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ENTREVISTA: Indústria do aço se prepara para economia de baixo carbono
Indústria do aço se prepara para economia de baixo carbono
ArcelorMittal investe em novas tecnologias com o propósito de alcançar a neutralidade climática até 2050. Iniciativas envolvem uso de sucata como matéria-prima, carvão vegetal e eficiência energética
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Aindústria do aço também está comprometida com a descarbonização da economia e a mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas. Para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, em sintonia com as metas estabelecidas no Acordo de Paris, o Grupo ArcelorMittal vem trabalhando na melhoria dos processos existentes e, após 2030, planeja empregar tecnologias disruptivas.
“Entre as iniciativas a serem desenvolvidas e implementadas pelas unidades da ArcelorMittal no Brasil estão o aumento do uso de sucata como matéria-prima, a utilização de gás natural e a otimização do uso do carvão vegetal nas unidades, além da melhoria da eficiência energética dos processos”, explica Jorge Oliveira, CEO da empresa na América Latina.
Ele destaca que a preocupação com a sustentabilidade impacta o setor não apenas na forma de produzir aço, mas também na necessidade de se adaptar aos eventos climáticos extremos, e que os desafios globais apresentados na COP26, em Glasgow, aumentaram as expectativas sobre empresas e governos. Segundo o executivo, na Europa, a transição da siderurgia para tecnologias que causem menos emissão de carbono exigirá dez vezes mais eletricidade do que é utilizado hoje.
O executivo participou do encontro Estratégia da Indústria para uma Economia de Baixo Carbono, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em painel sobre neutralidade climática. Na entrevista a seguir, ele fala sobre as iniciativas da empresa rumo a um futuro sustentável. O cenário de baixo carbono impactará a indústria do aço na medida em que serão necessárias não só a mudança na forma de se fazer aço como a adaptação a eventos climáticos extremos, que serão cada vez mais comuns.
TRANSPORTE DE CARGAS FRACIONADAS E LOTAÇÕES
Como as mudanças climáticas impactam os negócios da ArcelorMittal?
JORGE OLIVEIRA - A ArcelorMittal entende que uma economia global de baixo carbono e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas são fundamentais para um futuro sustentável. Os desafios globais apresentados na COP26, em Glasgow, no ano passado, aumentaram ainda mais as expectativas sobre empresas e governos para demonstrarem maior ambição na transição para neutralidade de carbono e para acelerar o processo.
Estima-se que para fazer a transição da siderurgia na Europa usando uma rota de menor intensidade de emissão, por exemplo, será necessário dez vezes mais eletricidade do que é utilizado hoje – e tudo isso precisa ser verde. O IPCC estimou que, para limitar o aumento da temperatura média global a 1,5 a 2,0°C até 2100, serão necessárias reduções globais das emissões de CO2 de 25% a 45% até 2030. Caso contrário, as emissões precisarão ser substancialmente reduzidas posteriormente para compensar um possível início mais lento no caminho para a neutralidade de carbono, o que teria provavelmente custo mais alto.
O cenário de baixo carbono impactará a indústria do aço na medida em que serão necessárias não só a mudança na forma de se fazer aço como a adaptação a eventos climáticos extremos, que serão cada vez mais comuns. No Grupo ArcelorMittal, estamos maximizando o uso de tecnologias de baixo carbono e desenvolvendo tecnologias de ruptura para uso num futuro próximo.
De que maneira sua empresa vem se preparando para uma economia de baixo carbono?
JORGE OLIVEIRA - A empresa está comprometida em liderar a descarbonização na indústria do aço. Globalmente, o Grupo ArcelorMittal foi pioneiro no setor ao lançar a meta de ser carbono neutro até 2050.
O Grupo já investiu de cerca de 300 milhões de euros no desenvolvimento de tecnologias de carbono neutro pelos seus Centros de Pesquisa & Desenvolvimento até o momento. Também deverá investir cerca de 10 bilhões de dólares até 2030.
Entre as iniciativas a serem desenvolvidas e implementadas pelas unidades da ArcelorMittal no Brasil estão o aumento do uso de sucata como matéria-prima, a utilização de gás natural e a otimização do uso do carvão vegetal nas unidades, além da melhoria da eficiência energética dos processos.
