![](https://assets.isu.pub/document-structure/201110185819-20defaf77db05d96067b69ca39858794/v1/b8af5e4e13fb7aff06d28344090d8c0f.jpg?width=720&quality=85%2C50)
5 minute read
China representa 80
China representa 80% dos negócios de importação e exportação de trade catarinense
Soja e milho são os produtos mais exportados para o mercado chinês, hoje, o primeiro maior destino das exportações de Santa Catarina. Já na importação, os painéis solares estão no topo da lista dos produtos mais trazidos para o Brasil pela Tek Trade
Advertisement
Ocomércio bilateral entre Brasil e China ultrapassou os US$ 100 bilhões em 2020. A China é hoje uma das principais fontes de lucro estrangeiro do Brasil, com investimento total de quase US$ 80 bilhões. O mercado chinês também é o primeiro maior destino das exportações catarinenses. Só a Tek Trade, empresa especializada em comércio exterior com sede em Balneário Camboriú (SC), possui a maior porcentagem de importação e exportação com o país asiático, atualmente em 80% do total de negócios. “Até pouco tempo os Estados Unidos ocupavam o primeiro lugar em comércio com o Brasil, mas a China ultrapassou e é hoje o país que mais possui negócios com o Brasil e, com certeza, temos muito a crescer nesse mercado”, informa Rogério Marin, diretor da Tek Trade. Atualmente a empresa mantém um grande volume nas exportações para a China, principalmente de commodities, em maior volume a soja, seguido pelo milho, madeira e, mais recentemente o óleo de amendoim. “Apesar de estarmos passando por uma série de restrições geradas pela Covid-19, que mudou a posição política e a imagem da China no mercado mundial, isso não muda o fato de que o Brasil produz muita proteína animal e vegetal e o maior consumidor de proteína no mundo é a China, com uma população de 1,3 bilhão de pessoas”, complementa Marin. Além do Brasil, EUA e Rússia são os maiores produtores de proteína vegetal e animal do mundo, principalmente a soja e o milho usados para a alimentação de bovinos e suínos, o que gera um superávit expressivo possibilitando a venda para o país asiático em grande escala. “Por isso, não é interessante para o Brasil uma briga comercial com a China, pois nossa balança comercial é muito positiva, são eles nossos maiores compradores de soja, milho e minerais”.
Painel solar Os painéis solares, que vem despertando o interesse e se desenvolvendo cada vez mais no Brasil, são importados da China, que detêm 99% do mercado mundial de módulos fotovoltaicos. Atualmente, o governo brasileiro zerou o imposto de importação para equipamentos solares, o que deve impulsionar ainda mais o mercado de energia solar no país. “A redução do custo deve estimular a criação de novos projetos tanto residenciais quanto empresariais. Mesmo quem não é do ramo percebe, analisando os números, que vale a pena investir em um sistema como esse. Devemos ter um incremento de 7% do volume de placas importadas no segundo semestre deste ano, se comparado com o mesmo período de 2019”, afirma Sandro Marin, também diretor da Tek Trade. Até pouco tempo os Estados Unidos ocupavam o primeiro lugar em comércio com o Brasil, mas a China ultrapassou e é hoje o país que mais possui negócios com o Brasil e, com certeza, temos muito a crescer nesse mercado
Sobre a Tek Trade A Tek Trade é uma empresa catarinense e atua há mais de 10 anos no ramo de importação e exportação no Brasil. É membro fundador do SINDITRADE – Sindicato das Empresas de Comércio Exterior do Estado de Santa Catarina. Com milhares de operações de importação e exportação realizadas com sucesso, a Tek Trade detém todo o conhecimento necessário para operar em comércio exterior com eficiência atendendo de micro a grandes companhias.
Benefícios fiscais visíveis e impostos ocultos geram resistência à reforma tributária
Análise foi feita pelo economista Marcos Lisboa, em reunião on-line conjunta da Câmara de Assuntos Tributárias e do Conselho de Economia da FIESC
Areforma tributária enfrenta resistências no Brasil inclusive por setores econômicos que observam benefícios tributários que têm, mas não veem o imposto oculto que pagam. A afirmativa é do economista Marcos Lisboa, presidente do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda de 2003 a 2005. Ele proferiu palestra na reunião on-line conjunta da Câmara de Assuntos Tributários e do Conselho de Economia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). “Cada setor da economia conhece os benefícios tributários que possui, mas não confia na possível redução dos preços de insumos; então todos querem a reforma para os outros, mas não para o seu setor”, disse o economista. Ele salientou que, além de complexo e elevado, o sistema tributário brasileiro induz à preservação de empresas, setores ou atividades ineficientes, afetando a competitividade do Brasil em âmbito internacional. “A indústria é penalizada com uma carga tributária elevada, isso está representado na participação cada vez menor do setor na geração de riqueza do país”, salientou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. O empresário concordou com a opinião de Marcos Lisboa, quanto ao imposto oculto, que todos os segmentos pagam. Aguiar ressaltou ainda a necessidade de constante diálogo com o setor político, para se buscar uma reforma que, “se não for ótima, seja a melhor possível”. Marcos Lisboa defendeu o imposto sobre valor agregado, com alíquota única e aplicado ao consumo – em um modelo simples de cálculo, em que a empresa soma o valor de suas vendas e deduz o das compras. Na opinião dele, esse modelo não distorce preços relativos (o preço de um bem em relação aos demais), o que ele considera fundamental para o país voltar a crescer. Ele destacou que a reforma tributária enfrentará dificuldades de caráter técnico e de caráter político. O aspecto técnico envolve a complexidade do sistema atual. “O nível de distorção é assustador, ninguém sabe quantos regimes especiais existem hoje; por isso, é importante um período de transição suave, em que setores e empresas vão se ajustando". Já o aspecto político está associado às resistências de segmentos que percebem seus benefícios, mas não acreditam na redução geral dos custos a partir da reforma. O debate teve a participação dos empresários Carlos Rodolfo Schneider (presidente do grupo H. Carlos Schneider), José Carlos Sprícigo (presidente da Librelato Implementos Rodoviários) e José Altino Comper (presidente da Círculo), além do economista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina Pablo Bittencourt, e dos presidentes da Câmara de Assuntos Tributários e do Conselho de Economia, respectivamente Evair Oenning e Alfredo Piotrovski.
Marcos Lisboa (na tela) defendeu imposto sobre valor agregado, com alíquota única e aplicado ao consumo. Foto: Filipe Scotti
![](https://assets.isu.pub/document-structure/201110185819-20defaf77db05d96067b69ca39858794/v1/3dd12ac184f8e8904bfec32f6e1bcc39.jpg?width=720&quality=85%2C50)
A indústria