Jornal dos Bairros - 24 Abril 2020

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Feito para todas as classes

Itajaí, 24 de abril de 2020 | Ano XXIII | N° 935

Com a nova bacia de evolução, complexo portuário do Itajaí começa a receber navios gigantes a partir de maio

Foto: Alfabile Santana

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Você sabe a diferença?

Apesar do Coronavírus, obras de infraestrutura não param em Itajaí

Gripe, febre e coronavírus são diferentes mas os sintomas são parecidos, por isso é preciso atenção! Thiago Caminada

Mais de 30 mil metros cúbicos de asfalto são utilizados em calçamentos

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Política

Ano XXIII - edição 935 - 24 de abril de 2020

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:: País dividido

A crise do coronavírus consolida o Brasil como uma nação absolutamente dividida. De acordo com o Instituto Paraná Pesquisas, 53% dos entrevistados manteriam o isolamento social enquanto necessário, independentemente da crise e do impacto econômico. Outros 43% disseram que não, que voltariam a trabalhar. O restante não sabe ou não respondeu. Os pesquisadores ouviram mais de 2 mil pessoas entre 13 e 16 de abril. Constatação insofismável: há um racha entre a população. Até porque, excetuando-se estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Pernambuco e Ceará, onde efetivamente o cenário é de contágio severo, nas demais unidades federadas há várias instituições de saúde públicas e privadas vazias. Muitos levantamentos mostram que o pior da pandemia já teria passado. Bem ao contrário do que anunciou o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, segundo quem o pico da contaminação seria entre maio e junho.

:: Casa de ferreiro

Só que o espeto de Rodrigo Maia é de pau. De recursos orçamentários, ele manobrou para doar a estados e municípios a bagatela de R$ 100 bilhões. Só que não cortou praticamente nada do orçamento da Câmara, que é de impressionantes R$ 6 bilhões para salários, viagens, diárias, combustíveis, telefones, refeições, etc.

:: Cheira mal

A grande verdade é que setores consideráveis do Brasil, sobretudo na classe política, apodreceram. Foram alvo de putrificação.

:: Posição

Presidente da Facisc, Jonny Zulauf, foi enfático ao defender o adiamento das eleições deste ano e a canalização dos recursos para a segurança da sociedade. Foi durante reunião com o coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado Daniel Freitas. Zulauf também gravou um vídeo, onde pede que o governo priorize as atividades e verbas para a produtividade, que, no fim das contas, é o que mantém qualquer estado ou nação em pé.

:: Planejamento zero

Mesmo assim, tem estado por aí gastando recursos preciosos em hospitais de campanha, quando a sensação é de que o pior já passou. Ao fim e ao cabo, sensações à parte, é a certeza de que tudo está meio largado, sem orientação.

:: Dupla

:: Nacionalismo

Outro aspecto neste contexto de pandemia: as diferenças entre os países. Elas estão aí, escancaradas. Não é porque Estados Unidos, Espanha e Itália registra números muito altos de mortos que outras nações serão automaticamente assoladas. Há as questões de clima, faixa etária, dieta, genética e também o próprio estilo de vida nos mais variados países.

A bancada federal catarinense tem posição muito clara sobre o uso dos escorchantes fundos eleitoral e partidário em tempos de pandemia. Os deputados e senadores são a favor da devolução dos recursos. Ocorre que os eminentes Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre não pautam esta proposta. Obviamente porque são contra a dar um fim nesta farra.

:: No bolso

:: Fé em Deus

Deus queira mesmo que o pior já tenha passado. Se isso for um fato, daqui a um ano não estaremos falando de um hipotético número elevado de mortos e sim da proliferação de contratos superfaturados, todos feitos sem licitação, para a compra de materiais e insumos hospitalares.

:: Nova leva

Tem tudo para ser uma bela tarrafada em uma leva regional de políticos da pior espécie, de pessoas sem o mínimo caráter e escrúpulo. Ou há outra definição para ladrões do dinheiro público se aproveitando de uma situação de extrema fragilidade social como a atual?

Pesquisadores do Instituto Paraná foram a campo em 212 municípios do Brasil entre os dias 13 e 16 de abril. Ouviram 2.218 pessoas. Foi perguntado aos entrevistados se foram impactados financeiramente pela crise do coronavírus. Estratosféricos 81,9% responderam que sim. Neste universo, 33% disseram que foram muito impactados economicamente. Outros 19,5% disseram que o baque foi o “normal de uma crise.” Já para 29,4% a mexida no bolso foi considerada pequena. Já no campo emocional, 39,3% afirmaram ter sentido crises de ansiedade, depressão ou outros distúrbios psicológicos. Para 57,1%, a quarentena, o isolamento social e as rápidas mudanças econômicas não trouxeram alterações emocionais.

