ÍNDICE 8
IMPLANTANDO Obras na estação de tratamento de esgoto de Itajaí estão em ritmo acelerado
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GASTRONOMIA Bottarga Gold produz o caviar brasileiro em SC
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FICA ESPERTO! Cursos de capacitação e qualificação em Itajaí são perfeitos para quem busca seu lugar ao sol
10 MULHER NO COMANDO Prefeita de Bombinhas é eleita presidente da Amfri
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JOVENS EMPREENDEDORES COMANDAR NEGÓCIOS TAMBÉM VIROU ESPECIALIDADE DE GENTE JOVEM
www.revistaportuaria.com.br Revista Portuária também está na web com informações exclusivas Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publicação, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acontece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é encaminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: jornalismo@revistaportuaria.com.br 4 • Março 2014 • Economia&Negócios
ANO 15 EDIÇÃO Nº 169 MARÇO 2014 Editora Bittencourt Rua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600 Diretor Carlos Bittencourt direcao@bteditora.com.br Jornalista responsável: Leonardo Thomé – DRT SC 04607 JP jornalismo@revistaportuaria.com.br Diagramação: Solange Alves solange@bteditora.com.br Contato Comercial Rosane Piardi - 47 8405.8776 comercial@revistaportuaria.com.br Impressão Impressul Indústria Gráfica Tiragem: 10 mil exemplares
Elogios, críticas ou sugestões direcao@bteditora.com.br Para assinar: Valor anual: R$ 240,00
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Comercial para todo o Brasil
EDITORIAL Pesquisa nova que aponta velhos problemas A Revista Portuária – Economia & Negócios traz na edição do mês de março como matéria de capa o resultado de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o IBOPE, que revela que os brasileiros elegem a saúde, segurança e educação como prioridades para 2014, principalmente levando-se em consideração que é ano de eleição para vários cargos públicos, principalmente o de presidente da república, que é quem comanda as políticas públicas em nível nacional. Nada de novo no resultado desta pesquisa, considerando-se que estes problemas já vêm preocupando os brasileiros há muito tempo, independente da condição financeira, mas que dependem exclusivamente de vontade política para serem resolvidos. O problema é que apesar da arrecadação de impostos por parte do go-
verno aumentar a cada ano, o retorno destes impostos em forma de serviços à população não é na mesma proporção. A edição de março da Revista Portuária – Economia & Negócios fala ainda do setor turístico nacional, que cada dia mais se rende ao turismo para famílias, com influência direta dos filhos na decisão dos destinos. Outra matéria importante é sobre a aprovação da versão final do projeto de lei do Estatuto das Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Microempreendedores Individuais, ocorrido no final de fevereiro. O projeto visa ampliar a participação das MPEs nas compras governamentais, estimular o desenvolvimento e criação de empregos, a exportação, o associativismo e a educação empreendedora. Além dessas matérias tudo sobre a movimentação dos portos do sul do Brasil. Boa leitura!
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Economia&Negócios • Março 2014 • 5
UNIVALI
Incubada inova com sistema para captação de água da chuva PROJETO RECEBERÁ R$ 50 MIL REAIS DO PROGRAMA SINAPSE DA INOVAÇÃO PARA DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIO
O
empreendedor Hamilton Barbosa, da empresa Plasma Engenharia, incubada na Univali, está desenvolvendo um sistema inovador para captação e aproveitamento da água da chuva. O projeto “Hidravida” ficou entre os cem vencedores do Programa Sinapse de Inovação e receberá R$ 50 mil reais para seu desenvolvimento. O sistema, que já está patenteado, é composto por uma estrutura especial de PVC, oca e mais resistente, que substitui a madeira (caibros e vigas) na armação do telhado e é capaz de armazenar a água da chuva. Após a coleta, o líquido desce por calhas filtradoras até
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uma cisterna enterrada no chão. Com auxílio de uma bomba, a água da cisterna é novamente filtrada e volta para o telhado, onde fica armazenada dentro da estrutura. “O sistema elimina impurezas e o mau cheiro da água, assim ela poderá ser usada tranquilamente para descargas, lavagem de calçadas e carro, rega e demais formas que não seja o consumo humano. Além da economia, pode ajudar no conforto térmico, e auxiliar em construções que não dispõem de espaço para caixas d’água”, explica Barbosa. O projeto apresenta um protótipo de uma casa de 35 m², conforme medidas das moradias da população de
baixa renda do Programa Minha Casa Minha Vida. A capacidade de armazenamento planejada nessa estrutura é de 1.139 litros, previstos para serem consumidas por uma família de três pessoas no período de duas semanas a um mês. O projeto inicia o processo de incubação pelo Programa Sinapse em março. Os R$ 50 mil recebidos serão destinados para aperfeiçoar o protótipo e desenvolver o plano de negócios. “O primeiro passo é trabalhar para a ideia sair do papel. Já estamos em contato com investidores que mostraram-se muito interessados na proposta”, ressalta Barbosa.
Programa Sinapse de Inovação
A 4ª edição do Sinapse de Inovação selecionou este ano cem propostas para receber, cada uma, R$ 50 mil reais. Quatro projetos inscritos por empreendedores da Incubadora de Empresas
da Univali foram selecionados. Além do projeto “Hidravida- Sistema de Captação de Água da Chuva em Telhado Autossuficiente”, de Hamilton Barbosa, selecionado na categoria Materiais, também foram escolhidos os projetos, “Solução Personalizável de Monitoração e Rastreamento”, do acadêmico André Brasil Vieira Wyzykowsky, na categoria TI e Comunicações; “Fungicida Natural para Cultivo Agrícola”, de Vinícius Ferretti, e “Brastax - Tecnologias Sustentáveis de Saneamento com Microalgas”, de Murilo Canova Zeschau, ambos na categoria Biotecnologia. O Sinapse é uma iniciativa do Governo de Santa Catarina, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc) e do Sebrae, e realizado pela Fundação Certi, para transformar e aplicar as boas ideias geradas por estudantes, pesquisadores e profissionais dos diferentes setores do conhecimento e econômico em negócios de sucesso. •
Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis Economia&Negócios • Março 2014 • 7
Implantando Obras na estação de tratamento de esgoto de Itajaí estão em ritmo acelerado
A
s obras de implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário de Itajaí, em breve, receberão a segunda etapa dos trabalhos. A obra será, apesar de tardiamente, um verdadeiro marco para a cidade, que ainda não tem tratamento de esgoto, assim como boa parte dos municípios brasileiros. Hoje em dia, com o calor infernal que tem feito, você imagina o problema que esse atraso social provoca na população. As residências itajaienses possuem apenas fossa e sumidouro, que não serão mais necessários quando o sistema de coleta entrar em funcionamento. Porém, cada imóvel terá que fazer a ligação direta no sistema. Diretor geral do Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e
Infraestrutura (Semasa), Flávio Farias afirma que a implantação da rede coletora de esgoto em Itajaí será um grande passo na busca por qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. “Estamos investindo para que Itajaí viva uma nova realidade ambiental. A implantação da rede de esgoto doméstico coloca o município como um modelo de alternativa sustentável, aprimorando as condições do solo, a qualidade da água e consequentemente a melhoria da saúde pública”, destaca Flávio FariaS. Ao todo, as obras de implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário de Itajaí passam por cinco etapas, sendo que a primeira está em fase final de conclusão. Esta etapa abrange os bairros Praia Brava, Cabeçudas, Fazenda e Centro. Também está
Flávio Farias, Diretor geral do Semasa 8 • Março 2014 • Economia&Negócios
em fase final de conclusão a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) estrutura localizada na rua Otto Hoier, bairro Cidade Nova. Nesta primeira etapa foram investidos R$ 46.939.394,56 na implantação da rede (tubulações e elevatórias) e construção da ETE (Estação de tratamento de esgoto). A primeira etapa dos trabalhos deve beneficiar mais de 40 mil pessoas em 80.630 metros de rede instalada. A próxima etapa das obras já foi licitada, e engloba os dois bairros mais populosos da cidade: São Vicente e Cordeiros. Após a conclusão da segunda etapa das obras, cerca de 43 mil moradores dos bairros São Vicente e Cordeiros serão beneficiados com o sistema de esgoto sanitário. No total, a segunda etapa de implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário de Itajaí ultrapassará R$ 40 milhões, abrangendo, além de obras, a aquisição de materiais e equipamentos, e a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada no bairro Cidade Nova. 2º Etapa – Cordeiros e São Vicente (já licitada passando por avaliação para a assinatura de contrato). Estão sendo investidos especificamente nesta fase do projeto R$ 29.419.455,77. O recurso é proveniente de financiamento junto ao BNDES, que tornará possível implantar 97 quilômetros de rede de esgoto nos bairros São Vicente e Cordeiros, beneficiando cerca de 43 mil moradores. 3º Etapa - Vila Operária, Dom Bosco, Nossa Sra. das Graças, Ressacada e São Judas 4º Etapa - São João, Barra do Rio e Imaruí 5º Etapa - Cidade Nova, Promorar I, II e III Nesta primeira etapa foram instaladas 18 elevatórias (Elevatória de Esgoto é um conjunto de equipamento, que geralmente se encontra dentro de uma edificação subterrânea, e tem como objetivo promover o recalque das vazões dos esgotos que são coletados, transportando estes esgotos até a Estação de Tratamento) • Economia&Negócios • Março 2014 • 9
GASTRONOMIA
Bottarga Gold produz o caviar brasileiro em SC IGUARIA PRODUZIDA A PARTIR DE OVAS DE TAINHA SALGADA É DESTAQUE NA CULINÁRIA REGIONAL
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roduzida a partir de ovas de tainha salgadas e desidratadas, a bottarga é uma iguaria muito apreciada e valorizada na Europa e na Ásia, sendo comparada ao caviar. O produto é destaque regional da culinária catarinense e conquista cada vez mais paladares em todo o país.
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“ Muito mais acessível no preço, a bottarga também se destaca do caviar de esturjão por melhores propriedades nutricionais. “
O alimento ganha visibilidade através de empresas como a Bottarga Gold, que produz variedades de bottarga a partir da alta qualidade de sabor das tainhas pescadas na costa e no alto mar em Santa Catarina. Servido como entrada ou ainda em risotos e saladas, acompanha uma infinidade de pratos gourmet - com ou sem a presença de peixes e frutos do mar - a Bottarga se destaca pelo sabor e textura incomparáveis e também por sua atuação como destaque principal ou com a sutileza para as delícias de pratos criativos oferecidos por grandes chefs. Conhecida como o “caviar brasileiro”, a bottarga tem um valor médio de venda de R$ 500 o quilo, enquanto o tradicional caviar de esturjão pode chegar a valer R$ 10 mil o quilo. Apostando nessa relação favorável de custo/ benefício, a Bottarga Gold vem aumentando anualmente a sua produção atualmente em quatro toneladas prevista para 2013 e uma meta de chegar a 12 toneladas até 2016. “Seu incrível valor nutricional tem personalidade e a vantagem de ser bem acessível aos consumidores e gourmets” comenta Débora Guimarães, nutricionista catarinense. Muito mais acessível no preço, a bottarga também se destaca do caviar de esturjão por melhores propriedades nutricionais. De acordo com Débora Guimarães, um estudo comparativo entre os dois alimentos demonstra que, enquanto cada 100 gramas de tainha
oferece 3,34 gramas de carboidratos, 13,04 gramas de lipídios e 25,25 gramas de proteínas, a mesma quantidade de esturjão é ausente de carboidratos e possui apenas 5 gramas de lipídios e 20 gramas de proteínas. No que se refere aos benefícios saudáveis relacionados ao consumo de peixes, a presença dos ácidos graxos omega-3 é o fator mais procurado pelos consumidores. Com 40 miligramas de omega-3, a tainha é um dos pescados da costa brasileira com maior concentração desta valiosa substância associada à prevenção do câncer e doenças cardiovasculares. Somam-se a essas propriedades, a presença de vitaminas A,B,C e E, além de ferro e cálcio, que reforçam o apelo nutricional da bottarga como um novo alimento de grande potencial na dieta dos brasileiros, ainda muito carente de frutos do mar. Além disso, a bottarga se destaca por ser um alimento funcional, que já vem pronto para o consumo e pode ser incorporado como ingrediente nas mais variadas receitas. Atenta a estas possibilidades, a Bottarga Gold apresenta o “caviar brasileiro” em versões de bottargas inteiras em embalagens de 100 e 200 gramas, bottarga em pedaços de 50 gramas - com ou sem cera de abelha -, além de versões raladas e granuladas. Uma variedade de formatos que multiplica as possibilidades de consumo do produto, hoje encontrado nos empórios, delicatessens e nas seções gourmet de algumas redes de supermercado do país. •
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FICA ESPERTO! Cursos de capacitação e qualificação em Itajaí são perfeitos para quem busca seu lugar ao sol Em sua última edição, a Revista Portuária – Economia & Negócios tratou de um assunto caro a milhões de trabalhadores Brasil afora, com foco obviamente para o Litoral Norte de Santa Catarina, berço da publicação: a capacitação e qualificação dos profissionais na indústria e em qualquer área. Pois bem, na onda de iniciativas que dão certo em Itajaí e região, a Univali, como já é tradição, e a prefeitura itajaiense, estão promovendo cursos para aperfeiçoar e qualificar o trabalho profissional de quem vive por aqui. Cada instituição com suas especialidades, mas ambas incumbidas do dever nobre: ensinar para crescer.
