Revista Portuaria 01 de Abril de 2014

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ÍNDICE 10

NA LIDERANÇA Pesquisa consolida Santa Catarina como maior produtora de pescados de origem marinha do país

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Mais agilidade e menos custos

NOVO SISTEMA VISA REDUZIR ESPERA POR LIBERAÇÃO DE CARGAS

Oportunidade de negócios Intermodal espera receber 50 mil visitantes na 20ª edição

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Investimentos privados Setor portuário deve receber investimentos de até R$ 36 bilhões em três anos

SANTA CATARINA

Estado que cresce economicamente

www.revistaportuaria.com.br Revista Portuária também está na web com informações exclusivas Duas vezes por semana, a Revista Portuária atualiza o blog da publicação, que tem sempre informações exclusivas sobre tudo o que acontece no mundo dos negócios no Brasil. O informativo jornalístico é encaminhado duas vezes por semana para uma base de dados segura e criteriosamente construída ao longo de 15 anos de mercado, formada por mais de 90 mil empresas. Composto por notícias econômicas de interesse de empresários, políticos e clientes, o blog trata de todo e qualquer tema que envolva economia, especialmente aqueles voltados aos terminais portuários de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Se você souber de alguma novidade, tiver informações relevantes sobre temas econômicos e quiser contribuir com o trabalho da Revista Portuária, entre em contato com a reportagem no endereço eletrônico: jornalismo@revistaportuaria.com.br 4 • Abril 2014 • Economia&Negócios


ANO 15  EDIÇÃO Nº 170 ABRIL 2014 Editora Bittencourt Rua Jorge Matos, 15 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88302-130 Fone: 47 3344.8600 Diretor Carlos Bittencourt direcao@bteditora.com.br Jornalista responsável: Anderson Silva - DRT SC 2208 JP jornalismo@revistaporutaria.com.br Diagramação: Solange Alves solange@bteditora.com.br Contato Comercial Rosane Piardi - 47 8405.8776 comercial@revistaportuaria.com.br Impressão Impressul Indústria Gráfica Tiragem: 10 mil exemplares

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EDITORIAL

Santa Catarina: Estado que cresce economicamente Com o sexto PIB do Brasil girando em torno de R$ 170 bilhões, Santa Catarina possui um ambiente de negócios inversamente proporcional ao seu tamanho geográfico. Esse valor equivale, aproximadamente, à soma do PIB do Uruguai, Paraguai e Bolívia. O Estado possui uma economia pujante e diversificada, com forte atuação do setor industrial. Na reportagem especial, a Revista Portuária – Economia & Negócios expõe um resumo das potencialidades catarinenses, suas peculiaridades, dados estatísticos e os motivos que tornam Santa Catarina sinônimo de investimento, desenvolvimento e retorno financeiro. Atualmente o Estado ocupa a quarta colocação em número de estabelecimentos na indústria de transformação e o quinto em número de trabalhadores. Já a construção civil emprega o quinto maior contingente do país, segundo dados do IBGE. A indústria de transformação catarinense é a segunda no Brasil em termos de participação no PIB estadual. Em 2013, a indústria de transformação de Santa Catarina foi a principal geradora de empregos em seu setor no país, com mais de 20 mil vagas criadas. As estatísticas e a vinda constante de grandes empresas e investimentos privados para o Estado revelam uma região consolidada na sua vocação empreendedora e com alto potencial de desenvolvimento. Santa Catarina possui cinco portos espalhados pelo litoral, todos considerados de excelência operacional. Além disso, grandes indústrias em diferentes segmentos consolidam essa unidade da Federação como potência econômica do país. Perto

dos maiores centros urbanos e com desenvolvimento comprovado nos últimos anos, o Estado atrai investidores dos mais variados lugares. O leitor também vai poder conferir uma entrevista exclusiva com o secretário Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Paulo Bornhausen, sobre o atual cenário do Estado. Além da reportagem sobre o crescimento econômico de Santa Catarina, esta edição da revista destaca a pesquisa que consolida o Estado como maior produtor de pescados de origem marinha do país. O estudo aponta que somente a região de Itajaí, englobando os municípios de Itajaí, Navegantes e Porto Belo, é responsável por cerca de 20% da produção nacional de pescado, concentrando as operações de descarga de mais de 600 embarcações de porte industrial, sendo assim considerado o principal polo pesqueiro do Brasil. Falamos também sobre a multinacional Keppel Singmarine que vai investir US$ 80 milhões na expansão do seu estaleiro em Navegantes (SC). O investimento prevê a construção de uma nova doca seca e a ampliação de 100 metros para 300 metros do píer, entre outros. A estimativa é que a expansão seja concluída em até 24 meses. A obra elevará o número de funcionários de atuais 700 para quase 1,1 mil pessoas. Enfim, não será possível neste editorial listar tudo que está presente nestas dezenas de páginas que trazem também assuntos referentes a logística, comércio exterior,mercado industrial e tecnológico. Boa leitura!

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DESCENDO

DOIS DEGRAUS Brasil pode cair para 9ª posição entre maiores economias do mundo

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té o final de 2014, o Brasil pode cair da sétima para a nona posição entre as maiores economias do mundo em termos nominais. Se o Brasil crescer 1,7% este ano e o dólar ficar em uma média de R$ 2,44, como prevê o governo no Orçamento, o PIB do país vai cair de US$ 2,2 trilhões para US$ 2,1 trilhões (usando um deflator de 5,9%). Isso colocaria o Brasil atrás da Índia (US$ 2,15 trilhões) e da Rússia (US$ 2,24 trilhões), que devem crescer 6% e 2,8% este ano, respectivamente, de acordo com as projeções atuais. "O Brasil chegou a flertar com a sexta posição depois do pibão de 2010, mas

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isso não se sustentou. O crescimento do quarto trimestre surpreendeu, mas mesmo assim dificilmente chegará a 2% este ano e 1,7% nos parece o cenário mais plausível", diz Robert Wood, analista da EIU com foco no Brasil. Da mesma forma que o câmbio sobrevalorizado inflava a posição do país no passado, o câmbio mais fraco agora derruba a posição do país em dólar. Com base no conceito de paridade de poder de compra, que estima o valor da moeda com base em uma determinada cesta de produtos, o Brasil já é a nona maior economia do mundo, de acordo com os últimos dados consolidados do Banco Mundial. •

 Confira o ranking das 10 maiores economias:

1º Estados Unidos 2º China 3º Japão 4º Alemanha 5º França 6º Reino Unido 7º BRASIL 8º Rússia 9º Itália 10º Canadá


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RODANDO

POR AÍ

Os dados divulgados pela Fenabrave revelam que quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o aumento registrado foi de 13,86%

Balanço revela aumento das vendas de veículos em Santa Catarina

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Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores em Santa Catarina (Fenabrave-SC) divulgou o balanço das vendas do mês de fevereiro. Os dados revelam que quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o aumento registrado foi de 13,86%. Além disso, todas as regiões apresentaram acréscimo, posicionando o estado acima do mercado nacional. No entanto, se a comercialização deste mês for comparada a janeiro deste ano, a queda foi de 9,85, principalmente no segmento de automóveis. Em números, no acumulado do mês (janeiro e fevereiro) a venda de veículos novos em Santa Catarina atingiu a marca de 41.266 unidades, representando um aumento de 7,79% em comparação a fe-

Em Itajaí novo endereço: Avenida Coronel Marcos Konder, 789 - Centro - Itajaí - SC Curitiba - Joinville - Blumenau - Navegantes - Itajaí - Balneário Camboriú - Florianópolis Economia&Negócios • Abril 2014 • 7


RODANDO

POR AÍ

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ção

vereiro do ano passado. As vendas em todos os segmentos representaram aumento, exceto a comercialização de ônibus, quando a queda registrada foi de 32,14%. Todas as regiões apresentaram aumento quando comparado ao mesmo período de 2013. Destaque para a Grande Florianópolis, região que apresentou maior acréscimo nas vendas, quase o dobro da média nacional. Destaque também para o Vale do Itajaí, região que mais vendeu durante este ano, ao todo já foram emplacados 10.698 veículos na região.

 Vendas de fevereiro A região da Grande Florianópolis foi a que obteve melhor desempenho no mês de fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, registrando acréscimo de 22,77% nas vendas de veículos de todas as categorias, exceto ônibus. Este número é quase o dobro da média nacional, que registrou acréscimo de 12,73%. Somente no segmento de veículos comerciais leves, a alta foi de 23,08%. As 8 • Abril 2014 • Economia&Negócios

vendas de janeiro e fevereiro representam 8.863 novos veículos nesta região. A região do Vale do Itajaí se posiciona em seguida, como a região que mais vendeu em comparação a fevereiro do ano passado. Atingindo um acréscimo de 17,07%, também, acima da média nacional. Mas quando o quesito é unidade vendida, o Vale do Itajaí se destaca com a comercialização de 10.698 veículos novos, entre janeiro e fevereiro. Na terceira posição está a região Sul, que apresentou aumento de 13,47% em comparação a fevereiro de 2013. Todas as categorias apresentaram aumento das vendas, exceto os caminhões. Entre janeiro e fevereiro, a região vendeu 5.912. A região do Planalto Serrano apresentou crescimento de 9,71% em comparação a fevereiro de 2013. Os dados representam que durante este ano, já foram emplacados 1.897 novos veículos nesta região.

O Vale do Itajaí se destaca com a comercialização de 10.698 veículos novos, entre janeiro e fevereiro

As demais regiões apresentaram aumento neste mês de fevereiro em comparação ao ano anterior. A região Oeste já vendeu neste ano 7.086 novas unidades. O segmento que mais cresceu foi o de veículos comerciais leves, que apresentou um aumento de 39,20%. A região da Norte, registrando acréscimo de 7,47% em relação a fevereiro do ano passado. Foram comercializados durante este ano, 6.810 novos veículos. •



NA LIDERANÇA Pesquisa consolida Santa Catarina como maior produtora de pescados de origem marinha do país Somente a região de Itajaí, englobando os municípios de Itajaí, Navegantes e Porto Belo, é responsável por cerca de 20% da produção nacional de pescado, concentrando as operações de descarga de mais de 600 embarcações de porte industrial, sendo assim considerado o principal polo pesqueiro do Brasil.

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anta Catarina mantém o posto de maior produtora de pescado de origem marinha e de sediar o maior parque pesqueiro industrial do Brasil. Esse é o principal resultado do boletim estatístico da pesca industrial do Estado lançado oficialmente no dia 12 de março, na sede do Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região – (Sindipi), em Itajaí. A solenidade contou com a presença do secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, e lideranças do setor de pesca catarinense. Na ocasião foram apresentados os boletins estatísticos da pesca industrial dos anos de 2010, 2011 e 2012, produzidos através da parceria entre a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, a Secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí, o Sindipi e a Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Em 2013, após o fim dos convênios entre o Ministério da Pesca e da

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Aquicultura para desenvolvimento desta pesquisa, que tem de ser feita anualmente, a Secretaria da Agricultura e da Pesca repassou R$ 400 mil ao Sindipi para a atualização dos dados oficiais sobre a produção pesqueira do Estado. Já a pesquisa em relação ao ano passado ainda está em fase de elaboração, mas deve ter os resultados divulgados em breve. Santa Catarina é o maior produtor nacional de pescado marinho, sendo que a pesca industrial responde por 136 mil toneladas e a pesca artesanal por 14 mil toneladas, totalizando 150 mil toneladas ao ano. “A importância destes dados é para manter o Estado líder do setor e facilitar acessos aos programas do Governo Federal”, destacou o secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues. O presidente do Sindipi, Giovani Monteiro, lembrou que a parceria com


o Governo do Estado é essencial para o desenvolvimento do setor. Monteiro relatou que o Sindipi possui, atualmente, aproximadamente 300 associados (entre armadores e indústrias) que, juntos, geram cerca de 30 mil empregos diretos e 70 mil indiretos. Além disso, ressaltou que Itajaí e Navegantes abrigam as maiores indústrias de processamento de pescados do Brasil e representam o maior polo pesqueiro do Brasil (produção e beneficiamento). As informações da pesquisa de estatística foram obtidas nos principais portos pesqueiros do Estado por meio de fichas de produção, entrevistas de cais e de observadores de bordo alocados nas embarcações pesqueiras.

 A pesca em

Santa Catarina

O Estado de Santa Catarina é o maior produtor nacional de pescado de origem marinha. Essa posição é decorrente da importante atividade de pesca industrial sediada nos municípios de Itajaí e Navegantes. Somente a região de Itajaí,

englobando os municípios de Itajaí, Navegantes e Porto Belo, é responsável por cerca de 20% da produção nacional de pescado, concentrando as operações de descarga de mais de 600 embarcações de porte industrial, sendo assim considerado o principal polo pesqueiro do Brasil. No contexto estadual, essa região contribui com 90,95% dos empregos no setor pesqueiro, representando 3.016 trabalhadores, sediando um significativo número de empresas que estão, de forma direta ou indireta, ligadas à atividade da pesca. O arranjo produtivo do setor pesqueiro do litoral centro-norte catarinense constitui-se basicamente por três segmentos de atividades: a captura, o beneficiamento do pescado e a construção naval e reparos de embarcações. É também responsável por inúmeros empregos indiretos, como por exemplo, os fornecedores de produtos usados nos processos da pesca, como redes, combustíveis, gelo, insumos, além da indústria alimentícia, a partir do processamento do pescado. •

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Em busca de mais

DESENVOLVIMENTO Governo lança programa para qualificação de pessoas e atração de novos empreendimentos em Santa Catarina O objetivo do programa é de avançar na construção de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável, baseado em pessoas qualificadas e empreendimentos inovadores

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governador Raimundo Colombo lançou no dia 18 de março, o Programa Catarinense de Inovação (PCI), na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis. O programa visa promover ações que tragam melhorias na economia do Estado, com a capacitação de pessoas e empresas, para aumentar a competitividade. 