:: Samba

Vale lembrar que no Carnaval tupiniquim já havia registros de casos de coronavírus. Mas a quarentena só começou depois da prolongada aglomeração carnavalesca. Evidentemente porque muitos interesses econômicos pontuais prevaleceram à época.

:: Populismo irresponsável

No passado recente, o Brasil gastou bilhões e bilhões, com fartos superfaturamentos, para a construção de estádios e arenas que sediaram uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. Muitos elefantes brancos estão aí, apodrecendo aos olhos de uma sociedade que ficou ainda mais injusta e desigual nos desgovernos canhotos. E se essa dinheirama tivesse sido investida em saúde? Agora, todos os olhos agora se voltam para o Senado, que pode pôr um limite à farra liderada por Rodrigo Maia e aprovada na Câmara. Ali, aprovou-se o projeto que transfere recursos ilimitados aos governos estaduais e municipais. Sem qualquer contrapartida. Oras, isso não existe. Que pelo menos se exija o congelamento dos salários dos servidores públicos por dois anos. No mínimo!

:: Projetos da Alesc transformados em Leis

Dois projetos de lei (PLs) elaborados pelos deputados estaduais e aprovados pela Assembleia foram transformados em lei na última semana, com a sanção do governador Carlos Moisés da Silva (PSL). As matérias fazem parte das medidas adotadas pelo Parlamento catarinense para auxiliar Santa Catarina no enfrentamento da pandemia do coronavírus (Covid-19). Já está em vigor a isenção de ICMS, inclusive sobre importação, sobre medicamentos, produtos e equipamentos médicos e hospitalares que estejam relacionados à pandemia, até setembro deste ano. O objetivo é baratear os custos para a aquisição de insumos necessários ao enfrentamento do Covid-19. A proposta foi elaborada pela Bancada do MDB na Alesc e transformada na Lei 17.930, de 14 de abril de 2020. Também já está em vigor a suspensão temporária do envio de certidões para protestos de débitos inscritos em dívida ativa tributária ou não. A medida vai valer inicialmente por 90 dias, mas será prorrogada enquanto perdurar o estado de calamidade pública em Santa Catarina. A proposta foi elaborada pelo suplente Ulisses Gabriel (PSD), que substituiu o deputado Milton Hobus (PSD) por 60 dias, entre fevereiro e abril deste ano, e transformada na Lei 17.929, de 13 de abril de 2020.

Diretor: Carlos Bittencourt | carlos@bteditora.com.br Redação: 3344.8607 Reportagem e edição: Joca Baggio Diagramação: Solange Maria Pereira Alves (0005254/SC) solange@bteditora.com.br O Jornal do Bairros é uma publicação da empresa Letras Editora Ltda. (ME), com sede na Rua Anita Garibaldi, 425 Centro – Itajaí –SC. CNPJ: 03.334.705/0001-33 Telefone: (47) 3344.8600 Site: www.jornaldosbairros.tv

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Economia WWW.JORNALDOSBAIRROS.TV

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Os gigantes estão chegando em Itajaí! Nova etapa de manobras especiais com navios de até 350 metros de comprimento estão previstas para iniciarem em maio.

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Marinha autorizou e regulamentou a próxima etapa de manobras especiais previstas para ocorrer no início do mês de maio e consequentemente nos meses seguintes na área da nova Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí, que agora vão começar a receber navios de até 350 metros de comprimento de 48,50 de boca, incluindo-se dentro de um cronograma de navios que já operam na costa brasileira. Aguarda-se uma data certa para a realização da primeira manobra, mas até lá, a expectativa já é intensa segundo Marcelo Salles, superintendente do Porto de Itajaí. “São embarcações de grande porte prestes a atracar em nosso complexo. Navios da classe de 337 com 48,5 metros de largura, que mudarão nosso padrão operacional. Estamos dando mais um passo para garantir o futuro do Complexo Portuário de Itajaí e assim nos enquadrarmos no mesmo nível de competição com os outros portos nacionais. Dentro do que podemos oferecer, manutenção de dragagem, reconstrução e realinhamento de berços, sinalização náutica, cuidados com o meio ambiente, entre outras especialidades, modestamente afirmo que não podemos ficar de fora do mercado e muito menos pensar em perder linhas ao qual já sinalizavam com a chegada desses navios maiores. Sendo assim, continuamos ativos e desde já preparados pelo que virá num futuro não tão distante”, ressalta Salles. Assim como foram realizadas as 12 primeiras manobras especiais na primeira etapa, também se estudam mais 12 manobras de mesma categoria, ou seja: de acordo com os parâmetros operacionais deste tipo de navegação, serão 06 manobras de saídas e mais 06 manobras de entradas de ré no canal interno, com giros anteriores ou posteriores na área da nova Bacia de Evolução. “A liberação para as manobras dos navios de até 350 metros de comprimento na nova Bacia de Evolução do Complexo Portuário do Itajaí representa um enorme avanço para a economia de Santa Catarina, sobretudo no atual contexto. Teremos agora um dinamismo ainda maior no segmento portuário e em toda a cadeia logística, proporcionando melhores condições operacionais e alternativas às linhas de navegação, estimulando o desenvolvimento econômico e gerando empregos. A infraestrutura adequada estimula a expansão da atividade portuária, proporcionando segurança e eficiência ”, pontua Osmari de Castilho Ribas, Diretor Superintendente Administrativo da Portonave. De acordo com o plano de ações estruturantes do complexo portuário de Itajaí, no que compreende sua readequação do acesso aquaviário, o valor total investido nesta primeira etapa da obra foi de R$ 174,6 milhões, sendo R$ 129 milhões oriundos do Governo do Estado de Santa Catarina através da Secretaria de Estado da Infraestrutura, R$ 40,1 milhões da do

