Jornal dos Bairros - 22 Outubro 2020.

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Feito para todas as classes

Itajaí, 22 de outubro de 2020 | Ano XXIII | N° 959

Técnicos e engenheiros trabalham dia e noite para resolver problema da barragem de Itajaí

Plenário autoriza abertura do 2º processo de impeachment contra Moisés

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Aprovada em segundo turno PEC que proibe cobrança de pedágios urbanos em Santa Catarina

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:: Defesa de Moisés pede suspensão do julgamento de sexta

O advogado Marcos Fey Probst, responsável pela defesa de Moisés da Silva no primeiro impeachment na Alesc, protocolou petição junto ao presidente do Tribunal Especial, desembargador Ricardo Roesler, pedindo a suspensão da sessão ordinária do colegiado marcada para esta sexta-feira, 23. Nesta data, se houver maioria simples pela admissibilidade e sequência do processo, o governador e a vice serão afastados por até 180 dias dos cargos. Probst baseia seu pedido de suspensão na lacuna existente entre o objeto do impeachment, o aumento salarial dos procuradores do Estado, e a inexistência de uma decisão do Tribunal de Justiça sobre a ação dos próprios procuradores que pede a liberação dos pagamentos.

:: TCE suspendeu

O aumento, coisa de R$ 5 mil mensais para cada procurador, está suspenso por determinação do Tribunal de Contas do Estado. Marcos Fey Probst usa despacho do decano do TJSC, Pedro Manoel Abreu, para alegar a correlação entre o objeto do impeachment e a ação pendente de julgamento no Tribunal de Justiça. Nesta decisão, Abreu negou o pedido de liberação dos pagamentos aos procuradores do Estado.

:: Os erros de Moisés

O governador Moisés encontra-se muito próximo de ser afastado do cargo, assim como sua vice no âmbito do primeiro impeachment. O maior erro dele, foram vários, foi se enclausurar no palácio residencial e pensar que poderia governar sozinho, sem buscar a negociação com a Assembleia.

:: Plenário autoriza abertura do 2º processo de impeachment contra Moisés O Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina autorizou, na sessão de terça-feira (20), a instauração de um segundo processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). A medida está prevista no Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 11/2020, aprovado com 36 votos favoráveis, dois contrários, uma ausência e uma abstenção. Com a aprovação do PDL, Moisés será julgado por um tribunal formado por cinco deputados e cinco desembargadores, presidido pelo presidente do Poder Judiciário de Santa Catarina (TJSC). O acatamento deste segundo pedido em nada interfere no primeiro processo, referente ao reajuste salarial dos procuradores do Estado, que está em fase mais adiantada, no aguardo pela votação do parecer do relator, o que deve ocorrer nesta sexta-feira (23). O PDL 11/2020 trata da representação apresentada por 16 pessoas em agosto deste ano, no qual o governador é suspeito de crime de responsabilidade no episódio da compra dos 200 respiradores artificiais que foram pagos, mas não foram entregues; ao prestar informações falsas à CPI dos Respiradores; no processo de contratação do hospital de campanha de Itajaí; e ao não adotar procedimentos administrativos contra os ex-secretários Helton Zeferino e Douglas Borba. A discussões sobre o PDL começaram às 16 horas, com as manifestações dos advogados que apresentaram o pedido de impeachment e o advogado do governador (leia mais aqui). Em seguida, os deputados apresentaram suas posições sobre o pedido por mais de três horas. Às 19h20, teve início a votação, concluída oito minutos depois. Eram necessários 27 votos para a aprovação do PDL. Moisés precisava de 14 votos para evitar a instauração do segundo processo de impeachment. A única ausência durante a votação foi do deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), por motivos de saúde.

:: Democracia

Estamos falando, obviamente, de negociação republicana entre governo e deputados, o diálogo, o atendimento de demandas meritórias e necessárias às bases dos parlamentares. Ou foi por arrogância ou por inexperiência que Moisés Silva imaginou que poderia simplesmente ignorar o Parlamento. Pudera. De uma hora para outra ele saiu da aposentadoria de Bombeiro Militar para governar o sétimo estado do país.

:: Sem bagagem

Outro erro do governador foi já na montagem da equipe. Escalou várias pessoas de boa reputação, corretas, mas desconhecidas do universo político e sem embocadura para o cargo. E a maioria sem trânsito, sem desenvoltura. Transformou o governo em um casulo.

