Como Interpretar Sonhos e Visões

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I N T E R P R E TA R

S O NeH O S VISÕES PERRY STONE


BV Films Editora Ltda. Rua Visconde de Itaboraí, 311 Centro | Niterói | RJ | 24.030-090 55 21 2127-2600 | www.bvfilms.com.br

DIREÇÃO EXECUTIVA Claudio Rodrigues COEDITOR Thiago Rodrigues ADAPTAÇÃO CAPA Marlon Jesus DIAGRAMAÇÃO Larissa Almeida REVISÃO GRÁFICA Sebastião Souza TRADUÇÃO Christiano Titoneli REVISÃO TEXTUAL Paula Maricato Roseli Ferreira REVISÃO DE PROVAS Amanda Porto

Edição publicada sob permissão contratual com Charisma House, Strang Company. Originalmente publicado em inglês sob o título How to Interpret Dreams and Vision. ©2011 by Perry Stone. Translated and use by permission of Strang Communications Company. All Rights Reserved. Available in other languages from Strang Communications, 600 Rinehart Road, Lake Mary, FL 32746 USA. Fax Number 407-333-7100 | www.strang.com.

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As passagens bíblicas utilizadas nesta obra foram, marjoritariamente, da Nova Versão Internacional (NVI), salvo indicação específica. Todos os direitos reservados.

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Todos os direitos em língua portuguesa reservados à BV Films Editora ©2013.

STONE, Perry. Como Interpretar Sonhos e Visões: Entendendo os Sinais e a Direção de Deus. Rio de Janeiro: BV Books, 2013. ISBN

978-85-8158-022-7

1ª edição

Fevereiro | 2013

Impressão e Acabamento

Rotaplan Gráfica

Categoria

Vida Cristã

Impresso no Brasil | Printed in Brazil


DEDICATÓRIA

N

ão posso deixar de dedicar este livro ao homem que representou a maior influência na minha vida e ministério, meu pai, Fred Stone. Sua vida e ministério foram de uma integridade impecável. Ele era conhecido entre seus amigos como um homem consagrado e espiritual que ainda acreditava que o Senhor falava aos Seus filhos – por meio da Palavra de Deus e das manifestações do Espírito Santo. Em sua adolescência, Deus já o visitava em sonhos e visões para, muitas vezes, alertar determinadas pessoas sobre um perigo iminente e, em outros momentos, para trazer uma palavra de sabedoria a algum servo de Deus em fases difíceis. Ao longo deste livro, falarei sobre algumas das marcantes visitações que ele recebeu a fim de ilustrar questões importantes reveladas na Escritura. Em várias ocasiões, os sonhos do meu pai salvaram vidas de familiares, que ouviam cada um dos conselhos que ele dava e obedeciam às orientações de seus sonhos. Essa unção de receber avisos espirituais por meio de sonhos e visões começou a marcar também a minha vida logo no início do meu ministério. Precisamos entender plenamente como se dá esse processo de receber a revelação dos céus e de compreender as mensagens do nosso Pai Celestial, pois a Bíblia nos diz que nos últimos dias Deus nos visitará em sonhos e visões. Que a reflexão vinda das páginas deste livro abra um novo caminho de conhecimento e entendimento, para que possamos discernir como Deus cuida e dirige nossos passos e de que forma, em nossa vida diária, Ele nos revela proteção, direção e sabedoria espiritual.



SUMÁRIO

Introdução

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1 Os Últimos Dias – Tempo de Rasgar o Véu

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2 A Importância do Sonho

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3 Por que Alguns Sonhos se Concretizam mais Tarde?

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4 Pesadelos e Sonhos Impuros

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5 Falsos Profetas e Falsos Sonhos

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6 Vozes do Além X Visões Proféticas

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7 Pode um Aviso Recebido em Sonho Ser Alterado pela Oração?

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8 Aprendendo a Ouvir os Avisos que Sua Esposa Recebe em Sonho

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9 O Significado de Sonhar com um Ente Querido que se Foi

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10 Quando o Sonho se Repete

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11 Quando os Anjos Aparecem em Sonho

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12 O Uso de Simbolismo: Por que Deus não Deixa Tudo mais Claro? 167 13 Quatro Tipos de Visão Espiritual

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14 Sonhos: O Grande Propósito das Revelações para os Dias de Hoje

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Conclusão: Sonhos e Visões – A Voz Íntima de Deus

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Apêndice: Definição do Simbolismo Bíblico nos Sonhos

