estado


DOS MUNICÍPIOS CATARINENSES:

91,5% » Têm renda per capita maior que a média brasileira.

47%

» Os mais populosos são Joinville, Florianópolis e Blumenau.

PIB

» Os que têm maior PIB são Joinville, Florianópolis, Itajaí e Blumenau. O estado figura entre os primeiros do ranking nacional com maiores índices de Desenvolvimento Humano (IDH) e de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e está inserido entre as principais unidades da federação que se destacam na preservação ambiental.

Fonte: Fiesc

tem a 11ª maior população e a sexta economia. Com relação ao PIB per capita, também está na sexta posição e, sua indústria responde por 30,3% de toda a riqueza gerada, situando-se como o 4º maior parque industrial do país, contribuindo com 34% dos empregos gerados. Dados apresentados pela entidade mostram que a atividade industrial possui uma cadeia produtiva diversificada e inovadora, que apresenta ampla sinergia com os setores agropecuário, de comércio e serviços, sendo impulsionadora do desenvolvimento econômico e sustentável.

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

8


A P R E S E N TAÇ ÃO

Geografia diferencia Santa Catarina Ainda que represente pouco mais de 1% do território brasileiro, Santa Catarina apresenta uma geografia rica e diversificada. As características de relevo, clima, vegetação e hidrografia tornam o estado singular e possibilitam sua divisão em seis mesorregiões: Serrana, Sul Catarinense, Vale do Itajaí, Norte Catarinense, Oeste Catarinense e Grande Florianópolis. Essas localidades estão distribuídas em três grandes unidades de relevo, que são a Planície Litorânea, Serras (em direção ao Oeste) e Planalto (abrangendo o Oeste e o Meio-Oeste). Dentro dessas grandes unidades é possível encontrar divisões mais específicas de acordo com as características de formação de cada espaço.

Foto: Sectur BC/Divulgação

Balneário Camboriú, no litoral catarinense, é considerado um dos maiores polos turísticos do Sul do Brasil.

9

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

Essas características estimulam o desenvolvimento de inúmeras atividades, que vão da agricultura ao turismo, da indústria automobilística à maricultura. Fator que contribui significativamente para a atração de investidores de segmentos distintos e permite que a riqueza não fique concentrada em apenas uma área. A região da Grande Florianópolis destaca-se nos setores de tecnologia, turismo, serviços e construção civil. O Norte é polo tecnológico, moveleiro e metalmecânico. O Oeste concentra atividades de produção alimentar e de móveis. O Planalto Serrano tem a indústria de papel, celulose e da madeira. O Sul destaca-se pelos segmentos

do vestuário, plásticos descartáveis, carbonífero e cerâmico. No Vale do Itajaí predomina a indústria têxtil e do vestuário, naval e de tecnologia. Assim, setores tradicionais no estado, como o agroalimentar e o têxtil & confecções, mesclam-se com outros de maior valor agregado, como os de energia e indústrias emergentes. Daí resulta um parque industrial dinâmico e que se beneficia das diferentes etapas do processo produtivo, garantindo a Santa Catarina um maior desenvolvimento econômico e atraindo novos investimentos.


Foto: Sectur BC/Divulgação

A vegetação apresenta variedade ao longo do território. Na região litorânea e nas serras costeiras predomina a Mata Atlântica. As regiões Serrana e Meio-Oeste apresentam Mata de Araucária, além dos Campos do Planalto com característica mais campestre e na região Oeste predomina a Mata Caducifólia.

Foto: Divulgação

O clima predominante é o subtropical úmido, com quatro estações bem definidas. Nas análises de temperaturas médias anuais, as regiões mais frias estão no Planalto Serrano e no Meio-Oeste, enquanto as regiões mais quentes encontram-se no oeste e no litoral.

Foto: Setur/Itajaí/Divulgação

A hidrografia do estado é constituída pelo sistema da Vertente do Litoral (ou Bacia do Atlântico Sul), que compreende principalmente os rios Itapocu, Itajaí, Tijucas, Cubatão, Tubarão, Mambituba e Araranguá, ocupando pouco mais de 32% da bacia hidrográfica de Santa Catarina. O restante, que é a maioria do território catarinense, faz parte da Vertente do Interior (ou Bacia do Uruguai), formada pelos rios Iguaçu e Uruguai.

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

10


A P R E S E N TAÇ ÃO

As muitas faces de um povo

tudo, a ocupação efetiva desse território pelos europeus deu-se apenas durante o século XVIII, destacando-se a instalação de pequenas vilas como a de Nossa Senhora do Desterro (Florianópolis), Santo Antônio dos Anjos de Laguna (Laguna), Nossa Senhora da Graça do Rio São Francisco (São Francisco do Sul) e Nossa Senhora dos Prazeres das Lagens (Lages). Os portugueses, vindos do Arquipélago dos Açores, chegaram a Santa Catarina na primeira metade do século XVIII. Como parte de uma estratégia de defesa do território português no continente americano, os primeiros casais de açorianos foram instalados em 1748 na Ilha de Santa Catarina.

Também foi no século XVIII que o processo de interiorização da presença europeia no território catarinense teve início. Antigos caminhos indígenas foram utilizados na constituição de uma rede complexa de vias terrestres trilhadas por exploradores e comerciantes de origem europeia. O Caminho das Tropas, entre o atual território uruguaio e a região de Minas Gerais, passando pelo Rio Grande do Sul, planalto catarinense, Paraná e São Paulo, conectava pessoas, mercados e grandes extensões de terras a serem exploradas pelos europeus. Esse caminho e seus ramais, por exemplo, contribuíram de forma significativa para a constituição do atual território catarinense.

Foto: Arquivo Histórico de Blumenau/Reprodução

Diferentes grupos humanos e correntes migratórias ao longo dos séculos marcam a trajetória histórica e cultural de Santa Catarina. A história da ocupação do território no qual hoje está o estado é bastante antiga e remonta há mais de 8 mil anos, quando, segundo vestígios arqueológicos, havia já presença humana nesta região. Destacam-se, neste cenário, os sambaquis ao longo de quase todo o litoral catarinense, e os sítios de caçadores coletores no Extremo Oeste catarinense. Esses vestígios dão conta de como essas pessoas que habitaram primeiramente o hoje estado de Santa Catarina se organizavam, construíam seus caminhos, executavam suas atividades e conduziam atividades como agricultura e a pesca. Esses costumes evoluíram com o passar dos anos, foram mesclados a outras culturas e tradições e resultaram no multiétnico homem catarinense. Exemplo dessa miscigenação foi o que ocorreu a partir da primeira metade do século XVI, quando os portugueses passaram a mapear e explorar o litoral brasileiro e o território catarinense recebeu os primeiros europeus, especialmente onde havia boas condições para aportar os navios, como na Baía da Babitonga, na Ilha de Santa Catarina e na Lagoa do Imaruí. Con-

11

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


A cidade de Blumenau, no Vale do Itajaí, é um típico exemplo de colonização alemã.

grantes italianos. No sul do estado, porém, foram criadas colônias italianas e essas não orbitavam em torno de áreas de colonização alemã. Já no século XX, especialmente no período em torno das duas guerras mundiais, o estado recebeu novas levas de imigrantes. Destacam-se, neste momento, os imigrantes austríacos e japoneses. Essa miscigenação faz com que, multicultural, Santa Catarina chame a atenção por sua pluralidade e dinamismo, marca que pode ser observada em vários âmbitos, dentre eles, na sua economia. A diversidade cultural humana promoveu grande variedade de formas de explorar a terra e seus recursos. Como consequência, surgiu, em fins do século XIX, uma economia diversificada, baseada em pequenas propriedades agrícolas no interior, a pesca no litoral, pequenas indústrias

nas áreas de colonização alemã, bem como pequenas atividades comerciais e manufatureiras como mercearias, atafonas, marcenarias, moinhos, fábricas de queijo e salame, fábricas de caixas, sapatos e fundição A multiplicidade de elementos culturais na composição étnica do estado reflete-se na sua economia. Dos pequenos empreendimentos às grandes indústrias hoje encontradas em nosso estado, percebe-se a diversificação econômica e o estabelecimento de uma indústria forte e singular. E Santa Catarina continua a receber novos imigrantes. Com suas cidades, a maioria de pequeno e médio porte, o estado atrai brasileiros de outros estados e estrangeiros que buscam novas oportunidades de trabalho e de vida. Além das belezas naturais, que tornam o estado um dos mais belos destinos turísticos de todo o mundo, destaca-se em Santa Catarina a diversidade em sua formação humana, fruto da fusão de variadas nacionalidades. Em outras palavras, a beleza desta terra também se revela na riqueza de seu patrimônio cultural, contemplado por ricos elementos materiais e imateriais, presentes no cotidiano de suas cidades e no modo de viver de sua gente.

Foto: PMB/Divulgação

Durante o século XIX, o estado possuía um pequeno conjunto de caminhos precários para o interior e alguns portos espalhados pelo litoral. Uma rede de colônias foi estrategicamente implantada nas margens desses caminhos e de rios que percorrem o estado. Nessas colônias destaca-se a presença de imigrantes europeus, notadamente alemães, italianos, espanhóis e poloneses. Esses interagiram com as populações originárias do estado (os Guarani, Kaingang e Xokleng), com os africanos escravizados e portugueses que se instalaram, principalmente, na faixa litorânea de Santa Catarina. Nas primeiras décadas do século XIX, os imigrantes de origem alemã foram os primeiros a desembarcarem em Santa Catarina. Destaca-se desse contexto a criação da Colônia São Pedro de Alcântara, fundada em 1829. Na segunda metade daquele século, outras colônias alemãs foram instaladas no estado, principalmente no Vale do Rio Itajaí, a exemplo de Blumenau, fundada em 1850, e a de Brusque, fundada em 1860. Nos arredores dessas colônias instalaram-se, mais tarde, imi-

Foto: PMB/Divulgação

As colonizações alemã e italiana

Nova Veneza é um pedaço da Itália em território catarinense

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

12


CONTROL YOUR WORLD

CONTROLE O SEU MUNDO O S i s t e m a M o d a l l c o n e c ta v o c ê a o m u n d o d o s n e g ó c i o s

SISTEMAS CORPORATIVOS Agência Marítima e Agente de Carga Documentação - Comercial - Atendimento - Cobrança Terminais Portuários e Retroportuários Logística de Contêineres - CFS e Redex - Operador Logístico Yard & Vessel Planning - Ferramentas de Gestão - DEPOT 13

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Sistema Modall Autoridade em software de gestão, controle, monitoramento e integração do negócio portuário.

Acesso rápido e prático Nas principais plataformas web, tablets ou PDA.

Sistemas de Gestão Terminais de Contêineres e Armazém Terminais e Operadores Portuários Agenciamento Marítimo.

Customizado Já são 24 anos de consultorias, projetos executados e o sistema da MODALLPORT tem se integrado perfeitamente às rotinas de nossos clientes. Tecnologias Aplicadas - Programação de Navios - Pedágio - Portuário - Depot

- Operador Logístico - Controle de Acesso - Sid Web.

MODALLPORT PROPORCIONANDO SOLUÇÕES EM SISTEMAS PORTUÁRIOS HÁ 24 ANOS.

modallport.com.br

modallport@modallport.com.br |

+55 47 3348.0434

| Itajaí SC - Brasil MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

14


ECONOMIA

TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO MARCA A HISTÓRIA DE SC

A

linha crescente verificada na série histórica do Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina mostra que entre os anos de 2002 e 2016 subiu de R$ 54,4 milhões para R$ 256,6 milhões, um movimento crescente, ou seja, não foram registradas quedas nesse período. E tendo como base estres últimos 14 anos – porque os últimos números oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) são referente a 2016 – especialistas desenham um cenário bastante otimista para o estado nos próximos anos. Afinal, se em épocas difíceis, quando a crise assolou todo o país, SC foi uma das unidades da Federação menos impactada, porque agora, quando a economia brasileira dá sinais de reação, no estado não seria diferente. A composição do PIB leva em consideração o desempenho da agropecuária, indústria,

15

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

Joinville é considerada a cidade mais industrializada de Santa Catarina e está localizada no Norte do estado, que foi a região que mais cresceu segundo o Índice de Performance Econômica das Regiões de Santa Catarina, da Federação das Associações Empresariais.

serviços e administração, ou seja, é o indicador que melhor representa o desenvolvimento de um estado ou país, pois mostra essa evolução, ou involução, em valores monetários. Portanto, diante do avanço de 371,69%, mesmo com uma economia retraída nos anos de 2017 e 2018, pode-se esperar uma continuidade no crescimento do PIB catarinense, mesmo que com índices modestos. Embora o PIB dos dois últimos anos seja ainda um incógnita para os especialistas, outros estudos apontam para crescimento. Exemplo disso é o recém criado Índice de Performance Econômica das Regiões de Santa Catarina (Iper) lançado pela Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc) em fevereiro. O estudo mostra que o estado cresceu 8,07% no período de janei-


trimestralmente”, informa o presidente da Facisc, Jonny Zulauf. “O objetivo da construção desse índice é produzir uma estimativa trimestral da movimentação econômica de todas as regiões de Santa Catarina isoladamente e do estado como um todo”, acrescenta. Zulauf destaca que um dos principais motivos para a Facisc ter criado o Índice é que o principal indicador que mensura a atividade econômica, o PIB, é divulgado com uma defasagem de pelo menos dois anos. “Há uma lacuna temporal bastante relevante para a economia e com o Iper estamos contribuindo com uma ferramenta que busca estimar o movimento econômico trimestralmente e toda a sociedade catarinense ganha com isso.”

51,55%

SERVIÇOS R$ 112,2 BILHÕES

27,13%

256,6 2016

249

14,43%

2015

242,5 2014

2013

191,7 2012

174 2011

153,7

129 2009

2010

121,4 2008

103,7

91 2006

2007

81,5 2005

73,6

64 2003

2004

54,4 2002

PIB TOTAL DE SC (em bilhões de reais)

214,5

Foto: PMJ/Divulgação

ro a setembro de 2018, se comparado ao mesmo período em 2017. O índice também revela o crescimento das regiões de SC. Foram analisadas as regionais conforme a divisão da Facisc: Extremo Oeste (0,28%), Noroeste (1,23%), Oeste (0,13%), Meio Oeste (1,50%), Serra Catarinense (1,82%), Alto Vale (0,75%), Vale do Itajaí (11,86%), Planalto Norte (0,40%), Norte (8,75%), Grande Florianópolis (2,46%), Sul (0,94%) e Extremo Sul (1,42%). “Além de mostrar a evolução da economia do estado, com os dados disponibilizados pela Facisc os catarinenses poderão definir suas estratégias econômicas pois a partir de agora eles serão disponibilizados

6,89%

ADMINISTRAÇÃO R$ 31,4 BILHÕES Fonte: Sidra /IBGE (dados de 2016, últimos disponíveis)

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

16


Foto: Divulgação

ECONOMIA

Indústria tem boas perspectivas O faturamento da indústria de Santa Catarina fechou em alta em 2018. Estatísticas da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) mostram que o faturamento da indústria cresceu 5,98% no ano passado. As vendas industriais, segundo a entidade, cresceram 12,23% no ano passado e, o número de horas trabalhadas aumentou 1,72%. O desempenho da massa salarial cresceu 0,6%, com crescimento em nove setores; e a geração de empregos aumentou 1,18%, com ampliação de 10 dos 14 setores avaliados. As maiores variações positivas estão nos segmentos de produtos de metal (12,5%), metalurgia (9,5%) e móveis (8,1%), segundo a Fiesc. As variações são moderadas, no

17

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

entanto, apontam para a retomada industrial e contribuem para uma expectativa mais otimista para este ano. Os índices relativos ao ano anterior também aumentam a confiança dos industriais e podem estimular investimentos em Santa Catarina. Os dados da Fiesc referentes a janeiro de 2019 mostram tendência de crescimento no índice que está em 68,5 pontos, bem acima da média nacional de 64,7 pontos. Para o presidente da entidade, Mário Cezar de Aguiar, o aumento na confiança dos empresários pode impactar no aumento nos investimentos, na produção e, consequentemente, na geração de emprego. “Empresários confiantes tendem a

querer investir e contratar em maior escala”, acrescenta Aguiar. “Nossas indústrias têm se preparado para uma nova realidade, desafios e tecnologias. Isso fez o estado passar por esses momentos de maneira menos impactante. Tem feito o empresário acreditar no produto e nas empresas, confiando no novo governo. Isso reflete na intenção de crescimento”, diz Aguiar. No entanto, ele ressalta que, apesar dos resultados históricos observados desde a eleição em 2018, como todos os setores da economia, a indústria também é vulnerável às mais diversas intempéries, inclusive as vindas do governo.


