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TrĂŞs Fundamentos para Fazer o Amor Durar



“Irmãos, amigos e amados — Jason Cusick explora todas as dimensões do amor conjugal a fim de aprofundar os relacionamentos. Uma obra escrita com refinamento e biblicamente fundamentada. Eu recomendo este livro a todos os casados e àqueles que se preparam para o matrimônio.”

— Tremper Longman, professor, coautor de The Intimate Marriage Series. “Para aqueles que buscam se aperfeiçoar no amor — tanto aos que se preparam para o noivado ou para o casamento e, como também, para os já casados. Jason Cusick se debruçou sobre os três tipos de amor mencionados nas Escrituras e vivenciados pelos casais. Há muitos casais se questionando sobre o amor nos consultórios de terapia, sobre quando esse sentimento deixa de ser romântico para se tornar amor de irmão ou de amigo. Ler este livro foi uma experiência prazerosamente encorajadora e tenho certeza de que ajudará os casais na compreensão das diferentes expressões de amor na jornada da vida a dois.”

— Dr. Clifford e Joyce Penner, autores de The Gift of Sex and The Way To Love Your Wife.


TRÊS FUNDAMENTOS PARA FAZER O AMOR DURAR

Jason Cusick


BV Films Editora Ltda. Rua Visconde de Itaboraí, 311 Centro | Niterói | RJ | 24.030-090 55 21 2127-2600 | www.bvfilms.com.br

DIREÇÃO EXECUTIVA Claudio Rodrigues

Edição publicada sob permissão contratual com Wesleyan Publishing House, Indianopolis, Indiana 46250, with the title Love3: three essentials for making love last, copyright © 2011 by Jason Cusick. Translated by permission. All Rights Reserved.

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9610/98. É expressamente proibida a reprodução deste livro, no seu todo ou em parte, por quaisquer meios, sem o devido consentimento por escrito.

COEDITOR Thiago Rodrigues ADAPTAÇÃO CAPA Chayanne Maiara

As passagens bíblicas utilizadas nesta obra foram, marjoritariamente, da Nova Versão Internacional (NVI), salvo indicação específica. Todos os direitos reservados.

DIAGRAMAÇÃO Sebastião Souza Bárbara Velasco

REVISÃO GRÁFICA Hellen Arantes TRADUÇÃO Sérgio Rolemberg PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS Amanda Porto REVISÃO DE PROVAS Christiano Titoneli

Os conceitos concebidos nesta obra não, necessariamente, representam a opinião da BV Books, selo editorial BV Films Editora Ltda. Todo o cuidado e esmero foram empregados nesta obra; no entanto, podem ocorrer falhas por alterações de software e/ou por dados contidos no original. Disponibilizamos nosso endereço eletrônico para mais informações e envio de sugestões: faleconosco@bvfilms.com.br.

Todos os direitos em língua portuguesa reservados à BV Films Editora ©2013.

CUSICK, Jason. Amor3: Três Fundamentos para Fazer o Amor Durar. Rio de Janeiro: BV Books, 2013. ISBN 1ª edição Impressão e Acabamento Categoria

978-85-8158-042-5 Março | 2013 Promove Relacionamento

Impresso no Brasil | Printed in Brazil


Para Marie, irm達, amiga e amada.



SUMÁRIO Agradecimentos

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Introdução

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1. Irmãos

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2. Amigos

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3. Amados

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4. Tornando-se Um

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Notas

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AGRADECIMENTOS



S

ou o primeiro a admitir que, ao se tratar de casamento, sou um novato. Escrever um livro sobre os fundamentos para um casamento duradouro tem sido um ato de idealismo apaixonado misturado a um receio de incorrer em hipocrisia. Sinto-me em grande débito com o povo comprometido com os anseios de Deus para o casamento. Quero agradecer à equipe de aconselhamento pré-nupcial da Igreja Journey of Faith: Jan e Mitch, Kristie e John, Diana e John, Pam e Jim, Teri e Gene, Gail e Grant, Deborah e Jim, Judy e Mike. Tenho aprendido muito com todos vocês. Obrigado por aceitarem o desafio e responderem ao chamado. O ministério de vocês tornou este livro possível. Quero agradecer também aos diversos casais, sejam noivos ou casados, que, mesmo em dificuldades, me permitiram conhecer de perto suas histórias. Agradeço pelo privilégio que me deram de ajudá-los a encontrar cura em seus relacionamentos. Desculpem-me pelas muitas vezes em que ficou claro que eu estava (e ainda estou) aprendendo em como lhes oferecer essa ajuda.

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Agradeço especialmente àqueles que me encorajaram a escrever e àqueles que pessoalmente foram meus mentores e fizeram correções durante o processo de escrita. Wayne, Teri, Judi e Carol — obrigado por me manterem focado. Clifford e Joyce Penner — obrigado por me ajudarem a revisar o livro e também pelo apoio pessoal que vocês deram a Marie e a mim. Tremper Longman — obrigado por suas doces palavras. Rex Johnson — sua direção e pastorado têm significado muito para mim nos últimos dez anos. E Emily — obrigado por seu incansável apoio e suas experientes observações. Enfim, obrigado à minha maravilhosa esposa, Marie. Sou grato por sua paciência e compreensão na minha caminhada para tornar-me o homem, o marido e o pai que devo ser. Amo você, gatinha.

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INTRODUÇÃO



E

u a amo.” “Ele me ama.” “Estamos apaixonados.” O que essas afirmações significam? Sobre o que estamos falando? Eu amo Lego, amo minha esposa e também amo a Deus. Devo usar a mesma expressão para todas essas situações? A limitação da linguagem traz à superfície algo muito mais profundo a respeito de como amamos. Nós amamos de diferentes maneiras. Pense, por exemplo, com que amor você amou seu cônjuge nas situações a seguir: lua de mel, fim de semana sem o(a) companheiro(a) ou a possível perda de um bebê. Amor, muito bem, mas de que tipo? Este será o tema abordado neste livro. Marie e eu nos conhecemos na faculdade durante as aulas de Biologia. Notei logo que tinha belas pernas, já ela se interessou mais pelo meu parceiro de laboratório. Nosso início não foi lá nada digno de se escrever em um livro.

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Algumas semanas depois, percebi que ela usava um moletom com dizeres bíblicos (olhar só para os versículos foi um avanço para um novato na fé como eu) e foi assim que a conversa começou a fluir. No decorrer do semestre, Marie e eu começamos a nos encontrar após as aulas para bater papo. Ela estava interessada em um rapaz da igreja, mas um pouco confusa sobre o que realmente sentia por ele. O rapaz era um candidato em potencial — mais velho, demonstrava dedicação, era até engraçado, mas entre eles não havia atração alguma. Não demorou muito para que a afinidade do início me levasse a querer transformá-la em Sra. Cusick. Eu queria poder ouvi-la e, quem sabe, ajudá-la em sua questão sentimental. Poderíamos passar horas falando sobre o que estávamos aprendendo da mesma forma que compartilharíamos nossos conflitos espirituais. Normalmente, terminávamos nossos encontros com uma breve oração mútua. Éramos irmãos no sentido espiritual, observando os caminhos de Deus e encorajando um ao outro a caminhar na fé. O ano letivo prosseguiu. Conversávamos também sobre outros interesses — filmes, hobbies e outros assuntos. Ela até ria de minhas piadas. Na vez dela de contar alguma, era normal esquecer a moral da história. Nossos colegas de sala acompanharam o crescimento de nossa amizade. Outros se questionavam se haveria algo a mais naquela aproximação. Um dia, Marie lembrou-se de algo pelo que sempre orava desde a infância. “Querido Senhor”, era assim que começava sua inocente prece, “quero um parceiro que ame ao Senhor mais que a mim, alguém que queira servi-Lo e também aos outros, e, se não for pedir demais, será que ele poderia ter olhos azuis?” Enquanto eu compartilhava lhe contando algo, ela então notou que eu tinha olhos azuis. Algo a despertou e uma chama se acendeu.