Em busca de mais

DESENVOLVIMENTO Fotos: Neiva Daltrozo / Secom

O projeto é coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc), a Federação da Indústria de Santa Catarina (Fiesc) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (Sebrae/SC). “Nós queremos aumentar nossa eficiência e nossa produtividade, fazendo mais com menos, rápido e com qualidade, e para isso temos que trazer e desenvolver tecnologia. Nós fizemos um programa que atende todas as regiões e que oferece aperfeiçoamento pessoal e na pequena empresa. Queremos também, gerar mais empregos para melhorar ainda mais a renda no Estado”, disse Colombo. O objetivo do programa é de avançar na construção de um modelo de desenvolvimento econômico sustentável, baseado em pessoas qualificadas e empreendimentos inovadores, para que os produtos e serviços se destaquem pelo alto valor agregado, além do desenvolvimento social e humano. “Queremos levar Santa Catarina em um patamar internacional de competição. Termos a condição de, ao longo dos anos, poder atingir uma média salarial mais alta e atender a população catarinense com melhores empregos e oportunidades de empreendedorismo”, explicou o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen.

superando as expectativas. Nunca tivemos esse número de crescimento na história do Estado”. O PCI promoverá ações que permitam ao Estado manter-se na trajetória de consolidação de uma nova economia catarinense, alinhando questões socioeconômicas e ambientais em um eixo de sustentabilidade. A ideia é transformar Santa Catarina em um polo de atração para empresas competitivas, inovadoras e que promovam a qualidade de vida dos catarinenses. “Hoje a inovação é a chave para melhoria da competitividade das empresas catarinenses. Temos que fazer um grande esforço para investir mais em inovação, em novas tecnologias e em novos processos porque é isso que nos dará condições de competir com as empresas que chegam ao país e também com aquelas que nós já competimos lá fora”, completou o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte.

 Palestrante internacional Para marcar o anúncio do PCI, a cerimônia de lançamento do programa foi seguida da palestra "Como Criar Ecossistemas de Inovação", apresentada por Curtis Carlson, presidente e diretor executivo do SRI International - Stanford Research Institute. Carlson é membro do conselho para inovação e empreendedorismo do governo Obama, membro do Conselho de Liderança em Inovação do Fórum Econômico Mundial e conselheiro para ciência da Fundação Nacional de Pesquisa de Cingapura. O palestrante é coautor do livro "Inovação: as Cinco Lições para Criar o Que os Consumidores Querem" e liderou a equipe que desenvolveu o sistema de alta definição HDTV que se tornou padrão na televisão americana. Após a palestra, convidados de empresas e instituições relacionadas à inovação participaram de um debate sobre o tema. 

 Referência mundial Colombo destacou que Santa Catarina apresentou o menor índice de desemprego no mundo, com apenas 3%, e isso demonstra o esforço e o desenvolvimento do setor da indústria. “Tivemos um crescimento de 27 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, Economia&Negócios • Abril 2014 • 13


Em busca de mais

DESENVOLVIMENTO

:: Os eixos do Programa Atração de Investimentos

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o eixo da atração de investidores de setores estratégicos, o Governo do Estado firmou uma parceria público-privada com a Fiesc para desenvolver o projeto da agência de

atração de investimento Inova SC. A ideia é identificar oportunidades em todas as regiões do Estado, apresentá-las a potenciais investidores e promover Santa Catarina como um polo de inovação.

 Capacitação O treinamento de pessoas e empreendedores será realizado juntamente com o Sebrae/SC. As capacitações terão foco em inovação - de gestão, produtos, serviços e processos - para formar profissionais e dar às empresas catarinenses melhores condições de competir na nova economia, levando em conta as vocações regionais.

 Infraestrutura para inovação Caberá ao PCI, por meio da SDS e da Fapesc, a implantação dos Centros de Inovação de Santa Catarina. Na primeira fase, 12 edifícios-sedes serão construídos em todas as regiões do Estado, que trabalharão em rede. A gestão dos Centros de Inovação envolverá governos locais e estadual, universidades, empreendedores e sociedade civil. "São centros de referência que acenderão o farol da inovação por todas as regiões do Estado, trabalhando em rede e trocando experiências", declarou o secretário da SDS, Paulo Bornhausen. Os edifícios-sede são os primeiros em Santa Catarina projetados com a técnica BIM (do inglês, Modelo de Informação da Construção). É uma tecnologia que permite uma gestão mais eficiente de toda a vida útil do edifício, da construção à operação. • 14 • Abril 2014 • Economia&Negócios


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Mais agilidade e menos custos NOVO SISTEMA VISA REDUZIR ESPERA POR LIBERAÇÃO DE CARGAS

Software lançado pela Abtra dinamizará os pedidos de autorização de embarque para a Receita Federal, processo que deve cair de 36 para até três horas 16 • Abril 2014 • Economia&Negócios

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tentativa de minimizar os impactos dos gargalos logísticos nas principais rodovias e portos do país tem reunido entidades, governo e empresas privadas. Parte interessada e representante das principais empresas portuárias nacionais, a Associação Brasileira de Terminais e Portos Alfandegados (Abtra) lançou no mês de março, o Pedido de Embarque Eletrônico (PEM-e), com a promessa de diminuir o tempo de espera das filas de caminhões e navios nos principais portos do Brasil. O sistema já está concluído e disponível para aprovação das autoridades públicas competentes. Atualmente, os caminhões que acessam o maior complexo da América Latina, o Porto de Santos (SP), aguardam, em média, 36 horas pela liberação da Receita Federal para embarcar cargas de exportação. Com o novo sistema, a expectativa é diminuir a espera para três horas. Com a chegada da supersafra de grãos - que ultrapassará 190 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento - o novo sistema auxiliará na automatização e rapidez para a autorização no embarque dos granéis, e também de veículos, bobinas de aço e celulose. 



Mais agilidade e menos custos

“Todo o processo de entrega da documentação do pedido de embarque será solicitado através de um único site, que faz parte da Janela Única Portuária. Os exportadores poderão cadastrar os pedidos de cargas e a Receita Federal terá duas horas, nos períodos da manhã e da tarde, para interagir com o sistema”, adianta o gerente de tecnologia da Abtra, Vander Serra de Abreu, que também aponta como benefício a redução de custos para exportador e armador, visto que os caminhoneiros permanecerão menos tempo parados nos terminais à espera da liberação. Além do Pedido de Embarque Eletrônico, a Entidade foi responsável pelo desenvolvimento de outros importantes sistemas amplamente utilizados por empresas do setor, como a Declaração de Transferência Eletrônica (DTe) e o Banco de Dados Comum de Credenciamento (BDCC). De acordo com Abreu, a Associação está

em negociação com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para que o sistema de Pedido de Embarque Eletrônico interaja com o Sistema de Agendamento. “Nosso objetivo é otimizar os processos e reduzir tempo e custos. Acreditamos que a junção dos sistemas da Abtra e da Autoridade Portuária santista irá diminuir ou até acabar com esses problemas”, explica.

 A Abtra A Abtra é uma entidade de classe, que representa as principais empresas brasileiras dedicadas à operação e à armazenagem de contêineres e cargas soltas, e tem tradição no desenvolvimento de sistemas tecnológicos. Eles se prestam a integrar a comunidade portuária e agilizar os processos aduaneiros e o fluxo das cargas de importação e exportação nos portos de Santos, Rio de Janeiro, Paranaguá, São Francisco do Sul, Manaus, Salvador, Rio Grande e Suape. • Divulgação

18 • Abril 2014 • Economia&Negócios



PORTOS

DO BRASIL

NORMAS

Antaq define infrações e multas em serviços portuários As normas, que também definem infrações administrativas e respectivas punições, destinam-se a administrações dos portos organizados, a arrendatários de áreas e instalações portuárias e a operadores portuários

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Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) publicou no Diário Oficial da União (DOU) no início do mês de março norma sobre a fiscalização da prestação dos serviços portuários no país. As normas, que também definem infrações administrativas e respectivas punições, destinam-se a administrações dos portos organizados, a arrendatários de áreas e instalações portuárias e a operadores portuários. Entre as infrações comuns previstas no documento está receber no porto veículo de carga sem o devido agendamento. A multa nesse caso varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil por veículo em situação irregular. Outra infração sujeita a punição do arrendatário ou operador, por exemplo, é não oferecer serviço de atendimento aos usuários, com multa entre R$ 5 mil a R$ 10 mil. Uma das infrações mais graves descritas na norma é o agente portuário subempreitar, transferir ou delegar qualquer operação sob sua responsabilidade a operador portuário não qualificado. Quem cometer essa infração está sujeito à multa que varia de R$ 500 mil a R$ 1 milhão.

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20 • Abril 2014 • Economia&Negócios

 Licitação de portos No início do mês passado, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) informou também que fará novas audiências públicas sobre a licitação para exploração dos portos de Salvador, Aratu (BA), Paranaguá (PR) e São Sebastião (SP). A consulta pública tinha começado em outubro do ano passado, mas a diretoria da Agência decidiu fazer novas audiências, incluindo ajustes nos estudos, conforme considerações apresentadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o primeiro lote de licitações lançado pelo governo. Em dezembro do ano passado, o TCU estabeleceu 19 condições para que o governo publique o edital para licitação dos portos de Santos (SP), Belém, Santarém (PA), Vila do Conde (PA), além dos terminais de Outeiro (PA) e Miramar (PA). Os ministros consideraram insuficientes os estudos apresentados pelo governo e pediram mais informações técnicas sobre os projetos. O governo federal pediu a revisão de algumas das condições impostas pelo tribunal para liberar a publicação do edital dos portos. Segundo a Antaq, o objetivo da consulta pública é obter contribuições, subsídios e sugestões para o aprimoramento de editais e contratos referentes aos arrendamentos. Os avisos sobre as novas audiências públicas, com as datas e locais, serão publicados oportunamente. •


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Motivo de orgulho catarinense

Porto de Itapoá bate novo recorde

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oram 549 movimentos em menos de quatro horas, resultando em uma perfomance de 139,7 MPH (movimentos por hora) na operação do navio e de 37,6 por equipamento Na madrugada da segunda-feira de Carnaval, grande parte do país assistia ao desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro ou aproveitava a festa nos mais diferentes lugares do Brasil. Nesse mesmo momento, chegava ao Porto Itapoá o navio Aliança Artigas, pelo serviço de cabotagem. Destaque para a agilidade da operação que garantiu um recorde para o terminal portuário. Foram 549 movimentos em menos de quatro horas, resultando em uma perfomance de 139,7 MPH (movimentos por hora) na operação do navio e de 37,6 por equipamento. O índice registrado por navio é o maior em Santa Catarina e o terceiro do Brasil. Em menos de 30 dias foi o segundo recorde consecutivo do terminal portuário. No dia 3 de fevereiro, na operação do navio CSAV Carmen, a performance já tinha sido de 136,9 MPH. O assunto no Porto na manhã seguinte ao novo recorde

durante o Carnaval não era outro se não a perfomance da equipe operacional "Enquanto as escolas faziam bonito na avenida, nós colocamos o Porto Itapoá entre os melhores do país", comentavam os colaboradores. Atualmente, os dois melhores registros nacionais de movimentação por navio são de terminais de Santos, enquanto o maior índice de movimentação por equipamento ainda é do Porto Itapoá com média de 49,0 (movimentos por hora) alcançado em dezembro de 2011. Em Santa Catarina, o Porto Itapoá está em primeiro lugar, tanto na média por navio como por equipamento.

 Movimentos por hora - MPH Este índice é utilizado no meio portuário para medir a produtividade dos terminais. É calculado o número de movimentos feitos por um terminal, em um determinado navio, num período de tempo específico. Quanto maior o índice de MPH, mais rápido acontece a operação e menos custo é gerado para armadores, exportadores e importadores. A agilidade e eficiência do Porto Itapoá são seus principais diferenciais competitivos. •

Economia&Negócios • Abril 2014 • 21


PORTOS

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Histórias e papeis coloridos

erca de 30 mil pessoas já visitaram o contêiner, que percorreu várias cidades de Santa Catarina. Além disso, recebeu o prêmio ADVB/SC na categoria Desenvolvimento Cultural, em 2012 Um contêiner transporta muitos objetos, entre eles produtos manufaturados, matérias-primas, congelados. Mas cultura e arte são transportadas por um contêiner especial que entrega alegria por onde passa. E com essa missão, o Contém Cultura já comemora seu segundo aniversário. Dentro do contêiner de 40 pés, adaptado como biblioteca, sala de cinema e oficinas de artes, muitas crianças já ouviram milhares de histórias e coloriram papeis. O projeto é uma parceria entre a empresa Portonave e Instituto Caracol - ambos de Navegantes, Litoral Norte de Santa Catarina - e já colhe bons frutos. Cerca de 30 mil pessoas já visitaram o contêiner, que percorreu várias cidades de Santa Catarina. Além disso, recebeu o prêmio ADVB/SC na categoria Desenvolvimento Cultural, em 2012. A Fundação Catarinense de Cultura, em documento, ressaltou a importância e resultados alcançados pelo projeto e acrescentou reconhecer a exclusividade e singularidade do Contém Cultura em Santa Catarina e no Brasil. A Portonave se orgulha muito desse projeto e vibra com o crescimento dele. “Nosso objetivo é oferecer cultura, educação e estimular a formação de leitores, em especial, nos locais onde o acesso a produções culturais é restrito. A educação e a arte são poderosas ferramentas para a construção de indivíduos conscientes. É excelente ver o projeto crescendo e se aprimorando. Isto nos deixa muito feliz” comenta a responsável pela comunicação corporativa e responsabilidade social da Portonave, Daiane Fagundes Maeinchein.