O Iper foi criado a partir de indicadores relevantes que possuem relação direta com a movimentação econômica das regiões do estado, como movimentação bancária, consumo de energia, movimentação do comércio exterior, movimentação do emprego, e movimentação da frota de veículos. “O estudo é resultado de cinco grupos de informações e 13 variáveis de dados”, esclarece o economista da Facisc, Leonardo Alonso Rodrigues. Segundo o especialista, para a criação do índice foram adotados alguns critérios para a seleção das variáveis escolhidas como: informações que possuam relação com atividade/movimentação econômica, informações de fontes confiáveis, informações que possuam frequência mensal e/ ou trimestral de divulgação e que

possuam publicação a nível municipal (para agregação regional). Outra motivação para construção do índice é a atenção da entidade para com a velocidade em que as coisas ocorrem na sociedade e principalmente em como medir seus impactos de uma maneira confiável, robusta e que principalmente tenha relevância local. “Vivemos na era da informação onde as decisões necessitam ser tomadas de forma rápida e efetiva. Além de ter uma abrangência regional e atualizada, com o Iper entregamos um instrumento à sociedade catarinense para auxiliar na tomada de decisões”, destaca Zulauf. Além da divulgação por região, a Facisc ainda planeja a aplicação do índice nas microrregiões das 12 regionais da Federação. “Queremos ter ainda mais detalhes”.

Foto: Facisc/Divulgação

Confiabilidade

Segundo o economista Leonardo Alonso Rodrigues, o Iper-SC auxilia no planejamento e tomada de decisões para o setor empresarial e para o setor público servirá para o acompanhamento e monitoramento da evolução da economia local, para a mensuração dos impactos de investimentos, intempestividades e seus resultados sobre a economia local, também poderá atender às associações empresariais (ACIs) com informações de abrangência local e poderá ser utilizado como referência em todas as regiões de Santa Catarina.

A chegada de novas empresas, o aumento na ocupação da capacidade ociosa nas linhas de produção e a expectativa de novas contratações, aliadas ao crescimento das vendas e ao aumento da arrecadação, apontam para que o estado feche o ano de 2019 no azul, como vem ocorrendo nos últimos anos. Essa é também a expectativa do secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli. Ele está otimista com relação aos rumos da economia catarinense, porém, alerta que, para isso, é preciso que todas as engrenagens funcionem em sintonia. No ano passado, no geral, a economia catarinense foi linear, salvo em algumas interrupções. A arrecadação de impostos cresceu 13,3%, sendo que o Imposto sobe Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um dos princi-

pais tributos de SC, somou R$ 19,4 bilhões, com crescimento de 13% sobre 2017. Em 2018, os setores que apresentaram maior crescimento no recolhimento de ICMS foram: Redes de Lojas (29,3%), Automação Comercial (22,7%), Automóveis (17,5%) e Transportes (12,5%). Já a prévia do PIB, até novembro do ano passado, registrava alta de 2,84%. Desempenho acima da média nacional, de 0,29%. “A economia está apresentando claros sinais de reação e não esperamos nenhum percalço, como foi em 2018”, diz o secretário, lembrando que desde as eleições do ano passado está havendo expansão. “Tivemos uma grande arrecadação ano passado e esperamos, para 2019, algo bem superior”, arremata o secretário.

Foto: Júlio Cavalheiro/Divulgação

Sinergia

Para o secretário Paulo Eli, para ter arrecadação é preciso que a economia gire, que as pessoas comprem, que o comércio e indústria se movimentem, que tudo esteja em pleno funcionamento.

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

18


ECONOMIA

19

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

Foto: ACAV/Divulgação

O ano de 2018 foi um dos mais difíceis para o agronegócio, com insumos em alta, consumo em baixa e os problemas potencializados pela greve dos transportadores. No entanto, esses fatores não desestimulam o setor, que aposta na retomada do crescimento a partir de 2019. A análise é do presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), José Antônio Ribas Júnior. “O ano de 2018 foi desafiador para o setor. No entanto, no final do ano 2018 tivemos a abertura de novos mercados, o que ilustra que temos qualidade, e nos dá uma expectativa positiva para 2019”, diz Ribas, que prevê ainda para este ano o fim das crises política, social e econômica. “O país precisa retomar o rumo do desenvolvimento e a boa notícia é que há fatos novos, mercados se abrindo e uma reversão de expectativas em virtude do novo governo. Nossas projeções para 2019 são realistas: será um ano ainda difícil, mas que reverte a tendência ruim que estávamos inseridos.” Segundo Ribas, a economia deve retomar lentamente o crescimento, pois há um ambiente otimista para investimentos. Fatores que colaboram com a reversão da crise. Enfim, o País precisa se unir novamente para uma agenda de desenvolvimento. A opinião é compartilhada pelo presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo. “Há a esperança de um 2019 melhor do que foi 2018. Uma parcela considerada das fichas está depositada no bom andamento das safras e, principalmente, na renovação política. A estabilidade no poder público tende a acalmar os ânimos do mercado e abrir portas para áreas ainda pouco exploradas, como a produção de leite”, diz Pedrozo.

Fotos: Cidasc/Divulgação

Agricultura e pecuária puxam economia de SC

José Antônio Ribas Júnior, presidente da Associação Catarinense de Avicultura, diz que 2019 será um ano ainda difícil, mas que reverte a tendência de estagnação e, lentamente, a economia deve retomar crescimento, devido ao surgimento de um ambiente otimista para investimentos.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

20


ECONOMIA

“O agronegócio foi muito prejudicado no ano passado por diversos fatores, mesmo assim, o setor foi destaque nas exportações, com receita de cerca de US$ 100 bilhões, respondendo por 42% das vendas externas totais do país”, diz Pedrozo. A agropecuária também deu importante contribuição na geração de empregos, com um saldo positivo de 74,5 mil postos de trabalho, 10% do total, sendo que foi o quarto segmento que mais ofertou vagas no Brasil. Para se ter uma ideia da importância do agronegócio para a economia de Santa Catarina, em 2017 a indústria agroalimentar movimentou US$ 39,1 bilhões, com um valor de transformação industrial de US$ 14,3 bilhões e exportações de US$ 2,9 bilhões, segundo números do Observatório Fiesc. Os municípios catarinenses de maior destaque no setor agroalimentar são

Chapecó (11%), Concórdia (5,2%) e Videira (3,7%), que juntos respondem por 19,9% dos postos de trabalho gerados pelo setor no estado. “Esperamos que 2019 seja um ano melhor, principalmente com a abertura de novos mercados tanto para suínos e aves, como para carne bovina que tem crescido em produção e o leite que está presente na grande maioria das propriedades rurais catarinenses”, diz Pedrozo, presidente da Faesc. O dirigente diz que o cenário, de acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), é de uma safra maior de grãos, com clima mais favorável, um crescimento de 2% no PIB do agronegócio e uma alta de 4,3% no Valor Bruto da Produção (VBP), que mede o faturamento da atividade agropecuária dentro da porteira.

Locomotiva Santa Catarina ampliou sua presença internacional e chegou ao final de 2018 com crescimento nos embarques de carne de frango e de suínos. Ao todo, o faturamento com as exportações dos dois produtos passou de US$ 2,44 bilhões no último ano, com 1,4 milhão de toneladas vendidas para outros países. A carne de frango é o principal produto da pauta de exportações catarinense e, em 2018, foram mais de 1 milhão de toneladas embarcadas para mais de 135 países – gerando receitas de US$ 1,8 bilhão. Os valores são, respectivamente, 12,16% e 1,35% maiores do que os registrados em 2017. O estado respondeu por 28,67% do faturamento brasileiro com as exportações de carne de frango no último ano. Os principais mercados para o produto catarinense foram: Japão, China e Arábia Saudita. De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa, a expectativa é de que este ano corrente seja ainda melhor para as exportações. “Esperamos retomar os embarques de carne suína para a Rússia, além de abrir novos mercados impor-

21

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

tantes como México e Canadá. Para a carne de frango também há uma tendência de crescimento, principalmente com o retorno das exportações para a União Europeia. Sem contar a China, que continuará sendo um grande destino para as carnes produzidas em Santa Catarina”, destaca.

Foto: Agência Alesc/Divulgação

Novos mercados para o agronegócio

O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarinaj José Zeferino Pedrozo, diz que para 2019, os riscos e oportunidades dependerão muito da manutenção da política econômica ortodoxa e aprovação de reformas estruturais, que podem promover o reequilíbrio fiscal, abrindo espaço para recuperação mais rápida da economia, além da manutenção dos juros baixos.

O bom resultado catarinense foi na contramão do cenário nacional, pois o país acabou 2018 com uma queda de 10,13% no faturamento com as exportações de carne de frango. Ao longo do ano, o Brasil embarcou 4 milhões de toneladas do produto, gerando receitas que passam de US$ 6,4 bilhões.


Maior produtor nacional de suínos, Santa Catarina respondeu por 51% das exportações brasileiras do produto em 2018. Foram 326,3 mil de toneladas embarcadas para mais de 68 países, resultando num faturamento de US$ 608,4 milhões, com avanço de 18,1% na quantidade exportada. O analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, explica que, com o embargo russo às carnes brasileiras, Santa Catarina redirecionou as exportações para outros países, o que garantiu o crescimento na quantidade embarcada. Os principais mercados para carne suína catarinense foram China, Hong Kong e Chile. A China passou a ser o maior comprador do produto, ampliando em 172,4% as importações em relação a 2017. Também chama a atenção o crescimento das exportações para as Filipinas, que registraram crescimento de 623,2% no volume importado de Santa Catarina. O país passou a ser o sétimo maior compra-

Foto: Divulgação

Carne Suína

dor da carne suína catarinense. A sanidade agropecuária é o grande diferencial de Santa Catarina. O estado se mantém como única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil, além de zona livre de peste suína clássica, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal. O status sanitário diferenciado garante o acesso aos mercados mais exigentes.

Além disso, Santa Catarina foi o primeiro lugar do mundo a implantar a compartimentação da avicultura de corte, certificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A compartimentação funciona mapeando e isolando os aviários e frigoríficos, como um sistema fechado, e é garantia de sanidade animal e segurança alimentar.

Comércio e serviços em plena recuperação Para os setores de comércio e prestação de serviços em Santa Catarina o ano passado foi de recuperação e a tendência para 2019 é a retomada do poder de compra. Segundo números do IBGE, no período compreendido en-

tre dezembro de 2017 e novembro e 2018, os setores registraram no estado um avanço de 8,5% em 12 meses. Com as vendas no azul, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-SC) aposta na retomada dos índices pré-crise, mas pondera que isso vai depender das promessas de redução de juros e do restabelecimento do mercado interno. “O ponto forte do comércio será a recuperação da confiança e dos investimentos. Já o desafio é a

desburocratização da carga tributária, que atravanca o crescimento e congela maiores investimentos”, avalia o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt. Comércio e serviços também lideraram as contratações formais em 2018. Juntos, os setores fecharam o ano com saldo positivo de 36,5 mil vagas de um total de 41,7 mil no Estado, segundo o Caged. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), Ivan Tauffer, também está otimista. Sua expectativa está atrelada a nova realidade política brasileira. “O novo governo anima o setor, deixa o consumidor mais tranquilo e incentiva os empresários a investirem. A geração de empregos é prova disso e, onde há empregos, existe salário e há evolução”, diz Tauffer.

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

22


23

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

24


Foto: Shutterstock/Divulgação

INDÚSTRIA

DIVERSIDADE INDUSTRIAL GARANTE A SOLIDEZ DA ECONOMIA CATARINENSE

Dos municípios catarinenses, 91,5% possuem renda per capita maior que a média brasileira e 47% têm maior participação na indústria na economia que a média do país

E

ntre as 27 Unidades Federativas do Brasil, Santa Catarina é a 10ª em população e a 7ª com maior renda. A indústria catarinense responde por 27,1% de toda a riqueza gerada, situando-se como o 5º maior parque industrial do país, contribuindo com 33,9% dos empregos do estado. A atividade industrial possui uma cadeia produtiva diversificada e inovadora, que apresenta ampla sinergia com os setores agropecuário, comércio e serviços, sendo impulsionadora do desenvolvimento econômico sustentável.

25

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

Dos municípios catarinenses, 91,5% possuem renda per capita maior que a média brasileira e 47% têm maior participação da indústria na economia que a média do país. Os mais populosos são Joinville, Florianópolis e Blumenau, e os que possuem maior PIB são Joinville, Itajaí, Florianópolis, e Blumenau. Em 2016, a indústria catarinense foi responsável pela criação de 734.620 empregos, e os setores mais representativos eram o de Têxtil & Confecção, Agroalimentar, Construção Civil e Móveis & Madeira. Em 2017, se-


gundo números do Observatório Social da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), houve aumento do número de empregos, que passou para 747.937, mantendo a predominância dos setores. O estado possui um importante parque industrial, ocupando posição de destaque no Brasil. A diversidade produtiva e a grande dispersão geográfica das indústrias catarinenses têm garantido a Santa Catarina uma grande resiliência, de modo que, mesmo diante da crise, os impactos econômicos foram reduzidos. Assim, setores tradicionais no Estado, como o Agroalimentar e o Têxtil & Confecção, mes-

clam-se com outros com maior valor agregado, como de Energia e de Indústrias Emergentes. Daí resulta um parque industrial dinâmico e que se beneficia das diferentes etapas do processo produtivo, garantindo ao Estado um maior desenvolvimento econômico e atraindo novos investimentos. Muitos municípios, entretanto, estão promovendo vocações diferenciadas, fortalecendo diversos segmentos transversais, como a indústria de base tecnológica. Além de estar presente na Grande Florianópolis, como a indústria de base tecnológica, que está presente em todas as mesorregiões de Santa Catarina.