Na universidade Cursos rápidos contribuem para atualização profissional
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ápidos, objetivos e com horários flexíveis, assim são os cursos de extensão oferecidos pela Univali. São mais de 400 formações por ano, em todos os campi, que propiciam qualificação e diploma para quem quer atualizar-se e crescer na profissão.
Em geral, os cursos de exmos de dor”, conta. tensão oferecem descontos de 10% a 15% para acadêmicos, Aproveite egressos e funcionários da univeras facilidades sidade. Essas capacitações podem "A flexibilidade de horários, datas Para consultar as opções de cursos, a das aulas, facilitam até na hora das ser de um dia, ou de até de três Univali dispõe da página univali.br/eventos. empresas liberarem seus funcionários meses, variando de acordo com Os interessados podem fazer cadastro e inspara fazerem os cursos." o tema, e sempre realizados em crições on-line, e parcelar pagamento. Ana Cláudia Dalagnoli datas e horários que se adequam Para Ana Cláudia Dalagnoli, coordeà rotina de quem não dispõe de nadora de eventos da Univali e responsátempo livre devido à jornada de estudos ou trabalho. vel pela oferta dos cursos de extensão, a elevada procura por As soluções e conhecimentos repassados nas capaciestes cursos tem estreita relação com as facilidades que eles tações podem ser aplicados instantaneamente no trabalho oferecem aos interessados: “A flexibilidade de horários, datas e contribuem para que o profissional possa reciclar-se, esdas aulas, facilitam até na hora das empresas liberarem seus funtar em contato com as novidades e acompanhar os avancionários para fazerem os cursos”. ços técnicos da sua área. Em alguns casos as próprias empresas ou instituições, Heloisa Cunha Rodrigues, egressa de Comércio interessadas no aprimoramento profissional de seus funcionáExterior, participou do curso “Siscoserv – Saiba como rios, financiam a participação. Outra forma é a modalidade In funciona!” e garante que foi em boa hora: “O curso me Company, em que as próprias empresas cedem seus espaços forneceu informações importantes para eu aplicar no meu para as aulas. Segundo Dalagnoli, é muito comum associações, trabalho, principalmente neste momento crítico em que as empresas precisam se adequar às normas regimentais o sindicatos, e prefeituras mobilizarem grupos de pessoas prémais rápido possível, já que os prazos estão se findando e dispostas em aprender alguma temática e propor o próprio projeto de curso. “Qualquer pessoa pode propor um projeto possíveis autuações podem ocorrer”, explica. A egressa é responsável pelo setor financeiro da em- desde que a formação possua alguma demanda de público supresa OWL International, de importações e exportações, ficiente”, afirma. Cursos de temáticas gerais, tais como “Oratóe acredita que os aperfeiçoamentos rápidos agregam valor ria” e “Elaboração de Artigos Científicos”, são mais procurados ao currículo: “Estes cursos contribuem para formar um pelos acadêmicos que desejam se preparar para apresentação dos trabalhos de conclusão de curso, para a pós-graduação, ou profissional de qualidade, bem informado”, acrescenta. O contato com conhecimentos novos e práticos desenvolver competências básicas para entrar no mercado de também agradou William César Gaspar, formado em Fi- trabalho. Outras formações bastante procuradas são as de softwasioterapia, em 2003, e atualmente acadêmico de Odontologia. Ele fez o curso de “Urgências e Emergências em re, que são mais específicos para algumas profissões, e ensinam Odontologia” e garante que a formação lhe trouxe experi- o domínio de ferramentas e novas tecnologias. Alguns profisências inovadoras: “O curso foi de extrema valia e quebrou sionais também buscam estes cursos rápidos na intenção de muitos tabus. No curso eu tive aulas práticas com bonecos agregar conhecimentos de outras áreas e ainda obter certifique simularam o atendimento a pacientes em casos extre- cados. •
Rua Brusque, 337 - Itajaí - SC Economia&Negócios • Março 2014 • 13
DOIS LADOS
Na Fiesc, Colombo faz balanço de ações do governo James Tavares
O
governador Raimundo Colombo participou, no dia 21 de fevereiro, de reunião na Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), com o presidente da entidade, Glauco José Côrte, e empresários de diferentes regiões do Estado. O governador fez um balanço das ações do Estado, em especial dos investimentos pelo programa do Pacto por Santa Catarina, que está garantindo R$ 10 bilhões para diferentes áreas, com destaque para infraestrutura e logística, que são demandas constantes do empresariado. “Sabemos das limitações do poder público, da burocracia excessiva, mas temos avançado nos últimos anos no desenvolvimento econômico e social. Os indicadores mostram isso. E a indústria catarinense está de parabéns por sua participação nesse processo”, afirmou. Colombo destacou também o bom momento na geração de emprego no Estado, ressaltando a participação da indústria nesse cenário. Em 2013, a indústria catarinense liderou a geração de empregos no setor no país. Foram 20,1 mil vagas geradas pelo segmento industrial no Estado, superando estados como Paraná (15,1 mil), Rio Grande do Sul (14,3 mil) e São Paulo (13,4 mil). Os dados são do Ministério do Trabalho. E o cenário favorável segue em 2014. Santa Catari14 • Março 2014 • Economia&Negócios
na liderou a geração de empregos no país em janeiro deste ano. O saldo (diferença entre admissões e demissões) foi de 18.317 vagas com carteira assinada geradas em SC, o maior resultado entre todos os estados. Em seguida, aparecem: Paraná, com 11.991; Mato Grosso, com 10.264; Rio Grande do Sul, com 9.584; e São Paulo, com 7.949. Em Santa Catarina, os setores que mais se destacaram em janeiro foram a indústria da transformação (saldo de 7.372 vagas), a agropecuária (4.742) e o setor de serviços (3.862). Os bons indicadores sociais do Estado também foram destacados pelo governador, como a maior longevidade do país, o menor índice de mortalidade infantil e a menor taxa de analfabetismo. O presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, agradeceu a participação do governador, reforçando as reivindicações de melhorias constantes em infraestrutura no Estado e reconhecendo a importância dos investimentos em andamento nas estradas, rodovias e portos catarinenses. “Hoje, ainda temos um dos maiores custos de logística do país. Estamos atualizando estudo elaborado em parceria com a UFSC que mostra que o custo de logística de uma indústria catarinense é o dobro do custo de uma empresa americana de mesmo porte. Isso afeta nossa competitividade no mercado nacional e no exterior”, destacou. •
Márcia Cristina Ferreira
MULHER NO COMANDO Prefeita de Bombinhas é eleita presidente da Amfri
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Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí - Amfri já tem uma nova presidente. Eleita por aclamação no dia 14 de fevereiro, a prefeita de Bombinhas, Ana Paula da Silva assumiu a presidência da entidade para o exercício de 2014. A Assembléia Geral de Prefeitos foi realizada na sede da associação e teve a presença de representantes dos dez municípios que constituem a entidade. Ana Paula agradeceu a população de seu município que a elegeu como prefeita e aos prefeitos dos municípios da região por a escolherem para este importante cargo. A nova presidente ainda ressaltou saber da importância de presidir a Amfri, por tudo o que a instituição faz para a região e disse que conta com o apoio de todos. “Estarei fazendo tudo que estiver ao meu alcance durante este ano para realizar um trabalho de sucesso a frente de nossa entidade, com ajuda da equipe técnica da Amfri e dos meus colegas prefeitos, irei buscar alcançar as expectativas em mim investidas”, concluiu. Como primeiro vice-presidente da Amfri foi escolhido o prefeito de Navegantes, Roberto Carlos de Souza, ao qual não pode estar presidente na reunião, mas esteve representado pelo vice-prefeito do município, Emílio Vieira. O prefeito de Ilhota, Daniel Christian Bosi ocupa agora o cargo de segundo vice-presidente e também enfatizou sua gratidão por ter sido escolhido para a função. Leonel José Martins, prefeito de Balneário Piçarras e presidente da Amfri em 2013, passou o cargo para Ana Paula da Silva, agradecendo principalmente a equipe técnica da Amfri e ao secretário executivo da associação, Célio José Ber-
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nardino que ajudaram a conduzir os trabalhos desenvolvidos durante o último ano. “Para mim foi uma grande honra ter sido presidente da Amfri, agradeço muito aos prefeitos que me deram esta oportunidade, ao Célio e toda a equipe desta instituição. Aproveito também para parabenizá-los pelo brilhante trabalho que realizam e por promoverem a integração entre nossos municípios”, encerrou Leonel. Confira a Composição da Diretoria da AMFRI 2014: Presidente - Ana Paula da Silva (Prefeita de Bombinhas) Primeira Vice-Presidente - Roberto Carlos de Souza (Prefeito de Navegantes) Segundo Vice-Presidente - Daniel Christian Bosi (Prefeito de Ilhota) Conselho Fiscal Efetivo - Evaldo José Guerreiro Filho (Prefeito de Porto Belo) Conselho Fiscal Efetivo - Evandro Eredes dos Navegantes (Prefeito de Penha) Conselho Fiscal Efetivo - Jandir Bellini (Prefeito de Itajaí) Conselho Fiscal Efetivo - Leonel José Martins (Prefeito de Balneário Piçarras) Conselho Fiscal Suplente - Luzia Lourdes Coppi Mathias (Prefeita de Camboriú) Conselho Fiscal Suplente - Rodrigo Costa (Prefeito de Itapema) Conselho Fiscal Suplente - Viland Bork (Prefeito de Luís Alves) •
TURISMO Crescem viagens em família no Brasil TURISMO COM CRIANÇAS EM DESTINOS BRASILEIROS SE INTENSIFICA. PRODUTOS E SERVIÇOS DO GÊNERO SERÃO APRESENTADOS EM MAIO NA 20ª EDIÇÃO DA FEIRA DE NEGÓCIOS TURÍSTICOS DA BNT MERCOSUL
18 • Março 2014 • Economia&Negócios
S
e os pequenos já influenciam na decisão dos pais na hora de comprar produtos e contratar serviços, eles também são considerados fundamentais na escolha do destino das férias e das viagens. A grande preferência é por lugares com piscinas e praias, além de parques e atrativos temáticos. Diante deste cenário um nicho de turismo tem despontado nos últimos tempos: turismo para famílias com crianças de até 12 anos. Cada vez mais os destinos e empresas do gênero vêm intensificando investimentos em divulgação – como produção de guias e roteiros –, além da participação de eventos relacionados direta ou indiretamente a esse público. É o caso da 20ª edição da Feira de Negócios Turísticos da BNT Mercosul que – entre as mais de 400 empresas expositoras – apresentará inúmeras opções de produtos e serviços com foco em famílias. O evento, considerado um dos mais completos do gênero da América Latina, trará mais de 5 mil agentes e operadores de todo o Mercosul interessados em conhecer as novidades turísticas e realizarem negócios para as vendas ao público final por meio de pacotes. O evento acontecerá nos dias 23 e 24 de maio de 2014. Por mais um ano será realizado no Castelo das Nações do Beto Carrero World, em Penha, um dos principais atrativos do país quando o assunto é crianças.
Economia&Negócios • Março 2014 • 19
TURISMO
“Para as crianças o Beto Carrero é um ícone nacional, embora também existam atrativos para pessoas de diversas faixas etárias, como é o caso dos brinquedos radicas para jovens, áreas inteiras destinadas aos pequenos, seis incríveis shows ao vivo e um zoológico com mais de 1.000 animais, atrações para toda a família”, comenta Geninho Goes, organizador da BNT Mercosul, que também é diretor comercial e de marketing do Beto Carrero World.