Porto de Itajaí e R$ 5,5 milhões da Portonave (Porto de Navegantes). A nova Bacia de Evolução, nesta primeira etapa, contempla 500 metros de diâmetro e profundidade de 14,00 metros. A primeira manobra especial foi realizada em 16 de janeiro e houve ampla divulgação pela Autoridade Portuária e demais envolvidos. Considerada um momento histórico para a atividade portuária do complexo local, este tipo de manobra ganhou destaque inédito na América do Sul, e consequentemente todas as outras manobras foram realizadas com sucesso. “Sem dúvida este é mais um degrau que estamos subindo. Todo esse planejamento, para concretizar e consolidar a nossa nova Bacia de Evolução, já concluída nessa fase inicial, onde o complexo já atende hoje navios de 306 metros e 48 de boca, entra em fase agora como grande objetivo, receber navios acima de 337 metros ou dentro destas dimensões, cujo os mesmos já navegam pela costa brasileira. Em termos de história do Porto de Itajaí, esse momento é muito significativo, ou seja, nesses 40 anos que estou aqui no porto seria o ápice de uma carreira, porque na realidade ao longo desses anos, a gente vem buscando atender os desafios que são colocados para nosso porto e nosso complexo, atender a demanda desses navios que foram crescendo então será exatamente um momento muito importante”, comemora Heder Cassiano Moritz – Diretor Geral de Operações Logísticas da Superintendência do Porto de Itajaí. O local onde hoje estão sendo realizadas as manobras especiais (Baia Afonso Wippel – Saco da Fazenda), foi escolhida por um dos práticos mais antigos do quadro efetivo da Praticagem de Itajaí. As condições que o estuário local oferece, desde as boas condições da lâmina de água, juntamente com a infraestrutura do complexo portuário disponíveis, foram essenciais para o desempenho e amplo conhecimento aplicados na nova área da Bacia de Evolução: “Houve uma sinergia muito grande entre todos os envolvidos para o sucesso destas manobras especiais em serem realizadas aqui no Complexo Portuário de Itajaí. São 17 Práticos, todos altamente profissionais, aptos e gabaritados que se aperfeiçoaram para enfrentarem as atuais condições operacionais. Em fevereiro do ano passado, 12 práticos estiveram em Rotterdam (Holanda), e, na oportunidade participaram de diversos treinos que foram primordiais para este ciclo de manobras, assim como os demais práticos, mais cinco, que foram também treinados aqui em Itajaí. Estamos contribuindo para a vinda de maiores embarcações e acima de tudo cumprindo todos os requisitos e níveis de segurança de navegação”, destacou Wallace Siqueira Bezerra– Presidente Praticagem. O Complexo Portuário de Itajaí é o segundo maior movimentador de con-

