Prefil Corporativo Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro

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Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro

REPAROS E CONSTRUÇÃO DE MEIOS NAVAIS


ARSENAL DE MARINHA DO RIO DE JANEIRO

Arsenal de Marinha

do Rio de Janeiro

Instituição completou 250 anos de existência, vencendo desafios e preservando o conhecimento adquirido, construindo e reparando meios navais Escrito por Simone Talarico Produzido por Plácido Gomes >>> 2


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ARSENAL DE MARINHA DO RIO DE JANEIRO Reparos e construção de meios navais

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undado em 1763, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) comemorou seus 250 anos no ano passado, e continua sendo o principal órgão mantenedor da Marinha do Brasil. “Hoje nossa missão principal como instituição é fazer toda a manutenção dos navios de superfície da nossa esquadra e dos nossos submarinos. Além disso, somos também responsáveis pela construção de embarcações,” explica o Almirante e Engenheiro Naval, e também Diretor do AMRJ,

Fragata da classe Niterói em período de manutenção no dique Almirante Jardim

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Mario Ferreira Botelho. Atualmente, contudo, o AMRJ não tem em desenvolvimento nenhum projeto de construção naval. O último trabalho nesta área que a instituição fez encerrouse em dezembro de 2013, com a entrega, ao setor operativo da Marinha, da quinta e última Embarcação de Desembarque de Viaturas e Material (EDVM). Todavia, trabalhos de reparo estão sempre acontecendo: “O maior projeto de reparação que estamos levando a cabo, no momento, é o reparo do navio Aeródromo São Paulo. Esse projeto está se iniciando este ano e tem por finalidade permitir que o navio opere e prorrogue seu período de operação, de forma que somente após a disponibilização de outro navio Aeródromo, ele seja retirado de operação,” detalha o Almirante. O vulto do projeto de reparo deste navio, em especial, se destaca em face da complexidade deste tipo de embarcação, pois, no que diz respeito a navios de superfície, o aeródromo é o navio de guerra mais complexo que existe em termos de sistemas operacionais, como também em termos de tamanho, em termos de


Docagem do navio Aerodromo São Paulo A12

Corveta Barroso em construção na carreira n.1 do AMRJ DEZEMBRO | 2013 |

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Período de manutenção geral do submarino Tupi, dique Santa Cruz

Transporte de uma seções do submarino Tikuna 6


sistemas de aviação, em termos de segurança e, neste caso, em função da idade deste navio: “Esse navio tem mais de 50 anos de vida. Ele foi comprado da França e lá tinha sofrido pequenos reparos, mas nunca parou para fazer um reparo de grande vulto, como é o que nós estamos planejando agora. Este é o maior projeto de reparo que nós temos no nosso horizonte e esse projeto vai ser um desafio muito grande para o Arsenal de Marinha e para a própria Marinha do Brasil,” revela o Almirante Mário. Um reparo deste porte foi feito pela última vez, no Brasil, há cerca de 30 anos, no porta aviões Minas Gerais, quando este passou por um período de modernização. A previsão de duração dos reparos no Aeródromo São Paulo ainda não está definida, uma vez que todo o planejamento ainda não foi realizado, mas de acordo com o Almirante Mário, o período deve ser de, no mínimo, dois anos. “Nós já começamos com a preparação, estamos trabalhando na parte de planejamento deste reparo, onde nós vamos definir o que vai ser feito, como vai ser feito, e quais recursos humanos e materiais vamos precisar para que o reparo aconteça do jeito que planejamos. Estamos estimando que o tempo de preparação e planejamento

deste reparo seja de 8 a 10 meses,” contabiliza o Diretor. O AMRJ tem outros projetos de reparo em andamento, como os de submarinos, duas fragatas, duas corvetas e outros: “Temos planejado para em breve, em maio, começar o reparo dos navios polares, Maximiano e Ary Rongel, que anualmente fazem viagem de apoio à Estação Antártica Comandante Ferraz, que está em reconstrução. Estes navios polares da Marinha fazem todo ano uma viagem de apoio ao grupo brasileiro que está lá e estes navios passam por um período de manutenção anualmente, antes de fazer essa viagem, porque não pode haver problemas – esse navio não pode chegar à Antártica e quebrar, porque aí ele não sai de lá,” conta o Almirante.