Turismo em família cresce nos últimos anos Em busca de uma viagem tranquila e prazerosa, muitos preferem recorrer às agências especializadas a contratar os serviços por conta própria. Além de facilitar no planejamento do passeio, as empresas garantem uma importante ajuda extra na hora de escolher o lugar e os atrativos ideais. “Nosso maior nicho são as famílias, e por isso, desde 2011, temos procurado diversificar nossos produtos voltados para esse público. Abrimos dois novos departamentos – cruzeiros e produtos nacionais – voltados para o turismo de famílias e já sentimos um aumento de 19% nas vendas desde então”, comenta o diretor financeiro da operadora Uneworld, Fabian Saraiva. Quando o assunto é hospedagem os resorts têm sido os preferidos por esse público por reunirem entretenimento, segurança, opções para descanso dos pais e diversão para os filhos. Segundo a pesquisa “Resort no Brasil” realizada pela BSH Internacional no ano passado, 40,7% do público dos resorts são famílias com crianças. “Temos notado que a opinião e o desejo da criança é cada vez mais um fator decisivo para a escolha do resort, o que faz com que os empreendimentos invistam mais em programações especialmente dedicadas a este público,” explica o diretor executivo da Resorts Brasil Ricardo Domingues. Em anos que há maior número de feriados prolongados, se intensificam as viagens e principalmente as ocupações. Em 2012, com 16 dias de feriados, o mercado atingiu o ápice, segundo informações da Resorts Brasil. Só em novembro daquele ano, houve um aumento de 7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados de 2013 estão em fase final de apuração, mas – mesmo sem muitos feriados - o bom desempenho se manteve, segundo Domingues. “Em 2013, conseguimos manter um bom resultado do segmento como um todo, incluindo as viagens com crianças. Entendemos que os resorts têm potencial para atingir, em 2014, resultados semelhantes e até mesmo superiores aos do ano passado”, diz Domingues. 20 • Março 2014 • Economia&Negócios
TURISMO
As cidades da Costa Esmeralda, como Porto Belo, Bombinhas e Itapema, são algumas das beneficiadas com eventos como que acontecerá em Penha Os brinquedos radicais são a sensação do Parque
Parque Beto Carrero, em Penha, será sede do encontro
Economia&Negócios • Março 2014 • 21
ARTIGO
Gerações Y e Z: as franquias estão à procura de vocês
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Por Nadia Korosue Administradora de empresas, especialista em projetos, sócia da GOAKIRA Consultoria
Para ser muito bem sucedido nessa empreitada, antes de tudo, é imprescindível buscar um segmento com a qual tenha afinidade, uma marca a qual se identifique para obter sua realização pessoal e atuar com força total.
e você é da Geração Y ou Z e se considera um jovem empreendedor, este artigo foi escrito especialmente para você! Fazem parte da Geração Y os nascidos entre 1979 e 1994. São aqueles que assistiram à revolução tecnológica, tem perfil questionador, multitarefas e imediatistas. Já a Geração Z são os nascidos a partir de 1995 e, em sua maioria, são aqueles que convivem com computador, chats e telefone celular desde a infância. São bastante ansiosos, arrojados e costumam fazer tudo ao mesmo tempo, estando sempre um passo à frente das outras gerações, pois possuem fácil acesso à informação. Muitos desejam empreender e ter o seu próprio negócio. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae mostrou que 50% dos jovens universitários brasileiros tem este objetivo. A vontade é grande, porém, não costumam ter muita paciência para aguardar uma formação executiva e visam empreender em algo que lhes ofereça um retorno em curto prazo. Por outro lado, um dos receios mais comuns é de errar e fracassar ao abrir um negócio, pois sabem que a maturidade e a falta de prática e vivência dentro da administração de uma empresa podem ser um grande desafio na obtenção do sucesso. Em função do perfil, muitos acabam investindo em franquias, pois enxergam uma maneira rápida de atuar em um modelo de negócio que já está pronto, testado, com uma marca que muitas vezes já é conhecida no mercado, além de receber todo o treinamento e capacitação operacional e de gestão, diminuindo a desvantagem e a insegurança que a falta de experiência pode oferecer. Em 2012, os jovens entre 21 e 30 anos representavam 47% dos interessados em abrir uma franquia. A maioria, 57% é da região Sudeste e possuem formação em administração de empresas (29%), Cerca de 33% buscam oportunidades no segmento de alimentação. O mercado de redes de franquias tem acompanhado este crescimento e concentrado os seus esforços para adaptar-se aos novos tem-
pos e às expectativas desses potenciais investidores. Estão constantemente à procura de jovens empreendedores, pois sabem que eles têm mais pique, proatividade, receptividade a riscos, autonomia, comunicam-se mais, são mais engajados e possuem visão de futuro objetivando uma parceria de sucesso. Como os jovens geralmente dispõem de poucos recursos para investir inicialmente, as redes de franquias de baixo custo como, por exemplo, as microfranquias e as franquias virtuais, tendem a ser mais atrativas. Aquelas que têm perfil inovador, que estão antenadas com as principais tendências do mercado trazendo sempre novidades e buscando se aperfeiçoar o tempo todo também chamam mais a atenção. É importante ressaltar que é interessante para as redes que o empreendedor seja dedicado, focado, apresente equilíbrio emocional e uma experiência mínima para fazer o negócio crescer e desenvolver de acordo com as suas expectativas. Se já tiver convivido com clientes, lidado com pessoas ou tenha tido colaboradores sob sua responsabilidade, melhor ainda. Para ser muito bem sucedido nessa empreitada, antes de tudo, é imprescindível buscar um segmento com a qual tenha afinidade, uma marca a qual se identifique para obter sua realização pessoal e atuar com força total. Além disso, é essencial verificar qual o perfil e faixa etária a empresa busca, se aceita uma atuação mais ativa e agressiva, esteja preocupado com a atualização do negócio, com novas tecnologias, que ofereça suporte rápido em todas as áreas e, principalmente, seja um negócio que não demore muito para amadurecer e que possa apresentar bons resultados logo no início das atividades na região de atuação. Recomenda-se também investir um tempo para participar de eventos, ler livros, pesquisar sobre as empresas, conversar com consultores, colegas que empreendem em franquias ou tenham tido vivência anterior em algum negócio para fazer a escolha mais assertiva. Se você se encaixa neste perfil, empreenda e surpreenda-se! •
20%
Apenas dos jovens têm interesse em
pequenas empresas APESAR DELAS OFERECEREM 88,3% DOS EMPREGOS FORMAIS GERADOS NO PAÍS, A MAIORIA AINDA PREFERE ESPERAR POR UMA COLOCAÇÃO EM GRANDES COMPANHIAS
N
o momento de ingressar no mercado de trabalho, qual a melhor opção? Ir em busca de grandes empresas ou galgar seu
24 • Março 2014 • Economia&Negócios
lugar em corporações de pequeno porte? Segundo uma pesquisa realizada pelo Nube, mais de 50% prefere uma colocação em renomadas e gigantes organizações.
O estudo foi desenvolvido entre os dias 20 e 31 de janeiro, com 17.819 jovens entre 15 e 26 anos. Diante da pergunta “Onde você preferiria trabalhar ou estagiar?”, os votantes tinham quatro opções de resposta: “Grande empresa”, “Multinacional”, “Órgãos públicos” e “Pequena ou média empresa”. A primeira e segunda alternativas somaram 58,9%, ou seja, 10.502 votos. “Muitos estudantes sonham com altos cargos e salários, por isso almejam atuar em famosas organizações. Não à toa, a escolha por ‘Grande empresa’ foi a mais desejada, com 34,4%, seguida por ‘Multinacionais’, com 24,5%”, explica Rafaela Gonçalves, analista de treinamento do Nube. No entanto, segundo a especialista, focar apenas nesse tipo de corporação pode limitar a oportunidade de estágio e prejudicar a inserção no mundo corporativo. “Estar nessas companhias é realmente bom para o currículo, mas a obsessão por tais vagas pode ocasionar a perda de grandes chances. Afinal, em quantos outros empreendimentos muito bons não seria possível atuar?”, questiona Rafaela, ressaltando o fato de ser fundamental não perder oportunidades no início da carreira. Em terceiro lugar, ficou “Órgãos públicos”, com 21,06%. Escolha ideal para quem deseja muito aprendizado durante um estágio, pois em repartições públicas o colaborador pode aprender diversas atividades. “É muito bom termos pessoas interessadas em atuar no ramo. Esse tipo de trabalho exige muito empenho, as vagas são boas e existe carência de mão de obra qualificada”, afirma a analista. Fora isso, quem consegue passar nos
concursos e se torna efetivo, ainda tem a vantagem da alta remuneração e estabilidade! A última opção obteve 20,01%. Mesmo com um bom índice de votantes, 3.564, muitos estudantes desconhecem os benefícios dessas vagas. Só em 2013, de acordo com dados do Sebrae, com base em informações do Ministério do Trabalho, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 88,3% dos novos empregos formais gerados no país. Além de serem as mais propícias para quem procura possibilidade de crescimento, ainda oferecem acesso fácil aos gestores e grandes chances de efetivação e promoção. “Mostrando um bom desempenho, a retenção dos colaboradores é mais viável. Sem falar na competitividade ser bem menor”, enfatiza a especialista. “Começar pela média e pequena empresa prepara para novos desafios. Pense nisso!”, conclui.
“Muitos estudantes sonham com altos cargos e salários, por isso almejam atuar em famosas organizações."
Sobre o Nube Desde 1998 no mercado, o Nube oferece vagas de estágio e aprendizagem em todo o país. Possui mais de 6 mil empresas clientes, 12 mil instituições de ensino conveniadas no Brasil e já colocou mais de 500 mil pessoas no mercado de trabalho. Também administra toda a parte lega e realiza o acompanhamento do estagiário e aprendiz por meio de relatórios de atividades. Anualmente, são realizadas 8 milhões de ligações, enviados 2 milhões de SMS e encaminhados 620 mil candidatos. O banco de dados conta com 3,2 milhões de jovens cadastrados e todos podem concorrer às milhares de oportunidades oferecidas mensalmente. •
Economia&Negócios • Março 2014 • 25
PORTOS
DO BRASIL
Que Beleza!
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Complexo do Itajaí apresenta o maior valor agregado do Brasil nas cargas movimentadas
mbora a corrente de comércio – soma das importações e exportações – do Complexo Portuário do Itajaí tenha somado apenas US$ 17,43 bilhões no exercício de 2013, ante US$ 122,69 bilhões do Porto de Santos, US$ 33,83 bilhões do Porto de Paranaguá e US$ 28,6 bilhões do Porto de Vitória, o complexo portuário catarinense opera as cargas de maior valor agregado entre os dez principais portos brasileiros. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os números mostram que na relação entre peso e valores (US$/FOB), o valor de cada quilo de carga embarcada ou desembarcada no cais do Porto Público ou nos demais terminais que compõem o Complexo apresentou o valor de US$ 2,22, o que coloca Itajaí no topo do rol dos portos com maior valor por tonelada movimentada. “O fato de liderarmos o quadro dos portos com operações de mercadorias com maior valor está atrelado às operações exclusivamente com contêineres no Complexo, ou seja, as cargas importadas e exportadas conteinerizadas têm valor bem superior as commodities, que são a principal carga de muitos portos”, informa o superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antonio Ayres dos Santos Júnior. Segundo o superintendente, exemplo disso são as cargas de carnes exportadas, que somaram aproximadamente 1,9 milhão de toneladas no ano passado, quase a
26 • Março 2014 • Economia&Negócios
metade das cargas embarcadas no Complexo, com o valor de US$ 4,41 bilhões. Já o item mecânicos e eletrônicos, com apenas 373,6 mil toneladas exportadas, totalizou US$ 1,27 bilhão, que é um valor considerado bastante expressivo. Já a pauta de importações é liderada pelos produtos mecânicos e eletrônicos, com um total de 874,1 mil toneladas desembarcadas e valor de US$ 3,24 bilhões. “São cargas que têm baixo peso e alto valor agregado, ao contrário dos grãos e minério de ferro, por exemplo, têm grandes volumes, alto peso e custos muito baixos”, acrescenta Ayres. No rol dos dez portos, por valor agregado, o Porto do Rio de Janeiro ocupa a segunda posição, com US$ 1,77 por quilo, seguido pelos portos de Santos (US$ 1,31 /Kg), Rio Grande (US$ 1,07/Kg), Salvador (US$ 1,00/kg), São Francisco do Sul (US$ 0,94/Kg), Pecém (US$ 0,84/ Kg), Paranaguá (US$ 0,81/kg), Imbituba (US$ 0,30/Kg) e Vitória (US$ 0,18/Kg). Os números da Secex mostram ainda que dos US$ 23,468 bilhões movimentados por Santa Catarina em operações de comércio exterior no ano passado, US$ 17,280 bilhões foram importados ou exportados pelo Complexo Portuário do Itajaí. As exportações somaram US$ 8,40 bilhões, enquanto as importações ultrapas-saram os US$ 9,190 bilhões. O valor responde por 87,94% da balança comercial catarinense e por 3,62% da balança comercial brasileira. •
PORTOS
DO BRASIL
De Brasília para Itapoá
Mapa vai liberar cargas de forma antecipada no Porto Itapoá
O
novo procedimento, que deve estar em vigor a partir do dia 10 de março, é uma das demandas mais frequentes no âmbito do comércio exterior e da operação portuária brasileira. Em função disso, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), buscando a agilidade na liberação dos processos de importação de cargas (contêineres), orientou aos Terminais Portuários para que disponibilizassem através do seu sistema de controle um Portal com as informações de todos os BLs/Contêineres de importação, para que o Ministério possa emitir análise antecipada da carga. Com as informações disponíveis ao MAPA, através do Portal, os fiscais poderão efetuar a análise de risco das cargas antes mesmo da atracação do navio no Porto Itapoá. Vale destacar, sobretudo, que o MAPA indicará ainda um número determinado de unidades que necessitam de inspeção física no Terminal.Dessa forma, as demais unidades não selecionadas pelo sistema do MAPA e, que passarão a ser contempladas por este novo procedimento, poderão 28 • Março 2014 • Economia&Negócios
ser liberadas sem a necessidade do protocolo de Requerimento – Fiscalização de Embalagem e Suporte de Madeira.
