JORNAL ESPECIAL DA 370 FESTA DO COLONO - JULHO 2022
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FOTOS: ARQUIVO PMI
Uma festa de raízes!!
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“É uma alegria para nós retomar as festividades que homenageiam os homens e as mulheres do campo, após dois anos de suspensão por conta da pandemia. A 37ª edição da Festa Nacional do Colono vem para valorizar toda essa gente trabalhadora e o nosso interior, que é uma área de grandes riquezas e belezas. A festa também oportuniza que toda população de Itajaí e de outros municípios possa conhecer mais sobre as tradições, gastronomia típica, e ainda participar de uma programação musical e cultural para toda família”, destaca o prefeito de Itajaí Volnei Morastoni.
Festa Nacional do Colono celebra o trabalho dos colonos de Itajaí e já é marca registrada no calendário oficial de comemorações da cidade. O evento valoriza a agricultura e todas as comunidades rurais de Itajaí, com a preservação das tradições coloniais. Os primeiros registros da festa em homenagem ao agricultor estão relacionados à Associação Rural. A Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento realizava, por volta de 1966, uma missa de ação de graças voltada aos colonos. A partir de 1967, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais promovia uma festa anualmente em homenagem ao Dia do Colono. O ano de 1971 foi o primeiro a contar com uma Rainha, cuja festa foi realizada no Parque Dom Bosco e organizada pelo mesmo sindicato. Já em julho de 1981, ocorreu a primeira edição da Festa do Colono organizada pelo Município de Itajaí. O local escolhido foi o salão e campo de futebol de José Dallago, na comunidade do Quilômetro 12. Desde então, todas as edições do evento foram organizadas pela Prefeitura de Itajaí, por meio da Secretaria Municipal da Agricultura e Expansão Urbana. Os festejos eram itinerantes, conforme interesse de cada comunidade em sediar o evento, realizar as atividades gastronômicas e venda de bebidas. Desta forma, as celebrações já foram realizadas na Itaipava, Brilhante, Volta de Cima e Baía. Em 1994, realizou-se a primeira Expofeira de Gado. O evento adquiriu importância e ranqueou várias raças de animais nacionalmente. No mesmo ano, a prefeitura adquiriu uma área de terras na localidade da Baía, onde hoje funciona o Parque Municipal do Agricultor de Itajaí e a partir de quando todas as festas passaram a acontecer. Os pontos altos da festa são a gastronomia, cultura, tecnologia agrícola e entretenimento. Isso se reflete nas comidas típicas, apresentações musicais e artísticas, exposições de animais e máquinas. São quatro dias de diversão para toda a família em um local agradável e seguro. Arraial dos Cunha, Baia, Brilhante I, Brilhante II, Campeche, Canhanduba, Espinheiros (Portal I e II, Santa Regina e São Francisco de Assis), Espinheirinhos, KM 12 (Quilômetro Doze), Laranjeiras, Limoeiro, Paciência, Rio do Meio, Rio Novo (Colônia Japonesa), Salseiros, São Roque e Volta de Cima são as comunidades da área rural. O bairro Itaipava mantém os aspectos rurais, mas já está incluso na área urbana. Os locais dispõem de riqueza cultural e belezas naturais com características únicas.
Jornal Especial da Festa Nacional do Colono
Produzido por Editora Bittencourt Rua Anita Garibaldi, 425 - Centro Itajaí - SC Diretor: Carlos Bittencourt - (47) 98405-8777 Comercial: Rosane Fagundes - (47) 99914-3901 Rose de Souza - (47) 98415-8773 Distribuição: Município de Itajaí - centro e áreas rurais - e municípios da AMFRI Fotos e histórico: Prefeitura Municipal de Itajaí
47 9 9604-6313
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A importância das comunidades rurais para a agricultura de Itajaí
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mbora não seja um município com uma grande área rural, em que a produção agrícola tenha uma importância fundamental no PIB de Itajaí, mais de 300 famílias de agricultores que estão distribuídas em diversas comunidades, são responsáveis pela produção de uma grande variedade de hortaliças, legumes, arroz, entre outras culturas, que geram um valor bruto em torno de R$ 30 milhões/ano. Além das famílias de agricultores, mais outras 280 atuam parcialmente na atividade, inclusive na produção de leite e gado de corte. Da colheita do principal produto agrícola de Itajaí, o arroz, participam cerca de 30 famílias de agricultores da cidade que estão envolvidas nesse trabalho. Outra atividade forte no município é a produção de hortaliças, realizada em várias comunidade
FOTOS: MARCOS PORTO
rurais. A produção tem sido suficiente para atender a demanda comercial de toda região, como também as necessidades públicas, já que grande parte da produção é comercializada para
escolas municipais, dando assim uma alimentação mais sadia aos nossos estudantes. Segundo o Secretário de Agricultura, César Reinhardt, a área rural além
de ser importante para o sustento das famílias de agricultores, também é para o município, pois na zona rural está o cinturão verde, com preservação das matas, que ajuda no equilíbrio do meio ambiente. A Secretaria de Agricultura tem uma relação direta com as comunidades rurais na medida que presta diversos serviços que ajudam no dia-a-dia do trabalho do agricultor e suas famílias. A patrulha mecanizada é destinada à prestação de serviços para pequenas e médias propriedades rurais, visando o aumento da produção e a diversificação dos sistemas produtivos, elevando a renda e consequentemente melhorando as condições de vida da população. As máquinas e tratores auxiliam no preparo, manejo e recuperação do solo das propriedades, bem como, prestando serviços de limpeza de valas e ribeirões nas comunidades rurais.