 A trajetória do projeto O Projeto Contém Cultura iniciou as atividades em 15 de março de 2012, com atendimentos aos colaboradores da Portonave. Em abril, o contêiner cultural participou da Volvo Ocean Race, em Itajaí. Foram quatro mil atendimentos durante a regata. Depois foi a vez dos bairros de Navegantes receberem a estrutura. Foram 10 mil atendimentos em 27 unidades escolares públicas e privadas. 22 • Abril 2014 • Economia&Negócios

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Projeto cultural desenvolvido em contêiner completa dois anos de atividades

Em 2013, entre fevereiro e abril, o Contém Cultura visitou as cidades de Bombinhas, Itapema, Penha, Piçarras e Porto Belo, levando as oficinas e apresentações para 3.950 pessoas. E no final do ano passado, até fevereiro 2014, a Etapa Cidades Portuárias atracou nos portos de Imbituba, Navegantes, Itajaí, Itapoá e São Francisco do Sul – com 12.091 atendimentos. Barra Velha foi a última cidade a ser visitada pelo contêiner, reunindo 400 pessoas.

 Números do Contém Cultura: Dois anos de projeto 30.541 atendimentos 11 cidades visitadas 14 oficinas de arte ofertadas

 Oficinas ofertadas: - Cartonaria - Palhaço - Filtro dos Sonhos - Musicalização - Corpo sonoro - Stop motion - Pau de chuva - “Pinhole” – foto na lata - Fotografia Digital - Produção audiovisual - Formas animadas - Reaproveitamento de alimentos - Garrafas personalizadas - Mão molenga •


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NEGATIVO

Exportações do Rio Grande do Sul recuam 5,8% em fevereiro

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s exportações do Rio Grande do Sul somaram US$ 1,02 bilhão em fevereiro, o que representou uma queda de 5,8% ante o mesmo período de 2013. “Este resultado é preocupante, pois ocorreu em um mês com fatores positivos, tais como dois dias úteis a mais e uma desvalorização média do câmbio de 20,8%. Essa falta de competitividade dos nossos produtos tem gerado a perda de importantes mercados no exterior”, destacou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller. O saldo da balança comercial ficou negativo em US$ 530 milhões. Tanto os produtos básicos (-31,5%) quanto o setor industrial (-1,4%) pesaram negativamente, sendo este último responsável por 87,3% de tudo que o Estado enviou ao exterior. Devido a sua relevância na pauta gaúcha (20,1%), o segmento de Produtos Alimentícios exerceu a maior influência negativa ao reduzir em 23,8% os embarques. O desempenho também foi ruim em Pro-

dutos de Metal (-23,9%) e Tabaco (-17,3%). Por outro lado, os destaques positivos vieram a partir dos Produtos Químicos (25,6%) e Couro e Calçados (9,2%). No que se refere aos destinos das exportações totais do Rio Grande do Sul, a China ficou na primeira colocação ao elevar em 177,8% os seus pedidos, basicamente soja. A Argentina garantiu a segunda posição e ampliou suas importações em 0,9%, em especial de partes e acessórios para tratores e veículos automotores. Na sequência veio os Estados Unidos, que incrementou em 3,5% as compras, principalmente de blocos de cilindros e cabeçotes para motores de explosão. As importações totais tiveram queda de 6,5% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de 2013, somando US$ 1,55 bilhão. A maior queda foi verificada em Bens de Consumo (-6,8%) devido à retração de veículos automotores. Por outro lado ocorreram elevações em Bens de Capital (7,5%), veículos de carga; e Bens Intermediários (1,2%), naftas para petroquímica. •

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PORTOS

DO BRASIL

Divulgação

POSITIVO

Santa Catarina tem alta de 7,7% nas exportações em 2014

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s exportações catarinenses acumulam alta de 7,7 % nos dois primeiros meses de 2014, chegando a US$ 1,241 bilhão. Os números foram divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) no dia 14 de março. “Os dados sugerem que os contratos de exportação, celebrados com antecedência, podem refletir a queda dos preços de nossos produtos, em função de uma taxa cambial mais favorável para as exportações brasileiras e catarinenses. A questão do dólar valorizado produz efeitos desde o último trimestre de 2013”, afirma o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte. Entre os principais produtos embarcados em Santa Catarina, se destacaram no período a carne suína, que subiu 16,70% e somou US$ 74,8 milhões e a soja, que atingiu US$ 33,1 milhões. Segmentos tradicionais da pauta de exportações do

24 • Abril 2014 • Economia&Negócios

Estado tiveram pequena redução no período, mas seguem na liderança das vendas. A carne de frango recuou 1,94% e fechou o bimestre com US$ 316,3 milhões em embarques. Na sequência, os motores e geradores elétricos tiveram vendas externas de US$ 80,8 milhões, recuo de 3,38% sobre o mesmo período de 2013. A China segue ganhando espaço entre os compradores dos produtos catarinenses, subindo 86,68% e atingindo US$ 76,5 milhões até fevereiro. Este volume, no entanto, ainda não ameaça a liderança dos Estados Unidos, que compraram 20,93% a mais no período, chegando a US$ 159,6 milhões. As importações também estão em alta nos portos do Estado. Nos dois primeiros de 2014 o crescimento foi de 24,49%, com US$ 2,709 bilhões em desembarques. Assim, a balança comercial acumula déficit de US$ 1,467 bilhão até fevereiro. •



PORTOS

DO BRASIL

Investimentos privados

Setor portuário deve receber investimentos de até R$ 36 bilhões em três anos

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Divulgação

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s programas de arrendamentos das 159 áreas nos portos organizados (PIL-Portos) deverão injetar mais de R$ 17 bilhões em investimentos, que se somam aos cerca de R$ 8 bilhões previstos nos 15 terminais de uso privado autorizados até março deste ano Os investimentos privados no setor portuário brasileiro devem chegar a R$ 36 bilhões ao longo dos próximos três anos, considerando os pedidos de autorização de investimento de arrendamentos existentes, as autorizações para Terminais de Uso Privado (TUP) e os arrendamentos de áreas em portos organizados previstos no Plano de Investimento em Logística (PIL-Portos). A perspectiva foi apresentada no dia 11 de março, pelo ministro da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, durante reunião com o Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. Segundo o ministro, somente com pedidos de autorização de investimento de arrendamentos existentes, a expectativa é de investimentos de R$ 10 bilhões. Atualmente, 45 propostas de prorrogação estão em análise na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O programa de arrendamentos das 159 áreas nos portos organizados (PIL-Portos) deverão injetar mais de R$ 17 bilhões em investimentos, que se somam aos cerca de R$ 8 bilhões previstos nos 15 terminais de uso privado autorizados até março deste ano. “Isso é extremamente importante tanto para a racionalização quanto para a ampliação da capacidade portuária”, disse o ministro durante reunião na CNI. No caso do setor público, além dos arrendamentos, Silveira explicou que a prioridade é desenvolver a segunda fase do Programa Nacional de Dragagem (PND2). No dia 21 de fevereiro, a SEP lançou o edital para dragagem de manutenção do Porto de Santos. As propostas serão abertas no dia 8 de abril. Até o final do mês, a secretaria pretende lançar os editais para os portos de Mucuripe (CE) e do Rio de Janeiro (RJ) e até meados do segundo semestre deve ter início o processo de licitação envolvendo 22 portos organizados. “Esse esforço de investimento visa atender a necessidade de modernização da infraestrutura portuária e de aumentar a capacidade de movimentação dos portos brasileiros”, observou Silveira.

Ministro da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira

 Viabilização de acessos O ministro disse ainda que a partir de abril, num esforço conjunto com o Ministério dos Transportes, a SEP intensificará ações para viabilizar os acessos terrestres aos portos. “As dragagens vão atacar os acessos marítimos, mas é preciso também melhorar os acessos terrestres, principalmente na região Norte, de forma que estas áreas sejam capazes de realizar mais plenamente seu potencial portuário”, afirmou. Silveira acrescentou que existe grande interesse na região Norte tanto em função do deslocamento da fronteira agrícola (especialmente no Mato Grosso e em Tocantins) quanto da perspectiva de conclusão da BR-163, além das licitações das rodovias. “Essa região se tornou muito atrativa, com uma corrida por autorizações de TUP e crescente interesse do programa de arrendamentos nos portos da Companhia Docas do Pará. Por isso, a presidenta Dilma Rousseff determinou que o ministro Cesar Borges e eu, juntamente com as agências reguladoras, déssemos prioridade à melhoria dos acessos terrestres”, reforçou o ministro aos empresários. Durante o encontro, Silveira apresentou um panorama sobre o setor portuário brasileiro nos últimos 20 anos, com ênfase aos aspectos centrais da Lei 12.815/2013, o novo Marco Regulatório. •



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MERCADO em

EXPANSÃO Logística reversa exige

planejamento estratégico para minimizar custos

TEMA PROPOSTO EM PARCERIA COM O INBRASC SERÁ DISCUTIDO EM CONFERÊNCIA DE SUPPLY CHAIN DURANTE A INTERMODAL SOUTH AMERICA

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indústria brasileira começou o ano recuperando parte da perda acumulada em 2013. De acordo com dados divulgados no dia 11 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial avançou 2,9% em janeiro, quando comparada ao mês anterior. O dado superou as expectativas do mercado e permite uma relação importante: quanto mais bens produzidos, maior a necessidade de planejar o retorno dos resíduos, na chamada logística reversa. Caracterizada por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, ou não, os modelos de logística re-

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versa desenvolvidos em países da Europa, por exemplo, são semelhantes aos do Brasil. Mas o país conta com um fator de diferenciação, a expansão do consumo no mercado interno. “A grande questão é que não se pode mais ignorar o efeito reverso. A logística reversa tem que ser estabelecida junto à estratégia de distribuição da empresa”, destaca o presidente da Febracorp (Federação Brasileira de Desenvolvimento Corporativo), que congrega o Inbrasc - Instituto Brasileiro de Supply Chain, Richard Lowenthal. O executivo ainda chama a atenção para os custos que podem ser gerados. “A prática pode gerar tanto custo quanto oportunidade, depende do negócio. No caso de materiais que podem ser reutilizados é muito interes-


sante e está alinhada à questão da sustentabilidade. Em outros casos, é preciso adotar um dos diversos modelos existentes para minimizar o efeito reverso ruim e otimizar essa logística”, adverte. O tema “Logística Reversa como um Diferencial Competitivo” integra o painel inédito “Supply Chain - Identificando Soluções”, que acontecerá durante a conferência “Innovative Supply Chain” na 20ª edição da Intermodal South America, no dia 2 de abril, às 9 horas. O painel ainda traz as sessões “A Cadeia de Fornecimento numa Visão Global” e “A Integração de Modais na Cadeia de Suprimentos” que irão abordar o cenário da cadeia de suprimentos na indústria, estratégias na área para resultados mensuráveis e impactos da Nova Lei de Resíduos

Sólidos.

 Parceria estratégica A Febracorp, por meio do Inbrasc, é parceira estratégica para a Feira, justamente por direcionar o painel à necessidade exigida pelo público qualificado das conferências. “O interesse em fechar esse trabalho já acontecia há algum tempo e felizmente esse ano conseguimos encontrar um caminho que acaba beneficiando a instituição, o evento e, em especial, o público de Supply Chain. A Intermodal South America possui um histórico consolidado, é a maior feira de logística do País e o bloco de palestras traz à tona discussões voltadas à cadeia de suprimentos”, explica Richard Lowenthal. •

"A logística reversa tem que ser estabelecida junto à estratégia de distribuição da empresa”. Richard Lowenthal

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Oportunidade de negócios Intermodal espera receber 50 mil visitantes na 20ª edição

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as empresas que visitarão o evento, considerado pelos executivos do setor como excelente oportunidade estratégica à geração de novos negócios, 65% são embarcadores de carga Entre os dias 1 e 3 de abril 50 mil visitantes devem passar pelos estandes das mais de 600 marcas expositoras, oriundas de mais de 20 países, da 20ª edição da Intermodal South America, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Das empresas que visitarão o evento, considerado pelos executivos do setor como excelente oportunidade estratégica à geração de novos negócios, 65% são embarcadores de carga,

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17% são do setor de transporte, logística e armazéns, 10% de empresas de serviços de importação e exportação, 3% de atacado e varejo e 5% de outros segmentos. “Esperamos um público mais qualificado este ano. Graças à variedade de segmentos ligados aos modais e diversos temas que serão abordados nas conferências, a Intermodal se consolida como excelente plataforma para o networking. Em 2013, 47% dos visitantes buscavam novos produtos, serviços e soluções e cerca de 36% veem na Feira uma oportunidade de estabelecer novas relações comerciais”, explica o gerente da feira, Ricardo Barbosa. Além disso, 32% dos visitantes da Intermodal desejam atualizar-se sobre melhores práticas e tendências de mercado, 23% encontrar atuais parceiros e fornecedores, 22% querem procurar novos fornecedores e 11% planejar uma próxima aquisição.