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introdução Após três anos de namoro, nos casamos. Amor! Depois de cinco anos de casados, tudo parecia desmoronar. E mesmo depois de aconselhamentos, orações e muito trabalho, caminhamos rumo à escuridão e um novo tipo de relacionamento. O que aconteceu afinal? Onde foi parar o amor? Na verdade, o sentimento ainda estava lá, mas não era o amor adequado, e nem os tempos o eram. Marie e eu tivemos um ótimo início e uma bela continuação, mas houve um tempo em que ficamos perdidos. No início de nosso relacionamento, passamos a nos conhecer apenas como irmãos na fé, nada mais que isso. Aquilo que nos unia estava baseado em nossa submissão a Deus e também em nosso anseio por um crescimento espiritual genuíno. O tempo passou e se criou então uma amizade. Fazíamos coisas juntos, dividíamos as mesmas atividades e a afinidade cresceu sobre um alicerce espiritual. Somente depois é que nosso desejo amoroso começou a aflorar. Quando nosso casamento chegou ao fundo do poço, o que menos queríamos era nos amar. A amizade também sofreu um forte abalo. Precisávamos recomeçar a construir algo novo sobre aquele antigo alicerce: em Deus. Fazíamos separadamente a mesma oração: “Deus, se nos quer juntos, nos entregaremos ao Senhor e confiaremos a Ti a construção de algo novo”. Ele assim o fez. Após 15 anos de casados e mais três filhos, eu e Marie nos sentimos honrados em poder caminhar como jovens casais na fase pré-nupcial. Tivemos também o privilégio de estar ao lado de conselheiros que ajudam casais (inclusive nós) a conhecerem

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a Deus e a eles mesmos em suas relações mais íntimas. Esteja você namorando, noivo, ou já próximo de se casar, ou ainda redescobrindo o casamento, minha oração é para que as ideias contidas neste livro sejam tão úteis para você quanto têm sido para nós. Eis a ideia central deste livro: o casamento consiste em três relacionamentos que acontecem simultaneamente e que também são as três expressões para o amor. Estas três expressões de amor são representadas por vocábulos gregos. Elas também foram utilizadas pelo casal mais apaixonado mencionado nas Escrituras e podem ser conferidas em Cânticos. Irmãos

ágape — altruísmo, amor espiritual

Amigos

philia — afinidade, afeição

Amados

eros — desejo sexual, amor físico

A ideia de três diferentes tipos de amor não é novidade. Aristóteles escreveu sobre eles e os denominou como virtude compartilhada, algo necessário e prazeroso.1 C. S. Lewis, por sua vez, os mencionou no contexto da ética cristã.2 Sou intelectualmente devedor destes dois grandes pensadores. Gostaria de recomendar a leitura dos capítulos na ordem apresentada, mesmo que algum deles lhe desperte o interesse em virtude do assunto abordado. É provável, por exemplo, que os rapazes iniciem a leitura pelo capítulo 3, deixando de ler até mesmo esta introdução. As relações mais fortemente construídas se formaram na mesma sequência apresentada neste livro — empatia espiritual, amizade e amor romântico.

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introdução Quero compartilhar também algumas reflexões a respeito do divórcio e do segundo casamento. Porém, o assunto não será tratado a fundo, pois este não é o objetivo principal desta leitura. Ao tratar o casamento como algo para vida toda, não pretendo, de maneira alguma, fazer algum julgamento sobre os que passaram pelo divórcio. Minhas experiências têm me ensinado que as pessoas divorciadas são grandes defensoras do casamento e o são mais ainda quando se trata de explorar as potencialidades de uma relação antes de levá-la a um novo casamento. Amor3 trata-se de alimentar os três tipos de amor. Os casais serão convidados a provar do amor sacrificial de Deus e moldálo em seus próprios relacionamentos. Eles serão encorajados a desenvolver uma amizade plena e divertida baseada em interesses compartilhados e mutualidade. E, ao mergulharem em níveis mais profundos de confiança e compromisso, serão encorajados a selar o amor com as chamas apaixonadas do amor erótico. O último capítulo do livro mostrará o que significa se mover a partir de um tipo de amor na direção do outro e, também, como vivenciar esses diferentes tipos de amor ao mesmo tempo. Casamento é como uma dança em que devemos aprender nosso próprio passo, ao mesmo tempo em que devemos nos mover graciosamente com um parceiro. Isso tudo leva tempo. Mark Twain afirmou: “Numa relação, o amor parece ser o mais rápido a crescer, porém é o mais lento. Nenhum homem ou mulher realmente sabe o que é o perfeito amor até que estejam casados por 25 anos”.3 Nós afastamos os amigos quando deveríamos deixá-los por perto, mas mantemos a família e amigos próximos quando deveríamos deixá-los longe. Muitos acreditam que não há problema em sofrer sozinho.

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Casais precisam estar dispostos a trabalhar em favor do amor, e isso significa falar sobre questões problemáticas. O tipo de amor que as pessoas têm hoje é isolado e visa à própria segurança. Casais protegem seu amor contra os questionamentos de forma consciente mesmo quando esses questionamentos podem ser de grande ajuda. Alguns casais têm quase uma devoção religiosa ao amor a ponto de perder a chance de aperfeiçoá-lo. Isso tem mais a ver com o processo químico que ocorre no cérebro quando criamos um vínculo emocional em uma relação do que com um comprometimento com outra pessoa. Nós precisamos de uma nova visão do amor, o que, na verdade, já é uma antiga compreensão. O amor é um compromisso altruísta em favor de outra pessoa com quem se tem afinidade espiritual. Amar é compartilhar a vida ao lado de quem gostamos. Amar é se entregar sexualmente a alguém em quem confiamos plena e sinceramente com todo o coração. É algo maduro e consciente, e não precipitado ou inconsciente. É apaixonado, mas não fora de hora. É descoberto e discernido na união que possibilita a verdade e o compromisso, mas não é protegido contra os questionamentos, assim como são as tragédias românticas. Nós precisamos do amor que seja abastecido pela fé e amizade, assim como por uma paixão aquecida.

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introdução Deus de amor, Tu nos chamaste para amar com amor divino, um amor que Te coloque sobre tudo e todos. Tens nos dado uns aos outros em amizade, cumplicidade e companheirismo. Despertaste nossa paixão, a chama de um amor que nos une no casamento. Ajuda-nos a descobrir a profundidade de Teu amor por nós e por nosso casamento. Em nome de Jesus, Amém.