:: Virou as costas

Outro erro grave de Moisés da Silva. No estado onde o presidente teve a maior votação proporcional no primeiro turno, ele foi eleito exclusivamente pela onda 17 de Jair Bolsonaro. Sem mais nem menos, o governador resolveu romper e atacar Bolsonaro. Sem falar que rasgou as bandeiras, as pautas da campanha, que era comuns entre candidato à Presidência e candidato a governador. Nessa toada, perdeu o apoio dos deputados do PSL e da militância bolsonarista. Ou seja, toda a construção foi equivocada.

Convocação para Assembleia de Eleição de Diretoria da Associação Atitude de Patinação Artística

Convido os interessados para a Assembleia de eleição da Diretoria da Associação Atitude de Patinação Artística, que se realizará no dia 04 de Novembro de 2020, às 19:30 horas, Al Ernesto Schneider, 129 - Fazenda - Itajaí, SC, sede da AABB, para participarem da eleição de nova diretoria e conselho fiscal. Lidiane dos Santos Silva de Paula Presidente

Diretor: Carlos Bittencourt | carlos@bteditora.com.br Redação: 3344.8607 Diagramação: Solange Maria Pereira Alves (0005254/SC) solange@bteditora.com.br O Jornal do Bairros é uma publicação da empresa Letras Editora Ltda. (ME), com sede na Rua Anita Garibaldi, 425 Centro – Itajaí –SC. CNPJ: 03.334.705/0001-33 Telefone: (47) 3344.8600 Site: www.jornaldosbairros.tv

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Com investimento de R$ 165 milhões, governador Carlos Moisés inaugura duplicação da rodovia Antônio Heil Fotos: Mauricio Vieira/Secom

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ransitar entre Itajaí e Brusque está mais rápido, fácil e seguro. A duplicação da rodovia Antônio Heil foi entregue em um ato com a presença do governador Carlos Moisés, da vice-governadora Daniela Reinehr e do secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira. O investimento para ampliar os 20,9 quilômetros de um dos principais corredores logísticos de Santa Catarina foi de R$ 165,5 milhões. Demanda de décadas, a duplicação da Antônio Heil (SC-486) representa um importante incremento na infraestrutura do Vale do Itajaí. A ampliação da capacidade da rodovia começou em 2015 e sofreu com paralisações e demora de gestões anteriores. O ritmo se acelerou de vez na metade de 2019, quando as obras foram retomadas. Na cerimônia de inauguração, o governador Carlos Moisés relembrou que a infraestrutura sempre esteve entre as prioridades desta gestão desde o início do governo. Por isso, a Secretaria de Infraestrutura foi demandada para dar continuidade a todas as obras paralisadas em gestões anteriores. No caso da Antônio Heil, houve pedido para que os trabalhos fossem acelerados, a fim de agilizar essa importante entrega para o Vale.

“Sempre que nós trazemos segurança para regiões em que a logística tem um alto custo, nós diminuímos o custo Brasil e trazemos o desejo de se investir cada vez mais no nosso Estado e nessa região. Com uma rodovia duplicada, nossos produtos e empresas se tornam mais competitivos. Eu costumo dizer que a infraestrutura é o carro-chefe do nosso Governo, pois, por meio dela, nós conseguiremos mais segurança, saúde e educação”, afirma o governador. Na avaliação do secretário Vieira, a duplicação trará ainda mais desenvolvimento para a região. Ele lembra que o Vale do Itajaí, embora já seja uma das regiões com melhor qualidade de vida do Estado, não foi esquecido pela atual gestão, que também retomou os trabalhos de revitalização da rodovia Jorge Lacerda, que liga Blumenau à BR-101. “Nós podemos falar em alto e bom tom que nenhuma região está carente de atenção no Governo Moisés. Aqui no Vale, tanto a Antônio Heil quanto a Jorge Lacerda estão recebendo a atenção que merecem. Estamos fazendo da infraestrutura uma mola propulsora do desenvolvimento do nosso Estado”, aponta Vieira Os deputados estaduais Paulinha e Onir Mocellin acompanharam o ato em