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

26


INDÚSTRIA

Com um crescimento de 4,4% em sua produção industrial no ano de 2017 e superando a média nacional de 2,8%, a indústria de bens de capital catarinense está concentrada nos municípios de Joinville (28,3%), Jaraguá do Sul (5,6%) e Blumenau (4,6%), que juntos empregam 38,4% dos trabalhadores desse setor em Santa Catarina. Dentro do setor, a atividade de fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão é a predominante, com 24,4% dos trabalhadores. Na sequência aparecem as atividades de fabricação de máquinas e equipamentos de uso industrial específico (com 23,9%) e fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral (com 19,9%). A atividade gera 44.906 empregos, em 2.910 estabelecimentos e a indústria de bens de capital ocupa a 7ª posição no ranking de produtividade industrial, 4ª posição em exportações, 6ª posição em número de estabelecimentos e 7ª posição na geração de postos de trabalho.

Foto: CNI/Divulgação

Setor de bens de capital

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 8,02 bilhões, respondendo pela fatia de 5,9% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 3,79 bilhões, o equivalente a 6,5% da indústria de SC. Produtividade de R$ 102,05 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 606 milhões, equivalendo a fatia de 8,1% da indústria catarinense, e importações de US$ 1,2 bilhões (8,6%).

Fonte: Observatório Fiesc

27

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Ocupando a 12ª posição no ranking de produtividade industrial, 10ª posição em exportações, 7ª posição em número de estabelecimentos e 9ª posição na geração de postos de trabalho, a indústria cerâmica está concentrada no Sul de Santa Catarina, mais precisamente no município de Criciúma (11,9%), seguido por Tijucas (8,6%) e São Bento do Sul (6,3%), que juntos empregam 26,8% dos trabalhadores desse setor em Santa Catarina. Dentro desse setor, a atividade de fabricação de produtos cerâmicos é a predominante, com 50,5% dos trabalhadores. Na sequência aparecem as atividades de fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes (30,1%) e aparelhamento de pedras e fabricação de outros produtos de minerais não-metálicos (10,5%). A indústria cerâmica mostrou variação de 12,1% no número de empregos entre 2010 e 2017, uma média de 1,7% ao ano. Em termos de estabelecimentos, houve ampliação de 8,1% no mesmo período, com taxa média de 1,2% ao ano.

Foto: Marciano Bortolin/Divulgação

Setor cerâmico

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 5,67 bilhões, respondendo pela fatia de 4,1% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 2,4 bilhões, o equivalente a 4,1% da indústria de SC. Produtividade de R$ 72,05 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 168 milhões, equivalendo a fatia de 2,3% da indústria catarinense, e importações de US$ 161 milhões (1,1%).

Fonte: Observatório Fiesc

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

28


INDÚSTRIA

Com maior predominância nos municípios de Chapecó (11%), Concordia (5,2%) e Videira (3,7%), que juntos empregam 19,9%dos trabalhadores deste setor em Santa Catarina, a indústria agroalimentar tem 3.757 estabelecimentos no estado, segundo os números do Observatório Social da Fiesc. Dentro do setor, a atividade de abate e fabricação de produtos de carne é a predominante, com 55,4% dos trabalhadores. Em seguida aparecem as atividades de fabricação de outros produtos alimentícios, com participação de 20,3%, e a atividade de moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais, com 7,1% do total de empregos do setor. A indústria agroalimentar ainda ocupa a 6ª posição no ranking de produtividade industrial, 1ª posição em exportações, 5ª posição em número de estabelecimentos e 2ª posição na geração de postos de trabalho.

Foto: Plínio Bordin/Divulgação

Setor agroalimentar

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de US$ 39,1 bilhões, respondendo pela fatia de 28,5% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de US$ 14,3 bilhões, o equivalente a 24,3% da indústria de SC. Produtividade de R$ 120,16 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 2,9 bilhões, equivalendo a fatia de 38,8% da indústria catarinense, e importações de US$ 1,2 bilhões (8,1%).

Fonte: Observatório Fiesc

29

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

30


INDÚSTRIA

Com 425 estabelecimentos industriais no estado, sendo que 90,8% são micro ou pequenas indústrias, de até 99 empregados e que juntos empregam 26,4% de todos os trabalhadores do setor, a indústria o papel e celulose ocupa a 2ª posição no ranking de produtividade industrial, 8ª posição em exportações, 14ª posição em número de estabelecimentos e 10ª posição na geração de postos de trabalho. Os municípios de maior destaque no setor de papel e celulose são Três Barras (8,8%), Caçador (7%) e Otacílio Costa (6,6%), que juntos empregam 22,5% dos trabalhadores desse setor em Santa Catarina. A atividade de fabricação de papel, cartolina e papel-cartão é a predominante, com 50,5% dos trabalhadores. Na sequência aparecem as atividades de fabricação de embalagens de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado (com 34,6%) e fabricação de produtos diversos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado (com 14,1%). O setor encerrou o ano de 2017 com variação de 4,3 % em sua Produção Industrial. Esse valor é superior ao observado no Brasil, que foi de 3,3%. Com relação ao comércio internacional, entre 2012 e 2018, o setor apresentou variação de 45,4% nas exportações e 3,9% nas importações. Esse desempenho nas vendas externas foi acima do observado para Santa Catarina (0,3%) e, nas importações, menor que o do Estado (6,3%).

Foto: Gilson Abreu/Divulgação

Setor de papel e celulose

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 6,88 bilhões, respondendo pela fatia de 5% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 3,02 bilhões, o equivalente a 5,1% da indústria de SC. Produtividade de R$ 147,7 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 274 milhões, equivalendo a fatia de 3,1% da indústria catarinense, e importações de US$ 107,9 milhões (0,7%).

Fonte: Observatório Fiesc

31

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Com ênfase para as atividades de construção de embarcações, com 82,9% dos 3.320 trabalhadores envolvidos, e a manutenção e reparação de máquinas e equipamentos, que detém 17,1% dos trabalhadores, o setor da economia do mar tem 111 estabelecimentos em Santa Catarina, o que responde pela fatia de 0,2% dos estabelecimentos industriais. Os municípios de maior destaque no setor de Economia do Mar são Itajaí (41,0%), Navegantes (34,3%) e Palhoça (11,5%), que juntos empregam 86,8% dos trabalhadores desse setor em Santa Catarina. No estado o setor ocupa a 4ª posição no ranking de produtividade industrial, 13ª posição em exportações, 19ª posição em número de estabelecimentos e 19ª posição na geração de postos de trabalho. Quanto ao perfil dos trabalhadores, a remuneração média do setor é de R$ 3.502, valor superior à média da indústria (R$ 2.323).

Foto: Acione Gazaniga/Divulgação

Setor da economia do mar

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 1,8 bilhão, respondendo pela fatia de 1,3% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 815 milhões, o equivalente a 1,4% da indústria de SC. Produtividade de R$ 133 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 14,8 milhões, equivalendo a fatia de 0,2% da indústria catarinense, e importações de US$ 33,2 milhões (0,2%).

Fonte: Observatório Fiesc

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

32


33

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

34


INDÚSTRIA

Com maior destaque nos municípios de Jaraguá do Sul (24,9%), Joinville (22,2%) e Florianópolis (7,6%), que juntos empregam 54,7% dos trabalhadores, o setor de energia gera 37.287 postos de trabalho no estado, em 673 restabelecimentos. Destes, 92,3% micros e pequenas empresas, com até 99 empregados. Dentro do setor, a atividade de fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos é a predominante, com 33% dos trabalhadores. Em seguida aparecem as atividades de fabricação de eletrodomésticos, com participação de 29,5% e a atividade de fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica, com 16,1% do total de empregos do setor. Quanto ao perfil dos trabalhadores, a remuneração média do setor é de R$ 3.827, valor superior à média da indústria, de R$ 2.323. Em Santa Catarina o setor ocupa a 3ª posição no ranking de produtividade industrial, 3ª posição em exportações, 11ª posição em número de estabelecimentos e 8ª posição na geração de postos de trabalho.

Foto: Divulgação

Setor de energia

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 11,1 bilhões, respondendo pela fatia de 8,1% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 4,25 bilhões, o equivalente a 7,3% da indústria de SC. Produtividade de R$ 142 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 788,1 milhões, equivalendo a fatia de 8,8% da indústria catarinense, e importações de US$ 1,1 bilhões (7,1%).

Fonte: Observatório Fiesc

35

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

36


INDÚSTRIA

Dentro do setor das indústrias emergentes, a atividade de fabricação de peças e acessórios para veículos automotores é a predominante, com 66,1% dos trabalhadores. Em seguida aparecem as atividades de fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores, com participação de 14,2% e a atividade de fabricação de equipamentos de transporte não especificados, com 8,2% do total de empregos do setor. Os municípios de maior destaque nas indústrias emergentes são Navegantes (14,4%), Joinville (12,6%) e Brusque (10,9%), que juntos empregam 37,9% dos 17,29 mil trabalhadores desse setor em Santa Catarina, que mostrou variação de 16,6% no número de empregos entre 2010 e 2017, uma média de 2,4% ao ano. Em termos de estabelecimentos, houve ampliação de 17,8% no mesmo período, para 457 estabelecimentos, com taxa média de 2,5% ao ano. O predomínio é das micro e pequenas empresas, com até 99 empregados, respondendo por 93,2% dos estabelecimentos, que empregam 27% dos trabalhadores do setor. Em Santa Catarina o setor ocupa a 10ª posição no ranking de produtividade industrial, 5ª posição em exportações, 13ª posição em número de estabelecimentos e 11ª posição na geração de postos de trabalho.

Foto: Shutterstock/Divulgação

Indústrias emergentes

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 5,25 bilhões, respondendo pela fatia de 3,8% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 2,1 bilhões, o equivalente a 3,6% da indústria de SC. Produtividade de R$ 93,6 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 578,7 milhões, equivalendo a fatia de 6,5% da indústria catarinense, e importações de US$ 1,05 bilhões (6,8%).

Fonte: Observatório Fiesc

37

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Setor metalmecânico e metalúrgico

Foto: Shutterstock/Divulgação

Com a atividade de fundição predominando, com 28,8% dos trabalhadores, o setor da metalmecânica e metalurgia geram 51,756 empregos em Santa Catarina, distribuídos em 3.950 estabelecimentos. As atividades de fabricação de produtos de metal responde pela parcela de 21,2% do setor no estado e, a fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada, representam a fatia de 20,2%. Do total dos estabelecimentos da indústria metalmecânica e metalúrgica, 98,5% são micro ou pequenas indústrias, de até 99 empregados. Juntos, esses estabelecimentos empregam 52% dos trabalhadores do setor. Os municípios de maior destaque no setor são Joinville (30,8%), Itajaí (4,7%) e Blumenau (4,4%), que juntos empregam 40% dos trabalhadores desse setor no estado. Em Santa Catarina a indústria metalmecânica e de metalurgia ocupa a 5ª posição no ranking de produtividade industrial, 7ª posição em exportações, 4ª posição em número de estabelecimentos e 5ª posição na geração de postos de trabalho.

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 12 bilhões, respondendo pela fatia de 3,9% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 6,3 bilhões, o equivalente a 10,7% da indústria de SC. Produtividade de R$ 122 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 289,2 milhões, equivalendo a fatia de 3,2% da indústria catarinense, e importações de US$ 2,36 bilhões (15,2%).

Fonte: Observatório Fiesc

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

38


INDÚSTRIA

Segundo do estado em exportações, o setor de móveis e madeira tem na fabricação de móveis a principal atividade industrial, envolvendo 42,3% dos trabalhadores, seguida da fabricação de produtos de madeira, cortiça e material trançado, exceto móveis, com 37,8% e, desdobramento de madeira, com 19,9%. Os municípios de maior destaque no setor de móveis e madeira são Caçador (8,2%), São Bento do Sul (7,5%) e Rio Negrinho (4,4%), que juntos empregam 20% dos trabalhadores desse setor em Santa Catarina. Entre 2012 e 2018, o setor apresentou variação de 9,8% nas exportações e -26,7% nas importações. Esse desempenho nas vendas externas foi acima do observado para Santa Catarina (-4,6%) e, nas importações, maior que o do Estado (-13,5%). No estado a indústria de móveis e madeira ocupa a 16ª posição no ranking de produtividade industrial, 3ª posição em número de estabelecimentos e 4ª posição na geração de postos de trabalho

Foto: Divulgação

Setor de móveis e madeira

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 7,34 bilhões, respondendo pela fatia de 5,4% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 3,69 bilhões, o equivalente a 6,3% da indústria de SC. Produtividade de R$ 54,3 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 1,2 bilhão, equivalendo a fatia de 13,5% da indústria catarinense, e importações de US$ 75,7 milhões (0,5%).

Fonte: Observatório Fiesc

39

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

40


INDÚSTRIA

Ocupando a 8ª posição no ranking de produtividade industrial, 7ª posição em exportações, 8ª posição em número de estabelecimentos e 6ª posição na geração de postos de trabalho, o setor de químicos e plásticos gera 49.808 postos de trabalho, distribuídos em 1.699 estabelecimentos em Santa Catarina. Destes, 93,1% são micro ou pequenas indústrias (até 99 empregados). Juntos, esses estabelecimentos empregam 41,9% dos trabalhadores do setor. Os municípios de maior destaque no setor de Produtos químicos e plásticos são Joinville (21,9%), Blumenau (4,5%) e Içara (4,3%), que juntos empregam 30,5% dos trabalhadores do setor de químicos e plásticos no estado. A atividade de fabricação de produtos de material plástico é a predominante, com 72,9% dos trabalhadores. Na sequência aparecem as atividades de fabricação de produtos e preparados químicos diversos (com 6,4%) e fabricação de produtos de borracha (com 6,1%). Entre 2012 e 2018, o setor apresentou variação de 0,9% nas exportações e 22,4% nas importações. Esse desempenho nas vendas externas foi acima do observado para Santa Catarina (-4,6%) e, nas importações, maior que o do estado (-13,5%).

Foto: Ekon/Divulgação

Setor de químicos e plásticos

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 13,13 bilhões, respondendo pela fatia de 9,6% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 4,9 bilhões, o equivalente a 8,4% da indústria de SC. Produtividade de R$ 99 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 295,9 milhões, equivalendo a fatia de 3,5% da indústria catarinense, e importações de US$ 3,43 bilhões (27,3%).

Fonte: Observatório Fiesc

41

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

42


INDÚSTRIA

A atividade de fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos é a predominante no setor de saúde em Santa Catarina, envolvendo 80,4% dos 5.004 trabalhadores, em 261 estabelecimentos. Em seguida aparecem as atividades de fabricação de produtos farmacêuticos, com participação de 13,4%, e a atividade de fabricação de aparelhos eletromédicos e eletroterapêuticos e equipamentos de irradiação, com 4,2% do total de empregos do setor. Os municípios de maior destaque no setor de Saúde são Blumenau (30,5%), Joinville (19,8%) e Garopaba (7,4%), que juntos empregam 57,7% dos trabalhadores desse setor em Santa Catarina. O Grau de Industrialização (calculado a partir da participação do Valor da Transformação sobre o Valor Bruto da produção) do setor de Saúde é de 59,7%, superior à média da indústria de Santa Catarina (de 39,7%). Entre 2012 e 2018, o setor apresentou variação de 5,6% nas exportações e 24,1% nas importações. Esse desempenho nas vendas externas foi acima do observado para Santa Catarina (-4,6%) e, nas importações, maior que o do Estado (-13,5%). No estado o setor de saúde ocupa a 1ª posição no ranking de produtividade industrial, 12ª posição em exportações, 18ª posição em número de estabelecimentos e 17ª posição na geração de postos de trabalho.

