13º Congresso Paulista de Saúde Pública
COORDENADORIA REGIONAL DE SAÚDE SUDESTE Supervisão Técnica de Saúde Vila Mariana/Jabaquara COLÓQUIO E EXPEDIÇÕES CULTURAIS Autores: Marisa Samea - Terapêuta Ocupacional; REYES, Selma. Fonoaudióloga PUC-SP e arte terapeuta instituto Sedes Sapientiae. Atua no CECCO Ibirapuera – PMSP. SILVA, Tatiany B. Estudante de Graduação do Curso de Terapia Ocupacional do Centro Universitário São Camilo. São Paulo-SP.
O presente trabalho trata de uma produção audiovisual com registros de imagens realizadas durante o primeiro semestre de 2013 da oficina “Colóquio e Expedições Culturais”, que tem sido um trabalho exitoso, desenvolvido há, aproximadamente, oito anos, pelo Centro de Convivência e Cooperativa do Parque Ibirapuera (CECCO). O vídeo tem como proposta favorecer a compreensão desse processo, a partir do registro de alguns momentos vivenciados pelo grupo. Embasada nos princípios do SUS, a prática incorpora conceitos como a integralidade, a equidade, a acessibilidade, a autonomia e a participação cidadã, proporcionando desta forma, a promoção da saúde. Os frequentadores do projeto são encorajados a circular por diferentes espaços sóciogeograficos na cidade, incluindo-se acervos do patrimônio artístico-histórico e cultural: museus, espaços de exposições, bibliotecas, centros culturais, teatros e cinemas, acompanhados por profissionais do CECCO, responsáveis pela oficina. Partindo das diretrizes já mencionadas, as expedições investem na perspectiva da ampliação de redes sociais na comunidade, transcendendo as relações institucionais e facilitando as trocas em grupos, assim como a valorização de diferentes aspectos da subjetividade. É comum que a participação em diversos espaços, faça com que sentimentos de filiação e pertencimento para com a cidade emerjam, o que facilita o processo de empoderamento, capaz de auxiliá-los na emancipação individual e no despertar de uma consciência coletiva. Os sujeitos envolvidos neste trabalho, principalmente aqueles que apresentam algum tipo de vulnerabilidade em saúde e/ou social, passam a ampliar seus lugares de existência e resignificam possibilidades, de forma a tornarem-se mais saudáveis. Partindo da reflexão de que não é possível produzir saúde numa perspectiva restrita para que este trabalho seja eficiente, é essencial que ele ocorra em rede e seja pautado na intersetorialidade, de forma a não envolver somente profissionais de saúde. Só assim, suas ações podem ganhar outra dimensão e construir novos sentidos e saberes, construídos a partir da vinculação, solidariedade e complementariedade na ação humana. Por fim, esta prática aponta que a promoção da saúde pode ganhar novos contornos ao se considerar a saúde integral do sujeito, para além do enquadre institucional. Neste aspecto, o CECCO se torna o mediador na produção de sentido para a vida das pessoas por ele acolhidas neste trabalho.
SAÚDE