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Notas

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INTRODUÇÃO

E

m junho de 1996, tive uma experiência espiritual que foi confirmada depois como aviso de um futuro ataque terrorista contra os Estados Unidos. Eu estava ministrando na Assembleia de Deus de Brooksville, Flórida, e, naquela linda tarde de domingo, fui almoçar na casa de um irmão da igreja. Após a refeição, pedi licença para deitar um pouco e descansar, pois me veio um cansaço terrível. Eram quase três horas quando deitei na cama, tentando ler um pouco a Bíblia. Em minutos, a Bíblia ficou embaixo da minha cabeça e logo entrei num sono profundo. De repente, aquele cochilo foi interrompido com uma visão que parecia ser real! Eu estava no início de uma rua com um muro ao final que dava para ver ao longe o alto de uma grande construção. Em toda a extensão da rua, havia calçadas acompanhadas de casas ainda no tijolo. O céu estava azul, e vi bem em cima do muro uma nuvem escura em forma de um quadrado perfeito. Fiquei curioso para saber o que era; então, comecei a subir pela calçada da esquerda em direção à construção. Percebi que eu estava descalço, e fui saber tempos depois que, em sonho, isso sinaliza que não estamos preparados para o que está por vir. Subi no muro e avistei uma paisagem muito estranha. Era um milharal gigantesco com várias carreiras de milho prontas para colheita. Olhei da esquerda para direita, parecia interminável. Entretanto, estava a centenas de hectares à minha frente. Havia um prédio enorme centralizado no final do milharal que parecia uma torre, o seu formato assemelhava-se muito ao do World Trade Center, em Nova York. O prédio estava todo envolvido por uma nuvem escura de cima a baixo. Os tornados de cor acinzentada tomavam forma em frente daquela torre imensa, essa foi a parte mais assustadora do sonho. Eles estavam imóveis, mas, de repente, o da esquerda começou a girar muito forte, lançando fagulhas e outros objetos para todos os lados. O segundo recebia a força do primeiro e assim sucessivamente, até os cinco

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lançarem fagulhas, formando uma grande fumaça acinzentada. Lembro-me muito bem de que os tornados não eram tão escuros como na vida real. O tornado do lado esquerdo começou a girar, saiu da frente da torre e invadiu o milharal, arrancando os milhos pela raiz, abrindo caminho e não deixando nada para trás. Os outros quatro estavam se preparando para fazer a mesma coisa, ou seja, destruir carreiras e mais carreiras de milho, começando de trás até chegar à frente do milharal. Foi quando eu desci o morro correndo e gritando: “Precisamos nos firmar na fenda da rocha...”, falei mais umas duas vezes. De repente, notei que eu estava deitado na cama e meus olhos estavam abertos. Não entendendo o que eu tinha acabado de ver, fiquei assustado e saí do quarto para falar com Don Channel, um colega de ministério que viajava comigo na época. Contei a visão e disse que a torre era muito parecida com o World Trade Center, porém toda coberta de uma cor preta, mas, mesmo assim, eu não sabia ao certo o que tudo aquilo significava. Na mesma noite, comuniquei à igreja acerca do que vi e logo comecei a falar sobre a visão para outras pessoas. A interpretação ainda não estava muito clara – é normal quando se trata de um aviso espiritual. Deve-se orar pela busca do entendimento ou esperar para entender quando a visão começar a se revelar. Contei essa visão para o artista J. Michael Leonard que, em 1999, fez um desenho baseado em nossa conversa. Ele fez um outro também da segunda visão que tive meses depois, e foi o que mais me emocionou.

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O SEGUNDO AVISO Meses depois tive uma segunda visão que envolvia cinco tornados de cor acinzentada. Dessa vez eu estava em uma cidade grande e, de repente, as pessoas começaram a gritar: “A tempestade está chegando, o que vamos

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fazer?” Eu as levei para uma igreja, localizada no centro da cidade, toda construída de grandes pedras cinzentas. Vi três grupos de etnias diferentes: americanos afrodescendentes, hispânicos e asiáticos, cada um junto ao seu grupo étnico. Algumas pessoas estavam em choque e outras, em oração. Olhando pela fresta da porta da igreja, vi cinco tornados, um atrás do outro, girando impetuosamente. Dessa vez, aquelas nuvens tão acinzentadas vinham girando tão forte que lançavam latas de refrigerante, papéis, todo o tipo de objeto para todos os lados. No total, passaram cinco tornados por aquela cidade. Quando saímos, alguns prédios comerciais estavam intactos, porém os escritórios estavam devastados, destruídos e incapacitados de realizar quaisquer atividades comerciais. A cidade inteira estava apavorada, e, nas ruas, pessoas de outros lugares formavam um espaço onde ofereciam comida, água, roupas e até brinquedos para aqueles que, de alguma forma, haviam sofrido com a destruição causada pela tempestade.

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Eu sabia que as duas visões estavam interligadas; contudo, o significado ainda era obscuro. No fim daquele ano, num encontro em Pigeon Forge, Tennessee, compartilhei essas duas visões com os meus amigos e disse que eu acreditava que, num futuro próximo, aconteceria um grande ataque terrorista contra o World Trade Center. Depois de ter mostrado esses desenhos, em 1999, durante um especial de TV sobre profecia em rede nacional, guardei-os no armário do escritório, porque até então nada havia acontecido, e nem falei mais nada a respeito – até a manhã do dia 4 de setembro de 2001. Enquanto eu limpava meu armário do escritório, tirei os desenhos e falei com um amigo que trabalhava comigo, Mel Colbeck: “Mel, esses desenhos mostram um ataque terrorista contra o World Trade Center no futuro. Eu não sei quando, mas vai acontecer!” Então o 11 de Setembro aconteceu