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IRMÃOS O casamento constrói um relacionamento familiar tão verdadeiro quanto o existente entre irmão e irmã. — Craig Glickman1

Ágape: amor espiritual, amor altruísta, amor irmanado, que corresponde ao mesmo amor que Deus tem pela humanidade.



Você fez disparar o meu coração, minha irmã, minha noiva. — Cânticos 4:9

T

ornei-me cristão em uma igreja evangélica afro-americana nas redondezas da região centro-sul de Los Angeles. Palmas, pandeiros, danças nos corredores e gritos de aleluia faziam parte de minhas experiências dominicais. Eu havia ido a esse lugar pela primeira vez a convite de um amigo, e logo percebi o quanto não cristão e branco eu era. Apesar das diferenças culturais, eu ouvi naquele lugar uma mensagem que mudaria a minha vida. As pessoas daquela congregação me receberam como uma delas, como um irmão. Naquela igreja, todos eram da mesma família — Irmão John, Irmã Ada. Tornei-me o Irmão Jason. Para eles, o vínculo espiritual que tinham como cristãos era mais forte que o existente em suas próprias famílias. Quando me casei, eles receberam a Irmã Marie. Foi então que percebi que havia me casado com minha irmã! Chamar aqueles que compartilham da mesma fé de irmão e irmã não é exclusividade daquela congregação. Este relacionamento espiritual vem de longa data. É comum encontrar na Bíblia termos familiares para as pessoas de uma mesma fé. Jesus desafiou sua própria família (e também os judeus) ao

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usar títulos familiares para se referir àqueles que seguiam Seus ensinamentos (Mc. 3:31-35). A relação espiritual com as pessoas vem antes de todas as outras, inclusive da família biológica. No poema romântico existente na Bíblia, Cânticos, o príncipe é atraído pela linda pele escura de uma donzela que, dentre outros apelidos carinhosos, ele a chama de irmã. “Você fez disparar o meu coração, minha irmã, minha noiva” (Ct. 4:9). Podemos ficar um tanto confusos ou, até mesmo, escandalizados pelo uso desse título ao lado de outros, mas havia nada de romântico na cultura em que o poema foi escrito. As noivas eram tratadas como assunto de negócio nas culturas antigas — a irmã seria a pessoa ideal para que o homem dividisse as questões do coração. Uma mulher podia ter um marido, mas ela se dedicava mesmo ao irmão. Minha irmã, minha noiva. Aí está o melhor de dois mundos! A noiva também é uma irmã espiritual. Ela partilha das mesmas crenças e valores que seu noivo. Juntos, eles compartilham a fé em Deus. O noivo não é apenas alguém para se casar com a noiva; ele também é o irmão espiritual e emocional dado a ela pelo Criador. O vínculo emocional que os ocidentais modernos esperam em uma relação saudável entre marido e mulher é normalmente o que já existe entre a relação entre irmão e irmã. — Joe Hellerman

O romântico noivo em Cânticos enxergava a futura noiva como sua irmã tanto pela cultura quanto pela fé. Ela era filha de Abraão. A possibilidade de uma relação entre eles baseou-se na espiritualidade da mulher — ela era uma mulher de fé.

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irmãos Em um casamento, a primeira e principal relação que deve existir com o cônjuge é a irmandade em Cristo. Antes de sermos apaixonados e até mesmo antes de sermos amigos, é preciso que estejamos unidos em uma parceria espiritual com Deus. O amor que há entre o casal deve refletir o amor de Deus por nós — um amor altruísta, um amor espiritual que busca o que há de melhor para a outra pessoa. A palavra grega para designar esse amor é ágape. Essa é a primeira e a maior forma de amor.

vocês são espiritualmente compatíveis? Havia certa vez um minerador que vivia e trabalhava para seu sustento. Um pisoador apareceu e se instalou em sua vizinhança. O minerador, após conhecê-lo, achá-lo encantador e um bom camarada, perguntou se o pisoador gostaria de dividir a casa com ele. “Assim poderemos nos conhecer melhor”, constatou, “e, além disso, as despesas da casa podem ser reduzidas”. O pisoador lhe agradeceu, mas lhe respondeu: “Não posso imaginar tal coisa, senhor. Eu me esforço muito para deixar tudo branco, e seu carvão acabará por manchar tudo de preto”.2 O trabalho de pisoador é deixar as roupas claras e limpas. Suas habilidades, sua vida e recursos estavam aplicados nessa atividade. Se eu fosse um minerador interesseiro, gostaria muito de ter um pisoador como parceiro — todos os meus pertences ficariam limpos! A moral da história é: quem quer... faz. Há muitos motivos que unem homens e mulheres — eles podem se dar bem, terem interesses comuns, sentirem-se atraídos fisicamente. Alguns decidem morar juntos para se conhecerem melhor e para eco-

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nomizarem, como na fábula. Mas, além de tudo o que pode ser compartilhado, é necessária uma ligação espiritual. Faz-se necessário questionar: nossas bases foram construídas sobre o mesmo alicerce? Recentemente, tive o prazer de acompanhar de perto o novo edifício de nossa igreja sendo construído. Cada dia que acompanhava a construção, eu imaginava mais como seria estar dentro dela. Eu imaginava tanto a disposição das salas quanto a quantidade de pessoas que seriam tocadas pelos ensinamentos e experiências vividas ali. Porém, frustrei-me logo ao perceber a demora com que preparavam a fundação. Eu queria entrar ali e usufruir do lugar. A construtora garantia construir algo que duraria. Relacionamento também é assim. Queremos entrar nele e desfrutá-lo, mas, sem a fundação adequada, problemas certamente surgirão. Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo. — 1 Coríntios 3:11

o que é incompatibilidade espiritual? Imagine uma fazenda do século XVIII — um celeiro, uma carruagem e um casal começando a vida. O marido precisa arar a terra para cultivá-la. Ele prepara os arreios e escolhe dois animais para puxá-los, um boi robusto e um gato cheio de vontade própria. Mesmo que o jovem marido tenha algum conhecimento em plantio, repara-se logo que esse conhecimento não será suficiente. Veja que os dois animais escolhidos por ele são muito diferentes para trabalharem juntos. É possível que o gato e o boi não se deem muito bem. Talvez, possam até gostar das mesmas coisas, mas, para a função designada pelo jovem fazendeiro, eles não são compatíveis.

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irmãos Esta é a ilustração encontrada na Bíblia para a incompatibilidade espiritual: dois animais de naturezas completamente diferentes tendo de concluir um trabalho que lhes foi designado. “Não se ponham em jugo desigual com descrentes”, disse o apóstolo Paulo alertando os cristãos sobre se relacionarem intimamente com pessoas de outras crenças (2 Co. 6:14). Quando um deles deseja moldar seus pensamentos, ações e relacionamentos a fim de agradarem a Jesus Cristo, enquanto o outro não, ambos andarão por caminhos opostos. Assim são os espiritualmente incompatíveis. Quando Jim e Lynn se conheceram, eles sentiram como se fossem partes de um todo. Os dois trabalhavam com vendas de medicamentos e se admiravam mutuamente com determinação e ética. Eles se aproximaram quando eram membros de uma mesma equipe de voleibol, em um dos campeonatos organizados pela empresa onde trabalhavam. Jim enxergou o lado engraçado de Lynn, e ela, por sua vez, o viu se destacar ao encorajar os outros membros da equipe. Decidiram, então, se encontrar regularmente. Jantares e eventos esportivos se alternavam com caminhadas na praia e, eventualmente, surgia um convite de Jim para uma viagem de fim de semana. “Acho que não posso aceitar, Jim”, disse Lynn, esquivando-se. “Mas achei que estávamos indo bem”, Jim respondeu confuso. “Sim, estamos indo bem, mas sou cristã e esta é uma questão realmente importante para mim.” “Sem problemas, Lynn. Eu respeito suas crenças. Sei que elas são significativas para você e isso é importante.” “Não podemos dormir juntos”, respondeu Lynn de forma tímida. “E por que não?”, questionou Jim. “Sinto que somos próximos e me preocupo com você. Você está querendo dizer que Deus não quer que nos aproximemos ainda mais?”