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FOTOS: ARQUIVO PMI
Centro Administrativo da Prefeitura, no bairro Arraial dos Cunha: quatro anos atendendo o homem do campo
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esde quando foi criado, em março de 2018, o Centro Administrativo do bairro Arraial dos Cunha já realizou mais de 5 mil atendimentos aos moradores da região. Ele foi criado com o objetivo de aproximar as comunidades rurais ao acesso de serviços básicos, até então com atendimento nas regiões centrais do município.A implantação do espaço localizado na Rodovia Antônio Heil, nº 11.320, foi uma reivindicação do meio rural de Itajaí. No Centro Administrativo funcionam serviços públicos básicos, que evitam o deslocamento dos moradores do lado oeste da BR-101 até o Centro da cidade. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h30, sem fechar para o almoço, e está sob a responsabilidade da Secretaria de Agricultura e Expansão Urbana. Funciona também no local o departamento de Infraestrutura e Serviços Urbanos e Rurais para resolver as questões relacionadas aos condomínios informais e as suas consequências, como a destinação dos resíduos e regularização fundiária.
Também é coordenado pelo Centro Administrativo, em parceria com a Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação, o Programa Lar Legal, que consiste em legalizar títulos de propriedade para famílias carentes residentes em áreas de ocupação consolidadas ou comunidades empobrecidas, sem condições financeiras, nem acesso à regularização por meio da Justiça comum. O programa já beneficiou mais de 500 famílias do interior de Itajaí. O espaço conta com uma agência do Correio que por meio do CEP rural 88319899, já distribuiu um pouco mais de 65 mil correspondências. Segurança Uma Base Comunitária de Segurança também funciona junto ao órgão e conta com a parceria da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual, Polícia Civil e a Guarda Municipal. Com atendimento das 14h às 20h, o local recebe denúncias, boletins de ocorrência, faz rondas nas localidades, entre outros serviços, o qual aproximou os órgãos de
segurança da comunidade rural e já atendeu mais de 1.000 ocorrências. Saúde Para apoiar as unidades básicas de saúde do meio rural (Parque do Agricultor, Brilhante, Limoeiro, São Pedro e Itaipava) o Centro Administrativo, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, implantou um posto de atendimento com um médico e uma enfermeira, que desde junho do ano passado, atendeu centenas de pessoas. O atendimento é das 8 às 12 e das 13 às 17 horas. Atendimentos em geral Através do Centro Administrativo, os moradores do interior têm acesso a serviços como: Balcão do Cidadão, Balcão do Emprego, agência dos correios (AGC), Departamento de Políticas Públicas, de Cidadania, Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental, que vincula contatos com as demais secretarias da Prefeitura e outros órgãos públicos no Município.
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Confira todos os serviços disponíveis - Fone: 3241.2837 Correio •Envio de Carta simples; •Envio de Carta registrada; •Envio de PAC (tudo que não vai em um envelope); •Recebimento de correspondências e •SEDEX (Mercado livre, entre outros). Balcão do Cidadão •IPTU (emissão da 2ª via/ cota única e parcelamentos); •Parcelamento de dívida ativa; •Emissão de espelho cadastra; •Consulta prévia de imóveis (análise
do que pode construir em terrenos e ou propriedades; •Emissão de nota fiscal avulsa; •Emissão de GTA; •Certidão negativa de débitos; •Regularização cadastral (número do imóvel pela planta Geo cadastral do município); •Parecer do INIS - para ligação de água e energia; •Balcão de emprego; •Emissão de boletos taxa de lixo (somente se estiver em dia); •Emissão de boleto patrulha
mecanizada; •Mudança de titularidade (IPTU); •Solicitação de manutenção para iluminação pública (lâmpadas queimadas e outros reparos); •Emissão da guia do ITBI; •Confecção do cartão do Idoso; •Espaço para Inclusão digital; •Emissão de 2ª Via do Semasa; •Solicitação de hora máquinas; •Solicitação de serviços de infraestrutura (ligação de esgoto, patrolamento, roçadas, caminhão cata treco, entre outros).
Base Comunitária de Segurança Pública •Boletins de ocorrência; •Denúncias diversas; •Orientações sobre segurança pública e trânsito; •Visitas preventiva ao crime; •Solicitação de rondas, entre outros. Base Atendimento à Saúde •Atendimento geral da população rural; •Programa Lar Legal (Regularização Fundiária); •ECOPONTO – temos o local para descarte de eletroeletrônicos, pilhas, lâmpadas e óleo; •Solicitação para numeração de imóveis; •Inclusão Digital – espaço e computador disponível para pesquisa e confecção de trabalhos escolares; Adesão do Programa Artes nos Bairros; •Adesão do Programa Itajaí Ativo; •Assessoria para a comunidade em geral em diversos segmentos.