Foto: Apartman Szallas/Divulgação

Setor de saúde

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 19,2 milhões, respondendo pela fatia de 0,1% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 177,7 milhões, o equivalente a 0,2% da indústria de SC. Produtividade de R$ 150,4 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 19,5 milhões, equivalendo a fatia de 0,2% da indústria catarinense, e importações de US$ 605,9 milhões (3,9%).

Fonte: Observatório Fiesc

43

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Líder em geração de empregos, o setor têxtil e de confecções em Santa Catarina agrega 162.845 trabalhadores, em 9.243 estabelecimentos, sendo 93,1% micro ou pequenas indústrias (até 99 empregados). Juntos, esses estabelecimentos empregam 41,9% dos trabalhadores do setor. A atividade de confecção de artigos do vestuário e acessórios é a predominante, com 63,1% dos trabalhadores. Em seguida aparecem as atividades de fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário, com participação de 11% e a atividade de acabamentos em fios, tecidos e artefatos têxteis, com 9,2% do total de empregos do setor. Os municípios de maior destaque na indústria têxtil e de confecção são Blumenau (13,7%), Brusque (9,7%) e Jaraguá do Sul (8,4%), que juntos empregam 31,8% dos trabalhadores desse setor no estado. Entre 2012 e 2017, o setor apresentou variação de 16,1% nas exportações e -14,8% nas importações. Esse desempenho nas vendas externas foi acima do observado para Santa Catarina (-4,6%) e, nas importações, menor que o do Estado (-13,5%). Em Santa Catarina o setor ocupa a 14ª posição no ranking de produtividade industrial, 9ª posição em exportações e 2ª posição em número de estabelecimentos.

Foto: Shutterstock/Divulgação

Setor têxtil e de confecção

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 20,4 bilhões, respondendo pela fatia de 14,9% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 10 bilhões, o equivalente a 17,1% da indústria de SC. Produtividade de R$ 61,7 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 189,5 milhões, equivalendo a fatia de 2,2% da indústria catarinense, e importações de US$ 1,43 bilhão (11,4%).

Fonte: Observatório Fiesc

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

44


INDÚSTRIA

Com maior destaque nos municípios de São José (34,5%), Florianópolis (10,7%) e Jaraguá do Sul (8,4%), que juntos empregam 53,6% dos trabalhadores desse setor em Santa Catarina, o setor de tecnologia da informação gera 6.842 empregos, em 280 estabelecimentos. Destes, 96% são micro ou pequenas indústrias (até 99 empregados). Juntos, esses estabelecimentos empregam 41,5% dos trabalhadores do setor. Dentro do setor, a atividade de fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e controle; termômetros e relógios é a predominante, com 35,4% dos trabalhadores. Em seguida aparecem as atividades de fabricação de equipamentos de comunicação, com participação de 34,7% e a atividade de fabricação de componentes eletrônicos, com 10,9% do total de empregos do setor. Em Santa Catarina o setor ocupa a 11ª posição no ranking de produtividade industrial, 11ª posição em exportações, 17ª posição em número de estabelecimentos e 14ª posição na geração de postos de trabalho.

Foto: Shutterstock/Divulgação

Setor da tecnologia da informação e comunicação

NÚMEROS DO SETOR: Valor Bruto de Produção Industrial de R$ 741,3 milhões, respondendo pela fatia de 0,5% da indústria de SC. Valor de transformação Industrial de R$ 358,1 milhões, o equivalente a 0,6% da indústria de SC. Produtividade de R$ 78,7 mil por trabalhador industrial. Exportações de US$ 25,9 milhões, equivalendo a fatia de 0,3% da indústria catarinense, e importações de US$ 662,6 milhões (4,3%).

Fonte: Observatório Fiesc

45

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Licenciamento Ambiental • Estudos de Impacto Ambiental • Gestão Ambiental • Estudos de Manobras de Navios • Modelagem Numérica Ambiental • Levantamentos Batimétricos e Geofísicos • Oceanografia Operacional • Análise de Riscos • Plano de Emergência Individual - PEI • Desenvolvimento de Softwares •

www.grupoacquaplan.com.br MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

46


47

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

48


INDÚSTRIA

Setor da construção civil

Foto: Shutterstock/Divulgação

Com 15.334 estabelecimentos, sendo que 99,4% são micro ou pequenas indústrias, com até 99 empregados, que juntas empregam 80,6% de todos os trabalhadores do setor, a construção civil gera 90.112 postos de trabalho no estado, o equivalente a 12% da indústria catarinense. O setor mostrou variação de -4,7% no número de empregos entre 2010 e 2017, uma média de -0,7% ao ano. Em contrapartida, em termos de estabelecimentos, houve ampliação de 47,7% no mesmo período, com taxa média de 6,8% ao ano. A indústria da construção civil ocupa a 1ª posição no número de estabelecimentos e a 3ª posição com relação a geração de empregos em Santa Catarina. Os municípios de maior destaque no setor da construção civil são Florianópolis (8,1%), Joinville (7,8%) e São José (6,7%), que juntos empregam 22,5% dos trabalhadores desse setor no estado.

NÚMEROS DO SETOR: Valor Adicionado Bruto da construção civil em Santa Catarina passou de R$ 71 bilhões, em 2000, para R$ 269 bilhões em 2017. A remuneração média do setor é de R$ 2.073, inferior à média da indústria em SC, de R$ 2.323.

Fonte: Observatório Fiesc

49

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Setor de meio ambiente

Foto: Cezar Muller/Divulgação

Com foco na atividade de coleta de resíduos, que engloba 42,9% dos trabalhadores, seguida pelas atividades de captação, tratamento e distribuição de água (com 32,6%) e Recuperação de materiais (com 18,7%), o setor de meio ambiente gera 15,803 empregos, respondendo pela fatia de 2,1% da indústria catarinense, distribuídos em 836 estabelecimentos em Santa Catarina (1,7%). O segmento industrial ocupa a 10ª posição em número de estabelecimentos e 12ª posição na geração de postos de trabalho. Os municípios de maior destaque no setor de meio ambiente são Florianópolis (18,2%), Joinville (11,6%) e Itajaí (4,1%), que juntos empregam 33,9% dos trabalhadores desse setor em Santa Catarina. Esse setor também mostrou variação de 24,6% no número de empregos entre 2010 e 2017, uma média de 3,5% ao ano.

NÚMEROS DO SETOR: A remuneração média do setor é de R$ 3.163, valor superior à média da indústria em SC, de R$ 2.323. Houve ampliação de 19,4% no número de estabelecimentos, com taxa média de 2,8% ao ano. Fonte: Observatório Fiesc

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

50


INDICADORES

IDGE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

1° SANTA CATARINA

CONDIÇÕES DE VIDA

E

ARINA

AP

PA

MA

CE

DF MG ES

MS

PR SC RS

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

EDUCAÇÃO

2° SANTA CATARINA

PB

SE BA

SP

RN PE

TO

GO

51

22° SANTA CATARINA

1° SÃO PAULO

1° DISTRITO FEDERAL

POSIÇÃO

MT

2° SANTA CATARINA

INSTITUCIONAL

4° SANTA CATARINA

1° SÃO PAULO

RO

ARINA

1° SÃO PAULO

SEGURANÇA

8° SANTA CATARINA

AC

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

8° SANTA CATARINA

1° SÃO PAULO

PI

LVIMENTO

INFRAESTRUTURA

2° SANTA CATARINA

1° DISTRITO FEDERAL

RR

AM

2° SANTA CATARINA

EDUCAÇÃO

JUVENTUDE

2° SANTA CATARINA

GE

68 37 37 93 85 75 64 49 46 25 03 70 69 68 58 58 51 46 37 34 13 09 01 94 82 81 65

SAÚDE

2° SANTA CATARINA

RJ

AL

1° 2° 2° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 11° 12° 13° 14° 15° 15° 17° 18° 19° 20° 21° 22° 23° 24° 25° 26° 27°

UF

IDGE

DF SP SC RS PR MG ES RJ MS GO MT RO RN CE TO PB PE SE BA RR AM AL PI AC PA MA AP

0,668 0,637 0,637 0,593 0,585 0,575 0,564 0,549 0,546 0,525 0,503 0,470 0,469 0,468 0,458 0,458 0,451 0,446 0,437 0,434 0,413 0,409 0,401 0,394 0,382 0,381 0,365

AC

Foto: Fiesc/Reprodução

S

anta Catarina é o segundo estado brasileiro em IDGE. Os últimos números são de 2017 e apontam Santa Catarina como o 2º colocado no Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), com a média 0,637, atrás somente de Brasília (0,668). Além da 2ª posição no indicador geral, o Estado obteve os melhores resultados para o desenvolvimento social. O IDGE é um indicador criado pela Macroplan, que segue metodologia semelhante à do IDH (PNUD), agregando variáveis para compor uma medida que varia de zero a um. Esse indicador é construído a partir de indicadores-síntese de diversas áreas, tais como educação, saúde, segurança, infraestrutura, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, juventude, condições de vida e institucional.

SAÚDE

2° SANTA CATARINA

INFRAESTRUTURA 8° SANTA CATARINA

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

1° SANTA CATARINA


Ranking de Competitividade dos Estados No indicador Ranking de Competitividade dos Estados, que compara o nível de desenvolvimento das Unidades Federativas, Santa Catarina vem aumentando sua posição no ranking desde 2011, quando ocupava o 7º lugar. Passou para a 6º posição em 2012, permanecendo até 2013. Em 2014 subiu para 5º e em 2015 saltou para 3º lugar, permanecendo nesta posição até 2016. Em 2017 passou para a 2ª posição, atrás apenas de São Paulo, e mantém esta posição em 2018. O Ranking de Competitividade dos Estados é um indicador criado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). O índice, ao considerar variáveis como segurança pública, seguridade social, infraestrutura, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, inovação, potencial de mercado e sustentabilidade ambiental, mede a atratividade dos estados para grandes investimentos. Na composição do resultado final, Santa Catarina obteve o 1º lugar

SEGURANÇA PÚBLICA

SUSTENTABILIDADE SOCIAL

2° SANTA CATARINA

INFRAESTRUTURA 4° SANTA CATARINA

1° SANTA CATARINA

1° SÃO PAULO

1° SÃO PAULO

CAPITAL HUMANO

EDUCAÇÃO 3° SANTA CATARINA

INOVAÇÃO

3° SANTA CATARINA

5° SANTA CATARINA

1° SÃO PAULO

1° SÃO PAULO

1° DISTRITO FEDEREAL

EFICIÊNCIA DA MÁQUINA PÚBLICA

SOLIDEZ FISCAL

9° SANTA CATARINA

POTENCIAL DE MERCADO

8° SANTA CATARINA

1° ALAGOAS

8° SANTA CATARINA

1° RIO GRANDE DO SUL

em sustentabilidade social, 2º em segurança pública, além do 3º lugar em educação e inovação, 4º em infraestrutura, 5º em capital humano, 8º em eficiência da máquina pública, sustentabilidade ambiental e potencial de mercado, 9º posição em solidez fiscal e 10ª posição em potencial de mercado.

1° PARÁ

89.1

1°. SP

76.6

2°. SC

73.6

3°. DF

69.8

4°. PR 5°. RS

60.4

6°. MG

60.1 58.0

7°. MS

56.3

8°. ES

RR

AP

AM

PA

MA

CE PI

AC

PE

TO

RO

SE BA

MT GO DF MG

ES

MS SP PR SC RS

RN PB

RJ

AL

9°. PB

52.7

10°. GO

52.6

11°. MT

52.3

12°. CE

51.2 45.7

13°. RJ

45.3

14°. RO 15°. TO

42.7

16°. AL

42.5 40.8

17°. AM 18°. RR

40.7

19°. RN

40.6

20°. PE

39.6

21°. PI

37.9

22°. BA

37.7 36.9

23°. PA 24°. AP

34.2

25°. SE

33.5

26°. MA

32.6 31.4

27°. AC 0

20

40

60

80

100

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

100

52


INDICADORES

Outros indicadores

INFRAESTRUTURA 1º maior gerador de eletricidade através da lenha (EPE, 2017) 5º maior taxa de iluminação pública 100% 6º estado com maior número de veículos (DENATRAN, 2017) 11º maior gerador de energia elétrica (EPE, 2017)

SOCIODEMOGRÁFICO 1º maior expectativa de vida. 79,6 anos (IBGE, 2018) 2º menor taxa de mortalidade infantil. 8,6 por mil (IBGE, 2018) 10º em população. 7.075.494 habitantes (IBGE, 2018)

DESENVOLVIMENTO HUMANO 1º menor índice de Gini. 0,421 (PNAD, 2017) 1º menor proporção de jovens que não estudam e não trabalham. 14,3% (IBGE, 2017) 2º melhor nota no IDEB do ensino médio. 5,2 (INEP, 2017) 1º menor Taxa de abandono no Ensino Fundamental. 0,4% (INEP, 2017) 4º menor Taxa de Distorção Idade-série no Ensino Médio. 22,7% (INEP, 2017) 3º maior IDH. 0,816% (INEO, 2016) 2º melhor nota no IDEB do ensino médio. 6,5 (INEP, 2017) 5º melhor resultado no PISA. 412 pontos (OCDE, 2015) 6º menor Taxa de Distorção Idade-Série no Ensino Fundamental. 13,3% (INEP, 2017) 4º melhor nota no IDEB do ensino médio. 4,1 (INEP, 2017)

53

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


PESQUISA E INOVAÇÃO 6º maior número de grupos de pesquisa. 1.862 grupos (DGP/CNPQ, 2016) 6º maior participação na propriedade industrial. 9.207 registros (DGP/CNPQ, 2016) 7º maior percentual de pesquisadores doutores. 6766 (DGP/CNPQ, 2016)

AGROPECUÁRIA 1º maior abate de suínos. 11,5 milhões (IBGE, 2017) 1º maior produtor de suínos. 8,1 milhões (IBGE, 2017) 2º maior abate de frango. 859,6 milhões (IBGE, 2017) 4º maior produtor de galináceos. 153,7 milhões (IBGE, 2017) 5º maior produtor de leite. 2,9 bilhões de litros (IBGE, 2017) 5º maior produtor de mel de abelha. 4,2 bilhões de kg (IBGE, 2017) 6º maior produtor de ovos de galinha. 260 milhões de dúzias (IBGE, 2017)

ECONOMIA 1º menor taxa de desocupação. 6,2% (IBGE, 3 trim. 2018) 1º maior proporção de pessoas de 16 anos ou mais em empregos formais. 75,6% (PNAD, 2015) 1º maior percentual de empregos na indústria. 34% (RAIS, 2017) 2º maior importador. US$ 12,5 bilhões (MDIC, 2017) 5º maior PIB per capita. R$ 37.638 (IBGE, 2015) 2ª maior renda média do trabalho. R$ 2.170 (PNAD, 2015) 7º maior PIB. R$ 256,66 bilhões (IBGE, 2015) 6º maior VBPI. R$ 139,5 bilhões (IBGE, 2016) 6º maior VTI. R$ 60,4 bilhões (IBGE, 2016) 8º maior exportador. US$ 8,5 bilhões (MDIC, 2017) 18º maior produtividade da indústria de transformação. R$ 92,9 mil (IBGE, 2016)

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

54


55

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

56


INFRAESTRUTURA

O MODAIS DO COMÉRCIO EXTERIOR EM SANTA CATARINA

N

Foto: Shutterstock/Divulgação

o estado os modais utilizados nas importações e exportações de produtos, segundo levantamento apresentado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), estão divididos nos três principais meios de transportes: marítimo, rodoviário e aéreo. A importação por esses três modais mantém sua participação relativa, o que se deve à redução mais intensa dos bens comercializados via transporte ferroviário e à falta de informações quanto ao meio fluvial e lacustre. Quanto ao escoamento da produção de Santa Catarina, os transportes marítimos e rodoviários ganham ainda mais representação, com 86% e 12%, respectivamente, deixando para o modal aéreo apenas 2% do valor total. Cabe destacar que entre os quatro principais modais, o rodoviário foi o único que apresentou crescimento no seu valor global entre 2015 e 2016, que são aos últimos anos que constam no estudo apresentado pelo Observatório Fiesc.