Na manhã do dia 11 de setembro de 2001, eu estava no centro ministerial trabalhando no setor de encomenda dos produtos do programa Mannafest, quando minha secretária entrou desesperada, dizendo: “Um avião foi lançado no World Trade Center”. Na hora pensei que fosse um avião pequeno e que o piloto tivesse morrido durante o voo. Minutos depois, ela disse: “Um segundo avião bateu na segunda torre, estão dizendo que é um ataque terrorista”. Foi aí que me dei conta de que aquela visão de cinco anos atrás havia se cumprido! Fui para casa e vi pela TV aquela fumaça escura que vinha do primeiro avião formando o mesmo quadrado escuro que estava na visão. Após as duas torres caírem, testemunhei o cumprimento da visão quando uma fumaça acinzentada, descrita pelos repórteres como um “tornado”, começou invadir as ruas, levando muitas pessoas a correrem para dentro de prédios em busca de segurança. Mais tarde, por intermédio dos que estavam trabalhando no marco zero de Nova York, eu soube que muitas pessoas se refugiaram numa igreja enorme chamada Trinity Church, lugar onde muitos buscaram segurança e fizeram orações. A descrição do prédio e do que aconteceu dentro da igreja foram exatamente como estava na segunda visão.

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O significado dos cinco tornados, naquele momento, não fazia muito sentido. Pensei que seriam cinco ataques (o Pentágono, a queda do avião na Pensilvânia e, talvez, um outro, totalizando em cinco). Mas, dentro de quarenta e oito horas, tudo ficou claro. Os ataques contra as torres um e dois, as famosas torres gêmeas, resultaram na destruição dos edifícios Trade Centers três, quatro, cinco, seis e sete, ou seja, outros cinco edifícios que abrigavam milhares de empresas. Outros complexos comerciais foram fechados devido à destruição causada pela poeira. Obviamente, havia várias ONGs ajudando, levando mantimento, água e outros recursos tanto para as pessoas afetadas quanto para as que estavam trabalhando nos escombros. Mas o que significa o milharal? Na história de José, o milharal representou a chegada da fome ao Egito. O 11 de setembro não ocasionou falta de mantimento; entretanto, o milho no Antigo Testamento era a mercadoria mais vendida e a principal fonte econômica do mundo antigo. Nas parábolas do Novo Testamento, o campo representa o mundo e o milho (trigo), a colheita. Se pensarmos retrospectivamente, o centro comercial era o World Trade Center, que abrigava escritórios que representavam várias nações (portanto, o campo representava o mundo). Além disso, o milho pode representar a economia; e os ataques de 11 de setembro tiveram um impacto desanimador não só em Nova York como também na indústria de turismo em geral. Logo, o milho foi arrancado, o que simboliza que as pessoas não trabalhariam mais em nenhum daqueles cinco edifícios! Certo tempo depois, concluí que o muro do qual havia visto a tempestade, provavelmente fazia alusão à Wall Street, que não foi tão afetada pelas tempestades quanto os outros edifícios. E ficar na fenda da rocha foi uma referência direta a Cristo, que é a rocha da nossa salvação e o abrigo em tempos de tempestade. Como Andam os Seus Sonhos ou Visões?

Você já teve um sonho tão perturbador a ponto de não conseguir esquecê-lo com o passar dos dias? Você já teve uma visão que parecia realidade enquanto dormia – tão real que conseguia até sentir a leve brisa tocando

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seu rosto ou o cheiro de algo? É possível que seu sonho tenha uma conotação espiritual e que sua visão seja, de alguma forma, algum tipo de mensagem vinda da presença do Todo-poderoso. Nós, seres humanos, temos dificuldade em interpretar os significados da visão e do sonho espiritual, e, muitas vezes, os dois possuem um simbolismo único e incomum. Por que Deus usa o simbolismo e não nos deixa compreender por meio da interpretação de significados simples e claros? O que é simbolismo? Como podemos saber se o que vemos durante o sono é de Deus e não apenas produto da nossa imaginação? Neste livro, eu detalhei algumas reflexões da Bíblia para ajudar o leitor a conhecer as respostas para essas e muitas outras perguntas. Em uma profecia bíblica, o próprio Senhor proclamou que nos últimos dias Ele derramará do Seu espírito sobre toda carne e, assim, os “jovens terão visões, os velhos terão sonhos” (At. 2:17). Se o Espírito Santo dará ao Corpo de Cristo sinais celestiais, revelações divinas e conhecimentos reais por meio de sonhos e visões, então está na hora dos servos de Deus se informarem acerca do processo e do significado dessas manifestações tão singulares. É sobre isso que este livro falará. Tudo de bom para você e sua família. – Perry Stone Fundador do Voice of Evangelism e apresentador do Manna-fest

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um Os Últimos Dias – Tempo de Rasgar o Véu

Na verdade as mentes deles se fecharam, pois até hoje o mesmo véu permanece quando é lida a antiga aliança. Não foi retirado, porque é somente em Cristo que ele é removido. De fato, até o dia de hoje, quando Moisés é lido, um véu cobre os seus corações. Mas quando alguém se converte ao Senhor, o véu é retirado. Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade. << 2 Coríntios 3:14-17 >>