 A Intermodal Com 20 anos de história, a Intermodal South America é o segundo maior evento do mundo para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior. O evento reúne, em três dias, os principais players do mercado nacional e internacional, impulsionando negócios e parcerias, servindo de plataforma para lançamentos, reforço de marca, joint-ventures, vendas e networking. Em sua última edição, reuniu mais de 600 empresas, representando 26 países e atraiu 48.500 visitantes. Em 2014, a Intermodal acontece entre os dias 1 e 3 de abril, das 13 às 21 horas, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. •

 Conferência Na edição que completa 20 anos, a Intermodal organizará uma série de palestras programadas para os três dias de evento. Expositores e visitantes poderão participar das discussões cujo principal foco será os desafios do setor logístico, contemplando principalmente os modais marítimo, rodoviário e ferroviário. Temas como supply chain, acessos rodoviários e condomínios logísticos ganharão mais expressão nesta edição, com palestrantes renomados e especializados no setor.

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Economia&Negócios • Abril 2014 • 31


Crescimento feminino Participação das mulheres no mercado de trabalho formal cresce 4,7% ao ano em Santa Catarina O BALANÇO DA INSERÇÃO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE FOI REALIZADO PELO SETOR DE ANÁLISE DO MERCADO DE TRABALHO DA SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E HABITAÇÃO (SST)

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participação das mulheres no mercado de trabalho formal em Santa Catarina cresceu em média 4,7% ao ano nos últimos 26 anos contra 3% dos homens. A taxa de formalidade da ocupação entre a população feminina é maior no Estado do que no Brasil: enquanto em Santa Catarina, é de 76,3% no país é de 61%. Ao longo de 2013, do total de

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68.782 empregos formais criados em Santa Catarina, 47% foram preenchidos por mulheres. O balanço da inserção feminina no mercado de trabalho catarinense foi realizado pelo setor de Análise do Mercado de Trabalho da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação (SST). O estudo traz alguns indicadores com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e é focado nos anos de 2012 e 2013.


O sociólogo Leandro dos Santos, que preparou o estudo, ressalta que com o gradativo aumento da inserção feminina no mercado de trabalho a taxa de participação das mulheres alcançou 58% em 2012. Isso significa que o montante das mulheres em Idade Ativa (como sendo de 15 anos ou mais de idade) se encontravam economicamente ativas. Isso quer dizer que ou estavam trabalhando ou estavam à procura de trabalho. Entre os homens esse percentual foi de 78% em Santa Catarina. No Brasil, a taxa de participação entre as mulheres para o ano de 2012 foi um pouco menor, 55%. As mulheres representam atualmente 45% da População Economicamente Ativa (PEA) do Estado. “Gradativamente, a participação feminina no mercado de trabalho está ganhando força. Elas estão saindo da condição de donas de casa em busca de seus ideais de estudo

e trabalho”, destaca o sociólogo.

 Taxa de desemprego A taxa de desemprego entre as mulheres é quase o dobro da verificada entre os homens. Enquanto para as mulheres ficou em 4%, entre os homens foi de 2,2%. No país, a taxa de desemprego feminina foi o dobro: 8,2%. O estudo aponta ainda que em relação à escolaridade das pessoas com vínculo formal de emprego, as mulheres são maioria no nível de instrução superior completo com participação de 58%. Entretanto, quando se analisa a remuneração média mensal, a diferença do que recebe as mulheres em relação aos homens cresce justamente nos níveis de instrução mais altos. No total as mulheres ganham o equivalente a 78,9% da remuneração média mensal dos homens. •

“Elas estão saindo da condição de donas de casa em busca de seus ideais de estudo e trabalho”. Leandro dos Santos

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Estado que cresce SANTA CATARINA TEM A MELHOR DISTRIBUIÇÃO DE RENDA DO BRASIL, A MAIOR EXPECTATIVA DE VIDA E UM SETOR DE TECNOLOGIA DE PONTA INOVADOR, CLASSIFICADO PELA REVISTA THE ECONOMIST COMO O QUINTO MELHOR DO PAÍS

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om o sexto PIB do Brasil girando em torno de R$ 170 bilhões, Santa Catarina possui um ambiente de negócios inversamente proporcional ao seu tamanho geográfico. Esse valor equivale, aproximadamente, à soma do PIB do Uruguai, Paraguai e Bolívia. O Estado possui uma economia pujante e diversificada, com forte atuação do setor industrial. Nesta reportagem, a Revista Portuária – Economia & Negócios vai expor um resumo das potencialidades catarinenses, suas peculiaridades, dados estatísticos e os motivos que tornam Santa Catarina sinônimo de investimento, desenvolvimento e retorno financeiro. Atualmente o Estado ocupa a quarta colocação em número de estabelecimentos na indústria de transformação e o quinto em número de trabalhadores. Já a construção civil emprega o quinto maior contingente do país, segundo dados do IBGE. A indústria de transformação catarinense é a segunda no Brasil em termos de participação no PIB estadual. Em 2013, a indústria de transformação de Santa Catarina foi a principal geradora de empregos em seu setor no país, com mais de 20 mil vagas criadas. As estatísticas e a vinda constante de grandes empresas e investimentos privados para o Estado revelam uma região consolidada na sua vocação empreendedora e com alto potencial de desenvolvimento. Santa Catarina possui cinco portos espalhados pelo litoral, todos considerados de excelência operacional. Além disso, grandes indústrias em diferentes segmentos consolidam essa unidade da Federação como potência econômica do país. 34 • Abril 2014 • Economia&Negócios

Perto dos maiores centros urbanos e com desenvolvimento comprovado nos últimos anos, o Estado atrai investidores dos mais variados lugares. De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, os indicadores são, realmente, significativos. “Temos a melhor distribuição de renda do Brasil, a maior expectativa de vida e um setor de tecnologia de ponta inovador, classificado pela Revista The Economist como o quinto melhor do país”, ressalta. Ele afirma também que o povo catarinense é altamente empreendedor e a estrutura econômica complementar possibilita a instalação de empresas de portes e segmentos diferenciados. “A vinda da BMW para o Estado é um reconhecimento desses indicadores destacados anteriormente e uma espécie de aval para atração de outros empreendimentos capazes de dinamizar a economia de Santa Catarina. A montadora, reconhecida mundialmente, certamente já está contribuindo para atração de outras empresas para Santa Catarina”, salienta Côrte.

 Atrás do capital estrangeiro O presidente da Fiesc ressalta que recentemente liderou uma delegação da entidade à China e ao Japão, países que demonstram interesse em expandir a relação comercial e empresarial com o Estado. “Os frutos dessa visita serão colhidos à medida que as negociações se desenvolverem. Na economia internacional as respostas não são imediatas e demandam um tempo para que as partes possam conhecer


economicamente melhor as oportunidades e possíveis entraves. Contudo, posso adiantar que os resultados colhidos são animadores”, afirma. Glauco José Côrte, afirma que Santa Catarina dispõe de um ambiente favorável para a atração de novos investimentos, sejam eles realizados por empresas já instaladas aqui ou por companhias de fora. “Oferecemos localização estratégica, estrutura portuária diferenciada, boa força de trabalho, temos tradição empreendedora, parques industriais, condomínios empresariais e incubadoras tecnológicas”, finaliza.

 Crescimento econômico Segundo levantamento feito pelo Ibope Inteligência no final do ano passado, dos 48 municípios de porte médio do Brasil que registraram maior crescimento econômico no período de 2004 a 2010, sete são da região Sul — e deste grupo cinco são de Santa Catarina: Balneário Camboriú, São José, Joinville, Itajaí e Palhoça. O estudo aponta também que as 133 cidades médias brasileiras com população entre 200 mil e 500 mil habitantes centralizam 64% do poder de consumo do país. De 2004 a 2010, elas alcançaram expansão média de PIB de 153%, enquanto a economia do Brasil registrou 94% no mesmo período.

“Oferecemos localização estratégica, estrutura portuária diferenciada, boa força de trabalho, temos tradição empreendedora, parques industriais, condomínios empresariais e incubadoras tecnológicas” Glauco José Côrte

 Acima da média A evolução do valor adicionado, número considerado para a partilha do ICMS entre as cidades, confirma esse crescimento econômico acima da média em Santa Catarina. Segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda, o município de Palhoça, em 2005, tinha valor adicionado de R$ 305,5 milhões e, em 2012, subiu para R$ 2 bilhões (520,7% a mais). Em Itajaí, no mesmo período, subiu de R$ 3,8 bilhões para R$ 10,2 bilhões, 165% a mais. Em Balneário, os valores evoluíram de R$ 501,8 milhões para R$ 1,2 bilhão, um acréscimo de 144,4%; em São José, de R$ 1,6 bilhão subiu para R$ 3,6 bilhões, uma expansão de 121,6%; e em Joinville, maior economia catarinense, subiu de R$ 6,7 bilhões para R$ 13,9 bilhões, 106,9% a mais. Economia&Negócios • Abril 2014 • 35


Estado que cresce economicamente

Santa Catarina se destaca pela economia rica e diversificada

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economia catarinense é bastante diversificada e está organizada em vários polos distribuídos por diferentes regiões do Estado. A diversidade de climas, paisagens e relevos estimula o desenvolvimento de inúmeras atividades, da agricultura ao turismo, atraindo investidores de segmentos distintos e permitindo que a riqueza não fique concentrada em apenas uma área. A Grande Florianópolis destaca-se nos setores de tecnologia, turismo, serviços e construção civil. O Norte é polo tecnológico, moveleiro e metal-mecânico. O Oeste concentra atividades de produção alimentar e de móveis. O Planalto Serrano tem a indústria de papel, celulose e da madeira. O Sul destaca-se pelos segmentos do vestuário, plásticos descartáveis, carbonífero e cerâmico. No Vale do Itajaí, predomina a indústria têxtil e do vestuário, naval e de tecnologia.

No Vale do Itajaí, predomina a indústria têxtil e do vestuário, naval e de tecnologia 36 • Abril 2014 • Economia&Negócios

A Grande Florianópolis destaca-se nos setores de tecnologia, turismo, serviços e construção civil


Estado que cresce economicamente A indústria de transformação catarinense é a quarta do país em número de empresas e a quinta em número de trabalhadores, segundo dados da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). São 45 mil empresas e 763 mil trabalhadores. Conta com uma forte indústria alimentícia, sendo destaque na produção de carne suína, de frangos e pescados. Na agricultura, o Estado também tem relevância nacional. Os principais produtos são o arroz, o milho e a soja. O turismo é outro ponto forte da economia catarinense. O Estado recebeu mais de 6 milhões de turistas no verão 2012/2013, entre nacionais e estrangeiros. Considerando apenas janeiro e fevereiro, o movimento de turistas foi de 4,6 milhões, para uma receita de mais de R$ 3 bilhões. Esse cenário de economia forte e diversificada faz de SC um dos melhores Estados do Brasil para fazer negócios. E também para se viver.

 Estado lidera geração de empregos no país Santa Catarina liderou a geração de empregos no país em janeiro deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho, divulgados pela equipe do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Santa Catarina. O saldo (diferença entre admissões e demissões) foi de 18.317 vagas com carteira assinada geradas em SC, o maior resultado entre todos os estados. Em seguida, aparecem: Paraná, com 11.991; Mato Grosso, com 10.264; Rio Grande do Sul, com 9.584; e São Paulo, com 7.949. Em Santa Catarina, os setores que mais se destacaram em janeiro foram a indústria da transformação (saldo de 7.372 vagas), a agropecuária (4.742) e o setor de serviços (3.862). No ranking das cidades, destaque para Fraiburgo (2.248), que vive bom momento na agricultura, para Blumenau (1.753) e Joinville (1.104).

Santa Catarina recebeu mais de 6 milhões de turistas no verão 2012/2013, entre nacionais e estrangeiros

Economia&Negócios • Abril 2014 • 37


Estado que cresce economicamente

Projeção aponta Santa Catarina com PIB de R$ 235,8 bilhões em 2021

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PIB catarinense deve atingir, em 2021, R$ 235,8 bilhões. Esse é o resultado apontado pela monografia elaborada em 2013 pelo acadêmico Lucas Correa de Souza, do curso de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente, o PIB catarinense é de R$ 169 bilhões. Levando em consideração a projeção, a tendência é de um aumento de cerca de R$ 67 bilhões em sete anos. O levantamento do pesquisador aponta que o PIB estadual crescerá a níveis mais elevados a partir da segunda metade da próxima década. Isto porque no período de 2017 a 2021, os países desenvolvidos sofrerão os efeitos das políticas adotadas de modo a solucionar os problemas de solvência do setor público e maior regulação sobre o sistema financeiro internacional, enquanto as economias emergentes ganharão espaço e aumentarão sua participação na economia mundial. Segundo o estudo, Santa Catarina terá um PIB per capita, em 2021, de aproximadamente R$ 48.274, que representa um crescimento de 6,4% ao ano, sendo um dos melhores índices do país.