CONHECIMENTO TECNOLÓGICO Um dos grandes bens do AMRJ é o conhecimento tecnológico adquirido no setor de construção naval: “O AMRJ possui o conhecimento tecnológico de executar obras em máquinas a vapor, tecnologia que não é facilmente encontrada,” explica o Diretor. Para capacitar a equipe, treinamentos são feitos no exterior 7


ARSENAL DE MARINHA DO RIO DE JANEIRO Reparos e construção de meios navais

Lançamento ao mar da Corveta Barroso 8


com os próprios fabricantes. “A capacitação para manutenção de sistemas hidráulicos e de controles está cada vez mais presente nos meios atuais construídos. Enviamos nossos técnicos para acompanhar reparações, enviamos técnicos ao exterior para fazer cursos de capacitação, buscando a preparação e a qualificação do nosso pessoal para isso. Temos uma meta de conseguir estabelecer uma capacitação nacional para manutenção de turbinas de uso naval, para isso nós estamos buscando formar uma oficina específica para este fim, inclusive em parceria com

a iniciativa privada. Esta é uma restrição que nós temos, porque partes de nossas turbinas ainda são reparadas no exterior,” revela o Almirante Mário. Além de treinamentos no exterior, para a formação e capacitação da mão de obra, o AMRJ possui a Escola Técnica do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (ETAM). Criada em 1923, a ETAM atualmente, forma Técnicos em Estruturas Navais, Mecânica Naval, Eletricidade e Eletrotécnica, contribuindo para a qualificação de pessoal voltado para a indústria naval. “Com aulas ministradas pelos engenheiros e

Limpeza da hélice

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ARSENAL DE MARINHA DO RIO DE JANEIRO

Reparos e construção de meios nav

Contra-A

funcionários da AMRJ, a ETAM tem muita interação com o meio civil, e com toda a indústria de construção naval do país, não fica restrita à Marinha. Através da ETAM, que está integrada dentro do sistema educacional brasileiro, nós formamos, a cada semestre, cerca de 100 novos técnicos, que não são militares necessariamente. Estes técnicos podem ser jovens oriundos do meio civil, que fazem concurso público para ingresso nessa escola, e que possuem ensino médio completo. Eles fazem esse curso durante um ano e meio, e ao final eles são formados dentro de quatro categorias,” conta o Diretor. 10

Paralelamente a isso, o AMRJ possui um convênio com o CREARJ e, ao final deste curso, além do diploma de técnico, o jovem recebe o reconhecimento da entidade de classe, recebendo uma carteira profissional. “Isso é feito não somente internamente, mas como alguns destes técnicos são contratados pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), e a outra grande maioria é disponibilizada pelo mercado de construção naval do país, eles vão trabalhar nos estaleiros, eles vão trabalhar nas empresas de navegação, eles vão trabalhar nas empresas classificadoras, ou seja, eles


vais ESTATÍSTICAS

Nome: Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) Indústria: Indústria Naval Funcionários: 3.786

Almirante (EN) Mario Ferreira Botelho

Fundação: 1763 Sede: Rio de Janeiro, RJ

integram todo o meio naval”, afirma o Almirante. A grande meta futura do AMRJ, no momento, é reativar a construção naval na instituição: “Buscamos como instituição arsenal ter, em carteira, paralelamente, projetos de construção naval e projetos de reparo naval. Por isso, preservamos nossa capacitação para que no momento em que a Marinha precise iniciar a construção de um novo meio, estejamos prontos para fazêlo. Temos nossa tecnologia preservada,” conclui o Almirante Mário.

Produtos / Serviços: Construção, Manutenção, Reparo e Facilidades Portuárias de/para meios navais, e, apoio às Organizações Militares do Complexo Naval da Ilha das Cobras Pessoas Chaves / Cargos: Diretor: Contra Almirante (Engenheiro Naval) Mario Ferreira Botelho Vice-Diretor Industrial: Capitão de Mar e Guerra (Engenheiro Naval) Hélcio Homero Guetti Júnior Vice-Diretor de Apoio de Base: Capitão de Mar e Guerra (Quadro Técnico) Wilson Gonzaga Palmeira Vice-Diretor Administrativo e Financeiro (Interino): Capitão de Mar e Guerra (Quadro Técnico) Wilson Gonzaga Palmeira Website: www.amrj.mar.mil.br

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AMRJ Praça Barão de Ladário, sem número Ilha das Cobras, Centro - RJ CEP: 20091-000 Telefone: (21) 2211-3608 Fax: (21) 2178-6330 andrea@amrj.mar.mil.br www.amrj.mar.mil.br

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