Nota Para os BLs/Contêineres selecionados para a inspeção física do MAPA, o procedimento continua sendo o mesmo: o requerimento – Fiscalização de Embalagem e Suporte de Madeira com o deferimento da Fiscalização deverá ser entregue ao Setor de Importação do Terminal com os demais documentos pertinentes a liberação da carga.
Observação No período de adequação do novo procedimento “Inspeção de Embalagem através do Portal do Terminal” continuará sendo realizado em paralelo pelos Despachantes o procedimento para a Inspeção de Embalagem que já vem sendo aplicado pelo MAPA, sendo este, por um prazo a ser definido pela Fiscalização. •
PORTOS
DO BRASIL
Companhia modelo
Portonave investe mais de R$ 1,1 milhão em projetos sociais
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Portonave investiu forte em responsabilidade social no ano de 2013. A empresa destinou R$ 1,1 milhão, distribuídos entre, aproximadamente, 45 ações, projetos e patrocínios feitos por meio de leis de incentivo. Ao todo, a empresa recebeu cerca de 150 pedidos de apoio. Destaque para o Projeto Contém Cultura, realizado desde 2012 e que nasceu de uma parceria da Portonave com o Instituto Caracol, de Navegantes. O Contém Cultura, um contêiner adaptado em forma de biblioteca, é usado para levar alegria a crianças e adultos por onde desembarca. Recheado de livros, filmes, tinta e muita história, presenteia seus visitantes com oficinas de arte, guias de leitura, rodas de história e sessões de cinema. No último ano, percorreu as cidades portuárias catarinenses e atendeu aproximadamente 11 mil pessoas. Já no Espaço Contém Cultura, a arte tem residência fixa. Aulas gratui-
30 • Março 2014 • Economia&Negócios
tas de dança, canto coral, teatro e oficinas de artes são ofertadas para moradores de Navegantes. O ano passado encerrou com 260 atendimentos. Somente em 2013, a Portonave repassou R$ 295 mil para o Projeto por meio da Lei Rouanet e garantiu a continuidade do projeto. Além disso, 2013 marcou a criação de um projeto para compartilhar conhecimento e conceitos de cidadania nas escolas municipais de Navegantes. O “Projeto Onda: Por um mundo melhor”, uma iniciativa da Portonave, consiste em aulas com duração de cerca uma hora, uma vez por semana, para crianças entre seis e 10 anos. No primeiro ano em ação o projeto atendeu duas escolas e 100 alunos. Os temas abordados foram situações do cotidiano, como: Importância de trabalhar, Importância de estudar, Importância da família e dos amigos, Respeito, Cidadania, etc. Na área do esporte, a empresa investe em uma
PORTOS
equipe de corrida para estimular a prática de exercícios entre os colaboradores. No ano passado, o grupo de colaboradores-corredores participou de 11 provas no Estado. A Portonave ainda patrocina, todos os anos, uma corrida rústica de praia, realizada pela prefeitura municipal. No ano passado, 380 pessoas participaram do evento. Já este ano, o número aumentou e quase 700 atletas correram nas areias navegantinas. Como muitos participantes são de outras cidades e estados, a corrida promove também o turismo no município. A participação exige a doação de uma lata de leite, que após o evento, é doada a instituições ou escolas carentes da cidade. Dessa forma, a ação promove também o esporte, a saúde e a solidariedade. Entre as ações de solidariedade desenvolvidas, estão as doações 2,8 mil chocolates para as crianças na Páscoa e distribuição de 10,7 mil brinquedos para crianças, alunas das escolas públicas de Navegantes. Segundo a responsável pela área de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social da Portonave, Daiane Fagundes Maeinchein, estas ações fazem parte da política da empresa. “A prática da responsabilidade social e a contribuição para o desenvolvimento sustentável devem estar associadas ao desenvolvimento da empresa, por isso buscamos atender projetos que contribuam com a comunidade navegantina e estimulem o desenvolvimento de município e região” comenta Daiane. Ainda em responsabilidade social, o Terminal repassou R$ 983 mil para 11 projetos beneficiados pelas leis: Lei Rouanet, Lei do Audiovisual, Lei de Apoio ao Esporte, Lei Municipal de Incentivo à Cultura, Fundo de Infância e Adolescente e 1038 PRONON (Ministério da Saúde). Entre os projetos apoiados, está o livro Paisagens Culturais Brasileiras, que será dedicado à Navegantes, com foco nos aspectos da cultura, economia e patrimônio da cidade por meio de ensaios fotográficos. Este será o segundo livro sobre a cidade apoiado pela Portonave. Em 2012, no cinquentenário do município a empresa patrocinou o Livro “Navegantes que eu conto”, de Didymea Lazzaris de Oliveira e o documentário Essa Gente Navegante, de Bhig Villas Bôas. •
DO BRASIL
Documentário resgata no Brasil, um importante patrimônio da humanidade
A
Portonave é a patrocinadora do documentário catarinense “Navega Brasil”, dirigido por Bhig Villas Bôas e produzido pela Setcom. O filme documenta a construção dos barcos tradicionais do Brasil, resultado de um conhecimento naval passado de geração para geração há milênios, que chegou ao Brasil pelas mãos de imigrantes de vários cantos do planeta. O filme conta com a participação do navegador Amyr Klink, do pesquisador Dalmo Vieira e dos modelistas Conny Baumgart, Heitor Chaves e Luiz Lauro Pereira Júnior que construíram a Coleção Alves Câmara Sec XXI, com 82 réplicas em escala dos barcos tradicionais do Brasil, exposta no Museu do Mar em São Francisco do Sul. O documentário com 52 minutos de duração percorrerá nove estados brasileiros entre o Amapá e Santa Catarina, documentando o trabalho dos mestres carpinteiros anônimos e suas comunidades, onde os barcos tradicionais tem uma importância econômica e cultural notável. O projeto tem o apoio institucional do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil). Navega Brasil é patrocinado pela Portonave e conta com financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual (BRDE/Ancine) para a sua produção. Será exibido em canais de TV a cabo, além de ser disponibilizado para escolas e instituições educacionais. Mais informações com Bhig no telefone: (47) 3349-8949. •
Economia&Negócios • Março 2014 • 31
PORTOS
DO BRASIL
Companhia modelo
Empresários canadenses visitam o Porto do Rio Grande
A
Superintendência do Porto do Rio Grande recebeu a visita de uma delegação comercial canadense. O grupo de empresários, com interesse em investir no setor portuário, estava acompanhado de representantes do Consulado do Canadá no Brasil Estavam presentes a vice-cônsul e gerente de desenvolvimento de negócios, Colleen Sutton, e o chefe do escritório do consulado para a região sul do Brasil, Paulo Orlandi. Após assistirem uma apresentação sobre o porto gaúcho,
o grupo realizou uma visita técnica de lancha pelo complexo portuário. Eles estavam acompanhados pelo chefe da Divisão de Gabinete da SUPRG, Leonardo Maurano, e pelo Chefe da Divisão de Meio Ambiente, Alexandre Caldeirão. •
TESC São Francisco anuncia novidades em seu site
O
novo site do TESC foi recentemente colocado ao ar e trata-se de um espaço dinâmico com interface mais amigável aos seus usuários. Com layout atualizado, apresenta uma estrutura mais acessível, sendo possível encontrar todo o conteúdo e serviços da empresa com mais facilidade e organização, inclusive nova área para acesso a consultas do Line Up (programação de navios). Representando o desenvolvimento e crescimento tecnológico do TESC, o novo site é adaptado para dispositivos móveis, garantindo acesso em qualquer lugar com mais agilidade e simplicidade. Acesse: www.terminalsc.com.br•
Economia&Negócios • Março 2014 • 33
PORTOS
DO BRASIL
PIONEIRISMO
Cattalini Terminais realiza primeira exportação de etanol paraguaio via porto brasileiro
P
ela primeira vez na história do Paraguai, o etanol produzido em suas usinas vem sendo exportado através de um porto brasileiro. Por enquanto uma única empresa paraguaia aposta no mercado internacional: a Indústria Paraguaia de Álcool (Inpasa).
Com um consumo interno insuficiente para absorver toda a sua produção, estimada em 12 milhões de litros/mês, o volume excedente – cerca de 5 milhões de litros/mês – vem sendo exportado via Porto de Paranaguá, por meio do Terminal Marítimo da Cattalini, empresa que há mais de 30 anos opera exclusivamente com produtos líquidos. “Pela experiência de mercado e pela qualidade de sua estrutura operacional, a Cattalini é referência no setor e a consideramos apta a nos atender com total segurança”, considerou Eliane Montanheiro, da área de Logística da Inpasa. Sediada na cidade de Hernandarias, a Inpasa realizou seu primeiro embarque em dezembro do ano passado e aguarda para os próximos dias novos carregamentos. Antes desta operação inédita, as exportações paraguaias de etanol estavam restritas aos países do Mercosul, realizadas apenas por via terrestre. O produto, originário do milho, é utilizado, assim como nos Estados Unidos, como combustível para abastecimento dos veículos. “Acreditamos que o produto é competitivo com os Estados Unidos e que, com essa operação pioneira, poderemos abrir novos mercados para o etanol paraguaio. Antes de decidirmos pela exportação, mantínhamos altos volumes estocados. Agora damos vazão a toda a nossa produção excedente, ou seja, aquela que não é consumida no mercado interno, incluindo o Mercosul”, avaliou Montanheiro. Para chegar a Paranaguá, o etanol é transportado de caminhão, cumprindo um percurso de cerca de 800 km da cidade de Nova Esperança (localizada a cerca de 150 km de Cidade de Leste), onde é produzido o etanol, até o Porto de Paranaguá. Em média, por dia, a Cattalini recebe seis carretas vindas do Paraguai. No terminal portuário, os caminhões descarregam em tanques com capacidade para 5,1 milhões de litros e classificados exclusivamente para a carga paraguaia. Em 30 dias, os lotes são concluídos e seguem por tubulações até os navios. Entre os principais destinos do etanol paraguaio estão os mercados asiático e europeu. Operações inéditas Toda a logística é pioneira e resultado do esforço da Cattalini em agregar novas operações ao seu rol de atividades. "Somos solidários ao interesse da Inpasa em ampliar seu mercado consumidor, fazendo do Paraguai um novo fornecedor de etanol para o comércio exterior. As operações vem seguindo em um ritmo muito bom e devem se estabelecer como mais uma alternativa de negócio”, avalia Lucas Cezar Guzen, da área comercial da Cattalini Terminais. A operação conjunta com a Inpasa para exportação do etanol paraguaio soma-se à outras iniciativas, também inéditas, adotadas pela Cattalini Terminais. No ano passado, a Cattalini tornou-se o primeiro terminal de granéis líquidos alfandegado do Porto de Paranaguá a carregar produtos também pelo modal ferroviário. O novo serviço é resultado de uma parceria firmada com a América Latina Logística (ALL) para investimento de R$ 10 milhões, direcionados à melhoria da estrutura de integração ao modal ferroviário no terminal da Cattalini.•
36 • Março 2014 • Economia&Negócios
PORTOS
DO BRASIL
PIONEIRISMO
Terlogs inicia a movimentação da safra 2014 de soja
E
m ano de safra recorde de soja no Brasil, o Terlogs Terminal Marítimo deu início à logística de embarque da safra 2014 do grão pelo Porto de São Francisco do Sul (SC). Controlada pela trading japonesa Marubeni, a empresa carregou o primeiro navio classe Panamax, carregando em média 65 mil toneladas de soja, já na primeira semana de fevereiro. A embarcação partiu do berço 101, com destino ao mercado asiático. A operação do Terlogs está a todo vapor. O fluxo de vagões aumenta dia a dia, enquanto os caminhões entram na programação de desembarque, no estacionamento para 400 veículos oferecido pela empresa próximo ao porto. A carga de ambos os modais é oriunda dos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O Porto de São Francisco do Sul é o único do estado abastecido pelas vias rodoviária e ferroviária. Antes do descarregamento, a soja passa por um rigoroso processo de avaliação, sendo o terminal marítimo certificado pela ISO 22000:2006, de Sistema de Gestão de Segurança dos Alimentos; ISO 9001:2008, de Gestão da Qualidade; GMP+B2 - PDV - Quality Control of Feed Materials; e IN33, do Ministério da Agricultura. A exportação da soja pelo Terlogs é sequencial à safra de milho, cujo embarque somou a movimentação de 1,65 milhão de toneladas do cereal em 2013, 53% acima do montante exportado da safra anterior. O Terlogs Terminal Marítimo figura como relevante impulsionador da economia de Santa Catarina, respondendo por 5,8% dos grãos exportados pelo Brasil. Tal participação poderá ser elevada consideravelmente após a implantação do