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“Não é questão de Deus não querer que nos aproximemos mais, é apenas porque a Bíblia diz que o sexo é para o casamento.” “Lynn, tenho sido compreensivo sobre não termos nenhuma atividade aos domingos porque você quer ir à igreja. Eu até já fui a um show de música cristã com você. Mas, e as minhas crenças? Eu quero que esta relação se aprofunde; então, quando é que vamos fazer algo baseado naquilo em que eu acredito?” Jim e Lynn caminhavam em direções opostas e eles ainda não haviam percebido até que começaram a investir seriamente na relação. Havia entre eles compatibilidade emocional, mas não espiritual. Sem levar em conta o caminho que os uniu, cônjuges de jugo desigual encontrarão juntos seus desafios, problemas e preocupações. — Lee e Leslie Strobe

Às vezes, duas pessoas de uma mesma religião também podem ser incompatíveis espiritualmente. Isso porque elas podem estar em momentos diferentes na caminhada cristã ou serem de diferentes tradições dentro de uma mesma religião. Foi exatamente o que aconteceu com Frank e Lila. Frank era proveniente da tradição batista, Lila, por sua vez, pertencia a uma igreja mais renovada. Para Frank, fé significava compreender e aplicar a Palavra de Deus — a Bíblia. Lila, comprometida com esta mesma Bíblia, deixava-se guiar pelo Espírito Santo em sua caminhada diária com Deus. As diferentes tradições moldaram a personalidade de ambos. Eles encontraram dificuldades para conversar sobre questões espirituais, para orar juntos e, até mesmo, para ir a uma mesma igreja. Entretanto, os dois estavam certos de que amavam e serviam ao mesmo Deus, mas a forma como serviam a esse mesmo Deus era o problema. Havia um desencontro espiritual entre eles.

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irmãos Aqui estamos nós, você e eu, e eu espero que haja um terceiro, Cristo, e que Ele esteja entre nós. — Aelred de Rievaulx

Um outro tipo de incompatibilidade pode surgir quando um dos parceiros, motivado pelo seu fervor na fé, torna-se muito religioso e coloca a relação em perigo. Isso é comum quando as pessoas se convertem a uma nova fé. Ser novato na fé é equivalente a conhecer alguém e começar um relacionamento. Pensa-se sobre aquilo o tempo todo, fala-se a todo instante e tenta-se passar o maior tempo possível em contato — tudo isso em detrimento de outros relacionamentos existentes. Quando conhecemos a fé, nos sentimos como aquele que recupera algo perdido. Com o amadurecimento dela, é possível encontrar expressões práticas sobre aquilo em que se acredita que pode ajudar a aperfeiçoar os relacionamentos. A sabedoria nos aconselha a amadurecer na fé antes de aprofundar o relacionamento romântico. A compatibilidade espiritual deve ser a prioridade ao se relacionar com alguém, especialmente quando se tem em mente o casamento. Quanto mais próximo se pretende estar de alguém, mais a compatibilidade deve ser explorada. No que ambos acreditam a respeito de Deus, da vida, da verdade e do mundo? Ao se pensar no casamento, uma boa pergunta a se fazer é: “Quem você ama mais, Deus ou o parceiro?” Se ambos tiverem respostas diferentes, isso pode ser um problema.

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convertidos, híbridos ou o que mais? O que os casais fazem quando percebem que são espiritualmente incompatíveis? Um pastor observou de forma engraçada: “Quando um homem e uma mulher se casam, eles se comprometem em ser um. Depois, passam o resto da vida se perguntando qual deles deverá ser esse um!” Supondo que a fé e a espiritualidade sejam importantes para uma ou para as duas pessoas da relação, há estatísticas a respeito da união entre pessoas de diferentes religiões que concluem que muitos parceiros resolvem esse ponto de tensão se convertendo à religião do cônjuge.3 A regra básica é que quem for mais exclusivista em relação à sua fé colocará maior pressão para que o parceiro se converta a ela. Às vezes, alguns casais pensam que chegaram a um consenso, mesmo com a diferença de religião, mas, na verdade, suas verdadeiras convicções ficaram apenas acobertadas. “Suzi e eu decidimos nos casar!”, afirmou Marc. “Então vocês se entenderam sobre suas diferenças de religião?”, perguntei eu. Marc frequentava uma igreja evangélica e Suzi fora criada no catolicismo. “Sim”, respondeu Suzi. “Temos ido à igreja de Marc aos domingos pela manhã e à igreja católica à noite, mas tenho me sentido muito melhor na igreja dele. Quando nos casarmos, farei da igreja de Marc a minha igreja.” Esperei um pouco antes de lhes soltar mais uma. “Se vierem a ter filhos, como eles serão criados?”, questionei. “Eles serão criados no catolicismo”, Suzi respondeu sem hesitação. Marc ficou chocado. Aparentemente, as convicções de Suzi eram muito mais profundas do que ele supunha.

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irmãos O nascimento dos filhos revela antigas crenças. — Dugan Romano

Casais que não solucionam a incompatibilidade espiritual com a conversão encontram outras soluções. Alguns tentam praticar as duas religiões juntos, outros tentam praticá-las em paralelo, tentando encontrar traços comuns ou tradições que possam compartilhar. Tal prática pode ser enriquecedora quando funciona. Há outros ainda que resolvem a questão abrindo mão de praticarem suas religiões. Infelizmente, a experiência mostra que a incompatibilidade espiritual aumenta e só faz crescer a diferença entre os parceiros, e não o contrário. O anseio de Deus é que nossa adoração a Ele ocupe o primeiro lugar em nossos casamentos e não tenha de ser acomodada ou abolida por interferir no amor que existe entre os cônjuges.

de incompatíveis a centrados em Deus Não importa o quão compatíveis os parceiros sejam, as coisas mudam após o casamento. Um antigo escritor já disse que o casamento é uma “mudança técnica” que implica a mudança na fé de alguém. Eu e minha esposa sempre nos inquietamos com a irregularidade com que lemos a Bíblia e oramos juntos. Demorou certo tempo até percebermos que não apenas aprendemos e oramos de forma diferente, mas também como o “momento do silêncio” (como alguns costumam chamar) causava nela uma impressão negativa desde muito antes de nos conhecermos.