têineres do país. Somente com base nos números de 2019, seus dados estatísticos bateram o próprio recorde de movimentação de TEU’s (Twenty Foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés de comprimento), em relação a 2018 quando foram contabilizados 1.232.824 contêineres, destacando um aumento de 7% - Na tonelagem, o aumento foi de 6% com 13.621.567 toneladas, e nas atracações, o aumento foi de 7% com 1068 navios atracados.Com a projeção das manobras especiais sendo evidenciadas, o momento já é um marco histórico para o Complexo Portuário de Itajaí, pois, com o apoio e união de forças de diversos envolvidos, não faltam motivos para comemorar a vinda de navios de grande porte: “A nova Bacia de Evolução é um marco histórico para o Complexo Portuário de Itajaí e é fundamental para atingirmos o próximo nível de competitividade da região. A possibilidade de atender os navios maiores significa manter Itajaí na rota das principais linhas globais e permitirá que nossos clientes agreguem ainda mais valor às suas operações. Nosso grupo tem buscado tornar-se um verdadeiro integrador de logística e estamos muito animados para abraçar essa jornada. Aproveito também para parabenizar o excelente trabalho feito pela Autoridade Portuária, Praticagem de Itajaí e pelos Terminais APM Terminals e Portonave para o sucesso deste projeto”, destaca Aristides Russi Junior, Diretor Superintendente da APM Terminals. O Complexo Portuário de Itajaí representa 70% da balança comercial do Estado e 5% da balança comercial do país. Para o Prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, o momento é motivo de orgulho e satisfação, e acima de tudo, de reconhecimento por todos que diariamente trabalham em prol do crescimento do Porto de Itajaí e do complexo portuário num todo: “Nestes mais de três anos em que estamos a frente, pudemos notar que o Porto de Itajaí e seu Complexo num todo, está trabalhando de forma plena. Precisamos manter a união de forças e assim dar

segurança para esta atividade econômica. Já demos o primeiro passo com a entrega das obras da nova Bacia de Evolução e hoje o resultado está aí para todos virem. Que venham estes navios e consequentemente no futuro estaremos preparados para receber navios maiores ainda, pois Itajaí não pode ficar de fora da atividade portuária nacional e internacional”. 2ª etapa das obras da Bacia de Evolução (navios de 366 a 400 metros de comprimento): Em setembro de 2019, membros da Superintendência do Porto de Itajaí, APM Terminals, Portonave, Prefeitura Municipal de Itajaí, Câmara de Vereadores de Navegantes, Associação Empresarial de Navegantes, representantes de entidades de classes e de demais instituições públicas e privadas, estiveram reunidos com Senadores e Deputados Federais que representam o Fórum Parlamentar Catarinense na sala de reuniões das Comissões da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC). Na oportunidade foi entregue uma “Carta de Apoio Institucional para dar início pela2ª Etapa das Obras de adequação nos acessos aquaviários do Complexo Portuário de Itajaí. O documento destaca a realidade dos compromissos assumidos pelo Governo Federal e as discussões para viabilização e processo licitatório da obra. Com o término da primeira etapa das obras em agosto do ano passado, dada a sua importância e dimensão para executar a segunda etapa da implantação da nova bacia de evolução para atender navios de até 400 metros de comprimento e 65 metros de largura, já possui previsão de recursos da União de aproximadamente R$ 250 milhões, previstos no Plano Plurianual (PPA - Ministério da Infraestrutura) de 2020 a 2023. A obra também já está projetada e licenciada ambientalmente. Concluída as obras da segunda etapa, o Complexo Portuário de Itajaí poderá operar com navios de até 366 metros de comprimentos e 51 metros de boca (largura), podendo receber embarcações de até 400 metros de comprimento.


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CORONAVÍRUS

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Fecam pede transparência ao governo do estado em relação à pandemia Municípios desconhecem estratégia estadual de saúde no combate ao Coronavírus e solicitam participação no planejamento em saúde

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Sistema FECAM se posicionou como parceiro político e social das autoridades catarinenses desde a primeira hora de enfrentamento estadual do COVID-19, fixando colaboração, fornecendo apoio e constituindo orientação às suas bases e mediação social ao longo dessas duras semanas. Nessa tarefa de urgência, a FECAM destacou representantes que foram ouvidos unicamente em temas econômicos, apesar da manifestação e expectativa da FECAM em debater estratégias de saúde. Sem sucesso na empreitada específica de debater a gestão da infraestrutura em saúde e plano emergencial de reação, a FECAM comparece agora para convocar as autoridades sanitárias estaduais para esta tarefa coletiva e central, registrando as expectativas dos administradores locais sobre a rede de infraestruturas e ações para atender com eficácia a população catarinense. Os administradores locais e suas equipes de saúde carecem de esclarecimentos sobre o plano de ação do Governo Estadual para alinhar os trabalhos nas unidades de saúde dos municípios e a dinâmica estadual. A falta de diálogo entre as autoridades políticas sanitárias estaduais, os gestores municipais, as estruturas de apoio em saúde e a rede hospitalar filantrópica no Estado de Santa Catarina comprometem a preparação das estruturas municipais e sua integração em plano estadual. Falta transparência quanto a informações essenciais em saúde! Os municípios não têm acesso aos estudos científicos que embasam a tomada de decisões das autoridades estaduais. Todos os apelos até aqui empreendidos pela FECAM na direção do estabelecimento de parceria e diálogo efetivos para a formulação de estratégias regionais de saúde para o enfrentamento da pandemia foram ignorados nas últimas semanas. Os municípios catarinenses não querem receber informações sobre a decretação de medidas sanitárias por meio da imprensa, como aconteceu com a última decretação unilateral de estado de cala-