Itajaí e destacaram que a obra foi executada conforme o projeto executivo concebido na gestão anterior, com algumas melhorias visando a mobilidade das comunidades lindeiras. Os parlamentares salientaram que novas intervenções precisam ocorrer para evitar o isolamento de alguns bairros e o melhor fluxo na intersecção com a BR-101, porém, o nó logístico foi desatado. “A rodovia agora está segura, principalmente em alguns trechos que estavam escuros e sem acabamento. Nós sabemos do esforço que o Governo do Estado fez para cumprir o projeto. Existem algumas melhorias que precisam ser feitas, e o Governo já se comprometeu com a comunidade. O que estava no projeto foi cumprido graças às economias do Estado. Para quem vai de Itajaí a Brusque hoje a segurança está muito grande, com a rodovia totalmente duplicada e sinalizada”, afirma Mocellin.

População agradece ampliação da capacidade

A conselheira tutelar Vanderleia Suavi, de 46 anos, mora em Guabiruba e utiliza a rodovia Antônio Heil desde a infância. Ela diz ter acompanhado de perto a transformação pela qual passou a estrada

e conta que o trabalho de duplicação facilitou muito a vida dos motoristas. “Eu vi essa transformação acontecer e foi uma obra muito bem feita. O momento é de agradecer ao Poder Público, que se manifestou e está ajudando o povo desta região. Antes nós levávamos uma hora e meia ou até duas horas para chegar à BR-101, pois havia muito trânsito, em especial de caminhões, e agora melhorou 100% com a duplicação. Ficou tudo muito fácil e rápido”, conta a moradora de Guabiruba. Na visão do caminhoneiro Luiz Henrique Mosson, morador de Itajaí, trafegar por uma rodovia duplicada significa mais agilidade e segurança. Ele conta fazer com frequência o trajeto entre as duas cidades, já que a cidade da empresa em que trabalha fica em Brusque. “Eu conheço essa rodovia antes de ser duplicada e agora após o trabalho de duplicação. Posso dizer que melhorou muito, principalmente na questão do fluxo de veículos. Antes havia muitos acidentes, pois existiam umas curvas um pouco perigosas. A via duplicada facilita bastante, pois diminui as filas, você perde menos tempo e pode dirigir um pouco mais tranquilo”, conta Mosson.

Aprovada PEC sobre pedágios urbanos em segundo turno Os deputados aprovaram em segundo turno, na sessão de terça-feira (20), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que proíbe a cobrança de pedágios urbanos em Santa Catarina. A matéria contou com 32 votos favoráveis e dois contrários. A PEC 1/2019, de autoria do deputado Ivan Naatz (PL), altera o artigo 128 da Constituição Estadual, com o objetivo de proibir a cobrança de taxa de qualquer natureza que limite o tráfego de pessoas ou de bens, a exemplo da Taxa de Preservação Ambiental (TPA) cobrada pelo município de Bombinhas, no Litoral Norte. Votaram contra a matéria a deputada Paulinha e o deputado Altair Silva (PP). Na discussão da proposta, praticamente todos os deputados se manifestaram a favor. A deputada Paulinha,

que era prefeita de Bombinhas em 2013, quando a TPA foi criada no município, reafirmou que o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal de Justiça já reconheceram que os municípios têm a competência para legislar sobre seus territórios e seus tributos. “Não se trata de criação de novas taxas.” Para a parlamentar, a proposta ludibria o cidadão, dá falsa ideia de que a competência dos municípios será retirada porque há uma lei maior que garante essa competência. O deputado Bruno Souza (Novo) também se manifestou, afirmando que a PEC não conseguirá atingir o propósito de proibir os pedágios urbanos. “Não estamos criando nenhuma inovação legislativa. Não estamos acabando com a TPA. Estamos apenas dando uma interpretação mais extensiva do que já fala a nossa constituição.”