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Transparência espiritual envolve revelar ao seu cônjuge a natureza e a essência de sua relação com Deus. — Brian Nystrom

Quando duas pessoas se casam, Deus começa a torná-las uma só pessoa. O casamento é um convite para viverem juntas as experiências com o Criador. Isso envolve criatividade e compromisso. Precisamos de muito mais do que ser apenas compatíveis espiritualmente. Necessitamos de que a espiritualidade molde o casamento, pois ela irá fazer dele feliz e forte. Les e Leslie Parrot afirmam: “Quando pesquisadores examinaram as características dos casais felizes que estão juntos há mais de duas décadas, uma das qualidades que encontraram foi ‘a fé em Deus e o comprometimento espiritual’.”4 Ser irmão e irmã significa posicionar Deus no centro da relação. Ao nos aproximarmos de Deus individualmente, também chegamos mais perto um do outro, como ilustra a figura a seguir.

DEUS

Z Z ELE

ELA

Esta ilustração demonstra que a relação em três direções mantém nosso foco onde ele deve estar. Primeiramente, esse exemplo nos previne de olhar para o cônjuge como o cumpridor de nossas mais profundas necessidades. Alguns casais se esforçam contra a idolatria conjugal que os acomete quando o cônjuge posiciona o parceiro

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irmãos no lugar mais alto — posição que deve ser reservada a Deus. E Ele não espera que nossas mais profundas necessidades sejam supridas por outras pessoas ou coisas. Enquanto não aprendermos a amar a Deus, não seremos capazes de amar o cônjuge como Ele pretende que façamos. Em segundo lugar, a ilustração nos lembra que nosso primeiro compromisso no casamento é amar a Ele, e não o cônjuge. Conversei, recentemente, com um homem que se sentia tentado a trair sua esposa. Ele me contou que o fator decisivo não foi a maneira como a esposa o tratava, pois no dia da celebração do seu casamento ele se comprometeu com Deus em ser fiel. Com todos os desejos e necessidades que temos, precisamos mesmo é de um compromisso que transcenda a fidelidade humana. Como irmão e irmã, nosso compromisso final e definitivo é com nosso Pai. Sheila estava esperançosa em se comprometer com um homem cristão. Ela havia passado por um divórcio doloroso e enfrentara muitas dificuldades como mãe solteira. Quando Steve apareceu em sua vida, tudo pareceu melhorar. Mas ela se deparou com uma questão espiritual quando começaram a participar do aconselhamento pré-nupcial. Sheila havia crescido na igreja e era frequentadora constante dos cultos. Ela tinha orgulho em se considerar uma mulher cristã, mas, internamente, percebeu que estava em cima do muro. “Era como se Deus me dissesse: ‘Sheila, ou você está dentro ou está fora. Chega de perder tempo’. Eu estava para me casar com um homem que queria colocar Deus em primeiro lugar na relação. Eu tinha de tomar uma decisão. Estaria eu disposta a posicionar Deus em primeiro lugar ou não?” Sheila tomou uma decisão importante. Ela colocou Deus no topo do triângulo e se comprometeu com o crescimento de sua relação com Cristo. Na celebração do casamento, Steve e Sheila

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misturaram grãos de areia de três cores diferentes, simbolizando um casal unido com Deus. Durante o amadurecimento espiritual, o casal passa por dificuldades, vitórias e súplicas e, assim, se torna transparente um para com o outro. Juntos, vão trazer abaixo as barreiras que os atrapalham em valores, como honestidade e franqueza. Os dois também crescem no carinho que terão ao serem irmãos espirituais ao mesmo tempo em que serão marido e mulher. Esta é a unidade espiritual que a Bíblia celebra ao se referir aos casais como coerdeiros “do dom da graça da vida” (1 Pe. 3:7). Nós fazemos o casamento ser além de si mesmo quando aceitamos duas incumbências fundamentais: nos tornar as pessoas que Deus nos criou para ser e realizar o trabalho que Ele nos deu para fazer. — Gary Thomas

Ao nos tornarmos centrados em Deus, permitimos que Ele supra todas as nossas necessidades emocionais. Nós começamos a compreender que somos valiosos para Deus e que recebemos dons para realizar coisas incríveis. Nossos cônjuges passam a desfrutar de nosso engajamento quando estamos centrados no Senhor, e isso significa que eu aprendo a ter autocontrole e passo a ser consciente de quais são meus desejos sadios, bem como daqueles que não são. Ao confiar que Deus suprirá tudo à Sua maneira, em Seu tempo, meu cônjuge passa a experimentar, a partir de mim, uma vida transbordante e voltada ao Criador.

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irmãos

repensando a rivalidade entre irmãos O primeiro lugar onde aprendemos a nos relacionar com as pessoas é em nossa própria casa. Minha esposa e eu temos encorajado nossos filhos a se amarem. Marie diria: “Vá falar com seu irmão Asa” ou “poderia ajudar a irmã Elia?” Na cultura vietnamita em que Marie foi criada, todos têm títulos de parentesco. Assim como na igreja afro-americana mencionada anteriormente, esses títulos servem para nos lembrar de como estamos ligados uns aos outros. E vão além, eles servem para nos recordar como devemos tratar aqueles que nos rodeiam. Eu, por exemplo, devo me referir à minha esposa como “em”, que significa “pequena irmã” em vietnamita. Gary Thomas escreveu: “Quando percebo que nós, homens, somos casados com uma das filhas de Deus — e que você, mulher, é casada com um dos filhos de Deus —, toda a minha visão sobre o casamento muda drasticamente. Se você quer mudar seu casamento, aplique essa mesma analogia e passe algum tempo pensando em Deus como seu sogro. Pois é isso o que Ele é”.5 Como é então amar seu marido ou esposa como irmão ou irmã? Primeiro, e acima de tudo, nós nutrimos um amor espiritual pelo cônjuge. Alguns relacionamentos têm início a partir da atração e do desejo sexual, mas o amor de Deus é algo familiar, é um amor que busca o melhor para o outro. Esse amor espiritual é tão primordial que a Bíblia reconhece que os noivos podem se abster da intimidade para que se dediquem em oração a seus relacionamentos com Deus (1 Co. 7:5). Entretanto, isso não quer dizer que espiritualidade e sexo são incompatíveis, é exatamente o oposto disso! Se não formos cuidadosos, um bom sexo pode nos dar a impressão de que somos mais intimamente unidos do que realmente somos. Abordaremos esse tópico mais profundamente no capítulo 3.

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Trate os jovens como a irmãos... e as moças, como a irmãs, com toda a pureza. — 1 Timóteo 5:1-2

Amar o parceiro como irmão e irmã em Cristo é a mais pura forma de amor, pois é um sentimento que busca o bem do outro, que desafia nosso egoísmo. Este tipo de amor afirma: “Sou seu familiar e serei honesto com você”. A Bíblia encoraja os cristãos a levar em conta a consciência e a sensibilidade das outras pessoas, e não somente focarmos em nossas questões (Rm. 14:1, 1 Co. 8). Em um casamento entre irmãos, isso significa que não permitiremos que nossa força se sobreponha às fraquezas de nossos cônjuges. Se essa não for uma questão imprescindível, podemos ofender em vez de chegar a algum acordo, ou ser instrumentos de violação da consciência do outro. O amor ágape é fundamentado pela compaixão. Este tipo de amor não deve ser expresso apenas em sentimentos, mas em ações concretas.

um verbo para os irmãos espirituais Primeira aos Coríntios 13 é um texto muito lido em cerimônias de casamento. A passagem é a explicação bíblica para o amor: “O amor é paciente, o amor é bondoso” (1 Co. 13:4). Mas ela não foi escrita para noivos; foi escrita originalmente para um grupo bastante desajustado que havia fundado aquela congregação. Aqueles irmãos estavam se relacionando de maneira egoísta, como crianças mimadas em uma casa sem autoridade, e não como pessoas que conheciam o Deus de amor.