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O

mundo espiritual é tão real quanto o ar que respiramos e a água que bebemos. O mundo material é o reflexo do mundo espiritual. As coisas terrenas seguem o modelo das coisas celestiais (veja Hebreus 8:1-5). Nosso mundo possui árvores, rios, montes e cidades. A cidade celestial, Nova Jerusalém, possui a árvore da vida, o rio da água da vida e o monte onde Deus é adorado, o Monte de Sião (Ap. 22:1-5). Essas realidades celestiais eram a Criação original que se refletiu na Terra quando Deus criou o homem. A humanidade tem lutado para acreditar em um mundo que não se pode ver com os olhos carnais, tocar com as mãos ou sentir o cheiro quando se respira. Para os céticos, os anjos são mitos e os espíritos demoníacos são frutos de uma imaginação sombria criada pelos roteiros hollywoodianos. A atitude de hoje se resume à síndrome de Tomé, que diz: “Se eu não vi, não toquei, jamais irei acreditar” (Jo. 20:25, paráfrase do autor). Acontece que há um véu invisível que cobre tanto os olhos carnais quanto o entendimento espiritual de homens e mulheres, e as realidades espirituais invisíveis só ficarão visíveis quando o véu for retirado ou rasgado. A Bíblia foi escrita por quarenta autores diferentes ao longo de quase quinhentos anos e a história fala de homens chamados profetas, que foram inspirados por Deus e que decidiram rasgar o véu e viram maravilhosas imagens eternas e celestiais que trouxeram à humanidade a revelação de Deus. Paulo escreveu que há um véu, semelhante a escamas, sobre os olhos do nosso entendimento que impede que a luz reveladora de Deus entre em nossas mentes e nos ilumine com visões capazes de mudar radicalmente nossas vidas. Se vivermos atrás desse véu, jamais conheceremos ou experimentaremos o melhor de Deus para nós. Esse véu, que algumas vezes se manifesta como uma falta de interesse por assuntos espirituais, falta de discernimento ou pura descrença quanto às manifestações espirituais relatadas na Bíblia, deve ser retirado para que se experimente aquilo que não se pode ver. A habilidade de ver o futuro foi o dom que separou os profetas bíblicos dos falsos profetas das nações contaminadas pela idolatria. Os profetas hebreus tinham a fama de conhecer o desconhecido.

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Um bom exemplo disso foi quando o rei da Síria enviou o seu exército para capturar um dos profetas de Deus, Eliseu. O pavor tomou conta do servo de Eliseu ao ver o exército se aproximando. Mas, depois da oração de Eliseu, os olhos do seu servo se abriram, o medo transformou-se em fé e aquele servo começou a ver cavalos e carruagens de fogo formando um círculo protetor ao redor dele e de Eliseu (veja 2 Reis 6:8-17). Nossos olhos carnais possuem uma espécie de venda, que nos impede de ver o mover do mundo espiritual. Entretanto, quando estamos dormindo, conseguimos ver imagens por meio de sonhos e visões. Na Bíblia, homens, como o apóstolo João, relatavam sonhos e visões. João estava numa ilha quando viu uma “porta aberta no céu”, ou, como costumamos dizer, “o céu se abriu”, levando sua mente e espírito para um outro mundo, onde tudo é tão real quanto este em que vivemos (veja Apocalipse 4:1; 19:11). Esses dois exemplos bíblicos relatados em Apocalipse mostram dois fatos imprescindíveis: algo acontece no céu e na Terra para que a mensagem chegue a nós e o véu seja retirado. Na Terra, os nossos olhos precisam ser “abertos”. Isso acontece quando a nossa visão interior, a que cria as imagens em nosso cérebro durante a noite, recebe informações do mundo celestial, que se “abre” e deixa a informação eternal passar do mundo celestial para o mundo terreno. Muitos pesquisadores idôneos costumam perguntar: “Por que Deus se preocuparia em revelar para nós os acontecimentos que ainda estão por vir?” É simples! Ele faz isso para nos preparar para algo ou para nos fazer interceder em oração para mudar ou evitar alguma situação. Por exemplo, quando o rei Ezequias foi informado por Isaías para pôr a casa em ordem, pois ele morreria muito em breve, o rei começou a orar e sua morte foi adiada por quinze anos (Is. 38:1-5). Uma outra razão para a preocupação de Deus quanto a isso é que Ele sabe que precisaremos entender certas situações no futuro. POR QUE NÃO ENXERGAMOS O MUNDO ESPIRITUAL?

Os olhos carnais não conseguem ver o mundo espiritual. Deus é Espírito (Jo. 4:24). Os anjos são espíritos (Hb. 1:13-14). O reino de Satanás é organizado em quatro níveis de espíritos contrários (Ef. 6:12), e cada ser 20