projeto de expansão da Marubeni, que prevê a construção de um novo berço marítimo no local, o 401. A expansão dobrará a atual capacidade de movimentação de granéis do Porto de São Francisco do Sul para 16 milhões de toneladas em dois anos. A expectativa da Marubeni é negociar, ainda em 2014, mais de 14 milhões de toneladas de grãos brasileiros. Sobre a Marubeni Corporation A Marubeni Corporation é uma das maiores trading house do Japão. Fundada em 1858 no Japão, atua mundialmente em uma ampla gama de setores, dentre os quais alimentação, têxteis, papel e celulose, produtos químicos, energia, mineração e maquinário para transportes. As atividades da companhia envolvem uma série de indústrias, incluindo projetos de energia, infraestrutura, instalações industriais, desenvolvimento imobiliário, construção civil, finanças, logística e tecnologia da informação. Listada nas bolsas de valores de Tóquio, Osaka e Nagoya, no Japão, a Marubeni tem valor de mercado de US$ 12 bilhões. Atualmente emprega mais de 4 mil profissionais, sediados em 120 escritórios, em 65 países. No Brasil está presente desde 1955, atuando no comercio de exportação e importação de commodities como produtos alimentícios, químicos, minérios e celulose, plantas industriais e petrolíferas e em infraestrutura como energia e saneamento,, destacando-se como a maior importadora de soja e a empresa que mais compra a commodity do País para exportação. Na área logística, opera o Terlogs Terminal Marítimo, situado no Porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. •
Economia&Negócios • Março 2014 • 37
O painel que dá início à Intermodal Ports & Maritime Summit acontece no dia 1º de abril
Intermodal 2014 CONFERÊNCIA DISCUTE DESAFIOS, PERSPECTIVAS E AVANÇOS DA MATRIZ DE TRANSPORTE DE CARGA BRASILEIRA O programa de conferências da Intermodal 2014 levantará o debate sobre desafios dos portos, inovação nas soluções de supply chain e a consolidação dos condomínios e plataformas logísticas em painéis ministrados por especialistas do setor O setor portuário, carro-chefe da economia catarinense, é um dos assuntos debatidos com mais enfâse na Intermodal
A
análise sobre o futuro da participação de cada modal na matriz de transporte de carga nacional e os desafios para a intermodalidade nortearão as discussões do programa de conferências da Intermodal 2014, que ocorrerá durante a 20ª edição da Intermodal South America, entre os dias 1 e 3 de abril, no Transamérica Expo Center, em São Paulo (SP). A UBM Brazil, organizadora da Feira, firmou parceria com entidades especializadas do setor para reunir especialistas e formar painéis representativos de cada segmento de atuação, dando assim grande destaque temático para a conferência. O Comus (Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo), o Inbrasc (Instituto Brasileiro de Supply Chain), o Centronave (Centro Nacional de Navegação) e a Abtra (Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados) já confirmaram parceria com o evento e contribuíram para a definição de temas de cada painel, além de indicar seus mais qualificados profissionais para ministrá-los. “Nossas parcerias reforçam ainda mais o potencial
Em 2014, além de comemorar 20 anos de história, o evento somará mais de 36 mil metros quadrados, 85% deles já comercializados. 40 • Março 2014 • Economia&Negócios
Economia&Negócios • Março 2014 • 41
estratégico da Intermodal South America. Com a participação de especialistas de entidades amplamente reconhecidas pelo mercado, promovemos o debate de questões pertinentes e atuais em cada área dos modais, e reforçamos ainda mais o papel do evento como um polo fomentador de diretrizes para as empresas do setor de logística e comércio exterior”, afirma o gerente da Feira, Ricardo Barbosa.
Programação O painel que dá início à Intermodal Ports & Maritime Summit acontece no dia 1 de abril, às 9h, com o tema “Infraestrutura - Avanços e Perspectivas”. Com moderação do presidente da Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), Vicente Abate, serão abordados temas como o modelo de efetivação dos empreendimentos em infraestrutura previstos pelo Governo Federal para o período 2014-2017, verbas destinadas ao desenvolvimento logístico, riscos e razões de desconfiança do setor privado e proposições para superar esses problemas. Ainda no primeiro dia de evento, às 14h, tem lugar o painel “Desafios Estruturais dos Portos Brasileiros”, em parceria com a Abtra. Dividido em duas sessões para debates de temas mais específicos, aborda os requisitos para alfandegamento de terminais e recintos e traz, dentre os palestrantes, o gerente de tecnologia da informação da Abtra, Vander Abreu e outros especialistas. A pauta da segunda sessão do painel vespertino, Porto Indústria e Acesso aos Portos, propõe o debate de alternativas para o acesso à região do Porto de Santos, comenta o projeto do túnel Santos-Guarujá e seus impactos, discute perspectivas de portos como o do Espírito Santo e apresenta cases de sucesso. Entre os palestrantes convidados, estão prefeitos de algumas cidades da Baixada Santista, Paulo Alexandre Barbosa (Santos), Marcia Rosa (Cubatão) e Maria Antonieta de Brito (Guarujá), além do diretor-presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, e o secretário de Desenvolvimento do Governo do Espírito Santo, Nery de Rossi.
Segundo dia No dia 2 de abril, às 9h, o painel “Novo Código Comercial Marítimo” acontece em parceria com o Centronave e destaca mudanças de direitos e obrigações de embarcadores, companhias marítimas e prestadores de serviços no âmbito portuário. Os temas vão do risco marítimo à navegação aquaviária, passando por garantia patrimonial e apuração formal dos acidentes.
Supply Chain Em parceria com o Inbrasc, o painel “Supply Chain - Identificando Soluções”, dividido em duas sessões, abre o 42 • Março 2014 • Economia&Negócios
último dia de Intermodal Ports & Maritime Summit, às 9h. “A Cadeia de fornecimento numa visão global” e “Logística Reversa como um diferencial competitivo” são os temas da primeira sessão, que debate questões como o cenário da cadeia de suprimentos na indústria, estratégias na área para resultados mensuráveis, impactos da Nova Lei de Resíduos Sólidos para o mercado de Logística Reversa e oportunidades para agregar valor ao que seria descartado. A segunda sessão do período da manhã aborda “A integração de modais na cadeia de suprimentos” e o “Estudo de caso: Basf”. Serão discutidas questões como o gerenciamento do imprevisível para garantir que a carga seja entregue, a identificação de riscos as operações de transporte, multimodais na cadeia de fornecimento e resultados obtidos a partir das estratégias adotadas pela Basf. Fechando a conferência, o sexto painel acontece às 14h aborda uma visão comparativa entre os condomínios logísticos e as plataformas logísticas. Também dividido em duas sessões, o painel apresenta o conceito, a viabilidade e as razões para implantação e utilização de condomínios ou plataformas logísticas e de Zonas de Processamento de Exportação (ZPE). Situação atual de mercado e necessidade de novos condomínios para os próximos anos também serão levantadas no evento que encerra a conferência. As inscrições para participar do programa de conferências da Intermodal 2014 estão abertas e podem ser feitas pelo site da Intermodal: http://www.intermodal.com.br. •
Sobre a Intermodal South America 2014 www.intermodal.com.br Com 20 anos de história, a Intermodal South America é o 2º maior evento do mundo para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior. O evento reúne, em três dias, os principais players do mercado nacional e internacional, impulsionando negócios e parcerias, servindo de plataforma para lançamentos, reforço de marca, joint-ventures, vendas e networking. Em sua última edição, reuniu mais de 600 empresas, representando 26 países e atraiu 48.500 visitantes. Em 2014, a Intermodal acontece entre os dias 1 e 3 de abril, das 13 às 21 horas, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP).
Políticas públicas
Brasileiro elege saúde, segurança e educação como prioridades para 2014, revela pesquisa da CNI
O
s números não mentem. Quase metade da população brasileira (49%) diz que melhorar os serviços de saúde deve ser prioridade para o governo federal em 2014, ano de eleição do novo presidente da República. A informação é da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Problemas e Prioridades para 2014, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o IBOPE. Em seguida, aparece o combate à violência e à criminalidade e a melhora da qualidade da educação. As duas questões devem ser priorizadas na opinião de 31% e 28% dos 15.414 entrevistados - a soma é maior que 100% porque era permitido escolher até três opções. As áreas são também os principais problemas do país, na opinião dos entrevistados. Em seguida, ganham destaque na lista de prioridades o aumento do combate às drogas (23%), o reajuste do salário mínimo (23%) e o combate à corrupção (20%). A pesquisa levantou os problemas do país, dos estados e dos municípios e o que a população considera prioritário para o governo federal. "Os resultados da pesquisa mostram quais são as insatisfações do brasileiro. Esses problemas não são novos e devem ser priorizados não só por esse governo, como também pelos próximos. Não são questões de solução fácil e que possam ser resolvidas no curto prazo", afirma o gerente de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca.
Independentemente do grau de escolaridade e do nível de renda familiar, a preocupação com a saúde lidera a lista do que o brasileiro acha que deve ter prevalência nas políticas do governo federal neste ano. Entre os que têm nível superior, 47% acreditam que o tema deve ser priorizado. Esse percentual sobe para 49% entre os que têm até a 4ª série do ensino fundamental. Para quem tem renda familiar de até um salário mínimo, 47% apontam a área como prioridade. O percentual cai para 40% dos que vivem com renda familiar acima de dez salários mínimos. Na análise regional dos dados, as três áreas também são as mais citadas como as que devem ter preferência nas ações governamentais, com a melhora dos serviços de saúde no topo de todos os rankings. A exceção é a região Sul, onde o combate à violência e à criminalidade perde posição para o aumento do salário mínimo e o combate às drogas, que aparecem empatados em terceiro lugar.
Variações de acordo com a renda e a escolaridade Apesar do consenso em relação à saúde, há variação nas citações das demais prioridades, quando se analisa recortes por faixas de renda e por escolaridade. Os entrevistados com maior grau de escolaridade e com um renda familiar mais elevada apontam a melhoria da qualidade da educação, Economia&Negócios • Março 2014 • 43
o combate à corrupção, a redução dos impostos e o controle da inflação como os principais problemas a serem atacados. Por outro lado, colocam em segundo plano itens como o aumento do salário mínimo e as políticas de promoção do emprego. Esses itens são considerados mais importantes pelos que têm mais baixa escolaridade.
Problemas no Brasil A saúde é o principal problema do Brasil, na opinião de 58% dos entrevistados. A segurança pública e a violência aparecem em segundo lugar, citada por 39%. Em seguida são listadas as drogas (33%), a educação (31%) e a corrupção (27%). A preocupação com segurança pública e violência é maior entre os moradores do Nordeste (47%). Os morado-
res da região Sul se preocupam menos com o tema (28%). Mas demonstram mais receio em relação a corrupção (36%) do que os demais.
Dificuldades dos municípios As preocupações variam de acordo com o porte da cidade. Os moradores de locais com menos de 20 mil habitantes se preocupam mais com a saúde (40%), com a geração de empregos (32%) e com a segurança pública (26%). Os que estão em municípios com mais de 100 mil habitantes também estão preocupados com saúde (40%), mas a segurança pública aparece em segundo lugar, com 39% das citações, e em terceiro citam a educação (26). Apenas 15% deles se preocupam com a geração de empregos. •
Prioridades para o Governo Federal em 2014 (Percentual de respostas em %)*: Melhorar os serviços de saúde: 49%
Promover políticas de proteção ao meio ambiente: 2%
Combater a violência e a criminalidade: 31%
Investir na ampliação da produção de energia: 1%
Melhorar a qualidade da educação: 28% Aumentar o combate às drogas: 23%
Aumentar os investimentos nas obras para a Copa do Mundo: 1%
Aumentar o salário mínimo: 23%
Não souberam ou não quiserem responder: 2%
Combater a corrupção: 20%
Prioridades para as pessoas que têm renda familiar de até um salário mínimo*:
Promover a geração de empregos: 18% Reduzir os impostos: 17% Reduzir os gastos públicos: 14% Controlar a inflação: 14% Ampliar os programas de combate à pobreza: 9% Ampliar os programas de habitação/moradia popular: 8% Ampliar os programas sociais, como Bolsa Família, etc: 7%
1º. Melhorar os serviços de saúde: 47% 2º. Combater a violência e a criminalidade: 30% 3º. Aumentar o salário mínimo: 28% 4º. Promover a geração de empregos: 26% 5º. Melhorar a qualidade da educação: 22 Prioridades para as pessoas com renda familiar acima de 10 salários mínimos*: 1º. Melhorar os serviços de saúde: 40%
Aumentar investimentos em estradas e rodovias: 4%
2º. Melhorar a qualidade da educação: 31%
Promover a reforma política: 3%
3º. Combater a criminalidade e a violência/ Reduzir impostos: 27%
Reduzir a burocracia: 3% Promover mais investimentos em transporte urbano: 3% Promover programas de saneamento básico: 3% Ampliar as linhas de crédito para pequenos negócios: 2%
4º. Controlar a inflação/ Combater a corrupção: 23% 5º. Reduzir os gastos públicos: 20% *A soma dos percentuais é maior que 100% porque era permitido escolher até três opções.