57

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

58


INFRAESTRUTURA

Os desafios para o modal rodoviário O sistema rodoviário catarinense tem aproximadamente 2,6 mil quilômetros de rodovias federais e 6 mil quilômetros de rodovias estaduais, além das rodovias municipais. O estado é cortado pela BR 101, uma das principais rodovias brasileiras, de Garuva, no Norte, a Passo de Torres, no Sul. Também ganham destaque as rodovias BR 470 – que liga o Complexo Portuário do Itajaí ao Oeste catarinense –, BR 282 e a BR-280, que liga a cidade de Porto União, na divisa com o Paraná, com o porto de São Francisco do Sul. Outras rodovias importantes são a BR-153 e a BR-116. Em termos de representação da frota, Santa Catarina se apresenta como o 6º estado com maior número de veículos, o equivalente a 5,3% da frota brasileira, segundo dados do Observatório Fiesc 2016-17. Portanto, em Santa Catarina, o modal rodoviário ainda é preponderante e responde por 68,7% da matriz de transporte, seguido por aquaviário (18,6%), ferroviário (9,7%), dutoviário (2,9%) e aeroviário (0,1%). No entanto, embora as condições das rodovias catarinenses estejam bem acima da média nacional, o estado ainda necessita de investimentos de R$ 2,25 bilhões na melhoria e ampliação da malha rodoviária, segundo esti-

mativa feita na Agenda Estratégica da Indústria para Infraestrutura de Transporte e a Logística Catarinense 2019, da Fiesc. Dentre investimentos estaduais e federais, o cálculo engloba obras importantes como duplicação e pavimentação das BRs 163, 470 e 280. Além de investimentos privados, que incluem pesquisa em projeto de Free Flow (pagamento de pedágio conforme quilometragem percorrida) no trecho Sul da BR-101 e obra do con-

torno de Florianópolis. Para o gerente para Assuntos de Infraestrutura de Transportes, Logística, Meio Ambiente, e Sustentabilidade da Fiesc, Egidio Antônio Martorano, o caminho, diante da falta de capacidade para fazer investimentos dos governos federal e estadual, passa por envolver a iniciativa privada. Um das soluções, por exemplo, seria a criação de um programa de concessão de rodovias estaduais, com foco em pequenas concessões.

Rodovias Federais Rodovias Estaduais

59

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

Reprodução/Fiesc

Distribuição das rodovias em SC


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

60


INFRAESTRUTURA

Santa Catarina conta com uma malha ferroviária de apenas mil quilômetros, que são operados pelas concessionárias América Latina Logística (ALL) e Ferrovia Tereza Cristina (FTC). A concessionária América Latina Logística (ALL) opera dois troncos principais, que cortam o estado no sentido Norte-Sul, interligando a malha catarinense às malhas dos estados do Paraná e Rio Grande do Sul. A Ferrovia Tereza Cristina, por sua vez, interliga a região carbonífera de Santa Catarina ao porto de Imbituba, passando pelo município de Capivari de Baixo, onde se situa a usina termelétrica Jorge Lacerda - Tractebel Energia. É um modal adequado para longas distâncias, por possuir grande capacidade de carga, baixos custos de transporte e de manutenção e maior segurança em relação ao modal rodoviário. Ainda que esses benefícios da malha ferroviária sejam conhecidos, a participação desse modal na matriz de transportes brasileira e catarinense é muito inferior a verificada em países de grande área territorial. Deste modo, os investimentos para a ampliação das linhas férreas estão entre as principais propostas para o aumento da competitividade catarinense. Entre as iniciativas, destacam-se a implantação da Ferrovia Litorânea e o Corredor Ferroviário Leste-Oeste. Segundo estimativas da Fiesc, para se tornar competitivo o modal ferroviário necessita de investimentos de R$ 162,6 milhões em SC.

Foto: ALL/Divulgação

Ferrovias, baixos custos aliados a segurança

Distribuição das ferrovias em SC

EM OPERAÇÃO PROJETO DE EXPANSÃO

PROJETOS

Ferrovia Litorânea 236 km Ferrovia Leste-Oeste 616 km

61

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

Reprodução/Fiesc

1.365 km de Estradas de Ferro


As operações do modal aéreo em Santa Catarina são feitas por cinco principais aeroportos: Hercílio Luz (Florianópolis), Ministro Victor Konder (Navegantes), Lauro Carneiro de Loyola (Joinville), Diomício Freitas (Criciúma/Forquilhinha) e Serafin Enoss Bertaso (Chapecó), mais 17 pequenos aeroportos ou aeródromos, públicos e privados. Essa estrutura movimentou mais de 8 milhões de passageiros no ano passado. Juntos, os aeroportos de Joinville, Navegantes e Florianópolis também movimentaram próximo de 10 milhões de toneladas de cargas em 2018, segundo estatísticas da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O terminal de cargas (Teca) de Navegantes é um dos principais da região Sul e o mais movimentado dentre os terminais de carga que eram administrados pela Infraero em Santa Catarina. Hoje o Teca Navegantes é administrado pela PAC Log Logística Aeroportuária, pertencente ao Grupo Poly e integrante da divisão de empresas de serviços logísticos 4P Logistics. Vem recebendo pesados investimentos em infraestrutura e busca ampliar suas operações com cargas em 30%. Com relação a movimentação de passageiros, a movimentação somou 1,9 milhão de pessoas. O Aeroporto Internacional Hercílio Luz, na Capital, é hoje administrado pela empresa Floripa Airport, controlada pelo grupo suíço Zurich Airport, que já investiu R$ 5 milhões em melhorias no atual terminal e

Foto: ANAC/Divulgação

Aeroportos de SC operam com cargas e passageiros

está concluindo a construção do novo terminal de passageiros, com investimentos de R$ 550 milhões. Com esses investimentos o aeroporto de Florianópolis deve dobrar o volume de passageiros e das cargas operadas. Em 2018 viajaram pelo Aeroporto Hercílio Luz 3,84 milhões de pessoas. O Teca do aeroporto de Joinville, por sua vez, trabalha com cargas provenientes e destinadas a países como Alemanha, Itália, China e Estados Unidos, e os setores metalmecânico, de fármacos, equipamen-

Distribuição dos aeroportos em SC

tos médicos hospitalares e equipamentos automotivos são os principais segmentos da carga movimentada pelo complexo logístico. Movimentou 2 milhões de toneladas de mercadorias em 2018. Mesmo com bons investimentos da iniciativa privada nos aeroportos de SC, a Fiesc destaca a necessidade de mais R$ 316,4 milhões em infraestrutura aeroportuária. Entre as necessidades apontadas pela entidade estão melhorias em aeroportos regionais, como de Caçador e Chapecó, além do acesso ao terminal na Capital.

Participação dos aeroportos na movimentação de passageiros

59%

Reprodução/Fiesc

24%

AEROPORTOS

9% Florianópolis

Navegantes

Joinville

1% Criciúma/ Forquilhinha

AVIAÇÃO REGIONAL

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

62


63

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


O futuro dos condomínios logísticos está aqui. Somos um grupo com grande expertise no setor logístico com soluções tailor-made para empresas e indústrias que buscam espaço, segurança e localização privilegiada. Contamos com soluções que vão desde a construção e a locação de espaços personalizados até a fase de operação do empreendimento, oferecendo também serviços logísticos sob demanda em nossos condomínios.

www.braspark.com /brasparkempreendimentos

Condomínio Logístico Rodovia SC 417 - Km 5, n° 11.915 (Trevo de acesso ao Porto Itapoá) Mina Velha, Garuva - SC - Brasil - CEP 89248-000

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

64


INFRAESTRUTURA

Portos catarinenses são destaque no cenário nacional

Santa Catarina conta com três portos e dois terminais de uso privado (TUPs) que juntos movimentaram 1,83 milhão de TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés) no ano passado, volume equivalente a 18,22% de todos os contêineres operados no Brasil. Se analisados os volumes físicos, a movimentação do complexo portuário catarinense em 2018 ficou em 44,55

65

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

milhões de toneladas. Os números são da Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq). Esses números comprovam a importância dos portos catarinenses no contexto nacional, uma vez que o estado é uma das menores unidades (em extensão territorial) da Federação e, apesar disso, abriga portos brasileiros de grande expressão, a exemplo do Complexo Portuário do Itajaí, que ocupa a segunda posição

no ranking nacional de movimentação portuária, o TUP Portonave S/A – Terminal Portuário Navegantes, que sozinho ocupa a terceira posição no referido ranking, seguido pelo TUP Porto Itapoá, na quarta posição. Estrategicamente instalados na costa catarinense, estes portos e terminais mantém linhas regulares para as principais cidades portuárias do mundo e fazem do estado o maior polo concentrador de contêineres do Brasil.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

66


INFRAESTRUTURA

Porto Itapoá cresce mais do que a média nacional em 2018

Foto: Porto Itapoá/Divulgação

Operação fechou o ano com 680 mil TEUs, acréscimo de 10,3% em relação ao ano anterior

Considerado um dos mais modernos e eficientes terminais de contêineres da América Latina, o Porto Itapoá teve um aumento na movimentação de 10,3% em relação ao ano anterior, chegando a 680 mil TEUs – somando no período mais de 70 mil TEUs às suas operações. No Brasil, a média de movimentação de cargas conteinerizadas cresceu apenas 6,9% no mesmo período. Há sete anos, o Terminal apresenta crescimento acima da média do mercado nacional. Entre 2014 e 2017, enquanto o PIB teve

67

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

um acumulado de 5,9%, o Terminal cresceu 21,5% em volume de TEUs. A perspectiva para os próximos anos, com a ampliação da área física do Terminal de 150 mil metros quadrados para 250 mil metros quadrados em 2018, é que o TUP movimente 1,2 milhões de TEUs. Esse patamar coloca o Porto Itapoá entre as maiores capacidades estáticas de armazenamento de contêineres do Brasil. O destaque em Itapoá no ano de 2018 ficou por conta das importações, que tiveram crescimento de 6,5%; das exportações de

cargas dry, com 6,9% de acréscimo; a cabotagem com significativo avanço de 19,5%; e o transbordo com um robusto incremento de 30,2%. O Presidente do Porto Itapoá, Cássio Schreiner, afirma que “em se tratando de inovação o Porto Itapoá sempre buscou as melhores alternativas em infraestrutura e saiu na frente em uma série de projetos para garantir a eficiência operacional do terminal e garantir de forma sustentável o objetivo do crescimento previsto, com investimento em infraestrutura e tecnologia.


Porto de Imbituba bate recorde histórico de movimentação o crescimento mais expressivo foi na movimentação de sal e, principalmente, de contêineres, que apresentou um aumento de 81% no número de TEUs embarcados e desembarcados, ultrapassando os 75 mil TEUs, volume histórico para o terminal. Atendendo sua capacidade multipropósito, o Porto de Imbituba também ampliou seu portfólio de cargas. Pela primeira vez a agroindústria de Santa Catarina exportou o arroz em casca a granel a partir dos portos do estado. A operação inédita no Brasil de madeira de reflorestamento em navio break bulk também ocorreu a partir de Imbituba. O porto ainda voltou a movimentar gado vivo (livestock), com o envio de três navios com destino à Turquia. Com base nos resultados obtidos em 2018, os gestores prospectam um ce-

nário positivo para este ano. A área total do Porto e Imbituba é de 4,3 milhões de metros quadrados. Conta com três berços de atracação que totalizam a extensão de 905 metros e profundidades variáveis entre 15 metros (berços 1 e 2) e 12 metros (berço 3). A Autoridade Portuária é exercida pela SCPar Porto de Imbituba, órgão do governo estadual que atua como administradora do porto e tem responsabilidade sobre a gestão e infraestrutura portuária. Porém, não exerce o papel de operador portuário. Atuam ainda no porto, como arrendatários e operadores, as empresas Fertisanta, Santos Brasil, Grupo Votorantim – CRB, Serra Morena, ILP, OPL, Sanaval, AGM e Lóxus Granéis. Não há atuação de terminais de uso privado (TUPs) em Imbituba.

Foto: SCPar/Divulgação

No ano passado o Porto de Imbituba ultrapassou a marca de cinco milhões de toneladas movimentadas. O volume representa recorde histórico anual para o complexo portuário, que registrou crescimento próximo dos 20% no período, se comparado a 2017. Além disso, o porto chegou ao fim de 2018 com três recordes operacionais mensais, em junho, agosto e setembro; e a expansão do portfólio de cargas. Ao todo, cerca de 300 navios passaram pelo porto no ano passado. Estados Unidos (EUA), Chile, China e Argentina foram as principais origens das cargas de importação. Na exportação, China, EUA, Holanda e Rússia ficaram entre os destinos mais frequentes. As operações de coque, soja, contêineres e sal mantiveram a liderança das principais cargas que passaram por Imbituba. Entre elas,

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

68


69

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

70


INFRAESTRUTURA

Complexo Portuário do Itajaí movimenta mais Composto pelo Porto Público, APM Terminals Itajaí, Portonave S/A- Terminal Portuário Navegantes e demais terminais instalados a montante, o complexo movimentou 1,15 milhões de TEUs no ano passado e se mantém na segunda posição no ranking da Antaq. uma boa condição na recuperação nos níveis de movimentação estadual e nacional”, destaca. Para 2019 as expectativas são ainda melhores com a conclusão dos novos acessos aquaviários, que compreendem o alargamento dos canais de acessos e uma nova bacia de evoluções. Com isso, o Porto de Itajaí e demais terminais que compõem o complexo poderão operar navios de até 336 metros de comprimento ainda no primeiro semestre, ante o a limitação operacional de 306 metros, o que abre a possibilidade de novas escalas e também o aumento nos volumes embarcados e desembarcados. O Porto de Itajaí – englobando a área da APM Terminals – tem a área total de 188,3 mil metros quadrados, sendo área primária de 83,22 mil m², área arrendada de 79,3 mil m² e um recinto alfandegado contíguo de 25,8 mil m², o porto de Itajaí tem a perspectiva de chegar a 301 mil m² de área em curto espaço de tempo, podendo atingir 417,55mil m² em médio e longo prazos, segundo o seu Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ). Conta com quatro berços de atracação que totalizam a área de 1,047 mil metros de extensão, sendo que dois são operados pela APM Terminals Itajaí e os outros dois (berços 3 e 4) são operados por operadores pré-qualificados, para posteriormente entrarem no programa e arrendamento do governo federal. O Porto Público e seu arrendatário operam com dois portêineres, scanner para contêineres, mais guindastes de terra mobile harbour crane (MHC), entre outros equipamentos. Foto: APM Terminals Itajaí/Divulgação