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irmãos Vejamos as considerações a seguir: O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1 Co. 13:4-7).

Cada verso contém um verbo, e não um sentimento. Amar é praticar, é agir como irmãos e irmãs. Muitos maridos e esposas estão preocupados com sentimentos, paixões e desejos, mas negligenciam suas obrigações primárias, que é amar o outro de maneira desinteressada, com um amor que só os irmãos têm, como filhos do mesmo Deus de amor. Tenho em meu escritório todos os versos de 1 Coríntios 13 dispostos em um quadro magnético. Peço aos casais para que reorganizem os versos priorizando as questões relacionadas ao amor que pretendem trabalhar juntamente com o cônjuge. Amor espiritual é colocar ações amorosas em prática em favor do outro, porque este é o desejo do Pai.

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Eu não acredito que um simples acidente nos faça nascer irmãos e irmãs. Nós recebemos essa condição que requer nossa responsabilidade como parentesco. A irmandade é uma questão a ser trabalhada pelas pessoas. — Maya Angelou

do namoro ao casamento Para expressarmos o amor espiritual, é necessário que tenhamos uma relação com Deus. O caminho a percorrer em um relacionamento com Ele é o mesmo que em um relacionamento amoroso, pois tem início desde o primeiro momento em que nos conhecemos. Talvez você tenha ouvido falar em Deus num auditório lotado ou na vizinhança onde cresceu. Ao conhecer alguém pela primeira vez, você ainda não o conhece verdadeiramente. Pode até saber algo a respeito da pessoa, ter algumas informações sobre ela em questão, mas não a conhece completamente. Algumas pessoas conhecem a Deus pela cultura popular; outras, porque conhecem pessoas que O aceitam. Há ainda os que crescem indo à igreja com os pais. A questão é que, em algum momento, você decide conhecer a Deus mais profundamente e é aí que surge o namoro. Namorar Deus é andar perto dele para que se conheçam melhor. Vocês podem se encontrar uma vez por semana, frequentar uma igreja, trabalhar como voluntário em alguma entidade ou ouvir uma mensagem pelo rádio. Você pode ser daqueles que falam sobre Deus com os amigos e perguntar: “Como Deus é de verdade?” Então começa a procurar coisas que interessam a Deus para saber se vocês são parecidos em algo, e logo descobre que muito do que você pensava sobre Ele era apenas rumor. Você pode até namorar outros deuses durante esse tempo e, a partir daí,

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irmãos começar a surgir questionamentos sobre a religião. Mas, com o tempo, você percebe que está pensando mais em Deus do que em outras coisas. Percebe então que está na hora de levá-Lo a sério. É uma questão de assumir a relação, de mudar o “status da relação”. É o momento em que ela se torna exclusiva. Você agora está considerando o compromisso. “Consigo me ver com Deus pelo resto da vida?”, você se questiona. É hora de fazer as contas e começar, então, a pensar em tudo que deixou para trás quando era espiritualmente solteiro. Você tem levado a sério o que Deus tem lhe dito. Fez novos amigos que acreditam que você e Deus fazem um belo par ou pensam que você está doido. O seu coração chegou a um estágio em que não há mais retorno. Você foi atraído, chamado, prometido. Prometido? Sim, significa que está noivo ou, pelo menos, que lhe propuseram o noivado. Você está ciente de que Deus lhe propôs um compromisso, e está considerando o ”sim” ou o “não”. Chega, então, o grande momento na vida de alguém, quando a cerimônia acontece. Não há flores, música, sequer há fotógrafos. É uma cerimônia do coração, quando Deus lhe diz: “Eu o criei, dei Minha vida por você e Eu tenho grandes planos a realizar. Você aceita abrir seu coração e Me deixar guiá-lo pela vida?” Nesse momento, você é convidado a dizer: “Sim, eu aceito”. Assim como em um relacionamento amoroso, Deus quer nosso coração. Não se trata apenas de uma decisão que muda o sentido de nossa existência, mas também a habilidade de amar os outros como Deus os ama. Ao assumirmos um compromisso com o Criador, começamos a entender o que significa o pacto de amor em uma relação, que é o mesmo amor que Deus quer que experimentemos no casamento.

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pacto ou contrato? Somos uma cultura de contratos — celulares, aluguéis, créditos. Chegamos a um acordo, concordamos com as condições e esperamos cumpri-las. O que acontece se uma das partes não cumpre com o que foi posto em contrato? Ninguém se casa pensando em desistir caso a outra pessoa não cumpra com seu papel. Embora seja nos momentos difíceis do casamento que muitos se veem tentados a rever os direitos e deveres estabelecidos no contrato do matrimônio. Quando os tempos difíceis chegaram em nosso casamento, Deus tratou de ensinar a mim e a Marie de que não temos um contrato de casamento, mas sim um pacto de casamento. Um casamento pactual é fundamentado na promessa de que duas pessoas firmaram perante Deus e outras testemunhas. Em um casamento pactual, cada pessoa faz um voto de entrega a Deus e ao companheiro. — Jim e Sarah Sumner

Casamentos pactuais são contratos espirituais entre duas partes e Deus. Eles são incondicionais, o que significa que cada um se compromete a amar sem levar em conta o comportamento do parceiro. Este é o tipo de pacto mais comum que Deus nos deixou na Bíblia. Ele havia prometido que livraria Noé da destruição (Gn. 6:9), que daria a Abraão a Terra Prometida (Gn. 15) e daria a Davi um reino eterno (2 Sm. 7). No Novo Testamento, o pacto de Deus nos garante a vida eterna (Jo. 3:16). O que Deus pediu a Noé, a Abraão e a Davi em retorno? Simplesmente que eles acreditassem e recebessem o presente do amor.

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irmãos Muitos confundem o novo pacto de Jesus com um contrato, pensando que Deus concorda em garantir perdão e vida eterna em troca de uma vida com boas obras e humilhação. Ao contrário, Ele garante, incondicionalmente, o perdão e o céu. Portanto, quando recebemos e acreditamos que isso é para nós, respondemos com boas obras e humilhação. Casar-se é se tornar uma representação do amor de Deus — ágape. É um caminho de mão única. Você ama o outro independentemente do que pode receber em troca. Cada um dos parceiros do casamento se doa integralmente em amor ao outro esperando apenas que o outro o receba e confie nesse sentimento. Ser irmão e irmã em Cristo significa nos apossarmos daquilo que conhecemos e compartilhamos do amor de Deus por nós. Não há exigências, mas sim doação, que é exatamente o que Deus faz. A Bíblia encoraja os casais a observar a relação de Cristo com a igreja como um modelo de casamento. Sujeitem-se uns aos outros por temor a Cristo. Mulheres, conheçam e confiem em seus maridos da mesma maneira que confiam em Cristo. O marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a da igreja, mas não pela imposição, e sim pela estima. Assim, como a igreja está sujeita a Cristo, as mulheres, por sua vez, também estão sujeitas a seus maridos. Maridos, amem suas esposas, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a Palavra, e para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa