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humano é uma criação tripartida, isto é, possui corpo, alma e espírito, ou, como alguns ensinam, um espírito que tem uma alma que habita num corpo (1 Ts. 5:23). Na época de Adão e Eva, Deus foi ao Jardim do Éden, falou diretamente com eles e andou pelo jardim em meio à brisa do dia (Gn. 3:8). Adão e Eva podiam ver e ouvir Deus claramente. Ao caírem em pecado, “os olhos dos dois se abriram” e viram que estavam nus e se envergonharam (Gn. 3:7). Os seus olhos estavam abertos, e, ao mesmo tempo, um véu foi lançado sobre os seus olhos. Desse momento em diante, os seres angelicais começaram a aparecer em forma de visões, sonhos ou a tomar forma humana, assim como os dois mensageiros angelicais fizeram quando Deus os mandou investigar os pecados que ocorriam em Sodoma (veja Gênesis 19). Até mesmo o autor do Livro de Hebreus nos diz para não esquecermos da hospitalidade com os que não conhecemos, pois, sem saber, podemos estar acolhendo um anjo (Hb. 13:2). Se os nossos olhos fossem abertos e o véu retirado, veríamos anjos, entidades demoníacas e tantas outras formas de seres espirituais continuamente. Alguns podem até desejar contemplar o mundo espiritual, mas, na verdade, quando grandes homens de Deus e profetas hebreus rasgavam o véu e viam, por exemplo, os anjos revestidos de glória, muitos caíam de joelhos, tomados por um grande temor. Abrão entrou em sono profundo (Gn. 15:12) e pôs seu rosto no pó da terra quando Deus lhe falou (Gn. 17:3, 17). Ezequiel descreve que viu nosso Deus Altíssimo assentado no Trono, e os querubins e seres celestiais eram como rodas dentro de outras rodas em movimento (Ez. 1), e ele também caiu sobre a sua face (v. 28). Em vários casos, quando se manifestavam tanto a visão de Deus quanto o mundo angelical, o profeta prostrava-se e levava seu rosto ao pó da terra. Daniel descreve que viu um anjo com os braços de bronze polido, os cabelos alvos, o cinto de ouro e olhos como fogo. Os amigos de Daniel não viram nada, mas sua reação foi tão forte que os homens que o acompanhavam foram tomados por “pavor” e fugiram em busca de esconderijo (Dn. 10:5-7). Daniel viu-se prostrado e sentiu que seu corpo estava se desfalecendo (vv.

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8-9). Quando João viu o Cristo ressurreto nos céus, ele “caiu aos Seus pés como morto” (Ap. 1:17). Até a jumenta de Balaão caiu quando viu o anjo do Senhor (Nm. 22:27). Quando o véu é retirado e um simples mortal se depara não apenas com sonhos ou visões, mas com o verdadeiro mundo oculto dos anjos, demônios, céu ou inferno, o corpo humano não consegue suportar a glória do mundo espiritual sem manifestar sequer uma reação. Se vivêssemos com nossos olhos espirituais continuamente abertos, creio que não conseguiríamos fazer nada, e seríamos sempre perturbados durante o nosso sono. A Santa Escritura nos instrui a vivermos “por fé, e não pelo que vemos” (2 Co. 5:7). Não consigo ver Deus fisicamente, mas creio nele pela evidência bíblica e pela fé que fortalece minha convicção na Palavra. Com os olhos carnais, é impossível ver os anjos voando pelo céu e guerreando no plano espiritual contra as potestades, chamadas de “forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Ef. 6:12). Porém, como o meu ser interior também é um “espírito”, eu posso, em alguns momentos, perceber ou sentir a presença de Deus, o calor e a mansidão de um anjo ou as forças opressoras do mal que estão na minha dimensão terrestre. Para rasgar a cortina do invisível, o servo de Deus precisa estar em sintonia com o mover singular do mundo espiritual. Há Um Futuro

Uma vez meu pai, aos setenta anos, estava junto com meu filho de apenas vinte anos em sua pequena casa no Tennessee fazendo uma oração, quando, com lágrimas nos olhos, ele disse ao meu filho Jonathan: “Há um futuro”. Ele estava aconselhando o neto a não viver somente para o momento, mas descobrir, planejar e olhar para o futuro que o próprio Senhor já tinha traçado para ele e sua irmãzinha. Naquele momento percebi que a vida se resume a uma coisa – o futuro. Quando Deus traçou em detalhes um plano para redimir o homem do pecado, Ele preparou cada passo muito antes da queda de Adão. Jesus é chamado de “o cordeiro que foi morto desde a criação do mundo” (Ap. 13:8). Ao orar antes de Sua morte, Cristo

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falou que Deus O amara “antes da criação do mundo” (Jo. 17:24). Deus planejou o futuro de toda a humanidade antes da criação e queda de Adão e Eva! Após o homem pecar, o próprio Deus lançou a primeira profecia dizendo que a semente da mulher iria ferir a cabeça da serpente (Gn. 3:15). Deus falou isso quatro mil anos antes de Maria dar à luz o Messias (Lc. 2). Depois que Caim matou o próprio irmão, Abel, Deus rapidamente trouxe um novo membro para a família de Adão e Eva, um filho chamado Sete, que iniciou uma linhagem de nove gerações de homens justos, chegando a Noé, o décimo homem vindo de Adão (veja Gênesis 5). O nosso futuro está continuamente dentro do propósito e vontade de Deus. A paixão de Deus pelo futuro é testemunhada pelo fato de que o pensamento dele é geracional. Quando Deus firmou Sua aliança com Abraão, Seu plano era fazer dos descendentes de Abraão uma nação. Primeiro, Deus prometeu dar a Abraão um filho e fazer uma “grande nação” dos filhos de Abraão (Gn. 12:2). Os anos se passaram e Deus previu que Abraão seria uma “nação grande e poderosa” (Gn. 18:18). Depois de anos, Deus visitou Jacó, o neto de Abraão, mudando o nome de Jacó para Israel. Deus ampliou Sua promessa dizendo a Jacó: “De você sairão uma nação e uma comunidade de nações” (Gn. 35:11). Depois que a nação de Israel expandiu de setenta para mais de seiscentos mil homens de guerra (Êx. 1:5; 12:37), o Senhor declarou que a nação seria “bendita mais do que todos os povos” (Dt. 7:14); de apenas um indivíduo, Abraão, para setenta pessoas que foram para o Egito sob a direção de José, e em quatrocentos anos a nação cresceu para seiscentas mil pessoas, que mais tarde atravessaram o Mar Vermelho e se transformaram em milhões de judeus, que estão agora por toda parte do mundo. Deus estava começando a formar uma grande família chamada de filhos de Israel, quando firmou aliança com um homem: Abraão! Foi por isso que Deus mudou o nome de Abrão (“pai”) para Abraão, cujo nome significa “pai de muitos” (Gn. 17:5). Israel começou a partir de um sonho e uma visão!