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Representante do Brilhante I é a Rainha da Festa Nacional do Colono Além de Isadora Bissoni dos Santos, também foram eleitas as Princesas Camily Ceccon e Itauana Bernardy
A Rainha da Festa Nacional do Colono de Itajaí deste ano é Isadora Bissoni dos Santos, de 20 anos, que representou a comunidade do Brilhante I no concurso. O evento, que teve a participação de 18 candidatas das comunidades rurais de Itajaí ocorreu no salão do Parque do Agricultor, também elegeu as Princesas: Camily Eduarda Ceccon, 18 anos, do São Roque, e Itauana Dutra Bernardy, 16 anos, da Paciência. Após o desfile das candidatas e escolha da realeza, foi realizado um baile festivo com a Banda S/A, destinado aos familiares das candidatas, líderes rurais e autoridades. A Festa Nacional do Colono de Itajaí é considerada uma das maiores da cidade e consta no calendário oficial do Município e do estado de Santa Catarina.
MARCOS PORTO
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25 DE JULHO: DIA DO COLONO
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Concurso premiou seis pratos típicos Competição faz parte do calendário da 37ª Festa Nacional do Colono
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Município de Itajaí promoveu o 26º Concurso de Pratos Típicos. A competição gastronômica tem como objetivo valorizar a culinária do campo e contou com 10 pratos salgados e 13 doces. O concurso aconteceu no salão da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Entre a comissão julgadora, estavam especialistas e autoridades do Município e da Epagri. O prato vencedor da categoria Melhor Prato Típico Salgado foi a empadinha de aipim, produzida por Rosiane Merlo Adami, do bairro Paciência. A moradora conta que sempre participa do concurso e queria inovar, misturando o talento para fazer escondidinho com um prato diferente. “Não esperava vencer, já que a competição é sempre acirrada e conta com muitos pratos bons”, ressalta. A torta de frango com batata salsa e o nhoque de milho com molho de linguiça ficaram na segunda e terceira colocação, respectivamente. Já a receita vencedora do Melhor Prato Típico Doce foi o beijinho de arroz com recheio, preparado por Elisangela Tramontin, do bairro Itaipava. Em sua 7ª participação no concurso, a cozinheira contou com a ajuda das amigas para criar a receita e ficou surpresa com a vitória. “Estou preparando o prato há muito tempo, sempre aperfeiçoando algum detalhe. Vou inovando toda vez que participo”, destaca. A segunda posição ficou com a toalha felpuda de fubá e milho, enquanto a torta de abacaxi foi a terceira colocada. Todos os participantes foram presenteados com um livro de receitas e com um avental do concurso. Entre os critérios avaliados nos pratos, os oito jurados levaram em consideração o sabor, a decoração, a criatividade no uso dos ingredientes e a tradição da receita. Os vencedores receberão a premiação no dia 21 de julho, às 14h, durante o 22º Encontro de Mulheres do Campo, na Festa Nacional do Colono
Giovana de Assis
de Itajaí. “É uma tradição do interior, as pessoas já esperam o concurso. É uma alegria poder voltar com a festa após dois anos. Todos estão muito empolgados, após o baile da rainha e também a seleção dos pratos”, destaca Cesar Reinhardt, secretário municipal de Agricultura e Expansão Urbana. A 37ª Festa Nacional do Colono vai ocorrer de 21 a 24 de julho, com gastronomia, shows regionais e nacionais, exposição de animais e programação para toda a família. O evento homenageia os trabalhadores do campo, que movem grande parte da economia de Itajaí.
Giovana de Assis
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Confira as duas receitas ganhadoras do concurso: Fotos: Giovana de Assis
1o lugar prato típico salgado
2o lugar prato típico salgado
Empadinha de Aipim 3o lugar prato típico salgado
Ingredientes da Massa: 1 kg aipim cozido 1 xícara de trigo 3 colheres (sopa) de manteiga ou margarina Sal a gosto
Recheio: 1 lugar prato típico doce o
1 kg de linguiça 1 cebola 1 tomate 1 colher (sopa) de colorau 1 copo de requeijão 1 gema de ovo para pincelar
Modo preparo massa: 2o lugar prato típico doce
3o lugar prato típico doce
Amasse o aipim, coloque a margarina, o sal e o trigo e faça uma massa homogênea. Recheio: Refogue a linguiça em uma panela, coloque a cebola, o tomate, e o cheiro verde e, por último, meio copo de requeijão. Deixe esfriar. Unte uma forma com margarina e forre com a massa, coloque o recheio com uma colher de requeijão por cima. Faça uma tampa com o resto da massa e pincele com a gema de ovo, leve ao forno pré-aquecido por 20 minutos. Está pronto para servir.
Beijinho de arroz com recheio Ingredientes da massa: 150 gramas de arroz cru (cozinhar em 400 ml de agua, com 4 cravos da índia e uma canela em pau. (Depois de cozido retirar os cravos e a canela) ½ xícara ou 120 ml de leite de coco 50 gramas de leite de coco ralado 395 gramas de leite condensado ½ xícara de leite ou 120 ml de leite 1 colher de margarina
Modo de preparo: No liquidificador, acrescente todos os ingredientes (menos o coco ralado) e bata até misturar tudo por cerca de um minuto. Depois, coloque em uma panela e acrescente o coco ralado. Leve ao fogo por cerca de 6 a 7 minutos até soltar do fundo da panela. Deixe esfriar. Recheio: 3 colheres de leite em pó 395 gramas de leite condensado 1 colher de manteiga ou margarina Modo de preparo: Em uma panela, despeje o leite condensado, a manteiga e o leite em pó, mexa sem parar até desgrudar do fundo.