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e inculpável. Da mesma forma, os maridos devem amar cada um a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama sua mulher, ama a si mesmo (Ef. 5:21–28).

sobre o que (e quem) é o casamento? Perguntei a Mitch e Jan, um casal por quem tenho profundo respeito, em como a vida espiritual se configura dentro do casamento. Eis a resposta deles: Pensamos em nós mesmos como companheiros de uma equipe, que tem como prioridade viver de maneira que auxilie os outros a encontrarem Cristo. Nossos filhos se tornaram membros deste mesmo time desde cedo, e, hoje, são missionários motivados por suas próprias convicções. Nós temos um porta-retratos com diversas fotos e uma frase que resume bastante nosso compromisso missionário: “Senhor, faz de nossa família uma prova de Tua fidelidade, uma extensão de Teu amor e um testemunho de Teu Filho para esta geração”. Por termos um objetivo comum, todas as outras questões acabam encontrando seu lugar — compromisso em manter o casamento, priorização da família, abordagem das questões seculares e cultura popular, uso de dinheiro e tempo, certeza da salvação etc. Sem querer soar enfadonho, ainda somos loucos um pelo outro. Dessa maneira, quanto menos tempo e esforço forem desperdiçados ao debater questões e conflitos, mais tempo teremos para desfrutar e sermos servos produtivos.6

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irmãos Muitos se casam para se preencherem, terem prazer ou construírem uma família. Mas o casamento não deveria ser algo maior que todas essas coisas? Duas pessoas se unem com dons, habilidades, talentos, tempo, recursos e paixão pelo outro. É trágico se o fim comum for apenas para preencher a si próprio. O casamento foi feito para ser algo muito maior — algo eterno! No livro Mixed Ministry: Working Together as Brothers and Sisters in a Oversexed Society, os autores se referem aos cristãos como “irmãos santos”. Eles destacam cinco buscas e responsabilidades fundamentais para traduzir o compromisso mútuo do casal ao estabelecerem as bases de seu casamento. 1. Todos Nós Somos Chamados Para Conhecer a Jesus — reconhecer nossas necessidades de perdão e salvação é o que dá início à vida espiritual. Enquanto casais, este será o ponto de partida e de constante retorno. 2. Todos Nós Somos Chamados Para Crescer — comprometer-se em caminhar na busca de nossa maturidade espiritual e emocional. Como casais, nos comprometemos com o crescimento e com a graça. 3. Todos Nós Somos Chamados Para Compartilhar Responsabilidades Vitais — ser parceiro nos desafios e responsabilidades que a vida propõe. Como casais, encontramos os papéis que melhor podemos desempenhar. 4. Todos Nós Somos Chamados Para Obedecer — encorajar um ao outro a ser moral, ético e espiritualmente responsável perante Deus. Sendo casais, nós buscamos a verdade sobre o ganho pessoal.

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5. Todos Nós Somos Chamados Para Servir — enxergar as grandes carências do mundo e trabalhar como uma equipe que agregue valores. Sendo casais, nós encorajamos o outro a ser uma bênção na vida de alguém.7 Um casamento baseado no amor ágape possui estas cinco responsabilidades como sua fundação. Amar um ao outro como irmão e irmã é a forma mais sublime com que se pode amar. Quando a amizade e o amor romântico são construídos sobre este alicerce, um relacionamento em que tudo é possível está prestes a começar.

a história de jon e sarah Como deve ser uma parceria espiritual no casamento? Basta voltarmos ao passado, mas não é preciso ir além do séc. XIX, foi na era colonial da Nova Inglaterra. É lá que poderemos encontrar um casamento que deixou um legado de influências, que inclui: 13 reitores, 65 professores universitários, 100 advogados, 65 médicos e 80 funcionários públicos de alto escalão.8 Jonathan Edwards, que se tornou um dos mais notórios pregadores e difusores do Grande Despertar, encontrou sua parceira espiritual na jovem e bela Sarah. Ele é conhecido por seu famoso sermão: “Os pecadores estão nas mãos de um Deus Irado”, mas o que poucas pessoas sabem é que há um assunto sobre o qual ele mais escreveu e pregou do que qualquer outro: o amor. Jon e Sarah se uniram pela fé, pois, de outra forma, eles seriam completamente opostos. Jon era estranhamente alto, tímido, estudioso e socialmente introvertido. Ele possuía todos os

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irmãos atributos de uma intelectualidade brilhante. Sarah, por sua vez, era extrovertida, charmosa e tinha facilidade em deixar as pessoas à vontade. A dedicação e a fé pelo “Grande Ser” foram o que cativou o olhar de Jonathan, atraindo-o a Sarah. O relacionamento deles ficou marcado na história da religião como um dos casamentos espirituais mais bem-sucedidos de todos os tempos. Um casal tão doce como jamais vi... Ela... falava com sentimento e segurança das coisas de Deus. Parecia ser uma grande parceira para o marido. Por causa dela, cheguei [a orar] a Deus para que me concedesse uma filha de Abraão como esposa.

— George Whitefield

Qual era o segredo deles? Se perguntássemos o que os uniu, aquilo que os ajudou quando enfrentaram os altos e baixos do casamento e os capacitou a influenciarem tantas pessoas, sem dúvida que eles apontariam ao céu como o recurso principal. Elisabeth Dodds, ao contar a história de Jonathan e Sarah, afirmou que Deus era o “fator central” na vida deles.9

eles se amaram de forma tangível Jon e Sarah demonstravam o amor que tinham um pelo outro de forma prática. Para eles, o caráter de Deus não era algo abstrato, mas sim algo que poderia ser vivenciado. Se eu tivesse a chance de perguntar a Jon o que acreditava sobre o amor, provavelmente ele teria dito: “Observe como me relaciono com Deus, com minha esposa e com minha família”. Para ele, o amor

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era encarnado — uma ideia que tornou tangível na vida real. Ele mostrou carinho e respeito pela esposa. Costumava abrir seu coração e mente com ela em busca de aconselhamento e direção. Felizes são os casais que reconhecem e compreendem que a felicidade é um dom de Deus, que podem se ajoelhar juntos para expressarem gratidão não somente pelo amor que Ele tem colocado em seus corações, pelas crianças que receberam ou por todas as outras alegrias da vida, mas também pelo progresso no casamento que Ele tem trazido pela dura escola da compreensão mútua. — Paul Tournier

eles experimentaram Deus lado a lado Eles também adoravam a Deus juntos. Para Jonathan Edwards, a música era o retrato de uma sociedade ideal e sua família fez desta arte algo constante dentro de casa. Mas cantar não era a única forma de adoração que adotaram. Eles também se caracterizavam pela oração e leitura da Bíblia juntos. No café da manhã e após o jantar, Jonathan orava e compartilhava algo das Escrituras. Após as crianças irem dormir, Sarah ia ao escritório de Jon para que pudessem conversar e orar um pelo outro. Eles geralmente levavam a devoção a Deus para fora de casa. Após os estudos diários, eles saíam para cavalgar. Suas conversas eram enriquecedoras, mas, às vezes, como enfatizado por Dodds: “Eles simplesmente caminhavam sem falar nada, mas mesmo assim se comunicavam”.10

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irmãos

eles oravam um pelo outro e se apoiavam A família Edwards buscou a Deus nos momentos difíceis. A vida no século XVIII era bem difícil, em New England. A educação e a cultura puritana eram exigentes. A família era grande e precisava ser alimentada. A jornada de Jonathan foi marcada por desafios pessoais, situações de estresse, momentos de privações e de alguns lapsos mentais. Sarah, em sua resiliência, se esforçava para ser aceita pelos outros e pela aprovação de Deus e de seu marido. Sua constante preocupação a levou a uma delicada crise em certo momento da vida. Jonathan a acolheu em suas dificuldades e, usando seus únicos dons, caminhou com ela durante a crise. Eles confiaram um no outro e também cuidaram de si mesmos como irmãos espirituais nos desafios da vida. Nosso casamento terreno é temporário, mas nosso relacionamento espiritual, que é a nossa irmandade em Cristo, este sim é para sempre.