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Semasa realiza ressarcimentos de resistências e chuveiros

O atendimento do Semasa adotou medidas especiais para lidar com os efeitos do desastre ocorrido na barragem de contenção da cunha salina. Os novos procedimentos visam agilizar o ressarcimento de danos causados pela salinidade. No caso de chuveiros que sofreram queima de resistência, o cliente deve enviar foto da peça estragada, mostrando claramente o dano, ou trazê-la presencialmente, para que a equipe do Semasa registre as imagens. Também são necessárias fotos ou cópias da nota fiscal da compra da nova resistência, com número e data legíveis, e dos documentos pessoais do consumidor, incluindo o número do CPF. Nos casos de outros equipamentos comprometidos, como chuveiros, também é preciso trazer laudo técnico que indique que o dano ocorrido foi causado diretamente pela água salgada. O custo

de elaboração do laudo pode ser incluído no cálculo da indenização. Como regra geral, o ressarcimento é feito por meio de desconto na fatura de água. Em casos específicos justificados, como o de condomínios com hidrômetro único para todas as unidades, pode ser realizado o crédito em conta corrente. Caso o cliente não tenha condições de comprar antecipadamente o produto para reposição, pode ser aceito orçamento. O ressarcimento será calculado com base em equipamento idêntico ou similar ao estragado. Se optar por adquirir um novo aparelho mais caro, o cliente deve pagar a diferença. Até o fechamento desta matéria, 134 pedidos de ressarcimento foram registrados e encaminhados. Mais informações nos telefones 115, 0800 645 0195 ou 3344-9000 ou pelo whatsapp no número (47) 99261-3492.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DO AUTISTA DE ITAJAÍ Ficam convidados os associados da Associação dos Pais e Amigos do Autista de Itajaí (AMA Itajaí), à participarem da Assembleia Geral Ordinária que realizar-se-á no dia 10 de novembro de 2020 (terça feira), com início às 19h, de maneira virtual em razão das medidas preventivas de isolamento social determinadas pelas autoridades sanitárias em razão da pandemia COVID-19, utilizando o aplicativo “GOOGLE MEET” que permitirá acompanhamento e participação na forma online, cujo acesso será divulgado aos associados 24 horas antes através das redes sociais, afim de deliberar sobre os seguintes assuntos: I - Aprovação dos relatórios financeiros e contábeis bem como parecer do Conselho Fiscal da entidade, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2019; II – Apresentação do relatório da diretoria e das principais atividades realizadas durante o exercício social encerrado em 31/12/2019; III – Assuntos Gerais. A Assembleia Geral instalar-se-á em primeira convocação às 19 horas, com a presença de 50% dos associados com direito a voto, em segunda convocação às 19:15 horas, com qualquer número de associados Para fins de apuração do quórum a AMA conta com 430 associados. Itajaí, 15 de outubro de 2020. Alexandra Rodrigues Presidente da AMA Itajaí

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Semasa continua trabalho noite e dia para resolver problema de salinidade na água O Semasa está trabalhando para restabelecer a normalidade no sistema de abastecimento de Itajaí, desde que um desastre ocorreu nas imediações da Barragem, no Rio Itajaí-Mirim, no último dia 13, e provocou a entrada da maré até o ponto de captação, salinizando a água. Engenheiros e mergulhadores foram contratados pela autarquia para determinar a solução para o problema, com a reposição de chapas metálicas no fundo da barragem. Ainda não há previsão de término dos trabalhos.

Boletim coronavírus - região da AMFRI Atualização do número de casos confirmados da Covid-19 nos municípios da AMFRI. As informações são atualizadas com base nos dados da Secretaria de Estado da Saúde e das Secretarias Municipais de Saúde. O Estado de Santa Catarina soma 237.781 casos, 226.558 curados e 2.991 óbitos, segundo boletim divulgado nesta terça-feira (20).

A região da AMFRI soma 28.256 casos e 474 óbitos até o momento da divulgação deste boletim (lista detalhada no link da matéria). A região da AMFRI também soma 26.933 curados que já passaram pelo período de isolamento e não apresentaram novos sintomas. No entanto, a contagem dos casos confirmados é acumulativa para fins estatísticos.


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Semasa orienta consumidores sobre os cuidados com eletricidade

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Locais de abastecimento de água potável em Itajaí O Semasa informa que o abastecimento de água potável para a população está sendo realizado em 17 pontos. Cada pessoa pode retirar gratuitamente quantos litros considerar necessário. É preciso levar recipientes, como galões e garrafas. Novos pontos de distribuição continuarão sendo anunciados. Acompanhe em nosso site www.semasaitajai.com.br a lista atualizada.  Polo Ressacada - Colegio Maria do Carmo Espíndola Em frente à Pista de Atletismo - R. Ver. José Carlos Mendonça.  Polo da Fazenda - E.B. Ariribá: Rua Suécia, 570. - E.B. Gaspar da Costa Moraes: Avenida Osvaldo Reis, 54.