Os muitos problemas registrados no decorrer do ano passado – greve dos caminhoneiros, sucessivos embargos de mercados internacionais às carnes brasileiras e constantes atrasos nas obras dos novos acessos aquaviários do Complexo Portuário do Itajaí – não impediram o crescimento da atividade portuária na região no ano passado, que avançou 3% em relação a 2017. A movimentação de contêineres chegou a 1,15 mil TEUs. A maior fatia foi operada pelo TUP Portonave, na margem esquerda do Rio Itajaí-Açu, que também detém a maior movimentação portuária do estado. A APM Terminals contabilizou 397 mil TEUs, com avanço de 87%. A recuperação de serviços, especialmente para a Ásia, contribuiu para o crescimento. A importação de veículos, por sua vez, cresceu 299% em Itajaí no ano passado, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Foram movimentados, de janeiro a dezembro, US$ 598 milhões em veículos. As operações iniciaram em junho do ano passado e em sete meses, mais de 16 mil veículos vindos de montadoras na Argentina, no México e Estados Unidos desembarcaram em Itajaí para abastecer concessionárias de todo o Sul e o Sudeste do País. Heder Cassiano Moritz, assessor da Superintendência do Porto de Itajaí, diz que foi o crescimento nos volumes dos últimos meses do ano que contribuíram para o resultado positivo. “Posso assegurar que 2018 foi um ano de desafios. A recuperação das cargas conteinerizadas com uma movimentação mais constante na margem direita fez com que o tivéssemos

71

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

72


INFRAESTRUTURA

Foto: Portonave S/A/Divulgação

Portonave lidera operações no Complexo Portuário do Itajaí

O terminal de uso privado (TUP) Portonave S/A é responsável pela maior fatia das operações no Complexo Portuário do Itajaí. Controlado pelo armador MSC, a empresa foi o primeiro TUP em operação no Brasil. Tem 12 anos de mercado e, no ano passado, atingiu a marca de 7 milhões de TEUs movimentados. A empresa atua no escoamento da produção das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil e de outros países da América do Sul e no recebimento de cargas de todo o mundo. Conta com um importante diferencial competitivo – que é uma câmara frigorífica total-

73

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

mente automatizada e capacidade estática de 16 mil posições pallets e antecâmara, que totalizam 50 mil metros quadrados de área para armazenagem de cargas congeladas e frigorificadas na sua área primária e é reconhecida internacionalmente pela qualidade na prestação de serviços e pela alta produtividade. Vantagem competitiva que garantiu à Portonave movimentar operar 736,05 mil TEUs no ano passado, do total de 1,15 milhão de TEUs operados por todo o Complexo Portuário. O TUP Portonave conta atualmente com a área total de 400 mil metros

quadrados, sendo 360 mil m² de área alfandegada dividida em três berços de atracação em um cais linear de 900 metros, com capacidade estática de armazenagem de 30 mil TEUs. Disponibiliza 2,13 mil tomadas reefer e câmara frigorífica automatizada com 16 mil posições/pallets para cargas congeladas e frigorificadas Opera com seis portêineres post panamax, 18 transtêineres, 40 terminal tractors, além de empilhadeiras reach staker, semirreboques e empilhadeiras para vazios e scanner para contêineres.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

74


INFRAESTRUTURA

Terminais a montante O Complexo Portuário do Itajaí conta também com outros terminais privados instalados a montante do porto e com direcionamento para cargas específicas. O Terminal Portuário Braskarne, localizado a oito quilômetros da foz do Rio Itajaí-Açú em área contígua ao porto público, trabalha com cargas frigorificadas, armazém seco para importação, terminal de contêineres refrigerados e secos. Ainda na margem direita, a 3,5 quilômetros do trevo das rodovias BR-101 e Jorge Lacerda, a Poly Terminais adquiriu os ativos da Dow Química e começou a operar em 2008 com carga geral, granéis líquidos e contêineres.

Terminal Barra do Rio

Poly Terminais

75

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Teporti – Terminal Portuário de Itajaí O Teporti – Terminal Portuário de Itajaí também começou a operar em 2008 e conta com 53 mil metros quadrados de área. Opera contêineres dry e reefer, além de carga geral. Já em 2006 a empresa Trocadeiro Portos e Logística iniciou suas operações. O último a ingressar no mercado, em 2017, foi o terminal Barra do Rio, com direcionamento para a carga geral.

Terminal Portuário Braskarne

Trocadeiro Portos e Logística MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

76


77

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

78


INFRAESTRUTURA

Graneis são o foco de São Francisco do Sul Santa Catarina conta ainda com o Porto de São Francisco do Sul, no Norte do estado, que engloba o TESC – Terminal Portuário Santa Catarina. O complexo portuário está hoje entre os principais portos na movimentação de carga geral não conteinerizadas e movimentou 20,56 milhões de toneladas no ano passado, com avanço de 0,66% sobre o exercício de 2017.Desse montante, 13,88 milhões foram cargas de importação e, 6,37 milhões em exportações. O porto dispõe de aproximadamente de 10 mil metros quadrados em armazéns cobertos, além de completo e eficiente corredor de exportações dotado de áreas para armazenagem de granéis líquidos e sólidos, que são operadas em parceria com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), além de mais cerca de 100 mil metros quadrados de pátios para armazenagem de cargas a céu aberto. Essas áreas externas, aliadas ao fato do porto operar em uma baía ampla, com condição marítima favorável e características naturais passíveis de utilização para instalações portuárias, o que vai ao encontro de uma tendência mundial - que é a de receber navios maiores, mais largos e mais fundos são vistas pelo mercado como um importante diferencial competitivo.

79

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

O TESC ocupa a área de 68,58 mil m ² na zona primária, conta com armazém de 2,5 mil m² e cais com área atracável de 648 metros, divididos em três berços, preparados para receber diversos tipos de embarcações. Na área retroportuária dispõe de 82 mil m² de área alfandegada e de 13,55 mil m² de armazéns, com área de segregação e centro de distribuição. Atualmente o TESC tem capacidade dinâmica de até 7 milhões de toneladas na zona primária do porto de São Francisco do Sul e investe pesado na modernização e agilidade de suas operações, principalmente para o segmento do granel sólido. Seu projeto de expansão contempla a construção de um corredor de exportação de grãos, incluindo correias transportadoras, shiploaders, tombador de caminhão, desvio ferroviário, moega ferroviária, entre outros investimentos de menor porte, o que vai garantir uma capacidade de atendimento de 5 milhões de toneladas/ano a partir de 2021. O porto de São Francisco do Sul conta ainda com o acesso rodoviário direto pela BR 280 e ligação ferroviária direta. Ainda pouco explorada, a linha representa um grande potencial já que poderá ser utilizada para ampliar a fronteira e a área de influência do porto.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

80


81

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

82


E S TAT Í S T I C A

NÚMEROS DOS PORTOS CATARINENSES EM 2018

Fonte: Anuário Estatístico 2018/Antaq

Mapa das instalações portuárias catarinenses:

83

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Tipo de instalação portuária: Unidade: Tonelada

Porto Privado 54,4%

24.232.270

Porto Público 45,6%

20.318.712

↓ -3,98% ↑ 10,79%

Tipo de Movimentação por instalação portuária: Unidade: Tonelada

Porto Itapoá Terminais Portuários 16,0% Imbituba 11,7% ltajaí 8,3% Terminal Portuário Braskarne 0,3% Teporti 0,2% Poly Terminais Portuários 0,0%

↑ 5,88%

8.845.624

Terminal Aquaviário De São Francisc... 19,9% Portonave - Terminais Portuários De ... 18,0%

↓ -3,0

11. 412. 896

São Francisco Do Sul 25,6%

↓ -17,54%

8.032.368

↑ 3,81%

7.138.567 5.222.993 3.682.823

↑ 16,42% ↑ 76,89%

↓ -13,91% ↑ 3,30% ↓ -78,17%

Sentido das cargas: Unidade: Tonelada

Desembarcados Embarcados

23.992.733 20.558.249

↑ 6,86% ↓ -2,67%

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

84


E S TAT Í S T I C A

Grupo de mercadorias: Unidade: Tonelada 19.897.301

Contêineres 44,7% Combustíveis Minerais, ...22,9% Sementes e Frutos Olea... 14,6% Ferro Fundido, Ferro e A... 5,6% Adubos (fertilizantes) 5,1% Cereiais 2,0%

↑ 4,60%

10.215.336 6.522.559

↑ 2,83%

↑ 10,96%

↓ -037% ↑ 3,44% ↓ -55,11%

Sal; Enxofre; Terra e P...1,7%

↑ 15,85%

Produtos Químicos Inorg... 1,5%

↑ 21,42%

Madeira, Carvão Vegetal... 0,5%

↑ 151,83%

Resíduos e Desperdício... 0,4%

↑ 16,95%

Perfil das cargas: Unidade: Tonelada

Carga Conteinerizada 44,7% Granel Sólido 28,0% Granel Líquido e Gasoso 20,2% Carga Geral 7,2%

↑ 2,83%

19.897.301 ↓ -1,81%

12.477.462 8.990.355

↑ 5,71%

↑ 5,69%

Tipo de navegação: Unidade: Tonelada

31.425.805

Longo Curso Cabotagem Apoio Portuário Interior

85

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

13.117.637 ↑ 130,52%

↑ 2,23%

↑ 2,23%


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

86


E S TAT Í S T I C A Evolução por perfil de carga: Unidade: Tonelada 2.000.000

1.500.000

1.000.000

500.000

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Tipo de navegação: Unidade: TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit)

1.493.179

Longo Curso 81,5% Cabotagem 18,4% Apoio Portuário 0,1% Interior 0,0%

336.663

↑ 2,11%

↑ 17,33%

↑ 119,42% ↑

Tipo de instalação portuária: Unidade: TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit)

87

Porto Privado 74,8%

1.370.279

Porto Público 25,2%

460.769

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

↓ -7,14% ↑ 68,16%


O MELHOR CAMINHO LOGÍSTICO THE BETTER LOGISTIC PATH

REFERÊNCIA NACIONAL EM MOVIMENTAÇÃO DE CARGA NATIONAL REFERENCE IN CARGO HANDLING

IN LOGISTICS

RESPEITO AO MEIO AMBIENTE RESPECT FOR NATURE

RESPECT IN FOR NATURE FIRST PLACE IN FIRST PLACE

ACESSO FÁCIL AOS PRINCIPAIS MERCADOS DO BRASIL E MERCOSUL EASY ACCESS TO THE MAIN MARKETS OFF BRAZIL AND MERCOSUR

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

88


Instalação portuária: Unidade: Unidade: TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit) ↓ -16,68%

736.054

Portonave - Terminais P... 40,2%

↑ 7,07%

8.845.624

Porto Itapoá Terminais ... 34,6% Itajaí 20,5%

8.032.368

↑ 67,40%

↑ 71,65%

Imbituba 4,6% Teporti 0,0% Poly Terminais Portuários 0,0% Terminal Portuário Bras... 0,0% São Francisco do Sul 0,0% Terminal Aquaviário de... 0,0%

C

Porto Privado

Complexo Portuário

Porto Público

M

Y

CM

MY

Sentido das cargas: Unidade: TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit)

CY

CMY

K

Desembarcados 50,3%

921.063

↑ 4,28%

Embarcados 49,7%

909.985

↑ 5,02%

Tamanhos dos containers: Unidade: TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit) 1.625.288

40' 88,8% 20' 11,2% OUTROS' 0,0%

89

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

↓ -16,58% ↑ 5.357,14%

↑ 8,07%


CURSOS DE

CURTA DURAÇÃO • • • • • • •

Conferente Logística Portuária Logística de Suprimentos e Compras Gestão Estratégica de Estoques Gestão de Processos Gestão da Manutenção Controle do Processo Produtivo

SENAI Itajaí

Rua Henrique Vigarani, 163 - Barra do Rio

Telefones: (47) 3341-2900 | (47) 98437-1137

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

90


E S TAT Í S T I C A Cheios x vazios: Unidade: TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit) Cheio 73,7% Vazio 26,3%

1.350.377

↑ 5,39%

↑ 2,62%

480.671

Tipos de containers: Unidade: TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit) Convencional 38,9%

↓ -15,07%

712.787

Refrigerado High Cube 16,3%

298.356

↑3,53%

Ventilado High Cube 15,6%

285.886

↑ 33,09%

Convencional Outros 14,4%

263.738

↑ 117,22%

↓-15,83%

Refrigerado Box 6,0%

↓-11,89%

High Cube 5,1%

↑ 43,33%

Ventilado 3,0%

↓-6,93%

Tanque 0,4% Opentop 0,2%

↓ -11,51%

Plataforma 0,1%

↑ 247,64%

Evolução por tipo de navegação: Unidade: TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit)

1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0

jan

fev

Longo Curso

91

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

mar

abr

mai

Navegação Interior

jun

jul

Cabotagem

ago

set

Apoio Portuário

out

nov

dez


LOGÍSTICA INTERNACIONAL HÁ MAIS DE 29 ANOS

CARGAS

FCL E LCL

AGORA VOCÊ PODE CONTAR COM A

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

TEMOS ISOTANK PARA QUÍMICOS E FOODGRADE

MARÍTIMA, RODOVIÁRIA, AÉREA E FERROVIÁRIA ASSESSORIA DESPACHO ADUANEIRO ARMAZÉNS ALFANDEGÁRIOS

FONE (47) 3045 - 5040 INSTAGRAM: OCTANS_LOGISTICA COMERCIAL@OCTANSLOGISTICA.COM.BR WWW.OCTANSLOGISTICA.COM.BR YOU NAME THE LOCATION AND OCTANS LOGISTICS WILL BE THERE, BY WATER, LAND AND AIR

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

92


VPM, SOLUÇÕES ADUANEIRAS PERSONALIZADAS E EFICIENTES

A empresa conta hoje com mais de quinhentos clientes distribuídos por todas as regiões do Brasil e também no exterior, atendendo suas necessidades operacionais nos portos de Paranaguá, Antonina, Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul e Itapoá. Opera ainda nas fronteiras secas de Dionísio Cerqueira e São Borja e conta com parcerias estratégicas nos demais portos, aeroportos e fronteiras do Sul do Brasil.