Jon e Sarah tinham no amor uma qualidade eterna. Após o falecimento repentino de Jonathan, Sarah escreveu para a irmã e declarou que acreditava que Deus havia levado seu marido. Embora coberta por uma nuvem de tristeza, afirmou que o Senhor era o Deus de seu coração e agradeceu por ter vivido ao lado de Jonathan, sentindo-se grata por Sua bondade. Jonathan Edwards — o grande intelectual, divulgador e estudioso —, de tudo aquilo que poderia ter escolhido para falar no momento de sua partida, escolheu se dirigir à sua parceira e irmã espiritual: “Ofereça o meu melhor amor à minha querida esposa, diga a ela que nossa incomum união, que a tantos desafios resistiu, é de uma natureza tão especial, creio eu, ser espiritual, e, portanto, continuará para sempre”.11

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Pai, que estás nos céus, Ajuda-nos a não enxergar os termos irmão e irmã como uma arma letal ao nosso romance, mas como convite a um mais profundo, mais íntimo tipo de amor, o tipo de amor que o Senhor tem por nós — perdoador, santo e poderoso para mudar vidas. Ajuda-me a levar minha/meu cônjuge a Ti. Que juntos possamos aprender a amar-Te e a expressar o amor ágape um pelo outro. Pela fé em Teu Filho, que possamos ainda desfrutar de uma parceria espiritual que se estenderá até a eternidade. Em nome de Jesus, Amém.

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irmãos

tópicos para dialogar 1. Qual foi a parte deste capítulo que você acredita que tenha sido a mais importante? 2. Após tê-lo lido, quais são as diferenças encontradas entre vocês? Em que áreas seus valores e crenças são parecidos? 3. Listem os itens a seguir em ordem de importância: trabalho ou carreira, família, Deus, crescimento pessoal, participação na igreja, diversão e hobbies. Comparem suas listas. Conversem sobre as semelhanças e as diferenças. 4. Após lerem este capítulo, vocês acreditam que ambos têm o mesmo jugo? Por quê? Por que não? Se não, falem sobre o futuro da relação baseados nas diferenças encontradas. 5. Como vocês descreveriam a relação que têm com Jesus Cristo: conhecem-nO a distância? Já O conheceram? Relacionam-se de forma inconstante? Estão firmes? Estão noivos? Casados e fiéis? Como é ou deve ser um casamento com Jesus Cristo na vida de vocês?

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amor em ação 1. Na próxima semana, reservem um tempo diário para que orem juntos, um pelo outro. Encontrem um lugar tranquilo, perguntem se há alguma área específica, alguma dificuldade ou algum motivo para agradecimento. Após ouvirem as respostas, alternem-se orando pelos assuntos levantados. Reservem um tempo específico para pedir a Deus que os guie no relacionamento. 2. Na página 23, consta a descrição do amor ágape conforme encontrada em 1 Coríntios 13. Em uma folha de papel à parte, façam duas colunas. Na coluna da esquerda, escrevam cada verso em uma linha. Na outra coluna, escrevam o que pode ser aplicado de forma prática e diária na vida de seu parceiro. Experimentem o exemplo a seguir. A primeira coluna pode ser: amar não se trata de me colocar à frente. Na segunda: vou perguntar primeiro ao meu parceiro suas opiniões e considerações antes de dizer as minhas. 3. A Bíblia nos recomenda a amarmos uns aos outros como Deus nos ama. Leiam o Salmo 103. Façam uma lista das diferentes formas em que Deus mostra Seu amor por nós. Escrevam agora uma lista de como cada um de vocês pode aplicar o amor de Deus com seu parceiro. 4. Frequentem juntos um curso bíblico em uma igreja semanalmente. Se vocês ainda não conhecem uma igreja, encontrem alguma em que possam conhecer casais como vocês e crescer no entendimento de Deus e da Bíblia.

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irm達os

leitura recomendada 1 . O Desafio de Amar, de Stephen e Alex Kendrick com Lawrence Kimbrough. 2. O Desafio de Amar Dia a Dia, de Stephen e Alex Kendrick. 3. Orando pelo Nosso Casamento, de FreeMan-Smith.

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ORANDO PELO NOSSO CASAMENTO

A base para uma relação familiar feliz é o relacionamento e intimidade que a família possui com Deus. Família feliz é família que ora. Se vocês querem que Deus abençoe seu casamento, tudo o que vocês precisam fazer é pedir. O melhor a se fazer pelo casamento é orar por ele todo dia… juntos! “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” I Coríntios 13:13

Orando pelo Nosso Casamento é um devocional com cerca de 100 orações que auxiliarão casais a viverem a plenitude da santidade e felicidade que o Senhor Jesus tem para a vida a dois. Renove sua união conjugal e permita que o novo de Deus vivifique seu casamento!

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MOMENTOS DE INTIMIDADE

Após anos de casamento, você sente que a intimidade em seu relacionamento não é a mesma, como se faltasse algo para completar essa união? Momentos de Intimidade lhe mostrará como reavivar e aprofundar a intimidade no seu relacionamento conjugal. São 50 devocionais provocantes e inspiradores, que o auxiliarão a viver a plenitude da intimidade a dois! A intimidade em um relacionamento conjugal vai muito além da relação puramente física, existe muito mais, e este livro mostra como os casais podem reacender a intimidade juntos, criar oportunidades para um relacionamento feliz e saudável, desfrutando de todas as promessas de Deus para o matrimônio. Afinal, como a Escritura Sagrada diz: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só, como se aquentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” Eclesiastes 4:9-12

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“Para aqueles que buscam se aperfeiçoar no amor...” — DR. CLIFFORD E JOYCE PENNER

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Esta palavra é usada de tantas maneiras que perdeu a essência de seu verdadeiro significado. Muitas pessoas não acreditam que exista um amor verdadeiro e duradouro. Será que nos esquecemos do amor à moda antiga, que resiste ao tempo? Ou pior, será que deixamos de lado esse sentimento pensando não valer mais a pena o esforço? Em AMOR³: Três Fundamentos para Fazer o Amor Durar, Jason Cusick revela três princípios antigos para construirmos um relacionamento sólido –– este livro é para você que está namorando, noivo, ou já próximo de se casar, ou ainda redescobrindo o casamento. Cheio de histórias envolventes, conselhos práticos e sabedoria para a vida, esta obra desmistifica falsas crenças acerca da relação sexual entre homem e mulher na visão cristã, além de mostrar como podemos ter um amor capaz de durar para sempre.


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