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esde o dia 13 de outubro, data em que ocorreu o desastre nas imediações da barragem de Itajaí, uma das dúvidas mais frequentes recebidas pelo setor de atendimento do Semasa é quanto ao risco de choque elétrico na presença de alta quantidade de sal na água.

Afinal, há riscos de choques elétricos? De acordo com o engenheiro eletricista do Semasa, Gilnei de Souza, as chances de choque elétrico são maiores nas residências que não cumprem a norma técnica NBR 5.410. Essa norma determina o uso de aterramento elétrico em conjunto com a instalação do DR (dispositivo de proteção de corrente diferencial-residual) para proteção dos circuitos e prevenção de choques elétricos nas chamadas áreas molhadas - como banheiros, cozinhas, lavações etc. Conforme explica o especialista, a presença de cloreto de sódio diluído na água aumenta a sua condutividade elétrica, o que facilita a passagem da corrente de fuga e pode causar choque no usuário. A salinização da água, associada ao descumprimento da NBR 5.410, aumenta o risco potencial de um acidente grave. Como evitar os choques? O engenheiro do Semasa recomenda que os circuitos de chuveiros e torneiras elétricas sejam mantidos desenergizados (fora da tomada) até o restabelecimento da normalidade das propriedades da água distribuída. Fique atento! Mesmo para os casos em que a resistência esteja queimada é necessário efetuar a desenergização (desligar o disjuntor), garantindo a ausência total de tensão elétrica no compartimento interno do chuveiro em contato com a água. Não tente dar um “jeitinho” Nas casas em que há a devida instalação do DR, muitas vezes os moradores tentam dar um “jeitinho” para resolver o problema do “chuveiro que não para ligado”, justa-

mente retirando o DR do circuito. Segundo o engenheiro do Semasa, esse é um grande erro que não deve ser praticado, pois o risco gerado à integridade física é muito maior do que qualquer benefício aparente desta prática. Plantão 24 horas para atendimento ao público O Semasa mantém serviço 24h, sete dias por semana, para atendimento ao público. Todas as equipes estão trabalhando em capacidade máxima, para que nenhuma demanda fique sem retorno, mas excepcionalmente a resposta pode levar até 48 horas, pelo atendimento via WhatsApp, no número 47 99261 3492. O atendimento presencial ocorre das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, na sede da autarquia. Pelos telefones 115, 0800 645 0195 ou 3344-9000 o serviço é 24 horas. Tive prejuízos. O que devo fazer? Em razão da salinização da água, 295 pedidos de ressarcimento de peças danificadas já foram abertos. No caso de chuveiros que sofreram queima de resistência, o cliente deve enviar foto da peça estragada, mostrando claramente o dano, ou trazê-la presencialmente, para que a equipe do Semasa registre as imagens. Também são necessárias fotos ou cópias da nota fiscal da compra da nova resistência, com número e data legíveis, e dos documentos pessoais do consumidor, incluindo o número do CPF. Nos casos de outros equipamentos comprometidos, como chuveiros, também é preciso trazer laudo técnico que indique que o dano ocorrido foi causado diretamente pela água salgada. O custo de elaboração do laudo pode ser incluído no cálculo da indenização. Como regra geral, o ressarcimento é feito por meio de desconto na fatura de água. Em casos específicos justificados, como o de condomínios com hidrômetro único para todas as unidades, pode ser realizado o crédito em conta corrente.

 Polo do São Vicente - Posto de Saúde Rio Bonito: Rua Chapecó. - Praça da Associação de Moradores do Bambuzal: Rua São Joaquim, 399.  Polo São Judas - E.B. Professora Maria Dutra Gomes: Rua Jacob Ardigó. - Grupo Escolar Carlos de Paula Seara: Rua Pedro José João, 237.  Polo Cidade Nova - Colégio Pedro Rizzi: Rua Agílio Cunha, 812. - CEDIN Emílio Gazaniga Júnior: Rua das Hortências, 184.

 Polo Santa Regina - C.E.I. Diva Vieira Abrantes: Augusto Cugnier, 456.  Polo Portal 2 - C.E.I. Maria da Glória Stringari: Rua Francisca Casas Ramos, 78.