 Fatores decisivos para que Santa Catarina atraia

 Investimentos de diferentes setores da economia:  A qualidade de vida das cidades catarinenses  A estrutura logística de Santa Catarina, em especial do Litoral Norte, onde a diversidade industrial é vasta e o setor de serviços é muito desenvolvido  A forte estrutura portuária do Estado 38 • Abril 2014 • Economia&Negócios



Estado que cresce economicamente

Em busca de novos investidores

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uatro vezes eleito deputado federal por Santa Catarina, Paulo Bornhausen abdicou de mais um mandato em Brasília para ficar em Santa Catarina durante o mandato do governador Raimundo Colombo e comandar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável. Seu maior desafio no comando da pasta, desde o início, era trazer para o Estado uma empresa automobilística, sonho que se tornou rea-

"Fortalecendo a base da economia, damos o suporte para toda a cadeia produtiva. " Paulo Bornhausen

40 • Abril 2014 • Economia&Negócios

lidade com o contrato assinado em abril do ano passado entre o Governo do Estado e a BMW. A empresa alemã que está construindo sua sede brasileira no município de Araquari deve gerar cerca de 5 mil empregos nos próximos anos. Nesta entrevista exclusiva concedida à reportagem da Revista Portuária – Economia & Negócios, Paulo Bornhausen fala sobre a vinda da empresa alemã para Santa Catarina, o desenvolvimento econômico do Estado e sobre a possibilidade de novo investidores.

Revista Portuária - Quais são os atrativos identificados pelas grandes empresas para investir em Santa Catarina? Paulo Bornhausen - O compromisso com a sustentabilidade e a nossa busca pela inovação se tornaram diferenciais competitivos de Santa Catarina nos últimos três anos. Soma-se o nível de desenvolvimento socioeconômico do Estado que destoa da realidade nacional. Estes fatores estão na pauta dos grandes investidores que interessam a Santa Catarina no momento em que definem seus investimentos. Foi o caso da BMW. Uma empresa que está na fronteira do conhecimento, como a BMW, decide seus investimentos não apenas por incentivos fiscais, mas por um cenário maior, no qual pesa a qualidade de vida, desenvolvimento econômico e sustentável e boas oportunidades de consolidação. Santa Catarina está muito bem nestes quesitos.



Estado que cresce economicamente

Portuária - A vinda da BMW deve ou já está atraindo ainda mais empresas para o Estado? Bornhausen - A vinda da BMW já está trazendo resultados para Santa Catarina; a criação de empregos - com a construção da fábrica e a contratação dos primeiros funcionários - e a geração de impostos. A instalação da montadora certamente atrairá investimentos de empresas fornecedoras nos próximos anos. Quando visitei a fábrica dos EUA, ouvi os relatos da evolução da economia local. São os mesmos que teremos por aqui. Na região onde a montadora se instalou, o número de empresas internacionais saltou de algumas poucas para mais de 150 em 20 anos. É uma evolução muito significativa. Mas há outro lado que devemos considerar. A BMW trará benefícios para toda a cadeia produtiva catarinense. Empresas daqui, de todas as regiões, se tornarão fornecedoras diretas e indiretas da BMW, gerando ainda mais emprego e renda. Portuária - Qual a sua avaliação da atual estrutura econômica de Santa Catarina e qual a projeção para o crescimento econômico do Estado nos próximos anos? 42 • Abril 2014 • Economia&Negócios

Bornhausen - Posso dizer que fizemos o dever de casa. As políticas estruturantes por uma nova economia catarinense, tendo foco na inovação, que desenvolvemos nos últimos três anos, já têm resultados visíveis. Os dados de geração de emprego na indústria de Santa Catarina são os melhores do Brasil. Vivemos no pleno emprego. As micro e pequenas empresas, que são 98% do total, estão fortalecidas. Fortalecendo a base da economia, damos o suporte para toda a cadeia produtiva. Mas o desempenho econômico também depende das políticas federais. Gargalos como a duplicação da BR-101 e da BR-470, e decisões que retiram a competitividade dos nossos portos representam entreves ao nosso crescimento. Se Brasília não nos atrapalhar, vejo que Santa Catarina terá muito êxito no desenvolvimento econômico. Portuária - Como estão as negociações para a montadora Geely se instalar em Santa Catarina? Bornhausen - As negociações com a Gelly estão sendo conduzidas com muita competência pela equipe da SC Parceria. Os técnicos do governo do Estado e da montadora estão em contato permanente para que o investimento venha para Santa Catarina. •

"Empresas daqui, de todas as regiões, se tornarão fornecedoras diretas e indiretas da BMW, gerando ainda mais emprego e renda." Paulo Bornhausen





Quantum Logistics: uma empresa focada nos detalhes

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specializada em agenciamento de cargas, a Quantum Logistics oferece serviços de alto valor agregado com atuação nos cinco continentes. A empresa se destaca pela competência em todas as etapas da cadeia logística, agregando em seus serviços uma equipe qualificada, uma estrutura consolidada e um sistema integrado de informações. Esse padrão de excelência gera nos processos logísticos aos clientes e parceiros uma grande segurança. A empresa com sede em Itajaí (SC) é focada nos detalhes que fazem a diferença neste segmento. Em entrevista à Revista Portuária – Economia & Negócios, Robison Gasperi, Diretor Executivo da Quantum Logistics nos fala um pouco sobre as perspectivas de crescimento do mercado logístico brasileiro e como a empresa tem estruturado suas ações para competir neste segmento cada vez mais acirrado.

Revista Portuária – Com o dólar em alta e as importações crescendo mais do que as exportações, como você enxerga o desempenho do comércio internacional brasileiro para 2014? Robison Gasperi – A luz do mercado catarinense, que registrou um déficit de U$ 875 milhões em janeiro do corrente ano, o Brasil importou mais de U$ 4 bilhões em relação à exportação. A Organização Mundial do Comércio (OMC), em recente relatório, nos revela um cenário de estagnação no comércio global. O mercado argentino segue incerto, logo, com possível redução de nossas exportações. 2014 será um ano de Copa do Mundo e Eleições presidenciais. Estes dados externos somados ao cenário nacional nos remetem a uma leitura incerta da balança comercial. Portuária – É possível ver que a Quantum está atenta aos indicadores. Como a empresa tem aplicado este expertise no dia-a-dia com seus clientes? Gasperi – Uma equipe focada na observação de detalhes é um dos pontos que trabalhamos para entregar a nossos clientes resultados cada vez mais impactantes. Entre tantos concorrentes e operando num segmento de pouco valor agregado e percebido, nossa meta é apresentar um trabalho que transcende o transporte de cargas. A experiência adquirida no relacionamento com nossos clientes nos revelou que o fator preço é um grande fator decisivo, mas rapidamente ponderado ou superado quando o serviço 46 • Abril 2014 • Economia&Negócios

prestado entrega claramente aspectos que convergem para a segurança da operação, transparência e estabilidade de desempenho. Portuária – Estamos entrando então em uma nova era de negócios? Gasperi – Podemos dizer que nosso cliente está mais seguro do que realmente importa para o sucesso dos seus negócios. Com a agilidade e proximidade geográfica que a tecnologia têm nos propiciado, o fator preço por si só não garante mais a eficiência da operação. Temos trabalhado incessantemente para oferecer um serviço estável e confiável. Esses dois aspectos combinados, somados ao domínio da informação, multiplicam oportunidades e constroem relacionamentos duradouros. Portuária – Recentemente a Quantum foi nomeada como Provedor Logístico Oficial da Transat Jacques Vabre. Esse é um novo nicho de negócios? Gasperi – Termos recebido esta chancela, ou melhor, a oportunidade de realizar esta importante missão, sem dúvida nos é motivo de orgulho e combustível para o aperfeiçoamento ainda maior de nossos serviços. A operação de Cargas Especiais é algo que envolve um raciocínio completo em termos de logística integrada e demanda a observação minuciosa de aspectos tangíveis e intangíveis. Portuária – E quais os planos da Quantum para 2014? Gasperi – Estamos implantando o planejamento de expansão geográfica para atender o crescimento da carteira de clientes. Nosso trabalho tem se construído em cima de uma citação interessante: enquanto alguns se queixam dos ventos, uns esperam que ele mude. Outros, simplesmente ajustam suas velas e seguem. Isso é o que estamos fazendo. •


Jaqueline Noceti/SECOM

Caravana da Simplificação

Governador assina projeto de lei para empreendedores individuais e microempresas catarinenses O GOVERNADOR RAIMUNDO COLOMBO EXPLICOU QUE A LEI, SE APROVADA, VAI AJUDAR AINDA MAIS SANTA CATARINA, QUE É UM ESTADO EMPREENDEDOR

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governador Raimundo Colombo assinou no dia 11 de março, em Florianópolis, o projeto da lei complementar que institui o Estatuto Estadual dos Empreendedores Individuais (EIs) e das Micro e Pequenas Empresas (MPEs). A lei foi encaminhada para a aprovação da Assembleia Legislativa no mesmo dia. O ato de assinatura foi durante o evento da Caravana da Simplificação, que está sendo realizado em todos os estados pelo ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. Colombo explicou que a lei, se aprovada, vai ajudar ainda mais Santa Catarina, que é um Estado empreendedor. “Somos uma referência nacional em microempresa. Este é o nosso modelo. O projeto de lei que estamos encaminhando hoje é um grande ganho, na modernização das pequenas empresas, no apoio, suporte e na simplificação da burocracia. Também irá contribuir na fiscalização das linhas de financia-

mento e na qualificação da mão de obra. É um aperfeiçoamento de todo o sistema já existente”, disse. O secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen salientou que, se aprovada, a lei vai fazer com que as empresas tenham vantagem diferenciada e que vai criar um ambiente ainda mais favorável de micro e pequenas empresas e empreendedores individuais no Estado. “Isso vai fazer com que Santa Catarina seja um dos primeiros estados a ter essa legislação e que as empresas tenham, aqui, o seu lugar”. O texto do projeto de lei foi aprovado por unanimidade na última reunião do Fórum Permanente Estadual das Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e dos Microempreendedores Individuais de Santa Catarina (Fempe/SC) e tem como pontos de destaque o tratamento diferenciado para EIs e MPEs e a preferência mas compras governamentais. •

Economia&Negócios • Abril 2014 • 47


ARTIGO

ONG de defesa do consumidor questiona Anatel sobre bloqueio de celulares

C Por Dane Avanzi Dane Avanzi é advogado, empresário do setor de engenharia civil, elétrica e de telecomunicações. É diretor superintendente do Instituto Avanzi, ONG de defesa dos direitos do consumidor de telecomunicações e vice-presidente da Aerbras - Associação das Empresas de Radiocomunicação do Brasil.

Como cidadão, espero que a Anatel não cometa essa injustiça com os consumidores de serviços de telefonia móvel, ora penalizado com a conta de telefonia móvel mais cara do mundo conforme informações da UIT.

onforme anunciado amplamente pela mídia no último dia 17 de março, começou a funcionar em todo o território nacional um sistema de rastreamento de terminais celulares com o objetivo de identificar e bloquear aparelhos piratas. O Instituto Avanzi, ONG de defesa dos direitos de consumidor de telecomunicações, protocolou na data de hoje um documento questionando a determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), pelo bloqueio de equipamentos de telefonia móvel sem homologação pela mesma. A entidade reconhece que no tocante a proteção do consumidor, a medida é válida uma vez que retirará de circulação equipamentos de baixa qualidade, que podem inclusive colocar em risco a saúde dos consumidores dos serviços de telefonia móvel no Brasil. Nesse contexto, a resolução 242 da Anatel que trata das regras do processo de certificação e homologação de produtos de telecomunicações, prevê que qualquer equipamento de telecomunicação emissor de ondas eletromagnéticas, deve obrigatoriamente passar pelo crivo da Agência, com o fito de assegurar que os parâmetros técnicos do equipamento são compatíveis com os padrões adotadas pela Anatel. Tais regras e critérios são desdobramento de normas e padrões internacionais, de organismos de padronização internacionais, bem como da UIT (União Internacional de Telecomunicações), agência especial para o assunto, vinculada

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a ONU, cujo Brasil é signatário de um tratado internacional sobre telecomunicações. Sendo as normas de certificação e homologação da Anatel similar a normas e padrões internacionais de organismos reguladores como o FCC (Federal Communication Comission), órgão federal norte americano congênere da Anatel, o Instituto Avanzi entende que conforme previsto na própria resolução 242 deve ser válido certificado emitido por organismo certificador oficial internacional, especialmente em se tratando de equipamentos de marcas renomadas e consagradas mundialmente, caso dos produtos Iphones da Apple, entre outras marcas e modelos de renome. Assim sendo, o Instituo Avanzi entende que equipamentos certificados em seus países de origem ou ainda nos países onde o equipamento foi adquirido em estrita observância as normas de ambos os países – especialmente os aparelhos adquiridos nos EUA e países da Comunidade Européia – não há que se falar em ilegalidade, uma vez que tais equipamentos foram submetidos a testes laboratoriais, ensaios, e todo o processo de certificação e homologação similar ao que ocorre no Brasil. Como cidadão, espero que a Anatel não cometa essa injustiça com os consumidores de serviços de telefonia móvel, ora penalizado com a conta de telefonia móvel mais cara do mundo conforme informações da UIT. •



Dani Bonifácio

Reconhecimento

APM Terminals Itajaí conquista prêmio global de segurança EMPRESA DEVE EXPANDIR AÇÕES PARA OUTRAS UNIDADES DO GRUPO NO BRASIL, INCLUINDO A APM TERMINALS PECÉM E OS TERMINAIS RETROPORTUÁRIOS

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APM Terminals– empresa responsável pela operação de contêineres no Porto de Itajaí – acaba de conquistar o “2013 Best Practices Award”, prêmio conferido a empresa que desenvolve as melhores práticas de segurança entre os terminais do grupo no mundo. O prêmio foi entregue ao superintendente da APM Terminals Brasil, Ricardo Arten, na Suíça, pelo CEO global, Kim Fejfer. De acordo com Arten, o terminal itajaiense tem um longo caminho pela frente em termos de segurança, mas o prêmio vai servir para inspirar e engajar a equipe na luta diária contra atos e situações inseguras. “Agora é o momento de melhorar Itajaí e expandir o que fizemos aqui para as outras unidades, incluindo a APM Terminals Pecém e as Inland Services”, destaca. A premiação é realizada anualmente e leva em consideração os resultados alcançados e o cumprimento de metas estabelecidas em termos de segurança, tanto em nível local quando corporativo.