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Rasgando o Véu

Para o Todo-poderoso, é tão importante assegurar a confiança e a ousadia para o futuro que Ele permitiu os homens adentrarem a dimensão do sonho e receberem conhecimento essencial para si mesmo, para os seus líderes e para as nações sobre as quais governam. Vejamos alguns exemplos significantes de sonhos que mudaram situações, definiram destinos ou trouxeram uma mensagem profética: ▶▶ Deus ordenou ao rei Abimeleque que devolvesse Sara para Abraão, caso contrário ele morreria (Gn. 20:6-7). ▶▶ Deus confirmou em sonho para Jacó deixar Labão e levar suas esposas e filhos para Canaã (Gn. 31). ▶▶ Deus preparou o futuro de José, dando-lhe dois sonhos proféticos ainda em sua adolescência (Gn. 37). ▶▶ Deus permitiu que José interpretasse o sonho do copeiro e do padeiro enquanto estava na prisão (Gn. 40). ▶▶ José interpretou os sonhos de Faraó e também se preparou para os sete anos de fome (Gn. 41). ▶▶ Foi o “sonho com o pão de cevada” que deu a Gideão a certeza para lutar contra os midianitas (Jz. 7). ▶▶ Deus apareceu em sonho e atendeu ao pedido de Salomão, dando-lhe o dom da sabedoria (1 Rs. 3). ▶▶ Daniel foi o único homem na Babilônia capaz de interpretar o sonho acerca de uma estátua de ferro (Dn. 2). ▶▶ Daniel mais tarde interpretou o sonho que Nabucodonosor teve com uma “árvore” e previu a queda do rei (Dn. 4). ▶▶ Daniel teve um sonho profético com os maiores impérios do mundo simbolizados por grandes bestas (Dn. 7). 24


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Esses seis mil anos praticamente de existência humana vêm para provar que só Deus planeja o futuro de uma pessoa, mas isso não impede que as forças contrárias tentem obscurecer a luz da revelação. O reino das trevas tem como plano desviar, interromper e destruir o futuro, isto é, tanto os planos proféticos de Deus quanto o nosso próprio destino. Diz-se que cada pessoa tem um “destino”, que é simplesmente o futuro planejado por Deus. Assim como Deus revelou a Jeremias, dizendo que o conhecia desde o ventre de sua mãe e o predestinou para ser um profeta (Jr. 1:5), Deus também já tem um plano predeterminado para cada um de nós. Em meio a tantas vozes confusas e desesperadas ecoando em nossas vidas, os nossos pensamentos podem ficar nebulosos assim como nosso entendimento, por causa da vasta possibilidade de escolhas que podemos fazer. É por isso que algumas vezes Deus permitirá que o Seu servo saia do mundo natural e adentre a dimensão dos sonhos e das visões, para as estratégias do inimigo serem desmascaradas e os planos de Deus, revelados. Se estivermos prontos para buscar e receber sinais do céu, não cairemos tão facilmente em buracos e armadilhas preparadas pelo caminho que nos leva ao nosso destino, e se entendermos o plano de Deus, teremos força para alcançar o nosso objetivo. O desejo de Deus para nossas vidas pode ser destruído já muito cedo. Durante o cumprimento dos grandes períodos proféticos, as crianças tornam-se alvos de forte ataque do adversário. Constatamos isso quando Faraó ordenou aos hebreus que jogassem os bebês recém-nascidos do sexo masculino no Rio Nilo (Êx. 1:22). Estava chegando o tempo de o libertador vir ao mundo e tirar os hebreus do Egito, mas o adversário tentou impedir a profecia, matando o menino que poderia vir a ser o libertador antes que chegasse à fase adulta! A segunda missão por parte de um governante maligno foi comandada por Herodes, quando ele ordenou aos soldados que cercassem a área de Ramá e matassem todas as crianças do sexo masculino com menos de dois anos de idade, na tentativa de matar aquele que seria adorado por magos, o futuro rei dos judeus (Mt. 2).