midade pública. A participação direta em decisões de saúde é indispensável para preparar as administrações locais em plano jurídico, administrativo e para a efetividade das medidas. O Sistema FECAM compreende a importância das informações para a imprensa por meio da tecnologia em tempos de pandemia, mas não concorda que gestores municipais sejam surpreendidos por posições e declarações do Governo via coletivas de imprensa. Já é tempo para que o Estado compreenda que os processos políticos exigem diálogo e construção efetiva, permanente e integrada. Como exemplo prático, a FECAM exige que os mandatários catarinenses sejam tratados com dignidade e consideração. Episódios como o registrado em Lages, em que a autoridade máxima do município foi impedida de adentrar em unidade hospitalar instalada no município, é inaceitável e merece repúdio por parte da FECAM. Em viés propositivo, a FECAM recomenda a desconcentração dos processos decisórios, o diálogo continuado e a inclusão dos atores locais e regionais, cuja articulação e participação é imprescindível à adoção de medidas adequadas frente aos colossais desafios que se apresentam à sociedade catarinense. As autoridades estaduais restringem o acesso aos dados técnicos e científicos sobre a extensão da propagação do contágio no Estado e sobre os efeitos decorrentes das medidas de mitigação até aqui implementadas. Na opinião da FECAM, a opacidade na forma da condução das ações provoca insegurança aos envolvidos em geral e riscos que podem recair sobre as autoridades estaduais em face da responsabilidade sobre os efeitos da pandemia e mesmo sobre os cadáveres que seremos obrigados a enterrar nos municípios catarinenses. Não há caminho possível (e responsável) que não passe pelo estabelecimento de arranjos produtivos, de parceria e de concatenação de esforços. Afinal de contas, a pandemia não tem ideologia e não escolhe suas vítimas. Definitivamente, os

desafios em saúde precisam ser partilhados e enfrentados com maior integração. Cumpre à FECAM informar à sociedade catarinense que os mandatários locais, a duras penas, têm tomado decisões difíceis, não deixando de assumir sua responsabilidade na gestão da crise em seus Municípios em áreas essenciais, como saúde, educação e assistência social. Os Municípios têm investido seus parcos recursos financeiros na preparação da logística e infraestrutura para atender a população. Isoladamente ou em consórcios com outros Municípios e entidades associativas, eles têm se esforçado na aquisição de insumos, na preparação de infraestrutura de atenção à saúde e de orientação à população. No entanto, os recursos financeiros dos Municípios são limitados, assim como suas competências constitucionais para implementação de ações de vigilância sanitária e de saúde. O Estado de Santa Catarina precisa assumir COM RESPONSABILIDADE suas atribuições e cumprir com seu mister de agir com transparência nesse momento de crise. É por estas razões que, através da presente nota:  A FECAM exige o imediato e irres-

trito acesso a dados, informações e pesquisas técnicas e científicas que têm embasado o processo de tomada de decisões técnicas e políticas por parte do governo estadual. O acesso a dados possibilita que as autoridades sanitárias locais possam fundamentar adequadamente suas decisões, representando medida imprescindível para que os gestores locais garantam a implementação de ações de proteção de sua população.  A FECAM convoca as autoridades sanitárias estaduais para que, em definitivo, constituam fóruns regionais de construção de estratégias articuladas de ação de enfrentamento da pandemia, envolvendo as Associações de Municípios, os consórcios e os prefeitos, como único caminho possível para otimizar os esforços e maximizar o pleno aproveitamento de estruturas locais de saúde, destacadamente, o aproveitamento dos inúmeros hospitais públicos e comunitários.  O municipalismo apresenta-se disponível para auxiliar nas ações de integração das estruturas regionais em saúde e roga à autoridade estadual para que implemente essa prática integradora e colaborativa que ampliará os já vigentes esforços de municípios, regiões e consórcios no enfrentamento da pandemia.