 Sobre a APM Terminals Itajaí A APM Terminals é referência na operação portuária de contêineres, oferecendo ao mercado uma moderna e 50 • Abril 2014 • Economia&Negócios

eficiente estrutura logística portuária no Complexo Portuário do Itajaí.Operando em uma área de 180 mil metros quadrados, o terminal portuário se mantém focado na melhoria contínua do nível de serviço, satisfação dos clientes, parceiros e fornecedores, e no desenvolvimento de constantes investimentos em segurança e respostas às demandas do mercado mundial. A empresa também tem terminal em Pecém, no Ceará, e conta com uma rede de serviços retroportuários no Brasil. Em Itajaí, onde opera desde 2007, é uma das empresas que mais contribui para o desenvolvimento local. Desde que assumiu a operação de contêineres do Porto de Itajaí, a administração do terminal vem investindo continuamente na expansão da área arrendada, no treinamento de seus funcionários e na aquisição de uma moderna frota de equipamentos e de sistemas de última geração para o gerenciamento do terminal. Com uma movimentação média de 25 mil contêineres ao mês, o terminal possui uma estrutura instalada que conta com 1.500 tomadas refeer, três mobiles habrour cranes, 13 empilhadeiras reachstacker de grande porte e duas empilhadeiras emptyhandler de vazios. •


Expectativa de crescimento

TESC aposta em diversificação de operações e atendimento personalizado A MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES É O MODELO DE TRANSPORTE QUE DEVE CRESCER MAIS EM 2014 NO TERMINAL PORTUÁRIO: A EXPECTATIVA É AUMENTO DE 23%, POR CONTA DE VÁRIOS PROJETOS JÁ ENGATILHADOS

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daptar-se às necessidades e especificidades do negócio de cada cliente tem se mostrado mais que uma tendência no mercado portuário brasileiro. Para o Terminal Portuário Santa Catarina (TESC), em São Francisco do Sul, já se tornou prioridade. O foco do terminal a partir de 2014 é apresentar soluções para os diferentes tipos de operação que executa: de produto siderúrgico, em contêiner, granel ou de cargas de projeto. A movimentação de contêineres é o modelo de transporte que deve crescer mais em 2014 no TESC: a expectativa é aumento de 23%, por conta de vários projetos já engatilhados. Só uma operação de cabotagem para o nordeste movimentará uma média de 750 contêineres por mês. Modal em franco crescimento em todo o país, a cabotagem é uma das principais apostas do terminal, que deverá atender trajetos dentro do Brasil, até Buenos Aires. Também com bastante destaque

no TESC estão as operações de grãos em contêiner. Para 2014, a expectativa é que o transporte de grãos em contêiner cresça 10%. Só entre fevereiro e maio já está programado o embarque de 51 mil toneladas de soja e milho para a Ásia. Na última semana de fevereiro, um único embarque de soja estufada em 255 contêineres de 40 pés transportou mais de 7,5 toneladas para Hong Kong e Singapura.

 Crescimento na movimentação em 2013 No ano passado, foram movimentadas 822 mil toneladas em granéis, o que significou crescimento de 10,7% em comparação com 2012. Em março do ano passado, o terminal bateu o recorde de embarque de grãos em contêiner em uma só escala no país: foram 137 contêineres estufados com soja, totalizando 2,7 mil toneladas. Em agosto superou o mesmo recorde, com

200 contêineres estufados com soja e milho embarcados em uma só escala. O processo foi realizado por meio de uma parceria com a BR-Agri, que desenvolveu uma logística específica para esse tipo de exportação.

 Setor siderúrgico se destaca Entre os setores de destaque para o TESC, o siderúrgico foi o que mais movimentou em 2013: mais de 2 milhões de toneladas em produtos, o que representou crescimento de 18,7% em relação ao ano anterior. Em julho o Terminal alcançou recorde na movimentação de embarcações de bobinas de aço laminadas, consolidando a parceria de mais de uma década com a ArcelorMittal. Em um mês, 19 navios e barcaças transportaram 200 mil toneladas de produtos siderúrgicos. A perspectiva de crescimento para o transporte de produtos siderúrgicos em 2014 é de 8%. •

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Coluna Mercado Investimento

Keppel Singmarine vai ampliar estaleiro em Santa Catarina Divulgação

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multinacional Keppel Singmarine investirá US$ 80 milhões na expansão do seu estaleiro em Navegantes. O anuncio foi feito pela companhia ao governo do Estado catarinense durante missão oficial em Cingapura no mês de março. A empresa dependia da emissão de licenças, concedidas no fim de 2013, para fechar o aporte. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, o montante mais que duplicará a capacidade de produção do estaleiro - dedicado a embarcações de apoio a plataformas petrolíferas. Atualmente o estaleiro pode fabricar oito embarcações por ano. O investimento prevê a construção de uma nova doca seca e a ampliação de 100 metros para 300 metros do píer, entre outros. A estimativa é que a expansão seja

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concluída em até 24 meses. A obra elevará o número de funcionários de atuais 700 para quase 1,1 mil pessoas. O Keppel tem outra unidade fabril no país, a BrasFels, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, que produz e reforma plataformas e navios-sonda (FPSO). O estaleiro emprega 7 mil pessoas. Um dos maiores conglomerados industriais de Cingapura, a Keppel Corporation tem 40 mil empregados, dos quais 30 mil atuam no país. Em 2012, ela obteve lucro líquido de quase US$ 2 bilhões. Um dos orgulhos dos cingapurianos é a sua competitiva indústria naval. Juntos, Keppel e Sembcorp produzem 70% das plataformas mundiais, embora não façam exploração de petróleo. A Petrobras é uma das principais clientes.•



Coluna Mercado Novidade na rede

Empresas de capital aberto podem divulgar comunicados online

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esde março as empresas de capital aberto (com ações na Bolsa de Valores) podem divulgar comunicados em portais de internet. Antes disso, esses comunicados precisavam ser publicados apenas em jornais de grande circulação. Em vez de publicarem os fatos relevantes em meios impressos, as companhias poderão optar pela publicação eletrônica, desde que os comunicados também sejam divulgados na página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na internet e no site da própria empresa. De acordo com a CVM, órgão que regula o mercado de ações no país, a medida tem como objetivo e reduzir os custos e tornar mais rápida a comunicação de fatos relevantes pelas companhias de capital aberto. A mudança não afeta a divulgação de balanços, que continuarão a ser publicados apenas em jornais. Inicialmente, a comissão pretendia obrigar as companhias que escolhessem a divulgação de comunicados por meio eletrônico a publicar os avisos em pelo menos três portais de notícias na internet. Depois da consulta pública, no entanto, a obrigatoriedade passou a valer apenas para um portal, sem exigência de audiência mínima. •

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Coluna Mercado Inovação

Empresa catarinense desenvolve tecnologia para construção civil

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m ano de Copa do Mundo, o Brasil tem se transformado em um canteiro de obras, envolvendo grandes investimentos que precisam ser planejados com auxílio de ferramentas de gestão. É nesse cenário que o Sienge, software especialista para gestão de empresas da cadeia da constru-

ção e produto da empresa catarinense Softplan, traz, em primeira mão, novos aplicativos móveis ao setor. Estas funcionalidades, desenvolvidos utilizando a plataforma Worklight, da IBM, reforçam a parceria estratégica entre a empresa brasileira e a multinacional americana na utilização de ferramentas mobile. O Sienge tem operação na nuvem (em datacenter também da IBM) e é utilizado por cerca de mil empresas no país, o que consolidou sua desenvolvedora, a Softplan, a ser uma das maiores players de software como serviço (SaaS) da América Latina e também um grande case de sucesso em cloud da IBM. Os aplicativos móveis do Sienge proporcionam diversos benefícios ao seu usuário. Entre eles, estão a possibilidade de acessar o sistema fora do escritório, permitindo registrar informações e autorizar demandas através de tablets ou smartphones de forma offline - no canteiro de obras, por exemplo - e posteriormente realizar a sincronização.

 Sobre a Softplan A Softplan é uma das maiores empresas de software de Santa Catarina, com cerca de 1.500 colaboradores. Atua há 23 anos, no desenvolvimento de softwares de gestão: empresarial e pública. Desenvolve soluções corporativas para segmentos específicos de negócios, com foco em cinco áreas de atuação: indústria da construção, administração pública, projetos co-financiados por organismos internacionais, departamentos de infraestrutura, transportes e obras, e judiciário, Ministério Público e Procuradorias. Suas soluções já estão presentes em todos os estados brasileiros, em países da América Latina e nos Estados Unidos. •

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Coluna Mercado Mercado de trabalho

Balcão de Empregos está com centenas de vagas disponíveis em Itajaí

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uem está em busca de oportunidades no mercado de trabalho não pode deixar de conferir o Balcão de Empregos, serviço mantido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda (Sedeer) de Itajaí (SC). Em virtude de uma parceria firmada recentemente com duas grandes empresas, o setor está com cerca de 700 vagas em aberto. Conforme Arquimedes Dauer Júnior que é responsável pelo Balcão, há vagas para ambos os sexos, para profissionais com ou sem experiência na função e para competências específicas. Também estão disponíveis no Balcão de Empregos oportunidades para estágio e aprendiz, voltadas aos jovens. “Hoje temos cerca de 400 empresas cadastradas que dis58 • Abril 2014 • Economia&Negócios

ponibilizam em média 400 a 500 vagas”, comenta. Já no setor passam diariamente 150 pessoas em busca de emprego. Os interessados devem acessar o site da prefeitura de Itajaí para conferir as oportunidades que são atualizadas em tempo real. Segundo Arquimedes, muitas empresas têm procurado pelo serviço. “Fechamos com duas importantes empresas do município que necessitam de contratação imediata. Em uma delas serão contratadas 120 pessoas”, ressalta Arquimedes. O funcionamento do Balcão é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, na Rua Felipe Reiser n° 48 bairro São João, próximo da sinaleira da Caninana. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (47) 3246-1190. •

Também estão disponíveis no Balcão de Empregos oportunidades para estágio e aprendiz, voltadas aos jovens.


Coluna Mercado Desempenho

Wanke investe mais de R$ 10 milhões no Estado

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indústria catarinense de eletrodomésticos Wanke, com sede em Indaial, obteve um crescimento de 28% no mercado e faturou mais de R$ 100 milhões no ano passado. Neste ano, a empresa investiu mais de R$ 10 milhões na fábrica, em produtos e em equipamentos. Segundo a direção da empresa a partir desse investimento realizado a meta para 2014 é crescer mais de 25%. Atualmente mais de 300 funcionários trabalham na empresa - a maioria em Indaial. A Wanke também mantém unidade e Centro de Distribuição em Imperatriz (MA). A empresa foi fundada em 1918 pelo imigrante austríaco Henrique Wanke. No início, a fábrica produzia instrumentos agrícolas.