C

om quase 30 anos de atuação no mercado de comércio exterior, a VPM Despachos Aduaneiros surgiu em Paranaguá com o visionário Mário Fransozi e hoje opera com unidades nas cidades portuárias de Itajaí, Navegantes, Itapoá, São Francisco do Sul e Paranaguá, e nas divisas secas de Dionísio Cerqueira e São Borja. Além destes municípios, a empresa opera em outros portos, aeroportos e fronteiras secas do Sul do Brasil por meio de representantes autorizados, o que garante à empresa uma carteira valiosa com mais de 500 clientes, entre estes, os principais players do mercado exportador e importador. Especializada no desembaraço aduaneiro de mercadorias na entrada ou saída do país e com plenas condições de atender empresas auditadas –, o que exige maior transparência nos processos, a VPM é uma empresa familiar que opera dentro dos mais rígidos padrões éticos. Atua exclusivamente no desembaraço, assessoria aduaneira e atividades de apoio logística ao transporte internacional, sem vínculo societário com trading e sem departamento comercial próprio, com foco apenas no seu cliente o que garante serviços com total credibilidade e confiabilidade. “A empresa sempre focou trabalhar com eficiência, ou seja, entendemos o que o cliente quer e entregamos o que ele precisa, buscando sempre a melhor solução geralmente personalizada, que agregue agilidade e preços competitivos à operação”, explicam Uilson Roberto Fransozi e Joacir Fransozi. Essa personalização, citam os executivos, é possível devido ao fato da VPM trabalhar com um software de gestão de processos exclusivo, elabo-

93

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

rado na própria empresa que possibilita a customização dentro das necessidades de cada cliente em cada operação. “Eficiência operacional é o foco”, acrescentam. A grande maioria das operações da VPM são com cargas perecíveis transportadas em contêineres/caminhões reefer (refrigerados), tanto nos portos quanto nas fronteiras secas, o que comprova que a agilidade é um dos diferencias da empresa, pois trata-se de cargas que precisam ser despachadas com rapidez. “E o melhor de tudo isso é que, como não possuímos departamento comercial, obtivemos praticamente toda a nossa carteira de clientes por meio de indicação. Isso comprova a excelência de nossos serviços”, acrescenta Vagner Fransozi. A empresa deseja manter sua linha de credibilidade e confiabilidade que segue no decorrer da sua história. Busca ainda consolidar a atuação do recém instalado escritório de São Borja – na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina – e dar continuidade a investimentos em tecnologia, buscando agilidade na comunicação da empresa com seus clientes e parceiros afinal, inovação é uma constante na VPM Despachos Aduaneiros. Desde o início a VPM Despachos Aduaneiros presta a seus clientes serviços de representação de transporte rodoviário de cargas, contando com profissionais capacitados para realizar todos os tramites necessários ao bom fluxo de cargas dos clientes transportadores. Desde de 2009 a VPM Despachos Aduaneiros passou a oferecer a seus clientes serviços de movimentação e armazenamento de mercadorias, em sua unidade situada em Dionísio Cerqueira, SC, contando com amplo espaço para armaze-

nagem de mercadorias bem como dispõe de equipamento para movimentar cargas paletizadas e bobinas de papel. Em 2017 ampliou sua atuação em armazenagem e movimentação de mercadorias a sua unidade de São Borja, RS, brindando a seus clientes mais um serviço de excelência e qualidade.

INEDITISMO A empresa surgiu com o apoio de um grande grupo Nacional de alcance Internacional. Mário Fransozi desempenhava funções terceirizadas em áreas contábeis da empresa e devido a sua atuação transformou-se em um dos homens de confiança, que sugeriu que ele se especializasse nos procedimentos aduaneiros para atender ao Grupo, dada Importância de possuir um prestador de serviço confiável nesse segmento. Com esse apoio que surgiu a primeira unidade da VPM. Inclusive, toda a estruturação foi financiada por esta grande empresa, que possibilitou que a VPM fosse a primeira empresa do setor a ter seus processos informatizados em sua própria sede, agilizando consideravelmente os processos. “Depois disso, fomos também pioneiros na utilização de software de gestão, com ERP, e ainda inovamos novamente com o software personalizado”, relata Uilson Fransozi, alegando que a empresa se cansou de soluções prontas, que não atendiam aos anseios da VPM.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

94


CRESCIMENTO DA IMPORTAÇÃO QUÍMICA AQUECE SETOR DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS PERIGOSAS A entrada de produtos químicos no país através do Porto de Itajaí passou de 44.396 ton. em janeiro de 2018 para 124.852 em janeiro de 2019. O crescimento é de 181,22 %

A

Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) revelou que as importações brasileiras de produtos químicos obtiveram um crescimento de 13% no comparativo com o mês de janeiro de 2018, totalizando um faturamento de US$ 3,6 bilhões. O resultado da pesquisa revela uma tendência apontada mês a mês nas compras internas do país em produtos químicos que têm sido superiores a US$ 3 bilhões desde abril de 2018. Entre os principais produtos de importação química, figuram os intermediários para fertilizantes que, representam 17,3% deste total. O crescimento gradativo das importações químicas também é sentido na região do Vale do Itajaí. Dados do Complexo Portuário de Itajaí, mostram que em janeiro de 2018 foram importadas 44.396 toneladas de produtos químicos. Já em janeiro de 2019, este número saltou para 124.852 ton. A carga química é seguida por plásticos e borrachas, além de mecânicos eletrônicos e têxteis diversos.

95

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

Transporte rodoviário de produtos químicos Com o crescimento da entrada de produtos químicos pelos complexos portuários, outro setor é aquecido: o transporte rodoviário de cargas perigosas. Em Itajaí, a empresa de Transportes Andrade Cruz, a TAC Transportes, revelou os dados de faturamento da empresa que apontam um crescimento de 187,30% no comparativo entre janeiro de 2018 e o mesmo mês em 2019. “Este é um número gradativo, resultante do crescimento da importação química. Somente em 2018, nós transportamos mais de 1.500 toneladas de produtos químicos por todo o país”, revelou a diretora geral da TAC, Vanessa Andrade Cruz.

Exigências O transporte de cargas químicas através das rodovias do país exige especialização, pois envolve nove classes de produtos. São gases, explosivos, líquidos e sólidos inflamáveis, além de substâncias tóxicas, infectadas e material radioativo. Para fazer este tipo de transporte, as empresas precisam cumprir com exigências e possuir certificações específicas. Conforme explicou a diretora da TAC, a certificação do Sistema de Avaliação da Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade (SASSMAQ) exigido pela Abiquim é a mais importante delas. “A SASSMAQ é a avaliação do desempenho das empresas que prestam serviços às indústrias químicas fazendo o transporte de cargas perigosas. As empresas que fazem esse tipo de transporte precisam estar devidamente regularizadas e identificadas”, disse. “É uma certificação tão importante quanto o ISO 9001 com autorizações completas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para transporte de cargas especiais”, finalizou. Redação: Camila Freitag / Jornalista


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

96


EXPERTISE E KNOW-HOW EM SERVIÇOS NAS ÁREAS DO DIREITO IMOBILIÁRIO E EMPRESARIAL

F

undado em 2006, o escritório Ricardo Bittencourt Advocacia Imobiliária e Empresarial oferece soluções jurídicas criativas e eficazes, com suporte no singular know-how de seus profissionais e expressiva experiência no apoio a empresas dos mais vastos segmentos, tornando-se referência em todo o Estado de Santa Catarina. Não obstante a sua atuação especializada nas áreas do Direito Imobiliário e Empresarial, conta com uma equipe de advogados que conhecem as operações de transporte, logística e comércio exterior e que possuem experiência nas demandas contenciosas e consultivas das empresas do segmento, nas mais variadas áreas do direito, como: Trabalhista, Cível, Empresarial, Administrativo e Aduaneiro, estando em constante aperfeiçoamento e evolução para melhor atender o cliente de forma eficaz e responsável. Com sede nas cidades de Itajaí e Balneário Camboriú, o escritório oferece a qualidade da advocacia que somente os maiores possuem para aqueles que enfrentam conflitos jurídicos ou demandam suporte preventivo, oferecendo serviços de natureza preventiva ou contenciosa para os seus clientes, com garantia de excelência em todos os tra-

balhos executados, proporcionando aos contratantes soluções personalizadas e inovadoras no mundo jurídico. Em razão do trabalho desenvolvido ao longo dos seus mais de 12 anos, o escritório foi agraciado pela ANCEC – Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação com o selo Referência Nacional 2019. A premiação tem por objetivo central homenagear e reconhecer pessoas, personalidades e instituições, mantendo viva a memória de notá-

veis do país que se destacam no mercado pela qualidade dos produtos e serviços oferecidos em suas respectivas regiões e áreas de atuação. Ser reconhecido em âmbito nacional é a comprovação de que o trabalho

97

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

tem colhido bons frutos e está sendo prestigiado não somente pelos seus diferentes clientes, mas por todo um setor que distingue o valor da sua atuação.


— Let’s write the future Soluções para terminais do futuro Automação e eletrificação de terminais de contêineres desde o projeto até a execução com a expertise ABB. Mais segurança nas operações, menos impacto no meio ambiente e maior produtividade. new.abb.com/ports MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

98


INTERMODAL SOUTH AMERICA DEBATE O FUTURO DA LOGÍSTICA NO BRASIL

Especialistas e profissionais do setor encontram-se na maior feira da América Latina dedicada a este mercado, que será palco de tradicional evento de conteúdo do segmento, a Conferência Nacional de Logística (CNL)

P

onto de encontro dos setores logístico, de transporte de cargas e comércio exterior, a Intermodal South America, a maior feira da América Latina para estes mercados, tem como um dos destaques desta, que é a sua 25ª edição, a realização da Conferência Nacional de Logística (CNL). Organizada pela Associação Brasileira de Logística (Abralog), a conferência, que já está em sua 22ª edição, reúne autoridades e especialistas do segmento durante os três dias de realização da Intermodal, de 19 a 21 de março, e reserva para os profissionais do setor uma programação exclusiva. A Revista Portuária – Economia & Negócios mais uma vez é parceira do evento. No primeiro dia, o foco das palestras será o mercado global de supply chain: o cenário econômico, a transformação digital e a responsabilidade social no segmento. No segundo, a cadeia de suprimentos integrada (indústria, varejo e e-commerce), a revolução digital no varejo, a logística e experiência do consumidor, e a excelência operacional em centrais de distribuição ganham destaque. No terceiro e último, o futuro da logística, do transporte e da infraestrutura nacional como um todo será discutido, abrindo espaço para assuntos como tabelamento de fretes, sustentabilidade e gestão de pessoas. Para debatê-los, o evento recebe grandes nomes do setor, nacionais e internacionais. Entre eles estão o CFO e cofundador da Amaro, Lodovico Brioschi; o CEO da Intelipost, Stefan Rehm; o diretor do Mercado Livre, Leandro Bassoi; o gerente de melhoria contínua de operações do Grupo Pão de Açúcar, Danilo Teixeira; o diretor de cabotagem e Mercosul da Aliança Navegação e Logística, Marcus Voloch; o gerente comercial do Tecon Salvador, Guilherme Dutra; o diretor comercial da CMA CGM, Paulo Gudergues; o gerente da DP World Saint John, Lawrie Pattison; e a representante do Consulado do Canadá em São Paulo, Elise Racicot. Para a gerente geral do portfólio de infraestrutura da Informa Exhibitions, promotora e organizadora da Intermodal South America, Márcia Gonçalves, a realização da Conferência Nacional de Logística durante a Intermodal po-

99

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

tencializa e enriquece a experiência dos profissionais que visitam a feira, associando o networking e a troca de experiências à oportunidade de entrar em contato com especialistas, acadêmicos e empresários do setor que compartilham seu conhecimento e know-how. “Este é o segundo ano consecutivo da parceria com a Abralog e temos certeza que isso trará ótimos resultados a todos os que

participam deste grande encontro da logística e do transporte”, afirma. O presidente da Abralog, Pedro Francisco Moreira, concorda que a associação com o evento traz benefícios a todos e acrescenta: “como principal feira do setor, a Intermodal dá visibilidade para todos os elos da cadeia logística, fomentando a eficiência da integração, e é isso que a torna uma exposição completa, end to end”, finaliza.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

100


ENTRE OS MAIORES PLAYERS DE LOGÍSTICA DO PAÍS, MULTILOG ESTIMA CRESCIMENTO DE 20% DE RECEITA PARA 2019 Referência no Sudeste e Sul do Brasil, a Multilog, de Itajaí, investirá cerca de R$ 60 milhões em estrutura, tecnologia e capacitação de pessoas

O

ano de 2019 inicia com otimismo para o mercado logístico. Após fechar 2018 com R$ 525 milhões de faturamento, um dos maiores operadores logísticos do Brasil, a Multilog, estima um crescimento de 20% de receita para os próximos 12 meses. A meta considera os cerca de R$ 60 milhões em investimentos em estrutura física, tecnologia e capacitação de pessoas. “A empresa está bastante otimista com o comportamento do mercado e os anúncios de investimento do meio empresarial para este ano e estará atenta aos primeiros 100 dias de governo para planejar os próximos passos”, afirma o presidente da Multilog, Djalma Vilela. Com presença no Sul e o Sudeste do Brasil, parte do investimento da Multilog em 2019 será focado na construção de um novo armazém em Santa Catarina e ampliação dos armazéns de Curitiba e São Paulo, promovendo ainda mais possibilidades de atuação na região Sudeste. “A Multilog está em um momento ímpar. Com todas essas mudanças, es-

101

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

peramos conquistar novos espaços monitoramento de cargas. “Nossa esno mercado e assim alavancar o de- sência é focar em qualidade e agilidasenvolvimento para o segmento em de dos serviços. Buscamos conquistar uma expansão de maneira sólida e geral”, complementa Vilela. Referência nacional no setor, a empre- organizada visando a excelência das sa, que possui mais de duas décadas ofertas e serviços”, afirma Vilela. Com de experiência, segue em uma cres- objetivos estratégicos definidos, a cente constante. Nos últimos dois anos, meta da Multilog é atingir R$ 1 bilhão passou por grandes aquisições, focou de faturamento até 2022. em inovação, se consolidou entre os melhores operadores logísticos nos principais corredores de importação e exportação do Brasil e registrou um crescimento de 50% no faturamento geral apenas no primeiro semestre de operações no Sudeste. As estratégias garantiram um aumento no número de colaboradores para 1,5 mil e a mais de 1,5 milhão metro quadrado de área alfandegada, além de melhorias importantes nos sistemas de atendimento ao cliente e Djalma Vilela, presidente da Multilog


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

102


INFORME PUBLICITÁRIO

CLUBE ATIRADORES, O LOCAL PERFEITO PARA SEU EVENTO CORPORATIVO

I

tajaí ganhou um novo local para a realização de todo tipo de evento, seja social ou corporativo. É o Clube de Caça e Tiro Vasconcelos Drumond, clube Atiradores de Itajaí, que está com novas e modernas instalações, na Rua Uruguai, praticamente no Centro da cidade.

O Salão Principal do Atiradores tem mil metros quadrados de área construída e capacidade para 820 pessoas – sendo 600 pessoas sentadas. É climatizado, dotado de palco, bar e toda a infraestrutura para a realização de eventos sociais e corporativos, podendo ser locado, independentemente do promotor do evento ser associado ou não. Este salão é equipado com cozinha industrial completa, totalmente montada e equipada, o que pode ser visto como mais um diferencial.

103

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


O Clube conta ainda com outros três salões de menor porte, com espaço gourmet e cozinha. Os espaços são climatizados, mobiliados e decorados, com capacidade para 60 pessoas cada, podendo ser interligados para eventos de maior porte. Também estão disponíveis para locação.

Junto dos salões, o clube ainda disponibiliza áreas comuns, com projeto de decoração diferenciado, mobiliário planejado e toda a infraestrutura necessária para bem receber os convidados. O lobby foi projetado para garantir conforto aos usuários e o salão principal do Atiradores ganhou antessala com acesso por elevador e escadaria, hall, além de novos e modernos banheiros masculino e feminino acessíveis.

O Clube ainda dispõe de estacionamentos coberto de 220 vagas, mais 60 vagas externas, e um portal de acesso dotado de câmeras de segurança, cancelas eletrônicas e sistema de comunicação interligado com a Secretaria, além de serviço terceirizado de recepção e segurança, o que garante total segurança para os veículos estacionados no local.