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Livro Memórias Rurais resgata o desenvolvimento do interior
Secretário de Agricultura e Expansão Urbana de Itajaí, César Reinhardt
No ano passado o Parque do Agricultor foi palco do lançamento do livro “Memórias Rurais”. Por meio de pesquisas, entrevistas e fotografias, a obra faz um resgate importante dos eventos que desenvolveram a zona rural de Itajaí e tem apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Expansão Urbana. O livro resgata momentos marcantes para a área rural itajaiense, como as tradicionais Festas do Colono e a criação da Secretaria Municipal de Agricultura. A obra relembrar as histórias do interior por meio de depoimentos de quem também contribuiu ou vivenciou as mudanças. Idealizado em 2017, pelo secretário de Agricultura e Expansão Urbana de Itajaí, César Reinhardt, e pela professora Ana Carolina Vinholi, o projeto conta com fotografias e registros de vários eventos. Em 2020, o Padre Élcio Alberton aderiu ao projeto e auxiliou na finalização do livro. “Este projeto resgata, preserva e perpetua a história da formação da nossa sociedade rural em Itajaí. Trata dos usos, costumes e tradições da nossa gente e foi idealizado em um processo dinâmico e construtivo, através de entrevistas com lideranças rurais e pessoas que tiveram participação direta em eventos do Município. Também foram consultados antigos servidores e outros agricultores para agregar conteúdo à obra”, ressalta o secretário César Reinhardt.
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Casa do Colono resgata tradições rurais no Parque do Agricultor Para quem visitou a última Festa Nacional do Colono, realizada há dois anos, a tradicional Casa do Colono não passou despercebida. Localizada ao lado do engenho, um teatro na tarde do último dia da festa, domingo, despertou lembranças em quem um dia já viveu no campo. Este ano o evento vai se repetir também na tarde de domingo, a partir das 14 horas. Quem prestigiar o teatro pode conhecer, de perto, costumes, objetos e detalhes da vida do colono de antigamente. Na varanda da Casa é possível avistar a matriarca da família, sentada em sua cadeira de balanço, convidando o público para entrar. Fogão à lenha, chuveiro de lata, armários de madeira, ferro de passar a carvão e colchão de palha chamaram a atenção de pessoas de todas as idades. Ao sair da casa, é possível ter acesso ao quintal da Casa com a patente, pilão, torno de madeira, forno à lenha e também o galinheiro, estábulo e o chiqueiro para os pequenos animais.
Divulgação PMI
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Antigas tradições são resgatadas durante a Festa do Colono Itajaí já possuiu vários engenhos artesanais ao longo da história na área rural. Para manter viva a tradição, a Festa Nacional do Colono resgatou a produção manual de alimentos com o engenho de mandioca. O local pode ser visitado no domingo a partir das 14 horas. O engenho do local é movido à água, que faz toda uma série de engrenagens produzirem o movimento de um sarrafo. Este pedaço de madeira gira em cima de uma fornalha, onde é colocada a farinha de mandioca. A raiz passa pelos processos de separação de casca, moimento que a transforma em massa e o posterior prensamento que resulta na farinha. Tudo isso é feito no próprio local.
FOTOS: MARCOS PORTO
Com a farinha de mandioca é feita a rosca de massa, o cuscuz e o beiju. Após o preparo, os alimentos são oferecidos gratuitamente ao público para a degustação. Além disso, as crianças ficam encantadas com os movimentos contínuos do mecanismo e os adultos se deslumbram com a tradição.
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1º Festival Musical de Itajaí premiará músicas autorais O campeão do evento receberá R$ 1.500,00 e troféu, enquanto o vice será contemplado com R$ 1.000,00 e troféu. Já o terceiro colocado receberá a premiação de R$ 500,00 e troféu.
O 1º Festival Musical de Itajaí terá apresentações ao vivo durante a 37ª Festa Nacional do Colono. Com o objetivo de fomentar a música na cidade, a competição é aberta para moradores de Itajaí que produzem músicas autorais. Os vencedores levarão uma premiação em dinheiro e troféu. Ao todo, 15 canções foram selecionadas para avaliação da comissão julgadora, conforme crité-
rios estabelecidos no edital. A apresentação ao vivo dos selecionados no 1º Festival Musical de Itajaí ocorrerá no dia 21 de julho, a partir das 18h, durante a 37ª Festa Nacional do Colono, no Parque do Agricultor. O campeão do evento receberá R$ 1.500,00 e troféu, enquanto o vice será contemplado com R$ 1.000,00 e troféu. Já o terceiro colocado receberá a premiação de R$ 500,00 e troféu.