 Foco no mercado interno O mercado mais forte é no sul, onde está a matriz. A região cobre 60% das vendas da Wanke. A empresa também exporta. Cerca de 6% das vendas são para o Paraguai. No momento a empresa não pretende expandir os negócios com outros países por enquanto, pois são vendas muito esporádicas e, com o dólar em alta, não compensam tanto. •

Economia&Negócios • Abril 2014 • 59


Coluna Mercado Não foi dessa vez

Fisco adia para outubro prazo para implantação do eSocial O PROJETO DO GOVERNO FEDERAL OBRIGARÁ AS EMPRESAS A OFERECER A ÓRGÃOS DO GOVERNO FEDERAL INFORMAÇÕES DETALHADAS, E PRATICAMENTE EM TEMPO REAL, SOBRE FOLHA DE SALÁRIOS, IMPOSTOS, PREVIDÊNCIA E INFORMAÇÕES RELACIONADAS AOS TRABALHADORES

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pós pressão do empresariado, que enfrenta grandes dificuldades para se adaptar às exigências, a Receita Federal resolveu adiar novamente os prazos para implantação do eSocial. As empresas optantes do lucro real, com receita anual acima de R$ 78 milhões, agora serão obrigadas a iniciar a transmissão das informações a partir de outubro, substituindo as guias de recolhimento a partir de janeiro de 2015. Os demais contribuintes passarão a ter que acessar o eSocial apenas em janeiro de 2015. O sistema já teve como data inicial janeiro deste ano. Posteriormente, foi prorrogado para abril e depois para junho, de forma não oficial pela Receita Federal. O eSocial obrigará as empresas a oferecer a órgãos do governo federal informações detalhadas, e praticamente em tempo real, sobre folha de salários, impostos, previdência e informações relacionadas aos trabalhadores, que vão desde a admissão até a exposição deles a agentes nocivos. Parte do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), que já conta com áreas fiscal e contábil, o eSocial - nome dado pela Receita Federal para a Escrituração Fiscal Digital Social - tem um manual de mais de 200 páginas e um conjunto de mais de 20

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tabelas, a maioria com centenas de itens de preenchimento. Além da preocupação em como consolidar essas informações que no dia a dia das companhias ainda são dispersas em diversos departamentos, o receio das empresas é que as informações do eSocial resultem em elevação do volume de autuações, tanto fiscais como trabalhistas. Os novos prazos, segundo nota da Receita Federal, foram autorizados porque a equipe de gestão do eSocial composta pelos representantes da Previdência Social, do Trabalho e Emprego, Conselho Curador do FGTS e Receita Federal - recebeu pedidos de prorrogação do cronograma para permitir uma melhor adaptação das empresas. E assim, avaliou que "é possível alterar o período inicial sem prejudicar as diversas integrações do sistema, como guias de recolhimento, substituição das obrigações atuais, unificação dos procedimentos". A Receita Federal, porém, afirma na nota não considerar essa mudança um adiamento "mas sim o resultado de um debate com a sociedade para finalizar a elaboração e publicar o ato normativo que vai instituir o eSocial no âmbito de todos os órgãos participantes". •



Coluna Mercado

RECONHECIMENTO Egressa da Univali é eleita “líder global” pelo Fórum Econômico Mundial TATIANA LACERDA PRAZERES ESTÁ ENTRE AS QUATRO BRASILEIRAS, RECONHECIDAS PELA ATUAÇÃO PROFISSIONAL COMO LÍDERES DA PRÓXIMA GERAÇÃO

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O Fórum Econômico Mundial é uma organização internacional localizada em Genebra (Suíça), responsável por encontros anuais com a participação e colaboração das maiores e principais empresas do mundo. Os encontros são realizados, em sua maioria, na cidade suíça de Davos e, em razão disso, também são conhecidos como Fórum de Davos. Foi criado em 1971 com o nome de Fórum Europeu de Gerenciamento. Segundo os próprios organizadores, o principal objetivo do Fórum Econômico Mundial é “melhorar a situação do mundo”, através de ações tomadas e executadas por líderes mundiais, grandes economistas, investidores e empresários. Os membros componentes do FEM preconizam a irreversibilidade da globalização, de forma que é preciso estudar e compreender os seus impactos sobre o mundo, de forma a minimizar os efeitos negativos e potencializar os seus pontos positivos. •

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 A organização

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Fórum Econômico Mundial( FEM) divulgou no dia 11 de março, a lista dos 215 jovens líderes mundiais classe 2014. Entre as quatro brasileiras, reconhecidas pela atuação profissional como líderes da próxima geração, está Tatiana Lacerda Prazeres. Ela é formada em Relações Internacionais pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e atual assessora especial do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e ex-secretária de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento. O Fórum destacou jovens de 66 países, pela capacidade de ter uma abordagem empresarial para criar a mudança, tanto no setor público como no privado. Foram eleitas pessoas com menos de 40 anos, que cresceram com a conectividade digital e que, em sua maioria, estudaram ou trabalharam em vários países, e se veem como cidadãos globais. Na lista aparecem 109 mulheres e 106 homens. Do Brasil, além de Tatiana Lacerda Prazeres, foram escolhidas: Claudia Sender, presidente executiva da TAM; Leila Cristina Velez, que fundou a empresa Beleza Natural; e Julia Bacha, cineasta em Nova York e com vários prêmios.



Coluna Mercado Sondagem Industrial

Indústria gaúcha tem baixa na produção pelo terceiro mês consecutivo SEGUNDO A FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO RIO GRANDE DO SUL (FIERGS), DIFERENTES FATORES CONTRIBUEM PARA AS PERSPECTIVAS ADVERSAS À INDÚSTRIA GAÚCHA EM 2014

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produção industrial gaúcha caiu pelo terceiro mês consecutivo, aponta a Sondagem Industrial, divulgada em março pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). O indicador ficou em 49,4 pontos, em parte refletido pela sazonalidade desfavorável. Outro dado a revelar um momento negativo do setor é o emprego, que manteve a estabilidade em 50 pontos. “O ano mudou, mas não houve alteração no quadro de dificuldades apresentado pela indústria do Estado nos últimos anos. O cenário traçado mostra que 2014 deverá apresentar um ritmo de crescimento bem mais moderado do que o observado no ano passado, com possibilidade real de queda”, adverte o presidente da Fiergs, Heitor José Müller. Diferentes fatores contribuem para as perspectivas adversas à indústria gaúcha em 2014, segundo a Fiergs. "No âmbito interno, destacam-se o esgotamento dos incentivos governamentais, a elevação dos juros e a desaceleração do consumo. No cenário externo, a situação da Argentina e a diminuição dos estímulos monetários nos EUA deverão manter a incerteza disseminada entre os empresários", afirma Müller. Mesmo que o percentual médio da Utilização da Capacidade Instalada (UCI) tenha aumentado de 70% para 73%

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em janeiro, a atividade do setor segue desaquecida. Isso porque a ociosidade do parque produtivo continua elevada: o índice de UCI em relação à usual apresentou 44,9 pontos em janeiro, denotando UCI abaixo da média para o mês. Nesse cenário, o processo de escoamento dos estoques indesejados segue de forma lenta. O índice de estoques em relação ao planejado passou de 55,6 pontos em dezembro de 2013 para 52,1 pontos em janeiro de 2014, o que, apesar da melhora, ainda representou acúmulo.

 Expectativa de demanda Realizada com 151 empresas de diferentes portes, a Sondagem Industrial revela também que o indicador de expectativa da demanda para os próximos seis meses foi, em parte, recuperado pelos empresários em relação ao mês anterior. Ficou em 57 pontos, o que equivale, porém, ao menor valor em cinco anos e bem abaixo da média apurada nos meses de fevereiro, de 63 pontos. O levantamento da Fiergs varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. Apenas a variável de estoques em comparação ao planejado é avaliada como negativa acima dos 50 pontos. •



Coluna Mercado

Manutenção do veto

Aumento de taxas cartorárias é barrado na Alesc

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plenário da Assembleia Legislativa manteve o veto do governador Raimundo Colombo às emendas do projeto 11/2013 que aumentavam as taxas e serviços de cartório. Na votação 32 votos deputados optaram pela manutenção do veto e o único voto contrário foi do deputado Kennedy Nunes. A matéria foi trabalhada pela Fecomércio SC, em meados de março, junto às lideranças de bancada e demais parlamentares, para que fosse mantido o veto governamental. O projeto de lei 11/2013, de origem do Tribunal de Justiça, foi aprovado no final do ano passado. A proposta recebeu emendas do deputado Aldo Schneider (PMDB), incluídas na forma de um substitutivo global. O governador Raimundo Colombo vetou parcialmente o texto aprovado, retirando as emendas. Aldo Schneider afirmou que a emenda surgiu devido a um entendimento entre os presidentes das comissões permanentes e as entidades que representam os cartórios no 66 • Abril 2014 • Economia&Negócios

estado. “Mas a Procuradoria-Geral do Estado entendeu que a emenda era inconstitucional, por ter vício de origem. Por isso, acatamos a manutenção do veto”, disse o parlamentar. O líder governista, no entanto, afirmou que a discussão sobre o tema não está encerrada. “Esse assunto continuará na pauta desta Casa para que os cartórios tenham a remuneração devida, construindo um projeto que será discutido com a sociedade civil, o governo e as entidades que representam os cartórios”, adiantou Schneider. Na manifestação que fez junto aos parlamentares, a Fecomércio argumentou que a elevação de taxas e a penalização do contribuinte não condizem com o momento da conjuntura brasileira, com um cenário econômico em ritmo menor de crescimento. A Fecomércio SC estendeu o pleito à sua base representativa em cada região do Estado, sinalizando aos deputados que o setor produtivo como um todo desejava que o veto do governador fosse mantido e o aumento não fosse efetivado. •

"A elevação de taxas e a penalização do contribuinte não condizem com o momento da conjuntura brasileira, com um cenário econômico em ritmo menor de crescimento."


Coluna Mercado

Novidade

Lançado novo portal de turismo de Santa Catarina

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Santa Catarina Turismo S/A (Santur), empresa responsável pela divulgação e promoção do Estado, acaba de lançar o novo portal turístico mostrando as 10 regiões turísticas catarinense. O site está subdividido em “Institucional e Turístico (promocional)”, com novo design, conteúdo ajustado à linguagem turística, navegação facilitada e interação com as redes sociais, além de novos aplicativos. O portal, em sua nova apresentação, está em inglês e espanhol e, brevemente, em italiano, alemão e francês, totalizando seis idiomas. Conta ainda com dados estatísticos completos e atualizados do turismo estadual, nacional e internacional e um acervo de imagens dos vários destinos turísticos. “O novo site segue as diretrizes do plano de marketing do estado de Santa Catarina, constituindo-se na mais moderna e completa ferramenta do segmento turístico”, destaca o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Valdir Walendowsky, e presidente da Santur. •

Economia&Negócios • Abril 2014 • 67


Coluna Mercado Com Nota Fiscal Vai Legal

Parceria entre governo de Santa Catarina e municípios completa um ano e será ampliada

O

convênio “Com Nota Fiscal Vai Legal” completou um ano e terá suas atividades ampliadas em 100% nos próximos meses. O programa já conta com 60 pessoas capacitadas para trabalhar no programa e outras 60 estarão habilitadas até o final de maio. Para avaliar as atividades e planejar a ampliação das ações, representantes de quatro associações de municípios estiveram reunidos na Secretaria de Estado da Fazenda, em Florianópolis. Na ocasião, os participantes avaliaram com o gerente de fiscalização, Francisco Martins, e com o assessor do Movimento Econômico, Ari Pritsch, as formas de apresentação dos fiscais e a identificação visual dos uniformes e veículos. O convênio firmado entre o Fisco Estadual e a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), foi lançado durante o Congresso Catarinense de Municípios. Além da conferência documental de mercadorias em trânsito, o convênio prevê e a realização de palestras e cursos sobre educação fiscal nas escolas públicas. “Estado e Municípios têm muitos anseios comuns e muitos motivos para trabalhar em parceria. Ao combater a sonegação, além de educar os contribuintes e a sociedade, contribuímos para o incremento da arrecadação de ICMS, vital para as gestões estadual e municipais”, acredita o secretário da Fazenda, Antonio Gavazzoni. • 68 • Abril 2014 • Economia&Negócios

"Ao combater a sonegação, além de educar os contribuintes e a sociedade, contribuímos para o incremento da arrecadação de ICMS."