 Polo Imarui - E.E.B Arnaldo Brandão: Rua Leodegário Pedro da Silva, 633.

 Polo Canhanduba - E.B. Padre José de Anchieta: Rua João Thomaz Pinto, 1567.

 Polo de Cordeiros - CEC de Cordeiros: Rua Dr. Reinaldo Schmithausen, 1966. - CEI Vereador Otávio Cesário Pereira: Rua Jose Luiz Marcelino, 1162. - Escola Básica João Paulo II (fundos): Rua Vereador Nestor dos Santos.

 Polo Centro Mercado Público: Rua Felix Busso Asseburg, 25. O Semasa atende 24h pelos telefones 0800 645 0195, 115 e 3344 9000. Whatsapp 47 99261 3492.


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Entrevista: Energia elétrica vai ficar mais cara, mas há alternativa, diz especialista

ois fatores tendem a tornar a energia elétrica mais cara para o consumidor brasileiro nos próximos meses. Um deles é o empréstimo realizado pelo governo federal às distribuidoras de energia para que elas não quebrassem em meio à pandemia. Essa conta já está chegando. Outro é a estiagem, que já ligou o alerta no Planalto para ativação de usinas termelétricas a fim de preservar reservatórios. Só que este modelo é bem mais caro. Segundo o especialista do setor e presidente da consultoria em energia Enercons, Ivo Pugnaloni, energia não vai faltar, mas o preço tende a subir. Para empresas médias e grandes consumidoras há uma saída, diz: comprar energia no mercado livre. Em entrevista à Rede Catarinense de Notícias, Pugnaloni fala sobre as dificuldades do setor, as possibilidades de economia e sustentabilidade dos negócios. Rede Catarinense de Notícias Este é um momento de crise, em que as empresas estão buscando redução de custos e a energia é uma conta muito importante. Como está essa busca por economia? Ivo Pugnaloni - Essa pergunta tem duas respostas. Uma para quem já está no mercado livre e outra para quem não está. Para quem não está no mercado livre, tem ainda um agravante: a energia está subindo de preço. A regulamentação do setor elétrico permite que, quando haja um evento como a pandemia, haja uma flexibilização do corte do inadimplente e essa inadimplência tem que ser assumida pelo sistema como um todo. E qual foi a fórmula para resolver o problema? Um empréstimo do BNDES para a distribuidoras, que será pago aumentando o valor da tarifa de quem está adimplente. Não pode faltar o dinheiro, de algum lugar tinha que vir. Um empréstimo que já começou a ser pago. Para as distribuidoras poderem aguentar o tranco. Só que o empréstimo já começa a ser pago com aumento das tarifas. A tendência é de aumentos de até 20%. Isso para

quem compra energia de distribuidora. RCN - E para quem está no mercado livre? Pugnaloni - Quem está no mercado livre, olha a ironia: o preço caiu. Por quê? Porque a negociação é livre. Como diminuiu o consumo, por exemplo, na área automobilística caiu 65%, teve sobra de energia no mercado. Empresas tinham feitos contratos a R$ 280 pelo MW/h, hoje a energia está cotada a R$ 180. Só que quem sabe disso? Ninguém. Quem poderia avisar é a empresa que vendeu, mas quem vendeu não vai avisar que o preço caiu. Essa é a função de empresas de consultoria, que não tem vínculo com o vendedor. RCN - O Congresso analisa uma proposta para reduzir o consumo mínimo exigido para ingresso no mercado livre. Essa e outras medidas estão fazendo o setor avançar? Pugnaloni - Nem precisa de lei, só um regulamento. Só mandar a Aneel fazer. Reduzir o consumo mínimo vai aumentar o mercado livre. Isso é uma maneira. A outra é quem já tem o consumo mínimo, ou próximo disso, entender o que está acontecendo, como está jogando dinheiro fora. Não adianta só aumentar o alcance legal, se não houver o alcance da inteligência de mercado. Porque senão você aumenta e não avisa, ninguém muda, com medo de migrar. O mercado livre tem 20 anos. O número de consumidores que migraram para o mercado livre é ridículo. O empresário tem medo, mas não tem do que ter medo. Já ouviu falar de alguma empresa no mercado livre que ficou sem energia? Nunca, desde que tenha um bom contrato. RCN - Essa migração para o mercado livre tem gerado um fomento para a geração de energia em pequena escala e distribuída? Pugnaloni - Sim, há um aumento sensível no número de consultas e de estudos. Só no mês passado, nós fomos con-