Fonte: Pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: Problemas e Prioridades do Brasil para 2014, elaborada pela CNI em parceria com o Ibope entre os dias 23 de novembro a 2 de dezembro de 2013. 44 • Março 2014 • Economia&Negócios
ALELUIA
Ordem de serviço para duplicação da BR-470, entre Navegantes e Ilhota, é assinada em fevereiro
O
governador Raimundo Colombo participou, no dia 17 de fevereiro, da entrega da ordem de serviço para o início das obras de duplicação da BR-470, Lote 1, trecho de Navegantes a Ilhota. Nos 18,6 quilômetros,
serão aplicados R$ 192,9 milhões, assegurados pelo governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2). O prazo de execução da obra é de 1.440 dias, ou seja, cerca de quatro anos. O evento também contou
Rua João Bauer, 498 - Edifício Mirante do Porto - sl 03 - Térreo - Itajaí - SC (47) 2104.9898 comercial@commercializebrazil.com | www.commercializebrazil.com
Economia&Negócios • Março 2014 • 45
com a presença da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), João José dos Santos, e outras autoridades. Colombo destacou que é importante que a empresa contratada acelere e dê dinamismo na execução da obra e acrescentou que o andamento da duplicação depende também da transposição do canal de gás natural subterrâneo em uma das margens da rodovia. O governador informou que já determinou à Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGÁS) prioridade nos serviços de apoio à execução da obra e que este não será um fator de atraso para a duplicação. “A BR-470 é um limitador de crescimento para o nosso Estado, além de ser um ponto de risco para a vida das pessoas, pois é considerada uma das mais violentas do país. Sua duplicação vai impactar positivamente na segurança dos que passam por aqui, na condição da trafegabilidade, assegurar acesso mais rápido ao Porto de Navegantes e Itajaí e induzir como um forte vetor de desenvolvimento”, disse o governador. De acordo com o superintendente do DNIT, os serviços para duplicação do Lote 1 consistem na execução das obras de duplicação e restauração da pista existente, implantação de ruas laterais, recuperação, reforço, reabilitação, segmento do km zero ao km 18. Conforme ele, a primeira etapa de serviços é a fase de mobilização, período em que o consórcio terá para contratar operários, comprar equipamentos, montar o canteiro de obras e realizar os serviços de topografia. Em conjunto com a mobilização do consórcio, a supervisora ambiental irá executar atividades referentes ao meio ambiente para possibilitar a abertura das frentes de Lotes - BR-470/SC Lote 1 Subtrecho: Navegantes à BR-101/SC Segmento: Km 0 ao Km 18,6 Extensão: 18,6 Km Principais intervenções: 4 viadutos e 2 pontes Prazo: 1.440 dias Valor licitado: R$ 192,98 milhões. Empresa: Consórcio AZZA – SOGEL. Ordem de serviço assinada em 17.02.2014 Lote 2 Subtrecho: BR-101/SC a Gaspar Segmento: Km 18,6 ao Km 44,9 Extensão: 26,3 km Principais intervenções: 9 viadutos e 3 pontes Situação: Licitação em andamento. Lote 3 Subtrecho: Blumenau (acesso a Gaspar – acesso a Timbó/BR-477) Segmento: Km 44,9 ao Km 57,8 Extensão: 12,9 km 46 • Março 2014 • Economia&Negócios
obras.
BR-470
Na BR- 470, serão duplicados 74 quilômetros, divididos em quatro lotes. O Lote 1 começa em Navegantes e vai até Luis Alves, na divisa com Ilhota. O Lote 2 compreende o trecho de Luis Alves até Gaspar. O terceiro lote abrange Blumenau (acesso a Gaspar – acesso a Timbó/BR-477). O quarto lote vai de Blumenau a Indaial. Em todo percurso, serão 28 viadutos, nove pontes, 11 passarelas, 64 quilômetros de vias marginais, 69 quilômetros de ciclovias. O investimento é de R$ 1,7 bilhão. Pela BR- 470, passam aproximadamente 35 mil veículos por dia. As obras promoverão melhoria do tráfego através da duplicação das pistas, associando-a à execução das obras de recuperação do pavimento da pista existente e à incorporação de dispositivos para a segurança viária como viadutos e passagens de pedestres. Inclui também medidas necessárias ao ordenamento do tráfego local (veículos e pedestres), com a execução de ruas laterais, calçadas e ciclovias. “A duplicação é de fundamental importância para o nosso Estado e para o país. Ela liga o Oeste que produz, aos portos de Itajaí e Navegantes, que exportam. A rodovia duplicada favorece a economia e garante mais segurança para os que trafegam”, afirmou a ministra Ideli Salvatti. O presidente dos Transportadores Autônomos de Carga de Navegantes e Região (Sinditac), Vanderlei Oliveira, salientou que a duplicação vai melhorar o trajeto do Porto de Navegantes aos terminais. “Hoje não temos segurança na rodovia, e o trânsito carregado faz com que o caminhoneiro passe a maior parte do tempo em filas. Será um divisor de águas para a região, que vem crescendo muito”. • Principais intervenções: 8 viadutos e 2 pontes Valor licitado: R$ 167,5 milhões Prazo: 1.440 dias Empresa: Sulcatarinense Situação: Em andamento serviços terraplanagem e obras de drenagem entre o km 45 e o km 48, no município de Gaspar, além de topografia para identificação das intervenções em faixa de domínio (água, luz, telefonia, gás e outros), montagem do canteiro de obras. Serviços de campanha de fauna para liberação de novas frentes de terraplanagem. Lote 4 Trecho: Blumenau a Indaial, e acesso a Indaial Segmento: Km 57,8 ao Km 73,2 | Extensão: 15,4 km Principais intervenções: 7 viadutos e 2 pontes Valor licitado: R$ 205,9 milhões Prazo: 1.440 dias Empresa: Sulcatarinense MACBC Situação: Em andamento serviços de topografia para identificação das intervenções em faixa de domínio (água, luz, telefonia, gás e outros), montagem do canteiro de obras. Serviços de campanha de fauna para liberação de frentes de terraplanagem.
Proposta de Estatuto das MPEs é aprovada pelo Fórum estadual O projeto visa ampliar a participação das MPEs nas compras governamentais, estimular o desenvolvimento e criação de empregos, a exportação, o associativismo, a educação empreendedora e a fiscalização orientadora
A
versão final do projeto de lei do Estatuto Estadual das Microempresas, Empresas de Pequeno Porte (MPEs) e Microempreendedores Individuais (MEIs) foi aprovada dia 24 de fevereiro, no encontro que reuniu membros do Fórum Estadual Permanente das Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e dos Microempreendedores Individuais de Santa Catarina (Fempe/SC). “É o coroamento de um trabalho feito por muitas mãos, por órgãos governamentais e representantes da sociedade que buscam a consolidação de uma nova economia catarinense”, declarou o secretário do Desenvolvimento
Econômico Sustentável (SDS), Paulo Bornhausen. O Estatuto Estadual das MPEs e MEIs começou a ser elaborado após a criação da Diretoria de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e ao Empreendedor Individual (DMPE), em abril de 2011. As diretrizes estratégicas das MPEs catarinenses foram discutidas com participação dos 36 membros da Fempe/SC. Segundo o diretor da DMPE, Cau Harger, o objetivo do Estatuto é dar um tratamento diferenciado e simplificado, favorecendo o setor. “O projeto visa ampliar a participação das MPEs nas compras governamentais, esti-
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mular o desenvolvimento e criação de empregos, a exportação, o associativismo, a educação empreendedora e a fiscalização orientadora”, explicou. Santa Catarina possui mais de 400 mil MPEs, o que corresponde a 99% das empresas, gerando aproximadamente 60% dos empregos formais. O Estado é o mais descentralizado do país, já que 92% dos empregos do segmento estão em cidades de pequeno e médio porte. “Considerando as vocações regionais e aspectos sociais e culturais, o estatuto preza pelo desenvolvimento equilibrado das regiões do Estado”, relatou Bornhausen. Para o presidente da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), Fabrício Oliveira, um dos pontos importantes do Estatuto é diminuir a burocracia na abertura e fechamento de empresas, além de alvarás. “A Junta está fazendo o diagnóstico e orientando as prefeituras em 38 municípios. Dependendo do grau de risco, é possível tirar o alvará em até cinco dias”, garantiu. Um dos representantes do setor privado, o conselheiro e ex-presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC/SC), Sérgio Faraco, ressaltou que a criação da lei é um projeto de interesse da sociedade. Para Ronaldo Benkendorf, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), destacou que um dos pontos positivos do Estatuto foi a participação coletiva. “Todos tivemos a oportunidade de colocar a nossa opinião. É uma vitória de todos”, disse. Após a aprovação do Estatuto Estadual das MPEs e MEIs no Fempe/SC, o documento será enviado pelo Governo do Estado para Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A previsão é que o projeto seja sancionado ainda este ano. “Tenho orgulho em afirmar que este é um passo
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que não tem volta. É um grande passo para o efetivamente darmos um tratamento diferenciado a todos os micro e pequenos empreendedores catarinenses”, concluiu Paulo Bornhausen. Membros do Fempe/SC - Além da SDS, o Fórum é formado por representantes das secretarias de Estado de Administração, Fazenda, Casa Civil, Articulação Nacional, Planejamento e Turismo, Cultura e Esporte. Complementando a participação governamental, participaram o Instituto de Metrologia de Santa Catarina (Imetro/SC), a Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc), a Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/SC), o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Fundação do Meio Ambiente (Fatma), a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Pelo setor privado, compõem a Fempe/SC a Fiesc, Fampesc, as Associações de Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedor Individual (Fampesc), do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio), das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), das Associações Empresarias de Santa Catarina (Facisc), da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), das Câmaras Dirigentes Lojistas (FCDL), e Catarinense dos Municípios (Fecam). Participam ainda como convidadas as Associações de Micro e Pequenas Empresas das regiões: do Vale do Itapocu (Apevi), Blumenau, Criciúma, Florianópolis (Metropolitana), Balneário Camboriú, de Caçador, Joinville (Ajorpeme), Tubarão, Gaspar, Capinzal e Ouro, Rio do Sul, São João Batista, Campo Erê, Itajaí e Lages; e, por fim, o CRC/SC. •
JOVENS EMPREENDEDORES COMANDAR NEGÓCIOS TAMBÉM VIROU ESPECIALIDADE DE GENTE JOVEM
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O
empreendedorismo, o trabalho por conta própria, a capacidade de gerar o próprio negócio, os próprios recursos e contribuir para a sociedade de forma mais pessoal é um modelo de inserção social e econômica que tem se destacado nos últimos anos. Porém, há muito tempo o empreendedorismo e o interesse sobre empreendedores deixou de ser moda e passou a ser essencial a uma nação e suas economias regionais.
Hoje, a personalidade empreendedora – um jeito de ser – que corresponde a 3,5 a 5% da população mundial, e a conduta empreendedora – pessoas que são orientadas para resultados com traços de iniciativa, risco e visão – representam nada menos que 61% dos negócios geradores de empregos e do PIB do Brasil através da PEME (Pequenas e Médias Empresas). Em Itajaí e região não é diferente. Cada vez mais jovens dão início ao próprio negócio
ou prosseguimento aos negócios da família, seja na construção civil, na logística ou ainda nas inovações surgidas nas startups incubadas na Univali. Fundada em 2006, a Prime Brasil Construtora - que atua na área da construção civil em Balneário Camboriú, Itapema, Camboriú, Itajaí e Navegantes, é um bom exemplo.