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No meu ponto de vista, se conseguimos sobreviver ao nosso nascimento e chegar à adolescência, novas batalhas aparecem. Ainda adolescente (com dezessete anos), José foi vítima de um plano tramado por seus próprios irmãos (Gn. 37). Eles estavam cansados de ouvir os sonhos de José, o filhinho mimado do papai, e de vê-lo correndo para lá e para cá com aquela túnica que custava uma fortuna! Tudo estava indo bem para José, mas ele não parava de falar que vira em sonho uma grande vitória a caminho. Seus irmãos, então, começaram a armar algo para ele, e José acabou sendo lançado em um poço, depois em uma prisão, passando treze anos em sofrimento e em situações dignas de matar quaisquer sonhos. Ainda adolescente, o Senhor começou a me revelar Seu desejo, e eu comecei a planejar alcançá-lo. Enfrentei vários tipos de perseguição verbal de meus irmãos em Cristo, que eram da mesma denominação que eu. Quando Davi – na sua adolescência – foi ungido por Samuel como o rei sucessor “dentre todos seus irmãos”, o ciúme tomou conta dos irmãos mais velhos, que achavam que mereciam mais o cargo do que seu irmão caçula (1 Sm. 16:13; 17:28). Eu ainda era adolescente, e o Espírito Santo já me despertava para montar um ministério chamado Evangelism Voice*; isso tudo aconteceu depois de eu ter pregado em apenas três estados. Os pastores diziam: “Perry não é a voz de coisa alguma, muito menos do evangelismo”. Na verdade, eles estavam certos, se olhássemos pelos olhos carnais, mas eles estavam errados, pelos olhos espirituais. O Senhor tinha um futuro para mim! Com apenas dezoito anos de idade, eu criei o “plano de alcance para as sete direções”, que era divulgar o ministério por meio de livros, congressos de avivamento, revistas e outras formas de divulgação. Depois, comecei a ouvir frases como: “Quem ele pensa que é, o Billy Graham ou o Oral Roberts?” Não quero parecer arrogante, mas eu sabia de algo do qual essas pessoas não tinham a mínima ideia. Eu pude contemplar o meu futuro num piscar de olhos. Por meio de sonhos e orações, eu soube que seria usado pelo Senhor *

Voz do Evangelismo (N.T.).

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um dia e teria um ministério com alcance internacional. Depois que vemos o nosso futuro, aprendemos a deter o adversário e entendemos por que os espíritos contrários estão contra nosso destino! Cuidado com Essa Garota

Meu pai, Fred Stone, ainda era um pastor jovem, com cabelos escuros, quando conheceu uma garota muito bonita da mesma idade, que sabia tocar piano e cantar como ninguém. Antigamente, as pessoas tinham a mania de achar que se você fosse pastor, a sua esposa tinha de ser cantora ou musicista. Ela começou a gostar do meu pai. Porém, ele teve um sonho vendo essa garota saindo de um galpão, abraçada com um outro rapaz. Meu pai, logo, percebeu que a garota estava namorando alguém. Então, ele ouviu uma voz dizendo: “Eu te avisei, tu não tens nada em comum com esta garota”. Meu pai disse que depois desse sonho, a garota tentou se achegar nele como amiga, mas ele apenas dava um “oi” e nada mais. Até o tio do meu pai, um pastor renomado, repreendeu meu pai por não esboçar nenhum interesse por aquela garota tão talentosa. Mas três meses depois, o pai dela disse ao tio do meu pai que estava feliz pelo meu pai não ter se aproximado muito da filha dele, pois ela havia engravidado de um homem com quem ela estava saindo. Quando eu estava na mesma idade do meu pai, uma situação semelhante aconteceu comigo. Eu estava com dezoito anos, viajando a muitas igrejas dirigindo vários cultos semanais de avivamento. Em uma dessas minhas viagens, conheci uma família que tinha uma filha com a mesma idade minha, na hora disseram para eu sair com a filha deles para comermos alguma coisa. Minha política era de sempre sair com um grupo da minha idade e nunca sair sozinho com alguém do sexo oposto. Não demorou muito, e ela começou a dizer para os amigos que nós tínhamos tudo para dar certo e que achava que nossa amizade tinha muitas chances de se transformar em casamento. Pouco depois, sonhei que ela estava grávida. Em sonho, o Senhor me disse para não andar na companhia dela. Na mesma semana, três pastores, muito conhecidos, conversaram comigo em particular e dis-

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seram: “Toma cuidado com essa garota. Tem algo de errado com ela”. Pedi a um amigo para falar com ela para não me procurar mais. No mês seguinte, após a confirmação da gravidez, casou-se com o pai da criança. Anos depois, ela e a mãe foram assistir a uma das minhas pregações e pediram para conversar comigo. A mãe dela, uma mulher de Deus, pediu a filha para me pedir perdão por ter me colocado em uma situação da qual eu não estava ciente. A filha disse: “Eu esperava que você fosse se apaixonar por mim e se casar comigo antes de as pessoas saberem que eu estava grávida de outra pessoa”. Nos dois casos, com mais de vinte seis anos de diferença, o mesmo tipo de cilada foi preparado para mim e meu pai. Bastou entender os sonhos e os avisos, para que nós dois não perdêssemos o desejo de Deus de vista e nem entrássemos em uma situação que seria não só questionável, mas também constrangedora e prejudicial para o início de nosso ministério. Esses exemplos revelam como as estratégias são criadas para destruir os propósitos de Deus, mas Ele se preocupa com os detalhes de nossa vida, pois as situações influenciam o nosso destino! Muitas vezes, quando pensamos em sonhos espirituais, deduzimos que se tratem de um aviso a respeito de alguma calamidade nacional ou um sinal internacional, assim como os profetas do Antigo Testamento recebiam os sonhos com a missão de avisar aos sacerdotes e reis quanto à chegada de alguma calamidade. Contudo, Deus disse na Escritura que Ele se preocupa com cada um de nós e não somente com a nação como um todo. Cristo revelou que o Pai observa um pardal cair ao chão e vê os lírios crescerem (Mt. 10:29; Lc. 12:28); portanto, se Deus se preocupa com os pormenores de Sua criação, imagine conosco que somos feitos à Sua imagem (Gn. 1:26). A Curiosidade