Senai ainda tem vagas para curso técnico ead em segurança no trabalho O curso técnico EaD em Segurança no Trabalho, iniciou no dia 20 de abril, ,as ainda permite ingresso de novos alunos até 4 de maio. Com esse curso, o aluno se torna um profissional qualificado para orientar tecnicamente o cumprimento das legislações aplicáveis à saúde, à segurança do trabalho e ao meio ambiente. Além disso, pode trabalhar na análise dos riscos de doenças do trabalho, emitindo parecer

técnico e propondo medidas de prevenção e controle de acordo com as normas vigentes. É importante destacar que, o curso está com 20% de desconto em todo o primeiro semestre nesse período de pandemia. Porém, as vagas são limitadas. Para fazer a inscrição, basta entrar em contato via whatsapp com a unidade do SENAI em Itajaí (47) 98437-1137


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Iniciadas as obras na rua Juvenal Garcia

Thiago Caminada

Via se ligará até a rua Brusque para as obras de mobilidade em Itajaí

Comunicado: Prazo final para retirada de cestas básicas O Município de Itajaí, por meio do Fundo Municipal de Recebimento de Doações para Enfrentamento do COVID-19, informa que sexta-feira (24) é o prazo final para retirada de cestas básicas às famílias cadastradas. Todos que se cadastraram devem verificar no site doacoes.itajai.sc.gov.br se o pedido foi deferido e retirar os donativos das 8h às 20h, conforme consta na liberação do cadastro.

Depois dos processos de desapropriação e demolições na região das ruas Brusque e Juvenal Garcia, no Centro de Itajaí, as obras para a abertura da via iniciaram na semana passada. O novo trecho de quase 200 metros de extensão da rua Juvenal Garcia faz parte das transformações na mobilidade urbana em Itajaí. As obras iniciaram pela implantação dos tubos de drenagem. A nova ligação até a rua Brusque possibilitará a execução de um binário

Fundação Cultural produz mais de 500 máscaras reutilizáveis para doação Máscaras foram confeccionadas pelos professores do Arte nos Bairros e servidores da cultura para auxiliar na prevenção ao coronavírus

entre as ruas Juvenal Garcia e Brusque. O sistema melhora a mobilidade urbana ao diminuir os deslocamentos e aumentar a segurança. Outro binário se interligará no trecho de cruzamento da rua Juvenal Garcia com a Brusque: o binário das ruas Alberto Werner e José Eugênio Müller. Os próximos passos da obra serão a pavimentação, calçadas e sinalização. A conclusão dos trabalhos está prevista para junho deste ano.

Itajaí ganha recuperação de pavimento e pinturas nas ruas Mais de 30 mil metros cúbicos de asfalto são utilizados no calçamento

rente, por conta própria. Depois, distribuímos tarefas e, de suas casas, cada uma desempenha uma etapa da confecção das máscaras”, conta Regina Lorenço, professora de artesanato do programa Arte nos Bairros. Para produzir as máscaras, a Fundação Cultural contou com a doação de tecidos. Os materiais vieram, em sua maioria, de outras áreas artísticas, como o teatro, música, dança, entre outros, além de empresas de Itajaí. “É uma forma de ajudarmos na prevenção ao coronavírus no município. Além de ser muito gratificante poder contribuir em um momento como esse, é uma honra poder ajudar”, afirma a servidora da Fundação Cultural, Danielle Dias. A cada metro de tecido, doze máscaras são produzidas e entregues ao município. A Fundação Cultural está recebendo doações de materiais. Se você quer apoiar, pode entrar em contato pelo telefone (47) 99700-0521. Se puder, fique em casa. Se sair, proteja-se.

O serviço é chamado de fresagem. A técnica consiste no uso de uma máquina para retirada do asfalto comprometido e deixar o solo uniforme para receber o novo pavimento. Depois da raspagem e limpeza da superfície, um novo asfalto é colocado de maneira uniforme. As ruas Blumenau, Felipe Reiser, Heitor Liberato e a Contorno Sul já receberam a técnica. Já a rua Luiz Lopes Gonzaga, no São Vicente, tem previsão de encerramento dos trabalhos na próxima semana.

Thiago Caminada

Carolina Copello

Servidores da Fundação Cultural de Itajaí e professores do programa Arte nos Bairros se uniram em prol do enfrentamento ao novo coronavírus. A equipe produziu e entregou nesta quarta-feira (22) uma remessa de 550 máscaras de tecido. As máscaras reutilizáveis serão doadas pela prefeitura à população, por meio das unidades básicas de saúde. “Entregamos o material ao prefeito sabendo da necessidade e da importância nesse momento. As máscaras reutilizáveis são um reforço na prevenção ao coronavírus. A colaboração de todos é necessária para combater este novo vírus”, comenta o superintendente administrativo das Fundações, Normélio Pedro Weber. A ação iniciou com a produção individual de professoras do artesanato do Arte nos Bairros. Atualmente, uma equipe com 30 pessoas trabalha incansavelmente para cortar, costurar, passar, embalar e distribuir as máscaras dupla face reutilizáveis. “Começou com cada professora de artesanato fazendo para um grupo dife-

O Município de Itajaí investiu na recuperação do asfalto de cinco grandes vias na cidade. As ruas Blumenau, Luiz Lopes Gonzaga, Felipe Reiser, Heitor Liberato e um trecho da avenida Abrahão João Francisco (Contorno Sul) receberam uma nova pavimentação. Ao todo, o serviço supervisionado pela Secretaria Municipal de Obras deposita nas ruas de Itajaí mais de 30 mil metros quadrados de asfalto. O investimento nessas ruas ultrapassa R$ 1,7 milhão e a previsão é retomar uma nova fase da recuperação ainda este ano.