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Coluna Mercado

Resultado

Portonave bate recorde de produtividade

C

om a expressiva marca de 177,8 contêineres movimentados por hora, realizada durante a operação do navio Hanjin Bostom, no dia 19 de março, a Portonave bateu recorde de produtividade. Ao todo, foram realizados no Terminal Portuário de Navegantes, em Navegantes (SC) 1511 movimentos em apenas 8h30 de trabalho, com média de 55,9 movimentos por STS (portêiner), no navio do serviço Ipanema, que faz linha da Ásia para o armador MSC – Mediterranea Shipping Company. Para o diretor-superintendente operacional da Portonave, Renê Duarte, esse recorde é resultado do traba-

lho pela busca da excelência da Companhia e da competência da equipe. “No ano passado investimos em novos equipamentos, com a aquisição de três portêineres e também no treinamento e qualificação de nossas equipes. Conquistas como estas são resultados do trabalho focado e de qualidade que buscamos realizar todos os dias”, afirma Duarte. O reconhecimento pela qualidade da Portonave não é novidade. No ano passado a empresa foi eleita como Operador Portuário do Ano, pelo jornal inglês Lloyd’s List, que premiou empresas do mundo inteiro. •

Economia&Negócios • Abril 2014 • 71


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Coluna Mercado

Novidade no mercado

Embraco lança o primeiro compressor sem óleo do mundo PARA O FUTURO, OS FORMATOS DAS GELADEIRAS PODEM MUDAR PORQUE O WISEMOTION NÃO PRECISA FICAR DE PÉ COMO OS COMPRESSORES CONVENCIONAIS

A

catarinense Embraco, empresa global com liderança em compressores em vários mercados, lançou no dia 19 de março, em Joinville, o compressor sem óleo para refrigeradores. Segundo a direção da empresa o Wisemotion é o primeiro compressor sem óleo do mundo para refrigeradores. Sendo assim, o produto traz uma série de benefícios para a qualidade de vida das pessoas, com versatilidade e modularização, garantindo pelo menos 20 anos de vida ao refrigerador. Deverão ser produzidas 600 mil unidades no México até o final de 2014. A segunda planta industrial, também no México, deve chegar a 1 milhão e meio de unidades. A Embraco informou que o investimento nesta nova solução ultrapassa os US$ 40 milhões. Para desenvolver o compressor Wisemotion, foram necessários 10 anos de estudos da equipe de Pesquisa & Desenvolvimento Embraco. O processo envolveu cerca de 100 engenheiros e pesquisadores, gerando mais de 80 patentes. Com a tecnologia Wisemotion, os fabricantes poderão pensar em designs inovadores para a produção de sistemas de refrigeração e para oferecer benefícios práticos para seus

consumidores. A inovação possibilitará benefícios como a melhor conservação dos alimentos, maior aproveitamento do espaço interno do refrigerador e baixo ruído. Além disso, a redução no consumo de energia pode chegar a mais de 20% quando comparada aos compressores de alta eficiência mais vendidos no mercado mundial. •

Economia&Negócios • Abril 2014 • 73


SEP lançará editais para

dragagem de 20 portos

O

até dezembro

ministro da Secretaria de Portos (SEP), Antonio Henrique Silveira, participou no final de março da reunião da Comissão Portos, no Rio de Janeiro, onde apresentou as perspectivas para o setor e o planejamento das ações da SEP até o final de 2014. A comissão é formada por representantes de instituições que atuam no segmento portuário brasileiro. Durante o encontro, Silveira destacou o lançamento dos editais de licitação das obras de dragagem em 20 portos organizados até dezembro, dos quais cinco (Rio de Janeiro, Rio Grande, Paranaguá, Cabedelo e Maceió) ainda no primeiro semestre. Em janeiro, a SEP lançou o edital para dragagem do Porto de Santos e em março para o Porto de Fortaleza (Mucuripe). As obras integram o Programa Nacional de Dragagem 2 (PND 2) e incluem aprofundamento, adequação e manutenção de profundidade dos canais e berços de atracação. O ministro também apresentou um panorama da situação atual do Programa de Arrendamentos Portuários, que integra o Plano Nacional de Logística (PIL-Portos). Com relação ao bloco I de arrendamentos (Santos e portos do Pará), destacou a celeridade com a qual a SEP atendeu às recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU). “Em dezembro concluímos que deveríamos pedir o reexame de quatro das 19 recomendações. Foi dado provimento pelo TCU e pouco mais de um mês depois do Acórdão, no dia 24 de janeiro de 2014, foram entregues os estudos incorporando as demais 15 recomendações”. Silveira disse à comissão que a SEP está adequando todo o processo relativo ao arrendamento do bloco II (São 74 • Abril 2014 • Economia&Negócios

Sebastião, Salvador, Aratu e Paranaguá) às orientações do tribunal, incluindo a reabertura das consultas públicas, que devem acontecer em abril, de forma a evitar questionamentos futuros.

 Eleição não vai afetar cronograma O ministro esclareceu que o cronograma de licitações dos blocos III e IV serão definidos, cada um, num intervalo de 30 dias após a reabertura da consulta pública do bloco II. Ele informou, ainda, que esse tipo de processo não é afetado pelo calendário eleitoral, pois não envolve comprometimento de novos gastos permanentes. Além da contratação das dragagens, a SEP estabeleceu, entre os projetos prioritários para 2014, a implantação efetiva do novo modelo de gestão das companhias das docas em Santos (Codesp), Rio de Janeiro (CDRJ) e Pará (CDP) e definir as poligonais nos portos organizados. Segundo o ministro, também será prioridade a implementação do VTMIS (Vessel Traffic Management Information System), sistema de auxílio eletrônico à navegação nas docas federais, composto pela integração de diversos sensores de captação de informações. A SEP pretende, ainda este ano, completar a regulação econômica da atividade de praticagem e avaliar os pleitos de reequilíbrio econômico e financeiro de arrendamentos existentes que foram apresentados à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), além de aprofundar a consolidação institucional da SEP e da agência reguladora. A secretaria pretende tornar o sistema Cadeia Logística Portuária Inteligente (Portolog) operacional no Porto de Santos em 2015. •



UMA DAS MAIORES

QUEDAS Petrobrás cai de 12ª para 120ª em ranking de maiores empresas

L

ista considera o valor de mercado das companhias e, entre as 100 primeiras, não traz nenhuma brasileira A página do jornal Financial Times na internet publicou reportagem no final de março sobre a perda de valor de mercado das empresas de países emergentes. O texto destaca o tombo da Petrobrás. Segundo a publicação, o valor de mercado da estatal brasileira despencou e a empresa que já foi a 12ª maior do planeta há cinco anos caiu para o 120º lugar atualmente. "Uma das maiores quedas foi da Petrobrás, a empresa petrolífera estatal brasileira. Cinco anos atrás, era a 12ª maior empresa do mundo pelo valor de mercado. Um ano atrás, era a 48ª e hoje é a 120ª maior, com um valor de mercado de US$ 76,6 bilhões", diz o texto. O levantamento feito pelo jornal diz que entre as 100 maiores empresas

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do mundo há apenas 11 emergentes e nenhuma é brasileira. "Hoje, não há nenhuma empresa emergente no Top 10 (de valor de mercado do mundo) e apenas a Petrochina permanece no Top 20", diz a reportagem. A estatal chinesa do petróleo é a 16ª maior companhia com valor de mercado do mundo. Entre as demais emergentes, praticamente todas são da China: ICBC (22º), China Mobile (31º); China Construction Bank (36º); Tencent (43º); Agricultural Bank of China (51º); Bank of China (62º); China Petroleum (80º) e Sabic (87º). Além da Petrobrás que deixou de figurar entre as 100 maiores, o banco Itaú Unibanco, a colombiana Ecopetrol e a mexicana América Móvil também caíram e não estão mais entre os 100 primeiros do ranking citado pelo FT. •


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LADEIRA ABAIXO Brasil cai 20 posições em ranking de logística PAÍS DESABOU DO 45º PARA O 65º POSTO, ENTRE 160 PAÍSES, NA INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE

O

Brasil caiu 20 posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial (Bird), que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países. O relatório, divulgado no final de março, leva em conta a percepção dos empresários em relação à eficiência da infraestrutura de transporte. O Brasil passou a ocupar o 65.º lugar no ranking. Trata-se da pior colocação desde que o ranking foi lançado, em 2007. Paulo Fleury, diretor-geral do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), define o resultado como "desastroso" para o país. "A hora da verdade chegou: o Brasil investiu bilhões em obras de infraestrutura de transporte que, por problemas de gestão, não foram terminadas, e está aí o resultado." Na avaliação de Fleury, o fato de o estudo não medir os avanços ou retrocessos físicos, mas a percepção dos empresários, é sintomático. Pouca coisa mudou na infraestrutura do país nos últimos anos, mas a posição do Brasil no ranking foi se alterando. Em 2007, quando a pesquisa foi lançada, o Brasil ocupava o 61.º lugar. Em 2010, ficou na sua melhor colocação: 41.º posto. Em 2012, caiu para a 45.ª posição. De lá para cá, despencou para a sua pior colocação. Fleury atribui as oscilações às mudanças nos cronogramas das obras. "Quando a primeira pesquisa foi realizada, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) havia acabado de ser lançado e a expectativa de melhora empurrou o indicador para cima por um tempo", diz Fleury. "Como as obras não saem do papel, mas a demanda por transporte aumenta, estrangulando o sistema, a frustração só fez aumentar e nem as concessões no ano passado conseguiram melhorar os ânimos." Levantamento do Ilos mostra que o atraso médio nas 78 • Abril 2014 • Economia&Negócios

obras do PAC é de 48 meses. Há também enorme descompasso entre o custo orçado e o custo que se viu na prática. O aumento médio foi de 85%.

 Muitas deficiências

O Banco Mundial também divulgou a classificação dos países em seis itens específicos na área de logística e transporte, usados em conjunto para determinar a classificação geral. O segmento que o Brasil está mais bem colocado é na "qualidade e competência logística" (50.ª posição) e o pior no "serviço de aduanas e alfândegas" (94.ª). Na categoria "rastreamento e monitoração" está na 62.ª e, nas "entregas internacionais", na 81.ª. Outros países da América Latina estão em posições bem melhores que a do Brasil, como Chile (42.º lugar, o melhor classificado da região), México (50.º) e Argentina (60.º).

 Desigualdades

As três primeiras posições do ranking são ocupadas por países desenvolvidos - Alemanha, Holanda e Bélgica. Entre os últimos estão Somália, Afeganistão e República Democrática do Congo. O Banco Mundial reconhece que reformas no setor são complexas e a melhora do transporte exige pesados investimentos, o que dificulta o avanço em países em desenvolvimento. Por essa razão, os países de alta renda são maioria entre os que ocupam as dez primeiras posições do ranking, destacou a instituição no material enviado à imprensa. A principal conclusão do estudo é que a diferença na logística entre países com melhor sistema de transporte e aqueles com pior rede ainda é muito grande, apesar da ligeira melhora desde o início da pesquisa em 2007. O Banco Mundial avalia vários fatores para montar o ranking geral - qualidade da infraestrutura de transporte, de serviços e a eficiência do processo de liberação nas alfândegas, rastreamento de cargas, cumprimento dos prazos das entregas e facilidade de encontrar fretes com preços competitivos. A instituição ouviu cerca de mil profissionais de logística pelo mundo. Com base nas entrevistas e na metodologia, o Banco Mundial desenvolveu o Índice de Desempenho Logístico (LPI, na sigla em inglês), que é usado para organizar o ranking. •



O CORPO

GRITA REGRAS BÁSICAS PARA USAR A LINGUAGEM CORPORAL DO JEITO CERTO DURANTE AS APRESENTAÇÕES

U

ma boa apresentação não é feita apenas de slides deslumbrantes e palavras certas. Expressões faciais, posturas e até os gestos que cada orador escolhe também contam (e muito) para a maneira como o público, do lado de lá do palco, irá processar cada informação.Confira algumas das regras básicas para usar a linguagem corporal do jeito certo durante as apresentações:

2 Foto: Gabriel Araújo

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Faça contato visual

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Foto: Gabriel Araújo

Em uma apresentação, a plateia é a protagonista – não você, seus slides ou lousa. Por isso, seu foco deve estar em quem está do lado de lá do palco ou da mesa. Na prática, isso significa que seus olhos devem estar fixos neles – e não na sua apresentação de slides ou outro recurso.

Direcione o olhar da audiência

Agora, como conciliar a troca de olhares com o público e os slides que você tem para mostrar? A resposta está na maneira como os maestros conduzem uma orquestra. Apesar da multidão de notas na partitura, é o maestro quem determina em que ponto de toda harmonia cada músico deve se focar. Faça o mesmo. Assuma a postura de maestro da atenção da plateia. Segundo os especialistas, este processo começa antes de sua chegada ao palco – para ser mais preciso, no momento em que você confecciona os slides que irão auxiliá-lo durante a apresentação.


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Fuja das posturas que incomodam

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Foto: Gabriel Araújo

Foto: Gabriel Araújo

Os gestos e expressões faciais não são os únicos a desembocar significados durante uma apresentação. A maneira como você dispõe os outros membros do seu corpo também fala – e muito. Braços cruzados, mão na cintura ou nos bolsos, pernas muito abertas e por aí vai. Posturas assim passam mensagens subliminares para a audiência na direção de desleixo, falta de disciplina, organização ou profissionalismo.

Busque a neutralidade A melhor estratégia para evitar isso é apostar em posturas e gestos neutros. O que você busca em termos gestuais deve sempre visar à neutralidade e à complementaridade. Ou seja, a maneira como você usa as mãos ou desloca o seu corpo não pode interferir na história que está contando – antes, deve reforçá-la. Manter as mãos ao lado do corpo, por exemplo, cumpre essa função. Fazer gestos abertos, por sua vez, mostra ausência de proteção e confiança.

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O CORPO

GRITA Foto: Gabriel Araújo

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Fuja dos gestos vilões Batucar dedos na mesa, enrolar o cabelo ou apontar o dedo para a plateia pode atrapalhar seu desempenho. Primeiro porque tais gestos distraem. Segundo, podem incomodar ou trazer insumos para o pré-julgamentos da plateia. Na dúvida, escolha gestos neutros e conscientes. Foto: Gabriel Araújo

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Seja coerente

Neste ponto, a coerência entre o que se diz e como se age é fundamental, pois falar uma coisa e fazer outra cara compromete a credibilidade. Agora, como conciliar conteúdo e expressão quando se está nervoso e o sorriso ou sobrancelhas arcadas parecem ter vida própria? A solução, de acordo com os especialistas, é treino. Por isso, não subestime a importância do preparo antes da apresentação.

Foto: Gabriel Araújo

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Em pé ou sentado?

Segundo especialistas, quando você está de pé tem o corpo inteiro para lidar, tem mais mobilidade no palco, a interação fica mais rica. Sentado, ao contrário, o grau de liberdade é menor, pois você fica mais preso e tem menos recursos para complementar sua história. Quando o grupo é pequeno, contudo, muitas vezes não faz sentido ficar em pé. Aí, a dica é aguçar os sentidos para perceber qual postura é mais adequada para cada reunião.

Fonte: SOAP, consultoria especializada no assunto.

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