Marcos Porto
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Maiara e Maraisa serão as atrações principais da 37ª Festa Nacional do Colono de Itajaí Sem Abuso, Dazaranha e Tradição também farão apresentações musicais no evento, que acontece entre os dias 21 e 24 de julho, no Parque do Agricultor
A 37ª Festa Nacional do Colono de Itajaí vai proporcionar quatro dias repletos de shows nacionais e regionais, apresentações culturais, expofeira e vivências rurais no Parque do Agricultor. O evento, que homenageia todos os agricultores e divulga as potencialidades da área rural, ocorrerá de 21 a 24 de julho com atividades gratuitas para toda família. Nesta edição, a atração principal será o show da dupla sertaneja Maiara e Maraisa, no encerramento da festa. A expectativa é reunir mais de 100 mil pessoas ao longo do evento. Completam a programação de shows principais da Festa Nacional do Colono os grupos Sem Abuso (22), Dazaranha (22) e Tradição (23). No domingo (24), a entrada do público acontecerá mediante a doação de 1 kg de
alimento não perecível (exceto sal e fubá). Os donativos serão arrecadados pela Secretaria de Assistência Social e doados para famílias carentes do município. “É uma alegria poder voltar com a Festa Nacional do Colono após dois anos de suspensão devido à pandemia. Todo nosso interior está muito empolgado com o evento, então a expectativa é muito boa. Desde já convido os todos a prestigiarem mais uma vez a nossa festa e conhecer as potencialidades da nossa área rural”, destaca Cesar Reinhardt, secretário municipal de Agricultura e Expansão Urbana. O Parque do Agricultor de Itajaí fica localizado na rua Mansueto Felizardo Vieira, nº 557, na comunidade da Baía.
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Confira a programação completa da 37ª Festa Nacional do Colono: 21/07 (quinta-feira)
8h às 22h - Recepção dos animais (gado e pequenos animais) - Galpão de exposições 14h - Abertura oficial da 37ª Festa Nacional do Colono - Palco alternativo 1 14h30 - Encontro das Mulheres do Campo Salão do Café Colonial 16h - Pesagem das raças Nelore, Charolês e Devon - Galpão de exposições 18h - 1º Festival Musical de Itajaí - Palco alternativo 1 22h - Encerramento do Festival Musical - Palco alternativo 1
22/07 (sexta-feira)
8h às 20h - Recepção dos pequenos animais e aves - Galpão de exposições 9h - Julgamento dos animais das raças Devon, Nelore e Charolesa - Galpão de exposições 10h - Pesagem das raças Angus e Limousin Galpão de exposições 14h30 - Baile da Terceira Idade com Legião Gaúcha e Rogério Blum - Palco alternativo 1 18h - Apresentação musical com a Banda GT 80 Palco alternativo 1 Marcos Porto
24/07 (domingo)
20h - Show Nacional Sem Abuso - Palco principal 22h - Show Nacional Dazaranha - Palco principal 23h30 - Baile Tradicionalista - Salão principal
23/07 (sábado)
9h - Competições esportivas entre as comunidades rurais - Campo de futebol e Galpão de Bocha 9h - Julgamento de animais das raças Limousin e Angus - Galpão de exposições 11h - Abertura oficial da 26ª Expofeira Agropecuária - Galpão de exposições 11h - Apresentação cultural (Boi de mamão / Taikô / Capoeira) - Área externa de frente salão principal 13h - Apresentação musical com João Vicente Palco alternativo 1 13h - Festival Sertanejo - Palco alternativo 2 15h30 - Apresentação musical com Ramon e Felipe - Palco alternativo 1 18h - Apresentação musical com Grupo Campeiraço - Palco Alternativo 1 20h - Show Musical Israel Lucero - Palco alternativo 1 22h - Show Nacional Tradição - Palco principal 23h30 - Baile Tradicionalista - Salão principal
10h - Missa em Ação de Graças - Palco alternativo 1 11h30 - Premiação desfile dos animais classificados - Galpão de exposições 12h - Apresentação cultural (Boi de mamão / Taikô / Capoeira) - Palco alternativo 1 13h - Apresentação musical com a banda Coração Pirata - Palco alternativo 1 13h - Apresentação musical com o grupo Plano de Deus - Palco alternativo 2 13h30 - Início das atividades culturais na Casa do Colono e Engenho 14h - Apresentação musical com Tareco Véio e grupo Portal de Vaneira - Palco alternativo 2 15h - Apresentação musical com Legião Gaúcha - Palco alternativo 1 17h - Encerramento e liberação dos animais Galpão de exposições 18h - Apresentação musical com Lucas Walker Palco alternativo 1 20h - Show Nacional Maiara e Maraisa - Palco principal
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Café Colonial atrai público com comida caseira na Festa do Colono Um dos atrativos da Festa Nacional do Colono é a gastronomia. O Café Colonial é o lugar para quem quer provar aquela comida caseira feita pela vovó, com gostinho de interior. O público pode consumir diversos tipos de tortas diferentes, pães e salgados como empadões, bolos diversos, queijos, presuntos, salames e uma variedade de
geléias. Cafés e sucos também são servidos no local. Todos os produtos são feitos no dia, com a reposição de alimentos quando se faz necessário. A Feirinha de Produtos do Colono envolve a cooperativa dos agricultores. No espaço são comercializados os pratos doces e salgados, itens de hortifrúti e artesãos expõem peças variadas.