O entendimento do Livro de Daniel foi selado “até o fim do tempo”, momento em que “aumentará o conhecimento” (Dn. 12:4). Diversas profecias estão para acontecer “no fim do tempo”. Esse termo é usado no Livro de Daniel cinco vezes em algumas versões da Bíblia (Dn. 8:17; 11:35, 40; 12:4,

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9). Outras profecias se revelarão nos “últimos dias”, essa expressão identifica o tempo da volta do Messias e aparece cinco vezes no Novo Testamento em algumas versões (At. 2:17; 2 Tm. 3:1; Hb. 1:2; Tg. 5:3; 2 Pe. 3:3). O derramamento final do Espírito Santo acontecerá nos “últimos dias” (At. 2:17), e filhos e filhas profetizarão e terão sonhos e visões. A Bíblia fala que essa última geração terá muita curiosidade acerca do seu futuro e destino. Toda essa curiosidade se revela nos milhões de dólares gastos por pessoas ingênuas e desinformadas com videntes, astrólogos, sessões espíritas e médiuns. Segundo o Fórum Pew sobre Religião e Vida Pública, “pelo menos cada 7 americanos consultou um médium ou vidente no ano de 2009”.1 Esses falsos profetas gananciosos são procurados simplesmente para descobrir o oculto, o invisível e o futuro de alguém. Por que o Corpo de Cristo está de braços cruzados e se recusa a dizer a esta geração para buscar pela direção de Deus, se tudo o que o adversário tem a oferecer é apenas um horóscopo? É nato do ser humano o senso de curiosidade, mas na Bíblia há o conhecimento para nossa redenção – assim como um guia prático para vivermos segundo a Sagrada Escritura. Contudo, há momentos que duvidamos se realmente as decisões acerca de nossa vida pessoal e de nossa nação podem ser reveladas e compreendidas por meio de sonhos e visões. Entretanto, o véu deve ser rasgado de nossa mente e de nosso entendimento. É nesse momento que entra em cena a “importância do sonho”.

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NOSSOS ALIADOS INVISÍVEIS

Além do nosso alcance normal de entendimento, há outra dimensão mais real e estável do que possamos imaginar. Para nós, os anjos são uma conexão-chave para a dimensão sobrenatural. Criados por Deus, esses seres atemporais têm uma história própria. Em Nossos Aliados Invisíveis, Ron Phillips traz-nos um guia definitivo sobre anjos, descrevendo de onde eles vieram, como eles trabalham e como você pode requerer a ajuda deles em sua própria vida. Os anjos são verdadeiramente nossos aliados – amigos próximos que desejam: • Amar e proteger o que você ama • Encarar com você um inimigo comum • Compartilhar sua lealdade e fidelidade • Trabalhar secretamente por você no território inimigo Com a habilidade de ir e vir entre as dimensões eternas e o mundo, os anjos nos confortam, falam conosco, monitoram o clima espiritual ao redor de nós, nos ensinam e nos ajudam. Mas, acima de tudo, os anjos trabalham para o Mestre do universo e compartilham o nosso desejo de adorar a Deus e cumprir Sua vontade.

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SÉRIE A MENSAGEM

Excelentes livros de bolso baseados nos textos da Bíblia A Mensagem. Estes livros trarão a você uma ampla e diferente visão dos ensinamentos de Deus para um maior entendimento dos assuntos relacionados. No livro O Evangelho de João, você poderá ler o que João testemunhou enquanto caminhava ao lado de Jesus, o homem que teve o maior impacto de todos os tempos sobre o mundo. Em A Mensagem de Esperança você verá como a vida, morte e ressurreição de Jesus demonstram que Deus verdadeiramente anseia por nossa salvação, e em O Livro de Provérbios temos o grande manual de Deus para a nossa vida. Existem momentos em nossas vidas em que desejamos saber qual é a mensagem de Deus para nós. A Bíblia nos concede a perspectiva de Deus. O Livro da Promessa apresenta uma ampla compreensão das diversas áreas de nossa vida. A série também conta com O Livro de Salmos, com passagens escritas num estilo contemporâneo da língua e como um canal de louvor ao nosso Criador. Para todas as horas e em todos os lugares, os livros de bolso da Série A Mensagem são uma excelente opção para uma leitura clara e objetiva da Palavra de Deus.

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