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CORONAVÍRUS

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Gripe, febre e coronavírus são diferentes mas os sintomas são parecidos, por isso é preciso atenção O Brasil está no seu período de outono e é a partir dessa estação do ano que a temperatura cai na maior parte do país, principalmente do Centro-Oeste ao Sul do Brasil. Por causa disso, nesse período aumentam os casos de pessoas com doenças respiratórias

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Brasil está no seu período de outono e é a partir dessa estação do ano que a temperatura cai na maior parte do país, principalmente do Centro-Oeste ao Sul do Brasil. Por causa disso, nesse período aumentam os casos de pessoas com doenças respiratórias. É justamente aí que se enquadra o coronavírus, então todo cuidado é pouco para se proteger contra essa doença. E para que você entenda a diferença entre gripe, resfriado e coronavírus, ouça a explicação da médica pneumologista da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Patrícia Canto Ribeiro. “São manifestações clínicas semelhantes: febre, dor de garganta, tosse, então você não consegue diferenciar pela parte clínica. O que é uma característica desse vírus é que ele acomete o pulmão, um sinal de gravidade é a falta de ar, que a gente chama de dispnéia. então, nesse momento, os sinais de saúde ficam em alerta porque esse é um possível caso de coronavírus. Nesse momento em que nós estamos vivendo essa pandemia, as

pessoas que tenham esses sintomas, elas devem manter o isolamento porque essas pessoas podem estar com coronavírus, mas não podemos correr o risco de ter uma pessoa infectada e que saia da sua casa correndo o risco de infectar muitas pessoas”. Segundo o Ministério da Saúde, a transmissão acontece de uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de toque do aperto de mão, gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro e objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas, brinquedos, teclados de computador, entre outros. Por isso, não abra mão da distância mínima de 2 metros entre você e as outras pessoas nos estabelecimentos comerciais, além do uso de máscara. Lave bem as mãos e faça uso do álcool em gel depois de manusear objetos e equipamentos. A melhor forma de evitar o coronavírus é se protegendo. Se você tem dúvida se está com coronavírus, basta ligar para 136 ou acessar no chat pelo site saude. gov.br/coronavírus.

AMFRI e 99 firmam parceria com mil corridas para transportar profissionais da saúde e da assistência social na Região Com objetivo de apoiar as prefeituras da região no combate à pandemia do Covid-19, a Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (AMFRI) anuncia parceria com a 99, empresa de mobilidade urbana, para transporte de profissionais de saúde e assistência social dos 11 municípios da AMFRI. A empresa parceira da associação disponibilizará, de forma gratuita, mil corridas pela plataforma para ajudar nas ações de enfrentamento do Covid-19. O presidente da AMFRI e prefeito de Balneário Piçarras, Leonel José Martins, ressalta as regras para uso de cupons definidas pela associação. “Os vouchers serão destinados exclusivamente para profissionais da Saúde e da Assistência Social, sendo que a doação será dividida proporcionalmente ao número de habitantes por município. Agradecemos a 99 pela atitude, contribuindo com o movimento

de solidariedade em prol de toda a nossa sociedade”, finaliza. A disponibilização dos cupons, cada um no valor de até R$ 15,00, ocorrerá em duas etapas: os primeiros 500 foram disponibilizados nesta quarta-feira (22) e outros 500 serão disponibilizados posteriormente, conforme utilização e demandas dos municípios. A distribuição desses cupons será administrada pelas Secretarias Municipais de Saúde e Secretarias Municipais de Assistência Social de cada município. “Nesse momento delicado, em que toda a sociedade se une para lutar contra o novo coronavírus, a 99 não podia deixar de colaborar. Além de colaborarmos no transporte de profissionais de funções essenciais, é uma forma de ajudar a manter a renda dos nossos parceiros, pois sabemos a importância que esse ganho tem para todos”, afirma Livia Pozzi, gerente de operações da 99.