Fotos: Marcos Porto
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Churrasco é uma das atrações gastronômicas na Festa do Colono Um dos atrativos da 37ª Festa Nacional do Colono é a gastronomia. O tradicional churrasco é uma das opções para o público, bem como a carne no espeto de madeira, comercializado no Pavilhão Gastronômico. Nos quatro dias de festa são comercializamos em média mais de três mil refeições. São pratos tradicionais da festa que agradam o público. “É o típico churrasco de igreja, bem temperado e bem assado”, diz um dos responsáveis pela comercialização.
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Carolina Copello
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Desfile e premiação de animais é destaque na Festa do Colono critério de avaliação. Os gados de corte são selecionados pela carcaça, na qual tem carnes mais nobres e mais lucro no mercado. Já os gados de leite são julgados pela formação do úbere e o comportamento na maternidade. Além disso, na competição das fêmeas, também são utilizados critérios estéticos: as mais esbeltas e femininas ficam à frente. Divulgação PMI
Carolina Copello
Carolina Copello
A Festa Nacional do Colono tem como uma das suas principais atrações a premiação dos melhores animais de corte e leite. A atração conta com a exposição e desfile dos campeões nas categorias Fêmea Jovem Jersey, Fêmea Jovem Holandesa e Raças Nelore, Angus e Devon. Além do desfile, o evento é tradicionalmente marcado pelo banho de leite, dado aos donos dos animais que mais produziram o alimento nos dias de festa. “Este desfile acontece graças ao esforço de muitas pessoas. Gostaria de agradecer de uma maneira especial os nossos criadores de gado de corte e criadores de gados de leite, todos vocês são muito importantes e fazem sucesso neste evento”, agradece o secretário de Agricultura e Expansão Urbana, César Reinhardt. “A quantidade de pessoas interessadas em ver e comprar os animais nos enche de orgulho, dá a sensação de dever cumprido”, pontua Irineu Nivaldo Rebelo, técnico agrícola, zootecnista e criador da Expofeira Agropecuária. Para julgar quais animais são os campeões, cada categoria possui um
Carolina Copello Carolina Copello
Divulgação PMI
Ao final do desfile e da entrega de prêmios, os criadores dos gados campeões receberam o famoso “banho de leite” como comemoração. Além disso, o pavilhão expõe cerca de mil aves, dentre galinhas e pássaros, coelho, ovinos e equinos, na Feira de Pequenos Animais ao lado do galpão.
Carolina Copello
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Feiras coloniais são destaque na Festa do Colono As feiras de produtos coloniais e de agricultura familiar são os principais destaques na Festa do Colono. Em diferentes espaços da festa apresentam produtos naturais produzidos pelas comunidades rurais, desde geleias, pães, biscoitos e doces, até arranjos de plantas e flores para decoração. A festa do colono também está repleta de feiras, desde hortifrúti até artesanato. São vendidos acessórios, calçados, produtos naturais e artigos de decoração. Além disso, o evento conta com exposição de animais da fazenda, caminhões, maquinas agrícolas e imóveis. Fotos: Carolina Copello
e Marcos Porto
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Tradicional Missa em Ação de Graças celebra agricultura como produtora de vida Thiago Caminada
Giselle Leal
Um momento de fé e devoção para celebrar a agricultura como produtora de alimentos para a vida. Esse é o clima da missa de Ação de Graças que é celebrada na manhã de domingo, a partir das 10 horas, no Parque Municipal do Agricultor. A tradicional liturgia homenageia agricultores e agricultoras de Itajaí e rende graças a Deus pelo trabalho de todo o ano e seus frutos. A missa conta com a presença de líderes rurais e das comunidades católicas das 18 regiões do interior de Itajaí e também do prefeito Volnei Morastoni, secretários, vereadores e outras autoridades. Na bênção final da missa, o padre sempre abençoa as hortaliças, frutos, ferramentas, sementes e mudas nativas ofertadas durante a celebração. A missa de ação de graças lembra as liturgias primitivas de celebração da colheita e agradecimentos às divindades pelos frutos da terra e do trabalho do homem e mulher do campo.
Marcos Porto
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ALFA BILE SANTANA
Zona rural: o interior que dá frutos em Itajaí ALFA BILE SANTANA
Região preserva parte dos costumes coloniais desde 1860. Conheça abaixo um breve relato da história e das características de cada localidade.
ARRAIAL DOS CUNHA
O número significativo de integrantes da mesma família Cunha deu origem à comunidade Arrayal dos Cunha, hoje, o Arraial dos Cunha. O coronel João Antônio da Cunha, junto da esposa Leonor Coreia da Cunha, deixou Portugal no século 19. O casal veio ocupar as terras doadas por Dom João III, em 1532, por meio de um sistema de cartas de doação que Portugal adotou para acelerar a colonização no Brasil. A comunidade abriga o Centro Administrativo, que oferece os serviços da Prefeitura de Itajaí na área rural e está localizado no quilômetro 11 da Rodovia Antônio Heil. Se destaca na instalação de indústrias (artefato de cimento, pescados, vidros, piscinas, outros) e comércio (vinícolas, mercado,
restaurante, lojas de roupas, posto de gasolina, reciclagem de materiais). Na atualidade, a principal fonte de renda é o cultivo do arroz irrigado.