tratados para realizar nove estudos. Todos na área de hidrelétrica. Realmente é uma tendência, mas seria uma tendência muito maior se não houvesse essa procura novamente, motivada por fatores emocionais e de falta de informação, do empresário que quer resolver o problema dele no mês que vem. 95% dos consumidores querem gerar sua própria energia, mas não sabem o que é isso. Aí a solução que parece mais óbvia é usar o telhado para produzir energia. Mas quantos anos vai levar para pagar a conta? Em cinco anos você paga o investimento, mas quando é que esse investimento vai se pagar? Por que esse consumidor não passa para o mercado livre? Você pode comprar energia 30% mais barato sem investir nada. Só tem que mudar o fornecedor. RCN - Esse foco na produção hidrelétrica é mais vantajoso do que outras alternativas? Pugnaloni - Em Santa Catarina, a gente pode construir uma pequena Central Geradora Hidrelétrica sem sair do Estado. Você pode comprar todos os geradores, todas as turbinas, todo o equipamento eletromecânico, todos os serviços de engenharia, comercialização de energia, planejamento, linhas de transmissão, empreiteiras. Tem tudo para fazer hidre-

létricas aqui. Gerando ICMS, ISS aqui. Tem um estudo da Eletrobras que mostra o potencial hidrelétrico do país. É impressionante. Temos potencial para 40% a mais do que tudo que foi construído em 150 anos. RCN - O tema ambiental tem gerado grande discussão atualmente. Em geral, esses projetos menores têm menor impacto ambiental? Pugnaloni - Nós aplicamos projetos e parcerias com as etnias Guarani e Kaingang e fizemos alguns acordos muito interessantes, registrando em cartório. Depois de termos o projeto aprovado pela Aneel, nós pedimos para refazer o projeto e remover o barramento. A queda continua a mesma, a vazão continua a mesma, mas não tem mais água reservada para a seca. O reservatório é tão pequeno numa PCH, numa CGH, que praticamente não guarda água para mais do que dois ou três dias. Se não tiver água em dois ou três dias não adianta o reservatório. Nós adotamos outra solução. Aumentamos o canal de onde vem a água. Esse canal é muito mais barato que a barragem, dependendo do lugar. Você aumenta o canal e vai buscar água antes. Tudo é mais fácil, mais objetivo.

Consumo de gás natural em setembro foi o maior da história de SC Depois de acelerada reação frente à crise da pandemia nos últimos meses, o mercado catarinense atingiu em setembro um novo marco: o consumo de gás natural chegou a 63,9 milhões de m³ no mês, superando o último recorde de outubro 2018, quando o volume mensal foi de 62,9 milhões de m³. A média diária (2,1 milhões) e o pico de vendas num único dia (2,3 milhões) também superaram recordes anteriores. Após queda em março e abril, o mercado retomou crescimento em maio. Em julho o patamar de consumo praticamente se igualou ao do período pré-crise; logo em seguida foi constatado o melhor resultado para o mês de agosto na história e em setembro foram consolidados os novos recordes. A indústria catarinense, responsável pelo consumo de aproximadamente 80% de todo o volume de gás natural distribuído no Estado, tem puxado o avanço nos números: o seg-

mento cresceu 5,3% em relação ao mês anterior e 11% quando comparado ao volume registrado em setembro de 2019. “Santa Catarina mais uma vez tem mostrado sua força para superar de forma rápida as crises que afetam o país. [...] Os bons resultados são fruto de nossos investimentos para interiorizar a oferta do gás natural, além de nossa tarifa historicamente competitiva”, afirma o presidente da Companhia de Gás de SC (SCGÁS), Willian Anderson Lehmkuhl. “Nosso foco agora está em ampliar o suprimento para dar conta de atender a alta na demanda aqui em nosso Estado, que deve manter o ciclo de crescimento nos próximos anos. [...] A SCGÁS tem trabalhado junto ao mercado para impulsionar estes avanços”, complementou. Cerca de 50% do PIB industrial catarinense é atendido pela SCGÁS, o que permite que o nível de consumo de gás natural seja um medidor do comportamento econômico e produtivo no Estado.


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