Brasil tem mais de 400 mortes por covid-19 em 24 horas Segundo dados do Ministério da Saúde, 25,3mil pessoas conseguiram se recuperar da doença no Brasil O Brasil teve 407 novas mortes nas últimas 24 horas em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), o maior número neste período desde o início da contagem. No total, o país soma 3.313 óbitos e 49.492 mil casos confirmados da doença. A atualização foi divulgada na tarde de ontem, quinta-feira (23), pelo Ministério da Saúde. As novas mortes marcaram um aumento de 14% em relação a ontem quando foram registrados 2.906 falecimentos. O percentual de acréscimo foi mais do que o dobro do divulgado ontem em relação a terça-feira, de 6%. Já a quantidade de pessoas infectadas teve uma elevação de 8,2% em relação a ontem, quando foram contabilizados 45.757 pacientes nessa condição. São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (1.345). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (530), Pernambuco (312), Ceará (266) e Amazonas (234).


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Internacionalização é uma forma de elevar a competitividade do micro e pequeno negócio

A

internacionalização das empresas vai representar a melhoria de sua competitividade também no mercado interno. Por isso, se torna estratégia fundamental para as organizações, incluindo o micro e pequeno negócio. Esta foi a principal conclusão do webinar “A internacionalização como estratégia para aumentar a competitividade dos pequenos negócios perante a pandemia da Covid-19”, um debate online promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Santa Catarina (Sebrae-SC), nesta quinta-feira, dia 23. Mais de seis mil pessoas assistiram ao evento, que ainda pode ser visto no endereço sebrae.sc/webinar-internacionalizacao. Um dos participantes do seminário online, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou que a pandemia do novo coronavírus está provocando transformações radicais em todo o mundo e que este é o momento de as empresas repensarem suas estratégias. Ele salienotu que a falta de uma política industrial no Brasil pode prejudicar o setor em sua retomada. “Santa Catarina é um estado que

tem vantagens e está muito mais preparado para ter uma corrente internacional do comércio”, afirmou Aguiar. “Precisamos depender cada vez menos da exportação de insumos e exportar mais produtos manufaturados”, apontou o presidente da FIESC. Ele constata ainda que uma das expressivas desvantagens brasileiras é o Estado obeso, inoperante, com uma carga tributária muito onerosa e que não traz resultados. O diretor superintendente do SEBRAE em Santa Catarina, Carlos Henrique Ramos Fonseca, lembrou que o segmento do micro e pequeno negócio representa 99% dos estabelecimentos empresariais no estado, responde por 35% do Produto Interno Bruto, mas contribui somente com 2% das exportações catarinenses. “Nós temos que reverter este número. A internacionalização do pequeno negócio está atrelada à melhoria da competitividade e produtividade; quando uma empresa está competindo no mercado internacional, ela ganha competitividade”, salientou. Fonseca observou que uma empresa internacionalizada não necessita obrigatoriamente fazer negócios no exterior. “Ela pode participar da cadeia global de valor

fornecendo para outra, que seja exportadora”, exemplificou. “Temos a sensação de que a vaca foi para o brejo, mas a vaca de todo mundo foi para o brejo; a vaca dos nossos concorrentes no exterior também foi para o brejo”, disse a empresária Maitê Lang, da fábrica de chocolates Nugali, de Pomerode. “Uma das vantagens de ser pequeno ou médio é a capacidade de adaptação, temos a leveza de sermos menores”, acrescentou. A empresária observou ainda que antes da pandemia a participação em feiras e mostras internacionais era um importante fator para as exportações. No entanto, exigia elevados investimentos, o que dificultava a presença das micro e pequenas empresas. Como esses eventos serão cancelados por um período, todas as empresas, de qualquer porte, precisam criar novas estratégias de vendas, o que gera, no entendimento da empresária, uma vantagem aos micro e pequenos empreendedores. A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, é entusiasta da ideia de que a internacionalização tem que ser encarada, por empresas de qualquer porte, como

sinônimo de competitividade. “E competitividade é o conjunto de variáveis do ambiente interno de cada empresa, ou seja, seus pontos fortes e fracos, vantagens competitivas, gestão de recursos financeiros, estratégias”. Para ela, a necessidade de redução de custos é cada vez mais incontestável. Além disso, Maitê Bustamante entende que deve ocorrer uma chamada imediata do desenvolvimento de fornecedores do mercado interno. Mas as empresas precisam desenvolver vantagens competitivas sustentáveis ao longo do tempo. “Ninguém vai continuar fazendo negócios como fazia antes, pois o consumidor é outro. A cultura do consumidor se adapta muito mais rapidamente do que a do empresário”, afirmou. “Pensar de forma diferente, significa entender o momento, ter uma visão de futuro entendendo o momento atual”, acrescentou. O moderador do debate, Filipe Galotti, gerente de internacionalização do SEBRAE-SC, destacou que as duas entidades – FIESC e Sebrae – têm a proposta de unir forças no fortalecimento das exportações de grandes e pequenas empresas do Estado.


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