BAÍA
A origem do nome se deu pelos inúmeros ribeirões que cortavam a rua principal. Ainda não havia uma ponte, portanto, os moradores passavam por dentro da água com carroças, bicicletas e a pé. Quando ocorriam alagamentos pelo aumento no nível e água, os antigos os chamavam de Baía. O principal cultivo é o de hortaliças e a atividade de granja de ovos. É na Baía onde está localizada a Secretaria Municipal de Agricultura e Expansão Urbana e o Parque Municipal do Agricultor Gilmar Graf, sede da Festa Nacional do Colono.
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Centro Adminstrativo localizado no Arraial dos Cunha
BRILHANTE I E II
Nato Gastaldi, ao mergulhar o Rio Itajaí-Mirim, percebeu uma luz forte e brilhante presente na água. Depois, começou a chamar a localidade de Brilhante. É dividido em duas partes pela extensão territorial. Com o início da urbanização, a comunidade do Brilhante I apresentou restaurantes, oficina mecânica, cervejaria e outros comércios. Na agricultura, prevalece o cultivo do arroz, melancia, pecuária, piscicultura e pesque e pague. Também é possível identificar vários sítios e chácaras. O Brilhante II se destaca pelo cultivo do arroz, abacaxi, eucalipto, pecuária e encontram-se também chácaras, sítios e fazendas. Possui um empreendimento para realização de eventos e um empreendimento de lazer aquático. Tem apresentado tendência urbana, com o crescimento do comércio de padaria, agropecuária, mercado, oficina mecânica, facções de costuras e outros.
CANHANDUBA
Boa parte dos moradores desconhece a origem do nome da localidade, que fica às margens da BR-101 e que faz divisa com Balneário Camboriú. Possui armazéns de logística, madeireira, indústria de sebo, posto de gasolina e outros. É na Canhanduba que está localizado o Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí. O principal cultivo é o do arroz irrigado.
CAMPECHE
Já foi chamada de Morreti. Em homenagem a uma grande árvore do local, chamada Campeche, os moradores passaram a chamar a localidade com o mesmo nome. Os integrantes da família Quintino foram os primeiros moradores, por volta de 1860. A localidade à direita da Rodovia Antônio Heil (Km 14.400), sentido no Itajaí/Brusque. Apresenta características predominantemente rurais, com plantações de arroz irrigado (principal cultivo), milho, aipim, hortaliças e pecuária.
Arraial dos Cunhas
ESPINHEIROS E ESPINHEIRINHOS
Colheita da safra de abacaxi na comunidade rural Brilhante II
Recebem este nome como homenagem à família do Sr. Bernardino José Pinheiro, primeira a habitar o local, no século 19. Outra versão é que havia a abundância de árvores “espinhosas” entre a vegetação da Floresta Atlântica. O local é dividido em Espinheiros e Espinheirinhos ou ainda em Espinheiro de Baixo e de Cima. Iniciou a ocupação de forma efetiva com a abertura da estrada geral, atual Rua Firmino Vieira Cordeiro. Com o aumento da população, em 1930, a comunidade religiosa ergueu a primeira capela e cemitério do bairro, com Santo Antônio como padroeiro. Nos morros que circundam o bairro, como da Espinheira e da Boa Vista, existem diversas nascentes. Entre elas, a de maior volume de água: a nascente do Ribeirão da Murta, que drena o local até o Rio Itajaí-Açu. A expansão urbana de Itajaí, entre 2000 e 2010, fruto principalmente do desenvolvimento portuário, causou a expansão imobiliária. Isso valorizou os terrenos mais distantes do centro do Município. Foram implantados novos acessos e loteamentos: Portal, Santa Regina e, recentemente, o São Francisco de Assis. Hoje, o principal cultivo é o de arroz, mandioca, feijão, milho, banana e hortaliças, além da pecuária.
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MENÇÃO HONROSA: ITAIPAVA
Museu Etno-Arqueológico na Itaipava
QUILÔMETRO 12
É uma das comunidades que há mais tempo existe em Itajaí. Recebeu o nome por estar 12 quilômetros da Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e a localidade fica às margens da Rodovia Antônio Heil. Destaca-se pelo cultivo de arroz irrigado, maracujá, pecuária e tem fazendas com criação de cavalos. Apresenta características urbanas, com núcleos residenciais, instalação de empresas, comércio e serviços.
O nome em Tupi-Guarani vem das variações Itoupava e Itopava, com o significado “pedra que atravessa a água”. A região abrigou os bravios índios botocudos, como comprovam os sambaquis do local. Foram as primeiras terras no Vale do Itajaí que se destinaram a um empreendimento colonial. O aviso Real de 05 de janeiro de 1820, do Rei Dom João VI, autorizou Antônio Menezes Vasconcelos Drummond a estabelecer uma colônia em duas sesmarias junto ao rio Itajaí-Mirim. A colônia se chamaria São Tomás de Vilanova, mas não teve tempo de ser concluída porque Drummond retornou ao Rio de Janeiro. Na década de 1920, iniciou a construção da Capela de São Pedro. Com a inauguração da ligação ferroviária da Estrada de Ferro de Santa Catarina entre Blumenau e Itajaí, em 1954, os trilhos atravessaram o bairro. Fixou-se uma estação de passageiros e cargas: a Estação Ferroviária Engenheiro Vereza. Então veio o fim do ciclo da madeira e o Governo Federal resolveu desativar a estrada de ferro, em 1971. A estação abrigou a Secretaria Municipal de Agricultura e a Subprefeitura do bairro. Na década de 2000, o prédio foi restaurado e transformou-se no Museu Etno-Arqueológico de Itajaí e possui um espaço que resgata a história da ferrovia no vale. Apresenta características predominantes de condomínios residenciais, inúmeros armazéns, galpões, frigoríficos e empresas ligadas ao ramo da logística. Também possui olarias, mercados, oficinas mecânicas, restaurantes e vários serviços e comércios. As atividades agrícolas desenvolvidas são o arroz irrigado e hortaliças, criação de bovinos de corte e de leite.