Até 2030, a empresa trabalhará com melhoria dos processos existentes e, depois disso, empregará tecnologias disruptivas, que tornarão a ArcelorMittal carbono neutro até 2050.
Como sua empresa avalia a condução desse tema pelo Brasil e pela comunidade internacional?
JORGE OLIVEIRA - A ArcelorMittal apoia e avalia que os debates e ações na área estão evoluindo no Brasil e no mundo. Recentes avanços no Brasil com vistas ao estabelecimento de um Mercado de Carbono foram estabelecidos, e entendemos que qualquer ação nesse sentido deva ser em prol de facilitar os processos de mitigação sem o comprometimento da competitividade do setor.
O Brasil possui vários diferenciais que favorecem uma migração para uma economia de baixo carbono: matriz elétrica 85% renovável, geografia favorável à produção de energia eólica e solar e uso de biomassa renovável.
O Brasil possui sua parcela de contribuição (cerca de 2,9% das emissões globais) e está se movimento por meio de compromissos assumidos perante a comunidade internacional para reduzir em 50% as suas emissões absolutas até 2030 e ser um país neutro em carbono até 2050. Metas que consideramos ousadas e em consonância com o Acordo de Paris.
Eventos ocorrem em todas as regiões do estado
Outubro é mês de festa. E passados dois anos sem grandes eventos por causa da pandemia da Covid-19, a expectativa é de bons públicos em todos os eventos que marcam as Festas de Outubro em Santa Catarina, movimentando a economia de Santa Catarina com a presença de milhares de turistas. As festas de outubro que ocorrem em diversas cidades do estado são manifestações da cultura e tradição de cada comunidade envolvida e são acima de tudo eventos que promovem integração das comunidades, cultura, lazer e entretenimento. Mas estas celebrações também proporcionam visibilidade aos municípios e promovem o turismo. Os impactos das festas podem ser percebidos na dinâmica das empresas.
Nesse período de festas há o aumento no número de pessoas circulando nas cidades e, para atender a essa demanda, alguns estabelecimentos realizam a contratação de mão de obra extra.
Da tradicional Oktoberfest, em Blumenau, onde centenas de milhares de pessoas são recebidas no Parque Vila Germânica, até uma Oktoberfest, em Itapiranga, no Extremo-Oeste, há festas espalhadas em todas as regiões do Estado.
Tem a Marejada de Itajaí, voltada ao pescado, a Fenarreco de Brusque, que também celebra a tradição germânica, e até a Festa do Imigrante de Timbó, com o objetivo de valorizar os colonos que aqui chegaram séculos passados. Todas voltam com tudo em 2022. Apesar de as mais conhecidas ficarem em Blumenau e região, há agenda de eventos do Sul ao Oeste. Em Treze Tílias, por exemplo, ocorre a Tirolerfest. Em São Martinho há a Festa do Produto Colonial.
30ª Festa do Imigrante
Parque Henry Paul, Timbó 29 de setembro e 1º de outubro e de 7 a 12 de outubro Entrada gratuita
34ª Marejada
Centreventos, Itajaí 6 a 23 de outubro Entrada gratuita
43ª Oktoberfest
Linha Presidente Becker, Itapiranga Complexo Oktober, Itapiranga 8, 14 e 16 de outubro, e 6 de novembro Ingressos Dias 8 e 14 de outubro: R$ 30 inteira e R$ 10 para pessoas com traje típico alemão completo Dia 15 de outubro: Complexo Jovem: lote 1 a R$ 40, lote 2 por R$ 45 e no dia R$ 50. Meia-entrada e pessoas trajadas pagam R$ 25. À noite: R$ 35 inteira e R$ 15 meia-entrada e trajados Dias 16 de outubro e 6 de novembro: entrada gratuita
Tirolerfest
Centro de Eventos, Treze Tilias 7 a 13 de outubro | Entrada: R$ 30
37ª Oktoberfest
Parque Vila Germânica, Blumenau 5 a 23 de outubro Ingressos Terças, quartas, quintas e domingos: R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada Sextas-feiras e véspera de feriado (11/10): R$ 44 inteira e R$ 22 meia-entrada Sábados: R$ 56 inteira e R$ 28 meiaentrada Feriado de 12/10: R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada Entrada gratuita: dias 5, 10, 17 e 23/10
35ª Fenarreco
Centro de Eventos Maria Celina Vidotto Imhof, Brusque 6 a 16 de outubro Entrada: R$ 20 inteira e R$ 10 meia-entrada
27ª Festa do Produto Colonial
Pavilhão do Produtor Colonial, Centro, São Martinho 21 e 23 de outubro Entrada: R$ 10
34ª Marejada, a festa que traz o pescado como prato principal nas festas de outubro
De volta ao calendário das festas de outubro após a pandemia, o evento ampliou sua programação para 18 dias e reunirá música, gastronomia, diversão e cultura para toda família A maior festa do pescado do Brasil, a 34ª edição da Marejada ocorre de 06 a 23 de outubro, no Centreventos de Itajaí.