Um dos proprietários da empresa é Rodrigo Wippel, de 34 anos e que desde os 26 está na linha de frente da companhia, junto ao pai e familiares. Jovem, Rodrigo sempre aspirou empreender e fazer o próprio negócio crescer. Parece que seu objetivo vem sendo alcançado com louvor, afinal, num mercado competitivo e voraz como o da construção ciEconomia&Negócios • Março 2014 • 51
Num mercado competitivo e voraz como o da construção civil no Litoral Norte de Santa Catarina, a Prime Brasil se mantém como uma das empresas mais atuantes e respeitadas do mercado.
vil no Litoral Norte de Santa Catarina, a Prime Brasil se mantém como uma das empresas mais atuantes e respeitadas do mercado. Mercado este exigente, que preza por qualidade nas construções e responsabilidade das construtoras, especialmente em relação a prazos. “Sempre soubemos das potencialidades do mercado na região, portanto, somando isso a uma certa vocação familiar para empreender e construir, temos a Prime Brasil, construtora que busca o melhor para seus clientes e sua região de atuação”, comenta Rodrigo, que mostra estar empolgado com o futuro que se avizinha, algo que foi plantado lá atrás.
Startups Aos fundos do campus da Univali, em Itajaí, numa sala do quarto andar de um dos prédios da Saúde, pessoas com espírito empreendedor encontram um suporte que muitas vezes lhes é negado pela voracidade do mercado: ali, entre professores e colegas, os jovens empreendedores podem errar. Errar antes para acertar depois. Esse é o objetivo primordial da Incubadora Tecnológica Empresarial da Univali, que apoia o empreendedorismo de acadêmicos, egressos e, a partir deste ano, da comunidade em geral no desenvolvimento de novas empresas, produtos e serviços, sempre com foco em inovação e geralmente adornados com requintes de tecnologia. Entre as diversas empresas incubadas lá dentro, a maioria com jovens no comando, empreender é tão natural quanto acordar diariamente. Localizada em Balneário Camboriú, 52 • Março 2014 • Economia&Negócios
a Minha Casa Mais Bonita é uma das empresas incubadas e atende a demandas em todo o Brasil. Os sócios Carlos Medeiros, 31 anos, e Natalia Schossland, 27, sempre ansiaram por ter o próprio negócio, começar do zero e fazer o empreendimento crescer, evoluir. Assim, resolveram apostar no projeto quando perceberam que o valor para decorar uma casa com produtos diferenciados era muito alto. Antes, eles haviam trabalhado durante dois anos no site de compras coletivas Peixe Urbano, onde adquiriram experiência no segmento online. Da necessidade, surgiu a oportunidade de negócio e a missão do site: ajudar as pessoas a deixar a casa mais bonita, com produtos de qualidade, design moderno e preço acessível. O site Minha Casa Mais Bonita esteve em horário nobre na TV Globo, em 2013. Dois produtos da empresa compuseram o cenário da segunda temporada do The Voice Brasil, programa de música da emissora que faz grande sucesso. No ar desde o dia 12 de dezembro de 2012, com mais de 9 mil curtidas em sua página no Facebook, o site oferece mais de 300 produtos com diferentes temáticas e design criativo. Nas peças escolhidas para o The Voice Brasil, a referência que aparece na estampa e na forma dos produtos é a música. “Nossos produtos que foram escolhidos pela TV Globo combinam muito com o programa não só pelo fato de terem a música como inspiração, mas também porque têm qualidade e estilo”, diz Carlos. Em muitas empresas de Itajaí e região,
principalmente as especializadas em comércio exterior e logística, outros jovens estão à frente dos negócios, como o exemplo de Rodrigo Vequi da Silva, 30 anos, da VS Transportes, empresa familiar na qual ele e seu irmão, Thiago Vequi da Silva, ajudam a administrar. Do escritório da empresa, na Avenida Contorno Sul, no Bairro Dom Bosco, os caminhões e as cargas da VS são supervisionados atentamente pelos irmãos, que participam de todos os processos da companhia. “É preciso estar atento aos detalhes da empresa e das operações. Tudo para que possamos seguir crescendo com responsabilidade e eficiência”, observa Rodrigo Vequi. No entanto, nem tudo é tão fácil quanto parece. A sociedade precisa preparar os jovens para esta nova forma de trabalho, geralmente mais extenuantes do que trabalhar como empregado. Especialistas dizem que abrir um pequeno negócio hoje deve ser objeto de realização pessoal e não uma alternativa por falta de opção melhor. Ao desenvolver um comportamento empreendedor, as pessoas ampliam as possibilidades de escolha e desenvolvem o crescimento profissional. Em suma, é preciso incentivar incuba-
Nicolle Lira
A Minha Casa Mais Bonita entrou no mercado há um ano comercializando peças utilitárias para casa, com design e estilo arrojados, de marcas como Coca-cola e Tramontina
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Autonomia e Dependência
“É preciso estar atento aos detalhes da empresa e das operações. Tudo para que possamos seguir crescendo com responsabilidade e eficiência
doras de empresas, associações de jovens, empresas juniores e programas de fomento ao empreendedorismo. Escolas técnicas e universidades podem incluir em seu currículo aulas de empreendedorismo orientadas para o crescimento econômico, o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza.
Impulsividade e Ousadia A impulsividade ainda se mantém através das características de iniciativa e tomada de riscos.
Visão A visão do jovem empreendedor de hoje é mais idealizada do que no passado. O excesso de informação, inovação e da existência de produtos reinventados e desenvolvidos pelo fortalecimento do capitalismo, causam uma sensação da predominância da grande idéia, que não pode sobrepor a força de trabalho. 54 • Março 2014 • Economia&Negócios
O jovem empreendedor de hoje, diferentemente do passado, começa novos negócios com a tutoria da família, geralmente do pai que subsidia direta ou indiretamente a sobrevivência dos negócios no seu início até 3 anos de existência.
Força de Trabalho No passado o trabalho era essencial e continua sendo, porém, a busca pelo negócio na atualidade, tem uma relação direta mais forte com o status a partir da classe média. É importante ressaltar que é comum trabalhar de 12 a 15 horas em um negócio, de até no mínimo 3 anos, porém o jovem de hoje parece não entender a importância da dedicação quase total em um negócio inicial.
Qualificação e Estudo Sem dúvida o estudo e a qualificação do jovem empreendedor é infinitamente superior que há três décadas atrás, onde grande parte dos donos de negócio não possuíam o ensino médio completo. Hoje a grande maioria possui o ensino superior.
Apoio e Auxílio Técnico O jovem hoje possui muitas formas de se qualificar através de institutos, treinamentos e entidades voltadas para os pequenos negócios. No passado, a preparação era predominantemente empírica.
Flexibilidade Hoje o jovem demora mais para aprender a flexibilizar seus negócios que no passado, devido a segmentação de negócio.
7 dicas para o jovem empreendedor: Faça uma busca de informações em três negócios no mínimo, com experiência de 5 anos, diretamente com o empreendedor do negócio. Ao contrário do que se imagina uma personalidade empreendedora sempre diz a grande maioria do que precisamos saber; Esteja disposto a abandonar a vaidade em prol do trabalho; Priorize mais a ajuda da família do que a dos Bancos; Coloque tudo no papel, montando um plano de negócio ou não, porém calcule números e, trabalhe com 3 cenários: pessimista, mediano e otimista. Esteja disposto a contar apenas com o
pessimista e foque seu capital de giro; Cuidado com a idealização. Reduza custos, esteja disposto a multi-funções e lembre-se: Uma empresa é bombeada pelo seu coração (vendas), e não pela beleza ou pela fantástica idéia; Abra negócios a partir de necessidades. A oportunidade não pode estar apenas na nossa mente, mas no mercado; Atenção para os incentivos de pessoas próximas, elas podem não fazer parte do seu mercado, mas gostam muito de você. Divida com a família a sua dedicação para o seu novo empreendimento.
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Coluna Mercado Haiko Schroder - Presidente NDVale
NDVale tem novo presidente
O vice presidente Haiko Schroder assume o comando da associação NDVale oficializa a posse de Haiko Schroder como novo presidente da associação. O empresário que já atuava como vice presidente assumiu o cargo até então ocupado por Sidney Rosa. Segundo Haiko a diretoria atual será mantida até o final da gestão, em dezembro deste ano. " Todos os diretores permanecem nas suas respectivas funções, o que muda é que não teremos um vice presidente. Vamos dar continuidade ao bom trabalho desenvolvido até então, mantendo o planejamento estratégico com os mesmos princípios e objetivos", afirma o presidente. A ampliação do quadro de associados com novas lojas é o primeiro item, já em andamento. "O objetivo é ter no Núcleo lojas de todos os segmentos necessários para atender a demanda na execução de um projeto, do primeiro produto de uma obra até a peça de decoração. A área de abrangência também será estendida para outras cidades do Vale do Itajaí. Para isso, estamos em busca de um executivo que irá gerir o NDVale. Ele irá atuar na prospecção, respeitando os critérios e as lojas existentes, e no relacionamento com os lojistas, reportando-se à diretoria", complementa Haiko. Haiko Schroder assumiu o cargo de acordo com o estatuto do Núcleo de Decoração do Vale onde prevalece a hierarquia. " Ao final do mandato será realizada uma assembléia para compor a diretoria da próxima gestão 2015/2016. Até lá nossa equipe irá trabalhar no cronograma do NDVale já estabelecido e abrir novas oportunidades de parcerias, comunicação e negócios", comenta Haiko. O principal evento da associação neste primeiro semestre é a tradicional festa de premiação dos profissionais. A parceria com a Univali (Universidade do Vale do
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Itajaí) será fortalecida com ações e eventos compartilhados focados na informação de mercado e, a revista Estilo ND irá passar por uma reformulação tanto no conteúdo como no conceito e formato. A viagem dos profissionais para St. Petersburg, na Rússia, está agendada para o início do segundo semestre. A Diretoria Diretora Administrativa/Financeira: Solange Hadlich Sedrez Diretora de Marketing: Maria Cristina Iglesias Diretora de Eventos: Luana Flava Diretora Adjunta: Mariana Spengler O Presidente Haiko Schroder, 35 anos é natural de Curitiba (PR). O empresário está radicado em Balneário Camboriú, onde é sócio proprietário das lojas Natur Pisos e Brinna. •
Coluna Mercado Estratégia
A
Empresas Minister expande atendimento no Litoral Norte
plicando a política de ampliação prevista para 2014, a Empresas Minister expande mais uma vez a área de abrangência e inicia a prestação de serviços em Piçarras, litoral de Santa Catarina. A ideia é atender também as cidades vizinhas, quem vem crescendo de forma muito rápida, estimuladas pelo balneário. De acordo com o diretor-geral, Jorge Goetten, a região é estratégica para a empresa, por demandar muito serviço ao qual a Minister é especializada, seja no atendimento a eventos de órgãos públicos, assim como para empresas privadas no que se refere a asseio. “No decorrer dos anos, percebemos uma crescente
nos pedidos de orçamentos e execução de serviços naquela região. Isso nos deixou muito seguros quando da decisão de abrirmos uma filial em Balneário Piçarras”, garantiu Goetten. O novo escritório, que abriu as portas este mês, está localizado na rua Manoel Figueiredo, nº 20, Centro. •
Economia&Negócios • Março 2014 • 57
Coluna Mercado Fotos: Pedro Waldrich
Anderson Micheluzzi, Amos Packer e Jackson Packer Muller
LANÇAMENTO
Grupo Breitkopf apresenta novo Audi A3 Sedan em Blumenau
E
la é atualmente a marca de carros importados mais requisitada pelo consumidor brasileiro, bateu um recorde de vendas em dezembro de 2013 em sua categoria, vem experimentando um aumento de vendas em todo o mundo e agora foca em um novo público para se tornar mais acessível, sem perder a característica de alta performance e inovação que sempre imprimiu em seus carros. No mês passado, a Audi trouxe para Santa Catarina o novo modelo Audi A3 Sport Sedan, mantendo a qualidade da sua linha e a grande fatia de mercado conquistada nos últimos anos. O Grupo Breitkopf, responsável pela marca no Estado, realizou no dia 18 de fevereiro uma festa de lançamento do novo carro, na loja da Itoupava Norte, em Blumenau. “A ideia é que nossos clientes, amigos e parceiros pudessem conhecer este novo produto que tem tudo para ser o sucesso da marca para 2014”, ressaltou o diretor do Grupo Breitkopf, Marcos Reis. O evento reuniu mais de 350 convidados e contou com uma apresentação do carro para o público de BluRafael Sardagna e Camila Neves menau e região. • 58 • Março 2014 • Economia&Negócios
Marcos Reis, Lucio Osório e Thiago Lemes
Fernanda, Vanessa, Joana e Anna
Alfredo Breitkopf e Marcos Reis
Edio Filho, Edio José Sofka e Elio Ziebarth
Coluna Mercado CONQUISTAS
Intersindical Patronal de Itajaí completa 20 anos
N