LARANJEIRAS
O nome é em razão de existir a plantação de diversos pés de laranja. Atualmente, o arroz irrigado garante a maior produtividade, mas cultiva o eucalipto, extrai a areia e mantém a pecuária. Um ponto importante é que existe no local o aeródromo para pequenas aeronaves, bem como inúmeras chácaras, sítios e fazendas.
LIMOEIRO
A origem do nome é incerta, mas acredita-se que a localidade possuía muitos pés de limoeiro, árvore que produz o limão. Do século 19 em diante, os primeiros trabalhos realizados foram por intermédio de escravos no plantio de cana e mandioca, processa-
dos nos engenhos movidos pela força do boi. O Limoeiro está localizado na divisa entre Itajaí e Brusque. Tem marcas urbanas e a economia gira em torno de empresas do ramo de confecção, comércio, serviços e atividades agrícolas em pequenas propriedades rurais. Na comunidade, existe a tradição do cultivo do arroz em campos irrigados.
PACIÊNCIA
A falta De paciência de dois homens que abriam uma estrada na mata fechada com o objetivo de formar a comunidade originou o nome. Um caminhão os buscava para o almoço que atrasava sempre e ambos diziam que era necessária muita paciência para trabalhar. Cultiva o arroz (tradição desde 1973), hortaliças, aipim, frutas e pecuária. Hoje, apresenta traços residenciais de formação de núcleo urbano, com pequenos comércios e outros serviços.
RIO DO MEIO
Iniciou na chegada da família Garcia, próximo de 1800. O nome se dá por ser cortada quase ao meio por um rio. Parte da comunidade já foi, inclusive, chamada de Rio Conceição. A renda provém da agricultura: cultiva-se principalmente o arroz irrigado e são praticadas a avicultura e suinocultura. Também contém serraria, escola de campo de um sistema escolar privado e destaca-se um empreendimento de lazer aquático.
RIO NOVO
A retificação do Rio Itajaí-Mirim batizou a comunidade. Visto que muitos moradores vieram do Japão e por ali se instalaram e vivem até hoje, é conhecida popularmente como Colônia Japonesa. Surgiu na década de 1970. É considerada como cinturão verde de Itajaí, já que o maior cultivo é de hortaliças: alface, agrião, couve-flor, repolho, etc. Alguns supermercados da cidade são abastecidos com as hortaliças e verduras desta comunidade.
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Marcos Porto
SALSEIROS
Na área, às margens do Rio Itajaí-Açu, existia vários pés de salgueiro, a árvore comum em terrenos úmidos ou em beiras de rios. O nome surgiu já que moradores conheciam a árvore como Salseiros, então preferiram manter o nome. A árvore ainda existe no local. A comunidade religiosa ergueu, em 1942, a capela inaugural do bairro em estilo gótico-romano próxima à estrada geral do bairro, atual rua César Augusto Dalçoquio. O padroeiro é o Nosso Senhor Bom Jesus. Sócios do grupo paulista Portland (atual Votoran) decidiram, em 1950, por construir a primeira fábrica de cimento em Santa Catarina e elegeram o Salseiros como sede. A construção da fábrica foi de 1953 a 1958, quando produziu-se o primeiro saco de cimento. Depois da Secretaria Municipal de Urbanismo realizar estudos, o bairro Salseiros foi incluído definitivamente no perímetro urbano de Itajaí em 1984. Tem apresentado o desenvolvimento na infraestrutura urbana, com a implantação de novos acessos e loteamentos. O bairro Salseiros sedia empresas ligadas ao setor de logística, pesca industrial e construção naval. Conta com moderno terminal retroportuário privativo (TEPORTI), que incrementou a movimentação de cargas conteinerizadas no Complexo Portuário de Itajaí. Cultiva-se, principalmente, o feijão e a melancia.
SÃO ROQUE
Já possuiu o nome de Toca da Onça e trocou de nome porque a primeira Igreja construída no local tem São Roque como padroeiro. É nesta comunidade onde está a maior concentração de italianos em Itajaí. São Roque interli-
ga Itajaí e Ilhota. Já foi o maior produtor e exportador de gengibre itajaiense e, hoje, se destaca pelo cultivo de aipim, batata doce, milho, feijão, hortaliças, produtos derivados do leite e pecuária. Caracteriza-se também pelos galpões, pátios, armazéns de logística e comércio, pois o bairro faz margem com a BR-101.
VOLTA DE CIMA
Os habitantes do Salseiros e Espinheiros denominavam este local de Volta de Cima, pois ela fica às margens do Rio Itajaí-Açu, exatamente onde o curso do rio faz uma volta (curva). Os principais produtos cultivados são o arroz irrigado, feijão e melancia.
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