Consolidado no calendário das festas de outubro em Santa Catarina, o evento reune música, gastronomia, diversão e cultura para toda família durante 18 dias de programação. Neste ano, a festa reforça os conceitos de sustentabilidade e acessibilidade, que garantiram o sucesso das últimas três edições.
A 34ª Marejada também está maior. As atrações ocuparão em torno de 80% do terreno do Centreventos. O bicicletário gratuito terá o dobro de vagas e o parque infantil contará ainda com mais opções para diversão das crianças.
“A Marejada se tornou uma festa familiar, inclusiva e sustentável, que se renova e se reinventa a cada ano. Após esse período de pandemia, estamos retomando os eventos no município e queremos reforçar os conceitos que destacam a Marejada entre as festas de outubro e a tornam uma das maiores festas públicas do país. Serão 18 dias com muitas novidades e tudo que o público mais gosta”, ressalta o secretário de Turismo e Eventos de Itajaí, Evandro Neiva.
Gastronomia, diversão e apresentações culturais
Zero plástico
A sustentabilidade é um dos maiores pilares da Marejada e fortalece o compromisso de Itajaí com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O uso de copos ecológicos evitou o descarte de 400 mil copos plásticos na última edição e seguirá em 2022 com novos modelos para garantia de um evento zero plástico. O visitante poderá devolver o copo no fim do evento e recuperar o dinheiro investido, ou guardar a lembrança como souvenir.
Além disso, a festa adotará a compostagem dos resíduos orgânicos produzidos nas cozinhas do evento, reforçará a destinação correta do óleo de cozinha e manterá o uso de embalagens de papel como medidas ecológicas. A 34ª Marejada também permanecerá como um dos únicos eventos públicos do país a distribuir água gratuita – desta vez, o Semasa assumirá a distribuição para os visitantes.
Outra ação promovida para fomento da sustentabilidade é o 2º Fórum Kids. O objetivo é conscientizar as crianças sobre redução do plástico e preservação do meio ambiente. A ação deve alcançar cerca de 1.000 estudantes da Rede Municipal de Ensino em três sessões previstas para essa edição.
Uma das principais atrações da festa é a valorização da gastronomia, que ganha ainda mais destaque nesta 34ª edição. Serão 10 restaurantes com pratos exclusivos, como a tradicional sardinha na brasa, paella, bolinho de bacalhau, camarão, opções sem frutos do mar e muito mais. A Tasca Portuguesa, que serve pratos típicos de Portugal, é outra atração para o público. O chopp oficial é Germânia e haverá a participação de seis cervejarias artesanais de Itajaí.
As mais de 100 atrações musicais e apresentações de dança garantirão entretenimento para todos os públicos. Ao todo, dois palcos serão montados no evento. Além disso, haverá espaço com artesanato e a presença do Marejão e da Marejoa, mascotes oficiais do evento.
A 34ª Marejada ocorrerá de 06 a 23 de outubro de 2022. Nos dias de semana, a festa funcionará das 18h às 24h, e nos fins de semana das 10h às 24h. No último dia, o evento encerra às 20h. A entrada é gratuita.
Compromisso com a acessibilidade
A Marejada também será 100% acessível para a população através do Plano de Acessibilidade, elaborado em parceria com o Conselho Municipal de Direitos da Pessoa com Deficiência de Itajaí (Comadefi). Essas ações reforçam o compromisso do evento com a inclusão social. Em 2019, graças às medidas adotadas, a Marejada ficou em segundo lugar no Prêmio Nacional do Ministério do Turismo, na categoria Turismo Social.