(47) 3348-0710 clubeatiradores.com.br Rua Uruguai, 546 Centro | Itajaí / SC

MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

104


ALIANÇA NAVEGAÇÃO E LOGÍSTICA

ADQUIRE FROTA DE CAMINHÕES EM SÃO PAULO PARA AMPLIAR O SERVIÇO PORTA A PORTA Batizado de “Aliança Trucking”, projeto contempla a abertura de um terminal operacional em São Bernardo do Campo (SP)

C

om o aumento da demanda pelo serviço porta a porta na cabotagem e também no logo curso da Hamburg Süd e Maersk, a Aliança Navegação e Logística decidiu ampliar sua frota de caminhões. O projeto “Aliança Trucking” contempla a aquisição de 50 conjuntos próprios da marca Volkswagen cavalo e semirreboque -, que atuarão no Estado de São Paulo com motoristas contratados pela armadora. Segundo Fernando Camargo, Head of Intermodal – South America East Coast e da Hamburg Süd, a frota atual é formada por 126 conjuntos dedicados (terceirizados), além das contratações sob demanda. Com a nova aquisição, serão 176 conjuntos para atender as operações no Porto de Santos. “Com o ‘Aliança Trucking’, seremos responsáveis por toda a frota dedicada, incluindo veículos próprios e terceirizados. O projeto também contempla a abertura de um terminal operacional em São Bernardo do Campo, bem localizado geograficamente para acessar as duas margens do Porto de Santos”, destaca o executivo. Com este terminal, a Aliança espera otimizar as operações, uma vez que terá uma base estrategicamente localizada, onde serão armazenados contêineres vazios para atender a demanda da região, e também os cheios, que poderão permanecer no local até o momento ideal para realizar a entrega no porto ou nos clientes. Atualmente, os caminhões são fundamentais para o serviço porta a porta da Aliança. Na cabotagem, por exemplo, a empresa coleta o contêiner para levá-lo ao porto mais próximo. Após o transporte marítimo, o contêiner é retirado no terminal e conduzido ao destino final. Em mais de 90% dos casos, a armadora utiliza o transporte rodoviário nas pontas.

105

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

O PROJETO Com a greve dos caminhoneiros no ano passado, a cabotagem começou a ser percebida como uma opção interessante por algumas empresas que priorizavam o rodoviário. Para atender o crescimento da demanda – 192 novos clientes em 2018 -, a Aliança decidiu que era o momento de investir em um projeto específico para o Estado de São Paulo. “A decisão de aumentar nossa frota própria foi anterior à tabela de frete mínimo, pois sabíamos que era necessário investir em uma nova opção de atendimento na região. Além dos novos caminhões com tecnologia de ponta embarcada, estamos criando uma equipe especializada no modal rodoviário, com foco em otimização e prestação de serviço de excelência, que é uma das grandes prioridades da Aliança, que agora faz parte do grupo Maersk”, explica Julian Thomas, CEO da Aliança e da Hamburg Süd.

CABOTAGEM A Aliança Navegação e Logística, líder no transporte por cabotagem no Brasil, encerrou 2018 com um crescimento de 16% em relação ao ano anterior. O resultado foi impulsionado pelo desempenho do mercado de cabotagem como um todo e, também, pelas iniciativas da empresa para ampliar os volumes de cargas em atuais clientes e conquistar empresas que ainda não utilizavam o serviço, podendo gerar uma economia de cerca de 20% se comparada ao modal rodoviário em rotas mais longas. Com o alto custo do frete rodoviário após o tabelamento, houve uma migração de cargas para a cabotagem, que deve manter o ritmo de crescimento neste ano em 10%. De acordo com Marcus Voloch, diretor de Cabotagem e Mercosul da Aliança, a empresa conquistou 192 clientes ao longo do ano, com forte impulso após a greve dos caminhoneiros, finalizando o ano com uma carteira acima de 1,4 mil clientes. “Com a conversão, conseguimos superar a meta inicial de crescimento que era de 8%. Além disso, os 50 maiores clientes aumentaram, em média, 15% no volume de cargas transportadas com a Aliança”, destaca o executivo. Fundada em 1950, a Aliança Navegação e Logística integra o grupo Hamburg Süd, que agora faz parte da Maersk Line, líder mundial em logística de contêineres. A frota de 11 navios no serviço de cabotagem - incluindo alguns de 3,8 mil TEUs - conecta 15 portos de Buenos Aires a Manaus, realizando mais de 100 escalas mensais. A Aliança é líder em cabotagem na América do Sul, transportando commodities que vão de gêneros alimentícios a metais, contemplando clientes de diversos segmentos.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

106


SOLUÇÕES COM EXCELÊNCIA PARA O SEGMENTO DE COMÉRCIO EXTERIOR A Modallport é referência no desenvolvimento de sistemas para as áreas portuária, de comércio exterior e logística

D

esenvolvedora de ferramentas voltadas para a atividade portuária e de comércio exterior, a Modallport Sistemas, com sua sede em Itajaí, é uma das grandes expressões no desenvolvimento de soluções integradas nos cenários nacional e internacional. A empresa está no mercado há quase 25 anos e atende às necessidades de controle gerencial e operacional de empresas ligadas aos setores de navegação, como armadores, agências marítimas, terminais portuários privados, NVOCCs, Clias, portos secos, terminais de cargas e contêineres, entre outras do segmento no qual está inserida. As soluções Modallport são resultado de um trabalho sério de consultoria e de profundo conhecimento do negócio portuário com ferramentas de excelência administrativa perfeitamente ajustadas e customizadas aos ambientes para que foram desenvolvidas. “A Modallport tem ferramentas básicas que são praticamente commodities em áreas específicas e, a partir delas, cria soluções diferenciadas e exclusivas para cada cliente, atendendo as necessidades específicas de cada um”, diz o sócio diretor da empresa, Luiz Carlos Bonetti. “Trata-se de uma ampla gama de sistemas e todos eles tem o grande diferencial de serem customizáveis como forma de ser transformado em solução específica para cada cliente”, acrescenta. O carro chefe da empresa, desde que nasceu, na década de 1990, é a solu-

107

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

ção de terminal de contêineres vazios, que é a mais instalada até hoje. No segmento dos projetos especiais, oferece soluções maiores em controle específico para a logística de contêineres, para armazéns Redex, contêineres full system, entre outras, todas soluções que podem ser integradas aos sistemas, independentemente das ferramentas básicas serem Modallport ou não. Isso faz com que a desenvolvedora tenha uma carteira de clientes muito grande e fidelizada. “A Modallport trabalha em uma sinergia muito grande com seu cliente, proporcionando a constante atualização e os ajustes necessários para que a solução atenda plenamente as necessidades de cada empresa, pois somos focados na prestação de serviços para um nicho bem específico dentro do mercado de comércio exterior. Isso faz com que o tipo de serviço que prestamos seja difícil de ser encontrado no mercado”, diz Bonetti. “São ferramentas com grande verticalidade, ou seja, soluções que atendem do operacional a gestão e não soluções horizontais, que atendem apenas uma camada”, completa o executivo. O quadro de funcionários da Modallport é também muito fidelizado, com uma média de casa de 12 anos, o que garante a continuidade de cada uma das suas soluções disponibilizadas. “A empresa investe muito na capacitação constante e especialização, o que consequentemente gera a fidelização das pessoas que trabalham conosco”, acrescenta Bonetti.

CAPILARIDADE As soluções Modallport hoje estão de Rio Grande a Manaus, praticamente em cidades portuárias, com a cobertura de praticamente todos os complexos logísticos-portuários brasileiros. A empresa tem seus sistemas operando no porto de Namibe, na Angola, além de clientes com suas matrizes no Brasil, mas que usam as soluções corporativas no exterior. Os escritórios de armadores parceiros da Modallport, que estão em várias partes do mundo, são um claro exemplo disso.

O ANO DE 2019 A Modallport iniciou 2019 com projetos para automatização de portos em Manaus e Suape e está expandido sua carteira de clientes na Angola por meio de parceiro comercial naquele país. Também está abrindo mercado no exterior, a exemplo do Zimbabwe e Cabo Verde, e ampliando mercado na Angola, onde há necessidades similares a projetos que já foram implantados pela empresa naquele país.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

108


SMART ASSESSORIA EM COMÉRCIO EXTERIOR: LEVANDO, BUSCANDO E LIBERANDO DE ONDE OU PARA ONDE VOCÊ QUISER... Aqui na Smart Assessoria buscamos sempre oferecer o melhor serviço em Comércio Exterior, garantindo soluções eficientes aos nossos clientes, no menor tempo possível e com a máxima qualidade, visando a plena satisfação e confiabilidade dos mesmos.

A

SMART ASSESSORIA é uma empresa prestadora de serviços em comércio exterior com atuação no mercado nacional. Nossa especialidade é o Despacho Aduaneiro de mercadorias na exportação e/ou na importação com foco na aplicação das normas legais previstas na legislação aduaneira brasileira vigente (Regulamento Aduaneiro). A SMART ASSESSORIA já é uma empresa consolidada no mercado, formada por diretores que são Despachantes Aduaneiros e possuem mais de 20 anos de experiência profissional no Comércio Exterior. Entre os clientes atendidos pela SMART

109

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

ASSESSORIA, existem empresas de pequeno, médio e grande porte, onde oferecemos a cada cliente, um tratamento especifico e delicado, nos adequando as particularidades de cada cliente. Adicionalmente ao despacho aduaneiro, nossos serviços compreendem também: A assessoria e a consultoria aduaneira, A logística nacional e a internacional, A assessoria e a consultoria empresarial no direito aduaneiro, direito internacional e assuntos relativos ao comércio exterior, A assessoria e a consultoria empresarial contábil e assuntos relativos ao comércio exterior. Estamos hoje localizados no Estado de Santa Catarina com profissionais em todos os Portos, Aeroportos e Pontos de Fronteiras do Brasil.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

110


MÚLTIPLA ASSESSORIA

ADUANEIRA, SOLUÇÕES COMPLETAS PARA OS MERCADOS IMPORTADOR E EXPORTADOR A empresa atua em todo Brasil, com ênfase para o mercado paulista, com serviços que vão além da assessoria aduaneira e agregam competividade às operações de comércio exterior

C

om 12 anos de atuação no mercado brasileiro do comércio exterior, a Múltipla Assessoria Aduaneira, de Itajaí, se consolida como referência nos processos de importação e exportação. “Foi um caminho longo, mas fizemos nossa lição de casa com a estruturação e a estabilização da empresa, que hoje está presente em todos os portos e aeroportos de Santa Catarina e nas fronteiras secas compreendidas entre Ponta Porã e Chuí”, diz o CEO Mauro Marcelo Sperber dos Santos. A receita para esse sucesso envolveu uma série de fatores que englobam conhecimento técnico, constante atualização, uma ampla rede de relacionamentos e a expertise de quem conhece o mercado no qual está inserido. Aliado a isso, constantes investimentos em capacitação e parcerias estratégicas, que possibilitam à empresa focar no core business, ou seja, na operação principal do negócio. A subcontratação dos parceiros possibilita ainda à empresa trabalhar sempre com as menores cotações, porém, preservando a qualidade dos serviços e agregando flexibilidade às operações. Isso garantiu à Múltipla ir além do despacho aduaneiro e oferecer soluções

111

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

logísticas completas em importação e exportação à sua diversificada carteira de clientes, distribuídos em todo o país. Inclusive, adotando estratégias um tanto agressivas, porém, que agregam excelência nos serviços e redução de custos. Exemplo disso é a adoção da intermodalidade para o escoamento das exportações de commodities por outros portos das américas do Sul e Central.

Mão dupla Outra ousadia da Múltipla, que foi amadurecendo no decorrer dos últimos anos e começa a frutificar a partir de julho, foi o estabelecimento de uma via de mão dupla entre o Brasil e a China, para atender os dois mercado. No caso do Brasil, os produtores de commodities – com ênfase para o milho, soja e carne bovina – que têm no tigre asiático um crescente mercado. E também os importadores de insumos e manufaturados. No caso da China, os importadores e exportadores que mantém laços comerciais com o Brasil. Essa solução engloba todos os serviços compreendidos na cadeia logística, executados integralmente pela Múltipla e parceiros, o que agiliza os procedimentos e reduz custos. “Foi um longo caminho, com muitas reuniões com produtores brasileiros, importadores chineses e também com representantes do governos chinês. Em abril estaremos levando um grupo de produtores brasileiros para a Canton Fair, em junho receberemos aqui uma delegação do governo da China e, já no início do segundo semestre iniciaremos as operações”, relata Sperber.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

112


TERCEIRIZAÇÃO GERA ECONOMIA E AGILIDADE NOS DESPACHOS ADUANEIROS A VPO Serviços Aduaneiros e terceirizações foi uma das pioneiras em Itajaí e hoje lidera o mercado regional

A

terceirização no comércio exterior desponta como uma tendência cada vez mais evidente nos mercados nacional e internacional. Em função da alta competitividade generalizada, as empresas que procuram se manter em evidência precisam focar no core business, ou seja, na operação principal do negócio, delegando atividades complementares a parceiros confiáveis. Na prática, o conceito da operação é relativamente simples: trata-se de delegar à uma empresa parceira, na qual se tenha confiança e que reúna sólida expertise no serviço em questão, a execução de uma parcela do trabalho demandado pela empresa. É nesse filão de mercado que entra a VPO – Serviços Aduaneiros e Terceirização, de Itajaí, com atuação de mais de oito a os de mercado. No entanto, seu fundador e diretor, Valter Passos, acumula mais de 25 anos de experiência no segmento. Passos

113

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019

começou sozinho, depois incluiu a esposa e o filho no negócio e agora, além dos três, conta com mais 12 colaboradores na unidade de Itajaí, além das parcerias em outras empresas portuárias. A maior clientela hoje da VPO Serviços Aduaneiros e Terceirização são os despachantes aduaneiros, que desempenhavam anteriormente o serviço e optaram pela terceirização que, além de possibilitar às empresas maior foco no seu negócio principal, gera uma economia de até 50%. A carteira de clientes da VPO é formada basicamente de empresas de médio e grande porte, distribuídos nas cinco cidades portuárias de Santa Catarina – Imbituba, Itajaí, Itapoá, Navegantes e São Francisco do Sul, além de clientes espalhados por todo o Brasil. “Hoje temos muitas parcerias, o que possibilitar a atuação da VPO em toda a costa brasileira”, acrescenta Passos. A empresa ainda lidera esse mercado em Itajaí.

C

M

MERCADO

Y

CM

“A terceirização destes serviços, queMY anteriormente era desempenhadoCY pelos despachantes aduaneiros ou setores específicos de grandes em-CMY presas, ocorre já há certo tempo, mas K começou a expandir nos últimos tempos”, explica o diretor da VPO. “O anos de 2017 foi excelente, 2018 foi melhor ainda e as expectativas para este ano são as melhores”, acrescenta. A figura do despachante aduaneiro surgiu nos tempos do império. Trata-se de um profissional com poder outorgado pelo exportador ou importador, que se encarrega de apresentar para Alfândega a documentação estabelecida nas normas tributárias, relativas ao despacho aduaneiro de importação ou exportação. Em outras palavras, seu trabalho consiste na representatividade dos interessados perante os mais diversos órgãos, também conhecidos como intervenientes governamentais, que promovem o controle aduaneiro. O despachante aduaneiro também presta o serviço de assessoramento para importadores e exportadores, que tem por objetivo a liberação aduaneira de mercadorias procedentes ou destinadas ao exterior, cujos procedimentos administrativos, legais e tributários são complexos e que necessitam de conhecimento técnico e operacional.


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

114


115

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


MARÇO, 2019

ANUÁRIO ANUÁRIO

116


117

ANUÁRIO ANUÁRIO

MARÇO, 2019


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.