o dia 24 de fevereiro passado, a Intersindical Patronal de Itajaí completou duas décadas de prestação de serviços à sociedade itajaiense e aos empresários dos sindicatos patronais que integram os trabalhos. Desde o ano de 1994, quando a entidade foi fundada, a primeira do Estado, as atividades que envolvem os sindicatos são voltadas para a qualificação da mão de obra, saúde do trabalhador, assessoria jurídica, relações trabalhistas e políticas sindicais. Nos últimos anos, a Associação Intersindical Patronal de Itajaí, participou efetivamente da criação do Observatório Social de Itajaí ( OSI), em 2009; da Codetran; fez parte das comissões que discutiram o valor da taxa de lixo e da redução da tarifa do transporte coletivo da cidade, em 2013; da discussão para implantar o projeto de revitalização do Centro de Itajaí ( 2012 e 2013) e promoveu reuniões com o prefeito de Itajaí, Jandir Bellini para discutir melhorias aos setores da economia do município. Hoje, a Intersindical tem como presidente o Dr. Maurício Cesar Pereira, que conta com o apoio de todos os presidentes de sindicatos e da assessoria jurídica do advogado Dr. Luiz Tarcísio de Oliveira, que trabalham para aumentar a competitividade econômica de Itajaí e desenvolver as políticas sindicais de interesse de toda a comunidade. De acordo com o assessor jurídico, Luiz Tarcísio, a criação da associação e de sua sede só foi possível com o trabalho e união de todos. “ O senso de união e fraternidade entre os sindicatos foi fundamental para o crescimento da entidade. Hoje, outras cidades do Estado, como Joinville, Blumenau e Tubarão, e até mesmo municípios do Paraná e Vitória, no Espírito Santo se espelharam na constituição da Intersindical Patronal de Itajaí para inserir nesses locais a sede própria, solicitando inclusive informações daqui para criar a associação nos municípios”, lembrou o assessor jurídico, com orgulho de fazer parte da implantação da Intersindical em Itajaí. A Intersindical Patronal de Itajaí é formada por 16 sindicatos. São eles: Sindicato do Comércio Atacadista de Itajaí e Região, Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e
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Vestuário de Itajaí, Sindicato Ind. Alim. Munic. Foz Rio Itajaí, Sindicato das Indústrias do Material Plástico dos Municipios da AMFRI, Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região, Sindicato do Comércio Varejista de Itajaí, Sindicato dos Despachantes e Ajudante Aduaneiro do Estado de SC, Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, Sindicato das Indústrias Gráficas de Itajaí, Sindicato das Indústrias de Madeira de Itajaí, Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Materiais Elétricos de Itajaí, Sindicato das Empresas de Comércio Exterior do Estado de SC, Sindicato da Indústria de Construção Civil dos Municípios do Foz do Rio Itajaí, Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Itajaí, Sindicato dos Contabilistas de Itajaí e Região e Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de Santa Catarina. •
Coluna Mercado PARCERIA BOA
Univali e Porto renovam contrato para monitoramento ambiental
A
Univali e o Porto de Itajaí assinaram, no dia 20 de fevereiro, na reitoria do Campus Itajaí, a renovação do contrato para cooperação técnico cientifica para implantação do Programa de Assessoria e Monitoramentos Ambientais na área de influência do Porto de Itajaí. O documento foi assinado pelo reitor da Univali, professor Mário Cesar dos Santos, e pelo superintendente do Porto de Itajaí, Antonio Ayres dos Santos Júnior. O procedimento atende as recomendações da Política Nacional de Meio Ambiente, Lei 6.938/81, Resolução Conama 01/86 e Lei 8.630/93. Os serviços serão executados de acordo com projeto básico elaborado pela Gerência de Meio Ambiente do Porto, em atendimento aos programas ambientais desenvolvidos e as exigências previstas nas licenças ambientais de operação, dragagem de manutenção e aprofundamento
dos canais de navegação. As ações previstas englobam os monitoramentos da qualidade da água, variáveis hidrográficas, qualidade do ar e ruído, estações de tratamento dos efluentes do Porto de Itajaí e sistema integrado de informações ambientais. O contrato prevê, ainda, monitoramentos da qualidade de sedimentos, dragagens, biota aquática, dispersão da pluma de sedimentos, níveis de ruído subaquático, entre outras ações relacionadas a gestão ambiental. •
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Coluna Mercado VENDAS
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Peugeot 208 bate recorde de vendas
ados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) apontam recorde de vendas do Peugeot 208 em janeiro. A manutenção do IPI reduzido nos veículos em estoque durante o período foi um dos principais fatores que influenciaram no crescimento das vendas, que refletiu também em Santa Catarina. O Grupo Peugeot Strasbourg, que possui oito lojas no Estado, comemora o número recorde de 114 unidades vendidas no primeiro mês do ano. O diretor do grupo também associa os bons resultados das vendas à medida que entrou em vigor no
começo deste ano, sobre a obrigatoriedade dos freios ABS e airbag duplo como itens de fábrica. “Diversos clientes aproveitaram para adquirir novos veículos que atendam a essa lei, buscando se adequar e também garantir mais segurança ao motorista e aos passageiros”, explica o empresário. Os números são animadores, visto que esta é uma época em que há, naturalmente, redução nas vendas, pois é o momento em que os consumidores já gastaram parte do décimo terceiro salário e a renda disponível está comprometida com pagamento de impostos ou outras prioridades, como material escolar. •
GRÃO DOURADO
Terlogs inicia a movimentação da safra 2014 de soja
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m ano de safra recorde de soja no Brasil, o Terlogs Terminal Marítimo deu início à logística de embarque da safra 2014 do grão pelo Porto de São Francisco do Sul (SC). Controlada pela trading japonesa Marubeni, a empresa carregou o primeiro navio classe Panamax, carregando em média 65 mil toneladas de soja, já na primeira semana de fevereiro. A embarcação partiu do berço 101, com destino ao mercado asiático. A operação do Terlogs está a todo vapor. O fluxo de vagões aumenta dia a dia, enquanto os caminhões entram na
programação de desembarque, no estacionamento para 400 veículos oferecido pela empresa próximo ao porto. A carga de ambos os modais é oriunda dos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. O Porto de São Francisco do Sul é o único do estado abastecido pelas vias rodoviária e ferroviária. A exportação da soja pelo Terlogs é sequencial à safra de milho, cujo embarque somou a movimentação de 1,65 milhão de toneladas do cereal em 2013, 53% acima do montante exportado da safra anterior.• Economia&Negócios • Março 2014 • 63
Coluna Mercado EM PALHOÇA
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Grupo Dicave estreia 11ª concessionária em SC
Grupo Dicave comemora a recém-abertura da sua 11ª unidade em Santa Catarina. A nova filial está localizada em um trecho estratégico da BR-101, para atendimento comercial e suporte técnico de ônibus e caminhões da montadora Volvo. Na obra de 6 mil metros quadrados erguidos em um terreno de 63,3mil, foram mantidos 12 mil metros de área verde. Com um total de 30 boxes para atendimento mecânico, funilaria, pintura, geometria e alinhamento, além da central de Pit Stop para troca rápida de óleo e filtros, a infraestrutura conta ainda com um auditório para 100 pessoas, sala de descanso e dormitório para motoristas, refeitório com almoço e amplo espaço ao estacionamento de veículos. “Com esta nova casa em Palhoça, vamos oferecer mais comodidade e a agilidade no atendimento aos clientes da região, diminuindo o tempo das paradas dos veículos para manutenção”, afirma o membro do conselho diretor, Lourival Fiedler. O executivo destaca ainda que a nova concessionária está instalada em uma região estratégica para atender também aos clientes de outras regiões de passagem pelo Estado. “A BR
101 é um dos mais importantes corredores de transporte do país”. Santa Catarina tem uma economia bastante diversificada e por ter cinco portos com rotas regulares para os principais portos do mundo, favorece o transporte de cargas. Além disso, a região da grande Florianópolis é o maior mercado de ônibus de Santa Catarina, tanto para veículos urbanos, quanto para rodoviários e de turismo. O presidente e CEO do Grupo Volvo, Olof Persson, o vice-presidente da Volvo Trucks Américas, Dennis Slagle, o presidente da Volvo Latin America, Roger Alm, e o presidente da Volvo Bus Latin America, Luis Pimenta já conheceram a estrutura montada pelo Grupo Dicave. A 11ª unidade do Grupo Dicave está localizada na BR-101, na Marginal Leste, Km 228, Bairro Praia de Fora. O Grupo Dicave possui concessionárias ainda nas cidades de Itajaí, Rio do Sul, Mafra, Araquari, Chapecó, Concórdia, Içara, Lages, Videira, Caçador e Palhoça. A empresa já se prepara para inaugurar a filial de Tubarão no primeiro trimestre do ano que vem e São Miguel do Oeste para o final de 2014. São mais 500 colaboradores em todas as unidades. •
EM MARÇO
Curso, em Itajaí, aborda gestão de projetos na construção civil
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concorrência no setor de construção abre mercado para profissionais habilitados a permitirem que empresas edifiquem melhor com minimização de custos por meio da gestão eficiente de projetos. Para abordar esse tema, o curso de Engenharia Civil da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) realiza, no dia 27 de março, o workshop “Gestão de Projetos – Dinâmica Projetto”. A formação, ministrada por Ítalo Coutinho, é
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aberta ao público e ocorre no das 8h às 17h, no Campus da Univali, em Itajaí. As inscrições devem ser feitas pelo www.univali.br/eventos - link: Computação, Engenharia e Arquitetura - Link: Mini curso de gestão de projetos-Dinâmica Projetto. O custo varia entre R$ 280,00 e R$ 380,00 conforme a categoria do participante. Outras informações: (47) 3341-7681, com a coordenação do curso de Engenharia Civil. •
Coluna Mercado ARTIGO
A fundo perdido
S Por Milton Lourenço Presidente da Fiorde Logística Internacional e diretor do Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística do Estado de São Paulo (Sindicomis) e da Associação Nacional dos Comissários de Despachos, Agentes de Cargas e Logística (ACTC). E-mail: fiorde@fiorde. com.br. Site: www.fiorde.com.br.
Como se o Brasil fosse hoje um país de Primeiro Mundo, com todos os seus problemas de educação, saúde pública, saneamento básico, infraestrutura de transporte e empregabilidade já resolvidos. 66 • Março 2014 • Economia&Negócios
e em vez de investir R$ 2,6 bilhões na construção de um terminal no porto de Mariel, em Cuba, o governo brasileiro tivesse feito semelhante investimento no Norte ou Nordeste, com certeza, o escoamento da safra agrícola do Centro-Oeste não precisaria necessariamente mais ser executado pelos portos de Santos e Paranaguá. Além de promover economia de combustível, já que a distância seria menor, o governo teria levado o desenvolvimento a regiões mais carentes, já que seria obrigado também a investir em rodovias e ferrovias. Também teria evitado o atual contencioso que levou a Advocacia Geral da União a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender lei municipal de Santos sancionada em novembro de 2013 que proíbe a movimentação de grãos no bairro da Ponta da Praia. Ainda que o governo federal alegue que os novos editais de arrendamento no Porto de Santos prevêem a obrigatoriedade de que os arrendatários utilizem equipamentos que reduzam a liberação de resíduos poluentes na atmosfera, a verdade é que não há condições de se estabelecer uma boa convivência entre os moradores e os terminais graneleiros naquela área urbana. Nesse caso, melhor teria sido se o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em vez de se mostrar tão “generoso” na concessão de crédito a Cuba, tivesse financiado a
instalação desses terminais na área continental de Santos, zona pouco povoada. Fosse como fosse, não há dúvida que a melhor solução passaria por uma descentralização do Porto de Santos, reservando-o para produtos de maior valor agregado. É de reconhecer a preocupação do governo em facilitar o escoamento das exportações agrícolas, responsáveis pelo superávit que a balança comercial ainda apresenta, mas nada justifica essa concentração de terminais graneleiros na Ponta da Praia, bairro densamente povoado. O pior é que os recursos destinados à revitalização do porto de Mariel, em Cuba, aparentemente, pouco retorno darão ao Brasil, já que o regime cubano tradicionalmente não costuma cumprir seus compromissos internacionais. Se, por outro lado, esse carcomido regime vier a cair em breve, fatalmente, o capital cubano concentrado hoje em Miami migrará para a ilha, ao lado de maciços investimentos norte-americanos. Isso significa que Cuba, a exemplo de Porto Rico, logo poderá se tornar um estado associado aos Estados Unidos. Nesse cenário, igualmente, pouco espaço restaria para o Brasil. Ou seja, fez-se um investimento a fundo perdido. Como se o Brasil fosse hoje um país de Primeiro Mundo, com todos os seus problemas de educação, saúde pública, saneamento básico, infraestrutura de transporte e empregabilidade já resolvidos. •